Bancos, em apenas três meses, fecham mais de 1,6 mil postos de trabalho

Publicado em: 02/05/2019

Somente no primeiro trimestre deste ano, os cinco maiores bancos, Itaú, Bradesco, Santander, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal, fecharam nada menos do que 1.655 postos de trabalho, ou seja, são menos essa quantidade de vagas que passam a não mais existir na categoria bancária. Os mesmos dados da pesquisa mostram que desde 2013 foram 62,3 mil postos que deixaram de existir.

Das 8.454 demissões que houveram no primeiro trimestre de 2019 os banqueiros contrataram apenas 6.799, o que resultou no saldo de 1.655 postos, definitivamente, fechados.

Os banqueiros além de lucrarem com o fechamento de postos de trabalho prejudicando trabalhadores e toda a população em geral, lucram também com as substituições de trabalhadores mais antigos, que possuem um salário um pouco melhor, por trabalhadores novos com salários menores. Um exemplo dessa manobra pode ser visto nos dados comparativos de admitidos e desligados dos bancos múltiplos com carteira comercial (Itaú, Bradesco, Santander, Banco do Brasil) sendo a renda mensal dos demitidos de R$ 6.776,00 e dos admitidos passando a ser o valor de R$ 4.521,00.

Fonte: Causa Operária

BB e Caixa cortam 21,2 mil empregados em dois anos; demissões geram economia de R$ 2,5 bilhões

Publicado em: 04/10/2018

Bancos públicos diminuíram a folha de pagamento em 21,2 mil empregados nos últimos dois anos. O corte faz parte do esforço do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal em reduzir custos e tornar a estrutura mais parecida com a dos bancos privados. A saída dos empregados deve gerar economia de pelo menos R$ 2,5 bilhões por ano aos dois bancos.

Após operar com mais de 114 mil empregados no início da década, o BB que já foi símbolo de emprego estável começou a agir para reduzir o quadro de funcionários.

Ações como o incentivo à aposentadoria e mudança na estrutura de atendimento resultaram na saída de mais de 16 mil pessoas, sendo quase 12 mil apenas nos últimos dois anos, quando o quadro diminuiu em 10,9%. Na Caixa, um plano de demissão voluntária resultou na saída de 9,2 mil pessoas, queda de 9,7%.

Nesses dois anos, os concorrentes privados foram em sentido contrário. Juntos, Itaú Unibanco, Bradesco e Santander aumentaram a folha de pagamento em 11,3 mil empregados no mesmo período. Boa parte desse aumento se deve a aquisições, como a compra do HSBC pelo Bradesco.

Bancos públicos argumentam que a redução do quadro de funcionários é uma reação à transformação do setor. O BB diz que a medida busca “a sustentabilidade da empresa em um mercado em profunda transformação”.

A Caixa diz que o objetivo é “ajustar a estrutura ao cenário competitivo e econômico atual, buscando mais eficiência do banco”. Nesse esforço, sobrou até para o estagiário. No BB, o número despencou em 60% em dois anos com o desligamento de 2,8 mil estagiários. Na Caixa, o corte foi de 30%.

Lucro

A busca pela eficiência significa, na prática, aumentar o lucro. O BB estima que só o plano de aposentadoria incentivada, que teve adesão de 9,4 mil, gerou redução de custos em cerca de R$ 2,3 bilhões por ano. Na Caixa, onde 9,2 mil deixaram o banco, só a saída de 1,3 mil pessoas em 2018 gerará economia anual de R$ 248,5 milhões.

“Bancos privados já fizeram esse movimento e os públicos estão reagindo à concorrência”, diz o analista da consultoria Lopes Filho, João Augusto Salles, ao lembrar que o setor tem mudado radicalmente com o uso maciço dos canais eletrônicos. Salles nota ainda que o movimento responde a uma necessidade do principal acionista do BB e Caixa: o governo.

A presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro, Juvandia Moreira, diz que o enxugamento de pessoal tem gerado impacto no funcionamento dos bancos. “Gera sobrecarga para os empregados que ficaram e queda da qualidade do serviço ao cliente”, diz.

O ranking do Banco Central de reclamações é uma maneira de medir a qualidade do serviço bancário e, por esse critério, Caixa e BB pioraram. Em junho de 2016, a Caixa era o terceiro grande banco com mais reclamações e o Banco do Brasil ocupava a confortável sexta posição – era o melhor colocado entre os grandes.

Desde então, a Caixa chegou a liderar o ranking em alguns períodos e atualmente é o segundo pior avaliado. Já o BB passou de sexto a terceiro mais reclamado.

A insatisfação fica ainda clara com o detalhamento das reclamações recebidas pelo BC. Das 11,6 mil queixas do 2º trimestre contra a Caixa, mais de mil tratavam de “insatisfação com o atendimento prestado por agências”.

No caso do BB, das 8,7 mil reclamações no BC, 919 citavam o mesmo problema. Nos concorrentes privados, outros temas são os mais reclamados, como irregularidade em operações e oferta ou prestação de informação inadequada.

Caixa e BB

A Caixa diz que a posição do banco no ranking do BC não tem qualquer relação com o enxugamento da folha de pagamento ou o número de funcionários das agências.

Em nota, o banco informou que tem adotado ações que “visam aumentar a eficiência operacional, por meio da otimização e automação de processos internos, melhorias em sistemas e serviços e equalização da força de trabalho”.

O Banco do Brasil informou que “na maior parte dos períodos avaliados, ocupou posições melhores que seus principais pares no ranking do BC”. “O BB não ocupou em nenhum dos dois trimestres (de 2018) as primeiras posições, ficando apenas no terceiro lugar entre seus principais pares”, afirma a nota.

Fonte: Veja

Bancos eliminaram 2.245 vagas nos oito primeiros meses de 2018

Publicado em: 27/09/2018

Os bancos eliminaram 2.245 postos de trabalho em todo o país de janeiro a agosto de 2018, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho. Ao todo, foram 19.715 admissões e 21.960 demissões nos oito primeiros meses deste ano.

Os bancos múltiplos com carteira comercial (entre eles Itaú Unibanco, Bradesco, Santander e Banco do Brasil) foram responsáveis pelo fechamento de 1.363 postos no período. A Caixa eliminou 1.020 vagas de janeiro a agosto. Juntos, estes cinco bancos empregam cerca de 90% dos bancários no país e lucraram, somente no primeiro semestre de 2018, R$ 41,9 bilhões, um crescimento de 17,8% em relação ao mesmo período do ano passado.

Salários mais baixos

De janeiro a agosto, os bancários admitidos recebiam, em média, R$ 4.261, enquanto os desligados tinham remuneração média de R$ 6.467. Ou seja, os admitidos entram ganhando 66% do que recebiam os demitidos. “Os bancos não lucram alto, como mostram os números dos seis primeiros meses deste ano, apenas com o fechamento de postos de trabalho. A alta rotatividade com redução salarial é outra maneira encontrada para maximizar ganhos”, enfatiza Erica de Oliveira, secretária de Formação do Sindicato.

Desigualdade entre homens e mulheres

As 9.466 mulheres admitidas nos bancos entre janeiro e agosto de 2018 receberam, em média, R$ 3.551. Esse valor corresponde a 72% da remuneração média recebida pelos 10.249 homens (R$ 4.917) contratados no mesmo período. A diferença de remuneração entre homens e mulheres também é verificada nas demissões. As 10.953 mulheres desligadas dos bancos recebiam, em média, R$ 5.529, o que representou 75% da remuneração média dos 11.007 homens (R$ 7.400) desligados dos bancos.

“Se fizermos o recorte de gênero, as mulheres são ainda mais prejudicadas. Tanto as recém-admitidas quanto as que tiveram seu posto de trabalho fechado. Os bancários estão ganhando menos, e as mulheres menos ainda”, acrecenta Erica.

Faixa Etária

Os bancos continuam concentrando suas contratações nas faixas etárias até 29 anos, em especial entre 18 e 24 anos. Foram criadas, de janeiro a junho, 7.337 vagas para trabalhadores até 29 anos. Acima de 30 anos, todas as faixas apresentaram saldo negativo (ao todo, menos 9.582 postos), com destaque para a faixa de 50 a 64 anos, com fechamento de 4.660 postos no período.

Fonte: Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região

Bancos cortaram 2.445 empregos nos sete primeiros meses do ano

Publicado em: 29/08/2018

Apesar do saldo positivo de 401 contratações em julho, no acumulado dos primeiros sete meses do ano os bancos já cortaram 2.445 postos de trabalho bancários. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho.

Os bancos múltiplos com carteira comercial – categoria que engloba Itaú Unibanco, Bradesco, Santander e Banco do Brasil – foram responsáveis pelo fechamento de 1.523 postos nos sete primeiros meses do ano. A Caixa eliminou 1.021 postos no período, em grande parte devido ao Programa de Desligamento de Empregados, lançado em 22 de fevereiro. Juntos, esses cinco bancos empregam cerca de 90% dos bancários no país.

“Esse saldo negativo de contratações, com 2.445 postos de trabalho cortados somente até julho, contrasta com o lucro dos bancos. Itaú, Santander, Bradesco, Banco do Brasil e Caixa, que já divulgaram seus balanços, apresentaram resultados no semestre bem acima do que tiveram no mesmo período de 2017, ano em que os cinco maiores bancos do país já tiveram lucros recordes. Não existe qualquer justificativa para tantos cortes. Os bancos, como concessões públicas que são, deveriam ter responsabilidade social e não colaborar com a já elevada taxa de desemprego do país”, diz a diretora do Sindicato, Marta Soares.

Marta lembra ainda que emprego é uma das prioridades dos bancários na Campanha Nacional 2018. “Queremos o fim das demissões e garantias contra a precarização das relações de trabalho das novas modalidades de contratação, permitidas pela reforma trabalhista, como intermitentes, por tempo parcial, autônomos e terceirização irrestrita.”

Salários mais baixos

Os bancos não lucram apenas com o fechamento de postos de trabalho. A alta rotatividade com redução salarial é outra maneira encontrada para maximizar ganhos. De janeiro a julho, os bancários admitidos recebiam, em média, R$ 4.233, enquanto os desligados tinham remuneração média de R$ 6.526. Ou seja, os admitidos entram ganhando 65% do que os que saem.

Discriminação de gênero

Entre janeiro e julho, as bancárias mulheres foram contratadas com média salarial de R$ 3.506, o que equivale a 72% do salário médio dos bancários homens, que no mesmo período foram admitidos com média salarial de R$ 4.902. As bancárias desligadas recebiam, em média, R$ 5.556, equivalente a 74% do salário médio dos homens desligados, que ganhavam R$ 7.483.

“Na propaganda dos bancos tudo é lindo, pregam igualdade, valorizam as mulheres. Mas, na prática, pagam salários menores para mulheres, que ainda encontram maiores dificuldades que os homens para progredirem na carreira”, conclui Marta.

Fonte: Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região

Bancos brasileiros investem R$ 20 bilhões para demitir 16 mil funcionários

Publicado em: 10/05/2018

A julgar pelos resultados do primeiro trimestre, os cinco maiores bancos do país devem repetir a dose e ostentar, novamente, lucros recordes este ano. Em 2017, Itaú Unibanco, Bradesco, Caixa Econômica, Banco do Brasil e Santander levaram, juntos, R$ 77,4 bilhões para os cofres, 33,5% a mais do que em 2016. A estratégia é bem antiga: cortar gastos a partir de demissões, fechamento de agências e digitalização das operações, sem repassar a economia ao consumidor final, que continua a pagar tarifas de serviço cada vez mais altas e abusivas, segundo o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec).

Só nos primeiros 90 dias deste ano, por exemplo, tarifas de conta corrente renderam R$ 1,8 bilhão ao maior banco do país, o Itaú Unibanco. Foram R$ 168 milhões (+10,1%) a mais do que no mesmo período de 2017. Já cobranças pelo uso de cartões de crédito chegaram a R$ 3,1 bilhões no primeiro trimestre. A arrecadação, 6,5% maior que a registrada no início do ano passado se deve às maiores receitas com anuidade, taxação sobre lojistas e a incorporação da carteira de clientes do Citbank.

O Bradesco não ficou para trás. Nesse início de ano, gerou R$ 1,7 bilhão com as taxas em contas correntes (9,2%). O banco atribuiu o aumento ao “aprimoramento e expansão do leque de produtos oferecidos aos clientes” — que migraram para pacotes mais caros. Já os cartões de crédito renderam R$ 2,7 bilhões (4,8%) ao segundo maior banco privado do país. A alta se deve, em boa medida, às “maiores receitas com anuidades, em função do fim do período de isenções de início de relacionamento”.

Apesar da escalada nas receitas de tarifas, os bancos não param de demitir. Fecham, em média, mil postos de trabalho por mês há mais de um ano. Entre janeiro e março de 2018, foram eliminados 2.226 empregos, informou o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED). No ano passado, foram eliminadas 14.080 vagas em todo o país, totalizando uma diminuição de 16.306 empregos nos últimos 15 meses. O número de agências também diminuiu. Em 2017, o saldo foi de menos 1.314 agências no país.

Rotatividade

Os cortes na folha de pagamento são ainda maiores devido à rotatividade de empregados e a depreciação de salários. “Além da informatização, os bancos demitem para contratar pessoas mais jovens com um salário até um terço menor”, lembra Juvandia Moreira Leite, presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf). De fato, no primeiro trimestre, a média salarial dos novos funcionários foi de R$ 4.053, contra uma remuneração média de R$ 6.614 dos dispensados, uma redução salarial de 38,7%, aponta o Dieese.

O verso da moeda das demissões é a transferência das operações para as mãos dos próprios clientes, via internet. Confome o JORNAL DO BRASIL noticiou, os bancos vêm investindo pesado em tecnologia digital. Uma pesquisa da Febraban mostra que, só em 2017, foram gastos R$ 19,5 bilhões para levar os clientes ao online. No agregado dos últimos quatro anos, o investimento bruto foi de R$ 76,6 bilhões.

Vem dando certo. Só no ano passado o número de transações pelo mobile banking cresceu 37,6%. Somados, telefone celular e plataformas na internet já dão conta da maioria das operações realizadas pelo clientes (58%). Só o Santander, que detém a menor carteira de clientes no clube dos cinco, ganhou 9,1 milhões de novos clientes digitais no primeiro trimestre, uma alta de 32,8% com relação a igual período do ano anterior. O banco espanhol realiza até mesmo contratações de créditos imobiliários integralmente remotas. O Bradesco deve oferecer o mesmo até o final do ano.

Tarifas sobem

Apesar de toda a economia gerada com cortes de pessoal e barateamento da infraestrutura, as tarifas bancárias continuam caras para o cliente e altamente rentáveis para os bancos. O último levantamento anual do Idec sobre preços de serviços bancários, apontou que, dos 58 pacotes de tarifas oferecidos pelos cinco bancos, 50 sofreram reajustes abusivos. O reajuste médio do total de pacotes pesquisados ficou em 12,6%, quatro vezes e meia a inflação do período (2,7%). A Caixa liderou o aumento, com reajustes de até 78% em seu pacote convencional.

Segundo Ione Amorim, economista do Idec, a estratégia da Caixa é aproximar a receita anual com tarifas bancárias daquelas obtidas por Banco do Brasil, Itaú e Bradesco, todas superiores a R$ 6,5 bilhões no ano passado. Amorim define a política tarifária do clube dos cinco como um “cartel autônomo”, já que não existe um indicador de correção de preços que leve em conta parâmetros como a inflação e o custo operacional das empresas. Além disso, a resolução do Banco Central dedicada às tarifas bancárias – criada há dez anos e atualizada em 2010 – impõe um período de 180 dias a cada seis meses. Na prática, explica Amorim, isso permite dois reajustes por ano.

“A situação é preocupante há alguns anos. O consumidor tem de se questionar e ser mais criterioso na contratação de serviços”, diz a economista, que sugere enfaticamente a adesão aos pacotes essenciais e a busca por bancos digitais que oferecem transações sem custos.

O RAIO X DOS 5 GRANDES

R$ 77 bilhões de lucro em 2017

R$ 1,8 bilhão em tarifas no primeiro tri de 2018

R$ 19,5 bilhões de investimento em tecnologia digital

15 mil demissões em 2017-2018

1.314 agências fechadas em 2017

38,7% de Redução de nos salários médio

Fonte: Jornal do Brasil

Crescem as demissões e a perseguição política nos bancos públicos

Publicado em: 16/02/2018

Mesmo sendo o setor que mais lucra no país, os banqueiros estão demitindo em massa e perseguindo ativistas bancários que lutam contra a política de ataques as já precária condição de vidas dos bancários.

Os bancários que convivem diariamente com as péssimas condições de trabalho, têm um grande número de doentes nos setores e sofrem de constante assédio, diante da voracidade por lucros dos banqueiros, além de amargarem com a falta de materiais, excesso de serviço pela falta de funcionários e uma situação na qual, a cada dia, os chefes estão exigindo mais dos trabalhadores, submetendo-os a um “regime de chicote” para cumprir metas cada vez mais exigentes, mesmo sem as condições mínimas para isso.

Os banqueiros, setor mais parasitário da economia, vem demitindo cada vez mais. Os dados de demissões são impressionantes: foram 34.518 demissões no período de janeiro a setembro de 2017. Em 2018 não está sendo diferente: a direção da Caixa Econômica Federal já prepara um novo Plano de Demissões Voluntárias (PDV) para reduzir ainda mais o quadro de funcionários visando a sua privatização.

Além disso, no Banco do Brasil e na Caixa Econômica Federal, as direções dos bancos vem promovendo uma verdadeira “caça às bruxas” contra os ativistas e promovendo perseguições contra trabalhadores que não aceitam a política imposta por este bancos em relação ao contrato de trabalho.

No Banco do Brasil os funcionários que estão processando judicialmente a instituição pelo pagamento da jornada, indevida, da 7ª e 8ª horas,estão sendo perseguidos e demitidos, como no caso dos trabalhadores de Brasília onde foram demitidos quatro bancários e tantos outros nacionalmente perderam as suas funções gratificadas pela direção gopistas desses bancos. Isso quando, conforme a CLT em seu Art. 224, “a duração normal do trabalho dos empregados em bancos, casas bancárias e Caixa Econômica Federal será de 6 horas contínuas nos dias úteis, com exceção dos sábados, perfazendo um total de trinta horas de trabalho por semana”.

A Caixa Econômica Federal vem perseguindo politicamente trabalhadores que se colocaram à frente das mobilizações legítima em defesa de um banco 100% público, contra a política de ataque do governo golpista de Michel Temer aos trabalhadores bancários e da população em geral. Um ataque a toda categoria na tentativa de calar a voz dos bancários, prática que nada deve aos tempos da ditadura militar.

A única maneira de lutar contra a verdadeira expropriação que os golpistas estão promovendo dos recursos dos trabalhadores, é a mobilização independente de toda a classe operária, contra as demissões e pela conquista da estabilidade do emprego, da redução da jornada de trabalho para 35 horas, com escala móvel de trabalho, sem a redução dos salários.
A mobilização só terá consequência se essa luta estiver voltada pela derrota do golpe de Estado orquestrado pelo imperialismo e pelos capitalistas nacionais que tem como fundamento a expropriação de todo o povo brasileiro para satisfazer o apetite de meia dúzia de parasitas capitalistas.

Fonte: Diário Online

Estatais alcançam só metade da meta de 34,5 mil demissões voluntárias

Publicado em: 29/09/2017

Com dificuldades para fechar o orçamento, o governo federal planejava desligar 34.453 funcionários de empresas estatais, por meio de programas de demissão voluntária (PDVs) e de aposentadoria incentivada anunciados desde o ano passado. Mas, até agora, apenas metade dessa meta foi alcançada: 17.254 empregados serão desligados, sendo 10.625 em 2016 e o restante em 2017.

Os dados são do Ministério do Planejamento e os números consideram as adesões efetivas aos PDVs da Petrobras, Correios, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal, entre outras. O Planejamento informou que a economia efetiva declarada pelas estatais para os PDVs de 2016 é de R$ 2,25 bilhões e de R$ 4,57 bilhões em 2017.

O Banco do Brasil é a que apresentou a maior redução do quadro profissional, com o desligamento de 9.309 pessoas no ano passado. Outra estatal com expressivo corte de pessoal é a Caixa: 4.481 funcionários vão sair em 2017.

Relatório sobre estatais divulgado pelo ministério revela que, a partir de 2006, as empresas tiveram aumentos sucessivos do corpo de funcionários, atingindo um pico de 552 mil pessoas em 2014. O número começou a cair em 2015 e fechou 2016 em 534.216. E a tendência de queda se manteve nesse ano, com 523.087 empregados no primeiro trimestre de 2017.

Na comparação entre o primeiro trimestre desse ano com do ano anterior, a Caixa lidera o enxugamento com a redução de 4% da sua folha – a média de cortes das estatais ficou em 2%, com o desligamento de 11.278 empregados.

Atualmente, o Brasil tem 151 empresas estatais, sendo 48 com controle direto da União e 18 dependentes do reforço orçamentário do Tesouro Nacional.

O governo não está focando apenas nas estatais para a redução dos gastos com pessoal. Em julho, foi editada uma medida provisória que criou um PDV para todos os servidores da Esplanada dos Ministérios. O Planejamento não divulgou metas de adesão por se tratar de uma iniciativa voluntária, mas afirmou que 5 mil desligamentos gerariam um impacto de R$ 1 bilhão ao ano. A proposta também permite a redução de jornada do servidor.

Fonte: Gazeta do Povo 

Bancos estão entre os setores que mais demitiram no ano

Publicado em: 24/08/2017

Mesmo mantendo lucros bilionários, os bancos estão entre os cinco setores da economia que mais demitiram este ano. Com foco cada vez maior nos canais digitais e agências mais enxutas, só no primeiro semestre, as instituições financeiras do país fecharam 10.752 postos de trabalho, de acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), aponta análise do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Trata-se de um aumento de 53,6% na comparação com o mesmo período de 2016.
Para a economista Ione Amorim, do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), as transações digitais são uma tendência irreversível, mas existe uma parcela da população que ainda não tem acesso aos canais digitais.
— Nos grandes centros, os canais digitais estão mais acessíveis. Mas há uma boa parcela da população, principalmente em cidades pequenas e regiões mais remotas do país, que não tem acesso à tecnologia. Com menos agências físicas, isso gera filas e demora no atendimento — diz a economista, lembrando que, entre as principais reclamações feitas no Banco Central contra os bancos, está o mau atendimento em agências.

O setor financeiro ficou em quinto lugar entre os setores da economia que mais fecharam vagas (0,96%) este ano, de acordo com ranking elaborado pelo Dieese, atrás apenas das áreas de papel e gráfica (1,01%), construção civil (1,55%), comércio varejista (1,58%) e mineração (2,23%). São Paulo, Paraná e Rio de Janeiro foram os estados mais atingidos pelos cortes.

fusões e demissões voluntárias

Na Caixa Econômica Federal, um Programa de Demissão Voluntária (PDV) deve desligar quase 7 mil funcionários este ano. No Bradesco, pela primeira vez na história da instituição, foi aberto um PDV que deve atingir 5 mil funcionários. O motivo, segundo especialistas, foi a compra do HSBC Brasil, que incorporou mais 20 mil empregados. Em março, a instituição tinha 106,6 mil funcionários.O Bradesco não comenta seu PDV.

— Os bancos estão reduzindo seu pessoal para melhorar eficiência. Com esses programas, eles buscam redução de custos, num cenário de incertezas da economia e queda de juros. Tudo isso é possível graças ao avanço da tecnologia — afirma João Augusto Salles, analista de bancos da consultoria Lopes Filho Associados.

A técnica do Dieese Bárbara Vallejos diz que o primeiro semestre de 2017 foi o pior em termos de fechamento de vagas do setor bancário desde 2009.

— E, em 2017, vai ser pior. Com a reforma trabalhista, a chance de contratos formais serem substituídos por outros tipos de contratos aumenta muito. O número de pessoas jurídicas (PJs) vai crescer, sem contar os programas de demissão voluntária que ainda podem ser anunciados — prevê Vallejos, lembrando que a categoria tem, atualmente, 500 mil trabalhadores.

Procurados, Itaú Unibanco, Santander e Banco do Brasil informaram que não têm planos de abrir programas de demissão voluntária neste momento. Procurada, a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) informou em nota que “apenas cada banco pode comentar sobre seus respectivos PDVs.”

— Mas é bom lembrar que, diferentemente dos outros segmentos afetados pela crise, os bancos passam ao largo da crise, sempre aumentando a margem de lucro — lembra a técnica do Dieese.

Os balanços mostram que os bancos elevaram os ganhos no segundo trimestre do ano, em relação ao primeiro. Considerando Bradesco, Itaú Unibanco, Santander e Banco do Brasil, a cifra alcançou R$ 15,7 bilhões entre abril e junho. No primeiro trimestre, o lucro dessas quatro instituições chegou a R$ 14,97 bilhões.

Este movimento de enxugamento de pessoal ocorre num momento em que as agências físicas estão encolhendo e se transformando numa espécie de balcão de negócios. Hoje, os clientes avançam na utilização dos canais digitais (seja via celular, computador ou caixas eletrônicos) para realizar suas operações. Segundo dados da Febraban, na média, 56% das transações bancárias já são feitas por canais digitais.

custo mais baixo das operações digitais

— Já não são mais abertas agências gigantes, com 20 caixas. Hoje, elas são espaços pequenos, em que o cliente encontra o gerente para fazer negócios — diz Sales, da Lopes Filho Advogados.

O analista da Austin Rating Luis Miguel Santacreu lembra que o custo das transações digitais é muito mais baixo que uma operação na boca do caixa. Além disso, há também uma tendência de concentração bancária, gerada por compras e fusões, como no caso do Bradesco, que adquiriu o HSBC Brasil.

— Cada vez que um banco compra outro, há a promessa de não demitir. Mas logo começam a aparecer as sobreposições de funções e agências. E as demissões acontecem — ressalta Santacreu.

Fonte: Época Negócios

Demissões voluntárias atingem 77% do alvo nas estatais

Publicado em: 27/07/2017

Com o orçamento apertado e despesas de pessoal cada vez mais pesadas, o governo federal desligou 50.364 funcionários das estatais nos últimos anos com programas de demissão voluntária e aposentadoria incentivada. O levantamento foi feito pelo Estadão/Broadcast com dados do Planejamento e das próprias estatais.

O número representa 77% do público-alvo dos programas autorizados pela Pasta nos últimos três anos, definido pelos servidores que atendem as condições de ingressar nos planos.

O porcentual é comemorado pelo governo. A estimativa oficial era de que, com 100% de adesão, a economia seria de R$ 7 bilhões por ano – sem contar a Petrobrás. O Planejamento não divulgou os dados da redução de gastos efetiva.

“É o que estávamos esperando. Um plano de PDV que realiza 50% é completamente bem sucedido. Esse é um dos elementos para sanear as contas das estatais”, disse o secretário de Coordenação e Governança das Empresas Estatais, Fernando Soares.

Os desligamentos representam 9,6% do total de funcionários das estatais federais atualmente. Desde 2014, o número de servidores nessas empresas vem caindo, depois de anos de crescimento. No primeiro trimestre de 2017, o total chegou a 523.087, uma redução de 2% ante igual período de 2016.

O número de desligados deverá crescer ao longo do ano já que diversos programas ainda estão em aberto, como os da Dataprev e Eletrobrás. A estatal do setor elétrico tem aberto um Programa de Aposentadoria Extraordinária (PAE), para empregados em condições de se aposentar ou já aposentados pelo INSS. A meta da companhia é a adesão de 2.500 servidores. Um segundo plano deverá ser aberto até o início do próximo ano, voltado para o pessoal administrativo, com meta de adesão de 2.700 funcionários.

A Petrobrás foi a empresa que mais reduziu seu quadro de funcionários, com a adesão de 15 mil empregados aos dois programas de PDV da empresa, superando com folga a meta de 12 mil. Com isso, a estatal, que é a quarta maior em número de servidores, reduziu o correspondente a 30% dos funcionários que tem hoje, 49.385 segundo o Planejamento. Em 2014, esse número chegava a quase 57 mil.

“Com os dois programas, a Petrobrás prevê um retorno financeiro de R$ 18,9 bilhões até 2021 frente a um investimento de R$ 3,7 bilhões”, respondeu a companhia. Por lei, a Petrobrás não precisa de autorização do Ministério do Planejamento para lançar PDVs.

Segunda estatal em número de servidores, o Banco do Brasil também foi o segundo que mais diminuiu o tamanho de seu corpo funcional. Foram 14.285 trabalhadores desligados em dois programas autorizados em 2015 e 2016, número que corresponde a 89% do público-alvo. O enxugamento representa 14% do total de funcionários do banco hoje.

A Caixa desligou 9.749 servidores em dois PDVs, 62% da meta. O número corresponde a 10% do efetivo atual da caixa. O segundo PDV, no entanto, só foi aberto neste mês e vai até agosto. O banco estatal espera a adesão de 5.480 funcionários.

Os Correios, empresa que tem a maior folha de pagamentos, tiveram a adesão cerca de 6 mil funcionários, de uma meta de 8.200 (74%). O total representa pouco mais de 5% do quadro da empresa. A empresa abriu um Plano de Desligamento Incentivado (PDI) em fevereiro de 2017. Depois, o período de adesão foi reaberto por duas vezes, em maio e junho.

Porcentualmente, a Infraero foi a estatal com maior número de desligados. Foram 2.646, acima da meta de 2.218 (119%). Já o programa do BB Tecnologia teve o pior desempenho, com a adesão de apenas 11 servidores ante a meta de 108 (10%).

Os benefícios para quem aderir aos programas de desligamentos voluntários variam de acordo com a empresa. São oferecidas desde vantagens como o adiantamento de remunerações e pagamentos de indenizações por até 35 anos até valores em dinheiro. Também são dados outros benefícios como manutenção do plano de saúde.

Enxugamento. De acordo com o último Boletim das Empresas Estatais Federais, divulgado pelo Planejamento no fim de junho com dados do primeiro trimestre, o número de funcionários nessas empresas caiu 5% desde 2015. Foram reduzidos 3% dos empregados com mais de 56 anos e 5% daqueles com mais de 26 anos de empresa. “Essa redução decorreu, em sua quase totalidade, de programas de desligamento voluntário que visam adequar a força de trabalho à estratégia empresarial”, afirma o texto.

Atualmente, o País tem 151 empresas estatais, sendo 48 com controle direto da União e 18 dependentes do reforço orçamentário do Tesouro Nacional.

Fonte: Jornal O Estado de S.Paulo

Com reestruturação, BB corta R$ 2,3 bilhões em despesas

Publicado em: 23/02/2017

São Paulo – Em sua reestruturação, o Banco do Brasil já fechou centenas de agências e concluiu um plano de aposentadoria incentivada que cortou R$ 2,3 bilhões em despesas.

O número foi divulgado hoje pelo banco, em sua coletiva de resultados do quatro trimestre e ano de 2016 –  a primeira  mensuração oficial do impacto das mudanças de gestão, anunciadas em novembro, para o negócio.

De acordo com o banco, o principal corte de gastos veio da redução de funcionários, que compõem mais de 60% do total de despesas administrativas. Quase 10% de toda a força de trabalho aderiu ao plano – 9.409 pessoas exatamente.

Para este ano, o BB não pretende fazer uma nova rodada de incentivos a aposentadoria e já fechou um acordo coletivo para o aumento de salário no período.

Apesar da economia bilionária, o banco ainda prevê cortes de custos recorrentes na ordem de R$ 750 milhões.  Ele pretende alcançar o valor com renegociações de contratos de aluguel e segurança nas agências, serviços de terceiros e custos com transportes de valores. No ano passado, já conseguiu reduzir as despesas com isso em R$ 82 milhões.

Em sua reestruturação, o banco já fechou 274 agências e até o final de março, mais 128 serão fechadas.

Guidance

O Banco do Brasil apresentou suas metas para o ano de 2017. O lucro líquido deverá ser entre R$ 9,5 e R$ 12,5 bilhões, contra R$ 8 bilhões em 2016.

A carteira de crédito deverá crescer entre 1% e 4%, impulsionada principalmente pelo agronegócio.

A carteira voltada a grandes empresas continuará caindo de acordo com as previsões do banco, por conta da crise econômica. No ano passado, essa carteira caiu 19,2%, por conta do grande número de pedidos de recuperação judicial.

Digital

Com a redução de funcionários e fechamento de agências, o Banco do Brasil está buscando formas de fazer mais com menos. Uma maneira é a expansão de seus serviços digitais.

Cerca de 1,3 milhão de clientes já é atendido por agências digitais. Para 2017, o plano é que esse número chegue a 1,8 milhão de clientes estilo digital e exclusivo digital.

Hoje, 65% de todas as transações do banco são feitas pelo aplicativo mobile ou por um computador. Em 2016, o celular foi responsável por 10,7 bilhões de transações, 53% a mais do que no ano anterior.

A mudança não apenas corta a fila de espera em bancos, mas também impulsiona o balanço da empresa. Ao trocar o físico pelo virtual, os gerentes podem atender até 35% mais clientes e a rentabilidade melhora de 20% a 44%, diz a instituição.

Por essa razão, o BB está criando soluções digitais, como o aplicativo Ourocard, a possibilidade de renegociar dívidas e até financiar um carro pelo smartphone.

Pela Conta Fácil, totalmente virtual, é possível abrir uma conta em 7 minutos, em comparação aos 53 minutos para o mesmo procedimento em uma agência. O custo dessa modalidade também é 24 vezes menor do que uma conta normal.

A expectativa é que 1,8 milhão de contas sejam abertas pelo aplicativo em 2017.

Fonte: Exame.com

Correios têm novo prejuízo de R$ 2 bi e recebem aval para PDV

Publicado em: 06/01/2017

Vivendo a mais grave crise financeira de sua história, a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) fechou o ano passado com prejuízo em torno de R$ 2 bilhões. O rombo é praticamente igual ao de 2015, mas a cúpula da estatal aposta em algumas medidas para reverter esse cenário. O balanço oficial ainda não foi divulgado.
“A meta é déficit zero neste ano. Quem sabe ficamos levemente no azul”, diz o presidente Guilherme Campos.

Na quinta-feira passada, os Correios obtiveram a última autorização necessária – do Ministério do Planejamento – para a abertura de um programa de demissões voluntárias. O quadro de pessoal chega a 117 mil funcionários e cálculos da empresa apontam que até 14 mil se enquadram nos critérios exigidos pelo plano. A meta é ter de 6 mil a 8 mil adesões, com economia anual entre R$ 850 milhões e R$ 1 bilhão.

Anunciado em novembro, o PDV deve ser aberto oficialmente no dia 9 ou no dia 16. O público-alvo são empregados com mais de 55 anos, com tempo de serviço para requerer aposentadoria. Quem aderir ao programa receberá por dez anos um valor calculado com base na média salarial dos últimos cinco anos e no tempo de serviço.
Além disso, outro reforço no caixa virá de um provável recomposição das tarifas postais em fevereiro ou março. Campos afirma que há uma necessidade de reajuste de 5,83% por causa do represamento das tarifas em anos anteriores, quando sequer houve repasse integral da inflação.

No fim de novembro, os Correios tentaram licitar a rede do Banco Postal, mas não receberam nenhuma proposta. Para não interromper a prestação do serviço, foi firmado um contrato temporário com o Banco do Brasil. O BB, cujo contrato com a ECT para o Banco Postal tinha acabado, poderá ficar até mais três anos à frente da rede. Para isso, pagará R$ 5 milhões por mês, além de um adicional por faturamento. A estimativa da instituição é que o desembolso mensal seja de R$ 24 milhões. Trata-se de um valor bastante inferior ao desejado pelos Correios na licitação. A ECT esperava receber R$ 1,2 bilhão por um contrato de dez anos, mais uma tarifa por transação e bônus de performance por agência.

Campos esteve hoje com o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, a quem disse ter feito um relato das últimas ações para recuperar financeiramente a empresa. O executivo também afirmou ter parabenizado Meirelles pelas medidas que tentam baixar as taxas de juros pelo crédito rotativo dos cartões – uma bandeira que Campos, ex-deputado federal pelo PSD de São Paulo, defendia vigorosamente na Câmara.

Fonte: G1