Banco do Brasil deve lucrar R$ 9,4 bilhões, mas Safra mantém cautela

Publicado em: 18/04/2024

Em relatório sobre a expectativa para os resultados dos bancos no primeiro trimestre de 2024, especialistas do Safra destacaram que o Banco do Brasil (BBAS3) deve mostrar “números positivos, mas as partes móveis podem voltar a ocupar o centro das atenções”.

“Esperamos outro resultado positivo, embora novamente com alguns impactos na formação de capital no trimestre. Esperamos que o Banco do Brasil registre lucro estável no trimestre, em R$ 9,44 bilhões (ROE de 22,1%), com o Banco Patagonia novamente representando 6% do NII ou 11% do lucro líquido, o que deve impactar diretamente o crescimento do valor contábil devido aos impactos cambiais”, diz a casa.

Ainda assim, o Safra destaca que o banco tem conseguido apresentar resultados sólidos.

Dessa forma, a expectativa é de que os resultados do BBAS3 fiquem no ponto médio do guidance.

A casa tem recomendação neutra para as ações do Banco do Brasil, ao passo que recomenda compra para Itaú (ITUB4) e Bradesco (BBDC4) do mesmo setor.

Sobre o Itaú, o Safra destaca que a “consistência deve prevalecer” e que o banco deve seguir mostrando uma dinâmica positiva de lucros, sem qualquer alteração nas tendências recentes.

“Espera-se que o total de empréstimos aumente sequencialmente (+0,8% em termos trimestrais), enquanto o NII deverá diminuir ligeiramente devido à sazonalidade desfavorável no primeiro trimestre, apesar de um desempenho ainda bom numa base anual”, observa a casa.

Já sobre o Bradesco, que tem realizado uma série de mudanças internas, o Safra aponta que a dinâmica de lucros e perdas ainda está sob pressão e a qualidade dos ativos deve ser o ponto focal.

“Como se espera que a linha de base dos lucros de 2024 fique próxima de R$ 18,5 bilhões (no ponto médio do guidance), o primeiro trimestre não deve trazer surpresas, com resultados próximos a R$ 4 bilhões (ROE de 9,8%), +37% no trimestre e -queda de 8% na base anual”, observa.

“As receitas provavelmente serão pressionadas devido a spreads mais baixos, uma base de comparação ainda difícil e uma queda de 2% em empréstimos em termos homólogos, enquanto os custos deverão atingir um nível mais elevado após a implementação do novo plano estratégico, completa.

Apesar disso, a avaliação é de que ainda assim, a qualidade dos ativos poderá desencadear reações positivas no Bradesco, pois poderá indicar uma pressão menor ou maior sobre as provisões no futuro.

“Nossa opinião é que existe uma boa assimetria positiva, considerando a redução de risco observada nos últimos trimestres”, conclui.

Fonte: Suno

Por que o lucro recorde do Banco do Brasil não animou o mercado?

Publicado em: 07/03/2024

O Banco do Brasil (BBAS3) reportou lucro líquido de R$ 9,4 bilhões no 4T23, o que resultou em um lucro líquido ajustado de R$ 35,6 bilhões em 2023 – alta de 11,4% na comparação anual e recorde absoluto da companhia.

No entanto, o investidor que esperava uma reação positiva das ações, provavelmente se decepcionou: os papéis caíram 3,5% logo no início do pregão seguinte à divulgação, na sexta-feira (9). Ao longo do dia até ensaiaram uma recuperação, mas encerraram o pregão em baixa de 1,66%.

Por que BBAS3 não subiu depois do lucro robusto?

Segundo a analista Larissa Quaresma, da Empiricus Research, os principais destaques positivos do resultado foram a margem financeira com o mercado do Banco Patagônia, controlado pelo BB na Argentina, e a expansão da carteira de crédito.

Acontece que o resultado da tesouraria do banco argentino inclui variações cambiais sobre os títulos atrelados ao dólar, em um período de forte desvalorização do peso argentino.

“O que foi bom, na verdade, foi uma coisa muito incerta. O resultado da tesouraria é algo muito volátil e é considerado um componente de baixa qualidade no resultado. É claro que qualquer lucro é bem-vindo, mas é um lucro frágil”, avaliou.

Mas, para a analista, o que mais desagradou o mercado foi o aumento da inadimplência, que veio principalmente do atacado.

“A inadimplência de grandes empresas acelerou o ritmo de alta no momento em que a maioria dos bancos estão começando a ver a inadimplência cair. No BB observamos o contrário, com a inadimplência começando a subir forte, já no quarto trimestre”, apontou.

Por conta disso, o banco estatal não atingiu o guidance de inadimplência no ano. “Passa uma sinalização ruim para o futuro, porque não vimos melhora nos índices de atraso, que são o indicador antecedente para a despesa de inadimplência”, afirmou Larissa.

Dentre os pares, analista prefere as ações do Itaú (ITUB4)

Na visão da analista, embora as ações do BB não estejam caras, há receio sobre a performance futura do banco. O risco político, inclusive, ainda está no radar.

“Existe possibilidade de interferência política, seja no subsídio de taxas de empréstimo, seja forçando a concessão de empréstimos que não fazem sentido econômico para o banco”.

Neste contexto, a analista prefere as ações do Itaú Unibanco (ITUB4) dentre os pares do setor na B3.

“O BB deu um guidance para 2024 que implica crescimento de 8% no lucro. É mais fraco que o do Itaú, que é de 12% implícito no guidance, o que acho conservador. Existe uma possibilidade relevante do Itaú superar essas expectativas. Apesar de ser uma ação mais cara, vejo como uma escolha melhor”, recomendou.

ITUB4 está entre as 10 melhores ações para comprar em fevereiro; confira as outras

As ações do Itaú, inclusive, estão na lista da Empiricus Research das 10 melhores ações para investir em fevereiro.

Os papéis do banco saltaram 4,3% no pregão de quarta-feira (6), dia seguinte ao resultado do 4T23, considerado robusto pelos analistas.

Mas o banco não é o único com potencial de entregar bons retornos aos acionistas nos próximos meses. O portfólio recomendado pela Empiricus Research conta com outras 9 ações consideradas o filé mignon da bolsa.

São ações com alto potencial lucrativo, fundamentos interessantes pensando no longo prazo e algum gatilho de valorização em breve.

Além de outros destaques que podem encher o bolso do investidor e sequer foram citados. São todas boas ações que, segundo a equipe de análise, estão sendo negociadas abaixo do que de fato valem.

E têm todas as características para surfar a possível recuperação da bolsa brasileira.

Fonte: Exame

Cinco maiores bancões do Brasil lucram R$ 107,5 bilhões em 2023

Publicado em:

O lucro dos cinco maiores bancos do Brasil cresceu 1,9% em 2023, somando R$ 107,5 bilhões, de acordo com dados compilados pelo Broadcast — e tudo pela “ajudinha” do Itaú Unibanco (ITUB4), Banco do Brasil (BBAS3) e Caixa Econômica Federal.

O melhor desempenho do trio no ano passado compensou a retração nos números de Bradesco (BBDC4) e Santander Brasil (SANB11) — que, diante da inadimplência ainda alta em operações de crédito mais antigas, cresceram menos a carteira de empréstimos.

A maior alta de resultado veio do Itaú, que equilibrou o crescimento das margens com crédito e também o resultado da tesouraria.

No BB, essa combinação também foi observada, mas com um desempenho melhor da tesouraria, graças aos números do banco argentino Patagonia.

Por sua vez, na Caixa, o crédito foi a alavanca tanto das margens quanto das receitas com serviços.

De olho nos números da Caixa e do Banco do Brasil (BBAS3)

A carteira da Caixa foi a que mais cresceu no ano passado, com alta de 10,6% em relação a 2022, para R$ 1,119 trilhão.

O banco originou ao todo R$ 544,3 bilhões em crédito, o maior volume da história, o que ajudou a expandir as margens em 19,5% no ano e as receitas com serviços decorrentes do crédito em 8,3% no mesmo período.

Quase 70% das operações da instituição estão em crédito imobiliário — portfólio que registrou alta de 14,6% ao longo do ano.

Enquanto os bancos privados reduziram as concessões diante dos juros altos, a Caixa manteve os negócios, o que levou os clientes das demais instituições a procurá-la.

Já em relação ao Banco do Brasil (BBAS3), o crescimento das operações foi de 10,3%. O resultado foi impulsionado pelo agronegócio, que cresceu 14,7% em 2023.

Para este ano, o banco projeta elevar a carteira em até 12% — e o agro continuará como o principal pilar desse crescimento, nas projeções do BB, apesar das perspectivas menos positivas para o setor. Vale lembrar que o segmento tem pedido ao governo para renegociar dívidas diante da queda dos preços das principais commodities.

“Na carteira agro, nós vemos uma alta marginal de inadimplência que é causada pelo menor crescimento da carteira, natural após os últimos anos”, disse o diretor financeiro (CFO) e de relações com investidores (DRI) do banco, Geovanne Tobias.

O banco ainda revelou as projeções para o lucro líquido, com expectativa de aumento de até 12% no indicador.

Vem retomada pela frente?

Entre os bancos privados, a perspectiva é de retomada do crescimento da carteira neste ano.

O Bradesco (BBDC4), que viu o portfólio encolher em 1,6% no ano passado, espera um crescimento entre 7% e 11% em 2024.

Em coletiva de imprensa no início de fevereiro, o presidente do banco, Marcelo Noronha, disse que a retomada neste ano se dará com modelos de crédito aprimorados, e um apetite de risco mais rigoroso que no ciclo anterior. “Não vamos fazer maluquice com crédito para entregar resultado”, disse.

O Bradesco tem ambições de ganhar espaço no mercado de crédito até 2028, período que mira o plano estratégico apresentado por Noronha para aumentar a rentabilidade do banco.

Hoje, o conglomerado estima contar com uma participação de mercado de cerca de 14%, e quer chegar a algo entre 15% e 19% no final do período. O segmento de varejo é um dos pilares deste avanço.

O Itaú, que tem reduzido a exposição ao varejo, espera crescer até 9,5% no crédito em 2024, após uma alta de 5,3% no ano passado. “Nós vamos crescer dois dígitos nas carteiras que nós selecionamos”, disse o presidente do banco, Milton Maluhy, em fevereiro.

O Santander não dá projeções ao mercado, mas também espera um crescimento seletivo. O foco é manter o custo do crédito controlado.

“Esperamos que o custo de crédito nos novos portfólios seja menor que a média”, disse o presidente do banco, Mario Leão. Um dos focos do conglomerado é justamente reduzir a concentração dos resultados no crédito e no segmento de varejo.

Fonte: Seu Dinheiro

O que explica a queda de BBAS3 após lucro recorde do BB em 2023?

Publicado em: 22/02/2024

À primeira vista, o Banco do Brasil (BBAS3) deveria ter animado seus acionistas após o balanço do 4T23. O BB registrou lucro líquido de R$ 9,4 bilhões no período, o que resultou em um lucro líquido ajustado de R$ 35,6 bilhões em 2023 – alta de 11,4% na comparação com 2022 e recorde histórico da companhia.

No entanto, o investidor que dormiu tranquilo viu as ações caírem 3,5% logo na abertura do mercado da última sexta-feira (9). Ao longo do dia, os papéis até ensaiaram uma recuperação, mas encerraram o pregão em baixa de 1,66%.

Segundo a analista Larissa Quaresma, da Empiricus Research, os principais destaques positivos do resultado foram a margem financeira com o mercado do Banco Patagônia, controlado pelo BB na Argentina, e a expansão da carteira de crédito.

Acontece que o resultado da tesouraria do banco argentino inclui variações cambiais sobre os títulos atrelados ao dólar, em um período de forte desvalorização do peso argentino.

“O que foi bom, na verdade, foi uma coisa muito incerta. O resultado da tesouraria é algo muito volátil e é considerado um componente de baixa qualidade no resultado. É claro que qualquer lucro é bem-vindo, mas é um lucro frágil”, avaliou.

Mas, para a analista, o que mais desagradou o mercado foi o aumento da inadimplência, que veio principalmente do atacado.

“A inadimplência de grandes empresas acelerou o ritmo de alta no momento em que a maioria dos bancos estão começando a ver a inadimplência cair. No BB observamos o contrário, com a inadimplência começando a subir forte, já no quarto trimestre”, apontou.

Por conta disso, o Banco do Brasil não atingiu o guidance de inadimplência no ano. “Passa uma sinalização ruim para o futuro, porque não vimos melhora nos índices de atraso, que são o indicador antecedente para a despesa de inadimplência”, afirmou Larissa.
Dentre os os pares do setor, analista prefere as ações do Itaú

Na visão da analista, embora as ações do BB não estejam caras, há receio sobre a performance futura do banco. O risco político, inclusive, ainda está no radar.

“Existe possibilidade de interferência política, seja no subsídio de taxas de empréstimo, seja forçando a concessão de empréstimos que não fazem sentido econômico para o banco”.

Neste contexto, a analista prefere as ações do Itaú Unibanco (ITUB4) dentre os pares do setor na B3.

“O BB deu um guidance para 2024 que implica crescimento de 8% no lucro. É mais fraco que o do Itaú, que é de 12% implícito no guidance, o que acho conservador. Existe uma possibilidade relevante do Itaú superar essas expectativas. Apesar de ser uma ação mais cara, vejo como uma escolha melhor”, recomendou.
Itaú está entre as 10 melhores ações para comprar em fevereiro; veja quais são as outras

As ações do Itaú, inclusive, estão na lista da Empiricus Research das 10 melhores ações para investir em fevereiro.

Os papéis do banco saltaram 4,3% no pregão de quarta-feira (6), dia seguinte ao resultado do 4T23, considerado robusto pelos analistas.

Mas o banco não é o único com potencial de entregar bons retornos aos acionistas nos próximos meses. O portfólio recomendado pela Empiricus Research conta com outras 9 ações consideradas o filé mignon da bolsa.

São ações com alto potencial lucrativo, fundamentos interessantes pensando no longo prazo e algum gatilho de valorização em breve.

Fonte: Money Times

Vale a pena investir no Banco do Brasil (BBAS3) pensando em dividendos?

Publicado em:

Depois de ter lucrado R$ 9,44 bilhões no 4° trimestre de 2023 e alcançado um recorde de R$ 35,6 bilhões no ano passado, o Banco do Brasil (BBAS3) caiu nas graças dos analistas focados em dividendos, mesmo diante de uma possível desaceleração dos resultados em 2024.

O fato de o banco ter elevado o seu payout (parcela do lucro destinada a proventos) de 40% para 45% também animou os agentes de mercado. Pelas projeções (guidance) da instituição financeira, o Banco do Brasil espera ter um lucro líquido ajustado entre R$ 37 e R$ 40 bilhões em 2024. Nesta quarta-feira (21), é dia de Data Com do BBAS3 e mostramos como você pode ter uma renda de R$ 3 mil por mês com a estatal.

Para Sergio Biz, analista focado em dividendos e sócio do GuiaInvest, este guidance já sinaliza um lucro robusto, que mesmo no patamar mínimo de R$ 37 bilhões, proporcionaria dividendos atrativos para os investidores.

Biz destaca também a previsibilidade do banco, que vem apresentando resultados operacionais sólidos e balanços saudáveis. O analista elogia o fato de o banco anunciar um calendário com as datas e frequências das distribuições de proventos. “Esse nível de previsibilidade é difícil encontrar nas empresas listadas”, diz.

Recentemente, o Banco do Brasil divulgou um calendário com oito datas de pagamento – quatro antecipadas e quatro complementares no decorrer de 2024. Confira aqui.

Embora não seja muito significativo, Biz avalia como positivo o crescimento de 5% no payout para 45%. “Considerando um lucro líquido de R$ 37 bilhões em 2024 e payout de 45%, o banco poderia entregar dividendos de R$ 5,70 por ação”, calcula. Segundo o analista, levando em conta o preço atual da ação, o dividendo representaria um retorno (dividend yield) de 9,6%.

“É um dividendo extremamente interessante considerando a forte alta das ações em 2023”, pontua. Para Biz, o ideal é comprar as ações BBAS3 até o preço de R$ 56.

A previsibilidade nos resultados não é a única vantagem do banco estatal. Gabriel Duarte, analista da Ticker Research, destaca a exposição do banco a linhas de crédito resilientes, como é o caso do crédito consignado – onde o desconto do pagamento é feito da folha salarial do cliente. “É um crédito com baixíssimo risco, porque quando cai o pagamento do cliente o banco já desconta a dívida do salário da pessoa. E boa parte desse crédito é concedido a funcionários públicos, que possuem mais estabilidade”, afirma Duarte.

O analista também destaca a forte atuação do banco no agronegócio, um dos carro-chefe da economia brasileira. “Embora o setor traga volatilidade, afinal tem safra, mudanças climáticas e alguns percalços, quando o agronegócio vai muito bem, o banco também tem um bom desempenho”, pontua o analista.

Duarte diz ainda que o aumento de 5% no payout deve contribuir com um salto de 26% dos dividendos pagos em 2024, que podem chegar a R$ 5,84, se comparados com 2023, de R$ 4,63. “É um crescimento muito acima da inflação e mostra que o banco está de fato interessado em remunerar os seus acionistas, seja via dividendos ou recompra de ações”, aponta.

O analista da Ticker espera um dividend yield de 9,9% em 2024, podendo evoluir até 11%. Para garantir um bom retorno, recomenda aos investidores adquirir os papéis BBAS3 entre R$ 50 e R$ 60.

Na Genial Investimentos, a expectativa é de um dividend yield de 10,3% em 2024, com ventos favoráveis para a lucratividade do banco. Os analistas da casa acreditam que o Banco do Brasil estaria descontado diante dos pares, apesar do seu bom desempenho.

“Com um valuation (avaliação) atraente de 0,97 vezes P/VP (preço sobre valor patrimonial) e 4,3 vezes P/L preço sobre lucro, o Banco do Brasil segue negociado abaixo do seu valor patrimonial, apesar da rentabilidade acima de seu custo de capital”, observam.

A recomendação da Genial Investimentos é de compra, com preço-alvo (expectativa de valorização) de até R$ 64,90 em 2024.

Na Ágora Investimentos, a recomendação também é de compra, com preço-alvo de R$ 64 para 2024. Renato Chanes, analista da corretora, cita que o Banco do Brasil é o principal dividend yield do setor bancário para a casa, com projeção de um retorno em dividendos de 9% em 2024 e 10% em 2025. “A nossa perspectiva para o Retorno sobre Patrimônio Líquido (ROE) do banco é de 20% nos próximos dois anos”, reforça.

Chanes destaca que existem alguns riscos de investir no Banco do Brasil, entre estes aspectos relacionados a safra agrícola. “Se houver uma queda de safra, isso pode reduzir a carteira rural e em consequência o resultado financeiro líquido (NII), o que poderia ter um impacto na política de dividendos”, pontua.

Outro ponto de atenção, na visão de Chanes, é o risco político na Argentina, dado que o banco estatal tem uma participação relevante no Banco da Patagônia, inserido em um ambiente de hiperinflação e desvalorização do peso argentino.

A nível local, o risco político brasileiro também pesa, com a desconfiança do mercado de possíveis interferências do governo federal. “Existe um temor que, por pressão do governo, o BB aumente a exposição a linhas de empréstimos menos rentáveis e mais arriscadas, o que poderia vir a detratar o seu spread”, destaca Milton Rabelo, analista do setor financeiro da VG Research.

Contudo, ele faz a ressalva, que não se constatou nenhuma tentativa de interferência muito clara por parte do governo em 2023. “A atual gestão do banco, chefiada pela CEO Tarciana Medeiros, executiva de carreira da instituição, tem passado muita confiança ao mercado, sinalizando compromisso com o crescimento e rentabilidade do Banco do Brasil”, avalia.

Para Rabelo, o banco vai entregar um dividend yield de 10% em 2024. A recomendação é comprar as ações BBAS3 até o preço de R$ 61,20. O analista reforça que as ações ainda seguem baratas.

Fábio Sobreira, analista da Harami Research, explica que se o banco quisesse distribuir todo o seu lucro em 2024, teria capacidade de pagar dividendos de quase 20%, o que comprova a sua robustez.

“A tendência do banco é de crescimento e diante a sua resiliência entendemos que faz todo sentido para uma estratégia de dividendos”, observa Sobreira, que espera um dividend yield de entre 7% e 8% em 2024. Para ele, vale a pena comprar as ações até o preço de R$ 60.

Em relação ao risco de intervenção política, Sobreira também acredita que cada vez o mercado acredita menos nisso, apesar de o banco ainda continuar tendo o desconto de uma empresa estatal e sendo negociado mais barato do que o próprio Itaú.

Fonte: E-Investidor

Banco do Brasil pagará PLR no dia 1º de março

Publicado em:

O Banco do Brasil vai pagar aos funcionários no dia 1º de março a parcela da Participação nos Lucros e/ou Resultados referente ao semestre, com base nos resultados obtidos em 2023.

Segundo a regra do acordo aditivo do BB, funcionárias e funcionários do banco recebem em até 10 dias úteis após a distribuição dos dividendos ou Juros sobre Capital Próprio (JCP) aos acionistas, sendo que os valores pagos em PLR aos trabalhadores são proporcionais ao aumento do lucro do banco, que bateu recorde de R$ 35,6 bilhões em 2023.

A PLR dos bancários do BB é composta pelo módulo Fenaban e pelo módulo BB. Pelo módulo Fenaban, o funcionário recebe 45% do salário paradigma definido no acordo, acrescido de parcela fixa. No módulo BB existe ainda a distribuição linear de 4% do lucro do banco entre os funcionários, além da parcela variável.

Os valores por cargo da PLR serão divulgados um dia antes do pagamento, ou seja, em 29 de fevereiro.

Fonte: Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região

Banco do Brasil anuncia pagamento de R$ 2,4 bi em dividendos e JCP

Publicado em: 09/02/2024

O Banco do Brasil aprovou o pagamento de R$ 2,38 bilhões a título de remuneração aos acionistas. A distribuição será de R$ 630,16 milhões sob a forma de dividendos e outros R$ 1,75 bilhões referentes a Juros sobre Capital Próprio (JCP), ambos relativos ao exercício do banco no quarto trimestre de 2023.

A distribuição dos proventos terá como base a posição acionária de 21 de fevereiro deste ano. Assim, as ações serão negociadas a “ex” a partir do pregão seguinte, 22 de fevereiro.

Os valores pagos serão atualizados pela taxa básica de juros (Selic) da data do balanço (31/12/2023) até a data do pagamento (29/02/2024).

O procedimento de pagamento seguirá da seguinte forma:

O crédito será por conta corrente, poupança-ouro ou por caixa. Aos acionistas com ações custodiadas na Central Depositária da B3, os valores serão pagos àquela entidade, que os repassará aos acionistas titulares, por meio de seus respectivos agentes de custódia.

Além do imposto de renda incidente sobre a atualização mencionada anteriormente, haverá retenção de imposto de renda na fonte sobre o valor nominal de acordo com a legislação vigente. Os acionistas dispensados da referida tributação deverão comprovar esta condição até 23/02/2024 em uma das agências do Banco do Brasil.

Os acionistas cujos cadastros estejam desatualizados terão suas remunerações retidas até a efetiva regularização de seus registros em uma das agências do Banco do Brasil.

A regularização cadastral poderá ser efetuada mediante a apresentação de documento de identidade, CPF e comprovante de residência, se pessoa física, ou estatuto/contrato social e prova de representação, se pessoa jurídica.

O Banco do Brasil reforçou no comunicado ao mercado que R$ 976,866 milhões já foram pagos em 28 de dezembro do ano passado, a título de remuneração antecipada aos acionistas sob a forma de JCP relativo ao quarto trimestre de 2023.

Mais dividendos e JCP em 2024

O Banco do Brasil (BB) informou que seu conselho de administração aprovou a proposta de elevação do “payout” de 40% para 45% em 2024, via JCP ou dividendos.

O BB remunerará os acionistas em oito fluxos. Quando a distribuição for via JCP, o montante calculado com base no percentual de “payout” aprovado corresponde ao valor bruto, sobre o qual poderão incidir tributos.

O banco também anunciou hoje que exercerá, em 18 de junho, a opção de recompra total do título de dívida subordinada de capital nível I emitido em 2014 com cupom 9% (Banbra 9% a.a.). O título foi emitido no valor original de US$ 2,5 bilhões e há em circulação hoje US$ 1,37 bilhão.

O BB não recomprará bônus com cupom de 6,25% que tinha opção de call em abril.

Fonte: Valor Investe

BB Seguridade tem alta de 14% no lucro do 4º trimestre de 2023

Publicado em:

A BB Seguridade teve lucro líquido de 2,05 bilhões de reais no quarto trimestre, crescimento de 13,7% sobre o desempenho de um ano antes, divulgou nesta segunda-feira o braço de seguros e previdência do Banco do Brasil.

A companhia também divulgou projeções para 2024, com a expectativa para resultado operacional não decorrente de juros apontando para crescimento de 5% a 10% após expansão ligeiramente acima da estimativa de 17,6% em 2023.

A BB Seguridade espera ainda ter crescimento de 8% a 13% nos prêmios emitidos pela unidade Brasilseg, ante alta de 8,9%, abaixo do previsto, em 2023, quando a expectativa era de expansão no intervalo de 10% a 15%.

A companhia afirmou também que prevê reservas de previdência avançando 8% a 12% este ano, após um 2023 em que a linha apresentou crescimento de 14,9%, acima do “guidance”.

No quarto trimestre, os prêmios emitidos pela Brasilseg recuaram 1,2% sobre um ano antes, para cerca de 4 bilhões de reais, enquanto as despesas gerais e administrativas subiram 26%. O lucro líquido da unidade disparou 30,1% na comparação anual, a 1,11 bilhão de reais.

Fonte: Invest News

Lucro dos maiores bancos privados tem queda de quase 10% em 2023

Publicado em:

O lucro líquido consolidado dos quatro maiores bancos privados brasileiros teve queda de 9,4% em 2023. O levantamento foi realizado por Einar Rivero, da Elos Ayta, com dados divulgados pelos e disponíveis na plataforma Com Dinheiro.

Ao todo, Itaú Unibanco, Bradesco, Santander e BTG Pactual tiveram lucro líquido de R$ 67,1 bilhões no ano passado, contra R$ 74,1 bilhões em 2022 — ano recorde nominal do levantamento.

Dos quatro, Itaú Unibanco e BTG Pactual tiveram alta anual, enquanto Bradesco e Santander reduziram os ganhos. Também é a primeira vez que o BTG tem um lucro maior que o do Santander.

Veja abaixo.

Itaú Unibanco: R$ 33,8 bilhões (+26,6%);
BTG Pactual: R$ 9,9 bilhões (+10,2%);
Bradesco: R$ 14,5 bilhões (-31,6%);
Santander: R$ 8,8 bilhões (-38,2%).

“É interessante notar que tanto o Itaú Unibanco quanto o BTG apresentam um crescimento constante desde 2000, enquanto o Santander e o Bradesco vêm experimentando uma queda contínua desde 2021”, afirma Einar Rivero.

Itaú Unibanco

O Itaú Unibanco reportou lucro líquido recorrente de R$ 9,4 bilhões no quarto trimestre de 2023. A alta foi de 22,6% em relação ao mesmo período de 2022, em resultado marcado por crescimento de margem financeira e menor provisão para créditos de liquidação duvidosa.

No acumulado de 2023, o lucro líquido recorrente do banco alcançou R$ 35,6 bilhões, alta de 15,7% em relação a 2022.

O banco também divulgou projeções para 2024. O crescimento da carteira de crédito total deve ser de 6,5% a 9,5%. Em 2023, houve expansão de 3,1%.

A margem financeira com clientes crescerá entre 4,5% e 7,5% e margem financeira com mercado, entre R$ 3 bilhões e R$ 5 bilhões, após terminar o ano passado com expansão de 12,5% na margem financeira com clientes e com R$ 3,3 bilhões em margem financeira com o mercado.

As previsões ainda apontam aumento de 5% a 8% nas receitas de prestações de serviços e resultados de seguros neste ano, quando o custo do crédito deve ficar entre R$ 33,5 bilhões e R$ 36,5 bilhões.

BTG Pactual

O BTG Pactual teve aumento de 61% no lucro líquido ajustado do quarto trimestre em comparação com o mesmo período do ano passado, para R$ 2,85 bilhões, apoiado por receitas recordes na maioria de suas áreas de negócios.

O BTG Pactual, o maior banco de investimentos da América Latina, citou no balanço “lucro líquido recorde”, apesar do que chamou de um ano desafiador, com um ambiente de altas taxas de juros e condições mais difíceis no mercado de crédito.

As receitas atingiram R$ 5,65 bilhões, um aumento de 55% em uma base anual, com o retorno sobre o patrimônio líquido médio (ROAE) — um indicador de lucratividade — atingindo 23,4% no trimestre.

O BTG Pactual disse que 2023 também foi marcado por ganhos de participação de mercado, “especialmente em nossas franquias de clientes”.

Bradesco

O Bradesco reportou lucro líquido recorrente de R$ 2,88 bilhões no quarto trimestre, alta de 80,4% em relação ao mesmo período de 2022, mas queda de 37,7% frente ao terceiro trimestre do ano passado e abaixo das previsões de analistas.

O resultado foi marcado por uma despesa com provisão para inadimplência de R$ 10,52 bilhões, menor do que um ano antes (R$ 14,881 bilhões), mas acima dos R$ 9,19 bilhões do terceiro trimestre.

O retorno anualizado sobre patrimônio líquido ficou em 6,9% no último trimestre do ano passado, de 11,3% nos três meses anteriores e 3,9% no quarto trimestre de 2022 — quando o banco fez uma provisão extra em razão do pedido de recuperação judicial da Americanas, anunciada no começo de 2023.

A margem financeira foi de R$ 16,13 bilhões, de R$ 16,68 bilhões um ano antes, com a margem de clientes caindo 11,7%, a R$ 15,43 bilhões de reais.

Santander

O Santander Brasil reportou lucro líquido recorrente de R$ 2,2 bilhões nos últimos três meses de 2023, ante R$ 3,122 bilhões no mesmo período do ano anterior e R$ 2,729 bilhões no terceiro trimestre de 2023.

O último trimestre do ano passado foi marcado por margem financeira líquida (NII) de R$ 7,218 bilhões, mas despesa com provisão de R$ 6,105 bilhões.

A carteira de crédito expandida somou R$ 643 bilhões e a inadimplência acima de 90 dias ficou em 3,1%.

Fonte: G1

Lucro dos quatro maiores bancos supera ‘peso Americanas’ e deve chegar a R$ 26 bi

Publicado em: 02/02/2024

O lucro dos quatro maiores bancos listados do País deve apresentar um crescimento anual de 30,1% nos números consolidados do quarto trimestre de 2023, para R$ 26 bilhões, de acordo com a média das estimativas das casas de análise consultadas pelo Broadcast. O expressivo resultado reflete a comparação com a temporada mais afetada pela crise da Americanas, mas também a gradual melhoria da qualidade do crédito. Os balanços dos grandes bancos começam a sair em 31 de janeiro.

A Americanas entrou em recuperação judicial no primeiro trimestre do ano passado, mas Itaú Unibanco, Banco do Brasil, Bradesco e Santander Brasil contabilizaram provisões contra o possível calote da empresa já nos balanços do quarto trimestre de 2022. À exceção do Santander, os outros três têm provisões equivalentes a todo o crédito que precisam receber da rede de varejo, que fechou um acordo com credores no final do ano passado.

Sem o peso do fator Americanas, os resultados devem continuar a refletir a diferença de compasso entre Itaú e Banco do Brasil, de um lado, e Bradesco e Santander Brasil, de outro. Entretanto, todos os quatro bancos devem mostrar algum sinal de melhora, seja nos índices de inadimplência, seja na concessão de crédito.

Índice de inadimplência deve melhorar
“No último trimestre, vimos os primeiros sinais de uma inflexão nos índices de inadimplência, com uma relativa estabilidade no indicador acima de 90 dias e melhoria nos indicadores antecedentes – com base nos dados do Banco Central, esperamos que essa tendência continue, principalmente para o segmento de varejo”, afirmou o analista Yuri Fernandes, do JPMorgan, em relatório.

Na visão da XP Investimentos, Itaú e BB, que mostraram inadimplência mais controlada ao longo dos últimos dois anos, devem crescer mais, com índices de atraso praticamente estáveis. Bradesco e Santander devem manter o conservadorismo, com menor custo de crédito.

Olho no Bradesco
As atenções devem ser divididas entre os números dos balanços e anúncios para além deles. O principal deve vir da Cidade de Deus. “Embora o quarto trimestre do Bradesco deva ser um ‘não-evento’, este provavelmente é o resultado mais esperado da temporada, considerando a expectativa de anúncio de um novo plano estratégico por Noronha”, escreveu Daniel Vaz, analista do Safra.

Marcelo Noronha, que era o vice-presidente responsável pelo varejo do Bradesco, assumiu o banco em novembro passado, sucedendo a Octavio de Lazari Junior. O mercado acredita que ele revelará planos para a reformulação do banco, em especial no atendimento aos clientes de baixa renda.

O segmento é o “coração” do Bradesco, mas viu a rentabilidade despencar nos últimos anos com a alta da inadimplência e a competição com bancos digitais, que abocanharam boa parte dos clientes. “O banco pretende voltar a crescer no segmento de baixa renda, mas para isso, terá que diminuir muito o custo de servir, o custo de aquisição e melhorar a inadimplência”, afirmou Eduardo Nishio, da Genial.

Mercado espera mais dividendos do Itaú

No Itaú, a expectativa é pelo anúncio de um muito aguardado aumento nos dividendos, diante do excesso de capital que o banco tem mantido e de novas regras contábeis mais brandas que o esperado. Hoje, o maior banco da América Latina distribui aos acionistas 25% do resultado, e sinalizou que deve aumentar essa distribuição, via dividendos ou instrumentos como a recompra de ações.

Outro foco estará nas projeções dos bancos para 2024, os chamados “guidances”. Do grupo, Itaú, BB e Bradesco divulgam projeções formais para indicadores como carteira de crédito, despesas operacionais e margens. O Santander não as fornece, mas costuma dar sinalizações informais sobre o que esperar.

Mario Pierry, analista do Bank of America (BofA), acredita que BB, Itaú e Bradesco devem divulgar projeções similares para o aumento das margens em relação a 2023, entre 8% e 10%. A composição deve ser diferente: no Bradesco, a tesouraria deve ser mais positiva, enquanto Itaú e BB devem ganhar em margem com clientes graças a um crescimento mais forte das carteiras.

Nas provisões, a expectativa do BofA é que o Bradesco sinalize um crescimento ainda alto, dado que o índice de cobertura do balanço está abaixo da média histórica. No Itaú, há espaço para um custo de crédito menor, enquanto o BB, segundo Pierry, tende a elevar provisões este ano.

Fonte: Estadão

BB: apesar dos recordes, gestão vê lucro crescendo um dígito em 2024

Publicado em: 10/11/2023

Mesmo com lucros robustos nos últimos trimestres, a gestão do Banco do Brasil (BBAS3) espera crescer suas últimas linhas do balanço a um dígito percentual no ano que vem.

Durante teleconferência de resultados, o CFO do Banco do Brasil, Marco Geovanne Tobias da Silva, destacou que pelos números divulgados essa é a expectativa, apesar de não ser o guidance oficial – a ser anunciado somente no resultado do Banco do Brasil referente ao 4T23.

Os executivos ainda destacaram que esperam crescimentos de um dígito percentual ou em se tratando da carteira de crédito, ou até mesmo pouco acima de 10%.

O CFO do Banco do Brasil disse que, no panorama atual, a carteira de crédito do banco tem sido inclusive um grande propulsor para a companhia alcançar o guidance de 2023.

“Sobre o guidance, em linhas gerais, a expectativa é de convergência com o que foi divulgado. Continuamos vendo boas tendências na carteira de crédito, com força do agro”.

Durante a teleconferência, ao ser perguntado sobre o patamar de remuneração dos acionistas de BBAS3, o CFO destacou que a companhia estuda ‘cautelosamente’ um eventual aumento do payout do banco.

Às risadas, o executivo brincou que ‘um concorrente paga 30%, menos que os 40% do banco’, e ironizou: “Vamos esperá-lo aumentar para aumentarmos o nosso também”.

No mesmo contexto, o executivo acrescentou que a gestão atual tem tomado a decisão de usar esses recursos para impulsionar os resultados do banco.

“Atualmente estamos reinvestindo esse lucro em benefício dos acionistas”, disse.

Nesta quinta (9), após a divulgação do resultado na véspera, as ações do Banco do Brasil caíram 4,18%. No acumulado do ano, contudo, os papéis sobem 50%.

Fonte: Suno

BB tem lucro líquido ajustado de R$ 26,1 bilhões no 9M23

Publicado em: 09/11/2023

O Banco do Brasil apresentou um lucro líquido ajustado de R$ 26,1 bilhões nos nove primeiros meses de 2023, crescimento de 14,0% na comparação com o mesmo período do ano anterior, o que representa um RSPL (retorno sobre patrimônio líquido) de 21,3%. O valor adicionado à sociedade alcançou R$ 64,4 bilhões. O índice de capital principal do BB encerrou setembro em 12,49%. No 3T23, o lucro líquido ajustado foi de R$ 8,8 bilhões, 4,5% superior ao mesmo período do ano passado.

A performance nos nove primeiros meses do ano é reflexo do crescimento da margem financeira bruta (+30,4%), decorrente dos bons resultados da carteira de crédito e dos títulos e valores mobiliários alocados em tesouraria. As receitas de prestação de serviços cresceram +5,0%. Por outro lado, ocorreram elevações das despesas de PCLD ampliada (+101,2%). As despesas administrativas subiram +8,0%, impulsionadas pelos investimentos em tecnologia.

Crescimento da Carteira de Crédito Ampliada

A carteira de crédito ampliada, que inclui TVM (títulos e valores mobiliários) privados e garantias, registrou saldo de R$ 1,07 trilhão em setembro/23, crescimento de 10,0% frente a setembro/22 e 2,0% em relação a junho/23. Destaque para a carteira de negócios sustentáveis, que totalizou R$ 338,8 bilhões, com crescimento de 5,5% em 12 meses, representando 32% da carteira de crédito ampliada do BB. O índice de inadimplência acima de 90 dias (relação entre as operações vencidas há mais de 90 dias e o saldo da carteira de crédito classificada) atingiu 2,81% (abaixo do Sistema Financeiro, que registrou indicador de 3,50%) e o índice de cobertura (relação entre o saldo de provisões e o saldo de operações vencidas há mais de 90 dias) foi de 199,1%.

Carteira Ampliada Pessoa Física

Crescimento de 0,7% na comparação com junho/23 e 7,9% em 12 meses, alcançando R$ 304,1 bilhões, influenciada, principalmente, pelo desempenho na carteira de crédito consignado (+2,0% no trimestre e +8,9% em 12 meses).

Carteira Ampliada Pessoa Jurídica

Registrou crescimento de 4,7% em 12 meses, atingindo R$ 371,4 bilhões, com destaque para a carteira de Micro, Pequenas e Médias Empresas (MPMEs), com evolução de 4,2% no trimestre e 14,2% em 12 meses.

Carteira Ampliada Agronegócios

Alcançou o saldo de R$ 339,9 bilhões, crescimento de 5,7% em relação a junho/23 e 18,9% em 12 meses. Destaque para as linhas de custeio (+14,2% no trimestre e +18,9% em 12 meses), de investimentos (+4,8% no trimestre e +37,1% em 12 meses) e de comercialização (+8,7% no trimestre e +64,9% em 12 meses). De julho a setembro, ou seja, no primeiro trimestre de atuação no Plano Safra 2023/2024, o BB desembolsou R$ 68,8 bilhões, um crescimento de 8,2% em relação ao mesmo período da safra anterior.

Agenda ASG

Neste trimestre, o BB renovou e revisou os compromissos para um futuro sustentável. Os Compromissos BB 2030 para um Mundo + Sustentável trazem objetivos em quatro frentes de atuação, incluindo o crédito sustentável e investimento responsável, abrangendo a atuação na gestão ASG e climática e buscando gerar impactos positivos na cadeia de valor. O BB assumiu o compromisso de atingir uma carteira de R$ 500 bilhões em crédito sustentável, dos quais R$ 200 bilhões em agricultura sustentável, além de R$ 30 bilhões em financiamento a energias renováveis.

Além disso, o BB alterou o objetivo de captação para investimentos sustentáveis já considerando a nova regulação da Anbima para fundos IS (Investimento Sustentável). O BB também ampliou os objetivos de diversidade e inclusão e incluiu metas de preservação florestal e reflorestamento.

Nos últimos meses, o Banco do Brasil participou de diversas reuniões sobre a temática ASG, destacando a da Organização das Nações Unidas (ONU), um evento que reuniu chefes de Estado e representantes da sociedade civil dos mais de 190 países-membros da Organização. O Banco levou para o mundo a necessidade de preservação da floresta, a recuperação de matas degradadas, a promoção da bioeconomia e a valorização da população amazônica, por meio da campanha All Amazônia.

O BB foi selecionado a compor o iDiversa da B3, o primeiro índice latino-americano a combinar, em um único indicador, critérios de gênero e raça, e reconhece as companhias listadas que se destacam em diversidade, além de promover maior representatividade desses grupos no mercado.

Fonte: Banco do Brasil

Banco do Brasil deve ter maior lucro entre os bancos, diz Genial

Publicado em: 26/10/2023

Na esteira da próxima divulgação de resultados trimestrais do Banco do Brasil (BBAS3), analistas da Genial Investimentos reiteraram otimismo com as ações e destacaram que o banco deve apresentar a maior cifra no quesito lucro dentre todos os players do setor.

Conforme a análise da Genial, o lucro do Banco do Brasil deve ser de R$ 8,96 bilhões. A estimativa fica levemente abaixo do consenso do mercado, que estima R$ 9,07 bilhões de lucro líquido.

O resultado do Banco do Brasil será divulgado no dia 8 de novembro.

“Esperamos mais um trimestre positivo para o BB, novamente podendo apresentar o maior lucro do setor. Nossas estimativas consideram um lucro líquido de R$ 8,96 bi, ficando R$ 33 mi acima da nossa expectativa para o Itaú (ITUB4) que, apesar de marginal, é um marco para o banco que alguns anos atrás tinha o pior ROE entre os grandes bancos”, diz a casa.

“Nosso lucro leva a uma rentabilidade (ROE) de 21,0%, refletindo o momento de boa performance do BB. Entendemos que nesses últimos meses o valor de mercado do banco não acompanhou as expectativas de lucro pelo mercado, o que em nossa visão pode ser um interessante catalisador para a valorização das ações caso o banco continue entregando bons resultados com fundamentos numa tendência positiva/estável”, completa.

Atualmente a recomendação da casa é de compra para as ações do Banco do Brasil. O preço-alvo para BBAS3 é de R$ 64,90, ao passo que os papéis negociam pouco abaixo de R$ 50.

Para o ano que vem, os analistas esperam que o banco siga entregando crescimento de lucro 2024, um pouco acima do consenso de mercado.

“Para o 3T23 do BB, esperamos que a carteira de crédito apresente uma desaceleração anual devido a uma base comparativa mais alta do ano passado, mas ainda com crescimento atrativo. A receita de juros (NII) continuará em patamares elevados, mas em desaceleração, mas terminando o ano de 2023 no topo do guidance”, diz a Genial.

“A provisão para devedores duvidosos (PDD) deve ser impactada negativamente pelos créditos tóxicos de Americanas (AMER3) que estavam provisionados em 70% até o 2T23, podendo segurar uma maior evolução de lucro para o trimestre. Para 2024, esperamos uma desaceleração nos resultados depois de um crescimento forte em 2023, impactado principalmente por uma desaceleração do crescimento de receita com juros (NII), que por sua vez acompanha um menor crescimento da carteira de crédito”, completa.

Nos pontos positivos, a casas destaca que não espera que as provisões não cresçam em relação a 2023, beneficiadas por um menor nível de inadimplência.

Apesar da desaceleração, a Genial ainda vê resultados fortes, com um lucro estimado de R$ 38,4 bilhões para o próximo ano e um ROE ainda na casa dos 20%.
Dividendos do Banco do Brasil devem aumentar

Para os dividendos do Banco do Brasil, analistas esperam uma elevação para um patamar de 10,8% de dividend yield (DY).

Atualmente, conforme dados do Status Invest, o Banco do Brasil soma um yield de 9,3%, com R$ 4,59 pagos por ação no acumulado dos últimos 12 meses.

Fonte: Suno

BB Seguridade poderá ter melhor resultado da história no 3º tri

Publicado em:

Apesar de dados evidenciarem bons resultados para BB Seguridade (BBSE3), diversos analistas ainda apresentam cautela no momento de recomendar o papel.

A ação tem alta de cerca de 5% no acumulado do ano, enquanto acumula ganhos de 22% em doze meses. O próximo gatilho para os investidores é a expectativa é para os resultados, que serão divulgados antes da abertura do mercado, em 6 de novembro. Os dados divulgados pela SUSEP, órgão que acompanha a movimentação de seguros no Brasil, apontam para boas perspectivas para o nome na temporada de balanços, de acordo com Goldman Sachs.

Prévia do trimestre

“Com base nesses dados, estimamos que o lucro líquido do BB Seguridade no 3º trimestre está 3% acima do consenso da Bloomberg, atingindo R$ 2,0 bilhões. Prêmios emitidos permanecem fortes no ano até o momento, com um aumento de 14% em relação ao ano anterior (em comparação com uma orientação de 10-15%), apoiados por um aumento nos prêmios rurais tanto em julho quanto em agosto”, destaca a análise do banco.

Assim, o Goldman estima que haverá melhora e considera que na divisão de previdência, os números são 88% melhores que no último trimestre.

O Bank of America considera que as tendências do nome são positivas e destaca a taxa de sinistralidade melhor que o previsto no trimestre, com “tendências benignas no segmento rural”.

“A taxa de sinistralidade de 26,5% em agosto de 2023 foi melhor do que 27,6% em agosto de 2022 e nossa previsão de 25,7%. O crescimento dos prêmios emitidos foi sólido (+12% na comparação anual), em linha com nossa previsão, com suporte dos segmentos rural e de seguro de vida”, considera o BofA.

Entre os resultados financeiros, o banco destaca que o fato das expectativas serem superadas se deu em grande parte pelas dinâmicas positivas nos índices de inflação. Isso trouxe uma elevação de lucro líquido de 14%, acima da previsão do trimestre.

“Nossas estimativas apontam para o melhor resultado da história da companhia, com um lucro projetado de R$ 2,05 bilhões (+11,4% na base trimestral e +24,3% ano a ano). Para melhorar, o 4T geralmente é o mais forte durante o ano, sinalizando que terminaremos o ano de 2023 com forte resultados”, avalia a Genial.

A casa de análise considera que o resultado financeiro deverá continuar em “patamares sólidos em todas as verticais”, especialmente ainda beneficiado pelo nível mais alto da taxa de juros. Não há expectativa que a redução recente da Selic traga algum impacto negativo, especialmente considerando a assimetria entre IPCA e IGPM.

Entre as unidades, a Genial considera que a divisão de seguros deve continuar com expansão de prêmios emitidos e com uma sinistralidade em “níveis atrativos”. A unidade de previdência tem, a seu favor, boa captação bruta e líquida enquanto a divisão de capitalização deve seguir também com boa captação, ainda como consequência da taxa de juros. A corretora, por sua vez, deverá apresentar melhora no trimestre, segundo a análise.

Divergência de recomendações

A recomendação do papel, para o Goldman Sachs, é neutra porque, na visão do banco, a ação da companhia apresenta potencial de ganhos limitado. O preço-alvo foi mantido em R$ 34,00 (upside de 7% frente o fechamento da véspera), com ação sendo negociada a 8,5 vezes o P/L (preço sobre lucro), com prêmio de 142% em relação ao Banco do Brasil (na média história, o prêmio é de 106%).

A estimativa de lucro, na análise do Goldman Sachs, foi elevada em 2%, saltando para R$ 7,4 bilhões em 2023, considerando os resultados financeiros melhores. Para 2024, houve também aumento, de 3%, para R$ 7,6 bilhões e, para 2025, o aumento foi de 3%, para R$ 7,6 bilhões.

Apesar de dados evidenciarem bons resultados para BB Seguridade (BBSE3), diversos analistas ainda apresentam cautela no momento de recomendar o papel.

A ação tem alta de cerca de 5% no acumulado do ano, enquanto acumula ganhos de 22% em doze meses.

O próximo gatilho para os investidores é a expectativa é para os resultados, que serão divulgados antes da abertura do mercado, em 6 de novembro. Os dados divulgados pela SUSEP, órgão que acompanha a movimentação de seguros no Brasil, apontam para boas perspectivas para o nome na temporada de balanços, de acordo com Goldman Sachs.

“Com base nesses dados, estimamos que o lucro líquido do BB Seguridade no 3º trimestre está 3% acima do consenso da Bloomberg, atingindo R$ 2,0 bilhões. Prêmios emitidos permanecem fortes no ano até o momento, com um aumento de 14% em relação ao ano anterior (em comparação com uma orientação de 10-15%), apoiados por um aumento nos prêmios rurais tanto em julho quanto em agosto”, destaca a análise do banco.

Assim, o Goldman estima que haverá melhora e considera que na divisão de previdência, os números são 88% melhores que no último trimestre.

O Bank of America considera que as tendências do nome são positivas e destaca a taxa de sinistralidade melhor que o previsto no trimestre, com “tendências benignas no segmento rural”.

“A taxa de sinistralidade de 26,5% em agosto de 2023 foi melhor do que 27,6% em agosto de 2022 e nossa previsão de 25,7%. O crescimento dos prêmios emitidos foi sólido (+12% na comparação anual), em linha com nossa previsão, com suporte dos segmentos rural e de seguro de vida”, considera o BofA.

Entre os resultados financeiros, o banco destaca que o fato das expectativas serem superadas se deu em grande parte pelas dinâmicas positivas nos índices de inflação. Isso trouxe uma elevação de lucro líquido de 14%, acima da previsão do trimestre.

“Nossas estimativas apontam para o melhor resultado da história da companhia, com um lucro projetado de R$ 2,05 bilhões (+11,4% na base trimestral e +24,3% ano a ano). Para melhorar, o 4T geralmente é o mais forte durante o ano, sinalizando que terminaremos o ano de 2023 com forte resultados”, avalia a Genial.

A casa de análise considera que o resultado financeiro deverá continuar em “patamares sólidos em todas as verticais”, especialmente ainda beneficiado pelo nível mais alto da taxa de juros. Não há expectativa que a redução recente da Selic traga algum impacto negativo, especialmente considerando a assimetria entre IPCA e IGPM.

Entre as unidades, a Genial considera que a divisão de seguros deve continuar com expansão de prêmios emitidos e com uma sinistralidade em “níveis atrativos”. A unidade de previdência tem, a seu favor, boa captação bruta e líquida enquanto a divisão de capitalização deve seguir também com boa captação, ainda como consequência da taxa de juros. A corretora, por sua vez, deverá apresentar melhora no trimestre, segundo a análise.

Divergência de recomendações

A recomendação do papel, para o Goldman Sachs, é neutra porque, na visão do banco, a ação da companhia apresenta potencial de ganhos limitado. O preço-alvo foi mantido em R$ 34,00 (upside de 7% frente o fechamento da véspera), com ação sendo negociada a 8,5 vezes o P/L (preço sobre lucro), com prêmio de 142% em relação ao Banco do Brasil (na média história, o prêmio é de 106%).

A estimativa de lucro, na análise do Goldman Sachs, foi elevada em 2%, saltando para R$ 7,4 bilhões em 2023, considerando os resultados financeiros melhores. Para 2024, houve também aumento, de 3%, para R$ 7,6 bilhões e, para 2025, o aumento foi de 3%, para R$ 7,6 bilhões.

“Espera-se que o crescimento dos lucros desacelere em 2024, limitando o desempenho, e mantemos assim nossa recomendação neutra”, estima o BofA, que tem preço-alvo de R$ 36 para os ativos (upside de 13%).

Já para a Genial, a BB Seguridade é a sua “top pick” no setor de seguros. Entre as vantagens destacadas pela corretora, está a ausência de exposição à discussões regulatórias referentes à Juros sobre Capital Próprio e teto de juros de cartão de crédito, por exemplo, como é o caso de concorrentes como a Porto (PSSA3) e outros bancos.

“Acreditamos que a seguradora deva reportar mais um lucro trimestral recorde – ponto importante na nossa tese em que o desempenho das ações acompanha o crescimento de lucro. Com os fundamentos financeiros em uma dinâmica favorável, estamos promovendo a companhia como nossa top pick (ação preferida) do setor de seguros”, considera a casa, tendo assim recomendação de compra. O preço-alvo para o ativo é de R$ 48,30, ou potencial de alta de 51% frente o fechamento de quarta.

De acordo com compilação da Refinitiv, de 12 casas que cobrem o ativo, 7 recomendam compra, 4 manutenção e 1 venda.

Fonte: Infomoney

Banco do Brasil deverá ter nova porrada no lucro no 3T23, vê Goldman

Publicado em: 19/10/2023

O Banco do Brasil (BBAS3), que deixou para trás seus concorrentes privados, deverá ter nova alta na lucro no terceiro trimestre de 2023, vê o Goldman Sachs.

De acordo com o banco americano, o BB terminará o período com lucro de R$ 9,9 bilhões, alta de 9%. O Goldman projeta ainda lucro operacional de R$ 13,9 bilhões, elevação de 7%.

“Apesar da desaceleração geral dos empréstimos ao setor, acreditamos que o Itaú (ITUB4) e o Banco do Brasil estão melhor posicionados para expandir suas carteiras de empréstimos, dada a exposição de alta renda e rural, respectivamente, bem como as tendências de melhor qualidade dos ativos”, sustenta.

Os analistas esperam um ROE (retorno sobre o patrimônio) saudável de 21,9%.

Uns dos principais pontos fortes do BB, o segmento rural, deverá continuar crescendo. Dados do Banco Central até agosto mostram que os empréstimos rurais aumentaram 21% no comparativo anual.

“Também prevemos crescimento ainda saudável da receita líquida de juros, enquanto as taxas podem expandir 6% no trimestre (+3% no comparativo anual)”, explica.

No relatório, o Goldman vê uma normalização parcial no custo do risco das altas comparações no segundo trimestre, consistente com a parte superior do guidance (projeções) de provisões (R$ 23-27 bilhões).

“A qualidade dos ativos provavelmente permanecem sob controle, embora os NPL (crédito não produtivo) das empresas possam aumentar”, explica.

Finalmente, diz o banco, as despesas com pessoal deveram ser parcialmente impactado pelo reajuste salarial anual em vigor a partir de setembro em diante, enquanto outras despesas operacionais podem se normalizar parcialmente a partir do segundo trimestre.

O Banco do Brasil publicará seu resultado em 9 de novembro de 2023.

Fonte: MoneyTimes

BB, o “campeão” de lucro e ROE entre os bancões: o que esperar para a ação?

Publicado em: 18/08/2023


O que era impensável anos atrás, mas que acabou ocorrendo nas últimas temporadas, voltou a se repetir neste segundo trimestre de 2023 (2T23). O Banco do Brasil (BBAS3) reportou um lucro líquido ajustado de R$ 8,8 bilhões (com 21% de retorno sobre o patrimônio – ROE), o maior lucro entre os “bancões” nessa temporada, assim como o ROE.

Isso apesar do lado negativo, com despesas com provisões acima do esperado em casos corporativos específicos tendo impacto. O BB, mesmo não citando nomes, fez referência à Americanas (AMER3) em seu resultado e provisionou mais R$ 338,8 milhões relacionados ao caso.

O BB havia provisionado no início do ano 50% de sua exposição relacionada à Americanas, que entrou em recuperação judicial em janeiro. O percentual correspondia a R$ 788 milhões. Neste segundo trimestre, o BB disse que elevou o risco de crédito do caso de risco “F” para risco “G”, que demanda a provisão de 70% da exposição.

O Banco do Brasil disse apenas que o aumento de risco foi com relação a uma “empresa do segmento ‘large corporate’ que entrou com pedido de recuperação judicial em janeiro de 2023”. O banco não detalha o que o fez mudar o nível de risco da Americanas.

Entre outros destaques, o Itaú BBA ressalta o crescimento da receita do BB de 6% no trimestre, que foi o maior entre os grandes bancos nesta temporada, com a margem financeira (NII) subindo 8% no trimestre em melhores volumes e spreads e serviços em alta de 2%.

“No geral, esperamos que as ações permaneçam positivas, negociando a 0,7 vezes o P/B (ou P/VPA – Preço sobre o Valor Patrimonial por Ação) e 3,4 vezes o preço em relação ao lucro (P/L ) em 2024”, avalia o BBA.

Os analistas ainda ressaltam que a formação de inadimplência no varejo caiu e contou com melhores métricas em cartões de crédito. A eficiência de custos também melhorou sequencialmente, enquanto uma linha de provisão para riscos legais menor também ajudou.

O trimestre do banco também foi diferente, pois a instituição revisou a orientação do ano de 2023 para o crescimento da carteira de empréstimos em 1 ponto porcentual (p.p.) a mais, para 9%-13% em base anual, enquanto a expansão da margem financeira aumentou em 5 pontos, para 22%-26% em um ano.

“Isso foi consumido por uma perspectiva mais alta para despesas de provisão e menores receitas de serviços, de modo que o ponto médio do lucro líquido do ano ficou inalterado entre R$ 33-37 bilhões”, destaca o BBA, que avalia que o dado efetivo tenda para o limite superior, o que implica em lucros líquidos no segundo semestre acima dos níveis do primeiro semestre.

“Também ganhamos confiança extra em nossas visões de consenso para 2024 acima sobre margem financeira (e, portanto, lucros)”, reforça. O BBA tem recomendação equivalente à compra para BBAS3, com preço-alvo de R$ 56.

A XP destaca que o banco reportou resultados consistentes por mais um trimestre em praticamente todas as linhas, incluindo a qualidade de crédito, com um índice de inadimplência (NPL) acima de 90 dias confortável e praticamente estável em 2,73% (versus 3,6% para o Sistema Financeiro Nacional, ou SFN).

Com os fortes resultados no primeiro semestre, o banco reviu em alta grande parte do seu guidance, principalmente para a expansão da sua carteira de crédito. “Acreditamos que o banco está no caminho certo para entregar um resultado final próximo ao topo do intervalo (R$ 33 bilhões a R$ 37 bilhões), o que daria um múltiplo de preço sobre o lucro implícito de aproximadamente 4,1 vezes para 23. “Ainda muito descontado, depois de subir 41% no acumulado do ano”, aponta a casa.

A Genial Investimentos avalia que o resultado foi marcado positivamente por: (i) bom crescimento da carteira de crédito; (ii) margem financeira bruta, impulsionada pela tesouraria e margem com clientes crescendo acima da carteira; (iii) redução do risco legal. Já no lado negativo, além da forte evolução da PDD, a receita de prestação de serviços ainda é fraca e houve aumento da perda em outros componentes do resultado.

Fonte: Infomoney

Com lucro 19% maior, BB pode atender reivindicações dos funcionários

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O Banco do Brasil teve lucro líquido ajustado de R$ 17,34 bilhões no 1º semestre de 2023. Isso representa um crescimento de 19,6% na comparação com o 1º semestre de 2022. Mesmo assim, a instituição extinguiu empregos: em 12 meses (de junho de 2022 a junho de 2023) foram fechados 1.282 postos de trabalho, dos quais 426 no segundo trimestre deste ano. Ao final de junho, o BB contava com 85.031 funcionários.

O dirigente sindical, representante da Fetec-SP na Comissão de Empresa dos funcionário do BB e funcionário do banco, Getúlio Maciel, destaca que o banco, após passar por diversas reestruturações nos governos Temer e Bolsonaro está agora sob um novo governo, e que no momento estão ocorrendo mesas temáticas de negociação com a nova direção. “A redução do número de funcionários não se justifica, diante do excelente resultado do banco. O BB precisa atender nossas reivindicações por mais contratações, e abrir novos concursos públicos, além de chamar os novos colegas do último concurso, para não sobrecarregar o quadro atual e erradicar o assédio moral em busca de metas, assim como melhorar a remuneração dos trabalhadores, e atender as reivindicações das mesas temáticas .”

Outros números do balanço, divulgado pelo BB nessa quarta-feira 9, apontam para essa sobrecarga. Se por um lado, houve um grande número de corte de empregos, por outro, o número de clientes (correntistas, poupadores e beneficiários do INSS) apresentou crescimento, passando de 80,30 milhões para 82,65 milhões, um aumento de 2,35 milhões, em 12 meses. No semestre, houve apenas a redução de uma agência tradicional, em comparação a junho de 2022, totalizando a manutenção de 3.172 agências tradicionais, além de 813 agências digitais ou especializadas.

“Esses dados mostram que a sobrecarga aumentou: diminuiu o número de funcionários e aumentou o número de clientes, praticamente mantendo o total de agências. O que reforça nossa reivindicação de que contratar mais é uma medida urgente”, reforça o dirigente.

Outro dado do balanço comprova que a instituição pode e deve aumentar o quadro de pessoal: apenas com a receita de prestação de serviços e tarifas bancárias – que aumentaram 6,8% em 12 meses, alcançando R$ 16,42 bilhões ao final do semestre –, o BB cobre em 121,34% suas despesas de pessoal – incluindo o pagamento da PLR, totalizaram R$ 13,53 bilhões, aumento de 9,5% na mesma comparação, ainda refletindo o reajuste salarial firmado na convenção coletiva de trabalho da categoria, em setembro de 2022.

Previsão para devedores duvidosos

As despesas com PCLD (Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa) aumentaram 40,1% em 12 meses, totalizando R$ 12,78 bilhões em junho de 2023. No 2º trimestre, essas provisões aumentaram 108,9% em comparação ao 1º trimestre, por conta de provisionamento adicional de empresa do segmento large corporate que entrou com pedido de recuperação judicial em janeiro de 2023 e saiu de risco F para o risco G, além do agravamento de risco nas linhas não consignadas da carteira PF. O índice de inadimplência para atrasos superiores a 90 dias ficou em 2,73%, aumento de 0,73 p.p. em relação a junho de 2022, mas ainda abaixo da inadimplência média do Sistema Financeiro Nacional (3,60%).

Carteiras de crédito

A carteira de crédito ampliada do BB cresceu 13,6% em 12 meses, totalizando R$ 1,044 trilhão, com performance positiva em todos os segmentos. A carteira Pessoa Física aumentou 10,0%, totalizando R$ 302 bilhões, puxada pelo desempenho do crédito consignado (+9,3%). A carteira Pessoa Jurídica registrou crescimento de 10,4% em relação a junho de 2022, totalizando R$ 371,8 bilhões. Destaque para as operações de capital de giro (+6,8%) e investimento (+8,1%). Para o Agronegócio, a carteira cresceu 22,7%, na mesma comparação, totalizando R$ 321,6 bilhões, com destaque para o custeio agropecuário (+30,6%) e para a linha de investimento (+46,8%).

Fonte: Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região

Por que o Banco do Brasil é bicampeão entre os “bancões” em 2023

Publicado em: 11/08/2023


O Banco do Brasil (BB) obteve os melhores resultados no segundo trimestre, na comparação com as outras três maiores instituições financeiras do país – o Itaú Unibanco, o Bradesco e o Santander. No primeiro trimestre, o BB já havia garantido a melhor posição no ranking desse grupo. Com isso, tornou-se, até aqui, o bicampeão em desempenho entre os “bancões” em 2023.

O tamanho do lucro é o dado mais evidente dessa liderança. No segundo semestre, o BB amealhou ganhos de R$ 8,8 bilhões, num crescimento de 11,7% sobre no mesmo período do ano anterior. A seguir, veio o Itaú, com R$ 8,74 bilhões (+13,84%). Ambos deixaram o Bradesco, com R$ 4,51 bilhões (-35,8%), e Santander, com R$ 2,309 bilhões (-45%), bem para trás.

O lucro, porém, nem sempre diz tudo sobre o desempenho de uma empresa. Ainda assim, de acordo com um levantamento feito por Carlos André Vieira, analista de ações do TC, a plataforma de assessoria a investidores, entre cinco itens-chave do balanço dessas instituições, o BB lidera em três deles. Nos outros dois, fica em segundo lugar.

O BB ocupa o primeiro posto, por exemplo, no quesito retorno sobre patrimônio médio (ROAE, na sigla em inglês), um importante indicador da rentabilidade do negócio. Ele alcançou 21,3%, contra 20,9, do Itaú. Nesse item, os dois bancos ficaram quase o dobro da distância de Santander (11,2%) e Bradesco (11,1%).

Eficiência

A eficiência é outro tópico que garante destaque ao Banco do Brasil. Esse índice traça uma relação entre as despesas operacionais e as despesas totais de uma instituição financeira. Quanto menor o percentual, melhor o resultado. O BB cravou em 27,7%, bem abaixo do Itaú (39,6%), Santander (42,9%) e Bradesco (46,1%).

Inadimplência

Além disso, a inadimplência no BB para créditos vencidos acima de 90 dias é a menor do quarteto, ficando em 2,7%, contra 3% do Itaú, 3,3% do Santander e 5,9% do Bradesco. Entre os cinco parâmetros de destaque mencionados acima, o Banco do Brasil só fica atrás da concorrência nos temas tamanho da carteira de crédito e “índice de cobertura” (provisionado para vencimentos acima de 90 dias). Nesses dois casos, o Itaú tem os resultados mais polpudos.

Crédito

Na avaliação do autor da análise, Carlos Vieira, do TC, boa parte dos bons números do Banco do Brasil está associada à solidez da carteira de crédito. Ela está forrada de empréstimos consignados, em geral, concedidos para aposentados, pensionistas e funcionários públicos, com baixíssimo risco de calote. “O consignado representa 12% do total de créditos do BB”, diz Viera. “Além disso, um terço dessa mesma carteira está ligada ao agronegócio, setor no qual a inadimplência também é pequena.”

O crédito, nota o analista, também é uma das forças do segundo colocado da corrida pelo lucro entre os bancões, o Itaú. “Ele atua numa faixa de renda mais alta e faz uma seleção mais criteriosa para os empréstimos”, afirma Viera. “Isso torna a carteira um pouco mais restrita, mas, ao mesmo tempo, mais assertiva.”

Luta pelo domínio

O Santander ocupa a terceira posição no ranking, mas se destacou ao menos em um assunto. O analista observa que, no grupo, a carteira de crédito do banco foi a que mais cresceu no segundo trimestre, registrando um avanço de 13,7%, em relação ao ano anterior. Ele foi seguido pelo BB, com 13,6%. “Quanto maior a carteira, maior o domínio sobre o mercado”, diz Veira. “E quanto mais ela cresce, mas o banco ocupa um espaço que era dos adversários.”

Para o analista, um dos grandes entraves enfrentados pelo Bradesco, na rabeira da lista, é a inadimplência. “Ela está acima do usual”, diz. “Começou a piorar com o caso da Americanas, no início deste ano (a instituição é a maior credora da varejista), mas também inclui pessoas físicas, além de pequenas e médias empresas. E o banco preferiu diminuir a carteira de crédito no segundo trimestre, na tentativa de resolver o problema.”

Fonte: Metrópoles

BB tem lucro líquido ajustado de R$ 17,3 bilhões no primeiro semestre de 2023

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O Banco do Brasil apresentou um lucro líquido ajustado recorde semestral de R$ 17,3 bilhões no 1S23, crescimento de 19,5% na comparação com o mesmo período de 2022. O retorno sobre o patrimônio líquido (RSPL) alcançou 21,4%. O valor adicionado à sociedade superou R$ 42,9 bilhões.

O índice de capital principal do BB encerrou junho em 12,21%. Especificamente sobre o segundo trimestre de 2023, o lucro líquido ajustado foi de R$ 8,8 bilhões, 11,7% superior ao mesmo período do ano passado e 2,8% frente ao trimestre imediatamente anterior.

O resultado do semestre foi influenciado pelo crescimento da margem financeira bruta (+36,0%), decorrente dos bons resultados da carteira de crédito e dos títulos e valores mobiliários alocados em tesouraria. As receitas de prestação de serviços cresceram 6,8%, notadamente nos segmentos comerciais como consórcios e seguros.

Por outro lado, ocorreram elevações das despesas de PCLD ampliada (+128,8%) e das despesas administrativas (+7,4%), sendo essa última, em linha com o aumento dos funcionários no último acordo coletivo (8,0%).

Carteira de crédito ampliada cresce com qualidade

A carteira de crédito ampliada, que inclui TVM (títulos e valores mobiliários) privados e garantias, registrou saldo de R$ 1,045 trilhão em junho de 2023, crescimento de 1,2% frente a março/23. Na comparação em 12 meses, o crescimento foi de 13,6%.

Destaque para a carteira de negócios sustentáveis, que totalizou R$ 321,6 bilhões, com crescimento de 10% em 12 meses, representando 31% da carteira de crédito ampliada do BB.

O índice de inadimplência acima de 90 dias (relação entre as operações vencidas há mais de 90 dias e o saldo da carteira de crédito classificada) atingiu 2,73% e o índice de cobertura (relação entre o saldo de provisões e o saldo de operações vencidas há mais de 90 dias) foi de 201,3%, ambos melhores do que a média do Sistema Financeiro Nacional (SFN).

Carteira ampliada pessoa física

Crescimento de 0,6% na comparação com março/23 e 10,0% em 12 meses, alcançando R$ 302,1 bilhões, influenciada, principalmente, pelo desempenho na carteira de crédito consignado (+2,0% no trimestre e +9,3% em 12 meses).

Carteira ampliada pessoa jurídica

Registrou crescimento de 2,5% frente a março/23 e 10,4% em 12 meses, atingindo R$ 371,9 bilhões, com destaque para a carteira de Micro, Pequenas e Médias Empresas (MPMEs), com evolução de 1,4% no trimestre e 21,8% em 12 meses e para as Grandes Empresas Ampliada, que apresentaram crescimento de 2,9% no trimestre e 9,3% em 12 meses.

Carteira ampliada agronegócios

Alcançou o saldo de R$ 321,6 bilhões, um crescimento anual de 22,7%. Destaque para as linhas de investimentos (+46,8% em 12 meses) e de custeio (+30,6% em 12 meses). O Plano Safra 2022/2023 foi encerrado em junho, com R$ 190 bilhões desembolsados, crescimento de 23,3% em relação à safra anterior.

O BB liberou R$ 75 bilhões no semestre para o agronegócio e para a agricultura familiar, um volume 15% superior ao destinado no mesmo período do ano passado. Somente para a agricultura familiar, foram disponibilizados R$ 7,8 bilhões, crescimento de 18,4%.

Cabe destacar que o BB destinou recursos para 106 mil agricultores familiares, contribuindo de forma direta para a segurança alimentar do país.

Dinâmica de receitas e despesas

As Receitas de Prestação de Serviços cresceram 6,8% em relação ao primeiro semestre do ano passado, refletindo a boa performance em consórcios, seguros, previdência e capitalização. As despesas administrativas cresceram 7,4%, dentro do intervalo das Projeções Corporativas. O índice de eficiência acumulado em 12 meses foi de 28,3%, novamente o melhor da série histórica.

Sustentabilidade

O BB quer ser reconhecido como protagonista mundial em práticas e negócios sustentáveis no sistema financeiro. Nosso objetivo é colocar o Banco do Brasil como hub de captação de recursos externos para iniciativas sustentáveis no país.

O BB conta com uma das maiores carteiras de negócios sustentáveis do mundo, com saldo de R$ 321,6 bilhões, o que corresponde a quase um terço da carteira de crédito ampliada do Banco.

Diversidade

O Banco do Brasil é protagonista nas ações de diversidade, equidade e inclusão e tem avançado de maneira importante nesta agenda. A presença de mulheres em conselhos e diretoria evoluiu significativamente neste ano. De junho de 2022 até junho 2023, a participação de mulheres aumentou de 37,5% para 50,0% no Conselho de Administração, de 11,1% para 44,4% no Conselho Diretor e de 13,0% para 21,7% na Diretoria Executiva.

Também foram realizados 38 encontros dos Fóruns Regionais de Diversidade, em todas as regiões do Brasil, que abordaram temas de gênero, gerações, LGBTQIAPN+, pessoas com deficiência, etnias e neurodiversidade.

Avanços no digital

O Banco do Brasil segue seu foco em transformação digital, ampliando o uso de inteligência artificial, Big Data e Analytics para aprimorar a experiência e o conhecimento sobre o cliente, inclusive a partir do consentimento dos usuários para compartilhamento de dados por meio do Open Finance. Para as empresas, por exemplo, lançamos o novo App PJ em junho de 2023, aprimorando a experiência digital dos clientes desse segmento. Além disso, integramos ao Painel PJ, nossa plataforma digital, a conciliação de vendas por cartão e o assistente financeiro digital.

Outro destaque: a portabilidade de crédito CDC pelo próprio cliente, via App BB, que integra informações dos clientes por meio do Open Finance e tem se mostrado um diferencial inovador nas ações de portabilidade, além de simplificar o processo e conferir uma jornada mais leve para nossos clientes.

Cabe destacar que o BB lançou, nesta semana, de forma pioneira, a possibilidade de o cliente usar o nosso gerenciador financeiro multibancos, o Minhas Finanças, no WhatsApp, tornando-se o único banco a trazer inteligência financeira e comodidade neste canal tão usado pelos brasileiros.

E mais um destaque relevante desta semana: o Banco do Brasil anunciou que já iniciou testes com o Real Digital, que será a porta de entrada para uma economia tokenizada, confirmando nosso compromisso de estarmos sempre na vanguarda na adoção de novas tecnologias e inovação no mercado financeiro brasileiro.

Projeções corporativas 2023

Apresentamos a seguir a nossa performance no primeiro semestre de 2023 e as projeções corporativas para 2023, disponível neste link de nosso Fato Relevante divulgado neste dia 9 de agosto de 2023.

Fonte: Banco do Brasil

Itaú e BB devem seguir fortes no 2T23; Santander e Bradesco oscilam

Publicado em: 25/07/2023


O segundo trimestre de 2023 ainda deve mostrar um quadro de pressões diversas para as empresas brasileiras, com juros altos e mercado doméstico ainda comprimido. Para os grandes bancos — como Itaú (ITUB4), BB (BBAS3), Santander Brasil (SANB11) e Bradesco (BBDC4) —, a história não será diferente.

Afinal, os bancões ainda sentem, em maior ou menor escala, o aumento na inadimplência, o cenário restrito para concessão de crédito e os efeitos da crise na Americanas (AMER3). Dito isso, as expectativas do mercado mostram que há dois grupos bem distintos no setor.

De um lado, Itaú Unibanco e Banco do Brasil aparecem como favoritos entre as casas de análise: seus lucros devem crescer mais de 10% em relação ao segundo trimestre de 2022, com rentabilidades ainda girando ao redor dos 20%.

Do outro, Santander Brasil e Bradesco seguem tentando colocar a casa em dia: ambas tinham maior exposição à dívida da Americanas e tiveram que provisionar volumes maiores; além disso, a gestão mais agressiva das carteiras de crédito mostrou-se uma estratégia não tão acertada no médio prazo.

O Seu Dinheiro consolidou as projeções de seis instituições financeiras para os resultados dos grandes bancos neste segundo trimestre. Veja abaixo como ficaram as médias das estimativas para o lucro líquido de cada um dos players — e como a cifra se compara com o resultado contabilizado há um ano:

A divulgação dos balanços dos grandes bancos começa já nesta semana, com o Santander Brasil dando a largada — o calendário completo com as principais empresas da bolsa pode ser acessado aqui. Veja o cronograma dos quatro bancões:

Santander Brasil: dia 26 de julho, antes da abertura;
Bradesco: dia 3 de agosto, depois do fechamento;
Itaú Unibanco: dia 7 de agosto, depois do fechamento;
Banco do Brasil: dia 9 de agosto, depois do fechamento.

Itaú (ITUB4): resultados bons, conforme esperado

Em linhas gerais, os resultados de Itaú Unibanco e Banco do Brasil não devem trazer grandes surpresas: o mercado espera que o segundo trimestre das duas instituições mostre a continuidade do bom momento vivido por ambas, com lucro e rentabilidade se mantendo em patamares saudáveis.

Para o Santander, um dos trunfos do Itaú é a inadimplência sob controle: a equipe de análise liderada por Henrique Navarro aponta que o NPL (non-performing loan, ou crédito não produtivo — um eufemismo para ‘calote’) do banco provavelmente atingiu o nível mais alto no primeiro trimestre.

Ou seja: daqui em diante, as taxas tendem a cair ou, ao menos, se estabilizar, o que abre perspectivas positivas para o curto e médio prazo. Ainda assim, o Santander projeta que as provisões do Itaú podem aumentar novamente, considerando a base de comparação fraca e a normalização no setor de atacado.

“Olhando adiante, acreditamos que a decisão do Itaú de ser mais seletivo na originação do crédito pode continuar a gerar um crescimento modesto nos empréstimos, ainda que com uma inadimplência sob controle ao longo de 2023, o que pode cair bem em termos de resultados”, diz o Santander.

Veja abaixo as projeções para a rentabilidade (ROE) do Itaú no segundo trimestre deste ano:
Projeções de rentabilidade (ROE) do Itaú Unibanco no 2T23

 

Banco do Brasil (BBAS3): números sólidos, mas e a inadimplência?

No caso do Banco do Brasil (BBAS3), o Itaú BBA mostra-se particularmente otimista: para a equipe liderada pelo analista Pedro Leduc, o BB deve ser novamente o destaque positivo entre os bancões, com um crescimento de 3% na carteira de empréstimos na base trimestral — o maior índice do setor.

Uma questão que fica no ar para o Banco do Brasil, no entanto, é o comportamento da inadimplência. Enquanto o Itaú BBA diz esperar apenas uma “alta moderada” nas taxas, o Santander não descarta um aumento mais significante, dada a espera dos clientes pelo início do Desenrola e o ambiente macro difícil.

Ambas as casas também apontam que o BB poderá revisar suas projeções para o resultado de 2023, com um aumento no volume de provisões. “Mas, em conversas recentes com investidores, percebemos que a maioria deles já espera esse efeito, o que pode limitar as surpresas negativas com o balanço”.

Confira as projeções para a rentabilidade (ROE) do Banco do Brasil no segundo trimestre deste ano:
Projeções de rentabilidade (ROE) do Banco do Brasil no 2T23

Fonte: Seu Dinheiro

Banco do Brasil deve ser ‘joia’ dos resultados com lucro de R$ 8,7 bilhões, diz XP

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O Banco do Brasil (BBAS3), juntamente com o Itaú (ITUB4), deve apresentar um bom resultado no segundo trimestre de 2023, segundo analistas da XP. O banco divulga seus números referentes ao período em questão no dia 9 de agosto, conforme a área de Relação com Investidores (RI).

Segundo a XP, apesar das “duras bases de comparação”, o resultado do Banco do Brasil deve manter a “recente trajetória positiva de crescimento da carteira de crédito e incremento marginal da inadimplência”.

A projeção da casa é de um lucro líquido recorrente de R$ 8,655 bilhões no resultado do Banco do Brasil, com Retorno sobre Patrimônio (ROE) de 22%.

“Esperamos mais um trimestre de crescimento robusto da carteira de crédito do Banco do Brasil, provavelmente em linha com o limite inferior do guidance (8% – 12%), novamente impulsionado principalmente pelo crédito rural“, diz a casa.

“Esperamos que seu NII salte 25% quando comparado ao ano passado e virtualmente estável T/T, principalmente em receitas de tesouraria mais brandas. Com relação ao índice de inadimplência, prevemos um leve aumento, que ainda é o menor entre seus pares e reflete o perfil defensivo de sua carteira”, segue.

Na contramão do Banco do Brasil e Itaú, Santander (SANB11) e Bradesco (BBDC4) devem ter tempos difíceis

Levando em consideração os indicadores atuais e os números dos trimestres anteriores, a XP projeta que o 2T23 deve ser negativo para o Bradesco (BBDC4) e o Santander (SANB11).

“Prevemos mais um trimestre difícil para Santander e Bradesco. Ambos ainda afetados por maiores provisões e menor margem de lucro com o mercado”, diz a XP.

Afora os bancos incumbentes, a XP destaca que para as empresas do mercado de capitais, ainda que os analistas tenham visto a atividade de junho melhorando de forma inesperada, a expectativa é de poucas transações de renda variável (ECM), volumes de negociação (ADTV) mais fracos e uma recuperação dos negócios de emissões de dívidas (DCM) devido aos eventos adversos de crédito ocorridos no trimestre anterior.

“Em suma, acreditamos que os resultados do segundo trimestre estarão bastante em linha com nossas preferências do setor, sendo Itaú e Banco do Brasil os destaques positivos da temporada”, completa a XP.

Fonte: Suno

BB tem lucro líquido ajustado de R$ 8,5 bilhões no primeiro trimestre de 2023

Publicado em: 19/05/2023


O Banco do Brasil apresentou um lucro líquido ajustado de R$ 8,5 bilhões no primeiro trimestre de 2023, um crescimento de 28,9% na comparação com o mesmo período de 2022, o que representa um RSPL (retorno sobre patrimônio líquido) de 21,0%. No trimestre, o valor adicionado à sociedade superou R$ 21,0 bilhões. O Índice de Capital Principal do BB encerrou o trimestre em 12,01%.
O resultado se traduz pelo crescimento responsável da carteira de crédito, com performance positiva em todos os segmentos, pela inadimplência sob controle e pelo foco na diversificação de receitas e controle de custos. Além disso, o Banco do Brasil tem o cliente no centro de sua estratégia e procura construir um relacionamento de longo prazo, sempre oferecendo uma experiência personalizada e de excelência, com a ampliação do uso de inteligência artificial, Big Data e Analytics, o que possibilita entender as necessidades e criar oportunidades em tempo real que geram negócios e estreitam relacionamento. Assim, a performance do nosso primeiro trimestre reflete o jeito Banco do Brasil de fazer negócio, e demonstra o objetivo de entregar resultados sustentáveis e superar as expectativas dos clientes, mercado e sociedade.
Carteira de Crédito Ampliada
A carteira de crédito ampliada, que inclui TVM (títulos e valores mobiliários) privados e garantias, registrou saldo de R$ 1,03 trilhão em março de 2023, crescimento trimestral de 2,7%. Na comparação em 12 meses, o crescimento foi de 16,8%.
Carteira Ampliada Pessoa Física
Crescimento de 3,6% no trimestre e 11,7% em 12 meses, alcançando R$ 300,1 bilhões, influenciada pelo desempenho na carteira de crédito consignado (+3,0% no trimestre e +9,6% em 12 meses) e do crédito não consignado (+3,7% no trimestre e +9,3% em 12 meses).
Carteira Ampliada Pessoa Jurídica
Registrou crescimento de 12,7% em 12 meses, atingindo R$ 362 bilhões, com destaque para a carteira de Micro, Pequenas e Médias Empresas (MPMEs) com evolução de +3,4% no trimestre e +24,2% em 12 meses.
Empreendedorismo feminino
Seguindo o papel de protagonista na construção de uma economia sustentável, o desembolso para empresas lideradas por mulheres cresceu 36%. Destaque também para os desembolsos realizados na linha do Pronampe que, no trimestre, totalizaram R$ 2,5 bilhões.
Carteira Ampliada Agronegócios
O BB permanece líder de desembolso no plano safra 2022/2023, com um crescimento de 30% em relação à safra anterior, atingindo R$ 148,4 bilhões. A carteira alcançou o saldo de R$ 322,5 bilhões, um crescimento anual de 26,7%. Destaque para as linhas de investimentos (+7,6% no trimestre e + 49,8% em 12 meses) e de custeio (+4,2% no trimestre e + 45,6% em 12 meses). Na atuação da agricultura familiar, o Banco apresentou crescimento de 38% no desembolso de crédito, atingindo R$ 58,4 bilhões em saldo.
Carteira de Negócios Sustentáveis
Reafirmando o comprometimento com sua estratégia de sustentabilidade, o Banco do Brasil obteve crescimento de 13,3% no período de 12 meses em sua carteira de negócios sustentáveis, alcançando R$ 328 bilhões. Destaque para a linha de energias renováveis, que obteve um crescimento de mais de 60%. Em abril de 2023, o BB emitiu seu primeiro Sustainability Bond no mercado internacional, no montante de US$ 750 milhões, pelo prazo de 7 anos. Os recursos serão aplicados no financiamento de projetos de energia renovável e de MPEs, principalmente aquelas lideradas por mulheres.
Dinâmica de Receitas e Despesas
As Receitas de Prestação de Serviços cresceram mais de 8% em relação ao primeiro trimestre do ano passado, refletindo a estratégia de um banco para cada cliente, fruto de um portfólio de produtos e serviços inovadores e diversificados. Já as Despesas Administrativas tiveram queda de 2,5% na visão trimestral, permitindo ao BB atingir um índice de eficiência de 29%, o melhor da série histórica.

BB lucra R$ 8,55 bilhões no 1º trimestre e pode atender reivindicações

Publicado em:


O Banco do Brasil teve lucro líquido ajustado de R$ 8,55 bilhões no primeiro trimestre de 2023, um crescimento de 28,9% em relação ao mesmo período do ano passado. O retorno sobre o patrimônio líquido (RPSL) ajustado anualizado aumentou 2,9 pontos percentuais em doze meses, alcançando 20,8%.

“Este resultado foi construído a partir do esforço, comprometimento e competência dos bancários do Banco do Brasil. Um resultado que mostra que o BB têm todas as condições de atender as reivindicações dos trabalhadores nas mesas de negociação permanentes”, diz Getúlio Maciel, representante da Fetec-CUT/SP na Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB)

A primeira mesa de negociação permanente entre a CEBB e representantes do banco está agendada para o dia 30 de maio e terá como tema “Combate ao assédio e avaliação da Gestão de Desenvolvimento por Competências (GDP)”.

“É urgente aprimorar o combate ao assédio moral no Banco do Brasil e melhorar a forma como as metas são definidas e cobradas. Os bancários do BB, que constroem diariamente os resultados expressivos do banco, merecem valorização e respeito”, enfatiza Getúlio.

A diretora executiva do Sindicato e bancária do BB, Ana Beatriz Garbelini, lembra que na última gestão do BB, subordinada ao governo Bolsonaro, os bancários enfrentavam imensas dificuldades nas negociações.

“Na última gestão, as negociações partiam sempre de uma lógica de defender o que nós já conquistamos diante dos ataques aos nossos direitos, nunca a partir de uma perspectiva de avanços. Quiseram, por exemplo, acabar com os três ciclos avaliatórios da GDP, aumentar o descomissionamento e reduzir a PLR para 2% do lucro líquido, o que evitamos com a nossa mobilização na Campanha Nacional dos Bancários 2022. A nossa expectativa é de que agora, nessa nova gestão, que já se mostrou aberta ao diálogo com a representação dos bancários, possamos avançar nas nossas reivindicações”, argumenta Ana Beatriz Garbelini, diretora executiva do Sindicato e bancária do BB.

Emprego

Ao final do trimestre, o BB contava com 85.457 funcionários, com fechamento de 1.009 postos de trabalho em 12 meses, mesmo com a convocação de candidatos aprovados em concurso público ao longo de 2022. Por outro lado, o total de clientes cresceu 2,7 milhões, alcançando 82,05 milhões em março de 2023.

“Os números demonstram com clareza que o Banco do Brasil precisa e pode contratar mais para reduzir a sobrecarga de trabalho e, por consequência, o adoecimento dos bancários, além de melhorar o atendimento”, avalia a diretora executiva do Sindicato.

Somente com o que arrecada com prestação de serviços e tarifas bancárias – receita secundária que cresceu 8,1% em 12 meses, alcançando R$ 8,13 bilhões – o Banco do Brasil cobre em 122% o total de suas despesas com pessoal, incluindo a PLR.

Outros números

A carteira de crédito ampliada do BB cresceu 16,8% em 12 meses, totalizando R$ 1,03 trilhão, com performance positiva em todos os segmentos. A carteira Pessoa Física aumentou 11,7% em 12 meses, totalizando R$ 300,12 bilhões, influenciada pelo desempenho no crédito consignado (+9,6%) e pelas carteiras adquiridas de financiamento de veículos (+126,8%).

Já a carteira Pessoa Jurídica registrou crescimento de 12,7% em relação a março de 2022, totalizando R$ 361,97 bilhões. Destaque para o desembolso de R$ 2,5 bilhões na linha do Pronampe. Para o Agronegócio, a carteira cresceu 26,7%, na mesma comparação, totalizando R$ 322,51 bilhões. Destaque para o custeio agropecuário (+45,6%) e para a linha de investimento (+49,8%).

Fonte: Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região

Bancos brasileiros fecham 2022 com lucro de R$ 139 bilhões

Publicado em: 12/05/2023


Em 2022, os bancos tiveram lucro líquido de R$ 139 bilhões, alta de 2% em relação a 2021. Entretanto, após a recuperação a níveis pré-pandemia em 2021 e um crescimento no primeiro semestre de 2022, a rentabilidade no segundo semestre do ano passado teve redução.

De acordo com o Banco Central (BC), a razão principal para o recuo foi o aumento das despesas com provisões (reserva sobre riscos de crédito), acentuada devido ao caso das Lojas Americanas. As informações são do Relatório de Estabilidade Financeira do BC, referente ao segundo semestre de 2022, que foi divulgado hoje (10).

Em recuperação judicial desde janeiro, as Lojas Americanas enfrentam uma crise desde a revelação de “inconsistências contábeis” de R$ 20 bilhões. Posteriormente, o próprio grupo admitiu que os débitos com os credores podem chegar a R$ 43 bilhões.

“Embora o forte aumento das despesas de provisão no último semestre de 2022 esteja relacionado a esse evento [das Americanas], a materialização do risco tem resultado no elevado aumento dessas despesas de forma geral. Também contribuíram para a redução da rentabilidade o declínio do ritmo de crescimento das rendas de serviços e a pressão da inflação sobre as despesas administrativas”, diz o documento, citando ainda leve piora da eficiência operacional das instituições.

De acordo com o BC, a rentabilidade do sistema deve continuar sob pressão no médio prazo, considerando a perspectiva de atividade econômica mais fraca em 2023, de menor crescimento do crédito e de inadimplência e inflação elevadas.

O relatório destaca que, embora o mercado de crédito continue crescendo em ritmo elevado, a desaceleração foi mais acentuada nas operações de maior risco do Sistema Financeiro Nacional (SFN) com pessoas físicas, como as ligadas a cartões de crédito.

“No geral, o crédito às pessoas físicas arrefeceu, exceto o crédito rural e o crédito imobiliário, cujas taxas de crescimento mantiveram-se estáveis. O crédito às empresas desacelerou em ritmo mais suave. Isso porque o crédito seguiu elevado devido aos programas emergenciais para microempresas, ao financiamento de capital de giro e investimento para pequenas empresas e ao financiamento de bens e operações de ‘risco sacado’ para empresas médias”, diz o BC, acrescentando que o mercado de capitais manteve-se como fonte relevante de financiamento, sobretudo para as grandes empresas.

Ainda assim, as instituições financeiras permaneceram apostando em carteiras mais arriscadas. “Apesar do recuo no ritmo de crescimento, o crédito ainda cresceu forte em modalidades mais arriscadas às famílias, como cartão de crédito e crédito não consignado”, diz o documento.

Testes de estresse

O relatório do BC apresenta ainda os resultados de diversas análises de risco e dos testes de estresse do sistema bancário, que “continuam indicando não haver risco relevante para a estabilidade financeira”.

“Os testes de estresse de capital indicam que não há ocorrência de desenquadramentos em montante relevante nos cenários macroeconômicos adversos. Os resultados obtidos nas análises de sensibilidade também indicam boa resistência aos fatores de risco, simulados isoladamente, além de estabilidade de resultados em comparação com testes feitos anteriormente. O teste de estresse de liquidez indica quantidade confortável de ativos líquidos em caso de saídas de caixa em condições adversas ou choque nos parâmetros de mercado no curto prazo”, explicou o BC.

No teste de estresse, o BC simula o quanto uma situação de severa inadimplência e de corrida aos bancos impacta o cumprimento dos limites regulatórios mínimos pelas instituições financeiras e quanto a autoridade monetária precisaria aportar ao sistema financeiro. Entre esses limites estão a manutenção de uma reserva em caixa para garantir que os bancos paguem todos os clientes que forem sacar dinheiro em momentos de crise. São testados também os riscos de crédito, juros, câmbio e desvalorização de imóveis.

O BC considerou dois cenários, o primeiro de queda na atividade econômica e no consumo das famílias, aumento do desemprego, queda da inflação e das taxas de juros; e o segundo cenário de um aumento de incerteza na economia, com deterioração fiscal, alta do câmbio, elevação da taxa de juros e pressão da inflação.

Eventos climáticos

O Banco Central pesquisou também questões relacionadas a riscos climáticos e seus efeitos na estabilidade financeira dos bancos. As secas e as inundações são os eventos climáticos físicos de maior impacto nos ativos das instituições financeiras, sobretudo em horizontes acima de cinco anos.

“Os riscos climáticos de transição são classificados como de baixo impacto nos ativos. A inadimplência é a principal forma pela qual os riscos climáticos podem ameaçar a estabilidade financeira. Em 2022, cerca de 16% das instituições financeiras identificaram impactos de risco climático nas suas operações de crédito. O sistema financeiro tem procurado reduzir tanto a exposição a riscos climáticos quanto o seu próprio impacto ambiental”, diz o BC.

De acordo com o relatório, a inadimplência pode resultar de crise financeira nos setores que dependem de maneira intensiva dos recursos naturais, que podem sofrer um efeito climático severo. Entre os exemplos estão quebra de safras, prejuízo nos transportes, diminuição na prestação de serviços e interrupção das cadeias produtivas.

Fonte: Agência Brasil

Banco do Brasil deve ter o lucro mais forte do setor no primeiro trimestre

Publicado em: 26/04/2023


O Banco do Brasil (BBAS3) deve apresentar novamente o lucro mais forte do setor, avalia o BTG Pactual, em relatório divulgado na semana passada.

A estatal será o último bancão a reportar os resultados do primeiro trimestre de 2023, em 15 de maio, e deve ficar na ponta positiva dos bancos na temporada, junto com o Itaú (ITUB4).

O BTG estima em seu modelo que o Banco do Brasil entregará um lucro líquido de R$ 8 bilhões. No entanto, os resultados reais devem vir mais fortes, perto dos R$ 8,5 bilhões, destaca a instituição.

“Se isso se confirmar, será novamente o maior resultado em nosso universo de cobertura, acima do Itaú (que esperamos entregar um lucro líquido entre R$ 8,3-8,4 bilhões)”, afirma.

Considerando que o segundo e o terceiro trimestres costumam ser os mais fortes do ano para o Banco do Brasil, se a companhia começar 2023 com um lucro de R$ 8,5 bilhões, as chances de ela ficar próxima ao topo da faixa do guidance, de R$ 33-37 bilhões, aumentam, destaca o BTG.

“Em nosso modelo, projetamos R$ 35 bilhões”, completa.

O BTG avalia que o crédito deve crescer um pouco mais rápido para o Banco do Brasil por conta do bom desempenho do setor rural. O NII (margem financeira) deve seguir forte, crescendo “bem acima do guidance de 17-21% no primeiro trimestre em uma base anual”. No entanto, comparado com o quarto trimestre de 2022, deve cair um pouco.

“As taxas, embora também afetadas pela sazonalidade, provavelmente também terão um desempenho melhor do que seus bancos privados, uma vez que a atividade de banco de investimento é menos relevante aqui”, acrescenta.

O setor de agro deve apresentar resultados estáveis, enquanto o NPL (taxas de créditos inadimplentes) para empresas deve subir, mas em linha com o que foi visto no quarto trimestre.

“Se utilizarmos o ponto médio do guidance para provisões para perdas com empréstimos dividido por quatro, o resultado faria muito sentido, em relação ao que esperamos para o primeiro trimestre”, destaca o BTG.

Sobre as subsidiárias BB Seguridade (BBSE3) e Cielo (CIEL3), o BTG espera ver bons resultados.

O Banco do Brasil é uma das quatro principais escolhas do setor financeiro do BTG para 2023, ao lado de Itaú, BB Seguridade e Cielo.

Fonte: Money Times

“Bancões” devem apresentar resultados mais fracos no primeiro trimestre

Publicado em:


Os grandes bancos se preparam para divulgar seus resultados do primeiro trimestre de 2023 e, mais uma vez, a expectativa é de números divergentes dentro do setor. Assim como nos últimos trimestres, os analistas esperam solidez nos balanços de Itaú (ITUB4) e Banco do Brasil (BBAS3), enquanto a performance de Bradesco (BBDC4) e Santander Brasil (SANB11) deve continuar deixando a desejar.

Se os resultados do quarto trimestre de 2022 foram marcados pelas provisões que os “bancões” fizeram para cobrir possíveis calotes nos empréstimos feitos à Americanas (AMER3), nos números de janeiro a março deste ano a tônica promete ser o efeito dos juros altos da economia na demanda por crédito.

Como está mais caro para o cliente se financiar e quitar suas dívidas, o temor de inadimplência faz com que as instituições financeiras fiquem mais criteriosas e conservadoras. À medida que a participação de empréstimos de baixo risco na carteira dos bancos aumenta, menor é o crescimento de suas receitas, por se tratarem de recursos concedidos a juros menores. A composição de portfólio e estratégia de gestão de ativos e passivos vai definir os melhores e piores da temporada, segundo analistas.

O Itaú BBA acredita que a carteira de crédito dos bancos, as receitas com juros e de serviços devem começar o ano de 2023 na faixa inferior do guidance – as projeções feitas para o ano. Isso deve implicar em algumas revisões para baixo.

O JP Morgan também prevê um trimestre mais fraco em receitas. “Estamos vendo uma originação de empréstimos mais fraca pelos dados do Banco Central e bancos migrando para linhas mais seguras”, escreveram os analistas. Além disso, há a sazonalidade do período, com menos dias úteis no primeiro trimestre do ano, o que deve conferir tendências mais fracas nos segmentos de cartões e mercado de capitais.

Os analistas do banco americano também acreditam que a qualidade de crédito deve continuar piorando para a maioria dos players, tanto no varejo quanto no corporativo. O Itaú BBA espera crescimento sequencial, e dentro do esperado, de provisionamentos para pequenas e médias empresas, mas não tanto no segmento de large corporate (das grandes companhias).

Se os resultados do quarto trimestre de 2022 foram marcados pelas provisões que os “bancões” fizeram para cobrir possíveis calotes nos empréstimos feitos à Americanas (AMER3), nos números de janeiro a março deste ano a tônica promete ser o efeito dos juros altos da economia na demanda por crédito.

Como está mais caro para o cliente se financiar e quitar suas dívidas, o temor de inadimplência faz com que as instituições financeiras fiquem mais criteriosas e conservadoras. À medida que a participação de empréstimos de baixo risco na carteira dos bancos aumenta, menor é o crescimento de suas receitas, por se tratarem de recursos concedidos a juros menores. A composição de portfólio e estratégia de gestão de ativos e passivos vai definir os melhores e piores da temporada, segundo analistas.

O Itaú BBA acredita que a carteira de crédito dos bancos, as receitas com juros e de serviços devem começar o ano de 2023 na faixa inferior do guidance – as projeções feitas para o ano. Isso deve implicar em algumas revisões para baixo.

O JP Morgan também prevê um trimestre mais fraco em receitas. “Estamos vendo uma originação de empréstimos mais fraca pelos dados do Banco Central e bancos migrando para linhas mais seguras”, escreveram os analistas. Além disso, há a sazonalidade do período, com menos dias úteis no primeiro trimestre do ano, o que deve conferir tendências mais fracas nos segmentos de cartões e mercado de capitais.

Os analistas do banco americano também acreditam que a qualidade de crédito deve continuar piorando para a maioria dos players, tanto no varejo quanto no corporativo. O Itaú BBA espera crescimento sequencial, e dentro do esperado, de provisionamentos para pequenas e médias empresas, mas não tanto no segmento de large corporate (das grandes companhias).

Santander: margens devem seguir pressionadas

O Santander, como sempre, vai abrir a temporada de resultados dos grandes bancos listados na Bolsa. O balanço será divulgado nesta terça-feira (25) antes da abertura dos mercados. O consenso Refinitiv prevê lucro líquido de R$ 1,831 bilhão no primeiro trimestre de 2023 e receita de R$ 17,729 bilhões.

A XP espera um aumento de 11,6% na carteira de crédito do banco no primeiro trimestre de 2023, na comparação com um ano antes, e de 1,7% em relação ao quarto trimestre de 2022. Contudo, a casa projeta uma queda na margem financeira, de 10% em bases anuais.

“Esse desempenho se deve principalmente à menor receita de atividades de mercado”, afirmam os analistas. A taxa de inadimplência esperada pela XP para Santander é de 4,5%, 20 pontos-base acima da do quarto trimestre de 2022, “mas ainda em níveis controlados e com um índice de cobertura saudável”, de 202%. A casa prevê lucro líquido de R$ 2,1 bilhões (46% a menos que um ano antes, 27% a mais que no quarto trimestre) e ROE (Retorno sobre o Patrimônio) de 13,6%.

O Itaú BBA tem projeções mais pessimistas: lucro de R$ 1,916 bilhões, o que representaria uma queda anual de 52%, e ROE de 9,4%. De acordo com os analistas da casa, Santander está entre os bancos “a serem evitados”, junto com Bradesco e Banco Pan. Segundo eles, mesmo sendo negociados a valuations baixos, os resultados desses bancos podem servir como gatilho para projeções mais fracas nas estimativas de 2023.

O UBS BB prevê um resultado nebuloso para o banco. “Acreditamos que o banco poderá reforçar suas provisões para empréstimos corporativos, enquanto deve reverter algumas provisões legais e tributárias”, escreveram os analistas. Segundo eles, a carteira de crédito e a margem financeira com juros devem seguir pressionadas.

“A mudança de mix para produtos mais seguros pode pressionar sua margem com clientes, enquanto os resultados de trading e gestão de ativos poderão se manter negativos”, diz o relatório do UBS BB. Assim como o Itaú BBA, a casa prevê ROAE abaixo de dois dígitos, em 9,5%.

O Bradesco BBI acredita que as provisões para empréstimos inadimplentes do banco devam se manter estáveis em relação ao trimestre anterior, porém em níveis elevados, o que deve impactar os custos do Santander. A casa prevê lucro de R$ 1,2 bilhão para o banco no trimestre, descontando provisões para o caso Americanas.

Bradesco: custos com provisões seguem elevados

Depois do Santander, o próximo “bancão” a divulgar resultados será o Bradesco. O balanço do primeiro trimestre de 2023 será apresentado em 4 de maio, quinta-feira da semana que vem, após o fechamento da Bolsa. O consenso Refinitiv prevê lucro líquido de R$ 3,596 bilhões no período e receitas de R$ 29,764 bilhões.

A XP calcula que o lucro líquido recorrente do Bradesco no período seja de R$ 3,695 bilhões, praticamente em linha com a média de projeções do mercado. Caso se confirme, a cifra será 132% maior que a do trimestre passado, quando o banco resolveu provisionar toda sua exposição à Americanas, impactando fortemente o lucro. Contudo, o valor continua sendo 46% inferior ao registrado um ano antes.

Apesar de um aumento mais lento nas concessões corporativas, a XP acredita que a carteira de empréstimos do Bradesco vai crescer 9% em bases anuais e 1,9%, na comparação com o quarto trimestre. A expectativa é que o banco apresente margem financeira estável, sendo mais forte a parte de clientes do varejo. A taxa de inadimplência deve subir para 4,5%, segundo os analistas, mas desacelerando em comparação ao trimestre anterior. “Isso deve levar o banco a reportar um índice de cobertura próximo a 188%”, escreveram os analistas.

O UBS BB, por sua vez, acredita que o resultado deve continuar afetado pelo alto custo de provisões e resultados negativos na parte de trading. A casa prevê lucro de R$ 3,8 bilhões para o banco e um crescimento mínimo nos empréstimos, de apenas 1,3% na comparação com o trimestre anterior.

“Dado o problema de qualidade dos ativos do banco, a administração está tomando uma abordagem mais conservadora na originação de crédito; o crescimento de empréstimos podia ser ainda menor”, escreveram os analistas.

O Itaú BBA está bem abaixo do consenso nas previsões para o Bradesco no primeiro trimestre, projetando lucro de R$ 2,9 bilhões e ROE de 7%. A casa avalia que o resultado será impactado por receitas mais fracas e custos mais altos.

Itaú: crescimento menor de empréstimos e níveis saudáveis de inadimplência

O maior banco privado do país vai divulgar seus resultados no dia 8, início da segunda semana de maio. O consenso Refinitiv prevê um aumento no lucro líquido da instituição financeira, de R$ 7,67 bilhões, no quarto trimestre de 2022, para R$ 8,420 bilhões nos três primeiros meses deste ano. A receita esperada para o período é de R$ 37,616 bilhões.

“Esperamos que o Itaú Unibanco apresente outro trimestre de forte crescimento em sua carteira de crédito, impulsionado mais uma vez pelas linhas de crédito relacionadas ao consumo”, escreveram os analistas da XP. Ao final do ano passado, a carteira de crédito do banco estava em R$ 1,141 trilhão.

A XP acredita que o Itaú vai continuar mantendo nível saudável de inadimplência, com um aumento marginal para 3,6%. O índice de cobertura deve se manter estável em 219%. A margem financeira do banco deve avançar 19,5%, na comparação anual, impulsionada pelo aumento da carteira de crédito.

Por fim, a casa projeta lucro líquido recorrente de R$ 8,3 bilhões para o Itaú no período, cifra 13% maior que a de um ano antes e 9% superior a do quarto trimestre de 2022. O ROE, por sua vez, deve vir em 20%, com aumento de 60 pontos-base em termos anuais e de 10 pontos na comparação trimestral.

O Bradesco BBI espera um trimestre decente para o Itaú, mas sem surpresa. “Esperamos que a receita líquida de juros com clientes permaneça sólida, dada a remuneração de taxas de juros elevadas, enquanto os ganhos com trading devem continuar ligeiramente abaixo aos do trimestre anterior”, escreveram os analistas.

A casa também acredita que as provisões para empréstimos inadimplentes vão continuar se deteriorando, mas em ritmo menor que os concorrentes. Uma piora na qualidade do crédito corporativo tende a elevar os custos com provisões. O BBI prevê lucro líquido recorrente de R$ 8,5 bilhões para o Itaú e ROE de 20,7%.

O UBS BB vê chances do Itaú apresentar resultados melhores do que os de seus pares nesta temporada. A casa também acredita que o ROE do banco vai retornar ao patamar de 20%, após ter ficado em 19,3% no quarto trimestre de 2022, por conta do efeito das provisões com Americanas. O UBS BB vê ainda um um crescimento mínimo nos recursos provisionados para cobrir empréstimos com risco de inadimplência.

Contudo, a casa também acredita em um crescimento menor dos empréstimos, no ritmo de 1,4% na comparação trimestral e de 12,7% em bases anuais. Para o UBS BB, os empréstimos do Itaú poderiam continuar a desacelerar ao longo do ano. O guidance do banco para 2023 é de crescimento entre 6% e 9%. “O banco deve continuar reduzindo seu apetite de crédito em indivíduos de renda mais baixa, enquanto foca em clientes afluentes”, observam os analistas.

O UBS BB prevê ainda crescimento de 1,3% na margem financeira, comparada com o quarto trimestre de 2022, e menor receita com taxas, dado que os três primeiros meses do ano são normalmente mais fracos para os bancos, além da fraqueza no segmento de banco de investimento.

Como o Itaú provisionou R$ 1,3 bilhão para Americanas no quarto trimestre do ano passado, o UBS BB calcula que haverá uma contração de 6% nas despesas com provisões no primeiro tri de 2023. O ROAE previsto pela casa é de 19,9%.

Banco do Brasil: expectativa de crescimento saudável

O Banco do Brasil encerra a temporada de resultados dos “bancões”. O balanço do primeiro trimestre da instituição vai ser divulgado no dia 15 de maio. O consenso Refinitiv prevê lucro líquido de R$ 8,688 bilhões no período, abaixo dos R$ 9,04 bilhões do quarto trimestre de 2022, mas bem acima dos R$ 6,613 bilhões registrados um ano antes. Para as receitas, a média das projeções do mercado aponta para uma cifra de R$ 32,152 bilhões.

Os analistas do Santander esperam por mais um conjunto de resultados sólidos, beneficiado por um crescimento saudável dos empréstimos (de 12,7% em termos anuais) e melhora das margens.

“Esperamos que a agronegócio seja o principal destaque do trimestre, enquanto o banco reduz sua exposição a linhas de crédito mais arriscadas e aumenta spreads no segmento large corporate”, afirmam.

A queda no lucro em bases trimestrais deve ser explicada por eventos não-recorrentes que beneficiaram os números do quarto trimestre. Os analistas projetam lucro de R$ 8,494 bilhões para o período e ROE de 21,1%, abaixo dos 21,8% do trimestre anterior. As provisões são esperadas em R$ 5,186 bilhões, abaixo dos R$ 6,534 bilhões do quarto trimestre de 2022, mas 88% acima da cifra registrada um ano antes.

“Atualmente estimamos lucro líquido de R$ 35,6 bilhões em 2023, mas se as nossas expectativas para o primeiro trimestre se confirmarem, poderíamos revisar nossas projeções para cima”, escreveu a equipe de análise do Santander.

O Bradesco BBI acredita que as provisões para empréstimos inadimplentes continuarão se deteriorando, mas em nível menor do que em seus pares privados. A casa projeta despesas com provisões da ordem de R$ 5,5 bilhões. O lucro líquido previsto pelo BBI é de R$ 8,9 bilhões, “mas vemos um potencial baixista sobre nossa estimativa”, escreveram os analistas. O ROE esperado é de 23%.

A XP espera outro trimestre de forte crescimento na carteira de empréstimos do banco, em linha com o ponto médio do guidance do BB, impulsionado principalmente pelo crédito rural. Nos cálculos da casa, a margem financeira deve crescer 28% em bases anuais, mas sofrer uma retração de 9% na comparação trimestral. Com menos dias úteis no período, as operações de empréstimos tendem a ser mais modestas.

Ainda de acordo com a XP, o BB deve registrar um aumento ligeiro aumento, de 10 pontos-base, na inadimplência, que segue mais baixa do que a de seus pares e reflete o perfil defensivo da carteira do banco. Como resultado, o índice de cobertura deve permanecer alto, em 235%.

“Isso reforça a solidez de seu balanço e reduz o risco de um aumento abrupto de provisionamento que possa pressionar seus resultados no curto prazo”, diz o relatório da XP. Por fim, a casa prevê lucro líquido de R$ 8,1 bilhões e retorno sobre patrimônio líquido de 21%.

Fonte: Infomoney

Banco do Brasil vai pagar R$ 2,3 bilhões em dividendos e JCP em março

Publicado em: 17/02/2023


O Banco do Brasil (BBAS3) anunciou a distribuição de R$ 2,3 bilhões em dividendos e juros sobre o capital próprio (JCP) aos acionistas. O pagamento será feito no dia 3 de março de 2023, conforme anunciado na segunda-feira (13).
O montante, que é referente ao quarto trimestre de 2022, é calculado com base no balanço fechado em 31 de dezembro e representa um valor bruto por ação de R$ 0,80902319957 – dos quais R$ 0,23549139130 por ação são referentes aos dividendos, e R$ 0,57353180827 por ação, ao JCP complementar.

Os valores pagos serão atualizados, pela taxa Selic, da data do balanço (31 de dezembro) até a data do pagamento, destacou a companhia. Até segunda (13), a correção correspondia a um valor total de R$ 0,82185820218 por ação.
As ações do Banco do Brasil serão negociadas “ex-dividendos” a partir do dia 24 de fevereiro. Isso significa que para receber os dividendos, é preciso que o investidor tenha posição nas ações do banco até o fechamento do pregão do dia 23.

Balanço do 4º trimestre

O anúncio de proventos veio junto com a divulgação de resultados do banco referentes ao quarto trimestre de 2022. No período, o banco reportou lucro líquido ajustado de R$ 31,8 bilhões, um crescimento anual de 51,3%, com um ROE (retorno sobre o patrimônio) de 21,1%.

Somente nos últimos três meses de 2022, o lucro somou R$ 9 bilhões, aumento de 52,4% em 12 meses, renovando recorde de geração de resultados trimestrais, com o ROE trimestral de 23%.

Em comunicado, o BB atribuiu o resultado ao “crescimento da carteira de crédito, com inadimplência controlada, no fortalecimento da geração e diversificação de receitas e na disciplina na gestão de custos”.

O BB informou ainda que distribuiu aos seus acionistas R$ 11,8 bilhões em dividendos e juros sobre capital próprio referentes ao resultado de 2022, equivalente a um payout de 40%.

Em dezembro, o Banco do Brasil distribuiu R$ 986 milhões sob a forma de JCP.

Fonte: Bloomberg Línea

 

 

BB atinge maior lucro nominal para um trimestre entre bancos listados na bolsa

Publicado em:


Com ganho de R$ 8,627 bilhões no quarto trimestre de 2022, o Banco do Brasil registrou o maior lucro líquido nominal para um trimestre entre bancos listados na B3, a bolsa de valores brasileira.

O lucro contábil do BB superou o maior resultado até então, do próprio banco, que somou ganho de R$ 8,099 bilhões no terceiro trimestre de 2022. Na sequência, está o Itaú, com lucro de R$ 7,879 bilhões no mesmo período, segundo levantamento feito por Einar Rivero, do TradeMap.

O lucro líquido do Banco do Brasil no quarto trimestre de 2022 foi divulgado pela instituição nesta segunda-feira (13). O resultado positivo ocorre apesar do ‘efeito Americanas’, que impactou negativamente os balanços de grandes bancos do país.

O Bradesco, por exemplo, registrou lucro líquido contábil de R$ 1,437 bilhões no período, o pior resultado trimestral desde o terceiro trimestre de 2006. O banco é um dos credores da varejista, que anunciou no mês passado um rombo contábil de R$ 20 bilhões e, dias depois, entrou em recuperação judicial.

O caso Americanas também impactou as operações do Banco do Brasil, que fez uma reserva adicional para calotes, de R$ 788 milhões, correspondente a 50% do crédito tomado pela empresa.

Já o Itaú, apesar do resultado pressionado pelo efeito Americanas, atingiu no quarto trimestre de 2022 um lucro de R$ 7,356 bilhões, o décimo maior entre os bancos listados na B3, segundo o levantamento do TradeMap.

Fonte: Portal G1

Banco do Brasil e Itaú devem repetir bons números no quarto trimestre

Publicado em: 03/02/2023


Os resultados dos grandes bancos listados na Bolsa brasileira, referentes ao período entre outubro e dezembro de 2022, vão reforçar tendências vistas no trimestre anterior, de acordo com os analistas. De maneira geral, as receitas das instituições financeiras devem continuar crescendo, impulsionadas pelas taxas de juros, que seguem elevadas e continuarão assim por mais tempo. Por outro lado, o mercado vai estar de olho nas provisões para empréstimos inadimplentes dos “bancões”, sobretudo após a recuperação judicial das Americanas (AMER3).

A equipe de análise da XP acredita que os bancos tenham se mantido resilientes no quarto trimestre de 2022 e espera sólido crescimento de carteira, com um aumento apenas marginal da inadimplência. As preferências da XP no setor são Itaú (ITUB4) e Banco de Brasil (BBAS3) e, segundo a casa, ambas as instituições financeiras devem ser destaques positivos na temporada.

“Incrementos marginais na inadimplência dos bancos devem ter um impacto assimétrico nos resultados do 4T22, com um impacto menor no Itaú e no Banco do Brasil, devido ao portfólio mais defensivo das suas carteira, e índices de cobertura mais elevados em comparação aos pares”, escreveram os analistas Renan Manda e Matheus Guimarães.

Assim sendo, a previsão é que Itaú e BB continuem liderando o segmento em termos de rentabilidade, “apresentando impactos apenas marginais, em decorrência do ambiente desafiador em seu ROE”.

Eles também acreditam que a margem com mercado de Bradesco (BBDC3;BBDC4) e Santander deve se manter pressionada pelas altas taxas de juros no longo prazo – efeito que deve perdurar pelos próximos trimestres.

O UBS BB, em relatório assinado pelas analistas Thiago Batista e Olavo Arthuzo, afirma esperar que a qualidade de crédito dos bancos continue se deteriorando no quarto trimestre. “Mas agora, a qualidade do segmento corporativo estará no radar”, afirma a equipe de análise.

O banco observa que a taxa de inadimplência de empréstimos para grandes corporações está no menor nível histórico, mas há diversos sinais de que os ventos favoráveis ao segmento estão acabando.

“A combinação de juros altos (por um longo período) e uma expansão modesta do PIB deve levar a mais eventos negativos nos próximos trimestres”, escreveram Batista e Arthuzo. Eles citam a recuperação judicial de Americanas como um dos maiores exemplos, mas os empréstimos vencidos das grandes empresas também devem aumentar daqui para frente.

Os analistas do UBS BB não descartam que os grandes bancos possam lançar despesas com provisões referentes a Americanas já nos balanços do quarto trimestre de 2022, mesmo o evento tendo ocorrido em janeiro deste ano.

Os analistas da Moody’s também acreditam que os balanços dos bancos sejam enfraquecidos pelas provisões relacionadas à varejista, tanto os do quarto trimestre de 2022 quanto os do primeiro trimestre de 2023.

“Dada a materialidade deste caso, os bancos provavelmente incorporarão provisões iniciais para Americanas nas demonstrações financeiras do quarto trimestre de 2022”, escreveram.

“Acreditamos que esse seja um tema para 2023, mas não seria uma surpresa para nós se alguns bancos começassem a provisioná-lo já no 4T22”, diz o JP Morgan em relatório.

Em relação ao crédito para pequenas e médias empresas, a inadimplência segue bem abaixo da média, mas uma deterioração no futuro não deve ser descartada, segundo o UBS BB.

“Observa-se que, apesar do nível incomumente baixo de inadimplência corporativa, os bancos mantiveram um nível decente de provisões, já que empréstimos de alto risco se mantiveram em níveis elevados”, escreveram os analistas.

De acordo com o UBS BB, caso a taxa de inadimplência das grandes corporações volte às médias históricas, os bancos teriam de provisionar 100% desses empréstimos – nesse caso, as instituições financeiras precisariam provisionar R$ 7,3 bilhões. Se a inadimplência chegar às máximas históricas, os bancos teriam de provisionar mais de R$ 20 bilhões, nos cálculos dos analistas do UBS BB.

O Bradesco BBI acredita que os resultados dos bancos no quarto trimestre apresentem tendências semelhantes às vistas no terceiro – crescimento sólido da receita com juros, enquanto as provisões devem continuar aumentando, diante da deterioração do portfólio de empréstimos pessoais. O banco não incluiu o impacto da exposição às Americanas em suas estimativas.

O BBI também espera que os bancos apresentem projeções conservadoras para 2023, sobretudo em termos de crescimento de lucro. Para a equipe do analista Gustavo Schroden, a qualidade dos ativos continua sendo um risco para este ano, tanto na parte de empréstimos individuais quanto crédito corporativo. A perspectiva de desaceleração da economia também deve ser embutida no guidance das instituições financeiras.

De maneira geral, o BBI acredita que haverá uma desaceleração, sobretudo, em empréstimos pessoais e cartões de crédito. Um mix mais conservador deve ofuscar parte das receitas esperadas com juros ainda em patamares elevados. E as provisões para inadimplência tendem a crescer em uma velocidade maior que a da carteira de empréstimos em si. Investimentos em tecnologia e salários mais altos, por outro lado, devem aumentar custos operacionais das instituições financeiras este ano.

Veja a seguir, o que os analistas esperam para os resultados Banco do Brasil referentes ao quarto trimestre de 2022.

Banco do Brasil: receita com juros deve impulsionar lucros

O BB será o último entre os grandes bancos a divulgar resultados referentes ao quarto trimestre de 2022. O balanço vai ser apresentado no próximo dia 13 de fevereiro, após o fechamento dos mercados. O consenso Refinitiv aponta para lucro líquido de R$ 8,073 bilhões, alta de 36,13% na comparação com o mesmo período do ano passado.

Nas previsões da XP, a carteira do crédito do banco deve apresentar forte crescimento, impulsionado pelo crédito rural, que ultrapassou R$ 300 bilhões.

A XP projeta lucro líquido recorrente de R$ 8,2 bilhões no trimestre, uma alta de 53% em bases anuais e de 1% na comparação trimestral. O retorno sobre patrimônio líquido do banco (ROE), que terminou o terceiro trimestre em 19%, deve alcançar os 20% ao final do quarto tri. Um ano antes, o ROE estava em 15%.

Nos cálculos da casa, a margem financeira bruta (NII) do Banco do Brasil deve alcançar R$ 19,813 bilhões no quarto trimestre, alta de 34% na comparação com um antes e de 1% frente ao terceiro tri. O número tende a ser impulsionado por spreads e resultados de tesouraria mais fortes.

A XP também espera um aumento de 12% nas receitas com serviços, em bases anuais, para R$ 8,760 bilhões.

Sobre a taxa de inadimplência, a XP prevê um aumento marginal de 16 pontos-base para 2,5%, “ainda sendo a menor entre seus pares, refletindo o perfil defensivo de sua carteira”. Apesar do aumento da inadimplência, os analistas da casa preveem um aumento no índice de cobertura para 240%.

“Este nível de cobertura saudável reforça a solidez de seu balanço e o baixo risco de um aumento abrupto do provisionamento pressionando seus resultados no curto prazo”, escreveram Manda e Guimarães.

O Bradesco BBI acredita que o lucro do BB no quarto trimestre será amparado por um forte crescimento nas receitas com juros.

“O Banco do Brasil deve apresentar mais um um conjunto de resultados sólidos, apoiado pelo forte crescimento das receitas com juros, enquanto as provisões devem se manter relativamente estáveis, ainda que a inadimplência continua se deteriorando pelo lado dos empréstimos pessoais”, escreveram os analistas.

As receitas com juros estimadas pelo BBI para o Banco do Brasil estão em R$ 19,660 bilhões no quarto trimestre. Já as provisões, em R$ 5,108 bilhões. O lucro líquido recorrente, nos cálculos dos analistas, cresceram de R$ 5,930 bilhões no terceiro trimestre para R$ 7,882 bilhões no quarto. O ROAE deve ficar em 20,1%.

Fonte: Infomoney

Sindicato dos Bancários reivindica antecipação do pagamento da PLR

Publicado em:


O Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região enviou ofício para todos os bancos reivindicando que antecipem o pagamento da Participação nos Lucros e Resultados (PLR).

A Convenção Coletiva de Trabalho determina que os bancos privados têm até 1º de março para fazer o pagamento.

Já para os bancos públicos, os prazos para pagamento da PLR são outros, previstos em acordos específicos. No caso da Caixa, o banco tem até 31 de março para fazer o crédito. Já em relação ao Banco do Brasil, o prazo previsto no acordo específico é em “até dez dias úteis após a data de distribuição dos dividendos ou JCP-Juros sobre Capital Próprio aos acionistas”.

Entretanto, todos os anos o Sindicato reivindica que o pagamento da PLR seja antecipado, e muitas instituições financeiras assim o fazem.

“Sabemos que no início do ano, nos meses de janeiro e fevereiro, os trabalhadores precisam lidar com despesas extras como matrícula e material escolar dos filhos, IPVA, IPTU, entre outras. Portanto, o adiantamento do crédito da PLR, assim que fechado o balanço de cada banco, significa um reforço importante no orçamento familiar dos bancários. Por isso, o Sindicato, sensível aos anseios e necessidades da categoria, reivindicou em ofício o adiantamento da PLR”, diz Neiva Ribeiro, secretária-geral do Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região

O valor que os bancários receberão é a segunda parcela da PLR 2022, descontado o valor pago como antecipação em setembro do ano passado. Com os balanços dos bancos no ano de 2022 sendo fechados e os resultados consolidados, cada instituição financeira já poderá calcular a PLR e realizar o crédito aos trabalhadores.

Fonte: Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região