Bancos querem rever home office; reunião acontece no dia 30

Publicado em: 28/07/2024

No dia 30 de julho, às 19h, será realizada uma plenária virtual com bancários em regime de teletrabalho. Serão debatidas condições de trabalho e temas relativos à Campanha Nacional 2024.

Para se inscrever, acesse este link. Depois de feita a inscrição, será enviado por e-mail ou SMS um código individual para acessar a live, que será transmitida no mesmo link.

Poderão participar somente bancários da base do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região que fizerem a inscrição até as 18h do dia 29.

Durante a segunda rodada de negociação para a renovação da Convenção Coletiva de Trabalho, o representante da Fenaban disse que, de acordo com os bancos, não há garantia sequer da manutenção do percentual dos bancários que estão em teletrabalho.

“O teletrabalho é uma realidade consolidada para os bancários. A regulamentação dessa modalidade já na Convenção Coletiva de Trabalho 2022/2024 é resultado da organização e da força da categoria bancária. Agora queremos ampliar esse modelo e avançar nas garantias”, afirma Neiva Ribeiro, presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo e uma das coordenadoras do Comando Nacional dos Bancários, que negocia a renovação da CCT com a Fenaban (federação dos bancos).

Conquistas da Campanha Nacional 2022

Na Campanha Nacional Unificada de 2022, os bancários conquistaram uma série de garantias e direitos para os trabalhadores em home office, dentre eles:

Obrigatoriedade de controle da jornada de trabalho;
Direito à desconexão;
Intervalos para refeição e períodos de descanso, como férias, feriados e fins de semana;
Ajuda de custo de R$ 1.036,80 com reajuste pelo INPC + 0,5% de ganho real em 2023 (4,58%);
Fornecimento de equipamento e sua manutenção pelo banco;
Plano de telefonia móvel;
Proteção à bancária vítima de violência doméstica;
Treinamento de gestores para evitar abuso de cobrança e assédio, dentre outros.

Despesas dos bancários X economia dos bancos

Despesas administrativas (aluguéis, água, energia, gás, materiais, reparação e conservação de bens, segurança e vigilância, instalações) dos cinco maiores bancos tiveram queda real de 17% em relação a 2019 e 3% em relação a 2022.

Por outro lado, itens que impactam no teletrabalho estão com inflação mais elevada do que a média geral (3,34% nos 12 meses encerrados em maio), com destaque para ar-condicionado (11,02%), aluguel e taxas (4,60%), energia elétrica (4,38%) e plano de telefonia móvel (4,38%).

Mais de 200 mil bancários em teletrabalho na pandemia

Até 2019 o regime de teletrabalho era restrito em algumas áreas de alguns bancos, aplicados normalmente aos profissionais da área de Tecnologia da Informação

Essa realidade mudou a partir de 2020. Com a pandemia de Covid tendo atingido o Brasil naquele ano, o movimento sindical bancário atuou fortemente junto aos bancos para que os trabalhadores permanecessem em home-ofice como forma de protege-los.

Como resultado de uma mesa de negociação específica sobre o tema, cerca de 230 mil bancários (aproximadamente 50% da categoria) foram inseridos no regime de Teletrabalho logo no início da pandemia.

De acordo com a Pesquisa Febraban de Tecnologia Bancária em 2023, a estimativa dos bancos é que em 2023, 53% dos trabalhadores das áreas internas operavam em modelo de teletrabalho total ou híbrido.

Fonte: Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região

Bancário permanece em home office para acompanhar tratamento de filho autista

Publicado em: 09/04/2023


O Sindicato dos Bancários do Tocantins conquistou uma importante decisão para um bancário do Banco do Brasil. O Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região (TRT-10) manteve sentença determinando que o funcionário continue trabalhando em home office para que possa acompanhar o tratamento de seu filho, diagnosticado com Transtorno do Espectro Autista (TEA).

No processo ficou claro que o bancário necessita permanecer em home office, pois o filho demanda tratamento médico específico e uma série de terapias multidisciplinares que precisa da presença dos pais.

Estamos no Abril Azul, mês dedicado à conscientização sobre o Autismo, e decisões que garantem aos pais o direito de trabalhar e acompanhar o tratamento dos filhos diagnosticados com TEA é uma conquista muito importante para o bancário e família.

O Sindicato já ganhou outras ações nesse sentindo, desde a redução de carga horária de trabalho a transferência de bancário para trabalhar em outro estado em razão do tratamento do filho.

Fonte: Sindicato dos Bancários do Tocantins

Sindicato e BB debatem home office, condições de trabalho e metas no Cenesp

Publicado em: 07/11/2022


Recentemente, sindicalistas reuniram-se com administradores dos prefixos vinculados a Diretoria de Operações (DIOPE), situados no Centro Empresarial Santo Amaro em São Paulo (CENESP), e com a área de Gestão de Pessoas em São Paulo (GEPES-SP) a fim de tratar de questões ligadas ao home office, condições de trabalho e cobrança de metas.

Pontuou-se a preocupação com o fato de o corpo gerencial estar exagerando na cobrança de metas e utilizando o teletrabalho como “moeda de troca” para alocação dos trabalhadores nesta modalidade de trabalho.

Apesar da regra interna do banco preconizar apenas 30% do quadro dos funcionários em home office e de ausências programadas, o movimento sindical esperava que, já no início do Trabalho Remoto Institucional (TRI) houvesse rodizio programado entre os funcionários dentro do percentual estipulado pelo BB, para que todos pudessem ser contemplados.

Até agora, contudo, houve pouca movimentação neste sentido, e denúncias apontam que colegas já em home office estão sendo ameaçados a sair deste regime de trabalho, caso não atinjam as metas do período; e bancários que não estão em teletrabalho são coagidos ao cumprimento imediato das metas.

“Este método de cobrança de metas é muito ruim. Deixa na mão da gerência média a decisão de colocar em home office quem acharem melhor, com critérios pouco conhecidos e subjetivos. Isto tem aumentado as reclamações sobre conflitos nos locais de trabalho e assédio”, afirma Diego Pereira, o Peppe, dirigente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e região.

“Estamos acompanhando denúncias feitas na Ouvidoria Interna que expõem a falta de clareza nesse tipo de definição e, também, mas contendas pessoais entre gestores e subordinados, piorando o ambiente de trabalho”, acrescenta o dirigente.

Os sindicalistas solicitaram, portanto, que seja estabelecido um rodízio com a participação de todos os colegas, sem exceção, e o cumprimento daquilo que está estabelecido na norma interna da empresa: que o teletrabalho seja uma opção para colegas que possam e queiram fazer, e haja a elegebilidade do processo, até a instauração das mesas de negociação sobre teletrabalho junto aos negociadores do banco. A administração dos Centros de Negócios vinculados à DIOPE em SP no CENESP se comprometeu a analisar esta solicitação.

“A empresa já possui como ferramenta as avaliações na GDP atreladas ao ATB [acordo de trabalho] para a cobrança de metas dos funcionários, que também são vinculadas ao recebimento de PLR e programa de premiação (PDG), não havendo necessidade de se punir, cobrar e ameaçar duas vezes os bancários pelo atingimento das metas. Esta postura pode aumentar o assédio moral e piorar o clima organizacional nas unidades, bem como afetar negativamente a relação entre gestores e demais colegas”, alerta Willame de Lavor, dirigente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e região.

A reivindicação dos sindicatos e da Contraf-CUT é o aumento do percentual de colegas em home office para até 100% do quadro funcional, e de mais de 50% da jornada semanal em teletrabalho, com pagamento de ajuda de custo e demais benefícios.

São estas as reivindicações – agora corroboradas pelos relatos dos colegas dos prefixos vinculados à DIOPE – que serão apresentadas, no dia 21 de novembro, na mesa de negociação com o BB sobre o tema. Nesta mesa o banco irá apresentar o resultado dos projetos pilotos sobre o tema realizados em algumas áreas sobre.

Fonte: Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região

Banco do Brasil apresenta a implementação do Trabalho Remoto Institucional

Publicado em: 18/03/2022


A direção do Banco do Brasil apresentou para a Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), em reunião realizada na manhã desta quinta-feira (17), a proposta de Trabalho Remoto Institucional (TRI) que será implementada ainda no mês de março.

Os funcionários só poderão trabalhar em home office por dois dias na semana. Para cada departamento ficará estabelecido, no máximo, 30% de ausências físicas programadas da dotação da dependência, incluindo-se férias, abonos e trabalhadores do grupo de risco que já estejam em home office. As ausências não programadas, como por exemplo ausências médicas, não estarão contempladas nesse cálculo.

“Embora haja esse percentual de ausências programadas, será possível colocar um percentual maior de bancários em home office, da ordem de 60 a 80%, desde que as diretorias e unidades façam opção pelo rodízio de funcionários que estariam semanalmente em teletrabalho nos seus departamentos”, avalia Getúlio Maciel, representante da Federação dos Bancários no Estado de São Paulo (Fetec-SP) na CEBB.

Inicialmente, esse projeto contemplava poucos locais de trabalho em departamentos. Porém, o modelo avançou para todas as áreas, como diretorias e unidades. Para tanto, será preciso respeitar os critérios já acordados anteriormente no acordo específico de teletrabalho do BB, aprovado pelos funcionários no final de 2020, como a voluntariedade e mútuo acordo entre o banco e o funcionário; elegibilidade do processo de trabalho para o teletrabalho e elegibilidade do funcionário para esse tipo de trabalho.

O coordenador da CEBB, João Fukunaga, lembrou que o teletrabalho institucional é a possibilidade de trabalhar um período, em modelo híbrido, de casa. “A proposta do banco não contempla o que desejamos, que seria uma abrangência maior das pessoas em home office; mas com o acompanhamento e a devida avaliação periódica pela empresa e representantes dos trabalhadores, poderemos conseguir mais avanços, e nesse momento, o teletrabalho virá ao encontro de muitos trabalhadores. Neste momento, depois de um ano e meio, temos de consolidar a implementação, ela não é perfeita mas queremos e podemos avançar muito e conseguir a melhor forma de termos um teletrabalho justo e coerente”, avaliou.

Os representantes dos funcionários cobraram ainda atenção e melhor avaliação em relação aos trabalhadores dos Escritórios Digitais e das Centrais de Relacionamento do Banco do Brasil (CRBB), que podem não ser contemplados nesse momento. “São colegas que fazem atendimento presencial externo, e conseguiriam fazer o trabalho remotamente. Nas CRBBs, os problemas vão além, já que muitos desses locais de trabalho aparentam insalubridade e precisam de melhorias. Portanto, é importante contemplar esses colegas nesse novo tipo de trabalho”, completou Fukunaga.

Conheça os principais prontos da proposta:

  • Autoriza o início do uso do Trabalho Remoto Institucional – TRI, mantendo as premissas do ACT Teletrabalho 2021-2023: Elegibilidade dos processos, Elegibilidade do funcionário e Mútuo Acordo.
  • Estabelece o percentual diário de ausências físicas dos funcionários (incluindo TRI) em no máximo 30% da dotação da unidade.
  • Estabelece a frequência de trabalho remoto em até dois dias na semana ou equivalente mensal caracterizando o trabalho remoto híbrido.
  • Excepcionalmente, para unidades onde as mudanças físicas em função de estratégias adotadas anteriormente impeçam a adoção do TRI na frequência e percentuais acordados com as áreas gestoras, essas condições poderão ser flexibilizadas temporariamente.

Fonte: Contraf-CUT

BB não pode convocar empregados do grupo de risco à agência, diz Justiça

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O Órgão Especial do Tribunal Superior do Trabalho rejeitou recurso do Banco do Brasil S.A., que pretendia, por meio de correição parcial, afastar decisão da Justiça do Trabalho da 1ª Região (RJ) que havia mantido o trabalho remoto de empregados do grupo de risco para a covid-19 e vedado sua convocação para o trabalho presencial. Por unanimidade, o colegiado confirmou o entendimento de que o caso não se enquadra como situação extrema e excepcional que autorize a atuação correcional, uma vez que a determinação, diante do agravamento da pandemia, foi razoável e proporcional à proteção da saúde e da segurança dos empregados considerados grupo de risco.
Convocação

Em novembro de 2021, o banco editou norma interna determinando o retorno dos bancários do grupo de risco que, até então, estavam em teletrabalho, de forma que, até o fim de dezembro, todos tivessem voltado ao trabalho presencial. Contra a medida, o Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários de Niterói e Regiões ajuizou ação coletiva, com o argumento de que a medida era contrária ao acordo coletivo de trabalho específico sobre esse grupo, firmado em março de 2021 com vigência de dois anos. Com o indeferimento de tutela de urgência para sustar o ato, o sindicato impetrou mandado de segurança e obteve liminar favorável.

Análise equivocada

Na correição parcial, apresentada diretamente à Corregedoria-Geral da Justiça do Trabalho (CGJT), o banco sustentou que a juíza que deferira a liminar teria efetuado uma análise equivocada das cláusulas do acordo coletivo. Segundo o BB, a norma garantia apenas a priorização do trabalho remoto para os empregados do grupo de risco “quando as condições assim exigirem ou recomendarem, e consoante definição do empregador”.

Ainda de acordo com o banco, a decisão era uma “intolerável interferência” do poder público na esfera privada, “cerceando o livre exercício da atividade econômica”, sobretudo porque havia provado o cumprimento das medidas legais e das recomendações das autoridades públicas competentes no combate à pandemia. Outro argumento foi o de que a atividade bancária é essencial e que os bancos foram autorizados a retomar o atendimento, e o não retorno desses empregados poderia acarretar prejuízos e comprometer o atendimento das necessidades inadiáveis das comunidades locais.

O então corregedor-geral da Justiça do Trabalho, ministro Aloysio Corrêa da Veiga, chegou a determinar a realização de uma audiência de conciliação, que se mostrou inviável. Em decisão monocrática, ele julgou o pedido do banco improcedente, levando a instituição a interpor o agravo julgado pelo Órgão Especial.

Medida incabível

Em seu voto, o ministro explicou que, de acordo com o artigo 13 do Regimento Interno da CGJT, os limites de atuação do corregedor-geral, em correição parcial, são claros. “Trata-se de medida excepcional, sendo cabível para corrigir erros, abusos e atos contrários à boa ordem processual”, afirmou. Além disso, trata-se, em liminar, de medida condicional, somente cabível quando não houver recurso ou outro meio processual cabível contra a decisão questionada. No caso, o recurso cabível contra a decisão da Justiça do Trabalho da 1ª Região seria o agravo regimental, que já foi interposto pelo BB.

Cenário epidemiológico

O ministro ressaltou que, a partir da mudança no panorama epidemiológico do país no fim de 2021 e no início de 2022, com a identificação da variante ômicron, a CGJT passou a entender que a ordem de abstenção de convocação ao trabalho presencial, quando ponderada em face dos princípios da livre iniciativa e do poder diretivo do empregador, tem maior preponderância, diante da situação de excepcionalidade institucional e da necessidade de proteger a saúde e a segurança dos empregados considerados como grupo de risco.

Outra particularidade identificada no caso é que a decisão questionada não se mostrou genérica ou pautada em elementos abstratos, mas analisou, de forma efetiva, o teor da cláusula coletiva que ampara a pretensão do sindicato profissional. (GL/CF)

Processo: CorPar-1001617-21.2021.5.00.0000

O Órgão Especial do TST é formado por 17 ministros, e o quórum para funcionamento é de oito ministros. O colegiado, entre outras funções, delibera sobre disponibilidade ou aposentadoria de magistrado, escolhe juízes dos TRTs para substituir ministros em afastamentos superiores a 30 dias, julga mandados de segurança contra atos de ministros do TST e recursos contra decisões do corregedor-geral da Justiça do Trabalho.

Fonte: Comunicação Social do TST

 

 

Retomada do home office no BB reforça debate sobre Estratégia Saúde da Família

Publicado em: 12/03/2022


Na última semana, os trabalhadores do Banco do Brasil conquistaram, junto à mesa de negociações com o banco, o retorno ao home office para os funcionários do grupo de risco e os com mais de 60 anos. “Esse foi um avanço dos trabalhadores para assegurar a saúde daqueles que sofrem com alguma comorbidade e dos mais frágeis, do ponto de vista médico. Precisamos, agora, prosseguir para uma outra e tão importante discussão que é o papel da Cassi no fortalecimento da Estratégia Saúde da Família, fundamental, principalmente, para os pacientes do grupo de risco”, destaca o ex-gerente executivo da Cassi e funcionário da ativa do BB, Alberto Junior.

Desde o ano passado, representantes dos funcionários do BB no movimento sindical e entidades associativas vem denunciando mudanças estruturais na Cassi em prejuízo dos associados. Entre as principais alterações estão a terceirização da Telemedicina para a empresa norte-americana Iron, instalada no Brasil desde 2020 e que teve seu primeiro contrato relevante no país com a Cassi. “Nós estranhamos que uma empresa novata no mercado brasileiro é contratada, logo de primeira, pelo maior plano de saúde de autogestão do país”, pontua o coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), João Fukunaga.

Alberto Junior, por sua vez, identifica que a terceirização tende a aumentar os custos da Cassi e reduzir a qualidade dos serviços aos associados. “A cada novo contato com o Teleatendimento da Cassi, ao invés de ser direcionado à Estratégia Saúde da Família (ESF), ligado às CliniCassi, o associado é encaminhado para um médico diferente do mercado”, alerta.

Ele explica que a ESF é um modelo adotado pelos sistemas de saúde mais modernos do mundo. “Isso porque, nela, o paciente é acompanhado, durante toda a sua trajetória, por uma equipe multidisciplinar, aumentando as chances de diagnósticos e tratamentos corretos, consequentemente reduzindo os custos nos sistemas de saúde”, completa. “Em outras palavras, quando a Telemedicina indica um médico diferente, cada vez que o associado precisa de atendimento, além de prejudicar o tratamento dos associados, aumenta os custos da Cassi”, pontua Junior.

O movimento sindical tem ainda feito reivindicações quanto ao Programa de Assistência Farmacêutica (PAF), que teve sua lista de medicamentos abonáveis reduzida em 1.818 produtos, desde 2019. Outra preocupação é o desmonte da rede credenciada, diminuída em cerca de 5.400 prestadores e serviços desde 2016.

Fonte: Sindicato dos Bancários de Porto Alegre e Região

Justiça determina que BB retome o home office para funcionários de áreas administrativas

Publicado em: 20/01/2022


A 28ª Vara do Trabalho em São Paulo acaba de determinar, em caráter de tutela antecipada, que funcionários do Banco do Brasil lotados em prédios administrativos ou departamentos, , sem atendimento ao público, sejam recolocados em home office imediatamente. A decisão, da juíza Ana Cristina Magalhães Fontes Guedes, foi uma resposta à ação de autoria do Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região.

Na decisão, a juíza também determina que o Banco do Brasil volte a adotar o protocolo de segurança que previa o fechamento de dependência do banco (agências ou departamentos) para sanitização quando algum trabalhador tivesse testado positivo para covid-19 e estado presente na unidade em até 72 horas anteriores. O BB havia alterado, no dia 4 de janeiro, sem qualquer negociação com o Sindicato, seu Manual do Trabalho Presencial (o protocolo de segurança contra covid), retirando do manual esta medida, que é fundamental para deter as contaminações entre trabalhadores e clientes da instituição financeira.

A decisão prevê, em 48 horas, multa diária de R$ 50 mil caso o banco descumpra alguma das determinações. A importância deve ser destinada ao Instituto Butantan, por ser, segundo o texto da juíza, a “instituição vinculada à Secretaria de Saúde de São Paulo e responsável pela pesquisa e produção de vacinas no Estado de São Paulo.”

“A falta de negociação e as práticas negacionistas por parte da Diretoria de Operações do BB – que cada vez mais vem implementando políticas do atual governo contra os funcionários – nos leva a recorrer em todas as instâncias. O BB deveria respeitar as negociações e os trabalhadores, pois a vida vale muito mais. Devemos comemorar a liminar, mas é importante lembrar que uma decisão da Justiça jamais pode excluir a necessidade de nos organizarmos e nos mobilizarmos, pois os ataques este ano continuarão”, lembra o secretário executivo de Administração e Organização do Sindicato e coordenador nacional da Comissão de Empresa do Funcionários do BB (CEBB), João Fukunaga.

“Essa é uma decisão muito importante, que protege os trabalhadores. A decisão da juiza Ana Cristina Magalhães Fontes Guedes mostra humanidade neste momento de profunda crise sanitária e insegurança. Uma humanidade que faltou a essa direção do BB, alinhada a esse governo negacionista”, comenta o dirigente da Fetec-CUT/SP e integrante da CEBB, Getúlio Maciel.

O dirigente acrescenta que, segundo apurou o Sindicato, em janeiro já chegam a 500 o número de trabalhadores do BB na capital paulista que testaram positivo para o coronavírus. “Isso com certeza é uma consequência dessa atitude irresponsável e criminosa do banco de se recusar a fechar a higienizar agências e departamentos.”

“O apelo do Sindicato à Justiça do Trabalho deveu-se ao fato de que o Banco do Brasil rechaçou qualquer tentativa de negociar. O Sindicato procurou o banco tentando resolver o problema pelas vias negociais, mas o BB desprezou todas essas tentativas. A decisão da 28ª Vara do TRT prova para o banco que ele pode muito, mas não pode tudo”, ressaltou a advogada responsável pela ação, Lúcia Porto Noronha, do escritório Crivelli Advogados Associados, que presta assessoria ao Sindicato.

Em relação às agências, conforme os protocolos anteriores, o Sindicato irá cobrar do banco a redução do horário de atendimento, bem como o contingenciamento do atendimento ao público, para evitar mais contaminações e risco aos funcionários.

Entenda

No dia 4 de janeiro, de forma unilateral, o Banco do Brasil retirou de seu Manual do Trabalho Presencial (o protocolo de segurança contra a covid-19) o item que previa o fechamento de qualquer dependência do banco onde um trabalhador, que esteve no local nas últimas 72 horas, tivesse testado positivo para a covid-19. A medida previa ainda que a dependência fosse adequadamente higienizada, e que seus funcionários fossem para a casa, retornando após a sanitização, e tendo essa falta abonada.

A decisão unilateral do BB foi tomada no dia seguinte a um protesto do Sindicato contra o não fechamento de um andar de prédio administrativo do banco onde um bancário havia testado positivo. O banco respondeu ao Sindicato que não tinha condições de cumprir a medida que previa o fechamento para sanitização e, no dia seguinte, apagou esse item do manual.

Diante disso, o Sindicato procurou diversas vezes o banco para protestar contra a decisão irresponsável e autoritária, mas, sem respostas positivas do banco, apelou para a Justiça.

Fonte: Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região

 

Sindicato reivindica implementação do teletrabalho no Banco do Brasil

Publicado em: 15/10/2021


Diante da decisão da direção do Banco do Brasil de considerar terminada a pandemia do coronavírus – levando em conta os comunicados internos de convocação dos trabalhadores ao trabalho presencial –, o Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e região encaminhou, na segunda-feira 11, ofício notificando o banco sobre a necessidade de urgência para implementação do regime de trabalho em home office, cujas premissas já foram contempladas em acordo especifico assinado entre o BB e a Contraf-CUT.

No comunicado enviado aos funcionários, o banco faz menção ao compromisso de cumprimento dos protocolos de segurança e saúde, previstos na legislação e no Manual do Trabalho Presencial interno da empresa, no qual os trabalhadores são orientados a evitar o horário de pico no transporte público para o trabalho, bem como a possibilidade de flexibilização e redução da jornada de trabalho em uma ou duas horas para quem trabalha, respectivamente, seis ou oito horas. Em face disto, o Sindicato reivindica o escalonamento dos horários de chegada dos funcionários que trabalham nos departamentos de prédios.

Nesse mesmo manual, além de preconizar o retorno do trabalho presencial de forma gradual, considerando o momento da pandemia, o banco comete o ato falho de orientar que ‘sempre que a natureza do trabalho permitir, parte dos funcionários de uma mesma equipe poderá permanecer em trabalho remoto, preservando-se o maior número possível de indivíduos e evitando-se a eventual contaminação de todas as pessoas de uma mesma área’, também motivo pelo qual corrobora a notificação enviada pelo Sindicato ao banco para a imediata implementação do teletrabalho.

Durante a semana do dia 4 de outubro, o Sindicato reuniu-se com funcionários e gestores dos prefixos vinculados à Diretoria de Operações em São Paulo, a fim de assegurar que o banco ao menos faça cumprir os protocolos de segurança aos quais se comprometeu com o funcionalismo, principalmente quanto à fiscalização pela GEPES, SESMT, Cipa e movimento sindical.

“A situação se torna mais complicada quando a própria empresa não se compromete consigo, com seus próprios compromissos, e com os funcionários, porque gera muita insegurança e prejudica sobremaneira a confiança entre todos no banco, que deve ter o cuidado com o joguete de palavras, já que tratam-se de vidas”, diz Getúlio Maciel, representante da Comissão de Empresa BB e dirigente sindical do Fetec-CUT/SP.

O Sindicato reafirma a cobrança para que o banco faça valer os compromissos de segurança, profilaxia, saúde e preservação da vida dos funcionários e suas famílias, não só nos locais de trabalho, mas também indicando as áreas, equipes e funções que já podem ter assegurado o trabalho remoto.

“O trabalho presencial nos prédios do BB também tem se mostrado incompreensível, uma vez que, até agora, a empresa vem obtendo ganho de produtividade e redução de custos, e já há tecnologia necessária para manutenção do home office. Tal medida só pode dialogar com uma atitude político-ideológico negacionista do governo Bolsonaro, que coloca em risco à vida da população brasileiro como um todo”, argumenta Getúlio Maciel.

Fonte: Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região

Concurso Banco do Brasil: trabalho remoto promete economia de R$ 1 bilhão

Publicado em: 02/09/2021


Ao que tudo indica, os próximos aprovados no concurso Banco do Brasil podem se preparar para a possibilidade de trabalharem em home office. Projetos recentes do banco trazem foco no trabalho remoto e remodelação dos escritórios.

De acordo com Gustavo Henrique, gestor de engenharia e patrimônio do Banco do Brasil, o banco instaurou um projeto, que se transformou em um programa, focado em melhorar a forma de trabalhar e os conceitos de transformação dos espaço.

Com o trabalho remoto, o banco se esforçou para equalizar e melhorar os ambientes e os conceitos de trabalho. Os pilares foram eficiência mobiliária, mudança organizacional e cultura e uma transformação digital com itens de tecnologia

Com isso, os modelos dos escritórios passaram por mudanças. Ao todo, 43 prédios foram utilizados como público alvo, em que foram utilizados o conceito de open space, de compartilhamento de assentos.

Por exemplo, um funcionário do Banco do Brasil, ao trabalhar em home office, poderia agendar uma sala e uma estação de trabalho, compartilhando com outros colegas, em datas pré-definidas.

Estas medidas otimizaram os espaços e em torno de 40% dos edifícios do Banco do Brasil poderão passar por desocupações ou vendas.

“O trabalho remoto é a alavanca que vai trazer a otimização do espaço”, comentou o gerente. “Ao longo de 10 anos, teremos uma economia e eficiência de mais de 1 bilhão de reais”.

Fonte: Direção Concursos

Pesquisadora debate sobre home office e correspondentes bancários

Publicado em: 06/05/2021


Bárbara Vallejos*

A precarização do trabalho atinge as mais diversas categorias do trabalho e o ramo financeiro não fica de fora desta realidade. Em debate virtual realizado com o coletivo bancários na luta do sindicato dos bancários de São Paulo e com dirigentes do Sindicato dos bancários de Santos de Santos e Região, no último dia 3 de maio, a pesquisadora Bárbara Vallejos* tratou de alguns aspectos da precarização do trabalho bancário, em especial dos correspondentes bancários e do trabalho em home office.

A propósito dos correspondentes bancários, tema de sua dissertação de mestrado defendida no ano de 2018 pelo Instituto de Economia da UNICAMP intitulada “Correspondentes Bancários e Terceirização: o subterrâneo das relações de trabalho no Setor Financeiro no Brasil” , trata-se de uma forma burlada de terceirização de atividade fim dos bancos que consistem em “parcerias estabelecidas entre as instituições financeiras (contratantes) e empresas do setor de comércio varejista, Correios, lotéricas, imobiliárias, etc. para a prestação de serviços financeiros”.

380 mil pontos de atendimento

Conforme explicou Bárbara, surgida sob a bandeira de levar o sistema financeiro para lugares distantes dos grandes centros urbanos os correspondentes bancários cresceram brutalmente, chegando a 380 mil pontos de atendimento, superando em 16 vezes o total de agências bancárias. Na prática, trata-se da mais aguda alteração das relações de trabalho no setor financeiro verificada nos últimos anos, a partir de uma profusão destes trabalhadores que chegam a ganhar 80% a menos do que um trabalhador bancário, além do baixo acesso a direitos e benefícios.

Trata-se, no fim das contas, do desemprego de trabalhadores bancários diretos, protegidos pela Convenção Coletiva de Trabalho Nacional dos Bancários, com emprego da explícita terceirização de atividade-fim.

A propósito do trabalho de home office, modalidade de trabalho que ganhou muito destaque dado o contexto da pandemia, Bárbara apresentou também diversos aspectos desta realidade que foi exposta pelo DIEESE por meio de Nota Técnica publicada no último dia 12 de abril.

Alto grau alto de adoecimento

No ano passado, no auge da primeira onda da COVID 19 metade da categoria bancária chegou a trabalhar de home office, tendo sido verificado alto grau alto de adoecimento, maiores e mais intensas jornadas de trabalho, sendo que em muitos casos o banco não se responsabilizou por nenhum equipamento de trabalho, além de outros problemas como o aumento de gastos a cargo do trabalhador em decorrência do trabalho em domicílio. Bárbara tratou a fundo destas questões que, em sua visão, deverão ser encaradas em breve pelo movimento sindical no que tange a necessidade de regulamentação.

O debate contou com ativa participação dos sindicalistas presentes, que trataram dos diversos aspectos levantados por Bárbara, bem como outros temas a exemplo da necessidade dos sindicatos dos bancários encamparem a bandeira da organização sindical dos correspondentes bancários, que via de regra estão desassistidos em termos sindicais.

O Observatório dos Trabalhadores Terceirizados (OTTS), por meio do Economista e gestor do portal Sammer Siman, participou deste debate que colocou em evidência diversas questões acerca da precarização do trabalho bancário e os desafios da luta sindical.

*É doutoranda e Mestre em Desenvolvimento Econômico no Instituto de Economia da UNICAMP, docente e Coordenadora de Pós-Graduação da Escola Dieese de Ciências do Trabalho e Professora Convidada da FESP-SP

Com avanço de serviços digitais e home office, BB reduz gastos em R$ 690 milhões até 2025

Publicado em: 14/08/2020


Com o avanço dos serviços digitais e do home office, o Banco do Brasil quer reduzir em R$ 690 milhões os gastos com aluguel e manutenção de imóveis nos próximos cinco anos. Por isso, promete otimizar o uso do espaço físico dos escritórios e das agências bancárias e ainda planeja vender imóveis avaliados em R$ 500 milhões.

Vice-presidente corporativo do Banco do Brasil, Mauro Ribeiro Neto contou no dia 6 de agosto que a preocupação com a otimização do uso dos espaços físicos já existia, mas se aprofundou com a cultura do home office imposta pela pandemia do novo coronavírus. Por isso, agora o BB pretende reestruturar o espaço dos seus escritórios e ampliar a venda dos imóveis que podem ser desocupados.

“Nos prédios corporativos, a reestruturação dos espaços, fazendo escritórios compartilhados, vai gerar uma economia de R$ 690 milhões até 2025. A gente espera economizar R$ 185 milhões por ano a partir de 2023 com aluguel, energia e todas as despesas relacionados ao espaço físico, que são uma parte relevante do nosso programa de despesas”, calculou Neto.

Com a maior adesão ao home office e a otimização dos espaços, o BB ainda espera desocupar e vender alguns imóveis dentro do programa FlexyBB, que será implementado de forma faseada nos próximos três anos para reduzir o gasto com edifícios. “Teremos uma alienação de imóveis próprios de mais R$ 502 milhões até 2023”, revelou Neto, na coletiva de apresentação dos resultados financeiros do BB no primeiro semestre deste ano.

A adesão cada vez maior da tecnologia também por parte dos clientes ainda vai fazer com que o Banco do Brasil dê seguimento ao plano de reestruturação da sua rede de agências bancárias. Ao todo, 361 pontos de atendimento já foram fechados ou reestruturados pelo banco no último ano. Mas o vice-presidente de Negócios de Varejo do BB, Carlos Motta, garantiu nesta quinta-feira que esse processo continua nos próximos meses.

“É um processo contínuo na organização, a exemplo dos pares privados. No segundo semestre, continuaremos com a mesma desenvoltura na busca por eficiência na rede, para tornar essa estrutura mais leve e próxima do cliente e, sobretudo, na ótica do banco, da governança e dos acionistas, cada vez mais rentável”, avisou Motta.

Presidente do BB, Rubem Novaes lembrou, contudo, que nem sempre esse processo envolve o fechamento da agência. “Nossas agências têm diversos níveis. Havendo menor demanda, podemos rebaixá-la de nível, transformar em um posto de atendimento ou correspondente bancário, tudo no sentido de ir baixando o custo lá na ponta”, ponderou.

Economia

O BB ainda projeta uma economia de R$ 2,5 bilhões com a despesa de pessoal até 2025, devido ao plano de cargos e salários lançado no início deste ano, que estabeleceu metas e uma linha de promoção “baseada em performance”. Além disso, espera reduzir em R$ 150 milhões os gastos com energia, por meio de programas de eficiência energética e sustentabilidade. Por isso, ao todo, a instituição espera obter uma economia de R$ 3,3 bilhões com “produtividade, engajamento e modernização” até 2025.

Fonte: Blog Correio Braziliense

Home office: comissão dos funcionários apresenta proposta ao Banco do Brasil

Publicado em: 06/08/2020


Dentro das negociações da Campanha Nacional dos Bancários 2020, a Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB) apresentou nesta quarta-feira 5, aos representantes do Banco do Brasil, propostas para regulamentar o home office na empresa pública. A fim de resguardar a saúde e a vida dos trabalalhdores em meio à pandemia do novo coronavírus, o movimento sindical conseguiu que cerca de 300 mil bancários fossem transferidos para o regime de home office.

Questões como adoecimentos decorrentes do teletrabalho; aumento do valor das contas de água, luz e internet; custos com equipamentos para o trabalho não arcados pelos bancos e jornadas de trabalho são alguns dos problemas apontados pela categoria bancária, em uma pesquisa realizada entre os dias 1º e 12 de julho.

O levantamento serviu de base para a cláusula 56 da minuta de reivindicações, específica sobre o tema. Um dos itens da pauta é que os bancos arquem integralmente com os custos com a execução das atividades do trabalhador em teletrabalho, inclusive material de escritório, computadores, equipamentos ergonômicos, cadeiras, mesa, energia elétrica, banda larga e pacote de dados de internet. Além do pagamento de um auxílio home office, no valor de R$ 500.

Regulamentação do home office

Getulio Maciel, dirigente sindical e representante da CEEB pela FETEC-CUT/SP, enfatiza que apesar de a jornada de trabalho em home office no Banco do Brasil não estar resultando em desrespeito ao ponto eletrônico, uma série de questões devem ser regulamentadas, como a ergonomia da mesa e cadeira e trabalho, fornecimento de computador e custos com internet.

Uma outra preocupação levantada na negociação desta quarta-feira 5 é a questão dos trabalhadores com filhos em idade escolar, o que está gerando ainda mais estresse e adoecimento.

“Além das atividades decorrentes do trabalho, os bancários acabam se sobrecarregando por causa dos cuidados com os filhos, principalmente do isolamento social. Mas além do momento atual, temos de olhar o futuro e quais adoecimentos este novo regime de trabalho permanente podem acarretar”, ressalta Getúlio.

O Brasil não é signatário da Convenção 177 da Organização Internacional do Trabalho, que versa sobre o trabalho a domicílio. No país, o teletrabalho está previsto nos artigos 75- A a 75-E, da CLT, nos quais são estabelecidas, basicamente, a necessidade de previsão expressa no contrato de trabalho, que deve discriminar as atividades que serão desempenhadas pelo empregado, e dispor sobre responsabilidade pela aquisição, manutenção ou fornecimento dos equipamentos e da infraestrutura à prestação do trabalho remoto, bem como ao reembolso de despesas, e garantindo o prazo de 15 dias de antecedência para transição de regime presencial/remoto.

“O debate está só no início. É um tema complexo e novo e nós precisamos regulamenta-lo no Banco do Brasil, uma vez que a legislação trabalhista brasileira não oferece qualquer tipo de resguardo ao trabalhador”, afirma Getúlio.

Fonte: Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região

Home office e os novos modelos de espaços de trabalho no BB

Publicado em: 31/07/2020


Muitas empresas ainda estão com seus funcionários em home office devido a pandemia, e outras tantas já anunciam que permaneceram por mais três a cinco meses com equipes administrativas trabalhando remotamente. Com isso, o que se tem visto no mercado é que as empresas estão devolvendo escritórios e espaços comerciais. Um dos principais pontos ressaltados é que o home office trouxe economia com aluguéis e manutenção.

O Banco do Brasil, por exemplo, anunciou no início do mês que vai devolver 19 de seus 35 edifícios de escritórios em sete capitais e no Distrito Federal, com economia estimada em R$ 1,7 bilhão em 12 anos.

Desde 2019, o BB estuda redesenhar os espaços corporativos, utilizando espaços amplos ao invés de várias salas fechadas. A ideia é otimizar os espaços e isso tem sido implantado através do Programa Flex. “O Flex é preparar os espaços para o futuro, promover uma otimização de trabalho e dar flexibilidade às equipes. São ambientes planejados para isso, com salas de conferências menores para reuniões online, é toda uma gestão de tecnologia envolvida baseada na metodologia de um prédio inteligente, sem paredes entre equipes e gestores”, explica Cibele Vale, assessora da Diretoria de Gestão de Pessoas do BB.

Muito dessa flexibilização dos espaços atenderá também, em alguns momentos, os funcionários que trabalharão em home office. No BB, cerca de 30% dos funcionários vão continuar a atuar parcialmente de casa mesmo depois da pandemia.

Em entrevista recente o vice-presidente corporativo do BB, Mauro Ribeiro Neto, afirmou que a redução dos espaços será profunda e vai afetar as grandes áreas corporativas do BB, e que por hora não será aplicado a agências ou a pequenos escritórios espalhados pelo País. “Vamos nos concentrar nas lajes de maior porte, que permitem uma aplicação maior do escritório de conceito aberto (…) A medição de produtividade por permanência no escritório é coisa do passado. Precisamos deixar isso para trás”, diz o executivo.

Fonte: Agência ANABB

Pandemia faz BB devolver 19 de 35 edifícios de escritórios; economia será de R$ 1,7 bi em 12 anos

Publicado em: 09/07/2020


O coronavírus forçou mudanças mesmo nas empresas mais tradicionais do País. O Banco do Brasil resistiu por anos ao home office. No início de 2020, antes do início da pandemia de covid-19, a instituição financeira tinha um total de 257 pessoas de seus 93 mil trabalhadores trabalhando de casa (menos de 0,3%). Desde março, tudo mudou: o banco colocou 32 mil trabalhadores para trabalhar de casa. Agora, essa experiência em larga escala vai se traduzir em uma economia de R$ 1,7 bilhão em 12 anos, com a devolução de 19 de um total de 35 edifícios de escritórios que o BB hoje ocupa em sete Estados e no Distrito Federal.

De acordo com o vice-presidente corporativo do BB, Mauro Ribeiro Neto, o programa internamente apelidado de Flexy, que previa a modernização dos escritórios da instituição, estava sendo estruturado desde 2019, mas ganhou novo significado e mais velocidade durante a pandemia. O executivo diz que o banco, a exemplo de milhares de outras empresas, foi obrigado a testar o modelo remoto. A avaliação foi de que os resultados foram positivos e deixaram a proposta de transformação de espaços corporativos ainda mais ousada.

A redução de espaço será profunda e vai afetar as grandes áreas corporativas do BB – o Flexy, por ora, não está sendo aplicado a agências ou a pequenos escritórios espalhados pelo País. Do total de 5 milhões de metros quadrados de área locada do banco, 750 mil metros incluem escritórios de maior porte em Estados como São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia, Ceará, Minas Gerais, Paraná e Pernambuco, além do Distrito Federal. Com a aposta de longo prazo no home office, 38% desses espaços, ou 290 mil metros quadrados, serão devolvidos, segundo o executivo.

Restarão 16 grandes edifícios corporativos nessas localidades. “Vamos nos concentrar nas lajes de maior porte, que permitem uma aplicação maior do escritório de conceito aberto”, explica Ribeiro Neto. No redesenho dos espaços corporativos, o BB vai ficar mais parecido com os modelos associados a empresas de tecnologia: saem as estações de trabalho individuais e entram os espaços compartilhados; as salas de reunião ficam mais flexíveis, priorizando grupos menores; e o escritório ganha armários para que os funcionários guardem pertences pessoais, que devem ser levados para casa ao fim de cada expediente.

Por trás da mudança de perfil dos escritórios, que vai custar um total de R$ 500 milhões, deverá ser iniciada este ano e concluída em 2022, está também uma meta de economia: entre cortes de custos com aluguéis e manutenção, o BB prevê uma redução de gastos anual na casa de R$ 185 milhões. Em 12 anos, já descontados os valores gastos com a reforma, a economia não será nada desprezível: R$ 1,7 bilhão.

Muitas empresas estão buscando espaços mais flexíveis para o período pós-pandemia, uma vez que ficou claro que o home office é uma possibilidade a ser considerada. No BB, cerca de 30% dos trabalhadores – ou mais de 30 mil pessoas – vão continuar a atuar parcialmente de casa mesmo depois que a pandemia estiver controlada. “A medição de produtividade por permanência no escritório é coisa do passado. Precisamos deixar isso para trás”, diz o vice-presidente do banco.

Tendência

Segundo Fábio Maceira, presidente da JLL, companhia que administra espaços corporativos, as grandes empresas vão inevitavelmente repensar a função de seus escritórios no pós-pandemia. Tanto é assim que algumas companhias proprietárias de imóveis corporativos já começam a flexibilizar os contratos de aluguel para permitir permanências mais curtas. Muitos clientes, de acordo com o especialista, deverão optar por contratos mais flexíveis por algum tempo para medir com exatidão se precisam mesmo de todo o espaço que atualmente ocupam.

Fonte: Estadão

Após pandemia, 30% dos funcionários do Banco do Brasil ficarão em home office

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Com a pandemia do novo coronavírus e a necessidade de distanciamento social, a adoção do home office foi solução para muitas empresas. O isolamento social fez com que o Banco do Brasil deixasse 32 mil funcionários em trabalho remoto. Depois da pandemia, a instituição pretende adotar o modelo permanentemente para cerca de 30% do quadro.

A iniciativa permitirá que a instituição desocupe 19 prédios corporativos em sete estados e no Distrito Federal. Com isso, o banco estima que economizará R$ 1,7 bilhão em 12 meses, considerando custos de aluguel de imóveis, serviços, materiais, manutenção, água, gás e energia.

De acordo com instituição, a mudança vai exigir três anos de investimentos, mas já trará mais ganhos que gastos neste ano. Segundo projeção, a redução permanente de despesas a partir de 2022 será de R$ 185 milhões por ano.

Um estudo feito pelo banco mapeou 35 prédios corporativos, o equivalente a 750 mil metros quadrados. Com os funcionários em casa, a expectativa é de redução de 39% no espaço utilizado (290 mil metros quadrados).

A ação faz parte do projeto Flexy BB, que começou a ser pensado em 2019, mas foi adiantado por conta da pandemia. No projeto, há a criação de espaços colaborativos compartilhamento de estação de trabalho e redução de áreas ociosas.

“Com a implantação de trabalho remoto corporativo abrangente, vislumbramos ainda acelerar nossa transformação digital e cultural e melhorar a satisfação, a segurança e a saúde dos colaboradores, refletindo no aumento de performance”, afirmou vice-presidente corporativo do Banco do Brasil, Mauro Ribeiro Neto.

Segundo o banco, os espaços serão adequados às novas modalidades e condições de trabalho ainda neste ano, mas o plano deve ser colocado totalmente em prática em 2021.

“Pretendemos alinhar o espaço físico às exigências dos novos modelos de negócios, dos avanços tecnológicos e da própria mudança do mercado, sem perder a essência de nossa cultura empresarial”, disse Ricardo Forni, diretor de Suprimentos, Infraestrutura e Patrimônio da instituição.

Fonte: O Tempo

Operações em home office testam defesas de compliance na pandemia

Publicado em: 23/04/2020

Negócios de bilhões de dólares estão sendo feitos de mesas de cozinhas ou em quartos uma vez que operadores de mercados financeiros estão trabalhando em casa como medida para evitar a disseminação do coronavírus, colocando sob teste protocolos criados para fazê-los seguirem as regras.

Longe de escritórios, executivos encarregados por regras de compliance descobriram que não podem mais fiscalizar suas equipes, o que tem deixado alguns bancos e corretoras preocupadas sobre as atividades de seus operadores durante medidas de quarentena.

“O pessoal de compliance não pode andar pelos andares para ver o que realmente está acontecendo e ouvir parte das conversas”, disse Rahel Sexton, diretora de serviços forenses e de práticas de integridade da EY, em Londres.

E após enfrentarem multas de bilhões de dólares por manipulação de mercado, empresas financeiras estão dependendo de suas equipes de compliance contra abusos e para se manterem longe do radar de autoridades dos mercados.

“Há uma série de questões em termos de como um banco pode transmitir para uma sala de estar todo o excelente trabalho realizado em promover um comportamento cultural e ético”, disse Martin Pluves, presidente-executivo da Comissão de Padrões de Mercados (CFTC) da britânica FICC.

A entidade foi criada para melhorar a conduta nos mercados de renda fixa e commodities, e Pluves está planejando uma série de ações para que os participantes os ajudem a exitar potenciais armadilhas de conduta.

Enquanto isso, bancos estão cobrando de autoridades garantias de que não sofrerão sanções assim que a pandemia for resolvida, disse um alto executivo da área de compliance de uma corretora global.

A maior tarefa é garantir que os operadores não estejam utilizando seus telefones pessoais e que todas as transações tenham um rastro eletrônico que os reguladores podem verificar em caso de suspeitas.

“A maior parte dos reguladores tem sido compreensiva sobre as questões de auditoria, mas apenas a CFTC deu um alívio real sobre potenciais questões envolvendo gravações de voz”, disse o executivo, acrescentando que há algumas dificuldades como a realização a partir de casa de transações como block trades.

“Trabalhar de casa era muito raro antes da pandemia. Era coisa apenas para um importante operador que tivesse uma grande casa em um bairro chique”, disse Tim Carmody, vice-presidente de tecnologia da IPC, uma empresa norte-americana de sistemas financeiros.

Os ricos operadores novaiorquinos estão recebendo companhia de colegas em apartamentos de cidades como Auckland, London, Boston e São Paulo, em um momento em que bancos e corretoras estão atuando para se manterem ativos durante a pandemia.

Para ajudar os bancos a cumprirem regras de compliance, Carmody disse que a IPC instalou 10 mil gravadores de voz em casas de operadores nos Estados Unidos e Europa entre o começo de março e meados de abril.

“Temos visto quais clientes estavam preparados para isto e quais enfrentam problemas”, disse ele, acrescentando que enquanto grandes instituições financeiras instalaram centenas, se não milhares de kits nas casas de seus operadores, os bancos menores enfrentam dificuldades.

“Os agentes de compliance vão ter de correr para se adaptar e entender que os processos mudaram”, disse Sexton, da EY.

Fonte: Portal Terra