Ranking mostra os melhores bancos digitais e tradicionais; veja vencedores

Publicado em: 27/06/2025

Para um banco ser considerado bom é preciso muito mais do que um bom relacionamento. O Ranking de Experiência Digital 2025, avaliação do setor financeiro em jornada do cliente, inovação e confiança digital, feito pela empresa de tecnologia idwall, mostra isso. No quesito experiência digital, por exemplo, os bancos C6 Bank e Itaú lideram, mas outras instituições se destacam quando outros fatores são considerados.

O estudo que embasa o ranking foi conduzido com metodologia robusta, combinando testes objetivos de usabilidade em ambiente controlado com uma pesquisa quantitativa envolvendo 4.421 usuários de 21 instituições financeiras — sendo 10 bancos tradicionais e 11 digitais.

A análise, que tem índice de confiança de 95%, abrangeu cinco temas principais totalizando 147 pontos de avaliação em processos como onboarding, Pix, investimentos e mudança cadastral.

Experiência;
Segurança;
Portfólio;
Encantamento do cliente;
Acessibilidade.

O onboarding é o período de cadastro do usuário, ou seja, é aquela etapa em que o cliente está criando a conta. Os bancos digitais se distinguem neste quesito, principalmente na etapa de preenchimento de campos, que se mostrou mais ágil entre todas as categorias.

Veja os vencedores:

Categoria jornada geral – Avaliação em onboarding, mudança cadastral, Pix e investimentos:

Bancos Digitais: 1º C6 Bank; 2º Inter e 3º Neon;
Bancos Tradicionais: 1º Itaú; 2º Sicredi e 3º Bradesco.

Categorias Específicas

Melhor onboarding digital: 1º PagBank; 2º Picpay; 3º Mercado Pago;
Melhor relacionamento com o cliente: 1º PicPay;
Encantamento do Cliente: 1º Bradesco;
Instituição que mais evoluiu no ranking: BMG.

Os resultados revelam, segundo o estudo, como as instituições financeiras estão enfrentando o desafio constante de equilibrar segurança digital com uma experiência fluida e satisfatória. “Em um cenário em que quase metade dos encerramentos de conta ocorre por falta de uso, manter a relevância exige mais do que tecnologia — demanda a capacidade de oferecer operações seguras de ponta a ponta sem gerar fricções desnecessárias”, diz o levantamento.

O que cada instituição mostrou de bom?

Segundo o estudo, o C6 Bank, que lidera entre os bancos digitais, se destacou em um cenário em que agilidade na abertura de conta (valorizada por 51,43% dos entrevistados), praticidade no aplicativo e confiança são atributos cada vez mais decisivos para a escolha da instituição.

Já o Itaú, primeiro colocado entre os bancos tradicionais, figura entre os cinco bancos mais utilizados e mais confiáveis, mostrando que reputação e segurança — apontados por 67,69% como os principais motivadores na escolha de um banco — continuam pesando nas decisões dos clientes.

O PicPay, vencedor na categoria de melhor relacionamento com o cliente se destacou pela qualidade no atendimento. Hoje, este é o fator número um na escolha da conta principal, superando até mesmo a reputação da marca, segundo o levantamento.

O Bradesco, que levou a categoria de encantamento, é um dos bancos com maior taxa de uso mensal (62,19%) e forte presença no imaginário dos brasileiros, enquanto o BMG, instituição que mais evoluiu, representa o movimento de ascensão de novos bancos atentos às necessidades de usabilidade, personalização e confiança.

Fonte: Valor Investe

Bancos tradicionais são favoritos das MPMEs, mas digitais predominam entre MEIs

Publicado em: 18/06/2025

Bancos tradicionais ainda são os favoritos do segmento de micro, pequenas e médias empresas (MPMEs), enquanto bancos digitais e adquirentes (as donas das “maquininhas”) vêm conquistando espaço e já são predominantes entre microempreendedores individuais (MEIs).

Isso é o que aponta a pesquisa “Desafios Financeiros para atender Micro, Pequenas e Médias Empresas”, feita pela consultoria Oliver Wyman e disponibilizada antecipadamente ao Valor.

O levantamento, realizado entre abril e maio deste ano, traz um panorama dos desafios financeiros das MPMEs, e das dificuldades dos bancos tradicionais e fintechs para atender às demandas desse segmento, que representa 26,5% do Produto Interno Bruto (PIB), e foi responsável pela criação de 72% dos empregos formais em 2024, somando 1,2 milhão de novos postos de trabalho.
A pesquisa foi feita com base na consulta de mil MPMEs de todas as regiões do Brasil que estão em atividade há menos de um ano, há cinco anos, ou mais de 10 anos. Foram compilados dados de empresas dos mais diversos setores, como comércio, indústria, agricultura, tecnologia e telecomunicações.

“Micro, pequenas e médias empresas são um segmento de cliente em que os bancos buscam focar, atender bem e pensam em como reter e servir. O estudo serve para personificar os diferentes arquétipos de clientes que estão distribuídos nesse segmento”, diz André Mascarenhas, diretor da prática de capital privado e serviços financeiros da Oliver Wyman.

Quando analisado o porte das MPMEs, a representatividade dos grandes bancos (classificados como S1 pelo Banco Central) é mais alta nas empresas maiores, enquanto os bancos digitais têm forte presença nos empreendedores individuais.

Entre MEIs, o volume de empreendedores com a conta principal em bancos digitais chega a 41%, parcela que chega a 58% quando somadas as adquirentes, enquanto os bancos S1 têm 37%. A situação se inverte nas pequenas e médias, que têm a conta principal em grandes bancos em 68% e 73% dos casos, enquanto bancos digitais representam 17% e 15% delas, respectivamente.

Como principal razão para essa divisão, Mascarenhas destaca a explosão da criação de novos MEIs, que somaram 3 milhões de novas contas só no ano passado.

“O ‘boom’ de novas contas digitais em fintechs e em bancos digitais aconteceu no mesmo período. Então, isso não significa necessariamente que os grandes bancos estão perdendo clientes, por exemplo. Só que os bancos digitais estão sendo capazes de capturar o nascimento de novas contas e estão tendo algum sucesso em manter esse tipo de cliente dentro do seu ecossistema”, afirma.

A longevidade das empresas também é fator fundamental na escolha entre instituições financeiras. Para 50% das empresas com menos de um ano, os bancos digitais são os principais meios de relacionamento e onde possuem conta corrente ativa. Já 65% das empresas com mais de dez anos de atuação têm como principal canal de serviços os bancos tradicionais.

“Uma hipótese que a gente pode trabalhar é que quanto maior a empresa, ela acaba sendo mais antiga, e a sofisticação dos produtos financeiros que elas buscam só existe em um banco maior (…) Uma modalidade de crédito privilegiada, um limite um pouco maior e conseguir renegociar dívidas, por exemplo”, diz.

A pesquisa também mediu a fidelidade do setor de MPMEs e apontou que 97% dos empreendedores têm a conta principal na mesma instituição financeira que usavam no ano passado, e 90% têm como conta de crédito a mesma instituição da conta para movimentação diária. Além disso, 83% têm como principal, para fazer investimentos a mesma instituição que usam para movimentações.

Apesar disso, o levantamento mostrou que pelo menos um terço tem intenção de trocar de banco.

Na conta principal, 33% têm propensão alta ou média para mudar, e os três principais motivos são juros ou custos menores (56%), acesso a crédito ou limite maior (29%) e rentabilidade mais atrativa (26%).

Para as instituições principais na oferta de crédito, há propensão alta ou média de 35% e juros e custos menores (72%) são o fator mais decisivo, seguido por limite maior (37%) e melhores condições de pagamento (17%).

Considerando as instituições de investimentos, 38% têm propensão média ou alta para mudar, e a rentabilidade melhor (51%) é o principal atrativo, junto com custo menor (39%) e melhores condições de investimento (26%).

Na visão do diretor da Oliver Wyman, a predominância da busca por propostas de menor custo e juro se daria por três motivos, um macroeconômico e dois de percepção dos empresários.

“Tem a questão dos juros, porque, querendo ou não, as entidades financeiras precisam remunerar o capital que estão alocando para poder operar. Tem também a noção do empresário de sempre estar buscando uma melhor condição para crédito, rentabilidade e investimentos, o que acho natural, até mesmo do brasileiro. E também tem um fato que a gente escutou por muito tempo, de que instituições financeiras cobravam muitas taxas. Ainda que talvez, no cenário de hoje, isso já não seja mais verdade, já que as grandes instituições pararam de cobrar a maioria das suas taxas”, diz.

De acordo com a pesquisa, capital de giro é a maior necessidade financeira das MPMEs, apontado por 38% delas. Recursos para investimentos foram apontados por 37%. Inovação e experiência do cliente (33%), aquisição de clientes (21%) e redução de dívidas (20%), fecham as cinco principais prioridades. Treinamento de funcionários (10%) e seguros (7%) completam a lista.

Segundo o levantamento, entre as empresas mais jovens (com menos de um ano), o crédito é o principal desafio, apontado por 52% delas, ante 30% das MPMEs com 6 a 10 anos.

Quando avaliado o porte, 49% dos MEIs colocam a obtenção de crédito como principal desafio, índice que vai para 22% nas empresas de médio porte. Recurso para investimentos é o principal desafio entre as empresas do setor de agricultura, com 61% das respostas, o que se repete para 30% das empresas do setor de atividades profissionais ou de comércio consultadas pela Oliver Wyman.

Mais de dois terços (71%) das MPMEs contratam atualmente alguma modalidade de crédito, sendo a antecipação de recebíveis e o crédito rotativo as mais acessadas, ambas com 59% de presença entre os respondentes. Financiamento com garantia (55%), capital de giro (44%), microcrédito (33%), consórcio (28%) e financiamento imobiliário (23%) completam a lista.

O setor de agricultura é o com mais tomadores de crédito, com 84% recorrendo a essa modalidade. Quanto maior o porte, maior a proporção de MPMEs com crédito, variando de 50% entre as MEIs a 84% nas empresas de médio porte. O estudo ressalta que o acesso ao crédito é um desafio importante para as empresas mais jovens, pois apenas 40% das que têm menos de um ano de existência conseguem crédito.

Investimentos e serviços financeiros contratados

De acordo com a Oliver Wyman, 78% das MPMEs possuem investimentos, com poupança e CDBs sendo os produtos mais citados entre os entrevistados, com 63% e 49% de presença respectivamente. Fundos de investimento (40%), tesouro direto (27%), crédito privado (23%) e consórcio (23%) vem na sequência como escolhas citadas.

Há também um total de 38% de empreendedores que têm ações do mercado financeiro como investimento e 32% ficaram na categoria “outros”, que inclui fundos imobiliários, commodities, moedas estrangeiras e criptoativos, por exemplo.

Questionado se o perfil do empreendedor surpreende ao mostrar um apetite maior por investimentos de risco, Mascarenhas diz que a proximidade da pessoa física com a pessoa jurídica em MPMEs explica a opção por ações e também a predominância da poupança como investimento mais citado.

“A gente está falando de um universo de clientes que pode acabar misturando bastante a vida pessoal com a vida financeira (…) Os clientes falam que eles têm uma sobreposição da vida pessoal com a vida de empresário. Ainda que a gente tente deixar claro o tempo todo que é sobre a empresa, eles acabam colocando até as finanças pessoais como as finanças da empresa”, diz o diretor da Oliver Wyman

Além disso, a maturidade da empresa influencia diretamente. Segundo o levantamento, mais de 80% dos empreendimentos com mais de 4 anos de atividade têm algum tipo de investimento, enquanto apenas metade das empresas com 1 ano têm alguma aplicação.

O estudo também aponta que os serviços para receber pagamentos, como adquirência, são essenciais e contratados por mais de 85% das MPMEs. O setor de comércio, em particular, utiliza quase a totalidade dos serviços de adquirência.

Outros serviços financeiros amplamente contratados incluem a emissão de boletos (63%), seguros (61%), serviços fiscais (61%), cartão de crédito corporativo (59%), gestão da folha (52%) e gestão da cobrança (51%).

Fonte: Valor Econômico

Bancos tradicionais têm queda de 57% em movimentações

Publicado em: 12/06/2023


Até dezembro de 2017, ao menos 99,8% transferências bancárias realizadas pela Transfeera, fintech de Joinville que fornece infraestrutura de pagamentos para empresas, se concentravam nos 5 maiores bancos brasileiros: Banco do Brasil, Caixa Econômica, Itaú, Bradesco e Santander.

Já em dezembro do ano passado, apenas 42,7% dos pagamentos considerando pessoas físicas e jurídicas tinham como destino os cinco maiores bancos, uma queda de 57% em 5 anos.

Os números foram levantados no estudo Market Share de Bancos 2023 que analisou um montante de 29.680.808 transferências bancárias realizadas pela fintech no período.

O Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal são os que mais vêm perdendo espaço. Em dezembro de 2017, o Banco do Brasil representava 33,1% das transações da fintech. No mesmo mês do ano passado, o número não passou de 5%.

A queda dos bancos tradicionais se contrapõe ao crescimento do banco digital Nubank, que começou a aparecer na base de dados da fintech em abril de 2019, com 1% das transações, e chegou a 26,6% em dezembro do último ano.

“Na linha de competição que o BCB vem provocando nos últimos anos, a gente saí de um histórico de concentração e um sistema legado de muitas décadas para um sistema mais dinâmico, Desde 2013, com a criação das Instituições de pagamentos, vemos as lacunas deixadas pelas grandes instituições sendo preenchidas por soluções majoritariamente digitais. A realidade de hoje no mercado é a de pluralidade de soluções e a verticalização focando em nichos e públicos que eram desatendidos. Agora, o cliente, seja ele empresa ou pessoa, tem larga quantidade de opções para escolher dentro daquilo que melhor se adequa às suas necessidades. Esse mercado em total ebulição é um mar gigante para competição e cooperação entre as diferentes instituições e agentes”, comenta Fernando Nunes, CEO e cofundador da Transfeera.

Comparação do mercado PF e PJ

Na análise separando pessoas físicas e jurídicas esses números comprovam a crescente preferência por bancos digitais que buscam inovar de forma constante. Destaca-se o fato de que, no quesito de transferências para pessoas jurídicas, Itaú e Santander se mantiveram estáveis em suas respectivas parcelas de mercado.

Enquanto isso, os outros três grandes bancos sofreram quedas significativas como Caixa Econômica Federal (-20,39%), Bradesco (-16,28%) e Banco do Brasil (-16,19%). Individualmente, Nubank e Itaú concentram o maior volume de transações.

Considerando apenas transações feitas para pessoas físicas, os grandes bancos caíram 57,5% em 5 anos. Em contrapartida, o Nubank, que entrou na base da empresa somente em 2019, passou a dominar quase um terço das transações em dezembro do ano passado.

Seguindo essa comparação, porém agora no cenário do sistema de pagamento instantâneo, o PIX, a partir de abril de 2021, com a possibilidade de cobranças oferecendo QR codes pela Transfeera para pessoas físicas, o Nubank se destacou com 27% em recebimentos de pessoa física por banco.

No quadro de recebimento de pessoa jurídica por banco, em maio de 2021, 100% das operações eram dominadas pelo Santander, porém em dezembro do ano passado, PagSeguro (12,93%) e Nubank (12,09%) lideram, apesar de a operação estar bem distribuída entre diferentes players.

“Comparando os dados da Transfeera com os dados do Banco Central, percebemos a profundidade que o Pix atinge nas transações entre pessoas físicas, o que, ainda, não se repete quando falamos de transações de pessoas para empresas ou de empresas para pessoas. As agendas evolutivas do Pix e do Open Finance devem contribuir para uma nova onda de crescimento dos pagamentos instantâneos, entretanto, os entes do mercado também precisam fazer a sua parte propondo inovações para esse arranjo. A experiência do usuário com Pix é um ponto que precisa de muitas melhorias, realizar um pagamento usando um cartão com aproximação é muito mais simples do que fazer um Pix. Além de experiência, estamos falando de segurança, velocidade e um fluxo de caixa em tempo real, sem necessidade de pagar taxas relevantes para antecipação ou ter de esperar dias para poder receber o dinheiro do seu intermediador“, explica.

Fonte: Economia SC

Bancos tradicionais precisam melhorar jornada nos apps para não perder mercado

Publicado em: 18/03/2022


Atualmente, há duas experiências bem diferentes em aplicativos de bancos. Em fintechs como o Nubank, por exemplo, há pouca oferta de produtos, mas os usuários têm muitos incentivos a monitorar suas contas diariamente. Já nos apps de bancos tradicionais, como Itaú, Caixa e Santander, muitos produtos estão disponíveis. Porém, o acesso não é muito intuitivo, tampouco agradável.

Assim, uma vez que os bancos digitais estão com cada vez mais serviços financeiros, os bancos tradicionais precisam melhores seu sistema dentro dos apps, para não acabar perdendo relevância no mercado.

Dessa forma, enquanto entrar no aplicativo de bancos como o Nubank e acessar algum serviço é algo feito com seis toques no celular, no app do Itaú, o maior banco privado do Brasil, leva muito mais de 27 toques. Este fato foi revelado por Federico de Simoni, diretor regional da Flybits para a América Latina para o site Valor.

Simoni ressalta que as plataformas digitais incentivam os usuários a voltarem ao app na busca por novidades ou para checar uma notificação, enquanto grandes bancos não.

Na opinião do especialista, o cenário brasileiro, marcado pela alta presença de smartphones e o grande número de pessoas desbancarizadas, gera o ambiente ideal para neobanks e fintechs se desenvolverem. Nesse sentido, os bancos tradicionais precisam melhorar e aprimorar as jornadas dentro de seus aplicativos, se não quiserem continuar perdendo para as instituições concorrentes.

Por fim, Simoni recomenda que aos bancos que uma das formas de se diferenciar no mercado brasileiro seria unir diversos serviços. Ou seja, disponibilizar na plataforma do banco a opção de fazer reservas em hotéis, por exemplo, ou de unir informações para trazer a melhor promoção para cada cliente.

Dessa forma, os aplicativos ofertariam um produto realmente personalizado. Portanto, esta solução tornaria a relação mais interessante para o usuário.

Fonte: Seu Crédito Digital

Bancos tradicionais perdem quase metade do mercado em quatro anos

Publicado em: 01/10/2021


Dos pagamentos realizados pela plataforma de automação de pagamentos da Transfeera em abril de 2017, 100% eram direcionados para os cinco maiores bancos brasileiros, Banco do Brasil, Bradesco, Caixa Econômica, Itaú e Santander. Em agosto deste ano, essa proporção caiu para 45% em quatro anos, considerando transações de pessoas físicas e jurídicas.

O levantamento da fintech, com mais de 6 milhões de transações bancárias realizadas pela plataforma entre abril de 2017 e agosto deste ano, reforça a gradativa e crescente perda de espaço das grandes instituições financeiras dentro da indústria de meios de pagamentos.

Quando consideradas apenas as transações feitas para pessoas físicas, os grandes bancos representavam 100% das transações da Transfeera em abril de 2017 e passaram para 56% em agosto deste ano.

Entre os grandes que estão perdendo parcela do mercado, a Caixa Econômica Federal lidera esse recuo. A instituição financeira, que representava 40% das movimentações da fintech em abril de 2017, viu esse número cair para 14% em agosto deste ano. Em segundo lugar aparece o Santander, que reduziu sua presença de 30% para 11% no mesmo período. Em contrapartida, o Nubank ganhou escala, com 19,5% das transações somente em agosto ante 10,5% um ano antes.

No caso de pessoas jurídicas, o estudo aponta para uma perda de 33%. O Itaú representava 60% e caiu para 10% — perdendo 50 pontos percentuais de participação de mercado. A Caixa Econômica também viu um declínio, reduzindo de 27% para 4%.

Pix

Dados da Comscore mostram que o Brasil lidera a digitalização bancária da América Latina e, segundo a Global Fintechs Ranking de 2021, o país se consolidou como um dos grandes ecossistemas de fintechs, ocupando a 14ª posição no mundo.

Com a digitalização dos bancos acelerada pelo Pix e a chegada do open finance, o impacto e a força dos novos participantes deste mercado já podem ser vistos no levantamento, mostrando uma mudança no comportamento de pessoas físicas e empresas quando o assunto são as opções de pagamento.

Nos recebimentos de transações por pessoas físicas por banco, o Nubank é destaque, com 25% do total, seguido por Itaú (9,8%) e Bradesco (9,4%), respectivamente.

Segundo Carlos Augusto de Oliveira, presidente da CertDox e Fintech Board Member da VC BossaNova Investimentos, os bancos tradicionais estão acompanhando as mudanças, mas tendem a se mover mais lentamente em função das suas próprias estruturas.

“Mesmo quando tecnicamente prontos, existe uma evidente cautela dos bancos na migração para os serviços digitais porque muita coisa está em jogo, especialmente o risco de perda significativa de receita de tarifas de serviços provocado pelo Pix”, explica.

Fonte: Valor Investe

27% dos brasileiros realizam transações conciliando bancos tradicionais e digitais

Publicado em: 14/08/2020


Uma pesquisa realizada pela Fujitsu revelou que, embora a maneira preferida dos brasileiros para realizar transações bancárias ainda seja por meio de bancos tradicionais (64%), as coisas estão mudando e 27% dos entrevistados já operam suas finanças com uma combinação de banco tradicional e digital. A adoção de bancos digitais é mais considerada no Brasil do que em qualquer outro país entrevistado na pesquisa. São eles: Austrália, Canadá, Alemanha, Japão, México, Nova Zelândia, Finlândia, Irlanda, Espanha, Reino Unido e Estados Unidos.

Os brasileiros mais jovens lideram a intenção de utilizar apenas instituições digitais, com 27% dos entrevistados entre 16 a 24 anos e 33% entre 25 a 34 anos dizendo que farão essa transição em até cinco anos. As porcentagens são maiores que a média global de 16%.

No entanto, essa crescente inclinação do mercado é atenuada pela cautela quanto à estabilidade dos bancos. Isso significa que essas instituições devem se preocupar com infraestruturas sólidas, sustentadas por segurança e transparência, para tranquilizar os consumidores sobre sua longevidade.

A pesquisa, que entrevistou 22.640 clientes em todo o mundo e dois mil no Brasil, constatou que uma experiência digital positiva e bons serviços online são pontos determinantes para os clientes no processo de escolha do banco. Apesar disso, é importante frisar que 74% dos brasileiros dizem estar impressionados com a quantidade de soluções bancárias disponíveis hoje no mercado e, por vezes, se confundem com tantas informações.

Talvez como uma maneira de driblar essa confusão, um número semelhante (70%) diz que em cinco anos planeja interagir com apenas um provedor de serviços financeiros, em vez de gerenciar várias contas com vários bancos.

A grande maioria dos entrevistados (85%), afirma que sua experiência bancária é melhor hoje do que era há cinco anos. E nove em cada dez são otimistas, acreditam que a experiência irá apenas melhorar nos próximos anos. Quatro em cada cinco querem que os bancos sejam mais inovadores – e a mesma proporção diz que o acesso a bons serviços digitais determina onde eles permanecem como clientes.

Confiança e transparência

A confiança dos brasileiros nas instituições bancárias é considerada alta. Entre os que responderam o questionário, 61% afirma confiar em seu banco atualmente mais do que há cinco anos.

Em contraposição, 66% das pessoas revelam a preocupação com a relação entre o aumento do uso de novas tecnologias e a exposição de dados pessoais. De fato, problemas relacionados à segurança dos dados são desafios para as instituições. Segundo a pesquisa, mais da metade dos brasileiros (57%) afirma que a insegurança sobre essas informações pode ser um motivo que os fará deixar de aderir a bancos digitais no futuro.

“A partir dessas informações, fica evidente que apesar de desejarem por serviços digitais avançados e inovadores e confiarem em seus bancos, os brasileiros se mantêm atentos a como essas instituições financeiras estão garantindo o sigilo e segurança de suas informações. É um ponto que deve receber atenção especial por parte dos prestadores desse tipo de serviço.” analisa Alex Takaoka, Diretor de Vendas da Fujitsu do Brasil.

Consciente da pressão sobre as instituições financeiras para se transformarem digitalmente garantindo segurança aos clientes, a Fujitsu trabalha em parceria com bancos e seguradoras para co-criar soluções que possibilitem a prestação de serviços ágeis e flexíveis garantindo experiências digitais relevantes em todos os canais.

Fonte: TI Inside

Bancos devem apresentar algumas tendências de melhoria no 2º trimestre

Publicado em: 16/07/2020


Os resultados dos bancos brasileiros sairão no fim de julho, com Santander Brasil (SANB11) estreando a temporada para o setor no dia 29. Apesar do segundo trimestre se mostrar como o período mais fraco do ano em termos de PIB, analistas do BTG Pactual (BPAC11) esperam ver algumas tendências de melhoria por parte das grandes instituições financeiras.

“Devido a grandes renegociações e períodos de carência, além de um processo operacional melhor dos bancos, os NPLs (Non-Performing Loans, em inglês) provavelmente permanecerão sob controle, permitindo que as taxas de cobertura se expandam”, comentam Eduardo Rosman e Thomas Peredo. “Tesouraria e seguro também devem surpreender positivamente”.

Apesar do cenário nebuloso envolvendo os quatro maiores bancos do país, o BTG destaca que pode existir um potencial de valorização para as teses de investimento das empresas se o segundo trimestre se revelar melhor.

“Acreditamos agora que o Itaú Unibanco (ITUB4) e o Bradesco (BBDC4) reportaram um pequeno aumento do lucro por ação (LPA) no segundo trimestre. Para o Itaú, o principal fator deve ser uma perda menor de provisões de empréstimo. Temos ganhos de R$ 3,7 bilhões no nosso modelo, mas algo perto de R$ 4,1 bilhões faria mais sentido. No caso do Bradesco, as provisões provavelmente subirão, permitindo um bom salto dos índices de cobertura”, afirmam Rosman e Peredo.

Os analistas também levantam a possibilidade de que o lucro líquido do Santander e do Banco do Brasil (BBAS3) supere as projeções – R$ 2,5 bilhões para o primeiro banco e R$ 3,4 bilhões para o segundo.

A preferência do BTG, no entanto, ainda é por nomes como B3 (B3SA3), XP Inc. (XP), Stone (STNE), PagSeguro (PAGS) e Banco Inter (BIDI11), que não estão tão expostos ao cenário macroeconômico quanto as companhias financeiras tradicionais.

Novos preços-alvos

O BTG elevou os preço-alvos de todos os bancos sob sua cobertura. Itaú e Bradesco têm recomendação de compra e novos preços-alvos de, respectivamente, R$ 34 e R$ 28. Já Banco do Brasil e Santander permanecem com recomendação neutra (preço-alvo de R$ 44 para a primeira ação e de R$ 37 para a segunda).

O Banco ABC (ABCB4) está com recomendação de compra, bem como o Banco Inter. Os preços-alvos foram atualizados para R$ 20 e R$ 57, respectivamente.

Para o Banrisul (BRSR6), os analistas reforçaram a recomendação neutra, com preço-alvo de R$ 18.

Fonte: Money Times

Estudo aponta desafios e tendências dos bancos tradicionais para o futuro

Publicado em: 28/08/2019


Os bancos tradicionais estão cada vez mais atentos a rapidez que mudanças nas leis acontecem, principalmente para se adequarem a um panorama não preditivo resultado direto da atuação das fintechs ou pelo surgimento de novas tecnologias disruptivas como o blockchain. É o que aponta estudo da Cognizant, uma das empresas líderes mundiais em tecnologia e negócios.

Antes soberanas em mercados como empréstimos, câmbio e transferências, as instituições financeiras atualmente já sentem a presença cada vez maior de novos players digitalmente nativos extremamente relevantes e bem posicionados aos diversos perfis de consumidores.

O levantamento da Cognizant identifica quatro ameaças que causarão impacto profundo nos bancos: substanciais mudanças estruturais, perda de mercado, perda da intermediação e entrada dos unicórnios digitais (Google, Facebook e Amazon) no setor financeiro.

A primeira ameaça é causada por mudanças nas legislações ao redor do mundo. É possível citar como exemplo a implementação da PSD2 (diretiva dos serviços de pagamento), que acabará com o monopólio dos bancos sobre os dados de seus respectivos clientes. Além disso, a diretiva pode expor serviços de atendimento ruins, estruturas tecnológicas ultrapassadas e falta de interlocução entre as diferentes áreas dos bancos.

Já a perda de mercado pode ser ocasionada pela entrada de fintechs e bancos digitais em nichos antes controlados por instituições financeiras tradicionais, como transações e câmbio.

Por sua vez, a perda de intermediação já é um cenário temido. Fintechs de empréstimo pessoal já são uma alternativa aos bancos tradicionais. Mas uma ameaça ainda maior é a adoção do blockchain, uma tecnologia que pode retirar dos bancos o poder da intermediação, não só no nicho de empréstimos pessoais, mas em várias áreas de atuação do setor bancário.

O blockchain pode, por exemplo, retirar os bancos da mediação de pagamentos. Como é uma tecnologia segura e mais barata para realizar pagamentos, pode eliminar a necessidade de um banco como intermediário.

Mas a maior ameaça atual para os bancos, segundo o estudo, é a entrada dos unicórnios digitais – como são conhecidos Google, Facebook e Amazon – no mercado financeiro. De acordo com levantamento recente, metade dos clientes brasileiros consideraria trocar suas contas bancárias para os unicórnios digitais caso essas empresas oferecessem esse tipo de serviço. Os unicórnios superam os bancos tradicionais em quatro aspectos:

1. Eles dispõem de acesso a dados pessoais de usuários e podem oferecer serviços personalizados baseados nessa informação. Só o Facebook, por exemplo, tem alcance global de 2 bilhões de usuários.

2. Os unicórnios digitais oferecem ótima experiência para o consumidor. A Amazon, por exemplo, consegue entregar seus produtos em até um dia.

3. Essas empresas já nasceram na era digital, o que lhes dá vantagem sobre os bancos tradicionais, que precisam trocar toda sua estrutura de TI para alcançar a transformação digital.

4. Apesar de crescentes problemas com privacidade, os unicórnios já conquistaram a lealdade de seus usuários. Nesse quesito, eles não podem ser derrotados.

Os bancos resilientes

Em termos de inovação, os bancos resilientes precisam estar à frente dos outros. Conforme o estudo identificou, uma das maiores forças das fintechs e dos bancos digitais é sua habilidade de agregar para seus clientes ao processar os dados deles em tempo real e ao corresponder às suas necessidades.

As instituições tradicionais ainda estão melhorando essa capacidade, mas aqueles que são resilientes superam os demais na adoção de inteligência artificial (IA), RPA e blockchain. A implementação de IA, por exemplo, é três vezes mais comum em bancos resilientes do que nos outros.

Ao adotar o uso de softwares abertos e novas tecnologias, as instituições financeiras poderão operar com fintechs e bancos digitais quase como um marketplace, em vez de funcionarem isoladamente. Com isso, as empresas podem compartilhar informações por meio de produtos e serviços white label e modelos de parceria.

Embora as fintechs possam reduzir o lucro dos bancos em 13%, de acordo com levantamento feito pela consultoria McKinsey, uma possível parceria entre eles aumentaria os lucros bancários de vendas e produtos digitais em 10%, além de uma redução de 30% nos custos operacionais. Nesse aspecto, o estudo da Cognizant identificou que mais da metade dos bancos resilientes fizeram ao menos uma parceria com fintechs nos últimos três anos, e 70% utilizam serviços de outras empresas.

Apesar de ainda dominarem boa parte do mercado, os bancos tradicionais precisam transformar sua cultura, seus processos operacionais e sua infraestrutura tecnológica para se adaptar ao novo cenário econômico. Para isso, eles precisam focar seus modelos operacionais na satisfação dos clientes, mergulhar no modelo de marketplace, utilizar mudanças nas leis regulatórias como um catalisador para mudanças internas, criar uma cultura que priorize a inovação e dar a devida atenção ao blockchain.

Fonte: TI Inside

Corretoras digitais disputam investidores com bancos tradicionais

Publicado em: 31/07/2019


Uma nova geração de corretoras digitais está incomodando um punhado de bancos brasileiros, como Itaú Unibanco e Banco Bradesco, que por muito tempo se mantiveram como destino único para investidores de varejo que buscavam um lugar único para manter conta bancária e aplicações.
As recém-chegadas plataformas de investimentos já atraíram mais de 10% dos 2,98 trilhões de reais investidos pelos brasileiros em fundos mútuos locais, ações e títulos.

Isso pode ser apenas o começo, já que várias empresas agora estão prontas para expandir suas plataformas de investimento para se tornarem bancos com serviços completos, oferecendo cartões de crédito, contas correntes e serviços de pagamento de contas.

“Acreditamos que os bancos serão ameaçados pelas empresas de tecnologia, principalmente em negócios baseados em tarifas, como gestão de ativos, cartão de crédito e credenciamento de cartões”, disse o estrategista do UBS Philip Finch.

Ele acrescentou que os negócios de empréstimos dos bancos tradicionais parecem mais seguros, já que os requisitos de capital criam uma barreira maior à entrada. Por trás das plataformas digitais, há grandes investidores como a chinesa Fosun International e as firmas de private equity General Atlantic LLC, Advent International e Warburg Pincus LLC.

A XP Investimentos, líder entre as plataformas digitais de investimento e que tem como investidores o Itaú e a General Atlantic, pretende quadruplicar seus ativos sob custódia para 1 trilhão de reais até dezembro de 2020, quase quatro vezes seu tamanho atual. Outras corretoras têm metas igualmente ousadas.

Como a maior economia da América Latina continua a crepitar, as start-ups de investimento digital são um dos poucos setores que contratam em ritmo alucinante. “Um ano atrás, nós tínhamos 30 funcionários. Provavelmente chegaremos a 200 pessoas este ano”, disse Habib Nascif, CEO da plataforma de investimentos online Órama, que foi uma das primeiras empresas brasileiras a oferecer fundos mútuos com taxa zero em 2011.

Corte de tarifas

O Brasil tem um dos mercados bancários mais concentrados do mundo, com seus cinco principais bancos detendo 82% do total de ativos, muito acima dos 43% nos EUA ou 48% no Reino Unido.
Os brasileiros detêm cerca de 61 milhões de contas-poupança, com 737 bilhões de reais em depósitos, geralmente rendendo bem abaixo da taxa básica de juros Selic, que vem caindo nos últimos anos. Os retornos mais baixos acabam por abrir mais possibilidades de investimentos para os aplicadores para além da poupança.

Fonte: Exame