Nestlé e BB: parceria de R$ 100 mi para produção de leite mais sustentável

Publicado em: 23/10/2025

A Nestlé e o Banco do Brasil anunciaram no dia 21 de outubro uma parceria para disponibilizar, inicialmente, R$ 100 milhões em crédito rural a produtores de leite do Programa Nature por Ninho. O objetivo é ajudar fazendas a adotar práticas mais sustentáveis, reduzir emissões de carbono e tornar a produção de leite mais eficiente.

O dinheiro será usado em melhorias como manejo do solo, uso de energia limpa, bem-estar animal e técnicas agrícolas que reduzam impactos ambientais. A Nestlé atuará como intermediária, orientando os produtores sobre como aplicar os recursos para gerar resultados concretos em sustentabilidade.

“Essa parceria elimina uma barreira importante para os produtores: o acesso a financiamento com condições competitivas. Transformar a cadeia do leite traz mais eficiência para os produtores, fortalece a produção e contribui para a redução das emissões de carbono”, diz Bárbara Sollero, head de agricultura regenerativa da Nestlé.

Segundo João Fruet, diretor de Corporate and Investment Bank do Banco do Brasil, “o convênio permite ao produtor rural obter crédito com taxas competitivas e à Nestlé garantir a matéria-prima necessária para sua produção”.

Programa Nature por Ninho

O programa da Nestlé existe há mais de 15 anos e reúne cerca de mil produtores em todo o país. Eles são avaliados em quatro níveis (Bronze, Prata, Ouro e Diamante) de acordo com a adoção de práticas sustentáveis. Quanto mais avançado o nível, maior a bonificação recebida.

Na safra 2024/25, fazendas no nível Ouro reduziram em 16% o uso de fertilizantes químicos, em 8% o custo da produção de silagem e cultivaram 47% mais variedades de plantas do que fazendas convencionais.

Como resultado, essas propriedades produziram leite com 39% menos emissão de carbono. Desde o início do programa, mais de 1 bilhão de copos de leite foram produzidos seguindo essas práticas sustentáveis.

Fonte: Times Brasil

Como a crise dos Correios pode atrapalhar a recuperação do BB

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Em meio a um preocupações com o aumento da inadimplência no agronegócio e a queda da rentabilidade nos últimos trimestres, um novo fator de incerteza paira sobre os investidores de Banco do Brasil (BBAS3). É que o anúncio de uma reestruturação financeira e operacional dos Correios está prevendo a captação de um empréstimo de R$ 20 bilhões junto a um sindicato de instituições financeiras. Caixa Econômica Federal, o BB e bancos privados devem participar da operação.

Os Correios registraram um prejuízo de R$ 4,3 bilhões no primeiro semestre de 2025, três vezes maior que o resultado negativo de 2024, ampliado pelo desempenho fraco do segundo trimestre deste ano.

O temor do mercado é que o governo, acionista controlador do Banco do Brasil, utilize a instituição para socorrer a estatal sem garantias adequadas e de forma pouco transparente com os acionistas minoritários.

“O pior impacto no curto prazo é na reputação do banco, pois a operação suscita receios de conflito de interesse do acionista controlador com os minoritários do BB”, disse um analista do buy side a EXAME.

Segundo ele, o risco efetivo para o resultado do banco ainda é incerto, pois dependerá do tamanho da participação da instituição no financiamento e, principalmente, de o empréstimo contar ou não com a garantia do Tesouro Nacional.

“Caso o Tesouro garanta, não há risco, com o empréstimo funcionando, indiretamente, como um aporte de capital do Tesouro nos Correios”, acrescentou.

Desempenho das ações do BB

Coincidência ou não, as ações do Banco do Brasil recuaram com a notícia da reestruturação dos Correios. O movimento refletiu a cautela do mercado quanto à exposição do banco a operações com estatais e à pressão sobre sua rentabilidade.

Analistas projetam que o BB será o único grande banco brasileiro a registrar queda no lucro líquido no terceiro trimestre de 2025. O Bradesco BBI estima um lucro de R$ 3,2 bilhões, representando uma queda de 14,9% em relação ao trimestre anterior e de 66,2% na comparação anual, pressionado pelas maiores provisões no período.

Fonte: Exame

‘Temos que nos reinventar todo dia’: VP do Banco do Brasil revela resultados de aceleração digital

Publicado em: 16/10/2025

Em 2022, o Banco do Brasil enfrentava um cenário comum de grandes empresas com décadas de existência: mudanças tecnológicas constantes que obrigavam atualizações em produtos e lançamento de novos projetos que, ao chegar ao mercado, já estavam velhos ou exigiam correções. Foi aí que o banco decidiu criar o “Movimento Aceleração Digital”.

Quase quatro anos depois, o BB avalia que o resultado é um sucesso. A produtividade de equipes subiu, o tempo para desenvolver e lançar produtos teve queda significativa e a abertura a novas tecnologias aumentou. Tudo isso após uma mudança cultural e organizacional que segue em curso.

“A gente fala que somos uma startup de 216 anos. Tem que se reinventar todos os dias. Nós temos literalmente o extrato do país nos nossos clientes. Temos desde clientes que podem ter contas logo após o nascimento até pessoas com mais de 100, e no país inteiro”, destaca Marisa Reghini, vice-presidente de Negócios Digitais e Tecnologia do Banco do Brasil, em entrevista exclusiva à EXAME.

O caminho para a aceleração

Reghini resume o Movimento Aceleração Digital como um “verdadeiro movimento de transformação cultural e tecnológica”. “Toda vez que se fala em transformação digital, as pessoas pensam logo em tecnologia, mas é algo muito cultural. O coração é fazer com que times de negócios e TI trabalham juntos, de verdade”.

“No passado, a gente fazia muito as coisas por projetos, e aí as áreas de negócios que dominam o produto estruturavam e entregavam para tecnologia desenvolver. Nesse modelo, quando começava a desenvolver, muita coisa já estava ultrapassada, as necessidades tinham mudado, e aí quando desenvolvia, estava pronto, via que já precisava atualizar um monte de coisa”, relata.

Foi aí que o Banco do Brasil decidiu investir na criação de equipes – os “squads” – que reunissem “as pessoas com todas as competências necessárias para resolver a solução para o cliente. Tem pessoas de negócio, tecnologia, quem sabe de IA, os de analytics, segurança. E aí quando olha para a solução, faz tudo e junto e misturado. Fala, implementa, testa, entrega MVP, faz uma retroalimentação”.

A ideia central, reforça a executiva, é sair de “estruturas siladas”, em que cada área do banco tem uma função específica e limites claros de atuação, para um cenário em que todas as áreas atuem juntas e com uma mesma meta. Assim, “passa da estrutura de comando e controle para algo centrado na necessidade do cliente”.

“O banco, como empresa grande, precisa ficar sempre adaptável às rápidas mudanças do mercado financeiro. Tudo muda em uma velocidade muito grande, e se não trabalha dessa forma você até entrega soluções, mas não no tempo necessário para o cliente”, destaca.

Efeitos na prática

A decisão do Banco do Brasil foi implementar a nova estratégia exatamente com o seu carro-chefe: o crédito consignado. “Se é tão importante para o banco, tem que funcionar para ele, porque aí funciona para os demais”, explica Reghini. E o caminho não foi fácil.

“No começo foi muito mais difícil do que é hoje. As primeiras linhas exigiram muita conversa, e conversamos muito. Tem que ter uma equipe separada para estudar o processo e equipes de gestão da mudança para permear na empresa inteira. Falar muito, e repetidamente, porque é muito novo. Os próprios conceitos você tem que traduzir. Tem que conversar e trazer a alta gestão, porque se ela não entende, não vai para frente, nenhum modelo”, diz.

Entretanto, conforme a restruturação ocorreu e os primeiros efeitos foram surgindo, o cenário mudou. “Todo mundo entendeu, viu benefícios. No começo, as pessoas iam meio arredias, e hoje, quando faz a pesquisa de pulso, 60% dos colaboradores já são promotores disso, é um índice muito grande que sobe mês a mês. O banco está mais adaptado, ágil, focado no cliente. As pessoas agora querem participar”.
O Banco do Brasil dividiu a reformulação organizacional em “ondas”, sempre atingindo determinadas linhas de produtos. O projeto tem sido tão bem-sucedido que o banco decidiu antecipar o cronograma e terminar a implementação em 2026, ao invés de 2028.

Com isso, “todas as diretorias vão estar trabalhando nesse modelo” até o final de 2026, com 10 mil funcionários impactados.

A expectativa é que os ganhos atuais apenas aumentem. “A produtividade dos times passou de 14% para 23%. Tivemos uma redução em 76% do tempo de homologação, que é quando o produto é aprovado e lançado no mercado. A correção de erros ficou mais rápida. O tempo de preparação do produto caiu 23%”.

Um dos grandes exemplos do projeto foi o lançamento do Crédito Privado do Trabalhador. Já seguindo a nova estrutura, o produto foi entregue em 37 dias. “Sem o modelo, demoraria de 90 a 120 dias”.

Pilares e futuros do banco

A vice-presidente do Banco do Brasil explicou que a Aceleração Digital segue 3 pilares. As linhas representam os produtos desenvolvidos. Os COEs (Centros de Excelência) reúnem especialistas em determinados assuntos que podem ser integrados aos squads. E as plataformas reúnem processos de TI ou estruturas que podem ser aproveitadas para diferentes produtos, facilitando o desenvolvimento.

A lógica foi aplicada em todas as áreas do banco reformuladas, assim como na adoção crescente da inteligência artificial e no lançamento do Shopping BB, um marketplace interno no app do banco.

Sobre os produtos lançados e planejados, Reghini explica que o foco está em “trazer mais clientes recorrentes com mais funcionalidades, porque elas despertam o interesse do cliente. Entre quem começou a usar o Shopping BB, 74% se tornaram clientes recorrentes”.

“A gente tem que trabalhar muito com dados, e não achismos. Esse movimento também preza isso. Não é achar o que as pessoas gostam, é ter certeza a partir dos dados. Entender do macro, de faixa etária, perfil de cliente, e aí trabalhar a personalização para os clientes. É sobre ter um banco para cada cliente, literalmente”, afirma.

Com isso, o BB busca a chamada “principalidade”, quando o cliente usa aquele banco como o seu principal. A palavra resume uma corrida intensa entre bancos e fintechs.

Nesse cenário, a vice-presidente diz que “os apps dos bancos vão ficar cada vez mais completos. Não dá para saber exatamente a próxima funcionalidade, mas se entender que tal faixa etária precisa de tal produto, vamos colocar. Deixamos de olhar por silos, pensar o produto em si e depois ver quem vai usar, para entender o que o cliente quer”.

Porém, isso não significa que o tradicional banco vai abandonar suas agências físicas. Destacando a variedade etária e geográfica da sua base, Reghini pontua que o Banco do Brasil precisa ter “soluções para todos os canais”, mas sempre a partir de dados.

“Com base nessas informações, vai usando dados para ir desenvolvendo soluções nos diversos canais. Eu acredito muito que o poder do BB, já que tem o cenário Brasil dentro do banco, é o relacionamento que pode ter com os clientes. Pode ter um gerente em uma agência em uma cidade distante que vai receber a pessoa todo dia porque para ela é importante, e não vamos abrir mão disso”, diz.

Fonte: Exame

BB vê ano de ajuste para o agronegócio: um grande desafio

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O Banco do Brasil (BBAS3), que se autoproclama o maior parceiro do agronegócio, enxerga no ano de 2025 um momento de ajuste para o setor e para instituição. A avaliação é de Alberto Martinhago Vieira, diretor de agronegócios e agricultura familiar do BB. Esse ajuste, segundo ele, vem após dois anos de margens reduzidas e quebras climáticas em várias regiões.

“É um ano de rebalanceamento da capacidade de pagamento dos produtores, de muita proximidade dos bancos para entender a situação do produtor, para não colocar todos eles numa caixa só. O grande desafio é não colocar todo mundo nessa caixa de crise do agro, porque ainda temos muitas oportunidades na mesa”, disse Vieira ao Money Times.

O BB conta com uma carteira de crédito de R$ 400 bilhões no agronegócio, que representa um terço do crédito do banco. O aumento da inadimplência no setor foi um dos fatores que afetou o balanço e as ações do BB ao longo de 2025 e levantou preocupações entre os investidores.

Os créditos em atraso de 90 dias do banco saíram da média histórica de 1% para algo entre 3% e 4%. No final de junho, a inadimplência no setor chegou a 3,49%, comparada a 1,32% no ano anterior.

Com isso, o BB reportou lucro líquido de R$ 3,8 bilhões no segundo trimestre deste ano, um tombo de 60% em relação ao mesmo período do ano passado. Além disso, o ROE (retorno sobre o patrimônio líquido) despencou 13 pontos percentuais, encerrando o trimestre a 8,4%.

As ações BBAS3 reagiram aos dados e, no acumulado do ano, têm perdas de cerca de 15%.

Impacto da resolução 4966 do BC

Uma das questões que impactou os dois últimos resultados do Banco do Brasil foi uma resolução do Banco Central (CMN 4966) que endureceu a forma de declarar perdas no balanço.

Na prática, as regras ficaram mais rígidas em relação às provisões para créditos duvidosos. Os bancos passaram a provisionar as perdas esperadas, e não mais as perdas que efetivamente ocorreram.

De abril a junho, por exemplo, as provisões para créditos duvidosos do BB chegaram a R$ 94,7 bilhões, salto de 50,6% ano a ano.

Vieira explica que a nova metodologia traz um agravamento mais rápido das provisões. “É como se as provisões subissem de elevador, e quando o produtor fica em dia com os pagamentos, ela demora mais para reduzir”.

Segundo analistas de mercado afirmaram após os resultados do 2T25, realmente a deterioração do Banco do Brasil veio de “elevador”, mas a recuperação deverá “subir de escada”.

Ajuda do governo com a MP da “salvação da lavoura”

De olho na situação difícil enfrentada pelo agronegócio, especialmente no BB, o governo anunciou, em meados de setembro, a Medida Provisória (MP) 1314. A medida garante renegociação de dívidas rurais em condições especiais e soma R$ 12 bilhões para apoiar até 100 mil produtores, principalmente pequenos e médios agricultores.

Na época do lançamento da MP, a presidente do BB, Tarciana Medeiros, estimou que o banco ficaria com cerca de metade dos recursos: “Temos mais ou menos 48 mil clientes inadimplentes no período entre 15 e 90 dias […] Estou fazendo a estimativa de [recebermos] metade dos valores”.

Vieira afirma que a medida beneficia o setor como um todo. “Mais do que para o Banco do Brasil, a MP é positiva para o setor, porque dá um fôlego para o produtor continuar na atividade. De maneira indireta, todo mundo ganha: o produtor, banco, fornecedores e cidades que dependem do agronegócio”.

O fôlego veio também para as ações BBAS3, que, após o anúncio, recuperaram parte relevante das perdas registradas no ano.

Recursos do Plano Safra

Para o Plano Safra 2025/2026, o governo federal anunciou um montante de R$ 516,2 bilhões, R$ 8 bilhões acima do ano anterior. Desse total, R$ 230 bilhões foram direcionados ao BB, valor 2% acima do ciclo anterior.

Dos recursos do BB, R$ 54 bilhões devem ir para pequenos e médios produtores e R$ 106 bilhões para a agricultura empresarial, que inclui grandes produtores, cooperativas e agroindústria. Os outros R$ 70 bilhões serão direcionados a títulos, como Cédula de Produtor Rural (CPR), e negócios da cadeia de valor do agro.

O ritmo de concessão de crédito, no entanto, está reduzido em relação ao ano passado. “Já atingimos algo em torno de R$ 50 bilhões [concedidos] no Plano Safra (contra R$ 81 bilhões de outubro de 2024)”, estimou Vieira.

“Estamos percebendo que o produtor está escolhendo o momento adequado para tomar seu endividamento e decidir sobre investimentos”.

Uso inadequado da recuperação judicial

O diretor do BB criticou o número alto de recuperações judiciais (RJ) que tem atingido o agronegócio nos últimos anos, avaliando que pode haver um uso inadequado do instrumento.

“Há um estímulo para os produtores procurarem uma RJ rural sem compreensão do que está por trás disso. Como se ele procurasse a RJ e fosse ter um perdão das dívidas”, afirma o executivo. “Da maneira que vem acontecendo, a RJ compromete a confiança na concessão de crédito”.

Os pedidos de RJ no agronegócio brasileiro atingiram números recordes no segundo trimestre, com aumento de 31,7% em relação ao ano passado, impulsionados por solicitações de produtores rurais que atuam como PJ (pessoa jurídica), de acordo com os dados mais recentes da Serasa Experian.

Ainda segundo a Serasa, a maioria dos requerentes de RJ foram produtores de soja e pecuaristas, entre os CNPJ, e arrendatários e pequenos e médios produtores, entre os CPF, além de empresas (agroindustriais) processadoras de açúcar, etanol, farelo e óleo de soja, além de laticínios.

O que levou ao momento atual?

Para o BB, assim como o Santander, o maior aperto financeiro do setor surge após o fim dos “dias de ouro”, que foram anos de margens melhores para o agronegócio. Com isso, muitos dos produtores, principalmente do setor empresarial de grande porte, se endividaram sem se preocupar com o que aconteceria quando as margens voltassem ao patamar normal.

“Não há um problema de margem, mas, sim, um cenário de normalização. Só que muitos fizeram contas de endividamento com base nas margens antigas, além de arrendar novas áreas, comprar novas terras e, muitas vezes, com dívidas travadas em produtividade. Tudo isso se somou a um cenário de Selic mais alta e eventos climáticos no Centro-Oeste e RS”, opina Vieira.

Na visão do executivo, durante os anos de melhores margens, houve uma oferta de crédito no agronegócio “como nunca antes”, um movimento bem diferente do que o setor estava habituado.

“Não adianta eu dobrar o crédito porque ele é um bom pagador. Alguns produtores, quando tiveram acesso a esse nível maior de crédito, acabaram pegando de duas a três vezes o crédito da safra e abriram novas áreas de arrendamento.”

O diretor afirma que os bancos não estão menosprezando o risco de calote no setor e diz que o risco de crédito sempre existiu. “Mesmo no melhor momento, eu tinha uma inadimplência. O banco trabalha sempre com risco de crédito. O que aconteceu é que muitas variáveis tomadas no momento da concessão foram rapidamente estressadas, o que fez com que a gente revesse estratégias”.

Para ele, muitos produtores vão conseguir, com a própria produção, reajustar seu fluxo de caixa e capacidade de pagamento. No entanto, o diretor do BB diz que alguns produtores vão precisar pensar em devolver áreas arrendadas e vender ativos.

“Temos produtores que estão numa situação financeira bastante delicada, mas que possuem uma situação econômica muito estável. São produtores com muitas terras, que, eventualmente, a partir de uma decisão de um pequeno passo para trás, conseguem acelerar essa reorganização da capacidade de pagamento”.

Fonte: Money Times

BB é o único banco que deve ver queda no lucro no 3º tri, avalia Bradesco BBI

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Nas estimativas do Bradesco BBI todos os bancos devem apresentar aumento anual no lucro líquido no terceiro trimestre de 2025, exceto o Banco do Brasil (BBAS3). A casa prevê desempenho robusto da Nubank, estabilidade com viés positivo em Santander e Itaú, e pressão sobre Banco do Brasil pelos custos de risco mais elevados, enquanto o Inter deve crescer, mas abaixo das expectativas do mercado.

Em relatório, os analistas Marcelo Mizrahi e Eric Ito estimam para o Santander Brasil um lucro líquido de R$ 3,7 bilhões, alta de 1,1% na comparação trimestral e de 0,9% em relação ao igual período de 2024, em linha com o consenso. Os profissionais avaliam que o avanço do resultado de juros com clientes e a redução das provisões devem compensar o aumento de despesas operacionais e outras linhas, enquanto as receitas de tarifas devem seguir em terreno positivo. O BBI também projeta deterioração relevante no resultado de tesouraria, efeito da trajetória da Selic, mas vê taxa efetiva de imposto mais baixa, sustentando leve expansão do lucro.

Para o Itaú, os analistas estimam lucro líquido de R$ 11,8 bilhões, avanço de 2,4% trimestre contra trimestre e de 10,4% em 12 meses, cifra 0,9% inferior ao consenso. A instituição acredita em estabilidade do lucro antes de impostos, com contração tanto da margem financeira com clientes quanto do resultado de tesouraria. Provisões devem ficar praticamente estáveis. Receitas de tarifas e seguros tendem a ter bom desempenho, ainda que possam ser neutralizadas pelo aumento de despesas decorrente do acordo coletivo. A menor alíquota efetiva deve assegurar crescimento do resultado.

Para o Banco do Brasil, a projeção é de R$ 3,2 bilhões de lucro, queda de 14,9% na comparação trimestral e de 66,2% em base anual. O relatório indica que o ganho de 4,9% no topo da linha, sustentado por expansão da margem de juros e da carteira, será mais que compensado pelo avanço de 8% nas provisões. O BBI também prevê controle das despesas operacionais, mas menor contribuição da Previ e aumento de outras despesas, o que levaria à retração de 9,6% no lucro antes de impostos. Uma alíquota de imposto mais elevada acentuaria a compressão do resultado.

Para a Nubank, a equipe de análise espera lucro líquido de US$ 728 milhões, alta de 14,3% no trimestre e de 31,5% em um ano, 1,1% acima do consenso. A previsão parte de expansão da margem financeira, impulsionada pela queda do custo de funding no México e pelo aumento de ativos rentáveis. O BBI projeta aceleração de 8,5% na carteira de crédito, que faria o resultado de juros crescer 14,1%. As estimativas de provisões foram elevadas para refletir o ritmo de originação, e as despesas operacionais devem avançar 6,7%. Ainda assim, o lucro antes de impostos deve subir 14,2%.

No caso do Inter, a projeção é de lucro líquido de R$ 340 milhões, crescimento de 8,0% no trimestre e de 40,2% em doze meses, número 6,4% abaixo do consenso da Bloomberg. A corretora aponta aceleração da carteira – tanto no núcleo quanto no total – combinada a margens melhores. As restrições ao resultado são o aumento das provisões e das despesas operacionais, ainda que as receitas de tarifas devam mostrar solidez.

Fonte: E-Investidor

Ações do Banco do Brasil tombam com possível empréstimo aos Correios

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As ações do Banco do Brasil negociadas na Bolsa de Valores (B3) registravam uma forte queda no pregão desta quarta-feira (15 de outubro), ampliando as perdas da sessão anterior.

Segundo analistas do mercado, o tombo nos papéis do Banco do Brasil se deve às declarações do presidente dos Correios, Emmanuel Rondon, que disse que a estatal negocia um eventual empréstimo de R$ 20 bilhões com um grupo de instituições financeiras – o BB faria parte do consórcio.

A medida, que contaria com uma garantia do Tesouro Nacional, estaria sendo estudada pelo governo federal para reforçar o caixa dos Correios em 2025 e 2026.

Por volta das 15h05 (pelo horário de Brasília), as ações do Banco do Brasil recuavam 1,55%, cotadas a R$ 20,38.

Mais cedo, os papéis da instituição financeira chegaram a valer R$ 20,29, na mínima do pregão até aqui. No mesmo horário, o Ibovespa, principal índice da B3, subia 0,51%, aos 142,4 mil pontos.

Com prejuízo de R$ 4,37 bilhões no primeiro semestre de 2025, os Correios preparam plano de emergência para sanear as contas da estatal.

Em sua fala, o presidente dos Correios não apresentou os detalhes sobre o eventual empréstimo do consórcio de bancos com aval do Tesouro. Segundo Rondon, a operação ainda precisa do aval do Conselho de Administração da empresa.

O presidente dos Correios disse ainda que a proposta foi analisada nesta quarta-feira e o conselho tem até o dia 24 de outubro para aprová-la ou não.

Além da influência das declarações do chefe dos Correios, as ações do Banco do Brasil estão mais sensíveis por causa de prévias consideradas negativas do balanço financeiro da instituição, que será divulgado no dia 12 de novembro.

Fonte: Metrópoles

Cade investiga possível venda casada no crédito rural do Banco do Brasil

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O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) abriu um inquérito administrativo para investigar o Banco do Brasil por suposta prática de venda casada na concessão de crédito rural. A apuração, solicitada pela Associação Brasileira de Defesa do Agronegócio (Abdagro), busca determinar se o banco estatal condicionava a liberação de financiamentos à contratação de seguros de empresas sob seu controle, o que seria considerado uma prática anticompetitiva.

Segundo o Globo Rural, caso o Cade encontre indícios suficientes de irregularidades, o inquérito poderá evoluir para um processo administrativo formal. Caso contrário, o processo será arquivado sem penalidades. A investigação ocorre em um momento em que o Banco do Brasil reforça sua presença no agronegócio, setor estratégico e um dos motores do crédito rural no país.

O Banco do Brasil negou as acusações, afirmando que a venda casada é expressamente proibida em suas operações. Em nota, a instituição declarou que “a escolha dos produtos financeiros é totalmente livre para o cliente, sem qualquer condicionante vinculada à concessão de crédito”.

Nesta sexta-feira (10/10), as ações BBAS3 operam em queda de 1,75%, cotadas a R$ 20,82, após abrirem o pregão a R$ 21,25. No dia, os papéis oscilaram entre R$ 20,80 e R$ 21,28, refletindo a reação cautelosa do mercado à abertura da investigação. Nos últimos 12 meses, as ações acumularam uma variação entre R$ 18,12 e R$ 30,04, mostrando alta volatilidade em meio às discussões sobre crédito agrícola e juros.

O Banco do Brasil S.A. é uma das maiores instituições financeiras do país, com forte atuação em crédito, investimentos, agronegócio, seguros e serviços bancários digitais. Fundado em 1808, o banco disputa mercado com players como Itaú Unibanco, Bradesco e Santander Brasil.

Fonte: ADVFN

BB e FAO vão impulsionar sociobioeconomia na Amazônia e outros biomas

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O Banco do Brasil e a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) anunciam, nesta quarta-feira, 15 de outubro, um acordo de cooperação com o objetivo de promover a colaboração regional e apoiar a consolidação de novos instrumentos econômicos inclusivos e sustentáveis para o desenvolvimento rural na América Latina e no Caribe. O anúncio ocorre em Roma, na Itália, em meio aos eventos do Fórum Mundial da Alimentação (World Food Forum – WFF) e das comemorações de 80 anos da FAO.

O acordo visa impulsionar a inclusão social e financeira de mulheres, jovens, povos indígenas, povos afrodescendentes e comunidades tradicionais, e melhorar o crédito sustentável no contexto do desenvolvimento rural da região latino-americana e caribenha. Além disso, pretende-se, por meio da cooperação, promover o desenvolvimento, gerar escalabilidade e consolidar a bioeconomia sustentável no bioma amazônico e em outros ecossistemas, para melhorar a produção, a nutrição, a preservação ambiental e a qualidade de vida das comunidades que vivem em áreas rurais.

Adicionalmente, o conhecimento compartilhado entre o BB e a FAO contribuirá para adotar instrumentos financeiros eficientes, inclusivos e inovadores, permitindo atrair novos investimentos para o desenvolvimento rural inclusivo e sustentável na América Latina e no Caribe. No acordo com o Banco, a FAO contribuirá significativamente com a gestão do conhecimento, fortalecimento das capacidades e geração de alianças, a partir de temas de interesse e iniciativas específicas identificadas no contexto regional.

“A experiência do Banco do Brasil na área de Bioeconomia vem sendo bastante positiva e estamos conseguindo desenvolver ações com impactos sociais e ambientais na prática. Com a parceria da FAO esperamos fomentar mais negócios nessa área e promover uma troca de experiências bem-sucedidas que possam ser replicadas no Brasil e no mundo, afirma José Ricardo Sasseron, vice-presidente de Negócios Governo e Sustentabilidade Empresarial do Banco do Brasil.

A FAO é a agência especializada das Nações Unidas que lidera os esforços internacionais para combater a fome no mundo. Seu objetivo é alcançar a segurança alimentar para todos e garantir que as pessoas tenham acesso regular a alimentos de alta qualidade em quantidade suficiente para levar uma vida ativa e saudável.

Para Luiz Beduschi, chefe da FAO para a América Latina, “É de grande interesse para a FAO disponibilizar as inovações financeiras que o Banco do Brasil está implementando no campo da bioeconomia a todos os países da região por meio de programas de Cooperação Sul-Sul Triangular. Esse tipo de inovação financeira é um exemplo concreto de como melhorar a inclusão financeira das populações rurais mais excluídas, bem como ampliar a mobilização de investimentos para a consolidação de uma bioeconomia amazônica sustentável e responsável.”

A parceria entre o Banco do Brasil e a FAO reafirma o papel das instituições financeiras na promoção de investimentos sustentáveis e no desenvolvimento econômico. Ações como essa integram a estratégia de longo prazo do Banco para impulsionar a transição para uma economia de baixo carbono, inclusiva, diversa e resiliente, alinhada aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU e ao Acordo de Paris.

Em junho de 2025, a Carteira de Crédito Sustentável do BB alcançou R$ 396,5 bilhões em saldo, representando um crescimento de 10,6% nos últimos 12 meses. A meta da instituição é atingir R$ 500 bilhões até 2030, apoiando setores estratégicos como agricultura de baixo carbono, energias renováveis, infraestrutura sustentável e sociobioeconomia. No mercado de capitais, o Banco já distribuiu R$ 54 bilhões em títulos sustentáveis e pretende chegar a R$ 100 bilhões até o final da década. Além disso, já foram emitidos US$ 2 bilhões em bonds sustentáveis no mercado internacional, reforçando o papel do BB como referência global em finanças verdes. Na região da Amazônia Legal, o BB já soma R$ 2 bilhões em financiamentos voltados à bioeconomia, com impacto positivo em mais de 62 mil pessoas. A meta é ampliar esse volume para R$ 5 bilhões até 2030, beneficiando mais de 1 milhão de pessoas e promovendo o fortalecimento de cadeias produtivas sustentáveis e a valorização dos produtos da floresta.

A nova Agenda 30 BB, lançada em setembro de 2025, também estabelece como compromisso a conservação e/ou reflorestamento de 2 milhões de hectares até 2025, com foco em práticas agrícolas regenerativas e na promoção do desmatamento ilegal zero nas operações financiadas. Para mais informações, acesse: www.bb.com.br/sustentabilidade.

Fonte: Banco do Brasil

BB firma parceria com o MEC e CAPES para o “Mais Professores Valorização”

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O Banco do Brasil firmou parceria com o Ministério da Educação (MEC) e a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) para a operacionalização do Mais Professores Valorização, iniciativa do Governo Federal que integra o Programa Mais Professores para o Brasil 

O anúncio do incentivo ocorreu nesta quarta-feira, 15, e vai beneficiar 100 mil professores, que receberão R$ 3 mil, por meio de um Cartão BB, para a aquisição de equipamentos de tecnologia, como notebooks, tablets e computadores para melhorar a qualidade de sua atuação pedagógica. 

Para o Diretor de Negócios Governo do Banco do Brasil, Euler Mathias, as ações de valorização da educação básica no Brasil reafirma o papel do BB como agente estratégico das políticas públicas de educação. “O eixo educação é prioritário nas ações do BB junto ao setor público, sempre visando fortalecer o acesso e a qualidade da educação pública no país. Somos responsáveis pela distribuição dos recursos do Fundeb, pela execução dos repasses federais e pela prestação de contas desses recursos pelo BB Gestão Ágil. Assim, nada mais gratificante do que atuarmos, também, diretamente com quem promove a educação no país, que são os professores.” 

Os docentes selecionados pelo MEC receberão cartões personalizados do Banco do Brasil e poderão realizar o desbloqueio e a emissão de senha por SMS Reverso, de forma simples e segura.

O uso do cartão estará restrito à compra de itens de tecnologia, com prestação de contas pelo BB Expenses, plataforma de gestão de despesas que centraliza, automatiza e otimiza todo o fluxo de controle de gastos corporativos e públicos, ampliando a transparência na utilização dos recursos. 

Desde o lançamento do Programa Mais Professores para o Brasil, em janeiro deste ano, o Banco do Brasil oferece benefícios exclusivos aos professores, como isenção de anuidade de cartão de crédito, condições especiais no BB Crédito Realiza, rentabilidade diferenciada para aplicações em LCI e meia-entrada nas exibições realizadas nos Centros Culturais Banco do Brasil (CCBBs), além de outras vantagens voltadas ao reconhecimento e à valorização da categoria, disponíveis em bb.com.br/professores. 

O BB também é o agente financeiro do Pé-de-Meia Licenciaturas, pago por meio da Poupança Social BB, destinado a incentivar o ingresso, a permanência e a formação de professores que atuarão no sistema público de ensino.

Mais informações sobre o Programa Mais Professores nos sites: bb.com.br/professores e gov.br/mec/pt-br/mais-professores.

E sobre o Pé-de-Meia Licenciaturas: bb.com.br/site/setor-publico/pe-de-meia-licenciaturas/ e gov.br/mec/pt-br/mais-professores/pe-de-meia-licenciaturas.

BB no Rec’n’Play 2025 com ativações inovadoras e experiências interativas

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O Banco do Brasil está presente no Rec’n’Play 2025, que acontece em Recife até o dia 18 de outubro, com uma série de ativações promocionais e experiências interativas voltadas para o público jovem e conectado. O espaço Praça .BB (lê-se Ponto BB) é o centro das ações que conectam os participantes ao BB. A praça está montada em frente ao .BB (Avenida Rio Branco, 240). Nela, o público é convidado a mergulhar em ativações que unem tecnologia, sustentabilidade e cultura.

Logo na entrada, a Árvore BB chama atenção como símbolo do compromisso do Banco com um amanhã mais sustentável e inovador. Ali, os visitantes participam de diálogos mediados por uma inteligência artificial generativa, com reflexões sobre como construir o futuro de forma consciente.

Com um óculos de realidade virtual, o público vai explorar as soluções do Minhas Finanças, o gerenciador financeiro pessoal do app BB que usa inteligência artificial para sugerir e orientar os clientes a fazer uma melhor gestão dos seus recursos. Ainda na educação financeira, o jogo Rolê que Rende desafia duplas em uma competição virtual onde todos saem ganhando. Na Cabine de Vento, o público descobrirá os benefícios da conta BB Universitária em um desafio dinâmico, capturando cupons de vantagens e conhecendo as facilidades de uma conta pensada para jovens. O Balcão de Negócios oferecerá apoio personalizado para abertura de contas, emissão de cartões e orientação financeira.

A ativação Colecione Momentos em Cordel registra fotos dos participantes, que recebem suas imagens em molduras especiais e veem suas memórias expostas em um clássico varal de cordéis, celebrando assim cultura local. Além disso, promotores caracterizados como “La Ursa Detetives” vão circular pelo bairro do Recife para recrutar pessoas a se tornarem membros do programa BB Testers, uma plataforma de testes e inovação aberta do Banco do Brasil.

Todas as ativações do BB no Rec´n´Play são gamificadas. Ao participar de cada uma delas, os participantes acumularão pontos que poderão ser trocados por brindes exclusivos. Além disso, a participação nas ativações gera números da sorte e, ao final do evento, será sorteado um shape de skate assinado pelos atletas que disputaram o SLS Takeover, no último mês de julho, em Brasília. Entre as assinaturas, estão as de Rayssa Leal e Felipe Gustavo, ambos do Squad BB e campeões da etapa.

O .BB será palco de 27 paineis e conteúdos sobre inovação, tecnologia e negócios, com palestrantes do Banco do Brasil, Accenture, SiDi, BBTS, Microsoft, Neurotech, NTT Data e Incógnia. E o Banco estará presente em paineis em outros pontos do Rec’n’Play. Pedro Bramont, diretor de meios de pagamentos e serviços, falou sobre produtos que viram hábitos, na quinta, às 10h, na Livraria Jaqueira.

O head de Open Finance do BB, Filipe Préve, trouxe o tema Open Finance na prática em palestra na Cesar School, a partir das 10h de sexta-feira. E no espaço Accenture Innovation, o gerente geral do .BB, Marcelo Cavalcanti, contou sobre como o Banco do Brasil está ressignificando o atendimento bancário em um espaço que transcende o universo dos bancos.

A participação do Banco do Brasil no Rec’n’Play reforça o posicionamento de empresa alinhada às tendências globais de inovação, sustentabilidade e inclusão, assim como vem demonstrando em eventos como Rio Innovation Week, Web Summit e South Summit.

Fonte: Banco do Brasil

BB Americas Bank e Galapagos Capital anunciam parceria estratégica para ampliar oferta de serviços bancários a clientes nos EUA

Publicado em: 09/10/2025

O BB Americas Bank, instituição financeira norte-americana assegurada pelo FDIC e subsidiária do Banco do Brasil, e a Galapagos Advisory, afiliada da Galapagos Capital, firmaram uma parceria estratégica para oferecer aos clientes da Galapagos Capital uma oferta ampliada e sofisticada de serviços bancários no mercado norte-americano.

O acordo amplia o acesso de brasileiros e latino-americanos — residentes ou não nos EUA — a soluções como abertura de conta corrente, cartão de crédito internacional com a marca conjunta Galapagos Capital e BB Americas Bank, crédito pessoal, financiamento imobiliário e outros produtos do portfólio do BB Americas Bank. Os serviços serão oferecidos com atendimento trilíngue (português, inglês e espanhol) e reunidos em uma plataforma digital exclusiva.

“Somos o mais brasileiro dos bancos americanos. Estar onde nossos clientes estão, falar sua língua e oferecer as soluções que eles precisam é o que nos move”, afirma Mario Fujii, CEO do BB Americas Bank. “Com essa parceria, poderemos atender uma base de clientes altamente qualificada por meio da Galapagos Capital, oferecendo a melhor solução de banking nos EUA para brasileiros e latino-americanos.”

Com sede em Miami e presença consolidada na Flórida, o BB Americas Bank administra US$ 3,2 bilhões em ativos e atende cerca de 70 mil clientes, com agências e escritórios de private banking voltados especialmente para as comunidades brasileira e latino-americana. Sua atuação está alinhada às melhores práticas de governança, com o compromisso de oferecer soluções responsáveis e sustentáveis para todos os seus públicos de relacionamento.

A Galapagos Capital, companhia global de investimentos com mais de R$ 30 bilhões sob gestão, tem no planejamento patrimonial global um de seus principais pilares de atuação. Por meio da Galapagos Advisory, sua operação nos EUA, oferece uma plataforma multicustódia com acesso a ativos internacionais, em parceria com os principais bancos globais.

“Estamos comprometidos em ampliar a proposta de valor da Galapagos Capital, integrando as soluções bancárias do BB Americas à nossa plataformade Wealth Management, com suporte local nos Estados Unidos e padrão internacional de atendimento”, afirma Bruno Carvalho, sócio da Galapagos Capital responsável pela área internacional “Essa aliança é um passo estratégico em nossa expansão global, buscando sempre oferecer serviços completos e personalizados”.

A parceria integra o plano de internacionalização da Galapagos Capital, que já conta com operações em Miami (EUA) e Genebra (Suíça), reforçando sua atuação global em gestão de patrimônio.

Fonte: Banco do Brasil

Com R$ 5,6 bilhões prorrogados, BB diz que segue regras para concessão e renegociação de crédito rural

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O Banco do Brasil afirmou, em nota, que acompanha as necessidades dos produtores rurais e oferece soluções para a prorrogação das dívidas de acordo com o Manual do Crédito Rural (MCR). Principal financiadora do setor agropecuário no país, a instituição disse que também segue as medidas legais adotadas pelo governo para a renegociação de débitos, concessão de créditos emergenciais e descontos.

Segundo o BB, até setembro deste ano, o montante de crédito rural em prorrogação na sua carteira atingiu R$ 5,6 bilhões, em 28,6 mil operações. O banco informou ainda que vai disponibilizar, em breve, linhas para contratação do crédito para renegociação das dívidas criadas pela Medida Provisória nº 1.314/2025 e pela resolução do Conselho Monetário Nacional (CMN) 5.247/2025.

O posicionamento foi enviado à reportagem em resposta ao requerimento aprovado nesta quarta-feira (8/10) pela Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados para que o Tribunal de Contas da União (TCU) investigue irregularidades das instituições financeiras na concessão de crédito rural e no acesso à renegociação de dívidas pelos agricultores.

Leia a nota completa:

“O Banco do Brasil, parceiro histórico do agronegócio brasileiro, acompanha de perto as diferentes regiões e cadeias produtivas rurais, em especial as necessidades dos produtores, para melhor atendê-los e assegurar a continuidade de suas atividades produtivas.

De forma permanente, o BB oferece aos produtores rurais soluções para prorrogação de suas dívidas, na forma do MCR 2.6.4, permitindo adequar o cronograma de pagamento das operações de custeio e investimento ao fluxo de receitas, em consonância com a sua capacidade de pagamento. O Banco também operacionaliza medidas legais, quando disponibilizadas e regulamentadas, inclusive no contexto de concessão de linhas de crédito emergenciais.

Para as questões climáticas que atingiram algumas regiões do Brasil, onde foram decretadas situações de calamidade ou emergência, foram publicadas, pelo Governo, medidas emergenciais de apoio aos agricultores dessas regiões que tiveram seus empreendimentos afetados. Essas medidas contemplaram desde a prorrogação do prazo de pagamento, até a concessão de descontos para parcelas vencíveis no período. Como exemplo, temos os Decretos 11.530/2023, 11029/2022, a Lei 14.166/2021, a Resolução 5.123/2024, bem como a legislação aplicada ao Rio Grande do Sul (Resoluções: 5.123, 5.132, 5.162, 5.164, 5.173 e 5.181 e MP 1.247).

O BB foi uma das primeiras instituições financeiras a anunciar ações de apoio aos afetados pelas enchentes de 2024 no Rio Grande do Sul, conduzindo medidas negociais de emergência que ajudaram milhares de produtores rurais de todo o estado. Passado um ano da tragédia, o Banco continua presente nas discussões sobre reconstrução e apoio social.

Além dessas medidas, foi publicada pelo Governo Federal, no dia 05.09.2025, a Medida Provisória nº 1.314, que trata sobre linhas de crédito rural destinadas ao atendimento de produtores rurais prejudicados por eventos adversos. Em breve, o BB disponibilizará linhas para contratação.

Em 2025, até setembro, o volume prorrogado atingiu R$ 5,6 bilhões, em 28,6 mil operações.

A parceria do BB com o setor produtivo rural garante que as agências estejam próximas dos produtores e possam atender às demandas de crédito e à prorrogação de financiamentos.”

Fonte: Globo Rural

Sanções dos EUA não afetam contas de clientes do Banco do Brasil

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Post desinforma ao afirmar que pessoas com conta no Banco do Brasil (BB) devem retirar todo o dinheiro da instituição. A publicação, de 26 de setembro, usa um trecho de programa da CNN Brasil do dia 1º daquele mês. Na época, a relação entre os governos do Brasil e dos Estados Unidos atravessava uma crise diplomática – o clima parece ter melhorado após o encontro de Lula e Donald Trump na Assembleia Geral da ONU em 23 de setembro.

No vídeo usado no post, o jornalista Lourival Sant’Anna comenta que o governo dos Estados Unidos estaria preparando novas sanções contra o Brasil, inclusive contra o banco. Ele inicia sua participação dizendo que, segundo suas fontes, “a sensação” é de que sanções contra o Banco do Brasil estão perto de acontecer. Mas, como ele mesmo diz, “é claro que Trump pode mudar de ideia”.

A autora do post escreve que as sanções estariam ligadas ao fato de o BB ter fornecido um cartão da bandeira Elo ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Esta informação não aparece no vídeo de Lourival usado no post, mas está em texto publicado em seu blog no mesmo dia.

“Em 21 de agosto, uma instituição financeira cancelou o cartão Mastercard do ministro, segundo informações do mercado. No mesmo dia, o BB teria oferecido a Moraes um cartão da bandeira brasileira Elo. Essa é a justificativa para o Tesouro americano adotar medidas contra o banco estatal”, escreveu Lourival.

A seguir, ele informou que “nesses casos, os Estados Unidos costumam impor multas aos ‘transgressores'” – ou seja, em nenhum momento o jornalista fala sobre prejuízo para quem tem conta no banco, diferentemente do que afirma a autora do post.

Contatada pelo Comprova, a instituição enviou nota em que menciona “publicações inverídicas” que têm como objetivo “gerar pânico e induzir a população a decisões que podem prejudicar a sua saúde financeira, sugerindo uma retirada de depósitos por parte dos clientes”.

O banco acrescentou ainda que adotará medidas legais contra posts com desinformação e destacou que, “com mais de 80 anos de atuação no exterior, a instituição acumula sólida experiência em relações internacionais e está preparada para lidar com temas complexos e sensíveis que envolvem regulamentações globais”.

A reportagem tentou contato com a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), mas a instituição não respondeu até a publicação deste texto.

Quem criou o conteúdo investigado pelo Comprova

A dona do perfil diz morar em Pompano Beach, na Flórida. Ela se descreve como “pernambucana, cidadã americana, republicana, conservadora” e diz lutar “para que todos tenham liberdade de expressão”.

Ela publica conteúdos críticos ao governo Lula (PT) e favoráveis ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Recentemente, compartilhou post do blogueiro bolsonarista Allan dos Santos no qual ele afirma que Alexandre de Moraes “não persegue apenas brasileiros”. A autora também publicou texto pedindo “anistia ampla, geral e irrestrita”.

Em 2024, Alexandre de Moraes determinou a prisão preventiva dela sob a acusação de incitação ao crime e associação criminosa. Como publicou o Metrópoles, as investigações da Polícia Federal começaram em 2023, depois de um post em que ela dizia que Moraes havia visitado Marcola, líder do PCC, em um presídio de Brasília.

Em março de 2025, a defesa afirmou, em uma notificação para a Embaixada dos Estados Unidos no Brasil, que a investigação seria um “procedimento extraterrestre e extralegal” inventado por Alexandre de Moraes.

Após a determinação da prisão, o caso se tornou tema de conteúdo de desinformação – verificado pelo Comprova – que afirmava erroneamente que Moraes teria cometido crime ao determinar prisão de cidadã americana.

Contatada pelo Comprova, a autora do post respondeu citando conteúdo de desinformação sobre a Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID) e veículos de imprensa.Por que as pessoas podem ter acreditado

O post recorre a técnicas comuns no universo da desinformação. A primeira delas é a mistura de fatos com mentiras. Moraes de fato foi sancionado pelos Estados Unidos e perdeu o direito ao uso de cartão internacional. Também é verdade que o Banco do Brasil forneceu um cartão da bandeira Elo para o ministro, o que teria gerado pressão dos Estados Unidos. Mas não é verdade que o banco vai entrar em colapso e seus correntistas perderão o dinheiro colocado nele.

O Banco do Brasil é uma instituição estatal, com estabilidade, e, mesmo que haja sanções do governo norte-americano contra ele, isso não afetaria seus correntistas. Mas, ao escrever em letras maiúsculas para as pessoas fecharem suas contas no Banco do Brasil, com a mensagem “pra ontem”, o leitor fica mais propenso a acreditar no conteúdo. Preocupado com a linguagem alarmista da publicação, ele tem menos chance de refletir se aquilo faz sentido. Os desinformadores sabem disso e, com frequência, usam esse tipo de linguagem em seus conteúdos.

Outra técnica explorada pela autora é o apelo à autoridade. Ao citar o governo Trump e o Banco do Brasil, reforçam-se o medo e a impressão de que a ameaça é imediata, o que intensifica o impacto sobre o internauta.

Relação Brasil-EUA

No início de setembro, quando Lourival Sant’Anna fez tais afirmações na CNN, a relação entre os governos do Brasil e dos Estados Unidos atravessava uma crise diplomática, devido à decisão de Donald Trump de taxar produtos brasileiros em 50%, em julho. Em carta a Lula (PT), o republicano apontou como justificativas o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por tentativa de golpe de Estado — considerada pelo americano uma “vergonha” — e o avanço de regulações brasileiras contra as big techs. As tarifas entraram em vigor em 6 de agosto.

As relações entre os países também ficaram estremecidas por causa da decisão do governo americano de aplicar a Lei Magnitsky, sanção dada a indivíduos acusados de violarem direitos humanos, contra Alexandre de Moraes. A medida, aplicada em 30 de julho, prevê o congelamento de bens e proibição de entrada no país.

No início de setembro, representantes da Confederação Nacional da Indústria (CNI) lideraram uma série de reuniões com integrantes do governo americano para tentar reverter ou ao menos reduzir o tarifaço, que causou impactos em setores da economia brasileira, como o café e a madeira, de acordo com a CNN.

Atualmente, no entanto, a perspectiva é de melhora. Trump e Lula se encontraram durante a Assembleia Geral da ONU, em 23 de setembro. Em seu discurso, o presidente americano afirmou que abraçou o brasileiro, “gostou dele” e que ambos concordaram em se encontrar.

Fontes que consultamos: Programa da CNN com a participação de Lourival, reportagens sobre o tema e contato com o Banco do Brasil.

Por que o Comprova investigou essa publicação: O Comprova monitora conteúdos suspeitos publicados em redes sociais e aplicativos de mensagem sobre políticas públicas, saúde, mudanças climáticas, eleições e golpes virtuais e abre investigações para aquelas publicações que obtiveram maior alcance e engajamento. Você também pode sugerir verificações pelo WhatsApp +55 11 97045-4984.

Outras checagens sobre o tema: Como afirmado acima, o Comprova já verificou ser enganoso que Moraes teria cometido crime ao decretar prisão de cidadã norte-americana. Ainda sobre o ministro, já foi publicado, por exemplo, que comentários em redes sociais simulam censura e a atribuem enganosamente a ele e que é enganoso que o juiz teria planos de “corroer a democracia por dentro”.

Fonte: UOL

Estrangeiro questiona BB sobre retomada após salto em calotes do agro

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A principal preocupação dos investidores estrangeiros em relação ao Banco do Brasil é o ponto de virada nos resultados, impactados pela disparada da inadimplência no agronegócio. Durante Investor Day realizado em Nova York, na semana passada, a alta cúpula do conglomerado foi indagada, de várias formas, sobre o que o mercado pode esperar do BB neste e no próximo ano.

A resposta da presidente do BB, Tarciana Medeiros, é que 2025 ainda é um ano de ajustes. O próximo ano, diz, marcará o início da recuperação dos resultados do banco. “2026 é um ano que vamos deixar alicerçada a retomada de crescimento para os próximos anos, para retomar o patamar do tamanho do Banco do Brasil”, disse a presidente do BB em entrevista exclusiva à Coluna, durante passagem por Nova York.

O guidance (projeção) atualizado para este ano aponta lucro líquido entre R$ 21 bilhões e R$ 25 bilhões. A previsão original ia de R$ 37 bilhões a R$ 41 bilhões, mas o guidance do BB foi retirado pela primeira vez na história do banco, em meio à disparada da inadimplência no agronegócio, o que ajudou a pesar nas ações do BB.

Medeiros diz que não se arrepende. “De jeito nenhum. Era necessário e, apesar de ter sido uma decisão muito difícil, foi acertada”, avalia. No primeiro semestre, o resultado foi de R$ 11,2 bilhões, um tombo de mais de 40% ante o mesmo período de 2023, quando a cifra foi de R$ 18,8 bilhões.

Media Provisória

Um fator que ainda não está refletido no guidance é o efeito da Medida Provisória (MP) de renegociação das dívidas de produtores rurais. O banco lida hoje com 808 casos de recuperação judicial no agronegócio, um recorde em sua história. O número soma R$ 5,4 bilhões em dívidas em uma carteira de crédito de cerca de R$ 400 bilhões.

Quanto à polêmica da “indústria de recuperações judiciais” no setor agro, a presidente do BB afirma que o banco não pode questionar processos já aceitos pela Justiça. No entanto, defende que o produtor conheça a fundo o processo de recuperação judicial.

“Diferente do que acontece com a pessoa jurídica, em que os bens são os bens da empresa, em uma recuperação judicial no agro, a pessoa física se confunde com a jurídica”, explica Medeiros. “Então, os bens de família foram adquiridos com aquele negócio, e eles entram nesse processo de negociação, mas muitos produtores não sabem disso”, acrescenta.

De acordo com ela, o banco tem feito um trabalho de orientação junto aos produtores e já nota menor demanda por novos pedidos de recuperação judicial. Por isso, a MP de renegociação rural é “tão importante”, avalia. Metade dos R$ 12 bilhões em recursos do Tesouro Nacional liberados para as tratativas deve beneficiar o BB.

Medeiros espera ainda que a MP ajude a acelerar a retomada de resultados do BB, mas avalia que não haverá grande impacto imediato. Por causa dos calotes no agro, o banco precisou fazer uma provisão adicional de cerca de R$ 16 bilhões, equivalente ao lucro de um trimestre. E, neste caso, vale a máxima: a provisão sobe de elevador e desce de escada, afirma.

Luz no fim do túnel

O mercado começa a enxergar um fim no luz do túnel. No último mês, as ações do BB na B3 acumulam alta de mais de 8%. No ano, porém, os papéis ainda acumulam queda de 5,50%. Às vésperas do Investor Day, em Nova York, o americano Citi elevou a recomendação para o BB, de neutra para compra, citando a MP do governo de renegociação de dívidas do agro. O resultado, no entanto, ainda deve piorar antes de melhorar, na visão de gigantes de Wall Street.

“O terceiro trimestre continua desafiador”, reforça o analista do Goldman Sachs, Tito Labarta, em relatório a clientes obtido pela Coluna. O banco manteve recomendação neutra para as ações. O Citi, por sua vez, vê julho como o mês potencial do patamar mais baixo em termos de lucratividade para o BB.

Dados do BC divulgados nesta semana confirmaram as expectativas. O BB teve lucro líquido de R$ 780 milhões em julho, abaixo da cifra de junho, de R$ 976 milhões, conforme o Citi. Mas, no próximo ano, o resultado deve voltar a crescer. O banco americano projeta lucro líquido de R$ 29,3 bilhões, um aumento de 17,2% frente à ponta alta do guidance deste ano, e também mais otimista que o consenso de mercado.

Alta renda e Magnitsky

O disputado setor de alta renda é uma das apostas do BB para turbinar os resultados à frente. A expectativa do banco é crescer em 25% a base de clientes. O BB não revela o tamanho dessa carteira, nem o ritmo de crescimento. Para atingir seu objetivo, capitaneia uma repaginada completa das marcas Estilo e Private, mas descarta a criação de um novo segmento intermediário, a exemplo do que concorrentes fizeram. E também vai atacar o portfólio da concorrência. “Vamos buscar ser o principal banco do cliente, mas sem a ilusão de exclusividade”, afirma Medeiros.

Quanto ao “risco Magnitsky”, a presidente do BB reafirma que o banco cumpre as legislações americana e brasileira, com apoio jurídico nos dois países. O encontro dos presidentes Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Donald Trump às margens da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York, foi recebido pelo setor como um alívio diante do temor de sanções a bancos brasileiros, como mostrou a Coluna. O “risco Magnitsky” ainda está precificado nas ações do BB, mas o problema mesmo é o “resultado ruim”, diz um experiente analista, sob anonimato.

Fonte: Federação dos Bancários do Paraná

Sindicato cobra suspensão da reestruturação e critica jornada de 8 horas

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O Sindicato dos Bancários de São Paulo, por meio da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB) cobrou da direção do BB, a suspensão imediata da reestruturação iniciada pelo banco dentro do chamado Movimento de Aceleração Digital (MAD), em reunião virtual realizada na segunda-feira 6 de outubro.

O programa foi lançado na sexta-feira 3, sem qualquer diálogo prévio com o movimento sindical, e prevê, entre outras medidas, a ampliação da jornada de trabalho de seis para oito horas para 25% dos cargos de assessoramento (assessores I, II e III) em áreas estratégicas.

O movimento sindical reivindica que o Banco do Brasil não inicie a reestruturação e denuncia o clima de insegurança que tomou conta do funcionalismo. “Há muito medo de que essas mudanças sejam apenas o começo, e que, em breve, outras áreas também sejam atingidas, colocando em risco a manutenção dos cargos de seis horas, uma conquista histórica da categoria”, afirma Fernanda Lopes, coordenadora da CEBB.

Falta de diálogo e transparência

Durante a reunião, os representantes da CEBB repudiaram a forma unilateral como o programa foi anunciado e a ausência de informações concretas. O banco afirmou que um pouco mais de 100 funcionários foram afetados, mas não apresentou números detalhados.

“O BB alegou que até ontem ainda não tinha os dados consolidados de quantos trabalhadores foram atingidos e prometeu repassar essas informações. Até o momento, isso não aconteceu. Precisamos desses números, por estado e por unidade, para compreender a real dimensão do impacto e poder atuar de forma responsável na defesa dos funcionários”, reforçou Fernanda.

Reestruturação disfarçada

Embora o banco sustente que o novo modelo atinge apenas unidades estratégicas e não a rede operacional — como agências, PSOs e caixas —, a CEBB alerta que o MAD representa uma nova reestruturação, com potencial de se expandir. “O banco tenta apresentar o programa com outra roupagem, mas estamos diante de mais uma reestruturação. Hoje começa em áreas estratégicas, mas ninguém garante que não é apenas a ponta do iceberg”, alerta Fernanda.

Segundo informações do próprio BB, a maior parte do funcionalismo impactado está em Brasília, com menor concentração em São Paulo e casos pontuais no Rio de Janeiro.

Na contramão da história

A ampliação da jornada ocorre justamente num momento em que a sociedade e o movimento sindical lutam pela redução da jornada de trabalho e por melhor qualidade de vida. “Enquanto o debate público avança no sentido de reduzir a carga horária, o Banco do Brasil vai na contramão, ampliando a jornada de seis para oito horas para uma parte dos comissionados”, destacou Fernanda.

Próximos passos

A CEBB reforça sua postura de exigir transparência, diálogo e respeito ao funcionalismo.

“Não daremos trégua a nenhuma medida que amplie jornada, reduza direitos ou desestruture equipes. Nós seguiremos cobrando do banco que priorize os assuntos que estão impactando diretamente o funcionalismo como as metas abusivas e a discussão muito importante de custeio da Cassi que está em negociação e que até agora não tem uma proposta. Além disso, ainda temos a questão dos incorporados que também foi remetida para o debate desta mesma mesa de custeio. Lamentamos que em um momento em que precisamos de uma solução com relação a essa discussão, o banco venha com mais um ataque. O banco precisa ouvir quem está na linha de frente e respeitar o papel das entidades sindicais”, concluiu Antonio Netto, dirigente do Sindicato e representante da Fetec-CUT/SP na CEBB (Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil.

Fonte: Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região

Banco do Brasil ingressa em Câmara Temática do Sisbin

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O Banco do Brasil formalizou Acordo de Adesão para a entrada da instituição na Câmara Temática do Sistema Financeiro Nacional em colaboração com o Sistema Brasileiro de Inteligência (CTSFN-Sisbin). A assinatura do acordo foi feita no dia 24 de setembro, na sede da ABIN, em Brasília/DF.

O objetivo do ingresso é fortalecer a institucionalidade para a troca de conhecimentos entre o Sisbin e o Banco do Brasil, além de franquear à sociedade de economia mista o acesso a serviços do Sistema – como comunicação segura e programas de proteção. Também foi estabelecido plano de trabalho de adesão à Câmara Temática.

O BB teve sua solicitação de ingresso aprovada pela ABIN, órgão central do Sistema, por desempenhar papel estratégico para os interesses do País e exercer atividades relevantes para a economia e para o desenvolvimento nacional e regional.

Câmaras Temáticas

O Decreto n° 11.693/2023, que modernizou a estrutura do Sisbin, previu a possibilidade de que o órgão central do Sistema firmasse contratos, convênios, acordos de cooperação técnica e instrumentos congêneres com entes federativos e com pessoas jurídicas de direito privado.

As câmaras temáticas foram criadas pela ABIN em junho de 2024 em três grandes áreas: Atividades Econômicas Estratégicas, Sistema de Justiça e Sistema Financeiro Nacional. A iniciativa objetiva articular o Sisbin com entidades de áreas que não necessariamente compõem o Poder Executivo, mas que possuem estrutura de Inteligência e relevância estratégica para o país.

Fonte: Agência Brasileira de Inteligência

BB lança solução de pagamento de Pix com imagem no WhatsApp

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O Banco do Brasil acaba de lançar mais uma solução no mercado dos grandes bancos. Os clientes do BB podem realizar pagamentos via Pix a partir da leitura de uma imagem enviada para o WhatsApp do Banco (61 4004-0001), como uma foto em um papel com a chave Pix e até mesmo o valor anotados. A transação pode ser confirmada sem a necessidade de sair do aplicativo de conversas, tornando o processo ainda mais simples, rápido e acessível.

A solução com inteligência artificial do Banco do Brasil foi desenvolvida para compreender a intenção do cliente e oferecer uma experiência personalizada. Ao identificar o contexto da interação, o assistente virtual sugere a realização de um Pix e apresenta as transações mais recentes, facilitando o processo. Além da leitura por imagem, desde 2020, o serviço também passou a permitir a realização de Pix por meio de comandos de voz, tornando a jornada ainda mais acessível. A conversa com o assistente ocorre de forma espontânea e natural, proporcionando agilidade, praticidade e inovação no relacionamento com o cliente.

O BB é pioneiro na integração entre o Pix e o WhatsApp. Foi o primeiro banco brasileiro a oferecer a jornada completa de Pix no aplicativo de mensagens, incluindo funcionalidades como o cadastramento de chaves Pix, pagamentos e recebimentos via QR Code e Pix via Open Finance, que permite usar o saldo de outros bancos diretamente no WhatsApp. Além disso, o BB foi o primeiro banco do mundo a viabilizar o consentimento ao Open Finance pelo WhatsApp. Com uma oferta de serviços completa, o canal chegou a 20 milhões de usuários ao final do primeiro semestre deste ano e nota de satisfação dos clientes acima da média do mercado.

Fonte: Banco do Brasil

Estilo repaginado: os planos do Banco do Brasil para conquistar novos clientes endinheirados

Publicado em: 02/10/2025

Depois de mais de 20 anos atendendo o público de alta renda por meio da bandeira Estilo, o Banco do Brasil (BBAS3) decidiu remodelar a estratégia para conquistar novos clientes endinheirados. Em entrevista ao Seu Dinheiro, a diretora de clientes Pessoa Física do BB, Larissa Novais, revelou que o objetivo é capturar a nova onda de milionários do país.

“Entendemos que o crescimento do público de alta renda no Brasil é uma oportunidade para ampliarmos nosso alcance”, afirmou Novais.

“É um mercado muito concorrido e rentável. Como temos a maior base, a oportunidade está em nos especializarmos cada vez mais para entregar nossa proposta de valor, tanto para o público interno quanto na prospecção”, acrescentou a executiva.

Durante encontro com investidores nos últimos dias, a CEO do Banco do Brasil, Tarciana Medeiros, afirmou que “ter a prerrogativa de ser o banco dos servidores públicos traz ao BB uma vantagem competitiva muito grande em alta renda, mas o banco quer mais”.

“Para o futuro, e esse futuro é agora, teremos uma repaginada da marca Estilo. Teremos novos segmentos, e uma expansão da rede especializada Agro para atender esse cliente. Em 2025, trabalharemos focados no crescimento da carteira de pessoa física e, em 2026, no segmento de alta renda de forma bem mais estruturada”, disse a CEO.

O lançamento oficial da nova estratégia do Banco do Brasil deve acontecer entre outubro e novembro, mas o Seu Dinheiro já teve acesso a algumas das novidades previstas para as próximas semanas.

O pilar central dessa nova fase será a criação do “High Estilo”, uma nova camada de especialização dentro do já consolidado segmento Estilo, voltada para clientes com mais de R$ 1 milhão investidos no banco. Para o Estilo, o acesso se dá com renda a partir de R$ 15 mil ou R$ 200 mil em investimentos.

A proposta é oferecer um atendimento ainda mais exclusivo, com um número menor de clientes por gerente. O modelo prevê uma assessoria dupla: um gerente de banking para o dia a dia da conta-corrente e um gerente especializado exclusivamente em investimentos, focado em assessoria.

Hoje, o High Estilo já está presente, de forma piloto, em 10 cidades, e a expectativa é encerrar o ano com presença em 23 cidades.

Banco do Brasil (BBAS3) quer crescer em alta renda até 2029

Os novos planos do Banco do Brasil (BBAS3) para o público de alta renda são de longo prazo, com o efeito completo previsto para os próximos cinco anos. Porém, a diretora prevê que já será possível ver resultados mais sólidos na estratégia a partir do primeiro trimestre de 2026.

A meta com a reestruturação é ambiciosa: ampliar a base de clientes Estilo em 25% até o final de 2029 e aumentar a margem de contribuição do segmento em mais de 70%.

Atualmente, o público de alta renda já representa mais da metade da margem de contribuição do segmento de varejo do Banco do Brasil. Apenas para o novo segmento High Estilo, a instituição projeta encerrar o ano com 140 mil clientes.

Fontes do mercado afirmam que o número de clientes Estilo do Banco do Brasil, considerando também os clientes tombados para o High, poderia passar dos 2,5 milhões nos próximos cinco anos.

De acordo com a diretora do BB, uma parte do crescimento virá da atual base de clientes, com ampliação dos negócios com o banco por meio da maior especialização. Já a outra parte deve vir da prospecção de novos clientes no mercado, com gerentes especializados em busca dos novos milionários.

“A especialização nos permite captar mais clientes e realizar uma prospecção maior”, afirmou a diretora do BB. “No ano que vem, teremos uma estratégia de expansão bem arrojada.”

Embora o timing da mudança de estratégia chame atenção — em um momento em que o BB apresenta alta inadimplência, provisões elevadas e deterioração da carteira de crédito —, a diretora afirma que a repaginada no Estilo não foi uma resposta aos recentes problemas no balanço do banco.

“A estratégia já estava planejada para este ano, não foi antecipada. Começamos um piloto com 10 mil clientes no final do ano passado e expandimos em 2025. Mas, obviamente, capturamos mais valor com esse movimento”, disse Novais.

Ciro Calaça, gerente executivo da estratégia de clientes PF, acrescenta que a mudança “não é algo que está sendo feito agora por conta de fatores atuais”. “É um projeto amadurecido nos últimos dois anos e que mira os próximos cinco”, afirmou.

Repaginada no aplicativo e cartão: o que está por vir no Estilo do Banco do Brasil

Uma das novidades previstas para o público de alta renda do Banco do Brasil é a criação de uma versão do aplicativo do banco personalizada para o cliente Estilo.

Não se trata de um novo aplicativo, mas de uma reconfiguração da plataforma existente, que se adapta ao perfil do usuário. A ideia é que o app traga uma interface com foco em investimentos, benefícios e as transações mais utilizadas pelo cliente.

“É uma personalização da experiência, sem a necessidade de baixar um novo app. Fizemos isso com o público jovem e agro, e funcionou muito bem. A hiperpersonalização também amplia nossas possibilidades de negócios. Com o público jovem, conseguimos não só crescer a base, mas também rentabilizá-la mais”, afirmou Calaça.

A estratégia se completa com o lançamento de um novo cartão para o segmento Estilo, com alguns diferenciais para o High Estilo, com benefícios ampliados, como mais acesso a salas VIP, pontuação diferenciada e vantagens para uso no exterior.

“Estamos prevendo o lançamento de um cartão novo para o cliente do High. Ele terá experiências mais completas, não apenas um ingresso de camarote, mas algo completo no Brasil e no exterior”, afirmou Novais.

Embora a diretora não tenha aberto detalhes da novidade, ela destacou que se trata de um “produto voltado para clientes que buscam benefícios, exclusividade e reconhecimento real no seu relacionamento com o BB”.

Novos espaços físicos: a estratégia com a Casa Estilo e o Ponto BB

A repaginação não se limita ao modelo de atendimento. O Banco do Brasil está investindo em novos espaços físicos em busca de uma nova experiência bancária.

Concebida como um novo modelo de agência, a primeira “Casa Estilo” do Brasil será inaugurada em Belém (PA), antes da COP30.

Diferente de uma agência tradicional, a Casa Estilo funcionará como um espaço aberto, sem as tradicionais portas giratórias. O local terá auditório para eventos com investidores e espaços para parceiros locais, e será ambientado com arte e cultura da região.

A ideia é que as 280 agências do segmento Estilo em praças estratégicas, como Rio de Janeiro, São Paulo e Belo Horizonte, sejam gradualmente transformadas em “Casas Estilo”.

A unidade de Belém nascerá dentro de outro conceito novo no banco, o Ponto BB, um espaço que oferece uma experiência “phygital” (físico + digital), com robôs de recepção, cabines de atendimento virtual com especialistas de qualquer lugar do país e até um shopping interno via aplicativo.

Segundo o Banco do Brasil, a proposta deste novo espaço é integrar tecnologia, esportes, sustentabilidade, cultura e atendimento.

Ambos os espaços estarão abertos para clientes e não clientes, como uma forma de ajudar na prospecção de novos consumidores.

“Estrategicamente, um cliente com potencial para alta renda que entra no Ponto BB já será direcionado para a Casa Estilo, recebendo um atendimento especializado e compatível com sua aspiração. Isso amplia nossa capacidade de gerar negócios no ponto físico”, disse Novais.

Toda essa transformação, segundo os executivos, foi fruto de um processo de co-criação com os próprios clientes, que participaram de conselhos para ajudar a redesenhar a marca e o posicionamento estratégico.

Fonte: Seu Dinheiro

Como o BB pretende retomar lucratividade — e a confiança do investidor

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O Banco do Brasil (BBAS3) enfrenta um dos anos mais conturbados de sua história devido a problemas de inadimplência no agronegócio — sua principal linha de negócio. Agora, a instituição financeira tenta recuperar o favoritismo dos investidores, abalado após a divulgação dos resultados do segundo trimestre deste ano, que trouxe um tombo de ordem de 60% nos lucros.

No último Dia do Investidor, realizado na semana passada, a instituição financeira reconheceu 2025 como seu ano mais desafiador, mas aposta em recuperação já no próximo ano, sustentada por diversificação (seguros, consórcios, asset, pagamentos, UBS-BB, internacional) e redução de payout (percentual do lucro distribuído aos acionistas) para fortalecer capital. Até o fechamento da última sexta, ações do BB acumulavam queda nominal de 4,16% no ano e 14,7% nos últimos 12 meses.

Cisão de negócios pode ser alternativa

Embora a venda de ativos não faça parte da estratégia de curto prazo da instituição, o vice-presidente financeiro do BB, Geovanne Tobias, não descartou um eventual IPO do BB Consórcios. Segundo o executivo, a decisão caberia aos acionistas, e há bancos de investimento sondando a viabilidade de uma oferta. Tobias destacou que o foco do BB é retomar rentabilidade a partir no próximo ano, reforçando o capital por meio de lucros e eficiência, mas admitiu que poderia monetizar uma fatia de suas participações sem perder o controle do negócio.

Na avaliação da Genial Investimentos, um eventual IPO do braço de consórcios poderia reforçar o capital do banco, ajudando a mitigar pressões.

De acordo com o Goldman Sachs, a unidade de negócios representou 2% das receitas e 4% do lucro líquido consolidado do ano passado.

Resiliência e avanços tecnológicos

O Banco do Brasil diz que o ano de 2025 funcionou como um verdadeiro “stress test” para a carteira rural.

A instituição projeta manter o retorno sobre patrimônio líquido (ROE, na sigla em inglês) em torno de 11 a 13%, conforme guidance, apoiado em originação mais seletiva e no uso de uma matriz de resiliência baseada em inteligência artificial (IA) para reduzir riscos.

A CEO Tarciana Medeiros ressaltou ajustes táticos nos modelos de crédito, com foco em renegociação e reestruturação em vez de execuções, além do lançamento do BB App 5.0, novas estratégias de CRM e ganhos de eficiência.

O BB explica que o aumento da inadimplência (NPL) do agro decorreu da rápida expansão da carteira (de R$ 150 bilhões para mais de R$ 450 bilhões em três anos), somada à queda das commodities, custos elevados, choques climáticos e aperto monetário tardio em 2024. A resposta incluiu reforço de garantias, processos revisados e matriz que classifica clientes em quadrantes para priorizar originação e recuperação. A transformação digital e cultural foi acelerada para 2026, com 94% das transações já digitais.

Redução da inadimplência

A XP avalia que a taxa de inadimpência do agronegócio deve continuar sob pressão, com uma melhora atrasada e mais gradual, e uma normalização provavelmente em níveis piores do que nos últimos anos.

Nesse contexto, o novo vice-presidente do agronegócio do BB destacou a medida provisória (MP 1.314), que libera R$ 12 bilhões para amortização e liquidação de dívidas de produtores rurais afetados por eventos climáticos entre 2020 e 2025. Os agricultores que aderirem ao programa do governo poderão receber crédito presumido para fins tributários.

Segundo a XP Investimentos, o apoio governamental por meio da MP pode beneficiar o BB, potencialmente reduzindo a inadimplência no agronegócio e ajudando os indicadores de capital. No entanto, a corretora considera improvável que seja suficiente para levar a uma forte recuperação no curto prazo.

Diversificação

O banco reiterou sua meta de crescimento no segmento de PF, especialmente por meio de empréstimo consignado privado, enquanto a MP 1314 oferece alívio regulatório e ferramentas para ajudar a restaurar a capacidade de pagamento dos produtores. Além do crédito, a diversificação de receitas em todo o conglomerado tem sustentado a resiliência diante do estresse na carteira agro.

A gestão do Banco do Brasil ainda reiterou o papel estratégico junto ao setor público, com forte presença em folha de pagamento, fundos e benefícios, além de R$ 370 bilhões em ativos no atacado.

Ceticismo

Na avaliação do BTG Pactual (do mesmo grupo controlador da EXAME), a projeção de lucro líquido do Banco do Brasil entre R$ 21 bilhões e R$ 25 bilhões para 2025 depende de uma forte aceleração no 4º trimestre, algo que gera ceticismo entre investidores.

Apesar do valuation atrativo 0,7 vez o P/VPA (Preço sobre Valor Patrimonial) e melhorias esperadas para 2026, a visibilidade permanece limitada, e o BTG mantém recomendação neutra, com preço-alvo de R$ 23.

O JPMorgan, Goldman Sachs e Genial também reiteram recomendação neutra para ações do BB, com preço-alvo de R$ 24, R$ 22 e R$ 20, respectivamente.

Na contramão

Enquanto a maioria dos bancos recomenda cautela, o Citi elevou a recomendação para as ações do Banco do Brasil. Na avaliação do analista Gustavo Schroden, o BB pode até não conseguir reverter as provisões de clientes que aderirem ao programa, já que o perfil de risco deles não se altera — e as novas regras contábeis para provisões em bancos não mudaram.

“No entanto, o banco melhora sua base de capital de acordo com empréstimos rurais que forem negociados dentro do escopo do programa”, escreveu em relatório.

O Citi também refez estimativas para 2026 e prevê lucro líquido do Banco do Brasil para o ano que vem de R$ 29,3 bilhões, 9% acima do consenso de mercado. Já o retorno sobre o patrimônio (ROE), a estimativa é de 14% – no segundo trimestre de 2025, o ROE foi de 8,4%, o menor desde 2016.

Assim, o Citi passou a recomendação de BBAS3 de “neutra” para “compra”. O preço-alvo também foi elevado, de R$ 22 para R$ 29.

Fonte: Exame

Banco do Brasil: o que esperar dos dividendos agora?

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O Banco do Brasil (BBAS3) vive em 2025 um dos anos mais difíceis da sua história – palavras dos executivos da própria empresa, proferidas em reunião nesta semana em Nova York. Parte da maré baixa da instituição financeira vem da alta da inadimplência, sobretudo no agro

No fim de junho, a inadimplência do setor atingiu 3,49%, ante 1,32% no mesmo período de 2024 – reflexo do excesso de chuvas no Sul e da seca no Nordeste, que prejudicaram as lavouras.

E essa situação, claro, impacta nos resultados esperados para até o final de 2025 e a distribuição de proventos – algo que os 1.292.918 de investidores do papel (o maior número da bolsa de valores, segundo dados divulgados pela B3 neste mês) olham com lupa.

A XP revisou a estimativa de lucro líquido para R$ 20,6 bilhões em 2025, queda de 45% frente aos R$ 37,9 bilhões de 2024. O retorno sobre patrimônio (ROE) deve ficar em 11%, perto do custo de capital próprio (Ke), que representa o retorno mínimo exigido pelos acionistas para manterem seu investimento.

Com base nas estimativas para o retorno sobre investimento, o BB comunicou recentemente que reduziu a projeção de pagamentos de dividendos de 40% a 45% do payout (percentual do lucro pago como dividendos) para 30%.

Quanto R$ 10 mil rendem?

O banco tem um dividend yield (DY, a taxa de retorno apenas com o pagamento de dividendos) estimado para 2025 de 4,8%, segundo projeções da XP.

Um investimento de R$ 10 mil, portanto, terá rendido R$ 480 brutos somente com proventos ao longo deste ano. Dividendos, vale lembrar, são isentos de imposto de renda (IR), enquanto juros sobre capital próprio (JCP) estão sujeito à alíquota de 15%.

Para comparação, o DY projetado do Itaú Unibanco (ITUB4) é de 7,6%, o do Bradesco (BBDC4) é de 8% e o do Santander (SANB11) também se aproxima de 8%, segundo relatórios de corretoras.

Vale investir?

A maior parte das casas não vê grande espaço para valorização no curto prazo. O BTG tem recomendação neutra, com preço-alvo de R$ 23; o Genial Investimentos, também neutro, mira R$ 22; e a XP mantém visão neutra, com alvo em R$ 25.

“Nesse cenário, vemos outros nomes com melhor posicionamento geral no setor, como ITUB, enquanto o BBAS deve continuar enfrentando uma assimetria negativa de riscos e entregando uma recuperação lenta e incerta”, disse a XP.

Há, porém, quem enxergue oportunidades. O Citi elevou a recomendação de neutra para compra na semana passada, com preço-alvo de R$ 29. Segundo o banco, medidas governamentais recentes, como a Medida provisória (MP) 1314, podem aliviar o custo de risco e ampliar o capital até 2026, além de a ação já refletir grande parte dos fatores negativos.

A MP 1314, assinada neste mês pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, autoriza o governo a usar superavit financeiro e recursos livres de bancos para oferecer crédito extraordinário no valor de R$ 12 bilhões para produtores rurais prejudicados por eventos climáticos.

Fonte: Infomoney

BB oferece experiência personalizada para produtores rurais no App

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O Banco do Brasil lança uma nova experiência em seu aplicativo voltada ao público agro. Produtores rurais de todo o país passam a contar com uma página inicial exclusiva no App BB Pessoa Física, com soluções, serviços e conteúdos alinhados às demandas do campo.

Entre as funcionalidades da tela inicial estão:

  • Previsão do Clima Regional, com possibilidade de personalização por cidade;
  • Cotações de Produtos Agro, com dados do Mercado Futuro da B3 sobre commodities como soja, milho, boi gordo e etanol;
  • Atendimento Remoto via WhatsApp, conectando diretamente o produtor com o atendimento especializado agro do BB;
  • Minhas Finanças Agro, ferramenta que permite ao produtor organizar seus lançamentos financeiros com mais precisão;
  • Banner Agro BB, atalho para conteúdo como cursos gratuitos, podcasts sobre o cenário agro, Geomapa Rural e Programa Desenrola Rural.

“A nova página inicial exclusiva reforça o compromisso do BB com o agro e posiciona o Banco como o único a oferecer uma jornada digital customizada para esse público, diretamente no celular do produtor. O nosso objetivo é que o App BB se torne um gerenciador financeiro completo, reunindo informações climáticas, cotações de commodities, análises de mercado, acesso a cursos gratuitos e outras soluções que apoiam a gestão da atividade rural em todos os momentos do ciclo de produção”, afirma Bárbara Freitas, head de Atendimento e Canais Físicos e Digitais do BB.

Essa é mais uma etapa do processo de personalização da experiência do cliente no App BB. Esse movimento teve início em 2024, quando o Banco aprimorou a jornada para maior atratividade pelo público jovem e anunciou novas funcionalidades para promover a inclusão e a acessibilidade do público PcD.

Com as novas funcionalidades para o público PcD, o App BB conquistou ouro no Stevie Awards 2025, uma das principais premiações globais voltadas à inovação em serviços. Mais de 900 mil clientes ativaram as funcionalidades até o momento, tornando o BB referência em acessibilidade digital.

Fonte: Banco do Brasil

Defensoria e BB iniciam tratativas para parcerias na área de sociobioeconomia

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A Defensoria Pública do Estado do Amazonas (DPE-AM) e o Banco do Brasil (BB) deram início às tratativas para realização de futuras parcerias nas áreas de sociobioeconomia e sustentabilidade. Representantes do banco reuniram, no dia 29 de setembro, com o Defensor Público Geral, Rafael Barbosa, e com o defensor Carlos Almeida Filho, titular da Defensoria Especializada em Interesses Coletivos, na sede administrativa da instituição, em Manaus.

“Recebemos com muita satisfação a presença dos representantes do Banco do Brasil e o interesse em colaborar com iniciativas que terão impacto social e ambiental muito importante. A população do Amazonas tem muito a ganhar com essas parcerias”, destacou Rafael Barbosa.

A pauta que motivou a reunião foi o Cinturão Verde. O interesse do banco em participar do projeto foi manifestado ainda no início do mês, após a realização de uma audiência pública sobre o tema.

“Durante a reunião, os representantes do banco deixaram muito claro que têm uma preocupação com o desenvolvimento de projetos voltados para a preservação do meio ambiente e desenvolvimento na Amazônia, que é justamente o que o projeto Cinturão Verde está fazendo”, destacou o defensor Carlos Almeida Filho, que é coordenador do Cinturão Verde.

“Os representantes do banco mostraram interesse em conhecer o projeto na íntegra e debater com a direção da instituição a respeito de qual é o tipo de aporte para o investimento no projeto”, observou.

O gerente-geral de Governo do Banco do Brasil no Amazonas, Gilberto Figueiredo, contou que acompanhou a audiência pública do Cinturão Verde realizada no dia 2 de setembro.

“Naquela ocasião, pudemos observar que aquilo que a Defensoria está construindo no âmbito do projeto tem muita aderência a todo o trabalho que fazemos dentro do Hub de Bioeconomia do Banco do Brasil”, disse.

“Então, aproveitamos aquela oportunidade e provocamos o defensor Carlos Almeida para que tivéssemos uma segunda conversa, para que pudéssemos conhecer um pouco mais detalhadamente sobre o cinturão e apresentar detalhadamente todas as frentes de atuação que temos”, acrescentou.

“Nós temos um Hub de Bioeconomia e vamos verificar de que forma as duas equipes da Defensoria Pública e do Banco do Brasil podem se associar para que se ajudem mutuamente dentro daquilo que são objetivos comuns”, concluiu Figueiredo.

A analista do Hub de bioeconomia do Banco do Brasil, Sheila Litaiff, apresentou o trabalho do novo setor da instituição bancária e algumas das possibilidades de parcerias com a Defensoria Pública no Amazonas.

“Temos muito a contribuir nessa parte do fomento dos agricultores familiares e toda essa cadeia produtiva com os fornecedores, conectando o produtor a um fornecedor, uma prefeitura, ou que algum cliente nosso que possa comprar essa produção e somar com o Cinturão Verde”, disse.

Primeiro passo

Esse contato inicial entre as instituições abrirá uma série de novas tratativas para alinhar e oficializar as parcerias. Várias possibilidades de cooperação foram discutidas.

“Eles querem estar com a Defensoria, querem investir no desenvolvimento da região. Já existem linhas dentro do banco, como Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), cuja implementação com melhor escoamento do investimento precisa do suporte da Defensoria Pública para chegar a quem realmente precisa e que muitas vezes não tem condicionantes para receber o crédito, como os documentos da terra em que produzem”, ressalta Carlos Almeida.

Sobre o Cinturão Verde

O “Cinturão Verde” é uma iniciativa da Defensoria Pública do Estado do Amazonas que busca consolidar uma política pública estruturante para a zona rural de Manaus. O projeto foi concebido como resposta à ausência de continuidade administrativa em programas de preservação e desenvolvimento, propondo um modelo que una proteção ambiental, segurança alimentar e geração de renda em comunidades amazônicas.

A proposta se organiza em três eixos principais:

Identificação de áreas estratégicas – mapeamento das áreas estratégicas, com diagnóstico socioambiental das regiões rurais que apresentam potencial de conservação e produção sustentável;

Apoio às comunidades locais – fortalecimento das comunidades locais, com incentivo à agricultura familiar, à economia solidária e ao cultivo de alimentos saudáveis em pequena escala, reduzindo a dependência de cadeias externas de abastecimento;

Proteção socioambiental – proteção socioambiental, buscando evitar pressões de desmatamento, prevenir conflitos fundiários e promover condições dignas de vida para as famílias.

Além da preservação ambiental, o “Cinturão Verde” também pretende atuar como um mecanismo de justiça social, garantindo alternativas econômicas e maior autonomia para comunidades que historicamente sofrem com a falta de políticas públicas. A meta da Defensoria é que o projeto esteja consolidado até 2026 como referência estadual em sustentabilidade e inclusão social, servindo de modelo para outras regiões da Amazônia.

Fonte: Defensoria de Manaus

Cassi apresenta modelo de cuidado a parlamentares com história no BB

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A CASSI recebeu no dia 24 de setembro, a visita de deputados federais com forte relação com o maior plano de autogestão do país, Reimont Luiz Otoni (PT-RJ) e Tadeu Veneri (PT-PR). Na apresentação aos parlamentares, o presidente da CASSI, Claudio Said, destacou a abrangência do plano, disponível para 922 mil pessoas, somando 575 mil participantes diretos e os beneficiários de outras 30 operadoras de autogestão atendidos por meio de convênios de reciprocidade.

Said mostrou a estrutura de atendimento, com 28 mil credenciados – a maior rede do país -, Telessaúde 24 horas e 63 serviços próprios que estão sendo ampliados e recebendo melhorias para levar a atenção primária à saúde a 100% dos participantes. “Investimos onde importa e nosso propósito é inegociável: promover a saúde do participante em todas as fases da sua vida. Não há outra finalidade que não seja essa”, reforçou Said. O resultado dos investimentos em estudos populacionais recentes também foi apresentado aos parlamentares, como recurso que tem permitido identificar, por meio de inteligência artificial, as doenças recorrentes e a predisposição de adoecimento futuro nos participantes. Essas pessoas passam a ser acompanhadas para evitar o desenvolvimento ou agravamento das doenças, explicou.

“A CASSI não é somente um patrimônio dos funcionários e aposentados do Banco do Brasil, mas da sociedade. Dá um aporte de grande estabilidade e confiança para os trabalhadores e, diferentemente dos planos que visam lucro, ela visa o bem dos funcionários e por isso é extremamente necessária”, disse o deputado paranaense, Tadeu Veneri, aposentado do BB e que contou com a CASSI para cuidar da sua saúde e dos quatro filhos, nascidos todos com a cobertura do plano. “A CASSI foi a principal referência para mim e para a minha família, sempre espaço de acolhimento, que nos deu a segurança de ter atendimento quando precisávamos. E segue sendo a melhor âncora para os trabalhadores do Banco do Brasil, uma certeza de que terão assistência médica quando necessário.”

O deputado Reimont, também aposentado do BB e associado à CASSI, destacou a importância da Instituição para o país como promotora de saúde. “A grandiosidade dessa empresa está na perspectiva da prevenção com que atua, pois esse é o caminho”, disse. Ele também falou da necessidade de aumentar a sensibilização do parlamento para a realidade das autogestões. “A autogestão é solução para a saúde e confirmamos, nessa apresentação, a competência da gestão deste que é um plano de vida, mais do que um plano de saúde.”

A presidente do Conselho Deliberativo da CASSI, Graça Machado, defendeu a valorização da Instituição também pelo seu modelo solidário. “A CASSI é um plano de saúde solidário. É uma gestão participativa. É uma gestão de empregados e patrocinador, compartilhada, que precisa ser defendida por quem defende a democracia. Nosso plano de saúde é, sem dúvida, o melhor plano de saúde do Brasil”

Participaram do encontro os diretores da CASSI, Alberto Júnior, Fernando Amaral e Hugo Pena Brandão, André Machado, gerente executivo de Relações Institucionais do Banco do Brasil. A Associação Nacional dos Participantes de Fundos de Pensão e dos Beneficiários da Saúde Suplementar (Anapar) também foi convidada e esteve representada por Marcel Barros, presidente da associação. Após a apresentação, na Sede da CASSI, os visitantes conheceram a CliniCASSI Brasília, referência para atendimento dos participantes na Capital Federal.

Fonte: Cassi

Banco do Brasil projeta ROE de até 13% em 2025, mas analistas duvidam

Publicado em: 26/09/2025

O Banco do Brasil (BBAS3) realizou na última quarta-feira (24) seu Investor Day em Nova York, reforçando a percepção de que 2025 será um ano de transição delicada para a instituição.

Analistas do BTG Pactual e da XP Investimentos destacam que o banco enfrenta um cenário de estresse, principalmente em sua carteira de agronegócio, e que uma recuperação mais sólida só deve acontecer a partir de 2026.

Segundo relatório do BTG, os executivos do BB afirmaram que cerca de 50% das provisões estão concentradas no agronegócio, segmento pressionado por:

  • queda das commodities,
  • custos de produção elevados,
  • impactos climáticos recentes,
  • e o efeito retardado do aperto monetário de 2024.
  • O banco também sofreu com a rápida expansão da carteira agro, que passou de R$ 150 bilhões para mais de R$ 450 bilhões em apenas três anos, movimento que acabou elevando o nível de inadimplência.

Respostas do banco


Para lidar com os desafios, o Banco do Brasil afirmou estar adotando medidas como:

  • exigência de garantias mais robustas nas concessões de crédito,
  • revisão de processos internos,
  • e a utilização de uma matriz de resiliência baseada em inteligência artificial (IA), capaz de classificar clientes em quatro categorias e orientar desde a originação até a recuperação do crédito.
  • Apesar do ambiente adverso, o BB reafirmou sua meta de Retorno sobre o Patrimônio Líquido (ROE) entre 11% e 13% em 2025.

O BTG, no entanto, projeta um ROE mais baixo, de 10,6%, e lucro líquido de R$ 19,7 bilhões, contra a projeção oficial de R$ 21 a R$ 25 bilhões. Para atingir o piso dessa meta, o banco precisaria acelerar resultados já no quarto trimestre, cenário visto com cautela por investidores.

Visão da XP: “ponto de inflexão”

A XP Investimentos avaliou que o Banco do Brasil enxerga 2025 como um “ponto de inflexão”, ano no qual pretende restaurar rentabilidade, fortalecer capital e preparar a retomada de crescimento a partir de 2026.

A corretora ressaltou a ênfase do banco em frentes como:

  • expansão do crédito consignado privado,
  • diversificação de receitas,
  • e transformação digital.

  • Ainda assim, a XP alerta que a desaceleração macroeconômica e os juros elevados continuarão pressionando as carteiras de pessoas físicas e PMEs, aumentando a necessidade de provisões no curto prazo.

Recomendação dos analistas

Diante desse cenário, tanto BTG quanto XP mantêm recomendação neutra para o BB. O BTG projeta preço-alvo de R$ 23, enquanto a XP indica R$ 25.

Na visão das casas, apesar da resiliência estrutural do Banco do Brasil, a visibilidade segue limitada, e outros bancos privados, como o Itaú (ITUB4), apresentam melhor posicionamento competitivo neste momento.

Fonte: Investidor 10

BB: analistas reforçam 2025 como ano de transição diante de fragilidade no agronegócio

Publicado em: 25/09/2025

O Banco do Brasil (BBAS3) realizou na última quarta-feira (24) seu Investor Day em Nova York, em um momento considerado de “transição” para a instituição.

De acordo com os analistas do BTG Pactual e da XP Investimentos, o encontro reforçou a visão de que 2025 funcionará como um verdadeiro “teste de estresse”, sobretudo para a carteira de agronegócio, e que uma recuperação mais consistente deve vir apenas a partir de 2026.

Segundo relatório divulgado pelo BTG, os executivos do BB destacaram que cerca de 50% das provisões estão hoje ligadas ao agro, impactado pela queda das commodities, custos elevados, choques climáticos e pelo aperto monetário tardio em 2024.

A rápida expansão da carteira — que saltou de R$ 150 bilhões para mais de R$ 450 bilhões em apenas três anos — também contribuiu para o aumento da inadimplência.

A resposta, segundo os executivos, inclui a exigência de garantias mais robustas, revisão de processos e uso de uma matriz de resiliência apoiada por inteligência artificial (IA), que classifica clientes em quatro categorias e orienta desde a originação até a recuperação de crédito.

Apesar do cenário adverso, o banco reiterou a projeção de Retorno sobre o Patrimônio Líquido (ROE) entre 11% e 13% em 2025. O BTG, porém, projeta ROE de 10,6% no ano e lucro líquido de R$ 19,7 bilhões, abaixo do intervalo oficial de R$ 21 a R$ 25 bilhões.

Para alcançar o piso da meta, o BB teria de acelerar o resultado no quarto trimestre, algo visto com ceticismo por investidores. Os executivos apostam na recuperação da companhia no próximo ano, sustentada pelo modelo diversificado e pelo reforço de capital.

‘Ponto de inflexão’

A XP avaliou que o banco encara 2025 como um ponto de inflexão, com o objetivo de restaurar rentabilidade, flexibilidade de capital e ímpeto de crescimento a partir de 2026.

A casa destacou a ênfase do BB no consignado privado, na diversificação de receitas e na transformação digital. Ainda assim, a XP vê desafios no curto prazo.

A desaceleração macroeconômica e os juros altos seguem afetando as carteiras de pessoas físicas e pequenas e médias empresas (PMEs), exigindo provisões maiores.

Diante disso, tanto BTG quanto XP mantêm recomendação neutra para BBAS3, com alvos de R$ 23 por parte do BTG e R$ 25 pela XP. Na visão das casas, apesar da resiliência, a visibilidade segue limitada e outros bancos, como Itaú (ITUB4), oferecem melhor posicionamento neste momento.

Fonte: Money Times

BB avalia IPO de unidade de consórcios para reforçar resultados

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O Banco do Brasil (BBAS3) está explorando meios de reforçar o resultado após o forte baque no balanço do segundo trimestre, e entre as alternativas estudadas está um novo spin-off, dessa vez da sua unidade de consórcios.

No seu Dia do Investidor, realizado na quarta-feira (24) em Nova York, a gestão do BB comentou a contribuição positiva de subsidiárias, como BB Seguridade (BBSE3) e Cielo, e não descartou a possibilidade de desmembramento do BB Consórcios — negócio descrito pelo Goldman Sachs como “altamente lucrativo”. Segundo o banco, a divisão de consórcios respondeu por 2% das receitas e 4% do lucro líquido em 2024.

Na avaliação da Genial Investimentos, um IPO do BB Consórcios poderia reforçar o capital do Banco do Brasil, ajudando a mitigar parte da pressão adicional esperada para 2026, estimada em cerca de – 105 pontos-base no índice de capital principal (CET1). Esse impacto resulta do fim do programa CGPE (–60 bps), do segundo ano de efeito da Resolução 4.966 (–25 bps), da devolução de instrumentos híbridos (–10 bps) e do aumento do risco operacional regulatório (–10 bps).

Inadimplência do agro

Um dos principais pontos para o BB, no entanto, é reduzir a inadimplência do agro, com a expectativa por mudanças regulatórias que ajudem a reduzir a pressão sobre provisões.

No início do ano, houve aumento inesperado de inadimplência e casos de recuperação judicial, concentrados em cerca de 20 mil clientes, com 52% do índice de inadimplência (NPL) no Centro-Oeste e Sul. Cerca de 50% do aumento veio de soja, milho e pecuária. Dos NPLs de 90 dias de recuperação judicial (R$ 5,4 bilhões em 808 clientes), 90% estão provisionados.

Diante desse cenário, o Banco do Brasil adotou uma série de ajustes, entre os quais:

  • implementou a matriz de resiliência como filtro para aprovação de crédito;
  • revisou o processo de cobrança, unificando fluxos de varejo e atacado; intensificou o uso de Inteligência Artificial na concessão;
  • reforçou as garantias, migrando gradualmente de hipoteca para alienação fiduciária — já presente em 60% dos desembolsos do Plano Safra 25/26, ante 31% no ciclo anterior;
  • passou a ser mais seletivo nos novos desembolsos, com precificação ajustada ao perfil do cliente;
    ampliou o engajamento em ações legais e protestos.

O Banco do Brasil reiterou a projeção de crescimento de 3 a 6% para empréstimos rurais em 2026. Atualmente, o banco é o maior do segmento, com 49% de participação de mercado e carteira de R$ 405 bilhões, embora tenha perdido participação devido à concorrência mais forte, mesmo com aumento de volumes.

Em termos de qualidade, o crédito rural representou 47% da perda esperada no 2T25 e atingiu saldo de inadimplência de 90 dias de R$ 12,7 bilhões em junho. Dentro da carteira de pessoas físicas, o crédito agrícola respondeu por 29% da inadimplência, mas apenas 6% dos empréstimos, evidenciando o impacto do deterioramento rural no segmento de varejo.

Dividendos

Em relação ao capital, os executivos reiteraram que a geração orgânica de lucros é a principal alavanca, com aumento de capital como último recurso.

Já a política de dividendos permanece ancorada em um payout mínimo de 30%. A redução foi uma medida proativa para compensar impactos de 2026 e manter capital acima do mínimo aprovado. Ainda assim, a gestão não descarta distribuição de dividendos extraordinários caso a rentabilidade melhore.

Horizonte a médio prazo continua desafiador

O JPMorgan disse que o encontro não alterou sua visão sobre o banco. O horizonte de curto a médio prazo continua desafiador, e a administração foi transparente quanto a isso. “Por exemplo, mencionou que o 3T25 deve permanecer tão desafiador quanto o 2T25, já refletido nas projeções”, comenta.

Embora mudanças contábeis possam trazer algum alívio ao capital e à margem financeira líquida (NII), o JPMorgan destaca que trata-se apenas de um ajuste contábil, sem impacto real em geração de caixa. Além disso, a visibilidade de parte das carteiras segue limitada.

De modo geral, segundo a XP Investimentos, o BB posiciona 2025 como um ponto de inflexão, com o objetivo de restaurar a rentabilidade, a flexibilidade de capital e o ímpeto de crescimento a partir de 2026.

Valuation

Atualmente, as ações do Banco do Brasil são negociadas a 0,7 vez o P/VPA (Preço sobre Valor Patrimonial) em 2025 e 4,5 vezes o P/L (Preço sobre Lucro) para 2026. O JPMorgan manteve recomendação neutra e preço-alvo de R$ 24.

O Goldman Sachs manteve classificação neutra e com preço-alvo de R$ 20, com as ações negociando a 5,1 vezes P/L estimado para 2026, enquanto o preço-alvo sugere 4,6 vezes. A Genial Investimentos também reiterou recomendação neutra, com preço-alvo de R$ 22.

Por outro lado, o Morgan Stanley disse ter saído confiante do encontro e reiterou recomendação de compra. As ações, agora negociadas a 0,7 vez P/VPA e 6,2 vezes P/L de 2025, parecem atraentes, especialmente em relação à expectativa da administração de um ROE de 15% no próximo ano.

Fonte: Infomoney

BB tem alívio com MP para reduzir inadimplência do agro

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As ações do Banco do Brasil têm encontrado algum alívio após meses de fortes perdas, enquanto investidores apostam que uma medida provisória anunciada pelo governo com foco na inadimplência no agronegócio ajudará a conter as consequências para a massiva carteira de empréstimos rurais do banco.

As ações subiram cerca de 8,2% desde que o governo anunciou a MP em 5 de setembro, que autoriza novas fontes de financiamento para quitar ou reduzir dívidas agrícolas.

A alta se compara a um avanço de 3% no Ibovespa no mesmo período, e ajudou a diminuir para cerca de 25% uma queda dos papéis que começou em maio, quando o banco divulgou os resultados do primeiro trimestre e retirou as projeções dadas no início do ano.

A partir da nova medida do governo, o analista do Citi Gustavo Schroden elevou a recomendação das ações de neutra para compra na quarta-feira.

“Uma adição relevante ao programa poderia normalizar o custo de risco do Banco do Brasil, o que poderia se traduzir em lucros maiores do que as estimativas de consenso para 2026”, disse Schroden em um relatório.

Em resposta a dificuldades nas safras devido a questões climáticas e às altas taxas de juros, o governo lançou uma linha de crédito com garantia do Tesouro Nacional de R$ 12 bilhões para ajudar a renegociar as dívidas do setor do agronegócio.

Espera-se que outros R$ 20 bilhões venham de recursos próprios dos bancos, onde cada real renegociado se traduzirá em um crédito tributário que poderá ajudar a aliviar as pressões de capital.

O Banco do Brasil espera ser beneficiário de cerca de metade da linha com garantia do Tesouro Nacional, dado que atende a metade dos produtores rurais a quem a medida é direcionada, disse a presidente do banco, Tarciana Medeiros, em uma entrevista ao Broadcast.

“Entendemos que esses últimos anúncios podem ser bastante favoráveis ​​para o Banco do Brasil”, escreveram analistas do Banco BTG Pactual liderados por Eduardo Rosman em relatório de 9 de setembro.

Apesar da recente alta nas ações, a relação preço/valor patrimonial do Banco do Brasil ainda está abaixo do de seus pares do setor privado.

O Banco do Brasil tem passado por meses difíceis. O que começou como uma ameaça a um de seus principais negócios foi agravado por tensões políticas.

Os problemas se agravaram depois que o governo americano aplicou a Lei Magnitsky ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), adicionando ainda mais incerteza ao Banco do Brasil. O banco estatal administra a folha de pagamento de funcionários do governo federal, incluindo Moraes.

Fonte: Bloomberg Línea

Era unânime ouvir do mercado que o BB não cobrava dívidas, diz CEO

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A presidente do Banco do Brasil (BB), Tarciana Medeiros, afirmou que o banco mudou de forma radical sua postura em relação a garantias e cobrança de dívidas. A declaração aconteceu nesta quarta-feira (24) no Investor Day do BB, evento em Nova York que reúne investidores institucionais e analistas de mercado.

“Era quase unânime ouvir do mercado que o Banco do Brasil não buscava garantia, que o Banco do Brasil acabava não cobrando. Isso mudou e mudou radicalmente. A gente busca garantia e a gente tem cobrado, sim, de forma intensiva”, disse a executiva.

Segundo Medeiros, 2025 tem sido “um ano de ajustes” para o banco, diante de uma trajetória de inadimplência atípica. “Tivemos crescimento de inadimplência a partir de abril de 2025 completamente fora do que tínhamos visto anteriormente”, afirmou.

No agro, acrescentou, o cenário incluiu “um movimento diferente em recuperação judicial”, que exigiu medidas adicionais. Entre as ações adotadas, a executiva destacou a revisão dos modelos de risco e a unificação das esteiras de cobrança. “Fizemos ajustes nos nossos modelos de risco e uma revisão completa na nossa esteira de cobrança”, disse.

Ela ressaltou ainda o uso de inteligência artificial (IA) na concessão de crédito. “A expertise em concessão de crédito, agora intensificada com IA, faz com que tenhamos ganho exponencial”, afirmou, ao citar que o banco passou a adotar um modelo de crédito seletivo, com preço ajustado ao perfil de cada cliente.

Medeiros também lembrou a decisão de suspender o “guidance” (projeções) no início do ano, após a divulgação dos resultados do primeiro trimestre. “Percebemos um descolamento da inadimplência em relação ao que havíamos planejado. Foi uma decisão difícil, mas estrategicamente necessária”, disse.

Correção de rota

Durante o Investor Day, Felipe Prince, vice-presidente de controles internos e gestão de riscos do Banco do Brasil (BB), afirmou que o banco está preparado para enfrentar a inadimplência no agronegócio. “O banco, ele demonstra muita resiliência para enfrentar esse ciclo de baixa do agronegócio de uma forma bastante robusta. E isso, inclusive, pela absorção que nós estamos fazendo durante 2025 no volume de provisões atreladas a esse segmento”, disse.

O executivo afirmou que, em 2025, o risco “extrapola” o ponto entendido como ótimo para o banco para geração do risco-retorno, mas que esse risco deve diminuir à frente. “Todas as medidas estão sendo adotadas para que a gente possa trazer novamente esse risco para a nossa média, que está ali em torno de 2,7% e 3%. A gente já estima para 2025 esse risco mais elevado, ou seja, o risco da carteira, ele deve ficar entre 4,7% e 5%”, disse.

Prince ressaltou que aquilo que está “machucando o risco” hoje é a carteira de agronegócio, e ainda que 75% dos clientes inadimplentes nunca haviam atrasado com o banco. “O que mostra que efetivamente tem um comportamento novo em função do cenário, mas parte também em função de medidas como a recuperação judicial, que nós entendemos que não é a mais saudável e não é a que traz perenidade e sustentabilidade para a atividade do campo.”

Para enfrentar o cenário, Prince disse que o BB reforçou garantias e cobranças. “Nós reforçamos a nossa esteira de cobrança para que a gente possa ser mais agudo, mais incisivo, ativando processos de execução e também reforçando as garantias na concessão, notadamente com a migração gradativa do portfólio”, disse.

“É isso que nos dá confiança para que a gente enfrente esse momento e possamos fazer a recuperação, inclusive, dos nossos clientes.”

Prince disse ainda que a crise de crédito no agronegócio tem se espalhado para outras carteiras, atingindo inclusive pessoas físicas. Segundo ele, como os produtores financiam veículos, tomam empréstimos para diversas finalidades e utilizam cartão de crédito, as dificuldades no campo acabam contaminando outros segmentos.

Apesar disso, Prince destacou que o impacto é “pequeno e bem administrado, mesmo a gente enfrentando a maior crise de crédito do agronegócio dos anos recentes”.

Atualmente, produtores rurais representam 6% da carteira de pessoa física do banco, mas concentram 29% da inadimplência desse segmento.

O executivo disse ainda que o BB vem promovendo ajustes para corrigir a rota e ampliar a geração de margem líquida dos portfólios. Ele reforçou que a prioridade do banco é manter a rentabilidade, garantindo que a receita seja compatível com os riscos assumidos.

A presidente do BB afirmou que as Medidas Provisórias (MPs) de renegociação de crédito rural anunciadas pelo governo terão impacto além do banco. “É importante a gente lembrar que o Banco do Brasil tem 50% desse mercado, mas há 50% no mercado como um todo. Então, a medida vem beneficiar todo o mercado financeiro”, disse.

Ela ressaltou que os produtores atendidos também operam em outras instituições. “Esse cliente não é cliente só do Banco do Brasil, ele opera no mercado financeiro. Esse trabalho também, em parceria com as demais instituições, é importante para que a gente evite que esse produtor entre numa nova situação de inadimplimento nos próximos anos”, afirmou.

O vice-presidente de agronegócios, Gilson Bittencourt, disse que a expectativa é de melhora gradual. “A partir de outubro, quando as duas medidas estiverem já completamente em vigor, nós vamos estar entrando numa nova fase. Nós não esperamos um resultado efetivo em 2025, por isso que a gente está destacando muito a recuperação a partir de 2026”, disse.

Bittencourt disse que o banco tem expectativa de captar entre 40% e 50% dos recursos previstos na Medida Provisória (MP) 1.314, de R$ 12 bilhões em crédito. “A nossa expectativa é ficar entre 40% e 50% desses 12 bilhões virem para o Banco do Brasil”, afirmou.

A linha, afirmou, deve beneficiar sobretudo grandes produtores que já operam a taxas livres, enquanto os recursos subsidiados atenderão agricultores de municípios afetados por perdas climáticas. “O banco hoje tem algo em torno de 20 bilhões de inadimplência no crédito rural e cerca de 57 bilhões de operações prorrogadas nos últimos anos”, disse Bittencourt.

Ele destacou que, apesar do nível de inadimplência, mais de 96% dos produtores estão pagando em dia. “Nesses primeiros dois meses e meio, a gente já desembolsou cerca de R$ 45,2 bilhões para o setor rural, dos quais R$ 39,2 bilhões em crédito rural e CPR [Cédula de Produto Rural]”, disse.

Sobre a próxima safra, o executivo avaliou que a perspectiva é positiva, com estimativa da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) de novo recorde em milho e soja. “Essas questões ligadas à inadimplência não são do agro como um todo. O agro continua produzindo, continua avançando”, afirmou.

Fonte: Valor Econômico

Banco do Brasil pode revisar política de dividendos a partir de 2026

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O Banco do Brasil (BBAS3) pode revisar sua política de dividendos a partir de 2026, segundo o vice-presidente financeiro da instituição, Geovanne Tobias. O executivo destacou a possibilidade durante evento com investidores realizado em Nova York nesta quarta-feira (24).

De acordo com Tobias, a decisão estará vinculada ao desempenho da carteira de pessoa física do Banco do Brasil. Ele ressaltou que o Conselho de Administração será responsável por definir a política, mas que há espaço para ajustes dependendo da lucratividade alcançada.

O executivo afirmou ainda que, além de uma eventual revisão da política mínima de dividendos, não estão descartados pagamentos extraordinários a partir de 2026, caso os resultados superem as expectativas.

“Isso não significa que eu não possa, dependendo de resultados extras que venham a acontecer, pagar um dividendo adicional em 2026, o que resultaria em um ‘payout’ maior no fim do ano”, disse o executivo.

2025 é o ano ‘mais desafiador’ para o Banco do Brasil

Durante o encontro, Tobias classificou 2025 como o período mais difícil já enfrentado pelo Banco do Brasil. Segundo ele, o desempenho do terceiro trimestre deve se manter em linha com o do segundo, ainda pressionado pelo setor do agronegócio.

A expectativa do banco, no entanto, é de melhora a partir do quarto trimestre, com estabilização da inadimplência do agronegócio. Esse movimento poderia contribuir para resultados mais consistentes nos próximos balanços.

“Do quarto trimestre em diante, esperamos uma estabilização da inadimplência no agronegócio, permitindo trazer mais resultados para o nosso balanço”, disse ele.

O vice-presidente destacou também que a prioridade da instituição é reforçar a base de capital com geração de lucros. Para ele, a sustentabilidade do crescimento depende da retomada da rentabilidade, considerada essencial para financiar a expansão dos negócios.

Citi revisa recomendação para ações BBAS3

Na semana passada, o Citi revisou sua avaliação sobre o Banco do Brasil. O banco norte-americano elevou a recomendação para os papéis de neutra para compra, em relatório divulgado na semana passada.

A decisão foi influenciada por medidas recentes do governo, incluindo uma medida provisória que prevê R$ 12 bilhões em apoio ao setor agropecuário. O programa deve atender até 100 mil produtores, especialmente pequenos e médios, com linhas de crédito a juros reduzidos e prazos mais longos, e deve beneficiar os papéis do Banco do Brasil (BBAS3).

Fonte: Suno Research

Chefe do Banco do Brasil aposta em agenda de gênero em NY

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Presidente do Banco do Brasil, Tarciana Medeiros participou, nesta semana, da reunião de alto nível da plataforma Women in Finance, iniciativa liderada pelo Ministério da Fazenda em parceria com o PNUD e outros organismos internacionais.

Com 40% da diretoria executiva composta por mulheres, Tarciana apresentou os avanços do BB como exemplo de transformação e reforçou o papel da equidade como estratégia de negócios.

“Equidade é frequentemente tratada como inclusão social ou como um favor às mulheres. Mas precisamos ressignificar a agenda de mulheres nas finanças como uma prioridade de negócios. A paridade gera resultados financeiros”, diz Tarciana Medeiros.

Fonte: Veja