O Banco do Brasil (SA:BBAS3) é mais uma companhia brasileira a decidir pelo adiamento da captação de recursos no exterior, uma vez que a elevação do custo para acessar os investidores por meio do mercado de dívida internacional praticamente inviabiliza a operação. As informações são da coluna do Broad, publicada no site do Estadão.
O objetivo do maior banco público do país era realizar uma nova emissão aproveitando o resultado positivo do último trimestre de 2017, período no qual a instituição registrou o maior lucro trimestral nominal na história.
A decisão de congelar a emissão mostra que o BB está disposto a esperar por condições melhores do mercado. Os juros instáveis na economia dos Estados Unidos, desde o final de janeiro, têm feito com que os investidores exijam prêmios maiores para os emissores de um modo geral.
Outro ponto de destaque é que há duas semanas o BB anunciou a recompra de até US$ 700 milhões de dois bônus perpétuos com cupom de 8,50% e 9,25%. Antes disso, o banco estatal captou US$ 1 bilhão, em outubro último, marcando seu retorno ao mercado de dívida externa após três anos.
Resultado de 2017
O Banco do Brasil registrou lucro líquido ajustado (resultado sem itens extraordinários) de R$ 11,1 bilhões em 2017, valor 54,2% maior que o verificado em 2016. O lucro líquido sem ajuste ficou em 11,01 bilhões, com expansão de 37,1%.
Segundo o banco, o resultado teve impacto, principalmente, do aumento das rendas de tarifas, da redução das despesas de provisão (recursos reservados para o caso de inadimplência) e das despesas administrativas.
No quarto trimestre de 2017, o lucro líquido ajustado foi de R$ 3,2 bilhões, o que mostra desempenho 82,5% superior ao do mesmo trimestre do ano anterior – R$ 1,7 bilhão – e o maior resultado trimestral desde 2012.