Márcio de Souza é cotado para substituir Fukunaga na presidência da Previ

Publicado em: 04/04/2025

O governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) planeja trocar João Fukunaga da presidência da Previ, o fundo de pensão dos empregados do Banco do Brasil (BB) e maior entidade fechada de previdência complementar da América Latina, com patrimônio de R$ 274,3 bilhões.

Segundo técnicos que acompanham as discussões ouvidos pela EXAME, os resultados da gestão de Fukunaga “deixaram a desejar”, diante do resultado negativo no ano passado. O fundo de pensão dos empregados do BB registrou em 2024 um déficit de R$ 17,6 bilhões. Em 2023, a entidade registrou um superávit de R$ 14,5 bilhões. No resultado acumulado, o saldo final do ano passado foi um déficit de R$ 3,16 bilhões.

O mais cotado para ocupar o cargo, afirmaram os técnicos do governo, é Márcio de Souza, atual diretor de Administração. Souza é formado em Direito, ingressou no BB em 1981 e, desde 2004, trabalha na Previ.

No fundo de pensão, ele atuou na Gerência de Administração de Benefícios como gerente executivo. Liderou a área que desenvolveu e implantou o sistema de concessão de benefícios e rendas do Previ Futuro.

Ele também coordenou o grupo de trabalho que reformou o estatuto da entidade fechada de previdência complementar, que voltou a prever a eleição direta para diretor e criou os conselhos consultivos por plano.

O executivo também passou a ocupar, desde janeiro de 2025, a presidência do conselho deliberativo da Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar (Abrapp).

Previ na mira do TCU

O resultado negativo da Previ no ano passado chamou a atenção do Tribunal de Contas da União (TCU), que decidiu instaurar uma auditoria, em fevereiro de 2025, para avaliar os motivos do déficit atuarial registrado em 2024.

Segundo a Previ, em 2024 houve uma oscilação normal de mercado, que refletiu nos resultados do Plano 1 e do Previ Futuro. “Alguns dos principais ativos, como a Vale, tiveram seu valor bastante depreciado ao longo do ano, representando um grande volume desse resultado. Ativos de renda fixa que estão marcados a mercado também oscilaram no período”, informou o fundo de pensão, em publicação para os participantes no seu site.

Em vídeo divulgado no site na mesma data em que o TCU decidiu pela auditoria, Souza foi escalado pela diretoria do fundo pensão para explicar aos participantes que não há um rombo na Previ.

“Como eu disse, não existe prejuízo. O termo técnico em um fundo de pensão para um desequilíbrio entre ativos e passivos é déficit ou superávit. Essa é uma medida que mostra se um plano tem, em uma determinada data, recursos suficientes para honrar todos os seus compromissos futuros”, afirmou, em um dos trechos.

Fonte: Exame

Lula quer troca no comando da Previ e tem diretor de Participações como favorito

Publicado em: 30/03/2025

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva se movimenta para destituir João Luiz Fukunaga da presidência da Previ, fundo de pensão do Banco do Brasil, e já tem um favorito para substituí-lo: o diretor de Participações da entidade, Márcio Chiumento. A troca tem sido aventada após uma série de polêmicas desde a nomeação de Fukunaga, um sindicalista ligado ao PT e cuja capacidade técnica é questionada pelo Tribunal de Contas da União (TCU). Procurada, a Previ não se manifestou até a publicação da reportagem.

Conforme revelou o Estadão, a Previ, que administra um patrimônio de mais de R$ 270 bilhões, flexibilizou os critérios para a seleção de conselheiros das empresas em que investe.

Desde o ano passado, os editais deixaram de dar vantagem a pessoas com formação em áreas específicas, como economia, direito e administração. Também equiparou experiências no comando de sindicatos e associações a passagens por cargos de alta gestão em empresas.

O fundo diz que mudanças seguem tendência de mercado e visam aumentar participação de grupos “historicamente subrepresentados”.

Também afirma que sindicalistas indicados atestaram capacidade técnica e já haviam ocupados cargos em conselhos de empresas e na Previ.

Sobre a auditoria do TCU em relação à gestão da Previ, Fukunaga diz ser um “movimento orquestrado”.

Tais mudanças culminaram na nomeação de sindicalistas para algumas das maiores empresas do País, como Vale, Gerdau e Neonergia. Soma-se a isso uma auditoria em curso no tribunal de Contas da União que apura os motivos da perda de R$ 17,5 bilhões no Plano 1 da Previ, que contempla os participantes mais antigos, na sua maioria já aposentados, e que está em fase de desembolso para o pagamento de aposentadorias.

Associados da Previ receberam uma carta nos últimos dias em que a gestão da entidade rechaça a possibilidade de interrupção dos pagamentos ou de contribuições extraordinárias para amenizar os prejuízos. A entidade tem um histórico de nunca ter feito cobranças adicionais a seus mantenedores, o que a diferencia de outros fundos de pensão, como a Petros, e a Funcef, ligadas à Petrobrás e Caixa, respectivamente.

O documento ainda diz que a Previ foi alvo de “uma campanha de desinformação sem precedentes”, que teria sido iniciada após o ministro do TCU Walton Alencar citar uma perda de R$ 14 bilhões no fundo e expressar “gravíssimas preocupações” com a situação financeira da entidade.

Fonte: IstoÉ Dinheiro

Lula pede ajuda ao Banco do Brasil para fomentar crédito

Publicado em: 27/03/2024

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu ao Banco do Brasil que se junte aos esforços do governo para impulsionar o crescimento econômico por meio do fomento das linhas de crédito, disse a CEO do Banco do Brasil, Tarciana Medeiros.

O pedido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva não significa que o banco assumirá riscos excessivos ou colocará em risco suas orientações ou protocolos de governança, disse ela em entrevista na terça-feira no evento Bloomberg New Voices em São Paulo.

“O presidente nos pediu para garantir que o crédito chegue a todos os brasileiros”, disse Tarciana, 45 anos, à Bloomberg. Mas Lula também disse que “nenhum banco público deve realizar operações que resultem em perdas”, afirma ela.

O banco estatal buscará mercados onde vê potencial, como home equity, crédito consignado para aposentados do INSS e médias e pequenas empresas, ao mesmo tempo em que focará em seus clientes tradicionais do agronegócio, segundo ela.

As perspectivas de crescimento enfrentam um momento mais difícil depois de safras recordes nos anos anteriores. A safra do ano passado deprimiu os preços das exportações brasileiras e fez com que agricultores corressem o risco de perder as suas terras para os credores. Ao mesmo tempo, a economia ficou estagnada durante os últimos dois trimestres, sinalizando que a dinâmica da atividade perdeu força.

A desaceleração da economia levanta questões sobre se o presidente exercerá maior pressão sobre outras empresas estatais, ou mesmo sobre o Banco Central e o Ministério da Fazenda.

De seu lado, Tarciana afirma que a melhor forma de responder às preocupações sobre a intervenção governamental é continuar a apresentar “resultados robustos”. Ainda assim, o mercado aplica um desconto que ela considera “injusto” sobre as ações do Banco do Brasil, devido ao receio dos investidores.

“Temos uma boa prática bancária”, disse ela na terça-feira, em resposta a uma pergunta sobre se bancos públicos como o dela seriam usados para distribuir crédito mais barato. “Não concedemos crédito que não seja bom para o banco. Então não vejo esse risco, no banco a gente não enfrenta essa questão, a gente tem autonomia de gestão.”

O Banco do Brasil também busca captar recursos externos para sua estratégia ESG. O banco emitiu US$ 750 milhões em notas ESG no início deste mês. “Podemos esperar mais emissões ESG”, disse ela antes do painel, acrescentando que o banco viu mais demanda por esses papéis do que o esperado.

Fonte: Invest News

Gestores que apostaram em impacto negativo de Lula no BB perderam rali de 76%

Publicado em: 22/02/2024

O Banco do Brasil (BBAS3) deu aos acionistas um retorno de 76% no ano passado, provando que os investidores estavam errados em suas apostas de que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva poderia prejudicar o desempenho do segundo maior banco do país ao usá-lo para estimular a economia.

O BB foi o banco com melhor desempenho no Ibovespa (IBOV) em 2023, com um retorno total cerca de 30 pontos percentuais superior ao do Itaú Unibanco, o maior banco do país em ativos. A disparidade de desempenho deverá continuar neste ano, segundo analistas.

“O mercado penaliza demais o Banco do Brasil, sendo que o banco tem uma boa entrega de resultados e um retorno sobre o capital muito parecido com o de um banco privado de primeira linha”, disse Ricardo Peretti, estrategista de ações da Santander Corretora, em entrevista à Bloomberg News.

Durante sua campanha eleitoral, Lula prometeu combater a pobreza e trazer de volta a prosperidade que a maior economia da América Latina teve quando esteve na presidência do país no início do século.

Isso gerou temores entre os investidores de que o BB, com R$ 2,2 trilhões em ativos, pudesse ser utilizado para financiar muitos programas sociais e oferecer empréstimos subsidiados em excesso.

Até o momento, esses temores não se concretizaram.

Em 2023, o primeiro ano do terceiro mandato de Lula, o valor de mercado do Banco do Brasil aumentou R$ 59 bilhões, em grande parte pelo fato de ser o maior financiador do agronegócio.

“Nós encerramos o ano de 2023 com uma clara demonstração de que o mercado está começando a dar maior atenção ao valor do Banco do Brasil”, disse Geovanne Tobias, vice-presidente de gestão financeira e de relação com investidores do Banco do Brasil, em comunicado.

Tobias negou uma possível interferência política no banco e apontou que o avanço das ações foi resultado da ampla exposição ao setor agrícola e de apoio ao setor público.

O boom agrícola do ano passado ajudou a aumentar os lucros e a diminuir a inadimplência do banco, enquanto as altas taxas de juros de dois dígitos ajudaram a impulsionar a carteira de crédito.

O Banco do Brasil divulgou lucro líquido ajustado e retorno sobre o capital que superaram as estimativas no quarto trimestre. E, em fevereiro, o conselho da estatal aumentou o percentual de lucros a serem distribuídos aos acionistas neste ano, de 40% para 45%.

Mas é pouco provável que o impulso do setor agrícola continue. É esperada uma desaceleração no setor, assim como na economia brasileira como um todo. Isso levantou preocupações dentro do Banco do Brasil de que o preço de suas ações pudesse sofrer algum impacto, segundo pessoas familiarizadas com o assunto que pediram para não serem identificadas.

A carteira de crédito para o agronegócio do Banco do Brasil está distribuída em todos os estados e regiões e não há concentração em culturas específicas, disse o banco em comunicado, acrescentando que os impactos tendem a ser variados, mas sem influenciar significativamente a carteira como um todo.

A perspectiva de um crescimento econômico mais fraco também alimenta receios persistentes de alguma interferência política no banco.

Durante o governo da presidente Dilma Rousseff, o Banco do Brasil forneceu bilhões de reais em créditos adicionais para pessoas físicas e pequenas empresas, o que contribuiu para o aumento da inadimplência e para queda das ações do banco, segundo analistas.

Mesmo assim, alguns analistas consideram que, ao servir como um importante fornecedor de crédito para a agricultura, o banco tem um amortecedor contra o impacto de uma economia mais fraca, devido à taxa de inadimplência baixa do setor.

“O Banco do Brasil tem uma carteira contracíclica”, disse Wesley Okada, chefe de análise de renda variável na gestora Ace Capital. “Quando o mercado está muito ruim, o banco tende a ir bem por causa da sua participação no rural.”

Gestoras, incluindo Legacy Capital e AZ Quest, mantiveram suas posições compradas – que apostam na valorização do ativo – após o rali, dizendo que as ações do banco podem subir em 2024 devido à sua exposição de crédito ao setor agrícola e seu retorno sobre o capital acima dos pares.

Agora que o Banco Central começou a reduzir juros, alguns analistas consideram que o Banco do Brasil – assim como todo o sistema bancário – se beneficiará ainda mais com a baixa inadimplência decorrente das taxas menores.

Com a flexibilização monetária em andamento, “a inadimplência das famílias diminui e a rentabilidade dos pagamentos melhora”, disse Murilo Marchioni, analista da AZ Quest.

Fonte: Bloomberg Línea

Senador Alcolumbre quer indicar comando do Banco do Brasil

Publicado em: 23/11/2023

O senador Davi Alcolumbre (União-AP) cobrou do Palácio do Planalto reciprocidade de tratamento para ter no governo Lula o mesmo espaço de indicações políticas que foi cedido ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). Segundo interlocutores, Alcolumbre avisou o cargo desejado: o comando do Banco do Brasil. A Coluna fez contato com a assessoria do senador, mas não obteve resposta.

O parlamentar amapaense, que é fortemente ligado ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), tem avaliado que Lira foi privilegiado ao indicar o presidente da Caixa Econômica Federal. Nos bastidores, diz ser um cargo que vale por três. Por isso, também quer por um apadrinhado em instituição financeira, apesar de saber que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva não cogita a substituição de Tarciana Medeiros, que atualmente preside o BB.

No banco, a vaga que ainda é alvo de ampla disputa é a diretoria jurídica. Mas Tarciana também tem nome de confiança no cargo e vários partidos já pediram o posto.

Uma preocupação no Planalto é que Davi Alcolumbre preside a Comissão de Constituição e Justiça do Senado (CCJ), onde serão feitas as sabatinas dos indicados do presidente para as vagas de procurador-geral da República e para ministro do Supremo Tribunal Federal.

Lula decidiu, então, contemplar Alcolumbre com outras indicações. Incluiu na lista de novos integrantes do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) o consultor legislativo do Senado Carlos Jacques, nome apadrinhado pelo senador. E para a PGR, a escolha de Paulo Gonet também significa vitória do parlamentar. A questão é se ele ficará satisfeito.

Davi Alcolumbre conseguiu emplacar três ministros na atual gestão: Juscelino Filho (Comunicações), Celso Sabino (Turismo) e Waldez Góes (Integração).

Já Arthur Lira conseguiu, além da presidência da Caixa, apadrinhar os ministros do Esporte, André Fufuca, e dos Portos, Silvio Costa Filho.

Fonte: Estadão

Lula quer mulheres no comando da Caixa Econômica e do Banco do Brasil

Publicado em: 08/12/2022


Os nomes podem ainda não estar fechados, mas Lula já tem dividido com aliados próximos o perfil que deseja no comando do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal: mulheres.

A Caixa e o BB são as duas maiores instituições financeiras públicas e funcionam como instrumento central para viabilizar políticas sociais, como o pagamento do Bolsa Família e o financiamento imobiliário.

O plano também é visto como uma forma de o governo eleito aumentar a participação feminina em cargos de peso.

Fonte: O Globo

Lula pode até tentar, mas não deve conseguir “enquadrar” o BB

Publicado em:


Com resultados de fazer inveja aos bancos privados neste ano, o Banco do Brasil (BBAS3) desperta apenas uma grande preocupação dos analistas: a troca de governo.

Isto porque o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, disse durante a sua campanha eleitoral que iria “enquadrar” o Banco do Brasil. O petista defende que os bancos públicos reduzam a margem de lucro. Porém, isso não parece ser uma grande preocupação para a equipe de relações com investidores do banco, com quem analistas do Goldman Sachs conversaram.

Os executivos da estatal ressaltam que o banco está blindado de qualquer possível interferência e revelaram o que pode ‘salvar’ o BB de uma possível interferência petista. E nós damos detalhes sobre isso em uma publicação na nossa página do Instagram (veja logo abaixo do anúncio e clique aqui para nos seguir).

Aproveite para nos seguir por lá (basta clicar aqui). Assim, você recebe diariamente alertas com insights de investimentos que podem colocar uma boa grana no seu bolso, análises de mercado decisivas, além da opinião dos principais analistas e gestores do país consultados pelos nossos repórteres especiais.

Fonte: Seu Dinheiro

Banco do Brasil está ‘blindado’ contra interferência de Lula?

Publicado em: 02/12/2022


Com resultados de fazer inveja aos bancos privados neste ano, o Banco do Brasil (BBAS3) desperta apenas uma grande preocupação nos analistas: a troca de governo.

Isto porque o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, disse durante a sua campanha eleitoral que iria “enquadrar” o Banco do Brasil. O petista defende que os bancos públicos reduzam a margem de lucro.

A equipe de relações com investidores do banco, no entanto, tenta tranquilizar os acionistas. Os analistas do Goldman Sachs fizeram um roadshow com o time do BB na Europa e ouviram dos gerentes Ronal Mascarello e Marcelo Alexandre que o banco conta com mecanismos para mitigar possíveis interferências na gestão.

“A companhia destacou que seus estatutos e plano estratégico são desenhados para suportar quaisquer potenciais mudanças nas posições da diretoria, que ainda são incertas para 2023”, disse o Goldman Sachs em relatório.

Ao que parece, a mensagem que a equipe de RI do BB tentou passar ao Goldman Sachs estava alinhada com o discurso da diretoria executiva durante a entrevista coletiva que aconteceu após a divulgação dos resultados do terceiro trimestre no começo do mês.

Naquela ocasião, o presidente do Banco do Brasil, Fausto Ribeiro, enfatizou os pilares de governança corporativa e o sistema de pesos e contrapesos desenhado ao longo dos últimos anos.

“As decisões são todas colegiadas, temos processos internos bem construídos, com arcabouço normativo muito bem feito”, afirmou na data.

O governo federal tem a prerrogativa de indicar o CEO do Banco do Brasil, mas é obrigado a seguir alguns critérios, como tempo de experiência e ausência de laços com partidos políticos ou sindicatos.

Inadimplência sob controle

No terceiro trimestre, o Banco do Brasil observou uma deterioração da inadimplência que já era esperada e veio em níveis bem mais comportados que alguns de seus pares privados. O índice de atrasos acima de 90 dias na carteira do banco subiu de 2% para 2,34% no trimestre.

O aumento da inadimplência em todos os bancos está concentrado nas pessoas físicas, com destaque para cartões de crédito e empréstimos pessoais. De olho nisso, o Banco do Brasil reduziu as taxas de aprovação de cartões de crédito de cerca de 30% para uma faixa entre 7-10%, o que ajudou a melhorar os índices.

O Goldman Sachs informou que o BB acredita já ter atingido o pico na inadimplência dos cartões de crédito, enquanto o índice geral de inadimplência deve se estabilizar no primeiro semestre do ano que vem.

Banco do Brasil é compra

Com essas indicações de governança, o Goldman Sachs está confortável em manter a recomendação de compra das ações do Banco do Brasil.

“Nós vemos o Banco do Brasil entrando em 2023 em muito melhor forma”, escreveram os analistas.

O preço-alvo para os papéis em 12 meses é de R$ 48, o que significa um potencial de alta de 40% em relação ao preço de fechamento de sexta-feira (25). Hoje (28), a ação opera em alta no Ibovespa.

Fonte: Seu Dinheiro

 

Lula não deve conseguir mexer no lucro do Banco do Brasil até 2024

Publicado em: 16/11/2022


O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva não deve conseguir mexer no lucro do Banco do Brasil em 2023, seu primeiro ano de governo. A avaliação é do Itaú BBA. Independentemente das mudanças que o novo governo fizer nas políticas do banco público, os efeitos de tais alterações só devem ser sentidos nos números do BB em 2024.

“Estamos confortáveis projetando um crescimento de 13% nos lucros do Banco do Brasil em 2023. Levaria algum tempo até que qualquer mudança de direção tivesse um impacto visível nos lucros. O risco negativo é a materialização dos temores da política de crédito, atingindo seus múltiplos e projeções de lucros para 2024 em diante”, escrevem os analistas do Itaú BBA em relatório enviado a clientes.

Os resultados trimestrais do Banco do Brasil surpreenderam positivamente o mercado financeiro. O banco lucrou 8,36 bilhões de reais no terceiro trimestre, número acima dos 7,3 bilhões de reais projetados pelo consenso Refinitiv e que representa um aumento de 62% frente ao mesmo período de 2021. Apesar do aumento da inadimplência e das provisões, o índice de inadimplência permanece em níveis baixos (2,8%) e o índice de cobertura permanece saudável.

A carteira de empréstimos mais conservadora do banco com um mix maior em crédito consignado e rural evitou grandes surpresas. “O BB reportou de longe o melhor conjunto de resultados dentro de nossa grande cobertura bancária nesta temporada”, afirma o Itáu BBA. Os papéis do banco, contudo, fecharam em queda de 2% na quinta-feira, 10, pressionados pelo discurso do presidente eleito Lula.

Em sua prestigiada estreia na COP27, a Conferência do Clima da ONU, o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva não se limitou a falar sobre questões ambientais e defendeu mudanças no Conselho de Segurança das Nações Unidas. O colegiado, constituído após a Segunda Guerra Mundial, é responsável por, entre outras atribuições, autorizar intervenções militares. Atualmente, é formado por Estados Unidos, Rússia, Reino Unido, França e China. “O mundo não é o mesmo de 1945. A ONU precisa avançar (…). O mundo mudou, os países mudaram, os países querem participar mais, os continentes querem estar representados”, disse Lula.

O presidente eleito se comprometeu, ainda, a combater o desmatamento, classificou a gestão ambiental de Jair Bolsonaro de “desastrosa” e fez um pedido para que a COP30 seja realizada em terras brasileiras, na Amazônia.

Fonte: Veja

 

Transição do Banco do Brasil será comandada por presidente do banco

Publicado em: 07/11/2022


O presidente do Banco do Brasil (BBAS3), Fausto Ribeiro, deve ser o principal contato na instituição com o governo de transição, que começa nesta quinta, 3, segundo apurou o Estadão/Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado. Ribeiro foi o primeiro dirigente de uma instituição pública do governo Bolsonaro a falar sobre a transição. “Como integrante da administração pública o BB sempre cumpriu com a legislação que estabelece as regras de transição entre governos. O BB mantém sua postura de prestar neste momento todas as informações que forem solicitadas”, afirmou em curta declaração divulgada pelo banco.

O executivo ficará responsável por receber as demandas da administração atual e da equipe do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A questão foi definida em reunião na terça-feira, de acordo com fontes que pediram anonimato.

Além do nome de Ribeiro, foram definidos outros executivos do banco que também vão auxiliar no processo. Um deles é o do vice-presidente corporativo, Ênio Ferreira, disseram fontes. Será o responsável pela cessão e pela organização do Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB). O banco já recebeu o pedido de uso do espaço.

O BB prepara uma apresentação inicial com números do banco para atualizar o governo eleito sobre o panorama atual da instituição. Essa responsabilidade deve ficar com a Diretoria de Estratégia e Organização, chefiada por Paulo Guimarães, afirmou outra fonte.

No mercado, há dúvidas quanto à postura que Lula terá em relação aos bancos públicos, o que se refletiu nas ações do BB após o segundo turno. No dia seguinte ao pleito, o banco perdeu mais de R$ 5 bilhões em valor de mercado na B3. Procurado, o BB não se pronunciou sobre o assunto.

Fonte: Infomoney

Banco do Brasil vira foguete e salta quase 10% na semana com ‘fator Bolsonaro’

Publicado em: 24/10/2022


O Banco do Brasil (BBAS3) subiu forte na sessão desta quinta-feira (20) com os mercados repercutindo a disputada mais acirrada entre Jair Bolsonaro (PL) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A ação fechou a R$ 43,60, alta de 4,68%. Nos últimos cinco pregões, a ação disparou 9,93%.

O papel é apontado como um dos que ganham com a eleição de Bolsonaro, já que os mercados alimentam uma esperança de privatização da companhia.

O ex-presidente Lula manteve 49% das intenções de voto no segundo turno da disputa pelo Palácio do Planalto, enquanto o presidente Bolsonaro oscilou 1 ponto para cima e foi a 45%, apontou o Datafolha.

Como a pesquisa tem margem de erro de 2 pontos percentuais, a diferença entre os candidatos está no limite da margem de erro, apontou o levantamento divulgado na véspera, após o fechamento da bolsa.

No tópico rejeição, 50% disseram que não votariam em Bolsonaro de jeito nenhum, ante 51% na pesquisa anterior, e 46% disseram o mesmo sobre Lula, mesmo patamar anterior.

Para estrategistas do Citi, a pesquisa fornece novas evidências de uma corrida presidencial mais acirrada e reforça a percepção da equipe do banco de que a rejeição é o que mais importa no segundo turno.

Filipe Fradinho, analista gráfico da Empiricus Investimentos, diz que a ação rompeu o topo do ano, que era na casa R$ 43,34. “A expectativa é que bata na máxima histórica (R$ 46,18), uma alta de 6%. Chegando lá, pode ser que tenha uma travada”, completa.

A Genial acredita que o grande desconto de valuation entre ações do Banco do Brasil e dos bancos privados deve fechar num cenário em que o Bolsonaro vença as eleições, por causa da continuidade da atual gestão.

“O BB vem consistentemente melhorando sua rentabilidade nos últimos anos. Isso significa um Retorno sobre Patrimônio (ROE) no patamar de 20% e crescimento de lucro acima de 10% na comparação anual. Depois de muitos anos rodando com um ROE e capital bem abaixo de seus pares, a melhora operacional finalmente o colocou na mesma liga dos bancos privados em níveis de rentabilidade”, avaliam.

Os analistas ainda destacam que o Banco do Brasil segue “bem descontado em relação a seus pares, muito por causa do risco político de mudança no comando e medo de ingerência no banco”.

Por fim, a corretora ressalta que desde 2015 e 2016, a gestão do BB fez um “trabalho memorável” em melhorar a rentabilidade e capital do banco.

Em caso de reeleição de Bolsonaro, seria provável que o time de gestão permaneça o mesmo, diminuindo a incerteza sobre a mudança da estratégia e destravando valor para a ação.

Fonte: Money Times

 

Mercado espera bancos públicos moderados mesmo que Lula ou Bolsonaro

Publicado em: 19/09/2022


A atuação dos bancos federais brasileiros não deve ser muito distinta a partir de 2023 se a eleição presidencial for vencida por Jair Bolsonaro ou Luiz Inácio Lula da Silva, mesmo que defendam orientações políticas divergentes, dizem especialistas do setor financeiro.

Na visão deles, embora hoje não digam isso na campanha, o que vencer nas urnas vai encarar um cenário que exigirá de BNDES, Banco do Brasil e Caixa Econômica uma postura mais ativa em algumas atividades do que têm feito recentemente, como em empréstimos a pequenas e médias empresas e investimentos em alguns projetos de infraestrutura, mas não em larga escala como no passado, como fizeram gestões petistas.

“Pode ter algum diferença pontual, mas não enxergo uma diferença acentuada na gestão dos bancos controlados pelo governo federal”, disse o presidente no Brasil de uma grande gestora de recursos norte-americana.

A visão majoritária dos executivos é de que limitações no orçamento da União, ajustes na governança dos próprios bancos e o maior escrutínio de órgãos de controle, como do Tribunal de Contas da União (TCU), devem impedir injeção de recursos na magnitude ocorrida na última década, no caso de vitória de Lula.

Dos cerca de 500 bilhões de reais injetados nos governos petistas no três bancos, eles têm um saldo conjunto de cerca de 150 bilhões de reais para devolver, em valores corrigidos, segundo dados divulgados pelas próprias instituições.

“Tem pouco espaço para capitalizar bancos como no passado, o espaço fiscal é limitado”, disse o consultor e ex-economista-chefe da Febraban, Roberto Troster.

Sob condição de anonimato, dois atuais e dois ex-executivos de bancos federais afirmaram à Reuters partilhar dessa visão.

“O modelo de subsídios tem impacto fiscal e reduz a capacidade do Banco Central segurar a inflação e fazer a política monetária”, disse uma fonte próxima ao BNDES.

Alguns membros da equipe responsável pela elaboração do programa econômico de Lula admitem que a volta da prática de injetar dinheiro público no capital bancos é pouco provável.

“Não está prevista transferência do Tesouro (para os bancos)”, disse Guido Mantega, ex-ministro da Fazenda nos governos Lula e Dilma e presidente do BNDES sob Lula.

Para um executivo do setor privado e ex-vice-presidente do BB, há hoje um entendimento nas áreas técnicas dos bancos controlados pelo governo de que a política de fomentar “campeões nacionais”, com empréstimos maiores a grandes conglomerados, trouxe práticas contra-indicadas pela boa administração bancária, porque concentrou os riscos num pequeno número de clientes.

Entre outros fatores, falhas na contabilização de perdas com algumas dessas operações deixaram os balanços de Caixa e BNDES com ressalvas de auditores independentes por anos.

“Há também a visão de que o cenário atual é diferente do de uma década atrás, as prioridades mudaram”, disse essa fonte sob condição de anonimato porque não é autorizado a falar publicamente sobre o tema. “Um foco atual é aumentar o crédito para empresa média e pequena, uma missão não concluída no país.”

É uma visão partilhada por membros da campanha de Lula e por expoentes do governo Bolsonaro, tanto pelo aspecto técnico quanto pelo político, como manifestado recentemente pelo presidente do BNDES, Gustavo Montezano.

“Em vez de dar 10 bilhões de reais para empresas grandes, dar 1 bilhão para empresas pequenas é mais desenvolvimento social, mais desenvolvimento econômico, e mais voto no final do dia”, disse Montezano durante evento do BTG Pactual.

De alguma forma, isso já vem sendo feito pelos bancos, mais como resultado dos efeitos da Covid-19 do que de planejamento. O Pronampe, programa de auxílio a pequenas e médias empresas criado durante a pandemia, já liberou cerca de 80 bilhões de reais nas duas fases do programa, o que tem despertado planos de expansão de linhas de crédito para esse público.

“Os bancos públicos precisam alcançar áreas mal cobertas pelo setor privado, como financiamento a pequenas empresas”, disse Guilherme Mello, da equipe do programa econômico do Lula.

Embora BB e Caixa tenham sido os principais repassadores de recursos, o Pronampe teve também a participação dos grandes bancos privados, outra tendência que executivos do mercado avaliam que deve se estender para quaisquer políticas que o governo que emergir das urnas em outubro deve perseguir.

O ex-executivo do BB citou exemplos de linhas que antes eram altamente concentradas em bancos estatais, como agronegócio com o BB e o crédito imobiliário com a Caixa, mas têm atraído maior interesse de concorrentes privados.

Em outra frente, Guilherme Mello, um dos economistas responsáveis pela elaboração do programa econômico do Lula, também mostra-se contrário ao uso de bancos federais para fazer o custo do crédito cair em todo o sistema, como feito durante o segundo mandato do próprio ex-presidente, em 2018.

“A agenda da redução do custo de crédito é muito maior do que isso”, afirmou ele.

MAIS BANCO PÚBLICO EM INFRAESTRUTURA

Por outro lado, tem crescido a pressão para que bancos federais exerçam um papel mais ativo, hoje mais capitalizados, diretamente em nichos nos quais há pouco ou nenhum interesse do capital privado, como em projetos em infraestrutura, e isso tende a ser absorvidos mesmo com Bolsonaro reeleito.

De maneira geral, profissionais do mercado avaliam que houve melhora de modelo nos últimos anos, com o BNDES atuando mais como um estruturador de projetos em vez de usar recursos próprios subsidiados, como fez até meados da década passada.

“A participação do BNDES como financiador seria um passo atrás”, disse Karin Yamauti Hatanaka, sócia na área de Infraestrutura do escritório de advocacia TozziniFreire. “Isso fazia os projetos ficarem artificialmente viáveis”.

Por outro lado, mesmo profissionais e entidades privados têm cobrado que o BNDES use capital próprio em segmentos para os quais há pouco ou nenhum interesse do capital privado, como concessões de presídios e alguns projetos de escolas, iluminação pública, algumas rodovias, entre outros.

“Não tinha mundo perfeito nem antes nem agora”, disse o diretor de Infraestutura no Banco Fator, Ewerton Henriques. “É importante não voltar para o modelo anterior, mas há setores em que a participação dele é importante”, disse. “Vamos precisar fazer um meio a meio”.

O banco de fomento fechou 2021 com rentabilidade superior inclusive em relação aos bancos privados, refletindo em parte o ciclo de desinvestimento em ações detidas pela BNDESPar, que desde 2018 já lhe rendeu quase 80 bilhões de reais.

Segundo o ex-ministro Mantega, nesses casos, o BNDES tem que voltar a financiar projetos de longo prazo que não sejam financiados pelo mercado ou pelos bancos privados. “Os empresários do setor estão demandando isso”, afirmou.

De fato, essa visão foi manifestada pelo diretor da Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base (ABDIB) e ex-secretário do Tesouro Nacional, Roberto Guimarães, para quem ainda há “hiatos de investimentos” em setores como transportes, saneamento básico e mobilidade urbana.

Entre interlocutores ligados à atual gestão do BNDES parece também haver esse entendimento. “Linhas especificas podem ter, sim, subsídios como mobilidade urbana”, disse uma fonte. “Tem que ser pontual e direcionado”.

Fonte: IstoÉ Dinheiro

 

Incerteza eleitoral deverá afetar crescimento do Brasil, diz FMI

Publicado em: 26/01/2018


Em novo relatório sobre a expectativa de crescimento do Brasil divulgado nesta quinta-feira, o FMI (Fundo Monetário Internacional) considera que o processo eleitoral do País deve pesar no desempenho da economia em 2018. A incerteza sobre a candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, após sua condenação em segunda instância nesta quarta-feira, não chegou a ser levada em conta na análise – mas é “um fator adicional”. “Um processo eleitoral com maior nível de conflito gera mais incerteza, obviamente”, afirmou a jornalistas o diretor do FMI Alejandro Werner, que comanda as análises para a América Latina.
Recentemente, o órgão elevou a expectativa de crescimento do Brasil de 1,5% para 1,9% em 2018. Werner afirma que a retomada de investimentos no País, somada à queda da inflação e dos juros, “surpreendeu” a equipe do FMI, e ajudou a melhorar a previsão de crescimento. Ela é, porém, menos otimista que a de outros analistas, que preveem uma taxa de quase 3% – o que se dá exatamente pela incerteza do processo eleitoral.
No entanto Werner afirmou que o fundo se surpreendeu e revisou para cima a expectativa do crescimento em 2017, por causa de uma retomada maior que a imaginada no investimento e pelo crescimento do consumo causado pela queda da inflação, que permitiu uma redução mais efetiva de juros por parte do Banco Central. O FMI estimou que o País cresceu 1,1% em 2017. O fundo acredita que a economia brasileira vá avançar 1,9% neste ano e 2,1% em 2019. Os resultados esperados são 0,4 ponto percentual e 0,1 ponto percentual maiores que as estimativas divulgadas em outubro.
Para o diretor do FMI, os investimentos no Brasil devem ser postergados ou reduzidos na expectativa do resultado das eleições, no final do ano – em especial, se os candidatos que liderarem as pesquisas não se comprometerem com agendas de ajuste fiscal e reformas como a previdenciária e a tributária. O diretor não chegou a mencionar especificamente o ex-presidente Lula, que atualmente se opõe à proposta da reforma da Previdência encampada pelo governo de Michel Temer (PMDB).
Para o FMI, ajustes como a reforma previdenciária podem assegurar o crescimento da economia brasileira a taxas sustentáveis, especialmente se conseguirem controlar a dívida pública. “Essa é uma agenda pendente muito, muito importante”, afirmou Werner.
Sob forte oposição de setores da sociedade, a reforma da Previdência está sob impasse no Congresso. O governo Temer não tem os votos suficientes para aprová-la, e negocia com os partidos. A expectativa do governo era aprová-la até fevereiro, o que atualmente é considerado difícil.
Para Werner, mais importante do que a rapidez da reforma é a sua qualidade. “É mais importante que se faça bem do que se faça rápido”, afirmou o diretor do FMI.
Segundo ele, o ajuste ajuda a sanear as finanças públicas do Brasil no médio prazo. Um atraso de quatro ou cinco meses em sua aprovação, portanto, não seria tão relevante caso ela seja bem-feita e consiga controlar o déficit previdenciário. No ano passado, o déficit da Previdência Social chegou ao recorde de R$ 268 bilhões, segundo o governo.