Banco do Brasil vai desdobrar ações agora em abril

Publicado em: 11/04/2024

O Banco do Brasil (BBAS3) confirmou que vai realizar em 15 de abril o desdobramento (“split”) de 100% de suas ações negociadas na bolsa de valores.

Essa operação já era prevista desde dezembro do ano passado, foi aprovada em Assembleia Geral Extraordinária (AGE) em 2 de fevereiro deste ano e agora recebeu o aval do Banco Central (BC)

Em suma, conforme a instituição financeira em fato relevante, cada investidor vai receber uma nova ação do banco. Isso sem alterar o patrimônio do BB e a participação percentual dos acionistas.

“Com a efetivação do split, o capital social do banco passará a ser dividido em 5.730.834.040 (cinco bilhões, setecentos e trinta milhões, oitocentos e trinta e quatro mil e quarenta) ações ordinárias representadas na forma escritural e sem valor nominal”, aponta o BB.

“A data-base para a efetivação do split das ações será em 15 de abril de 2024. A partir do dia 16 de abril de 2024, as ações do BB passarão a ser negociadas refletindo o desdobramento (ex-split)”, acrescenta a instituição.

Entre as razões para o desdobramento das ações do Banco do Brasil está o aumento de liquidez
na bolsa. Ou seja, com mais papéis em circulação, os preços tendem a ficar mais acessíveis.

Do mesmo modo, o banco espera aumentar sua base de acionista com a operação.

Nesta segunda-feira (8), uma semana antes do “split”, as ações do BB eram negociadas acima de R$ 58,00.

O movimento vem em um momento positivo para os papéis da instituição pública. Em 2024, eles avançam mais de 5%, enquanto o Ibovespa, índice de referência da bolsa cai acima de 4%.

Simultaneamente, essa diferença fica ainda mais evidente levando em conta o acumulado nos últimos 12 meses: salto de quase 60% contra alta perto de 30%.

Fonte: Inteligência Financeira

BB e Itaú devem seguir liderando ganhos do setor na Bolsa, segundo especialistas

Publicado em: 18/08/2023


A divulgação dos balanços do segundo trimestre de 2023 pelos grandes bancos brasileiros reforçou a visão positiva dos analistas para o desempenho das ações do Itaú e do BB (Banco do Brasil) na Bolsa de Valores. A dupla entregou os melhores resultados do setor, com crescimento saudável da carteira de crédito e controle da inadimplência, o que abre espaço para que os papéis sigam na recente trajetória positiva —no ano, até 11 de agosto, Itaú acumula alta de 13%, enquanto BB sobe 42,4%.

Bradesco e Santander, por outro lado, mostraram números negativos e ainda mais pressionados, com a atuação agressiva no mercado quando os juros estavam nas mínimas se refletindo agora em maior necessidade de reservas para se proteger contra calotes, o que pressiona a lucratividade das operações. Nesse cenário, as ações do Bradesco têm alta de 6,9% em 2023 e as do Santander sobem 0,11%. O Ibovespa avança 7,6% no período.

José Eduardo Daronco, analista da Suno, afirma que o ritmo dos últimos meses quanto ao desempenho das ações dos grandes bancos deve se manter no restante do ano, com performances mais positivas de Itaú e BB, e mais fracas para Bradesco e Santander.

Segundo ele, o BB tem se destacado principalmente pela atuação relevante no agronegócio, que tem sido o maior responsável pelo crescimento da economia, e também pela base relevante de clientes formada por servidores públicos. “Neste ano, os funcionários públicos federais receberam um aumento salarial, o que aumenta os pedidos de empréstimos e financiamentos”, diz Daronco.

Chefe de análise de ações da Órama, Phil Soares pondera que, apesar do forte resultado do banco público, o risco político intrínseco ao ativo, por estar sob controle do governo, o faz preferir as ações do Itaú dentro do setor.

Sócio e analista de ações da Nord, Guilherme Tiglia acrescenta que, embora não tenha havido até aqui indícios claros de interferência política do governo Lula, o risco por se tratar de uma estatal sempre estará presente no caso do BB. Por isso, apesar dos bons resultados do banco público, a preferência do analista da Nord também recai sobre o Itaú.

Considerando os números apresentados pelo maior banco privado do país, Soares estima que as ações têm potencial de se valorizar entre 20% e 30% ao longo dos próximos 12 meses. “É um patamar bastante bom de valorização, em especial se levarmos em conta que o setor financeiro já está bem consolidado e não tem grandes pernadas de crescimento”, afirma o especialista.

Daronco acrescenta que o Itaú tem uma carteira mais voltada para um público de alta renda, de modo que o aumento da inadimplência não tem impactado tanto o banco quanto os pares privados. “Além disso, o Itaú possui uma maior exposição a outros países, principalmente o Chile, que tem se traduzido em bons resultados”.

Em sentido totalmente distinto, prossegue o analista da Suno, Bradesco e Santander possuem uma carteira de crédito mais arrojada, focada nas classes C,D,E, e, após uma gestão mais agressiva na concessão de crédito durante a pandemia, acabaram sendo muito mais afetados pelo momento de alta da inadimplência.

Eduardo Siqueira, analista da Guide, afirma que Bradesco e Santander aumentaram nos anos recentes a oferta de crédito de “maneira desenfreada”, sem o devido controle de risco, em linhas mais arriscadas como cartões, empréstimo pessoal e cheque especial. “Isso fez com que os dois bancos tivessem que aumentar muito o provisionamento [reservas contra calotes]”, afirma Siqueira. Ele acrescenta que agora a postura da dupla é de uma seletividade maior nas concessões, mas ressalta que ainda deve demorar alguns meses até que a carteira seja renovada com créditos de melhor qualidade. “A gente prefere entrar em bancos que estão em momentos operacionais fortes”, diz o analista da Guide, citando Itaú e BB como os preferidos.

Analista da Levante, Matheus Nascimento afirma que a recomendação é evitar as ações de Bradesco e Santander por enquanto, tendo em vista que o nível de rentabilidade de ambos, que já ficou mais próximo de 20%, hoje oscila ao redor de 11%.

Embora a expectativa do mercado seja de uma melhora do indicador conforme os atrasos comecem a recuar, essa melhora deve vir ainda um pouco mais à frente, em meados de 2024, prevê Nascimento, que também tem uma visão mais positiva para Itaú e BB.

Itaú e BB conseguiram navegar melhor o ambiente macroeconômico dos últimos anos, em especial no período em que a pressão inflacionária corroeu o poder de compra da população, com maior seletividade na concessão de crédito e aumento antecipado dos provisionamentos, afirma o analista da Levante. Ele estima um preço justo em torno de R$ 33 para Itaú e de R$ 61 para BB, o que embute um potencial de valorização de 20% e 28%, respectivamente.

Em linha com os pares, Milton Rabelo, analista da VG Research, diz que, para o segundo semestre de 2023, Banco do Brasil e Itaú devem continuar com dinâmicas mais positivas. Porém, para um horizonte de médio e longo prazo, diante da transição do ciclo monetário, ele avalia que Santander e Bradesco podem surpreender positivamente, com a queda dos juros impactando positivamente a inadimplência e o ritmo de crescimento das carteiras de crédito.

Soares, da Órama, também vê espaço para uma recuperação de Santander e Bradesco um pouco mais à frente. Para o investidor que tem estômago para aguentar uma eventual deterioração adicional das ações no curto prazo, para se aproveitar posteriormente de uma possível retomada, o chefe de análise diz que prefere a aposta em Bradesco, por considerar que os papéis do banco negociam com um desconto maior em relação ao seu potencial do que o Santander.

Soares diz que o banco da Cidade de Deus, em Osasco, nunca negociou a níveis tão descontados como os atuais. “O momento é bastante favorável para investir nas ações do Bradesco, se o investidor acredita que o banco vai realmente se recuperar.”

Fonte: Folha de S.Paulo

BB é listado pela 8ª vez no Índice de Sustentabilidade da Bolsa de Valores

Publicado em: 04/08/2023


O Banco do Brasil foi listado pelo oitavo ano consecutivo no FTSE4 Good Index Series, índice da bolsa de valores de Londres que avalia e classifica as empresas com melhores práticas ambientais, sociais e de governança corporativa (ESG, na sigla em inglês).

O indicador é utilizado por investidores do mundo todo para identificar companhias que pratiquem esses valores e serve de referência para fundos de investimento sustentáveis.

Na edição 2023, o BB foi avaliado nos temas Mudanças Climáticas (Dimensão Ambiental); Cadeia de Fornecedores, Práticas Trabalhistas, Direitos Humanos e Comunidade (Dimensão Social); e Gestão de Riscos, Governança Corporativa e Anticorrupção (Dimensão Governança).

A nota geral do Banco do Brasil foi 4.1 (em uma escala de zero a cinco), com evolução de 0.5 ponto em comparação com a nota de 2022 (3.6). O destaque ficou para a dimensão “Ambiental”, em que o Banco atingiu a nota máxima de 5 pontos.

Compromisso

O vice-presidente de Governo e Sustentabilidade Empresarial do BB, José Ricardo Sasseron, a valia que o resultado reflete o compromisso do BB com um mundo mais sustentável, declarado no Plano de Sustentabilidade – Agenda 30 BB e nos Compromissos de Longo Prazo em Sustentabilidade, com metas estabelecidas até 2030.

“Este reconhecimento é resultado da atuação de todas as áreas do Banco. Nosso destaque no mercado nos incentiva a buscar a melhoria contínua das nossas práticas administrativas e negociais, com o objetivo de auxiliar os nossos clientes, investidores, parceiros e sociedade na transição para um portfólio cada dia mais sustentável.”

Transparência

A permanência do BB no FTSE4 Good Index Series também foi comemorada por Geovanne Tobias, vice-presidente de Gestão Financeira e RI, para quem essa nova listagem é reconhecimento do mercado à decisão do BB de incorporar sustentabilidade à estratégia corporativa, refletindo no equilíbrio entre a geração de resultados econômicos e atuação socioambientalmente responsável.

“A melhoria contínua de nossos processos, produtos e serviços com foco na sustentabilidade dos negócios têm contribuído para que o BB permaneça em posição de destaque em índices, ratings e rankings de mercado”, ressalta Geovanne.

Para o CFO do BB, integrar o FTSE4Good Index é sinalização do reconhecimento às melhores práticas ASG e a transparência de informações do Banco pelo mercado investidor.”

Além deste ranking, o BB está listado em outros índices de sustentabilidade, entre eles o Índice Dow Jones de Sustentabilidade (DJSI), da Bolsa de Nova Iorque, e no Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE), da B3. Ainda, foi a única empresa brasileira a integrar o ranking das 100 corporações mais sustentáveis do mundo – Global 100 2023 pela Corporate Knigths e foi considerado o Banco mais sustentável da América do Sul pela Capital Finance Internacional (CFI.co).

Fonte: Banco do Brasil

Banco puxa Ibovespa ao vermelho, mas Petrobras e Vale aliviam perda

Publicado em: 15/02/2019


O Ibovespa teve uma sessão marcada por verdadeira instabilidade. Em dia de vencimento de opções sobre o índice, os investidores que apostam contra e a favor da bolsa cravaram uma queda de braço nos preços, o que fez o índice tentar uma aproximação dos 97 mil pontos e voltar aos 95 mil pontos em uma única sessão.

No fim do dia, o Ibovespa caiu 0,34%, aos 95.842 pontos. Ao longo do pregão, o índice chegou a cair 0,81%, aos 95.389 pontos. Na máxima, atingida pela manhã, o Ibovespa subiu 0,66%, aos 96.804 pontos. O giro totalizou importantes R$ 15,4 bilhões, em um movimento que ganhou tração justamente após as 15h, horário em que os preços do exercício de opções são definidos.

O vencimento de opções do índice fez com que corretoras grandes movimentassem grandes lotes de ações, acima do negociado nos últimos dias — e os bancos foram o pivô desse movimento. A disputa entre os que apostam a favor e contra a bolsa cresceu nesses papéis porque, por serem líquidos, eles ajudam os investidores a balizar o Ibovespa e colocá-lo no patamar mais adequado a cada posição montada na renda variável.

“Os vendidos [que apostam na queda] tentam ‘travar’ o índice e impedir maiores baixas, enquanto os comprados [que apostam na alta] querem trazer o preço mais para cima. É uma dinâmica que existe sempre na bolsa, mas costuma crescer em dias de vencimento para que o investidor possa conseguir exercer suas opções”, diz um operador.

No setor bancário, Bradesco ON encerrou em baixa de 0,84%, enquanto Bradesco PN caiu 1,55%. Já Itaú Unibanco PN recuou 2,28%, ao passo que Banco do Brasil ON cedeu 2,27%.

Já as empresas mais ligadas ao ambiente internacional ajudaram o Ibovespa a não aprofundar as baixas. No caso da Vale e da Petrobras, por exemplo, houve ganho de tração depois da abertura positiva das bolsas americanas, que deu fôlego à negociação de ativos de renda variável globalmente e garantiu fluxo aos emergentes.

A Vale ON subiu 2,69%. A Petrobras ON ganhou 2,37%, enquanto a PN da estatal avançou 1,28%. No caso da petroleira, o fato de a ON, preferida no geral pelos investidores estrangeiros, ter subido mais do que a PN, muito negociada por fundos locais, é um indício do efeito que o exterior teve hoje no mercado local.

Já em relação à Vale, os investidores também operam as ações de olho no nível de desconto do papel, sobretudo após as intensas perdas das duas últimas semanas. A ação tem tentado respeitar os fundamentos da companhia e encontrar um ponto de equilíbrio, depois de sucessivas quedas por causa do rompimento da barragem da empresa em Brumadinho (MG). Os investidores ponderam, de um lado, a capacidade produtiva da mineradora e, de outro, os efeitos da tragédia para as operações da empresa.

Outro pano de fundo dos negócios é a expectativa quanto à reforma da Previdência. Relatos nas mesas de operação mostram que os investidores seguem confiantes de que a reforma sairá, mas ainda há dúvidas de qual será a idade mínima para liberação das aposentadorias. De um lado, o mercado confia que o ministro da Economia, Paulo Guedes, lutará por um ajuste mais agressivo, enquanto o presidente Jair Bolsonaro sinaliza idades diferentes para homens e mulheres. A saída do presidente do hospital hoje reforça o debate e mantém o tema como prioridade das agendas.

Na cena corporativa, a BRF ON ficou entre os destaques negativos da sessão, em queda de 3,22%. A detecção de um tipo de bactéria salmonela levou a companhia a anunciar um recall de lotes de carne de frango in natura produzidos, entre outubro e novembro de 2018, no abatedouro de Dourados (MS).

A CCR ON, por sua vez, até tentou aliviar as perdas, mas também voltou para as maiores baixas do Ibovespa, ao ceder 3,10%. Os investidores repercutem a notícia de que a empresa superfaturou contratos de prestação de serviço com construtoras em 2012 em aproximadamente R$ 13 milhões, a valores de hoje, para abastecer esquema de caixa dois. A informação consta em depoimentos de ex-executivos da companhia ao Ministério Público Federal de São Paulo aos quais o Valor teve acesso.

Fonte: Valor Econômico

Até a poupança ganhou da Bolsa no primeiro semestre de 2018

Publicado em: 04/07/2018


A incerteza frente às eleições de outubro, os efeitos da greve dos caminhoneiros e a guerra comercial travada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, contra o resto do mundo fizeram a Bolsa perder todos os ganhos acumulados em abril para fechar o primeiro semestre de 2018 na lanterna das aplicações financeiras, atrás até da caderneta de poupança.

O índice com as principais ações negociadas na B3, o Ibovespa, chegou ao fim de junho com queda de 6,07%. Até abril, o índice acumulava alta de 12,71%. A poupança, vice-lanterna, registrou ganhos de 2,32%, também de janeiro a junho.

A aplicação campeã do período foi o dólar. A moeda americana teve valorização de 16,96%, mais de um ponto porcentual acima do ouro, segundo mais bem posicionado no ranking do semestre, com alta de 15,78%.

O coordenador do laboratório de finanças do Insper, Michael Viriato, explica que a valorização do ouro é consequência direta da alta do dólar, já que a commodity é negociada por meio da moeda americana. “O ouro em si teve desvalorização de quase 1% lá fora, mas, como é cotado em dólar, pegou carona no câmbio.”

Para o segundo semestre, Viriato acredita que a tendência é de melhora nos investimentos de mais risco, como os papéis de empresas, conforme os investidores se acomodem a um cenário político mais definido (o segundo turno das eleições acontece em 28 de outubro). “Tivemos três meses bons seguidos por três meses ruins. Vejo essa relação se inverter no resto do ano”, afirma.

Segundo o administrador de investimentos Fabio Colombo, que calculou o retorno das aplicações no período, pesou também para o resultado ruim das ações “a manutenção da taxa Selic em 6,5% ao ano”.

A decisão do Banco Central, em maio, de não diminuir a taxa básica de juros da economia quebrou a sequência de 12 cortes consecutivos, pegando de surpresa a maior parte do mercado. A decisão afetou os papéis, já que juros menores são, em geral, benéficos para o caixa das companhias, que gastam menos para financiar suas operações. As informações são do jornal

Fonte: O Estado de Minas