Ex-ministro da Fazenda defende privatização do BB; quais são as chances?

Publicado em: 24/04/2022

O ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles defendeu nesta terça-feira (19) a privatização do Banco do Brasil (BBAS3). A Eletrobras (ELET3) também foi mencionada, chamada de parte das “grandes estrelas” em poder do governo federal.

“Não faz sentido o governo federal ter duas grandes instituições financeiras”, disse o ex-ministro se referindo ao Banco do Brasil (BB) e Caixa Econômica Federal.

Meirelles, que deixou o cargo de secretário de Fazenda do Estado de São Paulo neste mês, tem a intenção de concorrer a algum cargo nas eleições. Para ele, privatizar o BB seria mais fácil por se tratar de uma instituição que tem grande quantidade de ações espalhadas pelo mercado.

Segundo o ex-ministro, num cenário em que o Banco do Brasil fosse privatizado, as atividades da Caixa Econômica Federal seriam direcionadas à ações sociais.

Por fim, ele defendeu que a discussão de desestatização da financeira deve acontecer no início do próximo mandato presidencial, já que um governo eleito com a força popular sempre reúne condições de discutir programas consistentes de reformas e privatizações com o Congresso no primeiro ano de governo.

Quais são as chances de privatizar o Banco do Brasil?

Privatizar uma empresa estatal não é tão fácil quanto se fala. A exemplo disso, temos a Eletrobras (ELET3) que teve a desestatização aprovada pelo Congresso em junho de 2021, mas ainda aguarda julgamento do Tribunal de Contas da União (TCU) — previsto para esta quarta-feira (20) — para aprovar a privatização.

De fato, a privatização do Banco do Brasil (BBAS3) sempre esteve no radar do Ministério da Economia, chefiado por Paulo Guedes, assim como a Petrobras (PETR4).

“Um plano para os próximos dez anos é continuar com as privatizações. Petrobras, Banco do Brasil, todo mundo entrando na fila, sendo vendido e sendo transformado em dividendos sociais”, declarou Paulo Guedes, em setembro do ano passado.

O ex-governador de São Paulo e atual pré-candidato à Presidência pelo PSDB, João Doria, também já afirmou que, caso eleito, deve privatizar o Banco do Brasil (BBAS3). O assunto já foi discutido com Meirelles, afirmou o ex-ministro e ex-presidente do Banco Central durante o governo Lula.

Por fim, Meirelles disse não ver nos dois candidatos que lideram as intenções de votos (ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente Jair Bolsonaro) disposição clara para reformas.

Fonte: Seu Dinheiro

 

Meirelles faz palestra motivacional para 6 mil gerentes do Banco do Brasil

Publicado em: 22/03/2018

São Paulo – O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, voltou na noite desta terça-feira, 20, para o Brasil, após terminar os compromissos na Argentina com a reunião ministerial do G-20.

Ao invés de ir para a Brasília, ele passa primeiro por São Paulo nesta quarta-feira, 21, onde tem palestra agendada com 6 mil gerentes do Banco Brasil. “Será uma palestra motivacional”, disse ele a jornalistas.

Questionado sobre as pesquisas qualitativas que encomendou para saber como está o eleitor brasileiro, Meirelles disse que os pesquisadores começaram os levantamentos de campo nesta terça-feira. O resultado só deve sair na semana que vem.

O ministro disse que estas pesquisas serão um dos fatores que ele vai levar em conta para decidir sobre eventual candidatura à Presidência da República. O prazo limite para ele decidir, afirmou, é até o início de abril.

Fonte: EXAME

Meirelles evita falar sobre fusão de BB e Caixa: ‘um assunto por vez’

Publicado em: 30/08/2017

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, evitou comentar nesta quinta-feira se o governo tem intenção de estudar a possibilidade de privatizar o Banco do Brasil ou a Caixa Econômica Federal. “Tem que ser tratado um assunto por vez”, disse Meirelles, que participou nesta noite do lançamento da 17ª edição do anuário Valor 1000, que premia as melhores empresas em 25 setores da economia.

“A privatização da Eletrobras é histórica, e acho que não é o momento de discutir outras privatizações. No geral, a minha opinião é favorável a privatizações, mas o país tem que estar preparado para essas ações”, afirmou o ministro.

Perguntado sobre a necessidade de existir, lado a lado, uma agência da Caixa e outra do BB, Meirelles disse que o modelo bancário no Brasil é lucrativo, mas intensivo em agências. Além disso, o foco dos dois bancos públicos é diferente, explicou. “Não há comparação entre o foco e a estrutura da Caixa e do Banco do Brasil”, disse, lembrando que grande parte da atividade do BB é rural, enquanto a caixa é mais focada em depósito e poupança.

Fonte: Credisul

País terá novo programa de crédito para microempresas

Publicado em: 26/12/2016

Em mais uma frente para tentar fazer a economia reagir, o governo lançará, em janeiro, um novo programa de Microcrédito Produtivo Orientado. Para amenizar a crise entre os pequenos empresários, o limite do faturamento das empresas que podem pegar esse dinheiro subirá de R$ 120 mil para R$ 360 mil. Os recursos serão repassados pelo Banco do Brasil e destinados a capital de giro. No entanto, o governo já espera que o empresariado faça esse tipo de operação para quitar dívidas mais caras e ter alívio no caixa durante a atual recessão.

Em agosto, O GLOBO revelou que bancos públicos e privados vinham se articulando para ampliar o escopo do microcrédito. Uma das demandas era, justamente, elevar para R$ 360 mil o teto de faturamento anual para empreendedores que podem ser beneficiados pelo empréstimo.

Em entrevista ao GLOBO, o presidente do Sebrae, Guilherme Afif Domingos, antecipou que acerta os últimos detalhes com o BB. Ele ressaltou que a prioridade é dar oxigênio às empresas sufocadas pela situação econômica.

– Há um grande clima de renegociação no país. O fornecedor prefere dar desconto a não receber. Assim como os bancos e até o governo – afirmou.

O BB já tem um programa como esse, lançado no governo Lula, mas é mais limitado. Esse tipo de empréstimo é custoso para a instituição por causa da consultoria. Um funcionário acompanha o negócio de perto e orienta o pequeno empreendedor. Para tirar esse custo da instituição, o Sebrae deve contratar como consultores ex-funcionários aposentados do Banco do Brasil para fazer esse acompanhamento.

– O cara que seguir a orientação da consultoria ainda fica com a garantia do fundo de aval do Sebrae – disse Afif.

Empresas financeiras no Simples
Ele explicou que o Sebrae tem um fundo que pode garantir até R$ 750 milhões em empréstimos. Segundo Afif, ele foi criado há 20 anos e só cresceu por causa da adimplência dos pequenos empresários.

O presidente do Sebrae disse ainda que pediu ao ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, que aumente o direcionamento dos depósitos compulsórios para o microcrédito de 2% para 4% dos recursos sobre depósitos à vista. O pleito teria sido feito há mais de um ano, mas ainda não entrou na pauta do Conselho Monetário Nacional (CMN).

Outra iniciativa que deve ser ressuscitada é a ideia de uma empresa financeira no Simples. Segundo Afif, havia um acordo com o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, para que isso fosse incluído num pacote de microempresa já aprovado pelo Congresso. No entanto, a regra foi vetada pelo Palácio do Planalto após pedido do Banco Central (BC). Depois do desconforto com o BC, o presidente da autoridade monetária, Ilan Goldfajn, teria chamado Afif para uma conversa e prometido nova legislação em seis meses. Assim, microempresas poderão emprestar capital próprio para outras microempresas.

Fonte: http://oglobo.globo.com/economia/pais-tera-novo-programa-de-credito-para-microempresas-20615011