BB e Banco Mundial fazem acordo de US$400 mi para recuperar Amazônia

Publicado em: 21/09/2023

O Banco do Brasil e o Banco Mundial assinaram nesta terça-feira, dia 19 de setembro, memorando de entendimento para estabelecer uma linha de crédito de 400 milhões de dólares para a agricultura sustentável e a recuperação de áreas degradadas na região amazônica.

O acordo chega na esteira de um anúncio conjunto no ano passado de um projeto de 500 milhões de dólares para expandir o financiamento sustentável e melhorar a capacidade do setor privado de acessar os mercados de crédito de carbono.

“Este acordo para mais 400 milhões de dólares é o segundo do BB com o Banco Mundial e trará recursos destinados à agricultura sustentável, recuperação de áreas degradadas e bioeconomia”, disse Francisco Lassalvia, vice-presidente de Negócios de Atacado do Banco do Brasil.

O Banco Mundial, em um comunicado separado que não mencionou o valor da linha de crédito proposta, disse que ambas as instituições concordaram em cooperar na identificação de soluções sustentáveis ​​para a bioeconomia, restauração florestal e de terras do Brasil.

A nota também afirmou que eles examinariam a agricultura sustentável e de baixo carbono, especialmente nos biomas da Amazônia e do Cerrado.

“Esses esforços visam apoiar, entre outros, o plano nacional do Brasil para combater o desmatamento na Amazônia”, afirmou o Banco Mundial.

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva busca posicionar-se como uma liderança no desenvolvimento verde, atraindo investimentos com um amplo plano de transformação ecológica, que inclui um mercado regulamentado de créditos de carbono e a emissão dos seus primeiros títulos verdes.

O governo federal também deverá anunciar esta semana a revisão de suas metas climáticas, parte dos esforços de Lula para restaurar a gestão ambiental do país após o elevado desmatamento da Floresta Amazônica sob o ex-presidente Jair Bolsonaro.

Fonte: UOL

Diretor do Banco Mundial no Brasil diz que privatização não substitui ajuste fiscal

Publicado em: 23/11/2017

O diretor do Banco Mundial no Brasil, Martin Raiser, avalia que o programa de privatizações do governo federal não poderá substituir o ajuste fiscal. Ele afirma que diversas estatais são mal geridas, mas o governo não pode ter pressa nos preparativos para as concessões.

Como avalia o pacote de privatizações?
De maneira geral, vejo de forma positiva. Em primeiro lugar, o Brasil é um destino potencial muito atraente para os investidores internacionais. O Brasil tem a oportunidade de atrair capital, em particular para o setor de infraestrutura, num momento em que o governo tem poucos recursos para investir. Em segundo lugar, há ampla evidência de que muitas empresas estatais são mal geridas. Investidores estratégicos poderiam fazer muito para melhorar a gestão dos ativos de infraestrutura e, com isso, aumentar a competitividade da economia como um todo.

É possível gerenciar a privatização de vários projetos ao mesmo tempo, com muitos deles sendo licitados em ano de eleição?
As licitações para concessões precisam ser muito bem preparadas. Se, na fase de preparação, o governo não abordar adequadamente os principais riscos, pode ter de assumir responsabilidades no futuro. É importante ver as privatizações como um caminho para se atingir maior eficiência. Isso exige negociação cuidadosa dos termos contratuais. E, ainda que o interesse internacional seja elevado, alguns investidores podem decidir esperar pelos resultados das eleições de 2018 antes de realizarem investimentos.

Parte das privatizações foi pensada como forma de fechar as contas públicas. Ter a arrecadação como meta é um bom caminho?
A experiência internacional sugere que o objetivo principal da privatização deve ser obter melhor gerenciamento de qualidade e maior eficiência, ao mesmo tempo em que transfere riscos que o setor privado tem condições de gerenciar melhor. O aumento das receitas nunca deve ser um objetivo primário. Sejamos claros: privatização não substitui ajuste fiscal.

Fonte: Época Negócios

Banco Mundial prevê alta de 0,5% para o PIB brasileiro em 2017

Publicado em: 12/01/2017

O Banco Mundial (Bird) previu nesta terça-feira (10) que a economia brasileira vai crescer 0,5% em 2017, mesma projeção feita por economistas do mercado financeiro ouvidos pelo Banco Central nesta segunda-feira (9). Em novembro, o governo estimou que o PIB do país crescerá 1% este ano.

Para 2018, o Bird projeta crescimento de 1,8% para a economia brasileira, e avanço de 2,2% em 2019. A alta esperada de 0,5% para o Brasil em 2017 ajudará a puxar o crescimento de 1,2% da América Latina após dois anos de recessão, prevê o órgão.

Economia mundial

Para o PIB global, o órgão projeta um crescimento de 2,7% em 2017, graças à recuperação de grandes mercados emergentes como Brasil e Rússia, e devido ao maior estímulo fiscal esperado em economias avançadas como os Estados Unidos.

Este número deixa para trás os 2,3% de expansão global registrados em 2016, o menor desde a crise financeira de 2008, segundo a organização. “Após anos de um crescimento global desalentador, estamos encorajados por vermos projeções econômicas mais fortes no horizonte”, disse Jim Yong Kim, presidente do BM, em um comunicado de imprensa.
O boletim semestral “Perspectivas Econômicas Globais”, do BM, projetou um panorama de riscos complexo, com uma possível alta do crescimento caso se concretizem os planos de estímulo fiscal nos Estados Unidos no novo governo do presidente eleito Donald Trump e crescentes dúvidas geradas pela queda nos investimentos nos mercados emergentes.

Expansão nos EUA

Para os EUA, maior economia global, o BM prevê uma expansão de 2,2% em 2017, após a de 1,6% do ano passado. Trump prometeu notáveis cortes de impostos nos EUA e um multimilionário plano de investimentos em infraestrutura, assim como a aplicação de políticas comerciais protecionistas.

“Devido ao enorme papel que os Estados Unidos possuem na economia global, as mudanças em seu rumo político podem ter efeitos de contágio. Uma maior política fiscal expansiva pode gerar mais crescimento tanto dentro como fora do país a longo prazo, mas as mudanças em política comercial podem equilibrar estes benefícios”, afirmou Ayhan Kose, diretor do relatório.

O México deve crescer 1,8%, abaixo do esperado para este ano, como consequência da diminuição nos investimentos em meio à incerteza política nos EUA. A economia Argentina deve avançar 2,7%, diz o Bird.
Na Ásia, os dois grandes motores China e Índia mantêm sólidas tendências. A primeira, imersa em processo de reequilíbrio do modelo econômico, crescerá 6,5% neste ano, e a segunda continuará com taxas superiores a 7,5% nos próximos dois anos.

Por sua vez, a Rússia também deve retornar ao caminho positivo após dois anos de retração, com ganho de 1,5%, segundo o Banco Mundial.

* Com informações da Efe