ANABB debate ameaças às instituições e beneficiários de autogestões em saúde

Publicado em: 21/09/2017

Neste ano, a discussão gira em torno das Minutas de Resolução CGPAR (Comissão interministerial de Governança Corporativa e de Administração de Participações Societárias da União). O tema veio à tona em julho deste ano após a CGPAR colocar em discussão duas minutas de resoluções para orientar a atuação dos representantes da União nas empresas estatais federais, com relação à limitação da participação dessas empresas no custeio dos planos de saúde de autogestão.

Desde então, a ANABB e entidades representativas dos funcionários do Banco do Brasil empenham-se para trazer essas minutas para o centro do debate, ampliando a discussão com representações dos empregados de outras estatais federais que possuem assistência à saúde por meio de autogestões.

O objetivo desse Encontro é reunir lideranças e dirigentes de entidades para socializar as informações sobre as diversas autogestões das empresas estatais federais, debater os riscos que podem advir de uma eventual aprovação das propostas de resolução e unificar a luta dos trabalhadores, da ativa e aposentados, dessas empresas pela preservação de seus planos de saúde por meio de um “Movimento em Defesa dos Direitos dos Associados de Planos de Saúde de Autogestão”.

No caso da Cassi, se aprovados os termos das minutas de Resolução, o Banco do Brasil seria orientado a buscar alteração estatutária da Caixa de Assistência, diferenciando a forma de custeio, entre ativos, aposentados e futuros funcionários.

Entre os riscos para os participantes da Cassi estão a obrigatoriedade de abertura de novo plano para futuros funcionários; a imposição da paridade de contribuições entre patrocinador e participantes; o limite dos aportes do patrocinador em percentuais inferiores às necessidades da Cassi; a imposição de cobrança para os aposentados e futuros funcionários, por faixa etária e salarial; instituição de franquias em procedimentos.

Fábio Ledo, da Comissão de Empresas dos Funcionários do Banco do Brasil e do Sindicato dos Bancários da Bahia diz que “o governo Temer opera em conjunto com a saúde privada para atacar as autogestões de saúde, como no caso dos planos que reúnem os funcionários de empresas públicas como o BB e a Caixa, em que o governo quer interferir”.

Para Roberto André, do Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro, “ao lado da destruição do SUS e da saúde pública, a indústria da saúde privada, que exclui os idosos do seus planos de saúde, usa e abusa de procedimentos caros, invasivos e desnecessários para lucrar em cima dos associados aos planos. Agora a rede privada busca abocanhar a parcela do mercado que não controla, constituída das sugestões, que reúnem os trabalhadores autoorganizados, num processo superavitário”.

O diretor de Relações do Trabalho da CTB e dirigente do Sindicato dos Bancários de Brasília, Paulo Vinícius (PV), afirmou que “é fundamental unir, numa ampla frente, todos os funcionários das estatais e os que defendem as empresas públicas, na defesa das estatais contra a privatização, na defesa dos direitos dos trabalhadores e na defesa da saúde dos trabalhadores e trabalhadoras, partir também das autogestões, que foram construídas a por meio da sua luta e precisam ser defendidas”.

Fonte: Portal CTB

Diretor da ANABB alerta sobre plebiscito na Caixa e pós laborais e aposentados

Publicado em: 06/09/2017

Tem circulado na internet e nos grupos de mensagens, uma postagem que inicia com o seguinte texto; “alerta: BB quer deixar de ter compromisso com CASSI em relação a aposentados, agora batizados de pós laborais”.

Em um texto divulgado em seu blog na internet, Valdineir Ciro, advogado, funcionário aposentado do BB e diretor regional da Associação Nacional dos Funcionários do Banco do Brasil (ANABB) no Mato Grosso do Sul, diz que a mensagem da forma como está redigida é incorreta e circulou principalmente quando das negociações do Protocolo de Entendimentos entre o BB e a CASSI, e agora volta com certa insistência. Por ora, até mesmo por força do protocolo assinado e que vigora desde outubro/16, não há qualquer alteração nesse sentido e os planos da CASSI estão operando normalmente. Para maiores informações a respeito do acordo BB x CASSI, consulte o site da CASSI e as prestações de contas desde então no link:

http://www.cassi.com.br/images/hotsites/prestacaodecontas/index.htm

Agora, o que há de concreto é a iniciativa do Governo Federal em alterar as regras atuais do setor de saúde, em debate na Comissão Interministerial de Governança Corporativa e de Administração de Participações Societárias da União (CGPAR). Se as novas regras forem aprovadas, de fato trará prejuízos incalculáveis para os associados, apesar que o governo informa que somente os novos associados e os futuros aposentados seriam afetados. Não é bem assim. O plano atual, sem o incremento de novas vidas, tende a ficar inviável, levando até mesmo à extinção dos mesmos.

A propósito, a ANABB (Associação Nacional dos Funcionários do Banco do Brasil) promoverá um debate a respeito deste assunto no próximo dia 15/09 em sua sede, Brasília, dando continuidade às discussões realizadas durante a reunião com os Diretores Regionais no último mês de agosto. No link abaixo você tem informações a respeito:

https://www2.anabb.org.br/Portal/Noticia/Visualizar/98633

De forma resumida, a força tarefa da ANABB que vem estudando o assunto concluiu:

“Em relação às diretrizes de custeio para as empresas estatais federais, os textos das minutas orientam os dirigentes das estatais para que nas relações com seus empregados busquem:

extinguir as autogestões que tenham menos de 20.000 vidas;
somente permitir a adesão de novos associados nos planos de saúde de autogestões, se as mensalidades forem cobradas por faixa etária e salarial, com estabelecimento de franquia e coparticipação;
limitar a idade de dependentes a 21 anos, permitindo a exceção para 24 anos somente para os que estiverem cursando escola técnica ou 3º grau.
limitar a contribuição do patrocinador ao mesmo valor de contribuição do funcionário, limitando esse valor, no caso do Banco do Brasil, a 4,95% da soma das folhas de pagamento de ativos e aposentados; e,
retirar dos Acordos Coletivos de Trabalho (ACT) qualquer detalhamento de como prestar a assistência à saúde. Para isso, limitando, nos ACT, o compromisso patronal a apenas “garantia do benefício de assistência à saúde”.

A Força-tarefa ressaltou que, caso aprovados os textos das resoluções, nos termos em que estão sendo propostas, existe um iminente risco de oneração excessiva para os trabalhadores, fazendo com que os mesmos sejam obrigados a abandonar os seus respectivos planos de saúde.

A ANABB, com a ajuda da Força-tarefa, pretende realizar no mês de setembro de 2017, um Seminário Nacional, com a presença das entidades representativas de funcionários do BB, e das empresas estatais federais que possuem autogestões em saúde, para que juntos possam trabalhar na defesa do acesso à saúde plena para os trabalhadores.

Fonte: Blog Ciro Virtual