Banco do Brasil fechou 1.557 agências e deixando cidades sem atendimento bancário

Publicado em: 12/12/2025

Ao longo da última década, o fechamento de agências bancárias no Brasil alterou de forma significativa a forma como a população se relaciona com o sistema financeiro. Entre 2015 e 2025, milhares de pontos físicos deixaram de funcionar, afetando o cotidiano de clientes em todas as regiões do país. No centro desse movimento está o Banco do Brasil, que reduziu parte importante de sua rede, acompanhando uma tendência já observada em outros grandes bancos.

O dado mais citado nessa discussão é o de que o Banco do Brasil encerrou 1.557 agências físicas no período. Em vez de uma ação repentina, trata-se de um processo gradual, distribuído ao longo de dez anos. Nesse mesmo intervalo, o total de agências bancárias no Brasil caiu de forma expressiva, indicando que a mudança não se limita a uma instituição específica, mas a todo o setor financeiro nacional.

Fechamento de agências bancárias no Brasil

Entre março de 2015 e 2025, o número de agências bancárias no país recuou de 23.154 para 15.529 unidades, o que representa a perda de quase um terço da rede física de atendimento. Dentro desse contexto, o fechamento de agências do Banco do Brasil corresponde a 1.557 unidades desativadas, enquanto outros bancos privados também promoveram cortes relevantes em suas estruturas presenciais.

Esse redesenho do mapa bancário ajuda a entender por que tantas cidades passaram a contar com menos opções de atendimento presencial. Em grandes centros urbanos, a redução costuma ser compensada por outras unidades próximas. Em municípios menores, porém, a saída de uma agência pode representar o fim do atendimento bancário tradicional dentro do próprio território, alterando rotinas de comércio, serviços públicos e da população em geral.

Fonte: Estado de Minas

Banco do Brasil amarga 2025 dramático, mas pode ser a ação para 2026

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O motivo da euforia faz sentido. Durante quatro anos, entre 2021 e 2024, o BB foi um fenômeno da bolsa, atraindo uma gama de mais de 1 milhão de investidores — a estatal tem uma das maiores bases acionárias do mercado.

Impulsionado pelos seus gordos proventos e pela resiliência operacional, o Banco do Brasil surfou o excelente momento do agronegócio brasileiro, beneficiado pela disparada dos grãos, como soja e milho.

A invasão da Rússia à Ucrânia — importante produtor agrícola — bagunçou os preços globais, impulsionando o setor e, consequentemente, o maior financiador do agro: o BB.

Para se ter uma ideia do salto, o lucro anual pulou de R$ 12,6 bilhões, em 2020, para o recorde histórico de R$ 38 bilhões, em 2024 — alta de 200%, suficiente para deixar qualquer investidor mal-acostumado.

Mas, ao que parece, o banco gastou toda a “sorte” nesse período. Se os anos anteriores foram de bonança, 2025 foi um ano para esquecer — ou “desastroso”, nas palavras de um gestor ouvido pelo Money Times.

O ROE (retorno sobre patrimônio líquido) despencou dos desejados 20% para 8%. O lucro caiu 60%, para R$ 3,8 bilhões. Nos tempos áureos, o banco chegou a registrar quase R$ 10 bilhões em um único trimestre.

Na bolsa, enquanto outros bancos — como Itaú, Bradesco e BTG — dispararam mais de 50%, o Banco do Brasil deve encerrar o ano com queda de 10%. Em relação à máxima de 2025, o tombo chega a 29%.

Tempestade perfeita

Como na queda de um avião, um desastre raramente tem um único motivo — e, no caso do BB, não é diferente.

A primeira peça desse dominó foi a mudança nas regras do CMN (Conselho Monetário Nacional). A resolução nº 4.966/21, que passou a valer neste ano, alterou a forma de provisionamento das carteiras.

Se antes os bancos registravam provisões quando as perdas aconteciam, agora são obrigados a antecipar riscos. Em outras palavras: trocaram as perdas realizadas pelas perdas esperadas.

A regra mais dura veio justamente quando o agronegócio — antes o bastião do banco — enfrentou uma explosão de inadimplência.

Em 2025, o índice atingiu 8%, nível recorde, segundo a Serasa. E, para piorar, a maior parte dos calotes veio do setor financeiro.

O resultado foi um salto no colchão contra a inadimplência, o PDD, que subiu de “elevador”, como os executivos do banco descrevem.

Só no terceiro trimestre, o BB foi obrigado a elevar a provisão em 52%, para R$ 100 bilhões, afetando diretamente o lucro.

Nos cálculos de um gestor que conversou com o Money Times, considerando a inflação, isso representou uma perda real de 11% no desempenho das ações. E, comparado à bolsa — que renovou recordes —, o BB deixou quase 40% de performance na mesa.

Para completar, sem os lucros robustos do passado, o banco reduziu o payout (parcela do lucro distribuída como dividendos) para 30%. Nos tempos de bonança, esse número já foi de 45%.

Erro de quem?

Na visão de um gestor ouvido pelo Money Times, a administração errou no acompanhamento, monitoramento e construção da gestão de risco.

A mudança do CMN foi anunciada em 2021 — ou seja, os bancos tiveram quatro anos para se adequar às novas regras.

“Subestimou problemas conhecidos e deveria ter feito trabalhos adicionais de ativos e passivos, com o objetivo de alongar e adequar o risco gerado pelo agronegócio, que já era sabido.”

O gestor lembra que todos os bancos estavam expostos ao mesmo risco e vinham ampliando a carteira no agro.

“Por esses fatores, é possível, sim, classificar 2025 como um ano desastroso.”

Resposta à crise

O governo reagiu com uma Medida Provisória (MP 1314) para permitir renegociação de dívidas rurais em condições especiais. Ao todo, são R$ 12 bilhões para apoiar até 100 mil produtores, principalmente pequenos e médios.

O Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar) dará acesso a até R$ 250 mil em crédito, com taxa de 6% ao ano.

Outra ajuda veio do Banco Central, que alterou a Resolução nº 4.966/21, suavizando os critérios de cura para empréstimos com parcelas vencidas há mais de três meses.

A instituição já renegociou R$ 13 bilhões em contratos sob a MP 1314 e projeta chegar a R$ 20 bilhões a 25 bilhões.

“A administração enfatizou que não prevê reversão de provisões neste momento, e a data-chave a acompanhar é abril, quando os empréstimos do Plano Safra começam a ser pagos”, diz o JPMorgan.

Além do agro, houve deterioração nas carteiras de cartões de crédito vinculadas a produtores rurais. Os desafios em pequenas e médias empresas também persistem.

“Para 2026, o banco espera crescimento de empréstimos na faixa de um dígito médio, impulsionado principalmente por pessoas físicas.”

Oportunidade de ouro para 2026

Crises costumam revelar oportunidades — e muitos investidores se perguntam se este seria o caso do Banco do Brasil. O consenso é de que o agronegócio ainda enfrentará dificuldades.

Para o analista Flavio Conte, da Levante, porém, trata-se de uma boa janela para investir no banco. Em sua visão, a queda neste ano, junto com um cenário eleitoral favorável, pode criar uma oportunidade de ouro.

“Quem tem deve manter, e quem não tem deve comprar”.

De todas as formas, Conte recomenda não ter mais que 10% da carteira em ações do BB, para evitar exposição excessiva.

O preço-alvo é de R$ 29 — potencial de alta de 35% —, mas pode ser maior caso o cenário eleitoral contribua.

“Se vencer um candidato de centro-direita, provavelmente haverá euforia pós-eleição. E, conforme as pesquisas, caso surja um candidato competitivo numa simulação de segundo turno, o mercado tende a reagir.”

Ele lembra que as estatais são extremamente sensíveis ao “risco político” — e hoje só restam duas relevantes: Petrobras (PETR4) e Banco do Brasil.

Conte recorda, ainda, que várias ações já subiram 40%, 50%, 70% e até 80% em 2026.

“Por isso, vejo o Banco do Brasil como uma excelente ação — tanto pela avaliação atual quanto por essa opção gratuita: se houver avanço de um candidato de centro-direita nas pesquisas ou se ele empatar numericamente com o presidente Lula, o BB tende a ser a ação que mais reage.”

Vai depender do agro

Para o gestor ouvido pelo Money Times, a recuperação do banco dependerá diretamente da melhora do agronegócio.

A equação é simples: se o agro reagir, alivia a pressão de risco e reconstrói parte da carteira.

“O banco precisa resolver a questão do risco. Sem isso, 2026 seguirá desafiador. Se o ajuste vier de forma definitiva — passando uma régua —, é possível recuperar a rentabilidade para dois dígitos. Mas ainda muito longe dos 20%.”

Sobre o agro, ele acredita em melhora. Já houve avanço nos preços, no risco financeiro dos produtores e na saúde operacional.

“Isso pode dar fôlego e melhorar a perspectiva. Se for um ano de condições perfeitas — safra, safrinha, exportações, câmbio —, a recuperação pode ser mais rápida.”

Mas ressalva: “No caso do Banco do Brasil, porém, ele ainda não ajustou o risco principal. Portanto, não espero um ano melhor para a instituição. Resolver o risco agora daria maior visibilidade à ineficiência de gestão — algo que nem diretoria nem conselho parecem querer neste momento.”

Fonte: Federação dos Bancários do Paraná

Avanço de recuperações judiciais no campo põe BB em estado de alerta

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O sinal de alerta continua ligado no Banco do Brasil para o avanço das recuperações judiciais no campo e o impacto desse movimento nos resultados da instituição financeira. Em setembro deste ano, eram R$ 6,6 bilhões de operações de 928 clientes com pedidos de recuperação judicial.

Mesmo que sejam parte minoritária do índice de inadimplência do BB, que bateu recorde de 5,34% no fim do terceiro trimestre e ainda não deu sinais de alívio até novembro, as recuperações judiciais têm impacto “significativo” e imediato nas provisões de caixa e no balanço, disse o vice-presidente de Agronegócios e Agricultura Familiar do Banco do Brasil, Gilson Bittencourt, em conversa com jornalistas.

O avanço das recuperações judiciais demanda um arranjo legislativo ou judicial para definir e esclarecer o alcance dos processos, afirmou. O executivo vê a questão em fase de aprendizado e maturação, já que a lei que permitiu a recuperação judicial de produtores rurais é de 2020, mas a definição de um entendimento harmônico sobre o tema pode limitar o impacto não só nas instituições financeiras, mas na cadeia agroindustrial, avaliou.

“Só a Justiça vai nos dar [uma orientação] à medida em que a própria Justiça conseguir entender o que está acontecendo e definir melhor os limites. Todos colocam que precisa haver mudanças. Se vai ser por meio de uma interpretação jurídica ou mudança no Congresso, aí é a definição mais política que vai nos dizer nos próximos meses”, indicou Bittencourt.

Algumas operações de clientes em recuperação judicial ainda nem estão em atraso superior a 90 dias para serem consideradas inadimplentes, mas a instituição financeira já é obrigada a fazer um provisionamento de recursos para amparar uma possível perda. No caso das recuperações, 75% do valor total está provisionado. “O aumento da inadimplência não é exclusividade de RJ, mas elas têm impacto mais significativo”, disse Bittencourt. Sobre a carteira de crédito rural do BB, de R$ 361 bilhões no fim do terceiro trimestre, havia R$ 19,3 bilhões em atrasos superiores a 90 dias e R$ 32,8 bilhões de provisionamento de perdas.

Fonte: Globo Rural

BB renegociou R$ 1,8 bilhão de dívidas de produtores rurais do RS

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O Banco do Brasil (BB) renegociou R$ 1,8 bilhão em dívidas de produtores rurais no Rio Grande do Sul, informou a instituição financeira em nota. As renegociações ocorrem pelas condições da Medida Provisória 1.314/25, com regras especiais para produtores rurais liquidarem e amortizarem operações de custeio, investimento e Cédulas de Produto Rural (CPRs).

Do montante, R$ 672 milhões são referentes a operações com recursos livres e R$ 1,2 bilhão em operações com fontes controladas.

Produtores com perdas mínimas de 30% em duas ou mais safras a partir de 2020, com fluxo de caixa comprometido e que estejam localizados nos municípios elegíveis podem acessar os financiamentos com recursos operados pelo BNDES, prazo de pagamento de até nove anos.

De acordo com o banco, mais de 30 mil produtores rurais do Rio Grande do Sul estão aptos a regularizar suas dívidas com base nas condições da MP.

“Há produtores que se enquadram na MP e ainda não nos procuraram”, disse o vice-presidente de Agronegócios e Agricultura Familiar do BB, Gilson Bittencourt, em nota. “Sabemos que cada um deles vive uma combinação diferente de fatores, como preço, clima, juros e prorrogações anteriores. Por isso é importante nos procurar para ajustar parcelas e dar fôlego imediato ao fluxo de caixa”, acrescenta.

Fonte: Infomoney

BB e Mapa vão ao Paraná destravar as renegociações de dívidas rurais

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O Banco do Brasil e o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) iniciaram, nesta quarta-feira, 10, e segue durante essa quinta-feira, 11, mais uma rodada de reuniões para destravar a renegociação de dívidas rurais prevista na MP 1.314/2025.

Depois do Rio Grande do Sul, agora, os gestores vão ouvir o setor produtivo no Paraná. A largada aconteceu no fim da tarde desta quarta, na sede da Federação da Agricultura do Estado (Faep). Nesta quinta-feira, os encontros agendados na Secretaria da Agricultura e do Abastecimento (Seab), na Federação dos Trabalhadores Rurais Agricultores Familiares (Fetaep) e no Sindicato e Organização das Cooperativas (Ocepar) são também para discutir alternativas que ampliem o acesso aos recursos subsidiados.

Conforme a última atualização do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), apenas R$ 4,1 bilhões dos R$ 12 bilhões disponíveis foram utilizados após mais de 50 dias de operação. Desse montante, cerca de R$ 670 milhões foram negociados no Banco do Brasil, pouco mais de 10% do total reservado pelo governo à instituição — que é o maior operador rural de crédito do País.

Até esta quarta-feira, o BNDES aprovou R$ 60,6 milhões no Paraná em operações realizadas no âmbito da MP. Já o Banco do Brasil liberou R$ 41 milhões em operações com equalização e outros R$ 1,1 bilhão em linhas de crédito livre.

Regras muito restritivas, aponta FAEP

Assim como no Rio Grande do Sul, as entidades do Paraná apontam que os critérios definidos após a publicação da MP dificultam o acesso às renegociações. Segundo Jefrey Albers, gerente do Departamento Técnico e Econômico do Sistema Faep, a exigência de decretos de emergência pelos municípios e a metodologia de cálculo das perdas reduziram drasticamente o número de produtores enquadrados.

“Essas regras acabaram sendo muito restritivas. Muitos municípios não decretaram emergência no período da perda, e o índice de produtividade utilizado prejudicou ainda mais o enquadramento. O resultado é que muito poucos produtores estão conseguindo acessar esses 12 bilhões”, afirmou.

Albers também ressalta que, quando o produtor não consegue enquadramento na linha subsidiada, acaba migrando para o crédito mais caro. “Se o banco usa recurso próprio com juros livres, o custo maior pode potencializar ainda mais o endividamento. Ao invés de resolver o problema, piora”, destacou.

Flexibilização

A Faep solicitou às entidades ligadas ao Conselho Monetário Nacional a flexibilização imediata dos critérios. A proposta é que um laudo técnico individual, emitido por engenheiro agrônomo ou assistência técnica especializada, substitua a necessidade de decreto municipal de emergência. “Se o produtor comprovar a perda, não faz sentido exigir que todo o município tenha sido afetado”, afirmou.

Outro entrave é o ponto de corte de adimplência até junho de 2024, que excluiu agricultores já pressionados por dívidas acumuladas.” Infelizmente, os produtores do Paraná vêm acumulando perdas de vários anos e esse ano já não está boa a condição de safra também. Então, a colheita da primeira safra de soja e milho provavelmente já vai indicar alguma perda”, explicou.

Para ele, o setor deve discutir soluções mais amplas, como um programa de renegociação de longo prazo, semelhante às securitizações dos anos 1998 e 2000. “Há passivos no sistema financeiro, nas trades e nas revendas. A gente tem que considerar o mercado como um todo e a gente está numa rota de colisão, de inadimplência geral”, disse.

O dirigente afasta a expectativa de anistia. “O produtor financia com o compromisso de pagar. O que se busca são condições melhores, com taxas compatíveis e prazos longos para que as próximas safras gerem caixa”, afirmou.

Além da repactuação, a Faep planeja colocar na mesa também questões ligadas ao Seguro Rural, considerado peça-chave para mitigar novas perdas e evitar o agravamento da crise. “É outro braço importante. Precisamos de soluções combinadas para evitar que a situação piore”, afirmou Albers.

Fonte: Agro Estadão

BB defende criação de mecanismos para garantir ‘colchão de liquidez’ no agro

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Escalado para acelerar medidas de contenção e evitar uma crise com o salto da inadimplência na carteira de crédito rural do Banco do Brasil, o vice-presidente de Agronegócios e Agricultura Familiar, Gilson Bittencourt, vê espaço para o setor agropecuário assimilar aprendizados no contexto de maior dificuldade financeira vivida por parcela dos produtores nos últimos anos e promover uma reorganização mais concreta para enfrentar percalços futuros sem tanta vulnerabilidade.

Ele defende que o setor agropecuário, em conjunto com o governo federal, o parlamento e o sistema financeiro, tente criar mecanismos que garantam um “colchão de liquidez” fomentado pelos rendimentos dos “anos de bonança” para suportar as crises cíclicas enfrentadas no campo, com clima mais extremo e sobressaltos nos preços das commodities, quando a gangorra se inverter.

“De tempos em tempos, uma parte dos produtores sofre, seja por problema climático, seja por problema de preços. Temos o desafio de criar algum colchão de liquidez para que os anos bons possam ajudar em anos ruins”, afirmou em conversa com jornalistas.

A medida – uma espécie de educação financeira setorial – pode ajudar a “equilibrar” o fluxo de caixa dos produtores, completou Bittencourt. “O setor empresarial urbano tem isso um pouco mais estruturado do que o rural”, citou. Ele não indicou qual seria o mecanismo para criar essa liquidez.

Bittencourt é crítico das escolhas feitas por parte dos produtores brasileiros nesses anos de bonança. Ele aponta que parcela majoritária das dívidas que afetam carteiras e balanços de várias instituições financeiras, não só do BB, é fruto de alavancagem acelerada, abertura de áreas, arrendamentos caros e compras de máquinas e equipamentos a preços inflacionados – decisões tomadas no afã do boom das commodities, dos preços recordes dos produtos agrícolas na pandemia e da Selic baixa – e não de adversidades climáticas.

O cálculo, nesse caso, foi feito considerando que os preços iriam se manter em patamares elevados “para sempre” e que os juros não subiriam na velocidade apurada desde então.

“O setor rural tem uma característica muito forte de que quando há um ano bom, todo o ganho vai para uma outra caixa, que pode ser mais terra, pode ser bens imóveis, etc. No outro ano, você tem um ano ruim, parece que aquele ano bom morreu e o ano ruim tem que ser tratado como uma especificidade. É um desafio que temos como um um país agrícola”, disse.

O problema é ainda maior para quem é arrendatário. “O custo do crédito do arrendamento está pesando no fluxo de caixa dos produtores. A inadimplência verificada em produtor arrendatário é quase o dobro da inadimplência verificada no produtor que é proprietário da área”, citou.

Recentemente, o Banco Central afirmou que produtores arrendatários que financiam 100% do seu custo operacional ficarão no vermelho nesta safra.

Impacto da inadimplência

A inadimplência do setor não é generalizada, destacou Bittencourt, mas afeta grandes produtores de regiões importantes, como o Centro-Oeste e o Matopiba (confluência dos Estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia), o que é significativo em termos de valores para as instituições financeiras.

“É uma situação muito localizada, em determinados setores, em determinados perfis de produtores e não é uma situação generalizada do agro. Logicamente, como pega produtores de maior porte, o impacto econômico passa a ser maior”, afirmou.

Nem a massificação do atual Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR) seria capaz de evitar essa situação, apostou ele. “São situações que têm a ver com o fluxo de caixa. No geral, os preços não caíram tanto abaixo do que o seguro cobriria”, apontou.

“Quanto mais seguro, seja de preço ou climático, melhor para o produtor e para as instituições que financiam, mas ele não é a solução de todos os problemas”, completou.

Do lado das instituições financeiras, ele vê espaço para mudanças no tratamento dados nas prorrogações de dívidas, com apuração mais acurada do real impacto de uma frustração de safra ou de preço no fluxo de caixa do produtor. A ideia é dosar o tamanho dessa prorrogação para que uma medida de ajuda não piore o endividamento.

Segundo ele, perdas parciais têm sido tratadas com alongamento total das prestações. Assim, há injeção de liquidez em momento de renda menor no campo. No entanto, se houver nova quebra na safra seguinte, a situação fica mais apertada, com o custeio atual e a parcela do anterior a serem pagas pelo produtor descapitalizado. “Se dividir 100% de um custeio em três parcelas, no ano seguinte o produtor terá que pagar um custeio mais um terço, vai virar uma bola de neve”, disse.

A conjuntura da safra 2025/26 mostra um cenário de estabilidade de produção e de preços, disse Bittencourt, com recuos no desembolso de crédito a juros livres e pé no freio dos investimentos.

Fonte: Globo Rural

Cassi: BB apresenta proposta de antecipação de valores aquém das necessidades

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O Sindicato dos Bancários de São Paulo juntamente com representantes das entidades que compõe a comissão de negociação da Caixa de Assistência dos Funcionários do Banco do Brasil (Cassi), realizaram, nesta quarta-feira 10 de dezembro, uma reunião com a direção do BB para discutirem soluções ao fortalecimento financeiro da Cassi.

Para reforçar o caixa e o capital regulatório da entidade de assistência, os trabalhadores solicitaram ao banco o adiantamento de dez valores referentes ao 13º salário e a antecipação das despesas administrativas, referentes aos 12 meses de 2026, já em janeiro.

A direção do BB, entretanto, negou o pedido dos trabalhadores e apresentou, como contraproposta, apenas a antecipação de três valores do 13º salário, sem nenhum adiantamento das taxas administrativas, com a alegação de que já seria o suficiente para a construção conjunta de uma proposta futura a ser apresentada e aprovada pelo corpo de associados.

A direção da Cassi, por sua vez, apontou que esses valores cobririam o caixa até julho de 2026, prazo que os representantes das entidades têm receio de não ser suficiente para uma proposta de equalização das contas, que demanda medidas complexas.

A dirigente sindical e coordenadora da mesa de negociação, Fernanda Lopes, lembrou que o objetivo da negociação entre os representantes dos trabalhadores e do banco é encontrar soluções definitivas para o custeio. “O atendimento do pedido, feito pelas entidades sindicais que representamos, daria tranquilidade durante a continuidade da negociação para construir uma solução perene à Cassi”, pontuou.

“Nossa reivindicação permanece, para que, o mais breve possível, a gente alcance uma solução de valoração e fortalecimento de uma das maiores conquistas do funcionalismo do BB para eles mesmos e seus familiares, que é um plano de saúde acessível e que tem como pilar a solidariedade, com o custeio compartilhado entre os participantes e o patrocinador, que é o Banco do Brasil”, completou.

Fonte: Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região

Bancos voam na bolsa em 2025 — mas 2026 não será igual para todos, aponta JPMorgan

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Os bancos terminam 2025 com fôlego capaz de fazer inveja a qualquer setor. Com exceção do Banco do Brasil (BBAS3), todos subiram pelo menos 30%. O Bradesco (BBDC4) disparou 60%, enquanto o Itaú (ITUB4) acumula alta de 50%.

É verdade que a base de comparação ajuda: os papéis começaram o ano nas mínimas. Mas os bons resultados, somados ao forte fluxo de estrangeiros que impulsionou a bolsa, criaram um ambiente favorável para o disparo das ações.

Contar apenas com o macro, porém, pode ser um problema. As instituições também precisam fazer sua parte para conquistar a confiança dos investidores.

Em relatório, o JPMorgan detalhou o que cada banco está preparando para encarar 2026. Confira:

Itaú: corte de gastos no radar

No Itaú, um dos favoritos dos investidores e com gestão constantemente elogiada, o corte de custos segue como prioridade.

A instituição pretende fechar entre 350 e 400 agências até o fim do ano e reduzir o ritmo de crescimento das despesas em 2026.

Até aqui, o varejo tem sido o principal motor, com avanços nos empréstimos consignados do INSS, que se recuperam após um período desafiador nos primeiros nove meses de 2025.

Os consignados para pessoas físicas e os financiamentos imobiliários também registraram bons números.

‘A qualidade dos ativos permanece estável, apesar do cenário macroeconômico desafiador’, destaca o JPMorgan.

Bradesco: três frentes para 2026

Em fase distinta do Itaú, a gestão do Bradesco compartilhou três pilares para 2026:

  • a instituição segue observando melhorias operacionais, com perspectiva positiva para receitas;
    a administração acelera o plano de transformação, o que pode gerar custos mais elevados no curto prazo;
  • a mensagem segue focada em evolução gradual, em vez de ganhos rápidos de rentabilidade, embora exista potencial de crescimento com o avanço dos índices de eficiência.

Segundo o JPMorgan, o crescimento do crédito pode desacelerar em 2026. Ainda assim, o banco permanece otimista.

A expectativa é que as receitas e a margem financeira (NIM) se mantenham estáveis — ou até cresçam — à medida que o Bradesco busca captar mais passivos e melhorar o custo de financiamento.

‘No lado das despesas operacionais, o foco será em investimentos estratégicos e de longo prazo, reconhecendo que as eficiências estão amadurecendo a partir da otimização atual dos canais.’

Banco do Brasil: agro continua pesando

No Banco do Brasil, após um ano de ajuste, o clima segue pessimista. O vilão continua sendo o agronegócio, que deve pressionar novamente em 2026.

A instituição já negociou R$ 13 bilhões em empréstimos sob a MP 1314, e espera que o valor chegue a R$ 20–25 bilhões.

‘A administração enfatizou que não prevê reversão de provisões neste momento, e a data-chave a acompanhar é abril, quando os empréstimos do plano de safra começam a ser pagos’, diz o relatório.

Além do agro, houve deterioração nas carteiras de cartões de crédito vinculadas a produtores rurais. Os desafios no segmento de pequenas e médias empresas também persistem.

‘Para 2026, o banco espera crescimento de empréstimos na faixa de um dígito médio, impulsionado principalmente por pessoas físicas.’

Santander: imposto vira o grande vilão

Para o Santander Brasil, o principal desafio para 2026 é a possível alíquota de imposto mais alta, normalizando-se após níveis artificiais de 2025.

A subsidiária do banco espanhol também vê espaço para melhora nas despesas no próximo ano, ‘refletindo a otimização das agências realizada nos anos anteriores’.

Embora a mensagem sobre a qualidade dos ativos seja majoritariamente positiva, ainda pode haver agravamento em alguns casos corporativos, considerando a Selic ainda elevada.

Fonte: Money Times

Banco do Brasil repactuou R$ 13,5 bilhões com recurso livre

Publicado em: 04/12/2025

O Banco do Brasil já aprovou R$ 13,5 bilhões em renegociações de dívidas rurais com recursos livres no âmbito da Medida Provisória 1.314/2025. Outros R$ 4,8 bilhões estão em análise, totalizando R$ 18,3 bilhões. O apetite continua baixo na linha com recursos públicos. Até agora, foram aprovados R$ 1,2 bilhão dos R$ 4,3 bilhões de saldo que o BB tem para operar. Outros R$ 522 milhões estão em análise.

Com a flexibilização que o Conselho Monetário Nacional (CMN) deu aos bancos para que eles cumpram a exigibilidade de aplicação de recursos direcionados das Letras de Crédito do Agronegócio (LCA) por meio das renegociações, o vice-presidente de Agronegócios e Agricultura Familiar do BB, Gilson Bittencourt, espera alcançar os R$ 24 bilhões em operações a juros livres para repactuar as dívidas nas próximas semanas.

A demora para o início das operações, no fim de outubro, atrasou também uma melhora mais rápida no quadro de inadimplência do BB. “Em outubro, ainda vai ter uma inadimplência elevada. Ainda não fechamos os dados de novembro, mas a expectativa é que haja estabilidade no crescimento, talvez tenha alta, mas em um patamar menor. Já em dezembro, a expectativa é que consigamos ter um arrefecimento desses números”, afirmou o executivo.

Nesta semana, Bittencourt e representantes dos ministérios da Agricultura e Desenvolvimento Agrário vão ao Rio Grande do Sul para se reunir com associações de produtores para tentar entender os entraves no acesso aos recursos e os motivos de a demanda não estar dentro das expectativas iniciais. Representantes do banco também irão ao Paraná posteriormente. O executivo acredita que os recursos começarão a fluir em breve. O prazo para adesão é fevereiro de 2026.

Segundo Bittencourt, 40% das operações a juros livres têm sido contratadas a taxas pós-fixadas, medida que aposta na queda da taxa Selic a partir do ano que vem, entendimento incentivado pelo banco. “Tudo indica que haverá uma redução da Selic a partir do primeiro semestre do ano que vem, o que tende a seguir ocorrendo nos próximos anos. Quem optar pela taxa pós-fixada tem uma vantagem que o ganho efetivo da redução da Selic vai ser repassada para o produtor”, afirmou.

Ele admitiu que a taxa livre fixa para a renegociação, atualmente, é alta, em torno de 18% a 20% ao ano. “Mesmo que a Selic tenha alguns soluços nos próximos nove anos, eu diria que a probabilidade de a média da Selic ficar abaixo dos 15% é muito maior do que igual ou acima dos 15%”, afirmou. “Para nós é super positivo, porque levamos ao produtor esse ganho e, ao mesmo tempo, ele tem uma melhor capacidade de pagamento futura”, completou. O prazo máximo da linha de renegociação é de nove anos, com um de carência para pagamento dos juros.

Fonte: Globo Rural

Banco do Brasil usa tecnologia para antecipar risco e evitar calotes no agro

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O Banco do Brasil fechou o terceiro trimestre com inadimplência recorde de 5,34% na carteira de agronegócio e o índice ainda não mostrou sinais de alívio até novembro. A informação é do vice-presidente de Agronegócios e Agricultura Familiar do banco, Gilson Bittencourt, que demonstrou preocupação com o cenário, especialmente com o crescimento dos casos de recuperação judicial.
Até setembro, o banco registrou R$ 6,6 bilhões em operações em recuperação judicial — menos de 2% do total da carteira do agronegócio, R$ 398 bilhões. Mesmo representando uma fatia pequena da inadimplência total da instituição, as recuperações judiciais (RJ) de produtores rurais têm efeito “significativo” sobre as provisões de caixa e o resultado do banco, avaliou Bittencourt.

Pelo menos 83 mil produtores estão recebendo comunicações do Banco do Brasil para verificar interesse na renegociação prevista pela Medida Provisória 1.314/2025. Porém, segundo Bittencourt, há clientes que entraram em recuperação judicial e agora tentam sair para aderir às linhas da MP.

O vice-presidente lembrou que, após a declaração de RJ, qualquer decisão passa pela Justiça. “Eu não posso me relacionar com ele como se ele não tivesse toda a sua operação passando por um interventor indicado pela justiça e com todas as responsabilidades envolvidas”, afirmou Bittencourt.
Monitoramento ativo

Para aumentar o monitoramento destes casos, o Banco do Brasil criou uma matriz de concessão de empréstimos que divide os produtores pelos critérios de risco, conforme a situação e histórico de cada um. “Então, aquela parte dos produtores que a gente observou uma normalidade desses anos, a gente segue operando nas mesmas condições. Conforme o produtor, você pode ter uma gradação, uma exigência de garantia, alguma coisa além do que a gente vinha fazendo nessa nova concessão agora”, explicou o diretor de Agronegócios e Agricultura Familiar do BB, Alberto Martinhago.

Os gestores também afirmaram que o BB reforçou o acompanhamento de risco com tecnologia e busca ativa. Entre os novos mecanismo adotados pelo banco está o acompanhamento de fatores como clima e desenvolvimento de lavouras (em tempo real) para verificar sinais de dificuldades que possam interferir nos pagamentos.

A partir de 30 dias antes do vencimento das operações, há uma regra automática de contato com o produtor para avaliar a necessidade de ajuste ou renegociação. “Antes se esperava a operação ficar inadimplente 1, 2, 3 dias para conversar com o cliente. Agora é antes de vencer”, afirmou Bittencourt.

O BB também ampliou o uso de inteligência de dados para identificar municípios e setores em que atrasos começam a se concentrar. “Se já tem histórico naquele município, três, quatro produtores já deixaram de pagar, eu já vou até o 5º, 6º e 7º e pergunto: ‘está tudo certo?’”, explicou.
Maturação da lei de recuperação judicial

O diretor de Agronegócios e Agricultura Familiar, Alberto Martinhago, afirmou ainda que as recuperações judiciais vêm sendo tema de debate com lideranças rurais, agentes do sistema financeiro e autoridades públicas. Para ele, o mecanismo tem função legítima, mas pode gerar distorções.

Martinhago afirmou que o uso indiscriminado da ferramenta afeta a avaliação de risco e encarece o crédito. “Isso vai criando um mecanismo de mitigação e não é bom para o setor”, disse. Segundo ele, o banco tem discutido o tema com instituições, como o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para alinhar interpretações e impactos.

Para o diretor, há preocupação tanto no meio jurídico quanto político sobre os riscos do “mau uso” da recuperação judicial no campo. “A discussão é válida, é necessária, para garantir que o mecanismo cumpra a finalidade dele e não prejudique o setor”, afirmou.

Para Gilson Bittencourt, o instituto da recuperação judicial ainda passa por uma fase de amadurecimento. “Ainda temos muitas interpretações que são muito individualizadas, tomadas por um juiz, de um tribunal aqui ou acolá”, disse.

Ele lembrou que a RJ rural ganhou espaço recentemente e que muitos produtores têm dúvidas sobre seus efeitos. Porém, a aparente solução pode levar a cenários piores, inclusive à falência. “Muitas vezes se divulga que recuperação judicial é salvação para não se pagar a conta. Só que depende do processo (…). Pode ser muito mais danosa do que uma solução negociada”, afirmou.

Fonte: Agro Estadão

Banco do Brasil anuncia mudanças nas regras de adesão à Cassi

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A Caixa de Assistência dos Funcionários do Banco do Brasil (CASSI) divulgou, novas orientações destinadas aos interessados em aderir ao Plano de Associados. A medida segue o Estatuto da CASSI e o Regulamento do Plano, oferecendo condições especiais de inscrição por tempo limitado.

De acordo com o comunicado, todos os interessados que solicitarem a inscrição na CASSI no prazo de até 90 dias, contados a parti de 18 de novembro de até 16 de fevereiro de 2026 — estarão dispensados do cumprimento dos períodos de carência normalmente exigidos para acesso às coberturas assistenciais do plano.

Após esse prazo, os novos inscritos passarão a cumprir as carências previstas em regulamento, que variam conforme o tipo de serviço ou procedimento de saúde.

A CASSI esclarece ainda que o benefício da isenção de carência também se aplica ao ex-funcionário egresso do Banco Nossa Caixa (BNC) contemplado pela decisão judicial vigente. Caso esse profissional venha a se aposentar, ele terá direito à adesão ao Plano Cassi Associados sem necessidade de cumprir carências, desde que a solicitação seja feita em até 90 dias após o desligamento do Banco do Brasil.

A decisão judicial que ampara essa condição permanece válida enquanto vigente, garantindo ao ex-funcionário aposentado o mesmo tratamento concedido aos demais interessados durante o período excepcional.

Para o diretor do Sindicato dos Bancários de Piracicaba e região, Lucas Passos de Lima, “É muito importante que todos os colegas fiquem atentos a essa oportunidade anunciada pela CASSI. Por isso, reforço: é essencial respeitar os prazos. Para evitar qualquer contratempo, orientamos que todas as solicitações sejam feitas pelos canais oficiais de atendimento da CASSI, além disso, o SindBan está à disposição para esclarecimento de dúvidas e todo suporte que os bancários e bancárias precisem neste momento”, declara.

A CASSI reforça que os interessados devem observar rigorosamente os prazos estabelecidos para garantir o direito à isenção de carência. A instituição orienta que as solicitações sejam realizadas pelos canais oficiais de atendimento, evitando o risco de perda do benefício.

Para outras informações, os associados e potenciais novos inscritos podem consultar o regulamento disponível nos canais da CASSI ou entrar em contato com a central de atendimento.

Fonte: Sindicato dos Bancários de Piracicaba

BB expande o BB Ventures, seu programa de Corporate Venture Capital

Publicado em: 27/11/2025

O Banco do Brasil avança em sua jornada de inovação com o fortalecimento do BB Ventures, programa de Corporate Venture Capital (CVC) lançado em 2020. A expansão contempla a ampliação do seu escopo de atuação ao incorporar as temáticas bioeconomia, ASG (Ambiental, Social e Governança) e DEI (Diversidade, Equidade e Inclusão), apoiando empreendedores e cadeias produtivas em todas as regiões do Brasil. Para sustentar essa nova fase, o BB Ventures passará a contar com um capital de até R$ 500 milhões a partir de 2026.

São R$ 300 milhões adicionais ao que já estava previsto para o programa de CVC do Banco. “A expansão do programa reforça o compromisso do Banco em se manter como protagonista no ecossistema de inovação e startups, ampliando nossa capacidade de capturar oportunidades e gerar valor por meio de soluções inovadoras, sempre alinhadas à nossa estratégia de negócios, às transformações do mercado e às demandas apresentadas por nossos clientes”, comenta Rodrigo Vasconcelos, diretor de negócios digitais do BB.

Novas soluções de impacto para clientes e sociedade

Em 2025, o BB Ventures lançou novas soluções decorrentes do investimento em startups parcerias. A primeira delas é o BB Expenses, co-criação com a startup Payfy, uma plataforma de gestão de despesas que incorpora inteligência artificial na automatização e otimização de todo o fluxo de controle de gastos corporativos com cartões BB, promovendo maior controle, transparência e eficiência operacional. O BB Expenses é integrável com inúmeras ferramentas de ERP e está disponível para todos os clientes pessoas jurídicas e governo do Banco.

No agronegócio, as iniciativas desenvolvidas em conjunto com as agtechs do portfólio apoiam os produtores rurais na gestão de suas atividades, na redução de custos e no aumento da produtividade, ao mesmo tempo em que fortalecem práticas sustentáveis em toda a cadeia e contribuem para a mitigação de riscos. Exemplos disso são as soluções de georreferenciamento remoto, IA na concessão e gestão do crédito, bioinsumos, gestão e rastreabilidade de rebanhos, produção e propriedades.

Essas soluções reforçam a vocação do Banco em apoiar empresas, produtores rurais e governos, ampliando a digitalização, a transparência e a eficiência na gestão empresarial e pública, além de abrir espaço para uma cadeia agro mais produtiva e sustentável. Além do ganho financeiro direto com novas fontes de receitas, o BB complementa a proposta de valor e gera impacto positivo real aos seus clientes.

O BB Ventures

O BB Ventures vem se consolidando como uma alavanca estratégica para impulsionar negócios inovadores, promover sinergias com clientes e startups e gerar novas oportunidades de atuação. É a principal ferramenta de inovação aberta do banco, com investimentos prioritários em fintechs, agtechs e govtechs em estágios Seed e Série A e que possuem soluções com fit estratégico e potencial de integração com os modelos de negócios do BB.

Desde sua criação, o BB Ventures já avaliou mais de mil startups e possui 51 empresas investidas no portfólio atual, distribuídas em cinco Fundos de Investimento em Participações (FIPs). Entre eles, três multicotistas, geridos por SP Ventures, Astella e Indicator Capital, e dois exclusivos do Conglomerado BB, sob gestão da MSW Capital e Vox Capital.

Fonte: Banco do Brasil

Banco do Brasil realiza captação de 50 milhões com KfW

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O Banco do Brasil anuncia uma nova etapa em sua estratégia de sustentabilidade com a captação de €50 milhões junto à República Federal da Alemanha por meio do Banco do Desenvolvimento alemão KfW. Os recursos serão destinados ao financiamento do projeto “Fomento de Cadeias Produtivas Sustentáveis de Bioeconomia”. A operação inclui ainda uma doação de €4,5 milhões do Ministério Federal da Cooperação Econômica e do Desenvolvimento da Alemanha (BMZ) para contragarantia e assistência técnica, reforçando o compromisso das instituições com o desenvolvimento sustentável e a inclusão socioeconômica.

O projeto tem como foco ampliar o acesso ao crédito para pequenos produtores, comunidades tradicionais e agricultores familiares, especialmente na região Amazônica. A meta é beneficiar mais de 4.500 famílias, sendo pelo menos 600 mulheres, e promover investimentos em 50 mil hectares de áreas voltadas à bioeconomia.

Segundo José Ricardo Sasseron, vice-presidente de Negócios de Governo e Sustentabilidade Corporativa do BB, “A parceria entre o Banco do Brasil e o KfW representa um marco fundamental na promoção de cadeias produtivas sustentáveis da bioeconomia, especialmente na Amazônia. Iniciativas multilaterais como esta são essenciais para ampliar o acesso ao crédito, fortalecer comunidades tradicionais e acelerar a transição para uma economia verde, justa e inclusiva. Ao unir esforços com instituições internacionais, reafirmamos nosso compromisso com o desenvolvimento sustentável, a mitigação climática e o impacto positivo na vida de milhares de famílias brasileiras.”

A iniciativa está alinhada à Estratégia de Bioeconomia do BB, que visa integrar desenvolvimento econômico com conservação ambiental e mitigação climática. O BB reforça, com essa operação, seu papel como agente relevante na transição para uma economia verde, justa e inclusiva, consolidando sua posição como o banco mais sustentável do mundo pelo sexto ano, segundo a publicação canadense Global 100.

A parceria com o KfW é uma continuação da parceria entre Brasil e Alemanha para o fomento do desenvolvimento sustentável da região amazônica, que iniciou com uma primeira captação no volume de 80 milhões de EUR em 2023 e também fortalece a atuação do BB em iniciativas multilaterais e regionais, como a Coalizão Verde liderada pelo BID, e contribui para o avanço das metas ASG da instituição, que incluem atingir R$5 bilhões em bioeconomia até 2030 e impactar 1 milhão de pessoas por meio de ações sustentáveis.

O Banco do Brasil, considerado o Banco Mais Sustentável do Mundo, é líder em financiamento sustentável no país, com uma carteira robusta de crédito voltada para projetos de energia renovável, agricultura de baixo carbono, habitação social e iniciativas de impacto socioambiental. O BB integra os principais índices de sustentabilidade e mantém metas ambiciosas para ampliar o crédito sustentável, contribuindo para o alcance dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e para a construção de um futuro mais verde e inclusivo.

Fonte: Banco do Brasil

BB apresenta solução que reduz em 80% o desperdício na alimentação escolar

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Uma solução tecnológica desenvolvida pelo Banco do Brasil em parceria com a startup Lemobs, capaz de reduzir em até 80% o desperdício de alimentos na merenda escolar, foi o destaque do painel “Sementes do Amanhã”, realizado na COP30. A plataforma BB Alimentação Escolar foi apresentada como uma ferramenta de alto impacto para a gestão pública, gerando economia, sustentabilidade e melhora nutricional para os alunos.

A tecnologia utiliza inteligência artificial para integrar e otimizar todas as etapas do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), desde o planejamento de cardápios e gestão de estoques até as compras de insumos da agricultura familiar. O sistema foi aprovado em projetos-piloto com resultados expressivos: em Rio Brilhante (MS), a iniciativa alcançou uma economia projetada de 2 toneladas de comida ao ano, o que equivale a 25 mil refeições preservadas e 10 toneladas de emissões de carbono evitadas. Em Valparaíso (GO), o sistema reduziu em 90% o tempo para processar dados nutricionais dos alunos.

“O Banco do Brasil atende os 5.570 municípios com muita proximidade e entende as necessidades dos gestores públicos. Essa iniciativa demonstra a vocação do BB para solucionar problemas e fazer a diferença na vida das pessoas”, afirmou Euler Mathias, diretor de Negócios e Governo do Banco do Brasil. “Temos a capilaridade para levar essa inovação a todo o país, transformando a gestão da alimentação escolar.”

O sucesso da ferramenta nos projetos-piloto conquistou a cidade anfitriã da COP30. Belém já iniciou a implementação em cinco escolas da rede municipal. Patrick Tranjan, secretário de Educação do município, ressaltou que a iniciativa se soma a outras ações de sustentabilidade na rede de ensino. “Políticas de sustentabilidade só geram legado quando estão integradas à educação”, afirmou.

Sérgio Rodrigues, CEO da Lemobs, reforçou o propósito da parceria. “Nosso objetivo é colocar a tecnologia a serviço da população. A parceria com o BB escala esse impacto e nos permite atuar onde a inovação faz a diferença real: na saúde e no futuro das nossas crianças”, explicou.

Fonte: Banco do Brasil

Na COP 30, BB se torna o primeiro grande banco a lançar mesa de créditos de carbono

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O Banco do Brasil anunciou durante a COP 30 o lançamento de sua mesa de comercialização de créditos de carbono. Com a iniciativa, a instituição se tornou o primeiro grande banco brasileiro a permitir que empresas com metas de emissão adquiram créditos de carbono de projetos que preservam florestas ou utilizam energia limpa.

Atualmente, o Banco do Brasil já conta com mais de 30 projetos em desenvolvimento, com capacidade de gerar até 3 milhões de créditos de carbono por ano. Na prática, isso representa o impulso a um mercado de economia verde com potencial bilionário, a monetização da floresta em pé e a viabilização financeira da transição para uma economia de baixo carbono — transformando compromissos ambientais em ativos econômicos reais.

De acordo com José Ricardo Sasseron, vice-presidente de Negócios de Governo e Sustentabilidade Empresarial do Banco do Brasil, “a mesa de carbono vai facilitar a negociação de créditos para compensação. Nossa vantagem é atuar de ponta a ponta: participamos da originação de projetos de alta integridade, como os de preservação que geram créditos, e conectamos essa oferta diretamente à demanda de nossos clientes, garantindo segurança e eficiência no processo.”

Com a criação do Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões (SBCE), o lançamento se apresentou como uma resposta do setor financeiro à nova legislação climática brasileira, que estabelece um mercado regulado. A expectativa é que mais de 5 mil grupos econômicos precisem gerenciar seus inventários de emissões. A iniciativa do BB nasce para atender a essa demanda, não apenas negociando créditos, mas também originando novos projetos de descarbonização.

Uma atuação cuja maturidade é decisiva, como pontua Francisco Augusto Lassalvia, vice-presidente de Negócios de Atacado. “Nossa atuação com a mesa de carbono é análoga ao que já fazemos. De um lado, temos desde o pequeno produtor rural, que possui uma área de preservação mas não tem escala para acessar este mercado sozinho, até grandes projetos. Do outro, a grande corporação que precisa compensar suas emissões. Nossa missão é ser essa ponte. Vamos originar, intermediar e monetizar esses ativos, unindo quem gera o crédito a quem precisa dele, com a segurança e a capilaridade que o Banco do Brasil oferece.”

A plataforma lançada será alimentada por um portfólio de iniciativas de conservação do próprio banco, que já contribuiu para a preservação de 850 mil hectares de floresta nativa e mantém a meta ambiciosa de alcançar 2 milhões de hectares até 2030, além de recuperar 1,5 milhão de hectares de áreas degradadas.

O modelo de negócios da mesa de carbono atuará em três frentes estratégicas:

  • Originação de projetos: estruturação de iniciativas sustentáveis com clientes de todos os portes.
  • Comercialização de créditos: intermediação e monetização de ativos ambientais no mercado.
  • Assessoria para descarbonização: apoio técnico a empresas em sua jornada de transição ecológica.

A comercialização de créditos de carbono é vista como uma ferramenta essencial para reduzir emissões, atrair investimentos em tecnologias limpas e ajudar o Brasil a cumprir suas metas climáticas, fortalecendo a economia local e gerando novos empregos verdes.

Fonte: Banco do Brasil

BB e JBIC vão financiar projetos sustentáveis e impulsionar a transição energética

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O Banco do Brasil e o Banco Japonês para Cooperação Internacional (JBIC) assinaram um Memorando de Entendimento (MoU, na sigla em inglês) com o objetivo de desenvolver uma linha de crédito voltada a projetos de mitigação das mudanças climáticas, com foco nos setores de biocombustíveis e transmissão de energia. A iniciativa busca impulsionar investimentos que contribuam para reduzir emissões de gases de efeito estufa, ampliar o uso de energias limpas e fortalecer a segurança energética global.

A parceria foi formalizada no âmbito da participação do BB na 30ª Conferência das Partes da Convenção das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30), realizada no Brasil, e marca um passo importante na expansão de mecanismos financeiros sustentáveis entre os dois países.

“Temos orgulho de formalizar esta parceria com o JBIC, que reflete nosso compromisso compartilhado com o avanço da mitigação das mudanças climáticas e do desenvolvimento sustentável. Por meio desta iniciativa, buscamos acelerar investimentos que não apenas reduzam as emissões de gases de efeito estufa, mas que também fortaleçam a segurança energética e fomentem o crescimento econômico. Esta colaboração reforça o papel do Banco do Brasil no financiamento de energias renováveis, na promoção de soluções inovadoras para um futuro de baixo carbono, em linha com a liderança do Brasil em energias renováveis e os esforços globais rumo à neutralidade de carbono”, afirma Francisco Lassalvia, vice-presidente de Negócios de Atacado do BB.

A cooperação com o JBIC combina a experiência do Banco do Brasil em crédito sustentável e agronegócio com a expertise japonesa em tecnologia e eficiência energética, promovendo novos mecanismos de financiamento e inovação no campo da energia limpa, que contribuam para a mitigação das mudanças climáticas e uso sustentável de recursos, como produção de biocombustíveis e matérias-primas, linhas de transmissão, transição e eficiência energética.

A iniciativa reforça o papel do BB como agente global de desenvolvimento sustentável e consolida a parceria histórica entre Brasil e Japão em investimentos de longo prazo.

Presença consolidada no Japão

Presente no Japão há mais de 50 anos, o Banco do Brasil mantém e fortalece sua atuação no país por meio das agências localizadas em Tóquio, Nagoia e Hamamatsu, que oferecem atendimento completo a indivíduos e empresas, com soluções bancárias, de câmbio e investimentos voltadas a brasileiros e diversas outras nacionalidades residentes no Japão — incluindo trabalhadores, profissionais em mobilidade internacional, estudantes, famílias e clientes com perfil de investimento e alta renda e empreendedores.

Com atuação conectada à dinâmica dos mercados da Ásia-Pacífico, o BB Tóquio é um ponto estratégico de articulação regional, apoiando empresas brasileiras e japonesas em operações de comércio exterior, trade finance e investimentos e contribui para o fortalecimento das relações econômicas bilaterais e para a geração de valor em escala global.

Sobre o Banco do Brasil

O Banco do Brasil, considerado o banco mais sustentável do mundo, é líder em financiamento sustentável no país, com uma carteira robusta de crédito voltada para projetos de energia renovável, agricultura de baixo carbono, habitação social e iniciativas de impacto socioambiental. O BB integra os principais índices de sustentabilidade e mantém metas ambiciosas para ampliar o crédito sustentável, contribuindo para o alcance dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e para a construção de um futuro mais verde e inclusivo.

Sobre o JBIC

O JBIC é uma instituição financeira baseada em políticas e de propriedade integral do governo japonês, cuja missão é contribuir para o desenvolvimento saudável do Japão, bem como da economia e sociedade internacional.

Fonte: Banco do Brasil

BB tem lucro líquido ajustado de R$ 3,8 bi no terceiro trimestre de 25, estável em relação ao trimestre anterior

Publicado em: 13/11/2025

Demonstrando uma sólida capacidade de geração de negócios, a Margem Financeira Bruta apresentou crescimento consistente e totalizou R$ 26,4 bilhões no trimestre, (+5,1% t/t e +1,9% a/a). Nos nove primeiros meses do ano, a margem somou R$ 75,3 bilhões. O crescimento da margem no trimestre foi calcado principalmente em negócios com clientes, com destaque para as receitas com operações de crédito, influenciadas positivamente pelo desempenho no Crédito do Trabalhador, que contribui para a melhoria de mix e do retorno ajustado ao risco, além da boa gestão da liquidez.

As Receitas de Prestação de Serviços cresceram 1,3% em comparação com junho, com destaque para as linhas de Administração de Fundos (+7,1% t/t), Seguros, Previdência e Capitalização (+5,8% t/t) e Consórcios (+6,3% t/t). Em nove meses, as Receitas de Prestação de Serviços totalizaram R$ 26,0 bilhões.

Eficiência

O Banco do Brasil está investindo em tecnologia, capacitação e transformação digital, com muita responsabilidade e foco em produtividade. As Despesas Administrativas tiveram crescimento de 5,4% em nove meses e o Índice de Eficiência 12 meses alcançou 27,6%, o melhor entre os grandes bancos.

Carteira de Crédito Expandida

Registrou saldo de R$ 1,28 trilhão em setembro de 2025 e crescimento de 7,5% em um ano, com destaque para:

Pessoa Física: Alcançou R$ 350,5 bilhões, crescimento de 7,9% em um ano, impulsionada principalmente pela carteira de Crédito Consignado (+7,8% a/a), Crédito Não Consignado (+12,9% a/a) e Cartão de Crédito (+16,6% a/a).

Pessoa Jurídica: Atingiu R$ 453,0 bilhões, crescimento de 10,4% no comparativo anual, com destaque para as linhas de Investimento (+3,3% a/a) e Capital de Giro (+1,0% a/a). Dentre os segmentos, a Carteira Expandida de Grandes Empresas encerrou em R$ 258,9 bilhões, alta de 20,3% em 12 meses. A Carteira para MPME encerrou setembro com R$ 118,5 bilhões de saldo, redução de 3,7% a/a.

Agronegócios: Crescimento de 3,2% nos últimos 12 meses, totalizando R$ 398,8 bilhões. Destaque para as linhas de Custeio (+6,1% a/a), Investimento (+8,8% a/a) e Pronaf (+5,2% a/a).

Carteira de Crédito Sustentável

A Carteira de Crédito Sustentável encerrou setembro/25 com R$ 399,0 bilhões, financiando negócios sociais, boas práticas socioambientais e agricultura de baixo carbono, com alta de 8,0% em 12 meses. Eleito seis vezes como o Banco Mais Sustentável do Mundo pela Corporate Knights, o Banco do Brasil foi o primeiro banco a informar um guidance para o crescimento de sua carteira de crédito sustentável.

Custo do Crédito

Alcançou R$ 44,0 bilhões no 9M25, elevação de 66,4% em relação ao 9M24. No trimestre, o Custo de Crédito foi de R$ 17,9 bilhões, aumento de 12,7% na comparação com o trimestre anterior. Destaca-se que, além do aumento da inadimplência, em especial no segmento Agro, houve agravamentos em casos específicos em Grandes Empresas.

Crédito do Trabalhador

Desde o início do Programa, em março deste ano, o Banco do Brasil contratou R$ 11 bilhões nas operações do Crédito do Trabalhador, com excelente nível de escrituração em 95%. Com mais de 1,3 milhão operações em 97,4% dos municípios do país, o programa oferece crédito com condições vantajosas a empregados com carteira assinada.

Open Finance: O BB amplia liderança e reforça confiança dos clientes

Com 3,2 milhões de clientes aderentes, o Banco do Brasil registrou crescimento de +16% em relação ao trimestre anterior e de +73% frente ao 3T24, consolidando sua posição de destaque no ecossistema Open Finance. Nos nove primeiros meses de 2025, o BB respondeu por 20% das intenções de portabilidade, reforçando a confiança dos clientes.

Esse resultado reflete a estratégia do Banco em unir tecnologia, dados e relacionamento para promover inclusão financeira, gerando valor para clientes e acionistas e ampliando o acesso a soluções financeiras inovadoras e sustentáveis.

BB lança primeira IA conversacional do setor financeiro brasileiro

O Banco do Brasil lançou a primeira inteligência artificial convencional do setor financeiro brasileiro, combinando curadoria tecnológica e governança ética. A ARI – Área de Recomendações Inteligentes é uma solução que oferece orientações personalizadas a empresas, com linguagem acessível e foco em gestão empresarial, apoiando o dia a dia dos clientes PJ com informações e recomendações que impulsionam a produtividade e competitividade dos negócios.

Projeções Corporativas

O Banco do Brasil revisou suas projeções corporativas para 2025, conforme a tabela a seguir:

Fonte: Banco do Brasil

A tormenta do Banco do Brasil: ações caem com balanço fraco, e analistas ainda não veem calmaria no horizonte

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Mais uma vez, o Banco do Brasil (BBAS3) deixou a temporada de balanços com o rótulo de azarão entre os grandes bancos. O lucro líquido tombou 60% em relação ao ano anterior, enquanto a rentabilidade encolheu de 21,1% para 8,4% — o pior patamar em quase uma década.

O resultado não chegou a surpreender o mercado — mas tampouco trouxe alívio. No geral, os analistas enxergam o balanço como fraco, ainda que dentro do esperado, refletindo o peso do agronegócio e a deterioração de outras carteiras sobre as finanças do banco. E, como consequência, o BB entra em mais um trimestre sob desconfiança.

A expectativa, agora, é de um pregão turbulento para as ações BBAS3 na bolsa brasileira. Logo na abertura do pregão, os papéis chegaram a entrar em leilão na B3. Por volta das 11h20, os papéis caíam 3,86%, cotados a R$ 21,92.

No acumulado do ano, os papéis do banco amargam queda de 9%, com desvalorização próxima de 15% nos últimos 12 meses.

O JP Morgan classificou o resultado como “muito fraco”, ainda que o lucro de R$ 3,8 bilhões tenha ficado 5% acima da estimativa do próprio banco. A leitura, porém, foi negativa — e por motivos concretos.

Segundo os analistas, o trimestre veio “poluído” por ajustes e efeitos pontuais, que ajudaram a suavizar um desempenho operacional ainda bastante pressionado.

Entre os principais pontos, o JP Morgan destaca a reversão tributária: cerca de R$ 716 milhões vieram de um crédito fiscal positivo, o que corresponde a 20% do lucro total.

Além disso, o ativo fiscal diferido subiu no trimestre, o que pode se tornar um peso no futuro, de acordo com o banco norte-americano.

Houve também uma melhora contábil no capital, mas ajudada por uma tecnicidade, uma reclassificação de R$ 33 bilhões em títulos que gerou R$ 1,15 bilhão em ganhos patrimoniais.

Outro ponto de atenção foi a formação de nova inadimplência (New NPL, que considera a relação entre a variação trimestral do saldo das operações vencidas há mais de 90 dias, acrescida das baixas para prejuízo efetuadas no trimestre) de quase R$ 20 bilhões, puxada por agro e pessoa física — um salto de 25% sobre o 2T25 e quase o dobro da média de 2024.

O JP Morgan também destaca os sinais mistos em outros produtos: melhora em pequenas e médias empresas (PMEs), mas deterioração em cartões de crédito, possivelmente ligada à exposição agrícola.

O lado positivo, segundo os analistas, é que a liquidez melhorou e os spreads seguem em recuperação — embora ainda insuficientes para compensar o impacto das provisões.

Deterioração da carteira de crédito do Banco do Brasil

Para a XP Investimentos, o Banco do Brasil apresentou mais um trimestre fraco, com o custo de crédito ainda pressionado e deterioração da qualidade de crédito em todos os segmentos.

O analista João Abdouni, da Levante Corp, destacou o agravamento da inadimplência, ainda puxada pelo agronegócio, que segue sendo o principal foco de preocupação do mercado.

Quase metade do aumento das provisões no trimestre veio da carteira agro, somada a casos específicos em pessoa jurídica e cartão de crédito. Parte desse efeito, segundo analistas, é consequência de produtores que postergaram pagamentos, aguardando medidas de auxílio do governo.

Quando o Banco do Brasil sairá da tempestade?

Segundo os analistas da XP, o trimestre ilustra uma realidade dura: as provisões elevadas e a inadimplência persistente estão drenando a rentabilidade do banco, e não há sinais claros de reversão no curto prazo.

Com o acúmulo de vencimentos no terceiro trimestre, o cenário acabou se agravando.

Há também mais recuperações judiciais e uma disseminação da deterioração de crédito para outras carteiras — o que indica uma recuperação mais lenta, possivelmente se estendendo além de 2026.

Em uma apresentação em vídeo divulgada junto com os resultados, o diretor financeiro (CFO) do BB, Marco Geovanne Tobias, afirmou que ainda é difícil identificar se o quarto trimestre marcará o ponto de inflexão para uma recuperação dos lucros.

Para a XP, o 1º trimestre de 2026 será um ponto de virada: será possível avaliar se as decisões recentes sobre novas safras de crédito começarão a melhorar a qualidade dos ativos.

Para Milene Dellatore, especialista em investimentos, day trader e diretora da MIDE Mesa Proprietária, porém, estamos diante de um cenário de virada para o agronegócio.

“Quando o agro atravessa um período difícil, o Banco do Brasil é o primeiro a absorver esse impacto — e também é o primeiro a se beneficiar quando o ciclo vira”, disse Dellatore. “Com o novo ambiente global pós-Trump, abre-se uma janela de maior previsibilidade para exportações, recomposição de preços e melhora no fluxo de caixa do produtor. Isso tende a reduzir inadimplência e, naturalmente, aliviar as provisões do banco.”

Segundo a diretora, se o agro normaliza — e os sinais caminham nessa direção — o BB tem potencial de retomar rentabilidade com mais velocidade do que o mercado está enxergando hoje.

Lucro menor à vista: guidance revisado para baixo

Como se não bastasse o balanço pressionado, o Banco do Brasil cortou novamente seu guidance de lucro líquido para 2025. Agora, o intervalo projetado é de R$ 18 bilhões a R$ 21 bilhões, ante a faixa anterior de R$ 21 bilhões a R$ 25 bilhões.

Com R$ 14,9 bilhões acumulados nos nove primeiros meses do ano, isso implica um lucro entre R$ 3,1 bilhões e R$ 6,1 bilhões no quarto trimestre — o que a XP considera “factível, especialmente o limite inferior”.

O JP Morgan, por sua vez, vê o movimento com preocupação. Isso porque já estamos em 13 de novembro — metade do 4T25 já passou — e o banco ainda forneceu uma faixa ampla demais de projeções, mostrando “falta de visibilidade até no curto prazo”, escreveram os analistas.

“Acreditamos que essa faixa ampla pode estar relacionada à evolução da MP 1314 [pacote de socorro ao agronegócio anunciado pelo governo federal em setembro] — imaginamos que a administração esteja mais ou menos confiante dependendo de como o programa será executado pelo governo”, disseram os analistas.

É hora de comprar as ações BBAS3?

Na visão da XP Investimentos, embora as ações BBAS3 negociem a múltiplos atraentes de preço/lucro, a combinação de recuperação lenta, rentabilidade comprimida e dividendos modestos ainda justifica a recomendação neutra.

O JP Morgan vai na mesma linha. Mesmo reconhecendo que as expectativas são baixas e que há muitos vendidos (shorts) no papel, o banco reforça: “não foi um bom trimestre”.

O BTG Pactual também avalia que o valuation do BB não está elevado. Porém, os analistas apostam em uma recuperação lenta dos lucros — ainda mais demorada do que o mercado parece precificar.

Isso porque o ponto de partida também é desafiador, já que o Banco do Brasil entra nesse novo ciclo com um ROE baixo, um colchão de capital mais estreito e um saldo de provisões muito menor que há alguns anos.

“Em um contexto de desalavancagem, melhorar resultados se torna naturalmente mais difícil. Além disso, com bancos privados reduzindo agressivamente o número de agências (e também de funcionários) nos próximos anos, tememos que o ambiente competitivo se torne ainda mais difícil para o BB”, disse o BTG, que manteve recomendação neutra para as ações BBAS3.

Com o agronegócio ainda pesando sobre os resultados e a rentabilidade mais fraca entre os pares, o Banco do Brasil permanece fora do pódio — ao menos por enquanto.

Fonte: Seu Dinheiro

Era do ROE de 20% do BB ficou para trás — e pode nunca mais voltar

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Embora seja difícil se animar com o Banco do Brasil (BBAS3) no curto prazo, muitos investidores passaram a ver a situação como uma travessia turbulenta, mas que terá fim em algum momento. Porém, parte do mercado agora acredita que o BB jamais voltará a atingir a tão sonhada rentabilidade (ROE) de 20% — nem depois que superar a tormenta no agronegócio.

Nos últimos trimestres, a combinação de inadimplência crescente, juros altos, crise no campo e regras mais duras da Resolução 4.966 fez o Banco do Brasil ampliar significativamente as provisões — o colchão contra calotes.

A fatura veio no balanço: o lucro caiu, e o retorno sobre o patrimônio líquido (ROE) derreteu para 8%, pior nível em décadas.

Com o peso sobre as finanças, o Banco do Brasil recebeu algumas “colheres de chá” nos últimos meses, incluindo um pacote bilionário de socorro ao agronegócio pelo governo federal — os detalhes você confere abaixo.

Mas os analistas ainda não estão convencidos de que a situação irá se resolver tão prontamente — e, mesmo depois que a tempestade for superada, a expectativa é que o balanço nunca voltará a ser o mesmo de antes dos problemas.

“O Banco do Brasil chegou a dar mais de 20% de ROE em 2022 e 2023, mas eu não acredito que ele pode voltar a dar uma rentabilidade nesse nível algum dia”, disse Antônio Martins, analista da Kinea Investimentos, em entrevista ao Seu Dinheiro.

O ROE de 20% pode voltar?

Parte dos analistas enxerga o 3T25 como o “fundo do poço”. Mesmo assim, a recuperação será lenta e gradual, e os desafios de rentabilidade devem se estender até o segundo semestre de 2026.

O gestor da Nero Capital, Daniel Utsch, acredita que, passado o momento ruim para o agronegócio, o Banco do Brasil poderia caminhar de volta a um ROE de 20%, ou próximo disso.

“Talvez os 20% tenham sido em um momento conjuntural muito mais favorável, mas eu acredito em um patamar de dois dígitos alto, acima do custo de capital”, disse.

Mas, para a Kinea, o novo normal do BB será outro. Martins acredita que o ROE deve se estabilizar em torno de 15% nos próximos anos — nem tão ruim como os 8% atuais, nem tão bom quanto os 20% dos tempos áureos.

A analista Larissa Quaresma, da Empiricus Research, concorda: “Para 2026, podemos pensar em um ROE voltando para a faixa dos 15%. Mas, para 20%, ainda falta confiança na recuperação da carteira e na qualidade das novas concessões, sem muito viés social.”

E quem impulsionou o BB no auge foi justamente o agronegócio, que hoje afeta sua rentabilidade. Em 2022 e 2023, o Banco do Brasil era o player dominante no agronegócio, em um momento de inadimplência muito baixa. Impulsionado pelo “boom das commodities”, o banco mais do que dobrou sua carteira rural em apenas três anos, superando a marca de R$ 400 bilhões.

Acontece que, em 2027, esses elementos não devem continuar. A inadimplência do agro se tornou estrutural no setor, segundo o analista da Kinea. Ele cita três fatores que limitam o avanço daqui para frente:

1 – Maior competição no agronegócio, com novos players dividindo espaço;

2 – Selic mais baixa, que reduz ganhos com títulos públicos e a rentabilidade da Previ;

3 – Capital mais apertado, o que restringe o pagamento de juros sobre o capital próprio (JCP) e o benefício fiscal associado aos proventos.

Isso tudo sem falar na corrida pela eficiência, em que o Banco do Brasil ainda está atrás dos pares privados — o que implica em custos maiores e menos margem para oferecer serviços a preços mais competitivos aos clientes que os rivais.

“É fato que 2027 será um ano melhor do que 2025 e 2026. Mas é preciso entender qual o patamar de retorno normalizado do Banco do Brasil — e eu acredito que será consideravelmente menor do que foi no pico do banco”, disse o analista.

Banco do Brasil ainda não superou a tempestade

Na divulgação dos últimos resultados, o próprio diretor financeiro (CFO) do BB, Geovanne Tobias, avisou que não seria hora de falar em melhorias de resultado. Segundo ele, o ROE deve permanecer em níveis baixos de dois dígitos em 2025 e só começar a reagir em 2026. “Não espere uma rentabilidade próxima à de 2024”, disse o diretor.

A presidente do banco, Tarciana Medeiros, reforçou o alerta: o terceiro trimestre será “mais estressado”, com sinais de melhora apenas no quarto trimestre, impulsionados pelo crescimento da margem financeira bruta.

O BB divulga o balanço em 12 de novembro, após o fechamento dos mercados — e deve ser outra vez o azarão da temporada dos bancos. O consenso prevê lucro líquido de cerca de R$ 4 bilhões no 3T25 — uma queda de quase 60% em relação ao mesmo período do ano passado —, com rentabilidade de apenas 8,6%.

Segundo os analistas, a exposição ao agronegócio continua sendo o principal calcanhar de Aquiles do BB, já que cerca de 35% da carteira de crédito está concentrada nesse segmento. Mas ela não é a única preocupação.

A boia salva-vidas do agronegócio — e suas limitações

O pacote de socorro ao agronegócio, lançado pelo governo federal, foi recebido como um respiro. A Medida Provisória 1.314 permite alongar dívidas rurais por até nove anos e refinanciar até R$ 12 bilhões em créditos. Como o BB responde por quase metade do crédito agrícola do país, deve ficar com cerca de R$ 6 bilhões dessa fatia.

Mas, na prática, a ajuda está longe de resolver o problema, de acordo com o mercado.

A execução da MP foi lenta, e isso acabou gerando um “risco moral” entre produtores — que, na esperança de condições melhores, pararam de pagar as dívidas e esperaram o refinanciamento, segundo o JP Morgan. O resultado disso deve aparecer nas provisões para perdas, na avaliação dos analistas.

Além disso, os R$ 6 bilhões representam uma gota num oceano: a carteira rural do BB supera R$ 360 bilhões. E ainda há dúvidas sobre o quanto os produtores realmente vão aderir ao programa, já que muitos estão em recuperação judicial — e, portanto, fora da renegociação anunciada pelo governo.

Para o analista da Kinea, o pacote traz alívio, mas não resolve a questão estrutural: “Com o pacote, a situação para de piorar. Mas tenho dificuldade em ter confiança de que o negócio vai melhorar para a frente.”

Na mesma linha, Larissa Quaresma, da Empiricus, acredita que os efeitos práticos virão apenas em 2026, quando as renegociações começarem a gerar impacto real nos índices de inadimplência.

Mas, segundo Quaresma, o que vai sanar o problema do Banco do Brasil “é uma concessão um pouco mais conservadora, diante desse cenário de alavancagem excessiva e recuperação judicial usada pelos produtores”.

Já o Citi está mais otimista quanto aos efeitos futuros da boia salva vidas do governo ao agro no balanço do Banco do Brasil, com receitas marginalmente maiores, uma base de capital mais ampla, e uma eventual melhora no provisionamento a partir do ano que vem.

O agro não é o único risco do Banco do Brasil

A questão é que os problemas do Banco do Brasil não se restringem ao campo. A inadimplência também cresceu nas carteiras de pessoa física e de pequenas e médias empresas (PMEs).

O Citi alerta para riscos adicionais vindos das PMEs, que representam cerca de 11% da carteira total, já que a desaceleração da economia afeta mais esses clientes.

Diante disso, o BB vem apertando os cintos e realizando uma limpeza relevante na carteira de crédito, sem tantas novas concessões para empresas mais enroscadas e de menor nível de faturamento.

O foco agora é ter uma carteira com mais garantias, reforçar as renegociações e ser mais seletivo na concessão de novos créditos. O banco também busca expandir operações no segmento de Pessoa Física e crescer no público de alta renda — um esforço que o Seu Dinheiro detalhou em entrevista recente com a diretora responsável pelo segmento.

Um processo longo e doloroso: o que esperar do Banco do Brasil daqui para frente?

Segundo os analistas, o “banho de limpeza” do BB deve se estender até meados de 2026.

Porém, a avaliação dos especialistas é que o processo “é sempre muito doloroso”: enquanto o banco reorganiza a carteira e ajusta o apetite de risco, o crescimento fica limitado.

É por isso que o analista da Kinea vê 2026 como “um ano ainda bem desafiador”. “Tem que arrumar a casa e parar de dar crédito para quem está mega estressado. Mas, quando um banco tem que resolver problemas de carteira, nunca é um processo rápido”, disse Martins.

A aposta da Empiricus é que o ponto de virada do BB acontecerá quando a nova safra de crédito começar a ser paga — potencialmente na metade de 2026. Até lá, a perspectiva ainda é de uma rentabilidade aquém do custo de capital, abaixo de 15%.

E as ações BBAS3?

Em geral, a recomendação do mercado ainda é de cautela para as ações do Banco do Brasil. De oito recomendações para BBAS3, seis são neutras e apenas duas são de compra, de acordo com a plataforma TradeMap.

O Citi recentemente elevou a recomendação de neutra para compra, acreditando que o banco pode encontrar uma rota mais tranquila e recuperar parte do terreno perdido na B3.

Para a Empiricus, porém, a valorização das ações depende de uma melhora sustentada da rentabilidade ou de um novo ciclo de crédito mais forte, o que não deve ocorrer tão cedo.

Quaresma destaca que há, ainda, um elemento político no horizonte: as eleições de 2026. “O papel depende muito do ciclo eleitoral. Se tiver aumento de chance de um governo mais ‘centro-direita’ nas pesquisas de intenção de voto, o Banco do Brasil tende a reagir, assim como outras estatais”, afirmou.

Até lá, o Banco do Brasil segue no modo reconstrução — arrumando a casa, renegociando dívidas e tentando provar ao mercado que o pior já ficou para trás.

Fonte: Seu Dinheiro

BB já renegociou R$ 5,9 bilhões em dívidas rurais com quase 5 mil produtores

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O Banco do Brasil atingiu nesta semana a marca de R$ 5,9 bilhões renegociados nas condições da Medida Provisória 1.314/25, que estabelece regras especiais para produtores rurais liquidarem e amortizarem operações de custeio, investimento e CPR. Desse total, R$ 5,4 bi são referentes a operações com recursos livres e R$ 448 milhões a operações com fontes supervisionadas. Ao todo, 4,9 mil clientes já foram beneficiados em todo o país.

Além dos valores já renegociados, estão na esteira de análise mais R$ 11,4 bilhões em empréstimos com recursos livres e R$ 721 milhões nas operações com fontes supervisionadas, envolvendo outros 8 mil clientes. Do total de R$ 12 bilhões em recursos controlados previstos pela MP, R$ 4,3 bilhões foram direcionados ao BB.

O BB começou a acolher as propostas em todo o país ainda no dia 22 de outubro, primeiro dia de vigência da Medida Provisória. A maior parte foi acolhida na região Centro-Oeste (33% do total acolhido), seguido por Sudeste (27%) e Sul (21%). Dois dias depois teve início a renegociação com recursos controlados, sendo que 92% dessas propostas encontram-se no Rio Grande do Sul.

Com a linha BB Regulariza Agro, que utiliza recursos livres, o produtor pode liquidar, amortizar ou alongar dívidas de custeio, investimento e CPRs, inclusive aquelas que já foram prorrogadas, renegociadas ou que estejam adimplentes, em regiões impactadas com perdas de safra decorrentes de eventos adversos e que causaram aumento do endividamento no Sistema Nacional de Crédito Rural (SNCR).

O valor a ser regularizado é definido de acordo com a necessidade e a situação de cada cliente. O prazo pode chegar a até 9 anos, incluído até 1 ano de carência. Para os produtores ou cooperativas cujos débitos não se enquadrem nos critérios da MP, o BB disponibiliza outras possibilidades de reorganização financeira, de acordo com as regras do Manual do Crédito Rural.

Fonte: Banco do Brasil

Fitch atribui rating BB à emissão de títulos verdes do Brasil

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A Fitch atribuiu hoje o rating BB aos títulos verdes emitidos pelo Tesouro do Brasil na semana passada. A perspectiva é estável. As notas estão em linha com a classificação soberana brasileira atribuída pela empresa.

Na quinta-feira, às vésperas do início da Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025 (COP30), o Tesouro captou US$ 2,250 bilhões com a emissão de títulos de dívida no exterior com características sustentáveis. A demanda para a operação atingiu R$ 6,7 bilhões em seu pico.

A operação no mercado americano contou com a emissão de um novo título sustentável de 7 anos, denominado Global 2033 Sustentável, e com a reabertura do atual benchmark de 10 anos, o Global 2035.

Fonte: Invest Talk BB

Defesa dos caixas no BB é prioridade na agenda de luta de entidades

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A manutenção dos caixas no Banco do Brasil ainda não está garantida. As entidades sindicais e a União Nacional de Caixas do BB (UNACaiexBB) seguem mobilizadas para enterrar de uma vez por toda as reestruturações do banco que extinguem os caixas em várias unidades do Brasil.

Para avançar nas mobilizações em defesa dos caixas, dirigentes do Sindibancários/ES e da Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro dos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo (Fetraf-RJ/ES) se reuniram com os membros da UNACaiexBB na última segunda-feira (03). A principal reivindicação dos representantes dos caixas é que a realização de uma Mesa Temática para tratar das demandas específicas desse segmento e dos funcionários das Plataformas de Suporte Operacional (PSO’s).

Sobrecarga de trabalho e metas

Durante a reunião, foi destacada a situação nas PSO’s, em que caixas (tanto os efetivos quanto os substitutos) e escriturários estão cada vez mais sobrecarregados e pressionados por produtividade em novos serviços que não condiz com a qualidade e o tempo de treinamento oferecidos pelo banco.

De acordo com os funcionários, o banco mantém a cobrança de metas inatingíveis e que não condizem com as particularidades das PSO’s e SOP’s, o que gera riscos operacionais. Os funcionários também apontam a falta de isonomia, pois nas PSO’s há funcionários executando esses serviços sem a devida comissão ou sequer da gratificação de caixa.

“Defendemos uma distribuição racional das tarefas, com o devido treinamento e condições adequadas de trabalho. A função de assistente operacional pleno deveria ter o valor da comissão equiparado ao da gratificação de caixa, com todos os escriturários que atuam em PSO”s sendo nomeados nesta função, assim como foi feito nas PSVs, em que todos foram nomeados assistentes de tesouraria. Isto beneficiaria centenas de colegas que não possuem uma comissão efetiva e tiraria dos gestores o poder de usar o acionamento em guichês de caixa como moeda de troca para o cumprimento de metas”, defendeu o representante da UNACaiexBB , André Faria.

Outra proposta defendida pela UNACaiexBB é a nomeação para o cargo de assistente operacional pleno, com a equiparação de sua comissão à gratificação de caixa, para os caixas de agências não atendidas por PSOs e que foram desgratificados em janeiro de 2025. Com isso, seria haveria a preservação da renda desses funcionários sem que eles precisem mudar de cidade, já que os serviços do Cenop podem ser realizados de qualquer terminal do Banco ou em home office.

A dirigente do Sindibancários/ES Nathalia Gallini acrescentou a perspectiva de quem atuou tanto como caixa quanto como gerente de módulo, destacando que “as reestruturações que o Banco está promovendo afetam todo um conjunto de funcionários, levando a desvios e acúmulo de funções. Há gerente de módulo acumulando suas funções com as de caixa, caixas acumulando suas funções com as de gerente de módulo, enquanto o Banco deixa de contratar a quantidade adequada de funcionários em cada cargo”.

Ameaça

Desde 2021, as entidades sindicais atuam na defesa da função de caixa no BB. Seja por determinação judicial ou por pressão dos trabalhadores em diversas mobilizações realizadas, o BB chegou a recuar na extinção total dessa função. No entanto, em 2024 o BB iniciou a implementação do Inova Varejo com projeto piloto no Espírito Santo. Apesar do projeto ter sido encerrado, algumas ações continuam sendo implementadas no país.

Os caixas e gerentes de módulo estão entre os principais alvos desse projeto, com várias agências encerrando tesourarias e o atendimento em guichês, obrigando clientes a se deslocarem para outras agências. Esse é o primeiro passo para o banco iniciar o fechamento dessas unidades.

“Compreendemos que com o avanço tecnológico e novas modalidades de pagamento, há uma redução do número de clientes que vão até as agências. Mas não podemos simplesmente desconsiderar uma parcela considerável da população que ainda tem dificuldades de acesso às novas tecnologias. O BB é um banco público e deve garantir plenamente o acesso da população aos serviços financeiros”, enfatiza a dirigente do Sindibancários/ES Bethania Emerick.

O dirigente do Sindibancários/ES Igor Chagas destacou a importância da mobilização das entidades sindicais e da UNACaiexBB.

“As entidades sindicais devem buscar exercer pressão e influência não apenas sobre a gestão do BB, mas também sobre o Governo Federal, buscando levar aos ministros de Estado e ao Presidente Lula reclamações sobre a série de ataques ao funcionalismo que o Banco do Brasil promove, e sobre o não cumprimento de seu papel público no atendimento aos clientes”.

Estiveram presentes: Bethania Emerick, representante em exercício da Fetraf RJ/ES na Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB); Danilo Funke, Diretor de Bancos Federais da Fetraf RJ/ES; além de Igor Chagas e Nathalia Galini, dirigentes do Sindicato dos Bancários do Espírito Santo, e representando o grupo UNACaiexBB, André Faria.

Fonte: Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região

BB Seguridade vai ter dificuldades para elevar lucro em 2026, diz executivo

Publicado em: 06/11/2025

O grupo de previdência e seguros do Banco do Brasil, BB Seguridade, deve enfrentar em 2026 dificuldades para elevar ou mesmo manter o lucro no mesmo nível deste ano, diante da perspectiva de queda nos juros e sinistralidade mais alta.

A expectativa foi divulgada nesta terça-feira (4 de novembro) pelo diretor financeiro da companhia, Rafael Sperendio, durante conferência com analistas sobre os resultados do terceiro trimestre divulgados na noite da véspera.

“É bastante difícil manter o lucro ou ter crescimento em 2026”, disse o executivo. “As melhores estimativas indicam resultado bastante forte para 2025…mas para 2026, com um menor resultado financeiro, que tem impacto imediato, e sinistralidade mais alta, mesmo que seja marginalmente mais alta, é difícil conseguirmos compensarmos com crescimento de vendas”, acrescentou.

A previsão de um resultado financeiro menor, que no terceiro trimestre ajudou a impulsionar o lucro da empresa, decorre das perspectivas de queda da Selic no próximo ano. Já a sinistralidade maior vem da expectativa de impactos do fenômeno La Niña sobre a safra de verão, disse Sperendio.

Para tentar minimizar os impactos para o próximo ano, o novo presidente-executivo da BB Seguridade, Delano de Andrade, afirmou que o foco de sua gestão será busca de sinergias melhores com as empresas investidas do grupo e medidas de eficiência operacional, com redução de despesas, mas não deu detalhes.

Sperendio afirmou que embora a sinistralidade deve apresentar algum crescimento no próximo ano, a área de seguros deve mostrar crescimento em todas as linhas de negócios no próximo ano, também por causa da esperada queda nos juros da economia.

Isso porque juros menores contribuem para uma melhor originação de empréstimos e queda da inadimplência, o que fomenta a tomada de seguros como prestamista.

“Trabalhamos agora com crescimento praticamente em todas as linhas de negócios, de um digito alto, calcado na redução de juros de 2026”, disse o diretor financeiro.

Questionado sobre a possibilidade de pagamento de dividendos extraordinários, Sperendio disse que embora o caixa do grupo seja “bastante robusto”, a BB Seguridade não prevê um pagamento adicional aos acionistas.

Apesar disso, o executivo disse que o nível de “payout” do segundo semestre deste ano será maior que o do primeiro.

Fonte: CNN Brasil

BB ameaça banir crédito a produtor rural que pedir recuperação judicial

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O Banco do Brasil (BBAS3), maior financiador do agronegócio no país, ameaça suspender novos empréstimos a produtores que entrarem com pedido de recuperação judicial, em meio a uma onda de calotes nas regiões rurais.

“Eles não terão crédito hoje, amanhã nem nunca mais”, afirmou Felipe Prince, vice-presidente de controles internos e gestão de riscos, em entrevista. “A recuperação judicial é uma armadilha para o produtor — ele perde acesso ao crédito e não consegue plantar a próxima safra.”

O banco também vem adotando postura mais rígida nas negociações de dívida e maior cautela na concessão de crédito, exigindo pagamentos mais rápidos e garantias mais sólidas. A mudança ocorre após decisão judicial que permitiu a produtores individuais pedir proteção contra credores e após ajustes contábeis que levaram o banco a registrar, no segundo trimestre, o menor lucro em quase cinco anos.

Segundo dados do próprio banco, R$ 5,4 bilhões em empréstimos não estão sendo pagos devido a pedidos de recuperação judicial de 808 produtores rurais, num universo de 1 milhão de clientes e uma carteira de crédito para o setor agropecuário que somava R$ 404,9 bilhões em junho.

Prince, que trabalha no Banco do Brasil há mais de 25 anos, afirmou que o agronegócio passa por uma transformação profunda.

“Para se ter uma ideia da mudança de comportamento, 75% dos produtores inadimplentes estão nessa situação pela primeira vez”, disse.

Mesmo entre os que não buscaram proteção judicial, o atraso nos pagamentos cresceu. A taxa de inadimplência da carteira rural subiu 2,2 pontos percentuais em um ano, chegando a 3,5% em junho.

O aumento das provisões para perdas com crédito reduziu o retorno sobre o patrimônio líquido do banco de 21,6% para 8,4% no mesmo período. A queda no lucro do Banco do Brasil é um dos sinais mais claros das dificuldades enfrentadas por produtores e instituições financeiras em um dos maiores polos agrícolas do mundo.

Os custos maiores do crédito rural deixaram o Banco do Brasil com o pior desempenho entre os grandes bancos do país no primeiro semestre. Analistas esperam que essa diferença se mantenha.

“O Banco do Brasil deve ser o último a divulgar resultados e provavelmente o mais fraco do grupo”, escreveu Pedro Leduc, analista do Itaú BBA, em relatório sobre o terceiro trimestre. O balanço está previsto para 12 de novembro.

Gustavo Schroden, analista do Citigroup, afirmou em nota que o terceiro trimestre deve ser o pior do ano para o Banco do Brasil, diante da continuidade dos desafios no agronegócio.

Um programa de renegociação de dívidas lançado pelo governo ainda não deve ter impacto, já que o banco começou a oferecê-lo apenas no fim de outubro. Mesmo assim, eventuais sinais de adesão dos clientes serão um indicador relevante, segundo Schroden.

Mudança de relação

Produtores costumavam priorizar o pagamento ao Banco do Brasil, que responde por cerca de 60% do crédito rural no país — parte com juros subsidiados — e era visto como um parceiro de longo prazo.

“Fomos sempre o banco que voltava, negociava, prorrogava vencimentos e não cortava linhas de crédito”, disse Prince.

Quando não havia acordo, o risco era a perda da terra, já que muitos empréstimos eram garantidos por hipoteca.

O fortalecimento do agronegócio, especialmente durante e após a pandemia, atraiu novos financiadores que antes não atuavam no setor, como os Fiagros — fundos que investem em títulos lastreados em recebíveis do campo.

“Entrou mais crédito, mas foi justamente esse crédito que superalavancou o segmento”, afirmou Prince.

Depois vieram a queda nos preços das commodities, a alta dos juros e o aumento dos desastres climáticos. Com isso, os calotes cresceram e os Fiagros passaram a cobrar antecipação dos pagamentos, segundo o executivo.

Muitos produtores passaram a priorizar os títulos detidos por Fiagros ou recorreram à recuperação judicial, o que impede o Banco do Brasil de tomar as terras dadas em garantia.

“Há uma mudança de comportamento”, disse Prince. “E essa mudança nos obriga a nos adaptar a uma nova realidade.”

O banco agora exige uma camada extra de segurança para garantir que as terras dadas como garantia não sejam protegidas em processos de recuperação judicial. A instituição substituiu as hipotecas pela alienação fiduciária, modalidade em que o credor mantém a propriedade do bem até o pagamento integral da dívida.

Esse tipo de garantia encarece o crédito, elevando o custo para os produtores.

As mudanças também afetam o ritmo de liberação dos financiamentos, segundo relatório de analistas do JPMorgan liderado por Yuri Fernandes.

“Os novos desembolsos estão ocorrendo, mas de forma mais lenta, porque há exigência de mais garantias, o que demanda mais tempo”, escreveram.

O Banco do Brasil também reduziu o prazo para entrar em contato com o produtor após atraso de pagamento, de 30 para 5 dias. E encurtou o período antes de recorrer à Justiça, de 90 a 180 dias para 30 dias.

A instituição passou ainda a usar inteligência artificial para classificar clientes segundo sua capacidade de pagamento, mapeando onde pode ampliar crédito, renegociar dívidas ou suspender empréstimos.

As iniciativas de renegociação para evitar calotes também aumentaram.

“Não existe dívida que não possa ser negociada conosco”, afirmou Prince. “O produtor tem toda nossa disposição para conversar, não importa a complexidade da situação — exceto se ele pedir recuperação judicial.”

Fonte: Infomoney

Sindicato cobra e Banco do Brasil volta com substituições temporárias

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Em face da mobilização do Sindicato dos Bancários de São Paulo ao lado dos trabalhadores, o Banco do Brasil informou que as substituições temporárias voltarão a ser autorizadas a partir de novembro. O compromisso foi feito em reunião realizada na tarde desta quarta-feira 29 de outubro.

“A decisão é resultado direto da mobilização dos bancários nas atividades de paralisação dos prédios do banco em São Paulo durante do Dia Nacional de Luta realizado no ultimo dia 22, o que contribuiu muito para o banco voltar atrás. Os avanços ainda não são suficientes e permaneceremos mobilizados na defesa dos direitos dos trabalhadores”, afirma Antonio Netto, representante da Fetec-CUT/SP na CEBB (Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil).

O movimento sindical pressionava a direção do BB desde que o banco havia comunicado, no início de outubro, a proibição de os gerentes da rede acionarem a substituição temporária nos meses de novembro e dezembro — medida que, na prática, impedia a designação de funcionários para cobrir colegas em férias, abonos ou licenças médicas.

Em 2023, o retorno das substituições foi celebrado como uma conquista histórica da categoria, fruto de anos de luta. Por isso, a decisão do banco de suspender novamente o mecanismo gerou grande indignação entre os trabalhadores, que a consideraram um retrocesso. A justificativa do BB foi a necessidade de “controle e racionalização das despesas administrativas”.

Com a mobilização e o diálogo conduzido pela Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), o banco reverteu a orientação e confirmou a retomada das substituições já em novembro.

Quanto a dezembro, a instituição afirmou que nunca houve previsão de substituições para esse mês. No entanto, o tema permanecerá como uma reivindicação da representação dos trabalhadores.

“Valorizamos que o banco tenha recuado dessa decisão, tomada sem qualquer negociação com a representação dos trabalhadores. Seguiremos cobrando que as substituições também sejam garantidas em dezembro, pois é justo que os trabalhadores recebam pelo trabalho que efetivamente exercem”, afirma Fernanda Lopes, coordenadora da CEBB.

O Banco do Brasil também negou qualquer orientação para impedir que os funcionários tirem férias em janeiro. “Os funcionários que cancelaram as férias em novembro poderão voltar a agendá-las. E se tiverem dificuldade, orientamos que procurem seus sindicatos”, reforçou Fernanda.

A CEBB cobrou veementemente o agendamento de uma mesa de negociação para tratar com seriedade as metas no BB, que hoje são o maior problema relatado pelos trabalhadores.

“Estamos muito preocupados com esta questão porque os relatos sobre abusos de metas nas unidades de varejo e na CRBB são cada vez mais recorrentes e mais graves”, destaca Antonio.

Também foram levantadas as pautas da manutenção da jornada de trabalho de 6 horas, da volta da ajuda de custo de deslocamento para as PSOs e da retomada do debate de custeio da Cassi.

Fonte: Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região

BB lança Projeto Mãos Dadas 2025 para apoiar o Terceiro Setor

Publicado em: 23/10/2025

O Banco do Brasil apresentou, nesta segunda-feira, 20 de outubro, o regulamento da nova edição do Projeto Mãos Dadas 2025, uma iniciativa voltada ao apoio de projetos sociais de entidades do Terceiro Setor. A ação é direcionada a instituições que atuam nas áreas de infância e adolescência, por meio do Fundo para Infância e Adolescência (FIA), e apoio aos idosos, por meio do Fundo do Idoso. Além disso, a ação contempla iniciativas voltadas para a oncologia e pessoas com deficiência, no âmbito do Programa Nacional de Apoio à Atenção Oncológica (Pronon) e do Programa Nacional de Apoio à Atenção da Saúde da Pessoa com Deficiência (Pronas/PCD). O regulamento pode ser consultado aqui.

As inscrições para o processo seletivo vão até 05 de novembro de 2025, com a divulgação dos resultados prevista para 01 de dezembro de 2025. Estão aptas a participar instituições do Terceiro Setor que estejam em conformidade com os requisitos previstos no edital.

Para José Ricardo Sasseron, vice-presidente de Negócios Governo e Sustentabilidade Empresarial do Banco do Brasil, “O Projeto Mãos Dadas é uma expressão concreta do nosso compromisso com a transformação social. Ao apoiar iniciativas que promovem inclusão, equidade e desenvolvimento sustentável, reafirmamos o papel do BB como agente de mudança nas comunidades em que atuamos. Em 2025, queremos ampliar ainda mais esse impacto, fortalecendo parcerias com o Terceiro Setor e investindo em projetos que geram oportunidades reais para crianças, adolescentes, idosos e pessoas em situação de vulnerabilidade. É com responsabilidade e propósito que seguimos de mãos dadas com quem transforma o Brasil todos os dias.”

Em 2024, o Banco recebeu cerca de 100 propostas de entidades sem fins lucrativos — um aumento de 42% em relação a 2023, impulsionado pela ampliação da divulgação do edital. Desses, 53 projetos de todas as regiões do país foram habilitados e contemplados com R$ 38,2 milhões, com potencial de impactar 121 mil pessoas. A seleção priorizou critérios como relevância social, impacto positivo nas comunidades e alinhamento com premissas como estruturação de iniciativas, marcadores sociais, democratização da promoção social e redução das desigualdades regionais. O processo também fortaleceu o relacionamento institucional do BB com o setor público, entidades e formadores de opinião, reafirmando o protagonismo em práticas ASG e o compromisso com o desenvolvimento sustentável.

Por meio do modelo de doações incentivadas, o Banco do Brasil e suas Entidades Ligadas (ELBBs) destinam parte do Imposto de Renda devido para fundos específicos, incentivando o apoio a projetos sociais e ambientais. Esta ação reforça o compromisso do BB com o desenvolvimento social sustentável e com a missão de ser um agente transformador na vida das comunidades em que atua.

Para participar, as entidades devem submeter seus projetos para o endereço bbinvestimentosocial@bb.com.br até a data limite e cumprir todas as exigências do regulamento. A relação completa de documentos exigidos e outras informações podem ser consultadas no documento.

Fonte: Banco do Brasil

Banco do Brasil está de volta ao radar dos investidores financeiros

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O Banco do Brasil (BBAS3) sofreu — e ainda sofre — na bolsa diante da queda dos resultados. Porém, ao que tudo indica, o banco aos poucos volta ao radar dos investidores, com a expectativa de que o pior já tenha ficado para trás.

De acordo com uma pesquisa realizada pelo Bank of America (BofA) com 34 investidores locais e globais, entre os dias 13 e 17 de outubro, o banco ganhou exposição dos participantes.

Apesar disso, segundo o levantamento, para os investidores, a melhora do NPL (Non-Performing Loans, ou empréstimos em atraso e com baixa probabilidade de pagamento) será fundamental para sustentar o desempenho do banco.

A alta da inadimplência, principalmente no agronegócio, foi um dos principais vilões dos resultados do Banco do Brasil.

Cerca de metade dos investidores estima um lucro líquido entre R$ 25 bilhões e R$ 28 bilhões para 2026.

Bradesco e Nubank ganham pontos

Além do BB, os investidores também estão aumentando exposição em Bradesco (BBDC4) e Nubank (NU). O banco de Osasco aparece agora como o terceiro favorito, enquanto o roxinho vem logo em seguida.

“A maioria dos investidores espera que NU e BBDC registrem os resultados mais fortes no terceiro trimestre”, destaca o relatório.

A maioria dos entrevistados vê o ROE (Return on Equity, ou retorno sobre o patrimônio líquido) como um impulsionador-chave para o Bradesco; 65% dos investidores esperam um ROE sustentável entre 16% e 18%.

No caso do Nubank, o crescimento das operações no México continua sendo o principal motor, segundo cerca de 70% dos investidores.

Ainda favoritos

BTG Pactual (BPAC11) e Itaú Unibanco (ITUB4) apresentaram quedas modestas na alocação, mas continuam sendo as duas ações mais presentes nas carteiras do setor financeiro.

Enquanto isso, houve queda na exposição em BB Seguridade (BBSE3) e XP (XPBR31).

A alocação também diminuiu para Inter (INTR3), B3 (B3SA3) e Porto (PSSA3), “provavelmente refletindo a desaceleração dos lucros no trimestre”, conclui o levantamento.

A pesquisa também revela que os investidores estão mais pessimistas com o Ibovespa, o que explica a preferência por bancos em relação a outros setores.

Fonte: Money Times

BB dá início à renegociação de dívidas rurais com base na MP 1.314/2025

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O Banco do Brasil deu início nesta terça-feira, 21 de outubro, à contratação de operações com base na MP 1.314/25, que prevê condições especiais para o produtor rural liquidar e amortizar operações de custeio, investimento e CPR. Produtores rurais, sejam eles pessoas físicas ou jurídicas, e cooperativas agropecuárias já podem procurar as unidades de atendimento do BB para viabilizar a contratação de operação com recursos livres.

Com a nova linha BB Regulariza Agro, com fonte de recursos livres do Banco do Brasil, o produtor vai poder liquidar, amortizar e alongar dívidas de custeio, investimento e CPRs, inclusive as que já foram prorrogadas, renegociadas ou que estejam adimplentes, em regiões impactadas com perdas de safra decorrentes de eventos adversos e que causaram aumento do endividamento no Sistema Nacional de Crédito Rural (SNCR).

A regularização de operações com o uso de recursos subsidiados terá início em breve.

O valor a ser regularizado será definido conforme a necessidade e situação de cada cliente. O prazo pode chegar a até 9 anos, incluído aí até 1 ano de carência.

“São condições que trazem alívio no fluxo de caixa e previsibilidade financeira para o produtor rural, seja ele um agricultor familiar, médio ou grande produtor. Agora, o objetivo do BB é ajudar as famílias e as empresas do campo a renegociar suas dívidas, regularizar suas obrigações e retomar a produção. O agro é estratégico para o Banco e vamos seguir apoiando o setor com responsabilidade e visão de longo prazo”, afirma Gilson Bittencourt, vice-presidente de Agronegócios e Agricultura Familiar do BB.

Para os produtores ou cooperativas cujos débitos não se enquadrem nos critérios da MP, o BB oferece outras possibilidades de soluções de dívidas.

Fonte: Banco do Brasil

BB define foco para 2026 e quer facilitar crédito para agricultura familiar

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O financiamento sustentável, mais especificamente a recuperação de pastagens, é um dos principais focos do Banco do Brasil (BBAS3) para o ano que vem.

De acordo com Alberto Martinhago Vieira, diretor de agronegócios e agricultura familiar, o banco olha com muita atenção para a destinação de linhas para recuperação de pastagens degradadas. Nos próximos 10 anos, o governo tem a meta de recuperar 40 milhões em terras agricultáveis.

“É algo que ainda vamos definir internamente, mas eu enxergo que é mais uma coisa em que o Banco do Brasil quer ser protagonista. Essa recuperação de pastagens vira produção, renda, desenvolvimento e emprego, sem precisar desmatar um pé de árvore”, afirmou.

Vieira também enxerga uma tendência de maior utilização de bioinsumos e uma agricultura cada vez mais sustentável.

“A recuperação de áreas degradadas para agricultura e pecuária é uma alavanca importante de financiamento para o agronegócio nos próximos anos”.

O desafio do Banco do Brasil na agricultura familiar

O executivo do BB enxerga o Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar) como um programa super vencedor e destaca o sucesso do Desenrola Rural, lançado em 2024 pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), que surgiu para que os produtores solucionassem dívidas antigas.

“Há um esforço do governo para liberação de crédito e recursos para agricultura familiar. O nosso desafio como banco é facilitar o acesso, desburocratizando o processo, para o crédito chegar mais rápido onde o produtor está”.

Segundo Vieira, o banco conta com mais de 5 mil correspondentes espalhados pelo Brasil, que conseguem ir aos lugares mais remotos onde o produtor está.

“Muitos produtores precisam tirar um dia inteiro para ir ao banco. O meu objetivo como Banco do Brasil é simplificar o acesso para esse produtor, fundamental na geração de alimentos, porque grande parte do que comemos no dia a dia vem da agricultura familiar”.

Fonte: Money Times

BB quer acabar com a burocracia no campo com mais de 5 mil correspondentes

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O Banco do Brasil (BBAS3) já traça seu plano de ação para 2026 e, segundo o diretor de agronegócios e agricultura familiar, Alberto Martinhago Vieira, a prioridade será intensificar o financiamento sustentável — com destaque para a recuperação de pastagens degradadas e o fortalecimento da agricultura familiar.

Em linha com a meta do governo federal de recuperar 40 milhões de hectares nos próximos 10 anos, o BB pretende se posicionar como protagonista nesse movimento.

“Essa recuperação se traduz em mais produtividade, geração de renda e empregos — tudo isso sem precisar desmatar um único pé de árvore”, destacou Vieira.

Além disso, o banco acompanha de perto a crescente demanda por soluções mais sustentáveis no campo, como o uso de bioinsumos e práticas que conservam o solo e os recursos naturais.

“A recuperação de áreas degradadas será uma alavanca fundamental para o crédito rural no futuro próximo”, afirma o executivo.

Vieira também ressaltou o papel estratégico do Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar) e do Desenrola Rural, lançado em 2024, que permitiu a reestruturação de dívidas antigas dos produtores.

“O governo está empenhado em liberar mais crédito para o campo. O nosso maior desafio agora é acelerar o acesso a esses recursos, cortando a burocracia para que o dinheiro chegue mais rápido à ponta”, explicou.

Para isso, o BB aposta na capilaridade, a instituição já conta com mais de 5 mil correspondentes espalhados pelo país, capazes de atender os produtores nas regiões mais remotas.

“Muitos agricultores ainda precisam perder um dia inteiro para ir ao banco. Queremos mudar isso. O objetivo é estar onde o produtor está — porque ele é essencial na produção dos alimentos que chegam à nossa mesa”, concluiu Vieira.

Fonte: Investidor 10