Lucro da Brasilprev aumentou 8,1% em 2017

Publicado em: 02/03/2018

A Brasilprev, empresa especializada em previdência privada do Banco do Brasil (BB), registrou aumento de 8,1%, para R$ 1,09 bilhão, no lucro líquido ajustado – que exclui resultados extraordinários – em 2017, na comparação com o ano anterior.

De acordo com o diretor de planejamento e controle da empresa, Nelson Katz, o resultado foi puxado pelos ativos sob gestão, os quais subiram 18,7%, para R$ 236,4 bilhões, face aos R$ 199,1 bilhões de dezembro de 2016. Este desempenho manteve a Brasilprev, conforme a empresa, na liderança do setor, com 30,5% de market share em ativos.

Nelson Katz comenta que a companhia também manteve as lideranças em arrecadação total e captação líquida, com 34,1% e 33,5% de participação de mercado, respectivamente.

“No exercício, lançamos fundos com novas estratégias de investimento e intensificamos nossos serviços com foco em soluções digitais. Esse novo cenário econômico do País traz mais desafios e precisamos de novos produtos. Em setembro de 2017, lançamos um fundo de renda fixa com duração mais longa (2025, 2035), por exemplo”, elucidou o executivo ao DCI.

Previdência Social

O diretor comentou que a discussão ao longo de 2017 sobre a reforma da Previdência Social não favoreceu diretamente o lucro da Brasilprev no ano passado, mas fez com que a população se conscientizasse sobre a importância de poupar a fim de garantir um futuro de qualidade, o que deve favorecer cada vez mais o mercado a qual a empresa faz parte.

Desta forma, e com uma retomada da atividade econômica brasileira, a Brasilprev quer capacitar seus funcionários, tanto que operam no ambiente físico, como no digital, para atender esse público. “O fato de estarmos ao lado do BB [atuando nas agências] nos permite estar mais próximo desse cliente [em potencial]. A gestão presencial é importante, assim como a digital, como operar com aplicativo”, diz.

“A companhia segue no propósito de disseminar para a sociedade conteúdos de formação de cultura previdenciária, consultoria adequada em diferentes canais para seus clientes, além de produtos com maior diversificação, em linha com a dinâmica atual da economia do Brasil”, conclui.

Conforme recente reportagem divulgada pelo DCI , o segmento de previdência complementar protege menos de 10% da população brasileira. Cerca de 19,7 milhões de pessoas são relacionadas com planos de previdência privada, sendo 13,4 milhões no sistema aberto (titulares e crianças), e 7,3 milhões no fechado (contribuintes ativos, assistidos e dependentes).

Fonte: Jornal DCI

Economus suspende cobrança de taxa administrativa dos planos de previdência

Publicado em: 04/01/2018

A partir de janeiro/2018, estarão suspensas temporariamente a cobrança das taxas para cobertura das Despesas Administrativas Previdenciais dos planos Regulamento Geral (Grupo C), Regulamento Complementar nº 1 (Grupo B), Regulamento Complementar nº 2 (Grupo A) e PrevMais.

Esta medida, concedida a todos os integrantes dos referidos planos, faz parte de um conjunto de decisões que visam minimizar os custos para os participantes. Isto somente foi possível em virtude das ações de eficiência operacional que estão sendo aplicadas pelo Instituto na gestão das despesas, inclusive intensificadas no Orçamento de 2018, permitindo que o Fundo Administrativo alcançasse um montante de recursos suficientes para cobrir as despesas a serem realizadas pelo Economus na administração dos planos em 2018.

A suspensão da cobrança da taxa será aplicada a partir de janeiro/2018, assim, contribuições anteriores a esta data deverão ser quitadas normalmente.

Vale ressaltar que a suspensão da cobrança da taxa é temporária, com prazo previsto para a retomada das contribuições a partir de abril/2019, podendo ocorrer antes desta data, caso seja atingido o patamar mínimo necessário para fazer frente às Despesas Administrativas Previdenciais, o que será comunicado com antecedência.

Fonte: Economus

Reforma prejudicará participantes de fundos de pensão, diz Abrapp

Publicado em: 26/04/2017

Jornal GGN – Uma das emendas feitas na Proposta de Emenda Constitucional 287, que trata da reforma da Previdência, permite a transferência da gestão dos planos de previdência complementar dos funcionários públicos para a previdência aberta.

A alteração, prevista no artigo 40 no texto final do relator da Comissão da Reforma, Arthur Maia(PPS-BA), irá prejudicar os participantes dos fundos de pensão, na avaliação da Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar (Abrapp).

Em coletiva de imprensa realizada na manhã de hoje (25), Luís Ricardo Martins, presidente da Abrapp, explicou que a possibilidade da transferência da gestão destes planos para entidades abertas prejudicará os funcionários públicos, já que os rendimentos das aposentadorias serão reduzidos e haverá uma piora na governaça dos planos.

As aposentadorias perderão rendimento já que as entidades fechadas de previdência complementar não tem fins lucrativos, ao contrários das empresas abertas, que atuam de acordo com a lógica do mercado. No caso dos fundos de pensão, os participantes também têm representatividade na gestão dos planos, o que não ocorre no sistema aberto e permite um acompanhamento e uma fiscalização mais próximos.

O presidente da Abrapp afirma que a justificativa da alteração, que é a de incentivar a concorrência, não se sustenta. ”A concorrência teria de se dar em condições justas”, afirmou.

Caso a PEC com a alteração sobre a gestão dos fundos seja aprovada, Luís Ricardo afirmou que existe a “real possibilidade” da entidade ajuizar uma Ação Direta de Inconstitucionalidade no Supremo Tribunal Federal.

Questionado se a competição não incentivaria a melhora da governança dos fundos, Martins ressaltou que os planos que apresentam déficit são casos pontuais, além de reafirmar a solidez do sistema, que tem mais de 2,5 milhões de participantes diretos.

O presidente da associação afirmou que a entidade tem procurado dialogar com lideranças políticas em Brasília, para mudar a questão referente à gestão dos fundos e também para apresentar propostas.

Martins diz que o sistema cumpre sua missão de dar a devida proteção para os aposentados, além de desonerar o Estado. Entretanto, reclama que o governo não enxerga a previdência complementar como uma solução de parte dos problemas previdenciários do país.

Na coletiva, o presidente da entidade também ressaltou que os fundos de pensão poderiam também auxiliar na retomada da atividade econômica, como investidores de longo prazo. “O estado carece de investimento de longo prazo”, ressaltou.

No total, 138 entidades fechadas de previdência complementar administram 438 planos que estão superavitários, enquanto 80 entidades administram 205 planos deficitários. De acordo com os dados da Abrapp, são pagos regularmente mais de R$ 42 bilhões em benefícios atualmente, com reservas de que superam R$ 790 bilhões.

Clique aqui para ler o quadro comparativo, elaborado pelo gabinete de Arthur Maia.

Veja aqui os dados estatística da Abrapp de dezembro de 2016.

Fonte: CGN