BB: lucro foi resultado de inadimplência de agro e ‘timing desfavorável’, diz CEO

Publicado em: 22/05/2025

Para a presidente do Banco do Brasil (BBAS3), Tarciana Medeiros, a combinação de inadimplência acima do esperado no agro e a entrada em vigor das regras da resolução 4.966 foram motivos do lucro líquido apresentado no primeiro trimestre de 2025. A queda fez com que o banco revisasse o guidance para o lucro, em decisão que a executiva afirmou não ter sido fácil, mas a mais prudente e que reforça compromisso de transparência, em teleconferência com analistas sobre os resultados nesta sexta-feira (16).

As ações do BB despencavam no dia 16 de maio. Por volta de 11h, os papéis lideravam as perdas do Ibovespa, recuando mais de 12%.

Tarciana afirmou que nenhum desses fatores de forma isolada causaria o efeito negativo na linha. No entanto, a pressão de inadimplência do agro em “timing desfavorável” com a implementação da resolução, somadas também à alta da Selic, foram responsáveis pelo lucro “abaixo do que acredito que seja tamanho ou potencial do banco”, segundo a CEO.

“O ciclo de pressão da inadimplência do agro está acima da média histórica”, afirmou a CEO. Ainda assim, a Tarciana afimou que “o agro não para e nem vai parar”, em outro momento da conferência.

“Mesmo com safra recorde, ainda há uma dificuldade de geração de margem dos nossos clientes e isso ainda gera atraso nos pagamentos”, afirma Felipe Prince, vice-presidente de Controles Internos e Gestão de Riscos do Banco do Brasil. Prince afirmou que ainda há fluxo de negócios concentrados nos próximos meses, com pagamentos ao fim do período. “Há um processo de atraso nesse pagamento, mas, por outro lado, você tem um novo plano safra que é lançado por agora, o que acaba atraindo os clientes para realização de regularização”, diz.

Transição suave

O banco discute com o Banco Central formas que permitam uma transição suave da instituição na implementação da resolução 4.966, após as mudanças contábeis instituídas com ela no começo do ano terem contribuindo para um forte aumento na inadimplência do primeiro trimestre.

“Já estamos abrindo conversa com regulador para levar proposições de tratamento diferente da carteira do agro”, afirmou Tarciana.

“São operações com fluxos de pagamento e recebimento diferentes…Faz todo sentido e precisamos fazer esse trabalho e esse é um dos motivos de permanecermos com ‘guidance’ em revisão porque depende de possível ajuste”, acrescentou a executiva.

O vice-presidente de gestão financeira do BB, Geovanne Tobias, afirmou que, após a inadimplência do segmento de agronegócio ter surpreendido no primeiro trimestre, “dados de abril demonstram ainda uma resiliência dessa inadimplência”, mas que o banco mantém por ora uma previsão de retorno aos acionistas de 40% do lucro este ano.

O executivo citou que o banco acredita que as medidas de cobrança mais intensas do banco vão surtir efeito e que isso, aliado aos retornos da safra recorde de soja e milho deste ano, vai ajudar a conter a inadimplência do segmento no segundo semestre.

Fonte: Infomoney

Lucro do BB no 1º trimestre recua e vai a R$ 7,4 bilhões, bem abaixo do esperado

Publicado em: 16/05/2025

Banco do Brasil (BBAS3) terminou o primeiro trimestre com lucro líquido ajustado de R$ 7,3 bilhões, queda de 20,7% ante o mesmo período do ano passado, mostra documento enviado ao mercado nesta quinta (15).

O número ficou bem abaixo da expectativa da Bloomberg, que aguardava lucro de R$ 9 bilhões.

É o primeiro recuo dos números após 16 trimestres consecutivos de crescimento anual do lucro. Além disso, foi o único, entre os grandes bancos, a apresentar redução.

Segundo o banco, a piora da inadimplência do agro, junto com a nova resolução da CMN nº 4.966/2021, que obriga os bancos a alinharem as práticas contábeis e de gestão de riscos aos padrões internacionais, puxou os números para baixo.

Desde do terceiro trimestre, o BB vem sentido efeitos de uma piora na inadimplência do agronegócio, já que o setor passa por uma alta expressiva do número de recuperações judiciais no setor.

Foram registradas 341 companhias nessa situação no primeiro trimestre de 2025, crescimento de 38% em relação ao mesmo período de 2024 e de 15,6% comparado ao quarto trimestre de 2024, segundo dados da Monitor RGF.

E as más notícias não param por aí. O ROE (retorno sobre o patrimônio líquido) despencou 498 pontos-base (bps), encerrando o trimestre a 16,7%.

Dessa forma, o banco não apenas perdeu o patamar de 20% de rentabilidade, número mágico olhado pelo mercado, como também encerrou abaixo do Itaú (ITUB4), que terminou com ROE de 23%, e Santander (SANB11), a 17%. O Bradesco (BBDC4) terminou o período a 14,4%.

Tal piora fez com que o Banco do Brasil pausasse sua projeção de guidance.

Para a CEO, Tarciana Medeiros, o primeiro trimestre foi um período de transição, especialmente por conta da nova regulação da contabilização e do aumento da inadimplência no segmento agro.

“Diante deste cenário, ratifico que seguimos focados no nosso compromisso de entregar um resultado condizente com o tamanho do Banco do Brasil”.

Inadimplência e despesas do Banco do Brasil

Uma das maiores preocupações dos analistas, o indicador de inadimplência acima de 90 dias encerrou a 3,9%, alta de 1 ponto percentual.

Já o índice de inadimplência do crédito agro, um dos vilões do trimestre, apresentou elevação de 1,44 ponto percentual em 12 meses, a 3,04%.

“Apesar do cenário positivo para a safra no Brasil em 2025, com uma colheita recorde, e do elevado percentual de garantias nessa carteira, há um estoque de operações que vem sendo tratado da safra 2023/2024, inclusive, por conta das recuperações judiciais no setor – que exigem maior provisionamento sob a nova regulação”

Além disso, o banco explica que o número foi impactado pelas despesas de perda esperada (conforme a Resolução CMN nº 4.966/21), somada aos descontos concedidos e deduzidas das receitas com recuperação de crédito, que alcançou R$ 10,2 bilhões.

provisão para créditos de liquidação duvidosa (PDD), colchão usado para os bancos se protegerem dos calotes, disparou 45% em relação a março do ano passado e 34% em comparação com dezembro, indo a R$ 89 bilhões.

De novo, o banco disse que o número foi prejudicado pela Resolução CMN nº 4.966.

Ou seja, o BB vai na contramão de seus pares, que ou tiveram queda na inadimplência, ou se mantiveram estáveis nos indicadores.

Outros indicadores

margem financeira bruta caiu 7,2% ano a ano, para R$ 23,9 bilhões, impactada negativamente pelo descasamento entre ativos prefixados e passivos pós-fixados (efeito da alta da Selic e TR) e pela nova regra da Resolução CMN 4.966, que:

  • Postergou o reconhecimento de juros de inadimplência (de 60 para 90 dias);
  • Mudou o reconhecimento dos juros no Estágio 3 para o regime de caixa, reduzindo a receita em R$ 1 bilhão;

As receitas com prestação de serviços somaram R$ 8,4 bilhões, com estabilidade em relação ao primeiro trimestre (crescimento de apenas +0,2%), mas queda de 9% ante o quarto trimestre.

As despesas administrativas totalizaram R$ 9,5 bilhões, estáveis no trimestre.

Carteira de crédito sobe

Mesmo com a piora nos indicadores, o BB conseguiu expandir a sua carteira de crédito em 14% e 1,1% no trimestre.

O maior aumento foi na carteira de pessoa jurídica, que atingiu R$ 459,9 bilhões, crescimento de 22,4% em um ano e 1,6% no trimestre, sendo R$ 141,3 para grandes empresas, R$ 123,8 bilhões para clientes do segmento MPME

No agronegócio, alcançou R$ 406,2 bilhões, crescimento de 9% em um ano, com destaque para as linhas de custeio e investimento.

Nos noves meses do plano da safra 24/25 (julho/24 a março/25), o Banco do Brasil desembolsou R$ 152,5 bilhões em crédito ao agronegócio. Ainda, há outros R$ 22,0 bilhões desembolsados na cadeia de valor do agro

Guidance do Banco do Brasil será pausado

Com tudo isso, o banco resolveu pausar a projeção de margem financeira bruta, custo de crédito e lucro líquido ajustado, mostra documento enviado ao mercado nesta quinta-feira (15).

Segundo o documento, o motivo já é bem conhecido por investidores: o agravamento da inadimplência no agronegócio.

De acordo com o BB, a inadimplência no segmento ficou acima do esperado ao longo de 2025.

Outro problema, segundo o próprio banco, foi a vigência das novas regras estabelecidas pela Resolução 4.966/21,

“Isso implicou em um cenário de maior incerteza sobre as projeções de Margem Financeira Bruta e o Custo do Crédito, que, por sua vez, afetam diretamente o Lucro Líquido Ajustado”.

Fonte: Money Times

BB Seguridade tem lucro líquido de R$ 2,173 bi no 4º trimestre

Publicado em: 19/02/2025

A BB Seguridade encerrou o quarto trimestre de 2024 com lucro líquido ajustado de R$ 2,173 bilhões, um crescimento de 5,8% em relação ao mesmo período de 2023. Na comparação com o terceiro trimestre do ano passado, porém, o resultado caiu 4%.

Na comparação com o final do ano anterior, o avanço veio graças às contribuições da Brasilseg e da BB Corretora, que avançaram em R$ 118,2 milhões e em R$ 74,5 milhões, respectivamente, diante do crescimento de ambos os negócios.

No ano de 2024, a holding de seguros, previdência e capitalização do Banco do Brasil teve lucro líquido de R$ 8,153 bilhões, incremento de 5,7% na comparação com 2023. Além da Brasilseg e da BB Corretora, a Brasilcap também contribuiu para a expansão do lucro.

Se considerado apenas o quarto trimestre, o resultado financeiro da holding e das empresas investidas caiu 13,3% em relação ao mesmo período de 2023, para R$ 393 milhões. A redução foi fruto do aumento do passivo dos planos tradicionais da Brasilprev, corrigidos pelo IGP-M, e pela marcação a mercado negativa de ativos para negociação, com a alta dos juros no final do ano.

Em 2024, o resultado financeiro da holding e das investidas foi de R$ 1,346 bilhão, queda de 17,3% em relação a 2023 diante dos mesmos fatores. No ano, respondeu por 16,5% do lucro líquido, contra uma participação de 21,1% em 2023.

Entre as aplicações financeiras da empresa e das investidas, a maior fatia, de 42,9%, eram pós-fixadas, e outros 39,4% atrelados à inflação. Uma fatia mais baixa de 17,6%, estava em títulos pré-fixados.

Fonte: CNN Brasil

Lucro dos grandes bancos deve melhorar no 4º tri, mas o ‘anoitecer’ preocupa

Publicado em: 04/02/2025

A temporada de balanços dos grandes bancos brasileiros relativa ao quarto trimestre de 2024 deve mostrar o que os analistas estão chamando de “os últimos raios do pôr do sol”. Isso quer dizer que os números de outubro a dezembro serão positivos, com lucro e carteira em alta e inadimplência estável. Entretanto, mais importante que o resultado em si será observar as projeções que serão feitas pelas instituições financeiras e o que seus principais executivos dirão a respeito de 2025 nas teleconferências. Com a taxa Selic em alta, o crédito deve perder fôlego em 2025 e as preocupações com a situação fiscal são uma grande nuvem no horizonte.

Juntos, Itaú Unibanco, Bradesco, Banco do Brasil e Santander devem mostrar lucro de R$ 29,363 bilhões no quarto trimestre, o que representa alta de 1% em relação aos três meses imediatamente anteriores e de 22,7% frente ao mesmo período de 2023, de acordo com a média das projeções de dez casas colhidas pelo Valor. Em 2024 como um todo, o lucro deve somar R$ 112,4 bilhões, com expansão de 16%.

Em um relatório intitulado “Os últimos raios do pôr-do-sol”, o Itaú BBA diz que, apesar dos números positivos do quarto trimestre, o que vai importar mais é a visão dos bancos para este ano. Segundo os analistas, o lucro combinado dos quatro grandes ainda deve subir em torno de 10% em 2025, mas o crescimento deve ficar concentrado no primeiro semestre, e dar um “guidance” (projeção) para o ano inteiro será um desafio.

“Isso é uma tarefa desafiadora [dar o guidance], dado o cenário volátil e cada vez pior. Indicadores macroeconômicos piores (juros, inflação) aumentam os obstáculos ao crédito, o que tende a reduzir o apetite por novas concessões. Esperamos que isso se reflita nos comentários dos executivos e nos guidances, com uma perspectiva de crescimento moderado da carteira (abaixo de 10%) e margem financeira estável”, diz o Itaú BBA.

O Bradesco BBI também afirma que a atenção dos investidores estará voltada para o guidance de 2025 e chama atenção para a adoção do novo padrão contábil, baseado no IFRS 9, que pode afetar as provisões feitas pelas instituições financeiras. “Notavelmente, acreditamos que os bancos incorporarão um cenário macroeconômico mais desafiador para 2025, o que pode se traduzir em um crescimento mais lento da carteira neste ano. Além disso, como os bancos enfrentarão os impactos esperados do IFRS 9, acreditamos que alguns poderão ter maiores demandas por provisões em 2025.”

Na avaliação do Bank of America, a carteira de crédito dos grandes bancos deve crescer 9% neste ano, mas a expansão da margem financeira líquida deve superar esse ritmo, apoiada pela margem com clientes – por causa de juros mais altos – e parcialmente compensada por uma margem com mercado menor. “Também esperamos que a qualidade dos ativos se deteriore e que o custo do risco aumente. Por fim, acreditamos que as receitas de tarifas devem acompanhar o crescimento das despesas operacionais”, afirmam analistas do banco americano em relatório.

Para Bernardo Guttmann, chefe do setor financeiro da área de análise da XP, olhando apenas a “foto” dos números de crédito divulgados pelo Banco Central para dezembro, não há nenhuma sinal de desaceleração nas carteiras. Porém, segundo ele, as conversas com os executivos dos bancos nas últimas semanas mostram, sim, uma postura mais cautelosa. “Ficou bem claro que o sentimento dos bancos em relação à economia começa a se alinhar mais com o dos mercados financeiros, com a visão mais pessimista da Faria Lima”, afirma.

Para Guttmann, nenhum setor se destaca em termos de provável piora da inadimplência, com exceção do agronegócio, onde a expectativa é que o número de recuperações judiciais atinja um pico em fevereiro ou março.

A XP lembra que, além das provisões, o IFRS 9 também vai provocar uma série de reclassificações. Itens que antes eram contabilizados como receita de tarifas vão para a margem financeira, como é o caso da taxa cobrada pelos bancos para avaliação de imóvel quando é feito um financiamento habitacional. Por outro lado, alguns gastos contabilizados como despesa administrativa, a exemplo dos encargos com cobranças de dívidas, agora vão para a linha de provisões para devedores duvidosos. Já os gastos com correspondentes bancários, os “pastinhas”, antes eram pagos integralmente no início da operação, e agora serão diluídos ao longo do contrato. “Isso vai mudar algumas linhas do balanço e dificultar a comparação com períodos anteriores”, afirma o analista Matheus Guimarães.

Outro fator que pode ter algum efeito nos balanços dos bancos no quarto trimestre, especialmente nos de algumas instituições de médio porte, é o consignado para beneficiários do INSS. Instituições como Banco do Brasil, Itaú, Santander, Pan, BMG, Mercantil e Banrisul suspenderam, no fim do ano passado, a oferta dessa linha via correspondente bancário porque a operação ficou incompatível com os custos diante do teto de 1,66% ao mês nas taxas de juros.

Em janeiro, o Conselho Nacional de Previdência Social (CNPS) elevou o teto para 1,80%, nível que os bancos dizem que ainda não é suficiente. A Associação Brasileira de Bancos (ABBC) chegou a acionar o Supremo Tribunal Federal (STF) para questionar a competência do CNPS e do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), vinculados ao Ministério da Previdência, para fixar o limite de juros.

Nas perspectivas para os bancos individualmente, a projeção dos analistas é que o Itaú deverá ter lucro recorde de R$ 10,831 bilhões no trimestre. Também é esperado que a instituição divulgue um dividendo extraordinário que pode chegar a quase R$ 20 bilhões.

Para os analistas da Genial, os destaques do Itaú no período devem ser expansão da carteira de crédito, acompanhando o ritmo dos trimestres anteriores e fechando com crescimento de 12,5%, no topo do guidance; aumento da margem financeira, embora em um ritmo menor que a carteira; e controle das despesas com provisões, refletindo estabilidade na qualidade dos ativos e inadimplência. “É o melhor do pelotão, com um ROE [retorno sobre o patrimônio líquido] de 23% em 2025”, dizem os analistas da casa.

O BB é o único que pode ter queda trimestral no lucro, embora pequena (-0,2%). Na visão do Citi, a margem financeira deve se mostrar resiliente, mas não se prevê uma reversão no momento complicado do agro. “Esperamos que a carteira cresça 11% em 2024, com as pressões persistentes sobre o provisionamento levemente aliviadas por resultados sólidos de tesouraria. Esperamos que a inadimplência do segmento de agronegócio permaneça alta quando comparada aos níveis históricos, embora a margem com clientes deva continuar avançando em um ritmo sólido.”

A previsão para o Bradesco é de continuidade em sua trajetória de recuperação, com o lucro saltando 84,5% ante o quarto trimestre de 2023, quando o balanço foi penalizado por maiores provisões e o banco passou por uma troca de comando (Marcelo Noronha substituiu Octavio de Lazari Jr. no cargo de CEO). Segundo analistas do Santander, a margem com clientes deve melhorar e a qualidade dos ativos, permanecer sob controle, mas a margem com mercado pode ser um fator negativo. Para eles, essa linha somará R$ 312 milhões no quarto trimestre, “devido à forte volatilidade da curva de juros e à falta de de instrumentos de hedge para amenizar esse impacto”. Com as projeções para a Selic em 2025, já há analistas vendo resultado zero para a margem com mercado do Bradesco neste ano.

Já o Santander deve registrar lucro de R$ 3,702 bilhões, com a margem financeira crescendo em linha com a carteira e a receita de tarifas novamente como um destaque positivo, em meio aos esforços do banco para engajar clientes e aumentar o “cross-sell” (vendas de mais produtos). “Enquanto isso, esperamos que as despesas operacionais cresçam em um nível semelhante ao do terceiro trimestre, mas abaixo da inflação em uma base anual. Também esperamos que a alíquota efetiva de imposto continue a aumentar, para 16%, embora ainda provavelmente abaixo de níveis sustentáveis”, afirma o Goldman Sachs.

O Nubank, que não faz parte da soma de resultados feito pelo Valor, deve ter lucro de aproximadamente US$ 565 milhões (cerca de R$ 3,2 bilhões no câmbio de sexta-feira). Para os analistas, o banco pode ser afetado pela variação cambial e os números do quarto trimestre serão um bom indicador sobre o apetite da fintech para este ano diante de um cenário macroeconômico mais difícil. “Vemos um 2025 desafiador para o Nubank. Os empréstimos sem garantia no Brasil podem desacelerar se as condições de crédito se deteriorarem devido à inflação e às taxas de juros mais altas, além da correlação com maiores índices de inadimplência. Embora o Nubank esteja ganhando participação de mercado em empréstimos garantidos, acreditamos que o retorno desses produtos para o banco ainda é pouco atraente”, diz o Citi.

Fonte: Valor Econômico

Crise no agronegócio pesa no resultado do Banco do Brasil. É hora de comprar ações?

Publicado em: 16/11/2024

O Banco do Brasil (BBAS3), último bancão a divulgar seus resultados trimestrais, reportou um lucro líquido ajustado de R$ 9,5 bilhões, um crescimento de 8,3% em relação ao registrado no mesmo período de 2023. Chamou atenção, contudo, a piora na inadimplência do agronegócio, que levou a um aumento do risco de crédito no período – as ações reagem nesta quinta-feira.

O reflexo da crise no agro nos números do BB

O custo de crédito do banco, de R$ 10,1 bilhões no terceiro trimestre, mostrou uma “forte e preocupante” expansão de 29,5% e 34,7% na comparação trimestral e anual, respectivamente, segundo analistas da Genial Investimentos. As estimativas apontavam para uma alta de 15,2%.

Essa piora do custo de crédito é atribuída, principalmente, pelo aumento no risco de crédito, impulsionado em especial pela deterioração de risco no agronegócio, cuja inadimplência mostrou expressivo aumento no período.

Assim, o índice de inadimplência total acima de 90 dias (NPL 90+) evoluiu para 3,33%, alta de 0,3 ponto em relação ao trimestre passado e de 0,5 ponto na comparação anual.

“Esse crescimento é explicado pelo aumento da inadimplência no agro, que alcançou 1,97%, marcando uma forte elevação de 0,65 ponto trimestre a trimestre e de 1,26 ponto ano a ano”, dizem os especialistas.

Houve um aumento da inadimplência, ainda que em menor dose, também no segmento de empresas, em 3,58%, e na pessoa física, que atingiu 5,19%.

A preocupação, contudo, diz respeito ao agronegócio. “O setor mostrou uma deterioração preocupante na qualidade do ativo, impactada por questões conjunturais que acertaram em cheio o fluxo de caixa do produtor rural, em especial na cultura de soja”.

Para Lucas Sigu Souza, sócio-fundador da Ciano Investimentos, o Banco do Brasil reportou um trimestre muito bom, assim como os outros bancos, mas os números de inadimplência e de previsão de perdas acenderam um alerta.

“Essas inadimplências e previsões de perdas, que são perdas de possíveis inadimplências, ainda refletem as empresas que pegaram crédito com prazo de 5 a 10 anos na pandemia, quando os juros estavam bem mais baixos, e isso afeta muito o resultado do banco”, avalia.

O lado positivo

O retorno sobre o patrimônio (ROE) do Banco do Brasil, de 21,1%, foi o segundo melhor entre os concorrentes do setor bancário, atrás somente do Itaú, que reportou um ROE de 22,7% no terceiro trimestre.

“O resultado do ROE do Banco do Brasil, apesar de ter registrado leve queda em relação ao trimestre anterior, evidencia a manutenção da rentabilidade do banco mesmo diante dos desafios atuais”, ponderam os analistas da Genial.

Para eles, o Banco do Brasil segue em um nível de rentabilidade interessante, sendo um dos melhores resultados entre os pares setoriais, tanto em termos de lucro quanto de retorno.

As ações do banco, dizem, apresentam múltiplos bem atrativos, sendo negociadas a um preço sobre lucro (P/L) de apenas 3,9, o menor entre os concorrentes, acrescido de um retorno em dividendos (dividend yield) de 10,3%.

A título de comparação, o P/L do Itaú é de 9,02, enquanto o do Bradesco é de 9,05 e o do Santander é de 16,83 atualmente.

Afinal, é hora de comprar?

Souza, da Ciano, pondera que, apesar de os números de inadimplência indicarem um alerta, o múltiplo de preço sobre lucro do Banco do Brasil é “excelente”, somado a um retorno sobre o patrimônio também forte, o que significa uma boa oportunidade de compra.

Da mesma forma, a equipe da Genial reitera a recomendação de compra para as ações do Banco do Brasil, com preço-alvo de R$ 34 ao final de 2024, o que representa um potencial de valorização de 31%.

Fonte: Valor Investe

BB tem lucro líquido ajustado de R$ 28,3 bilhões nos nove primeiros meses de 2024

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O Banco do Brasil apresentou um lucro líquido ajustado de R$ 28,3 bilhões nos nove primeiros meses de 2024, crescendo 8,4% na comparação com o mesmo período de 2023, o que representa um RSPL (retorno sobre o patrimônio líquido) de 21,5%. No trimestre, o lucro líquido ajustado atingiu R$ 9,5 bilhões, 8,3% acima do terceiro trimestre de 2023. O Índice de Capital Principal do BB encerrou o mês de setembro em 11,77%.

A performance nos nove primeiros meses foi influenciada, principalmente, pelos crescimentos da margem financeira bruta (+13,9%), das receitas de prestação de serviços (+4,8%) e dos negócios do conglomerado, pelo controle das despesas (+4,9%) e pela elevação das despesas de PCLD ampliada (+28,7%).

Carteira de Crédito Ampliada
A carteira de crédito ampliada, que inclui títulos e valores mobiliários privados e garantias, registrou saldo de R$ 1,2 trilhão em setembro de 2024, com evolução de 13,0% na comparação dos últimos 12 meses e 1,9% na comparação com junho de 2024. O indicador de inadimplência acima de 90 dias ficou em 3,33%.

Carteira Ampliada Pessoa Física
Incremento de 2,3% no trimestre e 7,9% no último ano, alcançando R$ 328,3 bilhões, com destaque para a carteira de crédito consignado (+2,6% no trimestre e +11,2% em 12 meses).

Carteira Ampliada Pessoa Jurídica
Apresentou crescimento de 0,1% no trimestre e 13,5% em comparação a setembro/23, atingindo R$ 421,6 bilhões. Destaque para o desempenho positivo do segmento Grandes Empresas, com elevação de 14,5%, e Micro, Pequenas e Médias Empresas, que evoluiu 7,0% nos últimos 12 meses.

Carteira Ampliada Agronegócios
Atingiu saldo de R$ 386,6 bilhões em setembro/2024, crescimento de 3,1% no trimestre e 13,7% na comparação anual. A linha de custeio totalizou mais de R$120 bilhões em saldo, com incremento de 7,4% no trimestre e 19,0% na comparação com setembro de 2023. Outro destaque é a linha de investimento agropecuário, com aumento de 3,0% no trimestre e 16,5% em 12 meses.

Carteira de Crédito Sustentável
Em setembro de 2024, o BB alcançou R$ 369,6 bilhões em operações de crédito sustentável, o que significa um aumento de 9,1 % em 12 meses. As linhas de boas práticas socioambientais representam 28,8% desse total, com destaque para as operações de investimentos, com mais de R$ 46 bilhões de saldo.

Dinâmica de Receitas e Despesas
As receitas de prestação de serviços cresceram 4,8% no acumulado 2024, quando comparadas ao mesmo período do ano passado, com destaque para as linhas de mercado de capitais (+34,0%), consórcios (+19,1%), administração de fundos (+11,6%) e seguros, previdência e capitalização (+10,6%).

Já as despesas administrativas se elevaram em 4,9% no mesmo período.

O Índice de Eficiência acumulado em 12 meses foi de 25,4%, reflexo da geração de receitas consistente e do controle das despesas.

Projeções Corporativas 2024
Veja aqui a performance no 9M24 e as projeções corporativas para 2024 do Banco do Brasil.

App BB
O App BB permanece como um dos mais bem avaliados do mercado, posicionado entre os 10 aplicativos mais populares na tela principal do celular dos brasileiros. O BB atingiu um recorde de 24,2 milhões de usuários no App BB PF, que chega a ter 11 milhões de clientes em um único dia.

Em um processo de melhoria contínua, neste 3T24, o BB implementou no App BB uma jornada exclusiva para o público jovem, com uma interface moderna e integrada com o WhatsApp que, somente na fase piloto, contou com mais de 2 milhões de acessos específicos deste público.

Além disso, o BB tem avançado nas soluções de inteligência artificial e analítica, buscando entender o comportamento dos seus clientes para aprimorar sua experiência, otimizar a oferta de produtos e antecipar necessidades futuras, construindo, assim, um banco para cada cliente.
Ranking Bacen – melhor resultado entre os grandes bancos.

No Ranking de Reclamações do Banco Central referente ao 3º trimestre de 2024, o BB manteve-se em 14ª lugar entre 15 instituições financeiras e de pagamentos, sendo a instituição com melhor posição entre os grandes bancos pelo nono trimestre consecutivo. Esse resultado reforça o esforço do BB em ouvir e entender as necessidades dos seus clientes e resolver as demandas na primeira oportunidade de contato.

Fonte: Banco do Brasil

Banco do Brasil: o tamanho do lucro no 3T24, segundo a Genial

Publicado em: 01/11/2024

O Banco do Brasil (BBSA3) deve registrar lucro de R$ 9,4 bilhões no terceiro trimestre, expansão anual de 7,5%, mas leve retração de 0,6% em relação ao último trimestre, devido ao aumento no provisionamento no segmento rural, segundo a Genial Investimentos.

O balanço está previsto para o dia 13 de novembro após o fechamento.

Apesar da expansão, a corretora diz que o banco pode ter impactos financeiros negativos devido ao aumento na inadimplência — especialmente no setor agropecuário — baseado nos dados de crédito do Banco Central, referentes a agosto de 2024.

”Acreditamos que pressionará as despesas com provisões para devedores duvidosos”, disse a corretora.

A corretora continua reiterando a recomendação de compra com preço alvo para o final de 2024 em R$ 34, potencial de alta de 29,3%.

‘’Estimamos um ROE de 20,5%, com uma leve retração de -0,61 pontos percentuais em relação ao trimestre anterior e -0,33 pontos percentuais em relação ao mesmo período do ano passado’’, disse.

Além disso, a corretora projeta que a Receita Líquida de Juros (NII) atinja R$ 26,5 bilhões, aumento 11,9% na comparação anual, ficando no centro da faixa do guidance de 10% a 13% e acima da carteira de crédito (+9,7% a/a).

Para a receita com tarifas, é esperado que continue apresentando um bom ritmo de crescimento, alcançando R$9,2 bilhões no 3T24, uma expansão de 4,4% comparado ao trimestre anterior e 6,5% em relação mesmo período do no passado.

Projeta ainda crescimento de receita alinhado à expansão de sua carteira de crédito (+9,7% no mesmo período do ano passado) e com foco em segmentos menos arriscados devido ao ciclo de alta da Selic.

Em relação à carteira de crédito, também é esperado um crescimento mais modesto de 1,2% em relação ao mesmo período do ano passado, devido ao atraso no lançamento do Plano Safra, ocorrido no final de julho e que levou com que agricultores adiassem a contratação de novos créditos para o plantio da safra 2024 e 2025.

Para a corretora, o Plano Safra 2024/25 trouxe um potencial positivo para o banco no segmento rural, fazendo com que a participação nos recursos equalizáveis do programa crescesse de 37% para 45%, atingindo R$ 60,18 bilhões, crescimento de 49,6% em comparação ao Plano Safra 2023/24.

Fonte: Money Times

Lucro dos grandes bancos deve crescer para R$ 28,4 bilhões no 3º trimestre

Publicado em: 29/10/2024

Os grandes bancos brasileiros deverão ter um resultado positivo no terceiro trimestre, ainda sem impacto de fatores que começam a despontar no horizonte. Embora a situação atual ainda seja bastante tranquila, com crédito crescendo em ritmo forte e inadimplência estável, a perspectiva vem se tornando mais incerta nas últimas semanas. Adiante estarão o efeito do novo ciclo de alta de juros – que deverá afetar sobretudo o segmento de pequenas e médias empresas (PMEs), em que os bancos vinham mostrando mais apetite -, um possível aumento no nível de calotes e a desaceleração do PIB prevista para o próximo ano.

Itaú Unibanco, Bradesco, Banco do Brasil e Santander deverão apresentar um lucro consolidado de R$ 28,428 bilhões de julho a setembro, de acordo com a média de oito casas coletada pelo Valor. Isso representa alta de 3,1% no trimestre e de 13,1% em um ano. A temporada começa no dia 29, com Santander, que deve continuar mostrando uma recuperação nos resultados, assim como Bradesco. Itaú tende a seguir registrando recordes, mas BB, que vinha páreo a páreo com o rival privado, deve ficar um pouco para trás. O banco público tem sido mais afetado pelas dificuldades do agronegócio.

Para Carlos Daltozo, diretor de research da consultoria Eleven, o cenário atual para os bancos reflete uma combinação de fatores, tanto de oferta quanto de demanda. Enquanto o desempenho do crédito tem sido melhor do que o esperado, o atual ciclo de aumento da Selic não era previsto no início do ano. De qualquer forma, ele aponta que os bancos entram nesse novo ciclo de aperto monetário mais “leves”, ou seja, com carteiras mais saudáveis, já que fizeram um movimento de redução de risco nos últimos trimestres. “No ciclo anterior [2021 e 2022] os bancos estavam vivendo um momento de alta da inadimplência, mas desta vez eles estão muito mais leves. A questão é como vão se comportar agora com essa alta de juros.”

Na visão dos analistas do Bank of America, o momento é de lucros robustos para os bancos, mas com alguns sinais de alerta. Enquanto a margem com clientes deve continuar crescendo em um bom ritmo e a inadimplência tende a permanecer estável, o cenário de juros mais elevado pode afetar a margem com mercado, o índice de calotes pode subir no segmento rural e será preciso avaliar o apetite dos bancos em meio a um cenário macroeconômico mais incerto.

“Os mercados de capitais devem refletir condições adversas; o segmento de pagamentos terá crescimento sólido de TPV [volumes processados]; e nas seguradoras os índices de sinistralidade devem ficar estáveis”, resume o BofA. A XP tem uma visão semelhante, embora um pouco mais otimista. “No geral, esperamos um conjunto de resultados sólidos para os bancos. Como resultado de uma originação sólida e de um mix mais favorável, estimamos melhorias na margem com cliente, enquanto a margem com mercado pode apresentar volatilidade devido às novas expectativas de taxas de juros.”

Conforme o Valor mostrou na semana passada, a inadimplência em pessoa física, com recursos livres, segue acima dos níveis pré-pandemia. Os dados indicam que isso pode ser reflexo do aumento da fatia da baixa renda na carteira de crédito dos bancos e de mudanças no mix desse portfólio, com presença maior do cartão de crédito, considerada uma linha mais arriscada. Em estudo recente, o Itaú BBA aponta que o impacto de alterações na Selic costuma acontecer com uma defasagem de seis meses. E que o atual ciclo de alta levaria a uma inadimplência entre 0,5 e 1,0 ponto percentual maior ao fim de 2025, partindo de 7,0% agora nesse segmento.

Um ponto que pode chamar atenção nos balanços é o eventual impacto na inadimplência dos gastos de consumidores com apostas esportivas, as “bets”. O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, chegou a indicar que há sinais iniciais de impacto, especialmente na baixa renda, e o presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Isaac Sidney, foi bastante vocal sobre a necessidade de se bloquear o uso do cartão de crédito nessas apostas. Um estudo divulgado pelo BC afirmou que as bets receberam R$ 3 bilhões de beneficiários do Bolsa Família em agosto, mas depois a validade dos dados foi questionada.

O Santander CIB chegou a fazer um estudo para analisar potenciais impactos das bets, sobretudo para o Nubank, que tem clientes de renda mais baixa e que usam muito o cartão. “Nós acreditamos que o risco é que parte material do Pix crédito esteja relacionado às apostas, o que resultaria em um risco de crédito extremamente elevado”, disseram os analistas. Na sequência, o Nubank revelou mais detalhes e rebateu essa tese. O banco afirmou que acompanha de perto seus modelos de crédito para garantir que permaneçam bem calibrados diante do crescimento das apostas on-line. “Registramos menos de 1% do nosso volume financeiro de Pix e Pix Parcelado sendo destinado às maiores empresas do setor.”

No crédito corporativo, os analistas dizem que há novos casos de empresas com problemas, como Agrogalaxy, por exemplo, mas que eles não devem ter impacto significativo nos resultados dos bancos. Há também a possibilidade de que alguns bancos revertam parte das provisões feitas para Americanas, após a implementação do plano de recuperação da companhia, que contou com desconto nas dívidas e aporte dos acionistas. Entretanto, esse não é um consenso nos relatórios do “sell-side”.

O Santander, que abre a temporada de balanços, deve ter lucro de R$ 3,473 bilhões no terceiro trimestre, com a maior alta anual, de 27,3%. Para os analistas da Genial, a trajetória de melhora na rentabilidade deve continuar, mas de forma mais gradual. Para eles, no crédito, o banco deve priorizar rentabilidade, em detrimento de crescimento. “Esperamos uma dinâmica mais arrefecida nas carteiras de atacado e consignado, que juntas representam aproximadamente 40% da carteira total, devido à pressão do teto de taxa no consignado e ao aumento da concorrência no segmento de atacado.”

Bradesco, com lucro de R$ 5,219 bilhões, terá o maior crescimento trimestral, de 8,5%. Na avaliação do Goldman Sachs, o retorno sobre o patrimônio deve subir 0,8 ponto percentual, para 12,6%. “Os resultados devem ser positivamente impactados pela forte margem financeira e a contribuição do setor de seguros no trimestre, enquanto as despesas operacionais devem permanecer sob controle.”

O grande foco da temporada deve estar no BB, que pode sofrer com o agronegócio. Quando foi feita a divulgação dos resultados do segundo trimestre, o banco avaliou que, com a entrada do novo Plano Safra, a inadimplência no setor tenderia a melhorar. Mas, no mês passado, o vice-presidente financeiro, Geovanne Tobias, admitiu que esse processo está um pouco mais demorado do que o esperado. “Essa regularização está mais lenta, houve um atraso na janela hidrológica, temos uma seca histórica. Temos feito um esforço de regularização, mas é fato que o agro está trazendo hoje uma inadimplência maior do que vimos nos últimos anos.” Com um lucro de R$ 9,470 bilhões, o BB deve ter a única queda no trimestre, de 0,4%.

Já o Itaú deve ter novos números inéditos de lucro, com R$ 10,423 bilhões. Nesse caso, o foco dos investidores é se haverá um anúncio de dividendo extraordinário, que o banco já indicou que deve acontecer em algum momento. Nesta semana, informou que exercerá a opção de resgate das notas subordinadas Nível 2 emitidas em 2019, no valor de US$ 750 milhões. O impacto no capital deve ser de 0,3 ponto percentual. “Esperamos mais um trimestre de resultados sólidos, com lucro líquido recorrente aumentando 15% em um ano, apoiado por sólida geração de receitas, despesas controladas e qualidade estável de ativos. […] Mantemos nossa recomendação de ‘compra’, uma vez que a rentabilidade, o capital e as capacidades de execução acima dos seus pares justificam uma avaliação premium”, diz o BofA.

Fonte: Valor Econômico

BB traz fortes resultados, mas tendências preocupam parte do mercado

Publicado em: 09/08/2024

O Banco do Brasil (BBAS3) reportou seus números trimestrais na noite da última quarta-feira (7), com um lucro líquido ajustado de R$ 9,502 bilhões, praticamente em linha com a expectativa de R$ 9,241 bilhões do consenso da LSEG.

Na avaliação da XP, mais uma vez, a margem financeira (NII) com o mercado foi apoiado pelo Patagonia, subsidiária argentina, contribuindo para o crescimento do NII, que cresceu 12% na base anual e ficou 2% acima das estimativas.

A XP destaca também o crescimento da carteira de crédito em 13%, muito próximo do topo da faixa do guidance, com contribuição significativa da carteira do agronegócio, que cresceu acima da faixa do guidance de 15% para o segmento. No entanto, os pontos baixos foram o NII com Clientes e a inadimplência (NPL). Em termos de guidance, o banco reafirmou quase todas as linhas, exceto o Custo do Crédito, que deve ser 15% maior, mas sem afetar o resultado final devido à revisão para cima do NII em magnitude semelhante.

Já a Genial Investimentos comenta que o BB registrou mais um sólido trimestre, com o lucro do trimestre praticamente em linha com suas estimativas (+1,4%). Com um portfólio de produtos mais defensivo e balanceado, o banco soube atravessar de forma lucrativa esse ciclo de crédito, posicionando seu retorno sobre patrimônio líquido (ROE) bem acima de concorrentes privados como Bradesco e Santander.

A Genial avalia que o Banco do Brasil permanece com um valuation atraente, sendo negociado abaixo de seu valor patrimonial e com um ROE superior ao seu custo de capital.

As ações estão sendo cotadas a múltiplos descontados em relação aos seus pares, com um Preço/Lucro de 4,0 vezes para 2024 e 3,7 vezes para 2025, e um Preço/Valor Patrimonial de 0,8 vez para 2024. Apesar dos múltiplos baixos, o banco mantém um desempenho operacional robusto, comparável ou superior ao de seus concorrentes.

Adicionalmente, segundo a Genial, o banco oferece um dividend yield (dividendo em relação ao valor da ação) generoso estimado em 10% para 2024. Sendo assim, o banco reitera recomendação de compra com um preço-alvo de R$ 34,00.

Embora o resultado final tenha superado as expectativas e o ROE tenha permanecido em 22%, o Goldman Sachs disse ter identificado tendências “mistas” no trimestre. A margem financeira de clientes foi relativamente fraca, os empréstimos renegociados e o índice de inadimplência cresceu, enquanto o CET1 [medida crítica da força e resiliência financeira de um banco] caiu 30 pontos base trimestre contra trimestre. Por outro lado, as tarifas foram sólidas, as despesas ficaram sob controle e as provisões ficaram ligeiramente abaixo das expectativas. O Goldman Sachs mantém recomendação de compra e preço-alvo de R$ 32,00.

O Itaú BBA, por sua vez, considera que o Banco do Brasil relatou resultados mais fracos no 2T24. Apesar do lucro e ROE sólidos, as tendências são cada vez mais fracas em NII e qualidade de crédito, o que leva o banco manter recomendação neutra por enquanto. O preço-alvo é de R$ 31.

Enquanto isso, na opinião do Morgan Stanley, o Banco do Brasil entregou lucro líquido em linha com as expectativas, mas a qualidade dos lucros não foi ótima, pois se beneficiou do forte NII do mercado. Excluindo o NII do mercado, os lucros antes dos impostos cresceram caíram 18% na base anual, ficando 13% abaixo da sua estimativa.

De fato, os principais itens do negócio principal tiveram desempenho pior do que o esperado, incluindo NII do cliente, provisões para perdas com empréstimos, inadimplência e despesas. Apesar disso, o Morgan Stanley mantém recomendação equivalente à compra e preço-alvo de R$ 45.

O Bradesco BBI pontua forte resultado reportado pelo BB, mas continua destacando as preocupações sobre: (i) a margem com clientes; (ii) a margem com o mercado; e (iii) as tendências de qualidade de ativos. Notavelmente, a margem com clientes registrou uma contração sequencial nos spreads, enquanto os ganhos de Tesouraria tiveram outro forte desempenho, de R$ 5,7 bilhões, onde o Banco Patagonia contribuiu com R$ 1,9 bilhão, avalia o banco.

“Além disso, destacamos que o índice de inadimplência se deteriorou pelo quarto trimestre consecutivo, com empréstimos corporativos e rurais piorando sequencialmente, enquanto vemos seus pares entregando números mais positivos. Além disso, destacamos que o índice CET1 diminuiu pelo terceiro trimestre consecutivo, atingindo 11,6% no 2T24”, aponta o BBI.

Assim, em geral, apesar do forte resultado final e do efeito de carrego positivo da ação devido à seu valuation e alto dividend yield, o BBI segue preocupado com os tópicos mencionados e mantém recomendação apenas neutra.

“No geral, acreditamos que a dinâmica foi semelhante à que vimos no primeiro trimestre. O lucro veio em linha com nossa estimativa e consenso, mas com tendências de deterioração da qualidade”, reforça o BTG Pactual ao apontar que, apesar do crescimento decente dos empréstimos, a margem financeira gerencial caiu trimestralmente, com a margem financeira de crédito também diminuindo. A margem financeira de mercado, por sua vez, cresceu e continua a ser suportada por resultados anormalmente fortes provenientes do banco argentino Patagonia. A margem financeira de mercado como percentual da margem financeira total passou de 12,5% no 2T23 para 22%. Assim, aponta, diferentemente de seus pares, as métricas de qualidade dos ativos do BB pioraram, com o índice de inadimplência subindo 10 pontos base na base trimestrale grande aumento nos empréstimos renegociados. O capital principal também caiu. “Embora o ROE de +20% e um valuation pouco exigente ainda suportem a nossa compra, teremos dificuldade em ver uma valorização do ativo se não começarmos a ver uma melhoria na dinâmica de margem financeira versus inadimplência no segundo semestre. Esperamos que as ações tenham desempenho fraco no curto prazo”, conclui o banco.

Fonte: Infomoney

Banco do Brasil: analistas ligam sinal amarelo para lucro

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O Banco do Brasil (BBAS3) divulgou seus resultados que, de maneira geral, ficaram acima do esperado pelo mercado. Porém, o lucro de R$ 9,8 bilhões e o ROE (retorno sobre o patrimônio líquido) de 21,7% não foram suficientes para convencer analistas, que enxergam deterioração em algumas linhas, como inadimplência e margem com cliente.

Na bolsa, o BB operou de maneira apática, fechando o dia com leve queda de 0,42%, a R$ 26,19, após iniciar a sessão com tombo de 2%. Com o seu resultado, o banco também distribuirá R$ 2,6 bilhões em proventos, sendo R$ 866 milhões em dividendos e R$ 1,7 bilhão em juros sobre o capital próprio.

Além disso, o banco aproveitou para aumentar algumas projeções, como a margem financeira bruta, que antes estava com crescimento de 7% e 11% e agora passou a 10% e 13%. Porém, a estatal espera elevar a provisão de R$ 30 a R$ 27 bilhões para R$ 31 a 34 bilhões. No primeiro semestre, o banco provisionou R$ 16,3 bilhões.

Veja abaixo os principais temores dos analistas:

Margem financeira

Para o Itaú BBA, a queda da margem financeira foi uma surpresa. O indicador recuou 2% no trimestre e 1% no ano, para R$ 19,9 bilhões, explicado pela menor margem de captação de recursos (menor taxa Selic), pelo número de dias úteis e pelo mix de captação.

A corretora recorda que o resultado poderia ter sido pior, não fosse a margem com cliente, que subiu, principalmente, por conta do banco argentino Patagônia, que é controlado pelo Banco do Brasil. Isso acontece, sobretudo, pelas políticas do presidente Javier Milei de desvalorização do peso que impulsionaram os ganhos, algo já visto no primeiro trimestre.

Apesar disso, a XP diz que embora seja difícil prever quanto tempo a volatilidade ligada à operação argentina pode durar, “continuamos acreditando que esse é o curso normal dos negócios”.

O Bradesco BBI também cita o indicador como um ‘mau presságio’ do banco. “Notavelmente, a margem com clientes registrou uma contração sequencial nos spreads, enquanto os ganhos de Tesouraria tiveram outro forte desempenho, de R$ 5,7 bilhões, onde o Banco Patagônia contribuiu com R$ 1,9 bilhão”, escreveu.

Enquanto isso, o BTG colocou uma “bandeira amarela” na qualidade dos ativos, que combinada com um agravamento de margem financeira dos clientes (devido à queda dos spreads) e uma falta de visibilidade na estimativa da margem financeira com mercado (especialmente no caso da Patagônia), está se tornando cada vez mais difícil acreditar no crescimento dos lucros no futuro.

O aumento da expectativa da margem financeira é positivo, mas dificilmente uma surpresa para o Itaú BBA, já que o BB estava superando materialmente o intervalo. “A maioria dos investidores já estava acima da orientação para o NII, na nossa opinião”, diz.

Índice CET1

Outro ponto que levantou dúvidas dos analistas foi o índice CET1, que caiu 30 bps (pontos-base), para 11,6%, o terceiro trimestre consecutivo de queda. O indicador mede a resiliência financeira de um banco e é usada para avaliar a adequação do capital e sua capacidade de absorver perdas.

O Safra lembra que cerca de um terço desta redução foi atribuído à deterioração das condições de mercado dos ativos ponderados pelo risco (RWA) e dois terços à expansão do crédito dos RWA, principalmente sobre títulos privados.

“Na nossa opinião, isto não está relacionado com os fortes níveis de rentabilidade e deverá ser um ponto de atenção no futuro, especialmente à medida que o banco se expandiu fortemente no crédito a grandes empresas e em títulos privados no segundo trimestre”, coloca.

Inadimplência

O Bradesco recorda que o índice de inadimplência se deteriorou pelo quarto trimestre consecutivo, com empréstimos corporativos e rurais piorando sequencialmente, enquanto os seus pares entregaram números mais positivos.

Para a Genial, a linha foi o ponto fraco do banco, com um aumento de 0,1 pp, chegando a 3%, resultando num consumo de 4,8 pp do índice de cobertura que terminou o trimestre em 191%.

“No entanto, acreditamos que a inadimplência deve melhorar para os próximos trimestres com o lançamento do Plano Safra, fazendo com que os produtores em atrasos fiquem em dia para aproveitar o novo ciclo de crédito”, discorre.

Já a XP nota que embora tenha havido um aumento significativo no nível esperado de provisionamento para o ano, o número foi compensado por uma receita líquida de juros mais alta.

Isso, inclusive, foi debatido pelo diretor de relações com investidores, Geovanne Tobias, em teleconferência com jornalistas.

“Acreditamos que entregando o lucro que propomos no guidance, os dividendos não vão ser impactados, mesmo com o aumento das provisões. É importante que o aumento da provisão está sendo contrabalançado com o aumento dos negócios”, disse.

Ele defendeu ainda que as provisões são muito pontuais para determinados segmentos e linhas e não é algo generalizado.

“Tivemos uma conjuntura, por exemplo, no campo com queda do preço de commodities, com alta do dólar, que acabou fazendo com que pontualmente muitos produtores decidissem atrasar os seus pagamentos. O próprio atraso na liberação do novo Plano Safra também prejudicou. Agora, não se trata de um problema estrutural ou setorial em que você vê uma inadimplência, totalmente disseminada”, diz.
Banco do Brasil: Vale a compra?

Na visão da Genial, o Banco do Brasil permanece com um valuation atraente, sendo negociado abaixo de seu valor patrimonial e com um ROE superior ao seu custo de capital.

As ações estão sendo cotadas a múltiplos descontados em relação aos seus pares, com um preço sobre o lucro de 4x para 2024 e 3,7 vezes 2025, e um preço sobre o valor patrimonial (P/VP) de 0,8x para 2024.

“Apesar dos múltiplos baixos, o banco mantém um desempenho operacional robusto, comparável ou superior ao de seus concorrentes. Adicionalmente, oferece um dividend yield generoso estimado em 10% para 2024. Sendo assim, reiteramos nossa recomendação de comprar com um preço-alvo de R$ 34”, coloca.

E mesmo recomendando compra, o BTG faz um alerta: a visão positiva sobre o Banco do Brasil vem perdendo força nos últimos meses.

“Já há algum tempo, não o consideramos em nossa “lista de teses principais”, que o BB esteve por
alguns anos. Será importante ouvir a administração na teleconferência… caso contrário, sentimos que os investidores começarão a precificar que o banco está no pico de lucros. Nossa principal escolha entre os bancos brasileiros é Itaú (ITUB4)”, escreve.

O banco calcula que a estatal esteja negociando a 0,87x o último VP, ROE ainda acima de 20% e com um rendimento de dividendos de 12%.

E para o Itaú BBA, apesar dos sólidos lucros e ROE, as tendências subjacentes são cada vez mais suaves no que diz respeito ao NII e à qualidade do crédito, “o que nos leva a permanecer à margem por enquanto”.

“Nossa preferência nos grandes bancos vai para o Santander (SANB11) e para o recentemente modernizado Bradesco (BBDC4)”, completa.

Fonte: Money Times

BB Seguridade tem lucro ajustado de R$ 1,87 bi no 2º trimestre, alta de 1,6%

Publicado em: 05/08/2024

A BB Seguridade (BBSE3) registrou lucro líquido de R$ 1,173 bilhão no segundo trimestre de 2024, uma retração de 3,7% sobre o segundo trimestre de 2023 e abaixo dos R$ 1,943 bilhão previstos pelo consenso LSEG. Já o lucro líquido ajustado foi de R$ 1,870 bilhão no 2T24, alta de 1,6% na comparação anual.

O resultado das participações somou R$ 1,866 bilhão no segundo trimestre deste ano, uma elevação de 1,7% na comparação com igual etapa de 2022.

O resultado financeiro consolidado da BB Seguridade e de suas investidas atingiu R$ 323,5 milhões, um recuo de 14% em relação ao mesmo período de 2023. “A queda pode ser atribuída em grande parte ao resultado financeiro da Brasilprev, impactado pelo aumento de 8,5 p.p. na taxa média de atualização dos passivos dos planos de benefício
definido e pela marcação a mercado negativa nos investimentos, decorrente da abertura da estrutura a termo de taxa de juros, enquanto no 2T23 a marcação a mercado foi positiva”, explica a seguradora.

Os prêmios emitidos aumentaram 4,8% no comparativo, com destaque para: (i) empresarial/massificados (-88,8%), com a descontinuidade do produto de seguro quebra de garantia, que apresentava baixa rentabilidade; (ii) agrícola (-28,4%), diante do adiamento do lançamento do Plano Safra em relação ao ano passado; e (iii) vida (-4,0%), em função da baixa contábil de contratos de cosseguro que reduziram em R$43,6 milhões o volume de prêmios no trimestre.

O índice de despesas gerais e administrativas aumentou 0,2 p.p. em relação ao 2T23, consequência das maiores despesas gerais e administrativas, em função principalmente de maiores gastos com serviços de terceiros e localização e funcionamento.

O resultado operacional não-decorrente de juros cresceu 5,8% no período, para R$ 1,103 bilhão.

A arrecadação com títulos de capitalização apresentou queda de 9,1%, reflexo principalmente da menor quantidade de títulos vendidos, enquanto a receita com cota de carregamento contraiu em ritmo mais acelerado (-15,8%), com a cota de carregamento média retraindo 0,7 p.p.

A BB Seguridade encerrou o segundo trimestre de 2024 com um patrimônio líquido avaliado em R$ 9,034 bilhões, um aumento de 12,0% na comparação com um ano antes.

Fonte: Infomoney

BB registra lucro de R$ 9,3 bi no trimestre e abertura de mais de 1,6mil postos em 12 meses

Publicado em: 15/05/2024

O Banco do Brasil teve lucro de R$ 9,30 bilhões nos primeiros três meses de 2024, com um crescimento de 8,8% em relação ao primeiro trimestre de 2023. Por outro lado, representa queda de 1,5% em relação ao trimestre imediatamente anterior, ou seja, de outubro a dezembro de 2023, quando o lucro ficou em R$ 9,44 bilhões.

O relatório mostrou que houve a criação de 1.610 postos de trabalho em 12 meses, com um total de 87.067 funcionários no fim do 1° trimestre de 2024. Além disso, também houve aumento no número de estagiários do banco, chegando a 463 no final do trimestre, com aumento de 44,2% em relação a março de 2023. No mesmo período, o número de agências tradicionais se manteve igual (total de 3.172), mas houve abertura de 18 agências digitais e especializadas.

Segundo Pesquisa do Emprego Bancário (PEB) referente ao primeiro bimestre de 2024, elaborada pelo Dieese com base nos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged), os bancos fecharam 4.171 postos de trabalho, em um ano, em todo o Brasil. “Isso mostra a importância dos bancos públicos, para o setor, ao ver que o BB manteve o número de agências formais e aumentou o número de empregados, com perspectiva de abertura de novos concursos públicos”, destaca a coordenadora da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), Fernanda Lopes.

“Nós, inclusive, estamos acompanhando e cobrando de perto o aumento do quadro, porque os lucros do BB são o resultado da atuação das funcionárias e funcionários. E, apesar do aumento de contratações, houve um aumento expressivo no volume de clientes e aqui entramos em outra cobrança do movimento sindical: reformulação do plano de metas e cargos, para não haver cobrança excessiva e que leve ao adoecimento dos empregados”, completou.

Além disso, a concessão de crédito cresceu 10,2% em 12 meses e 6,1% no trimestre, totalizando R$ 1,14 trilhão, em março de 2024. O Agronegócio, que representa um terço de toda a carteira da instituição, foi o que mais cresceu: 15,5%, em um ano, totalizando R$ 372,51 bilhões.

Fonte: Sindicato dos Bancários de BH e Região com Contraf-CUT

Lucro do Banco do Brasil soma R$ 9,3 bilhões no 1º trimestre e fica acima das projeções

Publicado em:

O Banco do Brasil (BB) registrou lucro líquido ajustado de R$ 9,3 bilhões no primeiro trimestre de 2024, alta de 8,8% em relação a igual período de 2023. O resultado ficou acima da projeção dos analistas ouvidos pelo Valor, de R$ 9,132 bilhões.

O lucro contábil foi de R$ 8,8 bilhões ,no primeiro trimestre, com avanço de 7% em 12 meses.

A margem financeira bruta totalizou R$ 25,7 bilhões no primeiro trimestre, alta de 21,6% na comparação com o primeiro trimestre de 2023. A receita financeira com operações de crédito teve aumento anual de 9,1%, alcançando R$ 46,3 bilhões

As receitas de prestação de serviços totalizaram R$ 8,3 bilhões no primeiro trimestre, alta de 2,6% na comparação com mesmo período do ano passado. As despesas administrativas totalizaram R$ 8,9 bilhões, aumento de 4,9% na mesma base de comparação.

Segundo o BB , a queda no trimestre é explicada pela sazonalidade, enquanto o crescimento anual foi influenciado, principalmente, pelo desempenho positivo nas linhas de comissão de seguros, previdência e capitalização (+11,5%), administração de fundos (+5,8%) e consórcios (+20,3%).

Crédito

A carteira de crédito ampliada do Banco do Brasil atingiu R$ 1,1 trilhão em março, um avanço de 10,2% em 12 meses. A carteira de pessoa física atingiu R$ 317,4 bilhões, alta de 5,8% na comparação anual.

Em pessoas jurídicas, somou R$ 393,5 bilhões, com alta de 8,5%, em igual base de comparação. Em agro, atingiu R$ 372,5 bilhões, aumento de 15,5%, ante o primeiro trimestre de 2023.

A inadimplência terminou março a 2,90%, de 2,92% em dezembro e 2,62% em março do ano anterior. As provisões para crédito de liquidação duvidosa (PCLD) ampliada, compostas pela despesa de PCLD líquida da recuperação de crédito, descontos concedidos e imparidade, totalizaram R$ 8,5 bilhões. Na comparação anual, houve aumento de 45,9%.

Fonte: Valor Investe

Lucro da BB Seguridade vai a R$ 2 bilhões e sobe 10,4% no 1º trimestre

Publicado em:

A BB Seguridade (BBSE3.SA) registrou um lucro líquido de R$ 2 bilhões no primeiro trimestre deste ano, o que representa um crescimento de 10,4% sobre o mesmo período de 2023, segundo divulgou nesta segunda-feira, 6, o braço de seguros e previdência do Banco do Brasil.

Segundo a instituição, o resultado se deve a evolução dos prêmios ganhos e melhora da sinistralidade em seguros, crescimento das receitas de corretagem e aumento dos volumes arrecadados em previdência e capitalização.

Ainda de acordo com a BB Seguridade, o resultado operacional não decorrente de juros foi a alavanca de crescimento da companhia, aumentando 10,9% no período, acima do guidance divulgado.

Em nota, o braço de previdência e seguros do Banco do Brasil diz que a evolução do operacional mais do que compensou a retração do resultado financeiro causada pelo descasamento temporal de índices de inflação que corrigem os planos de previdência de benefício definido, pela marcação a mercado negativa nas posições em títulos de renda fixa e pela queda da taxa Selic.

Também segundo a instituição, o efeito da queda da taxa Selic foi parcialmente anulado pela expansão de aproximadamente 10% no saldo médio de posições pós-fixadas de todas as empresas do grupo, afirmou a BB Seguridade, em nota.

Outros destaques do balanço da BB Seguridade:

Previdência

De acordo com a companhia, as contribuições atingiram um recorde trimestral histórico. Entre janeiro e março deste ano, as contribuições para planos de previdência cresceram 13,5% na comparação com o mesmo trimestre do ano passado e totalizaram R$ 16,8 bilhões, número que representa o maior volume trimestral da série histórica.

O índice de resgates atingiu 8,6% – menor patamar trimestral desde o 4T20 – e a portabilidade reduziu 0,5 p.p. O volume recorde de entradas e a redução nas saídas de recursos levaram a uma captação líquida de R$5,6 bilhões, quase o triplo do que foi registrado no 1T23, com as reservas de planos PGBL e VGBL expandindo 15,2%.

Capitalização

A arrecadação com títulos de capitalização cresceu 16,4%, com alta no ticket médio dos títulos. O lucro líquido da operação evoluiu 12,8% em relação ao registrado no mesmo período do ano anterior, atingindo R$ 70,7 milhões, impulsionado pelo crescimento de 32,9% do resultado financeiro.

Fonte: IstoÉ Dinheiro

Banco do Brasil deve lucrar R$ 9,4 bilhões, mas Safra mantém cautela

Publicado em: 18/04/2024

Em relatório sobre a expectativa para os resultados dos bancos no primeiro trimestre de 2024, especialistas do Safra destacaram que o Banco do Brasil (BBAS3) deve mostrar “números positivos, mas as partes móveis podem voltar a ocupar o centro das atenções”.

“Esperamos outro resultado positivo, embora novamente com alguns impactos na formação de capital no trimestre. Esperamos que o Banco do Brasil registre lucro estável no trimestre, em R$ 9,44 bilhões (ROE de 22,1%), com o Banco Patagonia novamente representando 6% do NII ou 11% do lucro líquido, o que deve impactar diretamente o crescimento do valor contábil devido aos impactos cambiais”, diz a casa.

Ainda assim, o Safra destaca que o banco tem conseguido apresentar resultados sólidos.

Dessa forma, a expectativa é de que os resultados do BBAS3 fiquem no ponto médio do guidance.

A casa tem recomendação neutra para as ações do Banco do Brasil, ao passo que recomenda compra para Itaú (ITUB4) e Bradesco (BBDC4) do mesmo setor.

Sobre o Itaú, o Safra destaca que a “consistência deve prevalecer” e que o banco deve seguir mostrando uma dinâmica positiva de lucros, sem qualquer alteração nas tendências recentes.

“Espera-se que o total de empréstimos aumente sequencialmente (+0,8% em termos trimestrais), enquanto o NII deverá diminuir ligeiramente devido à sazonalidade desfavorável no primeiro trimestre, apesar de um desempenho ainda bom numa base anual”, observa a casa.

Já sobre o Bradesco, que tem realizado uma série de mudanças internas, o Safra aponta que a dinâmica de lucros e perdas ainda está sob pressão e a qualidade dos ativos deve ser o ponto focal.

“Como se espera que a linha de base dos lucros de 2024 fique próxima de R$ 18,5 bilhões (no ponto médio do guidance), o primeiro trimestre não deve trazer surpresas, com resultados próximos a R$ 4 bilhões (ROE de 9,8%), +37% no trimestre e -queda de 8% na base anual”, observa.

“As receitas provavelmente serão pressionadas devido a spreads mais baixos, uma base de comparação ainda difícil e uma queda de 2% em empréstimos em termos homólogos, enquanto os custos deverão atingir um nível mais elevado após a implementação do novo plano estratégico, completa.

Apesar disso, a avaliação é de que ainda assim, a qualidade dos ativos poderá desencadear reações positivas no Bradesco, pois poderá indicar uma pressão menor ou maior sobre as provisões no futuro.

“Nossa opinião é que existe uma boa assimetria positiva, considerando a redução de risco observada nos últimos trimestres”, conclui.

Fonte: Suno

Por que o lucro recorde do Banco do Brasil não animou o mercado?

Publicado em: 07/03/2024

O Banco do Brasil (BBAS3) reportou lucro líquido de R$ 9,4 bilhões no 4T23, o que resultou em um lucro líquido ajustado de R$ 35,6 bilhões em 2023 – alta de 11,4% na comparação anual e recorde absoluto da companhia.

No entanto, o investidor que esperava uma reação positiva das ações, provavelmente se decepcionou: os papéis caíram 3,5% logo no início do pregão seguinte à divulgação, na sexta-feira (9). Ao longo do dia até ensaiaram uma recuperação, mas encerraram o pregão em baixa de 1,66%.

Por que BBAS3 não subiu depois do lucro robusto?

Segundo a analista Larissa Quaresma, da Empiricus Research, os principais destaques positivos do resultado foram a margem financeira com o mercado do Banco Patagônia, controlado pelo BB na Argentina, e a expansão da carteira de crédito.

Acontece que o resultado da tesouraria do banco argentino inclui variações cambiais sobre os títulos atrelados ao dólar, em um período de forte desvalorização do peso argentino.

“O que foi bom, na verdade, foi uma coisa muito incerta. O resultado da tesouraria é algo muito volátil e é considerado um componente de baixa qualidade no resultado. É claro que qualquer lucro é bem-vindo, mas é um lucro frágil”, avaliou.

Mas, para a analista, o que mais desagradou o mercado foi o aumento da inadimplência, que veio principalmente do atacado.

“A inadimplência de grandes empresas acelerou o ritmo de alta no momento em que a maioria dos bancos estão começando a ver a inadimplência cair. No BB observamos o contrário, com a inadimplência começando a subir forte, já no quarto trimestre”, apontou.

Por conta disso, o banco estatal não atingiu o guidance de inadimplência no ano. “Passa uma sinalização ruim para o futuro, porque não vimos melhora nos índices de atraso, que são o indicador antecedente para a despesa de inadimplência”, afirmou Larissa.

Dentre os pares, analista prefere as ações do Itaú (ITUB4)

Na visão da analista, embora as ações do BB não estejam caras, há receio sobre a performance futura do banco. O risco político, inclusive, ainda está no radar.

“Existe possibilidade de interferência política, seja no subsídio de taxas de empréstimo, seja forçando a concessão de empréstimos que não fazem sentido econômico para o banco”.

Neste contexto, a analista prefere as ações do Itaú Unibanco (ITUB4) dentre os pares do setor na B3.

“O BB deu um guidance para 2024 que implica crescimento de 8% no lucro. É mais fraco que o do Itaú, que é de 12% implícito no guidance, o que acho conservador. Existe uma possibilidade relevante do Itaú superar essas expectativas. Apesar de ser uma ação mais cara, vejo como uma escolha melhor”, recomendou.

ITUB4 está entre as 10 melhores ações para comprar em fevereiro; confira as outras

As ações do Itaú, inclusive, estão na lista da Empiricus Research das 10 melhores ações para investir em fevereiro.

Os papéis do banco saltaram 4,3% no pregão de quarta-feira (6), dia seguinte ao resultado do 4T23, considerado robusto pelos analistas.

Mas o banco não é o único com potencial de entregar bons retornos aos acionistas nos próximos meses. O portfólio recomendado pela Empiricus Research conta com outras 9 ações consideradas o filé mignon da bolsa.

São ações com alto potencial lucrativo, fundamentos interessantes pensando no longo prazo e algum gatilho de valorização em breve.

Além de outros destaques que podem encher o bolso do investidor e sequer foram citados. São todas boas ações que, segundo a equipe de análise, estão sendo negociadas abaixo do que de fato valem.

E têm todas as características para surfar a possível recuperação da bolsa brasileira.

Fonte: Exame

Cinco maiores bancões do Brasil lucram R$ 107,5 bilhões em 2023

Publicado em:

O lucro dos cinco maiores bancos do Brasil cresceu 1,9% em 2023, somando R$ 107,5 bilhões, de acordo com dados compilados pelo Broadcast — e tudo pela “ajudinha” do Itaú Unibanco (ITUB4), Banco do Brasil (BBAS3) e Caixa Econômica Federal.

O melhor desempenho do trio no ano passado compensou a retração nos números de Bradesco (BBDC4) e Santander Brasil (SANB11) — que, diante da inadimplência ainda alta em operações de crédito mais antigas, cresceram menos a carteira de empréstimos.

A maior alta de resultado veio do Itaú, que equilibrou o crescimento das margens com crédito e também o resultado da tesouraria.

No BB, essa combinação também foi observada, mas com um desempenho melhor da tesouraria, graças aos números do banco argentino Patagonia.

Por sua vez, na Caixa, o crédito foi a alavanca tanto das margens quanto das receitas com serviços.

De olho nos números da Caixa e do Banco do Brasil (BBAS3)

A carteira da Caixa foi a que mais cresceu no ano passado, com alta de 10,6% em relação a 2022, para R$ 1,119 trilhão.

O banco originou ao todo R$ 544,3 bilhões em crédito, o maior volume da história, o que ajudou a expandir as margens em 19,5% no ano e as receitas com serviços decorrentes do crédito em 8,3% no mesmo período.

Quase 70% das operações da instituição estão em crédito imobiliário — portfólio que registrou alta de 14,6% ao longo do ano.

Enquanto os bancos privados reduziram as concessões diante dos juros altos, a Caixa manteve os negócios, o que levou os clientes das demais instituições a procurá-la.

Já em relação ao Banco do Brasil (BBAS3), o crescimento das operações foi de 10,3%. O resultado foi impulsionado pelo agronegócio, que cresceu 14,7% em 2023.

Para este ano, o banco projeta elevar a carteira em até 12% — e o agro continuará como o principal pilar desse crescimento, nas projeções do BB, apesar das perspectivas menos positivas para o setor. Vale lembrar que o segmento tem pedido ao governo para renegociar dívidas diante da queda dos preços das principais commodities.

“Na carteira agro, nós vemos uma alta marginal de inadimplência que é causada pelo menor crescimento da carteira, natural após os últimos anos”, disse o diretor financeiro (CFO) e de relações com investidores (DRI) do banco, Geovanne Tobias.

O banco ainda revelou as projeções para o lucro líquido, com expectativa de aumento de até 12% no indicador.

Vem retomada pela frente?

Entre os bancos privados, a perspectiva é de retomada do crescimento da carteira neste ano.

O Bradesco (BBDC4), que viu o portfólio encolher em 1,6% no ano passado, espera um crescimento entre 7% e 11% em 2024.

Em coletiva de imprensa no início de fevereiro, o presidente do banco, Marcelo Noronha, disse que a retomada neste ano se dará com modelos de crédito aprimorados, e um apetite de risco mais rigoroso que no ciclo anterior. “Não vamos fazer maluquice com crédito para entregar resultado”, disse.

O Bradesco tem ambições de ganhar espaço no mercado de crédito até 2028, período que mira o plano estratégico apresentado por Noronha para aumentar a rentabilidade do banco.

Hoje, o conglomerado estima contar com uma participação de mercado de cerca de 14%, e quer chegar a algo entre 15% e 19% no final do período. O segmento de varejo é um dos pilares deste avanço.

O Itaú, que tem reduzido a exposição ao varejo, espera crescer até 9,5% no crédito em 2024, após uma alta de 5,3% no ano passado. “Nós vamos crescer dois dígitos nas carteiras que nós selecionamos”, disse o presidente do banco, Milton Maluhy, em fevereiro.

O Santander não dá projeções ao mercado, mas também espera um crescimento seletivo. O foco é manter o custo do crédito controlado.

“Esperamos que o custo de crédito nos novos portfólios seja menor que a média”, disse o presidente do banco, Mario Leão. Um dos focos do conglomerado é justamente reduzir a concentração dos resultados no crédito e no segmento de varejo.

Fonte: Seu Dinheiro

O que explica a queda de BBAS3 após lucro recorde do BB em 2023?

Publicado em: 22/02/2024

À primeira vista, o Banco do Brasil (BBAS3) deveria ter animado seus acionistas após o balanço do 4T23. O BB registrou lucro líquido de R$ 9,4 bilhões no período, o que resultou em um lucro líquido ajustado de R$ 35,6 bilhões em 2023 – alta de 11,4% na comparação com 2022 e recorde histórico da companhia.

No entanto, o investidor que dormiu tranquilo viu as ações caírem 3,5% logo na abertura do mercado da última sexta-feira (9). Ao longo do dia, os papéis até ensaiaram uma recuperação, mas encerraram o pregão em baixa de 1,66%.

Segundo a analista Larissa Quaresma, da Empiricus Research, os principais destaques positivos do resultado foram a margem financeira com o mercado do Banco Patagônia, controlado pelo BB na Argentina, e a expansão da carteira de crédito.

Acontece que o resultado da tesouraria do banco argentino inclui variações cambiais sobre os títulos atrelados ao dólar, em um período de forte desvalorização do peso argentino.

“O que foi bom, na verdade, foi uma coisa muito incerta. O resultado da tesouraria é algo muito volátil e é considerado um componente de baixa qualidade no resultado. É claro que qualquer lucro é bem-vindo, mas é um lucro frágil”, avaliou.

Mas, para a analista, o que mais desagradou o mercado foi o aumento da inadimplência, que veio principalmente do atacado.

“A inadimplência de grandes empresas acelerou o ritmo de alta no momento em que a maioria dos bancos estão começando a ver a inadimplência cair. No BB observamos o contrário, com a inadimplência começando a subir forte, já no quarto trimestre”, apontou.

Por conta disso, o Banco do Brasil não atingiu o guidance de inadimplência no ano. “Passa uma sinalização ruim para o futuro, porque não vimos melhora nos índices de atraso, que são o indicador antecedente para a despesa de inadimplência”, afirmou Larissa.
Dentre os os pares do setor, analista prefere as ações do Itaú

Na visão da analista, embora as ações do BB não estejam caras, há receio sobre a performance futura do banco. O risco político, inclusive, ainda está no radar.

“Existe possibilidade de interferência política, seja no subsídio de taxas de empréstimo, seja forçando a concessão de empréstimos que não fazem sentido econômico para o banco”.

Neste contexto, a analista prefere as ações do Itaú Unibanco (ITUB4) dentre os pares do setor na B3.

“O BB deu um guidance para 2024 que implica crescimento de 8% no lucro. É mais fraco que o do Itaú, que é de 12% implícito no guidance, o que acho conservador. Existe uma possibilidade relevante do Itaú superar essas expectativas. Apesar de ser uma ação mais cara, vejo como uma escolha melhor”, recomendou.
Itaú está entre as 10 melhores ações para comprar em fevereiro; veja quais são as outras

As ações do Itaú, inclusive, estão na lista da Empiricus Research das 10 melhores ações para investir em fevereiro.

Os papéis do banco saltaram 4,3% no pregão de quarta-feira (6), dia seguinte ao resultado do 4T23, considerado robusto pelos analistas.

Mas o banco não é o único com potencial de entregar bons retornos aos acionistas nos próximos meses. O portfólio recomendado pela Empiricus Research conta com outras 9 ações consideradas o filé mignon da bolsa.

São ações com alto potencial lucrativo, fundamentos interessantes pensando no longo prazo e algum gatilho de valorização em breve.

Fonte: Money Times

Vale a pena investir no Banco do Brasil (BBAS3) pensando em dividendos?

Publicado em:

Depois de ter lucrado R$ 9,44 bilhões no 4° trimestre de 2023 e alcançado um recorde de R$ 35,6 bilhões no ano passado, o Banco do Brasil (BBAS3) caiu nas graças dos analistas focados em dividendos, mesmo diante de uma possível desaceleração dos resultados em 2024.

O fato de o banco ter elevado o seu payout (parcela do lucro destinada a proventos) de 40% para 45% também animou os agentes de mercado. Pelas projeções (guidance) da instituição financeira, o Banco do Brasil espera ter um lucro líquido ajustado entre R$ 37 e R$ 40 bilhões em 2024. Nesta quarta-feira (21), é dia de Data Com do BBAS3 e mostramos como você pode ter uma renda de R$ 3 mil por mês com a estatal.

Para Sergio Biz, analista focado em dividendos e sócio do GuiaInvest, este guidance já sinaliza um lucro robusto, que mesmo no patamar mínimo de R$ 37 bilhões, proporcionaria dividendos atrativos para os investidores.

Biz destaca também a previsibilidade do banco, que vem apresentando resultados operacionais sólidos e balanços saudáveis. O analista elogia o fato de o banco anunciar um calendário com as datas e frequências das distribuições de proventos. “Esse nível de previsibilidade é difícil encontrar nas empresas listadas”, diz.

Recentemente, o Banco do Brasil divulgou um calendário com oito datas de pagamento – quatro antecipadas e quatro complementares no decorrer de 2024. Confira aqui.

Embora não seja muito significativo, Biz avalia como positivo o crescimento de 5% no payout para 45%. “Considerando um lucro líquido de R$ 37 bilhões em 2024 e payout de 45%, o banco poderia entregar dividendos de R$ 5,70 por ação”, calcula. Segundo o analista, levando em conta o preço atual da ação, o dividendo representaria um retorno (dividend yield) de 9,6%.

“É um dividendo extremamente interessante considerando a forte alta das ações em 2023”, pontua. Para Biz, o ideal é comprar as ações BBAS3 até o preço de R$ 56.

A previsibilidade nos resultados não é a única vantagem do banco estatal. Gabriel Duarte, analista da Ticker Research, destaca a exposição do banco a linhas de crédito resilientes, como é o caso do crédito consignado – onde o desconto do pagamento é feito da folha salarial do cliente. “É um crédito com baixíssimo risco, porque quando cai o pagamento do cliente o banco já desconta a dívida do salário da pessoa. E boa parte desse crédito é concedido a funcionários públicos, que possuem mais estabilidade”, afirma Duarte.

O analista também destaca a forte atuação do banco no agronegócio, um dos carro-chefe da economia brasileira. “Embora o setor traga volatilidade, afinal tem safra, mudanças climáticas e alguns percalços, quando o agronegócio vai muito bem, o banco também tem um bom desempenho”, pontua o analista.

Duarte diz ainda que o aumento de 5% no payout deve contribuir com um salto de 26% dos dividendos pagos em 2024, que podem chegar a R$ 5,84, se comparados com 2023, de R$ 4,63. “É um crescimento muito acima da inflação e mostra que o banco está de fato interessado em remunerar os seus acionistas, seja via dividendos ou recompra de ações”, aponta.

O analista da Ticker espera um dividend yield de 9,9% em 2024, podendo evoluir até 11%. Para garantir um bom retorno, recomenda aos investidores adquirir os papéis BBAS3 entre R$ 50 e R$ 60.

Na Genial Investimentos, a expectativa é de um dividend yield de 10,3% em 2024, com ventos favoráveis para a lucratividade do banco. Os analistas da casa acreditam que o Banco do Brasil estaria descontado diante dos pares, apesar do seu bom desempenho.

“Com um valuation (avaliação) atraente de 0,97 vezes P/VP (preço sobre valor patrimonial) e 4,3 vezes P/L preço sobre lucro, o Banco do Brasil segue negociado abaixo do seu valor patrimonial, apesar da rentabilidade acima de seu custo de capital”, observam.

A recomendação da Genial Investimentos é de compra, com preço-alvo (expectativa de valorização) de até R$ 64,90 em 2024.

Na Ágora Investimentos, a recomendação também é de compra, com preço-alvo de R$ 64 para 2024. Renato Chanes, analista da corretora, cita que o Banco do Brasil é o principal dividend yield do setor bancário para a casa, com projeção de um retorno em dividendos de 9% em 2024 e 10% em 2025. “A nossa perspectiva para o Retorno sobre Patrimônio Líquido (ROE) do banco é de 20% nos próximos dois anos”, reforça.

Chanes destaca que existem alguns riscos de investir no Banco do Brasil, entre estes aspectos relacionados a safra agrícola. “Se houver uma queda de safra, isso pode reduzir a carteira rural e em consequência o resultado financeiro líquido (NII), o que poderia ter um impacto na política de dividendos”, pontua.

Outro ponto de atenção, na visão de Chanes, é o risco político na Argentina, dado que o banco estatal tem uma participação relevante no Banco da Patagônia, inserido em um ambiente de hiperinflação e desvalorização do peso argentino.

A nível local, o risco político brasileiro também pesa, com a desconfiança do mercado de possíveis interferências do governo federal. “Existe um temor que, por pressão do governo, o BB aumente a exposição a linhas de empréstimos menos rentáveis e mais arriscadas, o que poderia vir a detratar o seu spread”, destaca Milton Rabelo, analista do setor financeiro da VG Research.

Contudo, ele faz a ressalva, que não se constatou nenhuma tentativa de interferência muito clara por parte do governo em 2023. “A atual gestão do banco, chefiada pela CEO Tarciana Medeiros, executiva de carreira da instituição, tem passado muita confiança ao mercado, sinalizando compromisso com o crescimento e rentabilidade do Banco do Brasil”, avalia.

Para Rabelo, o banco vai entregar um dividend yield de 10% em 2024. A recomendação é comprar as ações BBAS3 até o preço de R$ 61,20. O analista reforça que as ações ainda seguem baratas.

Fábio Sobreira, analista da Harami Research, explica que se o banco quisesse distribuir todo o seu lucro em 2024, teria capacidade de pagar dividendos de quase 20%, o que comprova a sua robustez.

“A tendência do banco é de crescimento e diante a sua resiliência entendemos que faz todo sentido para uma estratégia de dividendos”, observa Sobreira, que espera um dividend yield de entre 7% e 8% em 2024. Para ele, vale a pena comprar as ações até o preço de R$ 60.

Em relação ao risco de intervenção política, Sobreira também acredita que cada vez o mercado acredita menos nisso, apesar de o banco ainda continuar tendo o desconto de uma empresa estatal e sendo negociado mais barato do que o próprio Itaú.

Fonte: E-Investidor

Banco do Brasil pagará PLR no dia 1º de março

Publicado em:

O Banco do Brasil vai pagar aos funcionários no dia 1º de março a parcela da Participação nos Lucros e/ou Resultados referente ao semestre, com base nos resultados obtidos em 2023.

Segundo a regra do acordo aditivo do BB, funcionárias e funcionários do banco recebem em até 10 dias úteis após a distribuição dos dividendos ou Juros sobre Capital Próprio (JCP) aos acionistas, sendo que os valores pagos em PLR aos trabalhadores são proporcionais ao aumento do lucro do banco, que bateu recorde de R$ 35,6 bilhões em 2023.

A PLR dos bancários do BB é composta pelo módulo Fenaban e pelo módulo BB. Pelo módulo Fenaban, o funcionário recebe 45% do salário paradigma definido no acordo, acrescido de parcela fixa. No módulo BB existe ainda a distribuição linear de 4% do lucro do banco entre os funcionários, além da parcela variável.

Os valores por cargo da PLR serão divulgados um dia antes do pagamento, ou seja, em 29 de fevereiro.

Fonte: Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região

Banco do Brasil anuncia pagamento de R$ 2,4 bi em dividendos e JCP

Publicado em: 09/02/2024

O Banco do Brasil aprovou o pagamento de R$ 2,38 bilhões a título de remuneração aos acionistas. A distribuição será de R$ 630,16 milhões sob a forma de dividendos e outros R$ 1,75 bilhões referentes a Juros sobre Capital Próprio (JCP), ambos relativos ao exercício do banco no quarto trimestre de 2023.

A distribuição dos proventos terá como base a posição acionária de 21 de fevereiro deste ano. Assim, as ações serão negociadas a “ex” a partir do pregão seguinte, 22 de fevereiro.

Os valores pagos serão atualizados pela taxa básica de juros (Selic) da data do balanço (31/12/2023) até a data do pagamento (29/02/2024).

O procedimento de pagamento seguirá da seguinte forma:

O crédito será por conta corrente, poupança-ouro ou por caixa. Aos acionistas com ações custodiadas na Central Depositária da B3, os valores serão pagos àquela entidade, que os repassará aos acionistas titulares, por meio de seus respectivos agentes de custódia.

Além do imposto de renda incidente sobre a atualização mencionada anteriormente, haverá retenção de imposto de renda na fonte sobre o valor nominal de acordo com a legislação vigente. Os acionistas dispensados da referida tributação deverão comprovar esta condição até 23/02/2024 em uma das agências do Banco do Brasil.

Os acionistas cujos cadastros estejam desatualizados terão suas remunerações retidas até a efetiva regularização de seus registros em uma das agências do Banco do Brasil.

A regularização cadastral poderá ser efetuada mediante a apresentação de documento de identidade, CPF e comprovante de residência, se pessoa física, ou estatuto/contrato social e prova de representação, se pessoa jurídica.

O Banco do Brasil reforçou no comunicado ao mercado que R$ 976,866 milhões já foram pagos em 28 de dezembro do ano passado, a título de remuneração antecipada aos acionistas sob a forma de JCP relativo ao quarto trimestre de 2023.

Mais dividendos e JCP em 2024

O Banco do Brasil (BB) informou que seu conselho de administração aprovou a proposta de elevação do “payout” de 40% para 45% em 2024, via JCP ou dividendos.

O BB remunerará os acionistas em oito fluxos. Quando a distribuição for via JCP, o montante calculado com base no percentual de “payout” aprovado corresponde ao valor bruto, sobre o qual poderão incidir tributos.

O banco também anunciou hoje que exercerá, em 18 de junho, a opção de recompra total do título de dívida subordinada de capital nível I emitido em 2014 com cupom 9% (Banbra 9% a.a.). O título foi emitido no valor original de US$ 2,5 bilhões e há em circulação hoje US$ 1,37 bilhão.

O BB não recomprará bônus com cupom de 6,25% que tinha opção de call em abril.

Fonte: Valor Investe

BB Seguridade tem alta de 14% no lucro do 4º trimestre de 2023

Publicado em:

A BB Seguridade teve lucro líquido de 2,05 bilhões de reais no quarto trimestre, crescimento de 13,7% sobre o desempenho de um ano antes, divulgou nesta segunda-feira o braço de seguros e previdência do Banco do Brasil.

A companhia também divulgou projeções para 2024, com a expectativa para resultado operacional não decorrente de juros apontando para crescimento de 5% a 10% após expansão ligeiramente acima da estimativa de 17,6% em 2023.

A BB Seguridade espera ainda ter crescimento de 8% a 13% nos prêmios emitidos pela unidade Brasilseg, ante alta de 8,9%, abaixo do previsto, em 2023, quando a expectativa era de expansão no intervalo de 10% a 15%.

A companhia afirmou também que prevê reservas de previdência avançando 8% a 12% este ano, após um 2023 em que a linha apresentou crescimento de 14,9%, acima do “guidance”.

No quarto trimestre, os prêmios emitidos pela Brasilseg recuaram 1,2% sobre um ano antes, para cerca de 4 bilhões de reais, enquanto as despesas gerais e administrativas subiram 26%. O lucro líquido da unidade disparou 30,1% na comparação anual, a 1,11 bilhão de reais.

Fonte: Invest News

Lucro dos maiores bancos privados tem queda de quase 10% em 2023

Publicado em:

O lucro líquido consolidado dos quatro maiores bancos privados brasileiros teve queda de 9,4% em 2023. O levantamento foi realizado por Einar Rivero, da Elos Ayta, com dados divulgados pelos e disponíveis na plataforma Com Dinheiro.

Ao todo, Itaú Unibanco, Bradesco, Santander e BTG Pactual tiveram lucro líquido de R$ 67,1 bilhões no ano passado, contra R$ 74,1 bilhões em 2022 — ano recorde nominal do levantamento.

Dos quatro, Itaú Unibanco e BTG Pactual tiveram alta anual, enquanto Bradesco e Santander reduziram os ganhos. Também é a primeira vez que o BTG tem um lucro maior que o do Santander.

Veja abaixo.

Itaú Unibanco: R$ 33,8 bilhões (+26,6%);
BTG Pactual: R$ 9,9 bilhões (+10,2%);
Bradesco: R$ 14,5 bilhões (-31,6%);
Santander: R$ 8,8 bilhões (-38,2%).

“É interessante notar que tanto o Itaú Unibanco quanto o BTG apresentam um crescimento constante desde 2000, enquanto o Santander e o Bradesco vêm experimentando uma queda contínua desde 2021”, afirma Einar Rivero.

Itaú Unibanco

O Itaú Unibanco reportou lucro líquido recorrente de R$ 9,4 bilhões no quarto trimestre de 2023. A alta foi de 22,6% em relação ao mesmo período de 2022, em resultado marcado por crescimento de margem financeira e menor provisão para créditos de liquidação duvidosa.

No acumulado de 2023, o lucro líquido recorrente do banco alcançou R$ 35,6 bilhões, alta de 15,7% em relação a 2022.

O banco também divulgou projeções para 2024. O crescimento da carteira de crédito total deve ser de 6,5% a 9,5%. Em 2023, houve expansão de 3,1%.

A margem financeira com clientes crescerá entre 4,5% e 7,5% e margem financeira com mercado, entre R$ 3 bilhões e R$ 5 bilhões, após terminar o ano passado com expansão de 12,5% na margem financeira com clientes e com R$ 3,3 bilhões em margem financeira com o mercado.

As previsões ainda apontam aumento de 5% a 8% nas receitas de prestações de serviços e resultados de seguros neste ano, quando o custo do crédito deve ficar entre R$ 33,5 bilhões e R$ 36,5 bilhões.

BTG Pactual

O BTG Pactual teve aumento de 61% no lucro líquido ajustado do quarto trimestre em comparação com o mesmo período do ano passado, para R$ 2,85 bilhões, apoiado por receitas recordes na maioria de suas áreas de negócios.

O BTG Pactual, o maior banco de investimentos da América Latina, citou no balanço “lucro líquido recorde”, apesar do que chamou de um ano desafiador, com um ambiente de altas taxas de juros e condições mais difíceis no mercado de crédito.

As receitas atingiram R$ 5,65 bilhões, um aumento de 55% em uma base anual, com o retorno sobre o patrimônio líquido médio (ROAE) — um indicador de lucratividade — atingindo 23,4% no trimestre.

O BTG Pactual disse que 2023 também foi marcado por ganhos de participação de mercado, “especialmente em nossas franquias de clientes”.

Bradesco

O Bradesco reportou lucro líquido recorrente de R$ 2,88 bilhões no quarto trimestre, alta de 80,4% em relação ao mesmo período de 2022, mas queda de 37,7% frente ao terceiro trimestre do ano passado e abaixo das previsões de analistas.

O resultado foi marcado por uma despesa com provisão para inadimplência de R$ 10,52 bilhões, menor do que um ano antes (R$ 14,881 bilhões), mas acima dos R$ 9,19 bilhões do terceiro trimestre.

O retorno anualizado sobre patrimônio líquido ficou em 6,9% no último trimestre do ano passado, de 11,3% nos três meses anteriores e 3,9% no quarto trimestre de 2022 — quando o banco fez uma provisão extra em razão do pedido de recuperação judicial da Americanas, anunciada no começo de 2023.

A margem financeira foi de R$ 16,13 bilhões, de R$ 16,68 bilhões um ano antes, com a margem de clientes caindo 11,7%, a R$ 15,43 bilhões de reais.

Santander

O Santander Brasil reportou lucro líquido recorrente de R$ 2,2 bilhões nos últimos três meses de 2023, ante R$ 3,122 bilhões no mesmo período do ano anterior e R$ 2,729 bilhões no terceiro trimestre de 2023.

O último trimestre do ano passado foi marcado por margem financeira líquida (NII) de R$ 7,218 bilhões, mas despesa com provisão de R$ 6,105 bilhões.

A carteira de crédito expandida somou R$ 643 bilhões e a inadimplência acima de 90 dias ficou em 3,1%.

Fonte: G1

Lucro dos quatro maiores bancos supera ‘peso Americanas’ e deve chegar a R$ 26 bi

Publicado em: 02/02/2024

O lucro dos quatro maiores bancos listados do País deve apresentar um crescimento anual de 30,1% nos números consolidados do quarto trimestre de 2023, para R$ 26 bilhões, de acordo com a média das estimativas das casas de análise consultadas pelo Broadcast. O expressivo resultado reflete a comparação com a temporada mais afetada pela crise da Americanas, mas também a gradual melhoria da qualidade do crédito. Os balanços dos grandes bancos começam a sair em 31 de janeiro.

A Americanas entrou em recuperação judicial no primeiro trimestre do ano passado, mas Itaú Unibanco, Banco do Brasil, Bradesco e Santander Brasil contabilizaram provisões contra o possível calote da empresa já nos balanços do quarto trimestre de 2022. À exceção do Santander, os outros três têm provisões equivalentes a todo o crédito que precisam receber da rede de varejo, que fechou um acordo com credores no final do ano passado.

Sem o peso do fator Americanas, os resultados devem continuar a refletir a diferença de compasso entre Itaú e Banco do Brasil, de um lado, e Bradesco e Santander Brasil, de outro. Entretanto, todos os quatro bancos devem mostrar algum sinal de melhora, seja nos índices de inadimplência, seja na concessão de crédito.

Índice de inadimplência deve melhorar
“No último trimestre, vimos os primeiros sinais de uma inflexão nos índices de inadimplência, com uma relativa estabilidade no indicador acima de 90 dias e melhoria nos indicadores antecedentes – com base nos dados do Banco Central, esperamos que essa tendência continue, principalmente para o segmento de varejo”, afirmou o analista Yuri Fernandes, do JPMorgan, em relatório.

Na visão da XP Investimentos, Itaú e BB, que mostraram inadimplência mais controlada ao longo dos últimos dois anos, devem crescer mais, com índices de atraso praticamente estáveis. Bradesco e Santander devem manter o conservadorismo, com menor custo de crédito.

Olho no Bradesco
As atenções devem ser divididas entre os números dos balanços e anúncios para além deles. O principal deve vir da Cidade de Deus. “Embora o quarto trimestre do Bradesco deva ser um ‘não-evento’, este provavelmente é o resultado mais esperado da temporada, considerando a expectativa de anúncio de um novo plano estratégico por Noronha”, escreveu Daniel Vaz, analista do Safra.

Marcelo Noronha, que era o vice-presidente responsável pelo varejo do Bradesco, assumiu o banco em novembro passado, sucedendo a Octavio de Lazari Junior. O mercado acredita que ele revelará planos para a reformulação do banco, em especial no atendimento aos clientes de baixa renda.

O segmento é o “coração” do Bradesco, mas viu a rentabilidade despencar nos últimos anos com a alta da inadimplência e a competição com bancos digitais, que abocanharam boa parte dos clientes. “O banco pretende voltar a crescer no segmento de baixa renda, mas para isso, terá que diminuir muito o custo de servir, o custo de aquisição e melhorar a inadimplência”, afirmou Eduardo Nishio, da Genial.

Mercado espera mais dividendos do Itaú

No Itaú, a expectativa é pelo anúncio de um muito aguardado aumento nos dividendos, diante do excesso de capital que o banco tem mantido e de novas regras contábeis mais brandas que o esperado. Hoje, o maior banco da América Latina distribui aos acionistas 25% do resultado, e sinalizou que deve aumentar essa distribuição, via dividendos ou instrumentos como a recompra de ações.

Outro foco estará nas projeções dos bancos para 2024, os chamados “guidances”. Do grupo, Itaú, BB e Bradesco divulgam projeções formais para indicadores como carteira de crédito, despesas operacionais e margens. O Santander não as fornece, mas costuma dar sinalizações informais sobre o que esperar.

Mario Pierry, analista do Bank of America (BofA), acredita que BB, Itaú e Bradesco devem divulgar projeções similares para o aumento das margens em relação a 2023, entre 8% e 10%. A composição deve ser diferente: no Bradesco, a tesouraria deve ser mais positiva, enquanto Itaú e BB devem ganhar em margem com clientes graças a um crescimento mais forte das carteiras.

Nas provisões, a expectativa do BofA é que o Bradesco sinalize um crescimento ainda alto, dado que o índice de cobertura do balanço está abaixo da média histórica. No Itaú, há espaço para um custo de crédito menor, enquanto o BB, segundo Pierry, tende a elevar provisões este ano.

Fonte: Estadão

BB: apesar dos recordes, gestão vê lucro crescendo um dígito em 2024

Publicado em: 10/11/2023

Mesmo com lucros robustos nos últimos trimestres, a gestão do Banco do Brasil (BBAS3) espera crescer suas últimas linhas do balanço a um dígito percentual no ano que vem.

Durante teleconferência de resultados, o CFO do Banco do Brasil, Marco Geovanne Tobias da Silva, destacou que pelos números divulgados essa é a expectativa, apesar de não ser o guidance oficial – a ser anunciado somente no resultado do Banco do Brasil referente ao 4T23.

Os executivos ainda destacaram que esperam crescimentos de um dígito percentual ou em se tratando da carteira de crédito, ou até mesmo pouco acima de 10%.

O CFO do Banco do Brasil disse que, no panorama atual, a carteira de crédito do banco tem sido inclusive um grande propulsor para a companhia alcançar o guidance de 2023.

“Sobre o guidance, em linhas gerais, a expectativa é de convergência com o que foi divulgado. Continuamos vendo boas tendências na carteira de crédito, com força do agro”.

Durante a teleconferência, ao ser perguntado sobre o patamar de remuneração dos acionistas de BBAS3, o CFO destacou que a companhia estuda ‘cautelosamente’ um eventual aumento do payout do banco.

Às risadas, o executivo brincou que ‘um concorrente paga 30%, menos que os 40% do banco’, e ironizou: “Vamos esperá-lo aumentar para aumentarmos o nosso também”.

No mesmo contexto, o executivo acrescentou que a gestão atual tem tomado a decisão de usar esses recursos para impulsionar os resultados do banco.

“Atualmente estamos reinvestindo esse lucro em benefício dos acionistas”, disse.

Nesta quinta (9), após a divulgação do resultado na véspera, as ações do Banco do Brasil caíram 4,18%. No acumulado do ano, contudo, os papéis sobem 50%.

Fonte: Suno

BB tem lucro líquido ajustado de R$ 26,1 bilhões no 9M23

Publicado em: 09/11/2023

O Banco do Brasil apresentou um lucro líquido ajustado de R$ 26,1 bilhões nos nove primeiros meses de 2023, crescimento de 14,0% na comparação com o mesmo período do ano anterior, o que representa um RSPL (retorno sobre patrimônio líquido) de 21,3%. O valor adicionado à sociedade alcançou R$ 64,4 bilhões. O índice de capital principal do BB encerrou setembro em 12,49%. No 3T23, o lucro líquido ajustado foi de R$ 8,8 bilhões, 4,5% superior ao mesmo período do ano passado.

A performance nos nove primeiros meses do ano é reflexo do crescimento da margem financeira bruta (+30,4%), decorrente dos bons resultados da carteira de crédito e dos títulos e valores mobiliários alocados em tesouraria. As receitas de prestação de serviços cresceram +5,0%. Por outro lado, ocorreram elevações das despesas de PCLD ampliada (+101,2%). As despesas administrativas subiram +8,0%, impulsionadas pelos investimentos em tecnologia.

Crescimento da Carteira de Crédito Ampliada

A carteira de crédito ampliada, que inclui TVM (títulos e valores mobiliários) privados e garantias, registrou saldo de R$ 1,07 trilhão em setembro/23, crescimento de 10,0% frente a setembro/22 e 2,0% em relação a junho/23. Destaque para a carteira de negócios sustentáveis, que totalizou R$ 338,8 bilhões, com crescimento de 5,5% em 12 meses, representando 32% da carteira de crédito ampliada do BB. O índice de inadimplência acima de 90 dias (relação entre as operações vencidas há mais de 90 dias e o saldo da carteira de crédito classificada) atingiu 2,81% (abaixo do Sistema Financeiro, que registrou indicador de 3,50%) e o índice de cobertura (relação entre o saldo de provisões e o saldo de operações vencidas há mais de 90 dias) foi de 199,1%.

Carteira Ampliada Pessoa Física

Crescimento de 0,7% na comparação com junho/23 e 7,9% em 12 meses, alcançando R$ 304,1 bilhões, influenciada, principalmente, pelo desempenho na carteira de crédito consignado (+2,0% no trimestre e +8,9% em 12 meses).

Carteira Ampliada Pessoa Jurídica

Registrou crescimento de 4,7% em 12 meses, atingindo R$ 371,4 bilhões, com destaque para a carteira de Micro, Pequenas e Médias Empresas (MPMEs), com evolução de 4,2% no trimestre e 14,2% em 12 meses.

Carteira Ampliada Agronegócios

Alcançou o saldo de R$ 339,9 bilhões, crescimento de 5,7% em relação a junho/23 e 18,9% em 12 meses. Destaque para as linhas de custeio (+14,2% no trimestre e +18,9% em 12 meses), de investimentos (+4,8% no trimestre e +37,1% em 12 meses) e de comercialização (+8,7% no trimestre e +64,9% em 12 meses). De julho a setembro, ou seja, no primeiro trimestre de atuação no Plano Safra 2023/2024, o BB desembolsou R$ 68,8 bilhões, um crescimento de 8,2% em relação ao mesmo período da safra anterior.

Agenda ASG

Neste trimestre, o BB renovou e revisou os compromissos para um futuro sustentável. Os Compromissos BB 2030 para um Mundo + Sustentável trazem objetivos em quatro frentes de atuação, incluindo o crédito sustentável e investimento responsável, abrangendo a atuação na gestão ASG e climática e buscando gerar impactos positivos na cadeia de valor. O BB assumiu o compromisso de atingir uma carteira de R$ 500 bilhões em crédito sustentável, dos quais R$ 200 bilhões em agricultura sustentável, além de R$ 30 bilhões em financiamento a energias renováveis.

Além disso, o BB alterou o objetivo de captação para investimentos sustentáveis já considerando a nova regulação da Anbima para fundos IS (Investimento Sustentável). O BB também ampliou os objetivos de diversidade e inclusão e incluiu metas de preservação florestal e reflorestamento.

Nos últimos meses, o Banco do Brasil participou de diversas reuniões sobre a temática ASG, destacando a da Organização das Nações Unidas (ONU), um evento que reuniu chefes de Estado e representantes da sociedade civil dos mais de 190 países-membros da Organização. O Banco levou para o mundo a necessidade de preservação da floresta, a recuperação de matas degradadas, a promoção da bioeconomia e a valorização da população amazônica, por meio da campanha All Amazônia.

O BB foi selecionado a compor o iDiversa da B3, o primeiro índice latino-americano a combinar, em um único indicador, critérios de gênero e raça, e reconhece as companhias listadas que se destacam em diversidade, além de promover maior representatividade desses grupos no mercado.

Fonte: Banco do Brasil

Banco do Brasil deve ter maior lucro entre os bancos, diz Genial

Publicado em: 26/10/2023

Na esteira da próxima divulgação de resultados trimestrais do Banco do Brasil (BBAS3), analistas da Genial Investimentos reiteraram otimismo com as ações e destacaram que o banco deve apresentar a maior cifra no quesito lucro dentre todos os players do setor.

Conforme a análise da Genial, o lucro do Banco do Brasil deve ser de R$ 8,96 bilhões. A estimativa fica levemente abaixo do consenso do mercado, que estima R$ 9,07 bilhões de lucro líquido.

O resultado do Banco do Brasil será divulgado no dia 8 de novembro.

“Esperamos mais um trimestre positivo para o BB, novamente podendo apresentar o maior lucro do setor. Nossas estimativas consideram um lucro líquido de R$ 8,96 bi, ficando R$ 33 mi acima da nossa expectativa para o Itaú (ITUB4) que, apesar de marginal, é um marco para o banco que alguns anos atrás tinha o pior ROE entre os grandes bancos”, diz a casa.

“Nosso lucro leva a uma rentabilidade (ROE) de 21,0%, refletindo o momento de boa performance do BB. Entendemos que nesses últimos meses o valor de mercado do banco não acompanhou as expectativas de lucro pelo mercado, o que em nossa visão pode ser um interessante catalisador para a valorização das ações caso o banco continue entregando bons resultados com fundamentos numa tendência positiva/estável”, completa.

Atualmente a recomendação da casa é de compra para as ações do Banco do Brasil. O preço-alvo para BBAS3 é de R$ 64,90, ao passo que os papéis negociam pouco abaixo de R$ 50.

Para o ano que vem, os analistas esperam que o banco siga entregando crescimento de lucro 2024, um pouco acima do consenso de mercado.

“Para o 3T23 do BB, esperamos que a carteira de crédito apresente uma desaceleração anual devido a uma base comparativa mais alta do ano passado, mas ainda com crescimento atrativo. A receita de juros (NII) continuará em patamares elevados, mas em desaceleração, mas terminando o ano de 2023 no topo do guidance”, diz a Genial.

“A provisão para devedores duvidosos (PDD) deve ser impactada negativamente pelos créditos tóxicos de Americanas (AMER3) que estavam provisionados em 70% até o 2T23, podendo segurar uma maior evolução de lucro para o trimestre. Para 2024, esperamos uma desaceleração nos resultados depois de um crescimento forte em 2023, impactado principalmente por uma desaceleração do crescimento de receita com juros (NII), que por sua vez acompanha um menor crescimento da carteira de crédito”, completa.

Nos pontos positivos, a casas destaca que não espera que as provisões não cresçam em relação a 2023, beneficiadas por um menor nível de inadimplência.

Apesar da desaceleração, a Genial ainda vê resultados fortes, com um lucro estimado de R$ 38,4 bilhões para o próximo ano e um ROE ainda na casa dos 20%.
Dividendos do Banco do Brasil devem aumentar

Para os dividendos do Banco do Brasil, analistas esperam uma elevação para um patamar de 10,8% de dividend yield (DY).

Atualmente, conforme dados do Status Invest, o Banco do Brasil soma um yield de 9,3%, com R$ 4,59 pagos por ação no acumulado dos últimos 12 meses.

Fonte: Suno

BB Seguridade poderá ter melhor resultado da história no 3º tri

Publicado em:

Apesar de dados evidenciarem bons resultados para BB Seguridade (BBSE3), diversos analistas ainda apresentam cautela no momento de recomendar o papel.

A ação tem alta de cerca de 5% no acumulado do ano, enquanto acumula ganhos de 22% em doze meses. O próximo gatilho para os investidores é a expectativa é para os resultados, que serão divulgados antes da abertura do mercado, em 6 de novembro. Os dados divulgados pela SUSEP, órgão que acompanha a movimentação de seguros no Brasil, apontam para boas perspectivas para o nome na temporada de balanços, de acordo com Goldman Sachs.

Prévia do trimestre

“Com base nesses dados, estimamos que o lucro líquido do BB Seguridade no 3º trimestre está 3% acima do consenso da Bloomberg, atingindo R$ 2,0 bilhões. Prêmios emitidos permanecem fortes no ano até o momento, com um aumento de 14% em relação ao ano anterior (em comparação com uma orientação de 10-15%), apoiados por um aumento nos prêmios rurais tanto em julho quanto em agosto”, destaca a análise do banco.

Assim, o Goldman estima que haverá melhora e considera que na divisão de previdência, os números são 88% melhores que no último trimestre.

O Bank of America considera que as tendências do nome são positivas e destaca a taxa de sinistralidade melhor que o previsto no trimestre, com “tendências benignas no segmento rural”.

“A taxa de sinistralidade de 26,5% em agosto de 2023 foi melhor do que 27,6% em agosto de 2022 e nossa previsão de 25,7%. O crescimento dos prêmios emitidos foi sólido (+12% na comparação anual), em linha com nossa previsão, com suporte dos segmentos rural e de seguro de vida”, considera o BofA.

Entre os resultados financeiros, o banco destaca que o fato das expectativas serem superadas se deu em grande parte pelas dinâmicas positivas nos índices de inflação. Isso trouxe uma elevação de lucro líquido de 14%, acima da previsão do trimestre.

“Nossas estimativas apontam para o melhor resultado da história da companhia, com um lucro projetado de R$ 2,05 bilhões (+11,4% na base trimestral e +24,3% ano a ano). Para melhorar, o 4T geralmente é o mais forte durante o ano, sinalizando que terminaremos o ano de 2023 com forte resultados”, avalia a Genial.

A casa de análise considera que o resultado financeiro deverá continuar em “patamares sólidos em todas as verticais”, especialmente ainda beneficiado pelo nível mais alto da taxa de juros. Não há expectativa que a redução recente da Selic traga algum impacto negativo, especialmente considerando a assimetria entre IPCA e IGPM.

Entre as unidades, a Genial considera que a divisão de seguros deve continuar com expansão de prêmios emitidos e com uma sinistralidade em “níveis atrativos”. A unidade de previdência tem, a seu favor, boa captação bruta e líquida enquanto a divisão de capitalização deve seguir também com boa captação, ainda como consequência da taxa de juros. A corretora, por sua vez, deverá apresentar melhora no trimestre, segundo a análise.

Divergência de recomendações

A recomendação do papel, para o Goldman Sachs, é neutra porque, na visão do banco, a ação da companhia apresenta potencial de ganhos limitado. O preço-alvo foi mantido em R$ 34,00 (upside de 7% frente o fechamento da véspera), com ação sendo negociada a 8,5 vezes o P/L (preço sobre lucro), com prêmio de 142% em relação ao Banco do Brasil (na média história, o prêmio é de 106%).

A estimativa de lucro, na análise do Goldman Sachs, foi elevada em 2%, saltando para R$ 7,4 bilhões em 2023, considerando os resultados financeiros melhores. Para 2024, houve também aumento, de 3%, para R$ 7,6 bilhões e, para 2025, o aumento foi de 3%, para R$ 7,6 bilhões.

Apesar de dados evidenciarem bons resultados para BB Seguridade (BBSE3), diversos analistas ainda apresentam cautela no momento de recomendar o papel.

A ação tem alta de cerca de 5% no acumulado do ano, enquanto acumula ganhos de 22% em doze meses.

O próximo gatilho para os investidores é a expectativa é para os resultados, que serão divulgados antes da abertura do mercado, em 6 de novembro. Os dados divulgados pela SUSEP, órgão que acompanha a movimentação de seguros no Brasil, apontam para boas perspectivas para o nome na temporada de balanços, de acordo com Goldman Sachs.

“Com base nesses dados, estimamos que o lucro líquido do BB Seguridade no 3º trimestre está 3% acima do consenso da Bloomberg, atingindo R$ 2,0 bilhões. Prêmios emitidos permanecem fortes no ano até o momento, com um aumento de 14% em relação ao ano anterior (em comparação com uma orientação de 10-15%), apoiados por um aumento nos prêmios rurais tanto em julho quanto em agosto”, destaca a análise do banco.

Assim, o Goldman estima que haverá melhora e considera que na divisão de previdência, os números são 88% melhores que no último trimestre.

O Bank of America considera que as tendências do nome são positivas e destaca a taxa de sinistralidade melhor que o previsto no trimestre, com “tendências benignas no segmento rural”.

“A taxa de sinistralidade de 26,5% em agosto de 2023 foi melhor do que 27,6% em agosto de 2022 e nossa previsão de 25,7%. O crescimento dos prêmios emitidos foi sólido (+12% na comparação anual), em linha com nossa previsão, com suporte dos segmentos rural e de seguro de vida”, considera o BofA.

Entre os resultados financeiros, o banco destaca que o fato das expectativas serem superadas se deu em grande parte pelas dinâmicas positivas nos índices de inflação. Isso trouxe uma elevação de lucro líquido de 14%, acima da previsão do trimestre.

“Nossas estimativas apontam para o melhor resultado da história da companhia, com um lucro projetado de R$ 2,05 bilhões (+11,4% na base trimestral e +24,3% ano a ano). Para melhorar, o 4T geralmente é o mais forte durante o ano, sinalizando que terminaremos o ano de 2023 com forte resultados”, avalia a Genial.

A casa de análise considera que o resultado financeiro deverá continuar em “patamares sólidos em todas as verticais”, especialmente ainda beneficiado pelo nível mais alto da taxa de juros. Não há expectativa que a redução recente da Selic traga algum impacto negativo, especialmente considerando a assimetria entre IPCA e IGPM.

Entre as unidades, a Genial considera que a divisão de seguros deve continuar com expansão de prêmios emitidos e com uma sinistralidade em “níveis atrativos”. A unidade de previdência tem, a seu favor, boa captação bruta e líquida enquanto a divisão de capitalização deve seguir também com boa captação, ainda como consequência da taxa de juros. A corretora, por sua vez, deverá apresentar melhora no trimestre, segundo a análise.

Divergência de recomendações

A recomendação do papel, para o Goldman Sachs, é neutra porque, na visão do banco, a ação da companhia apresenta potencial de ganhos limitado. O preço-alvo foi mantido em R$ 34,00 (upside de 7% frente o fechamento da véspera), com ação sendo negociada a 8,5 vezes o P/L (preço sobre lucro), com prêmio de 142% em relação ao Banco do Brasil (na média história, o prêmio é de 106%).

A estimativa de lucro, na análise do Goldman Sachs, foi elevada em 2%, saltando para R$ 7,4 bilhões em 2023, considerando os resultados financeiros melhores. Para 2024, houve também aumento, de 3%, para R$ 7,6 bilhões e, para 2025, o aumento foi de 3%, para R$ 7,6 bilhões.

“Espera-se que o crescimento dos lucros desacelere em 2024, limitando o desempenho, e mantemos assim nossa recomendação neutra”, estima o BofA, que tem preço-alvo de R$ 36 para os ativos (upside de 13%).

Já para a Genial, a BB Seguridade é a sua “top pick” no setor de seguros. Entre as vantagens destacadas pela corretora, está a ausência de exposição à discussões regulatórias referentes à Juros sobre Capital Próprio e teto de juros de cartão de crédito, por exemplo, como é o caso de concorrentes como a Porto (PSSA3) e outros bancos.

“Acreditamos que a seguradora deva reportar mais um lucro trimestral recorde – ponto importante na nossa tese em que o desempenho das ações acompanha o crescimento de lucro. Com os fundamentos financeiros em uma dinâmica favorável, estamos promovendo a companhia como nossa top pick (ação preferida) do setor de seguros”, considera a casa, tendo assim recomendação de compra. O preço-alvo para o ativo é de R$ 48,30, ou potencial de alta de 51% frente o fechamento de quarta.

De acordo com compilação da Refinitiv, de 12 casas que cobrem o ativo, 7 recomendam compra, 4 manutenção e 1 venda.

Fonte: Infomoney

Banco do Brasil deverá ter nova porrada no lucro no 3T23, vê Goldman

Publicado em: 19/10/2023

O Banco do Brasil (BBAS3), que deixou para trás seus concorrentes privados, deverá ter nova alta na lucro no terceiro trimestre de 2023, vê o Goldman Sachs.

De acordo com o banco americano, o BB terminará o período com lucro de R$ 9,9 bilhões, alta de 9%. O Goldman projeta ainda lucro operacional de R$ 13,9 bilhões, elevação de 7%.

“Apesar da desaceleração geral dos empréstimos ao setor, acreditamos que o Itaú (ITUB4) e o Banco do Brasil estão melhor posicionados para expandir suas carteiras de empréstimos, dada a exposição de alta renda e rural, respectivamente, bem como as tendências de melhor qualidade dos ativos”, sustenta.

Os analistas esperam um ROE (retorno sobre o patrimônio) saudável de 21,9%.

Uns dos principais pontos fortes do BB, o segmento rural, deverá continuar crescendo. Dados do Banco Central até agosto mostram que os empréstimos rurais aumentaram 21% no comparativo anual.

“Também prevemos crescimento ainda saudável da receita líquida de juros, enquanto as taxas podem expandir 6% no trimestre (+3% no comparativo anual)”, explica.

No relatório, o Goldman vê uma normalização parcial no custo do risco das altas comparações no segundo trimestre, consistente com a parte superior do guidance (projeções) de provisões (R$ 23-27 bilhões).

“A qualidade dos ativos provavelmente permanecem sob controle, embora os NPL (crédito não produtivo) das empresas possam aumentar”, explica.

Finalmente, diz o banco, as despesas com pessoal deveram ser parcialmente impactado pelo reajuste salarial anual em vigor a partir de setembro em diante, enquanto outras despesas operacionais podem se normalizar parcialmente a partir do segundo trimestre.

O Banco do Brasil publicará seu resultado em 9 de novembro de 2023.

Fonte: MoneyTimes

BB, o “campeão” de lucro e ROE entre os bancões: o que esperar para a ação?

Publicado em: 18/08/2023


O que era impensável anos atrás, mas que acabou ocorrendo nas últimas temporadas, voltou a se repetir neste segundo trimestre de 2023 (2T23). O Banco do Brasil (BBAS3) reportou um lucro líquido ajustado de R$ 8,8 bilhões (com 21% de retorno sobre o patrimônio – ROE), o maior lucro entre os “bancões” nessa temporada, assim como o ROE.

Isso apesar do lado negativo, com despesas com provisões acima do esperado em casos corporativos específicos tendo impacto. O BB, mesmo não citando nomes, fez referência à Americanas (AMER3) em seu resultado e provisionou mais R$ 338,8 milhões relacionados ao caso.

O BB havia provisionado no início do ano 50% de sua exposição relacionada à Americanas, que entrou em recuperação judicial em janeiro. O percentual correspondia a R$ 788 milhões. Neste segundo trimestre, o BB disse que elevou o risco de crédito do caso de risco “F” para risco “G”, que demanda a provisão de 70% da exposição.

O Banco do Brasil disse apenas que o aumento de risco foi com relação a uma “empresa do segmento ‘large corporate’ que entrou com pedido de recuperação judicial em janeiro de 2023”. O banco não detalha o que o fez mudar o nível de risco da Americanas.

Entre outros destaques, o Itaú BBA ressalta o crescimento da receita do BB de 6% no trimestre, que foi o maior entre os grandes bancos nesta temporada, com a margem financeira (NII) subindo 8% no trimestre em melhores volumes e spreads e serviços em alta de 2%.

“No geral, esperamos que as ações permaneçam positivas, negociando a 0,7 vezes o P/B (ou P/VPA – Preço sobre o Valor Patrimonial por Ação) e 3,4 vezes o preço em relação ao lucro (P/L ) em 2024”, avalia o BBA.

Os analistas ainda ressaltam que a formação de inadimplência no varejo caiu e contou com melhores métricas em cartões de crédito. A eficiência de custos também melhorou sequencialmente, enquanto uma linha de provisão para riscos legais menor também ajudou.

O trimestre do banco também foi diferente, pois a instituição revisou a orientação do ano de 2023 para o crescimento da carteira de empréstimos em 1 ponto porcentual (p.p.) a mais, para 9%-13% em base anual, enquanto a expansão da margem financeira aumentou em 5 pontos, para 22%-26% em um ano.

“Isso foi consumido por uma perspectiva mais alta para despesas de provisão e menores receitas de serviços, de modo que o ponto médio do lucro líquido do ano ficou inalterado entre R$ 33-37 bilhões”, destaca o BBA, que avalia que o dado efetivo tenda para o limite superior, o que implica em lucros líquidos no segundo semestre acima dos níveis do primeiro semestre.

“Também ganhamos confiança extra em nossas visões de consenso para 2024 acima sobre margem financeira (e, portanto, lucros)”, reforça. O BBA tem recomendação equivalente à compra para BBAS3, com preço-alvo de R$ 56.

A XP destaca que o banco reportou resultados consistentes por mais um trimestre em praticamente todas as linhas, incluindo a qualidade de crédito, com um índice de inadimplência (NPL) acima de 90 dias confortável e praticamente estável em 2,73% (versus 3,6% para o Sistema Financeiro Nacional, ou SFN).

Com os fortes resultados no primeiro semestre, o banco reviu em alta grande parte do seu guidance, principalmente para a expansão da sua carteira de crédito. “Acreditamos que o banco está no caminho certo para entregar um resultado final próximo ao topo do intervalo (R$ 33 bilhões a R$ 37 bilhões), o que daria um múltiplo de preço sobre o lucro implícito de aproximadamente 4,1 vezes para 23. “Ainda muito descontado, depois de subir 41% no acumulado do ano”, aponta a casa.

A Genial Investimentos avalia que o resultado foi marcado positivamente por: (i) bom crescimento da carteira de crédito; (ii) margem financeira bruta, impulsionada pela tesouraria e margem com clientes crescendo acima da carteira; (iii) redução do risco legal. Já no lado negativo, além da forte evolução da PDD, a receita de prestação de serviços ainda é fraca e houve aumento da perda em outros componentes do resultado.

Fonte: Infomoney