NetSuite, sistema de gestão da Oracle, terá integração com BB

Publicado em: 11/04/2024

O NetSuite, sistema de gestão da Oracle para pequenas e médias empresas, acaba de fechar um contrato com o Banco do Brasil para que seus clientes realizem pagamentos à instituição financeira dentro do próprio ERP.

Este é o primeiro acordo dessa natureza da companhia no país e a funcionalidade ainda não tem data para entrar no ar.

Gustavo Moussalli, vice-presidente da Oracle NetSuite para a América Latina, explica que, em todos os bancos, existe um arquivo de texto chamado CNAB (sigla para Centro Nacional de Automação Bancária).

“É a automatização desse arquivo, a transformação dele em chamadas API, onde se faz esse processo eletronicamente ao invés de fazer troca de arquivos. Com essa automação, os clientes podem ter benefícios como maior segurança, maior agilidade, reconciliação mais fácil”, detalha Moussalli.

A companhia não abre o número de clientes no Brasil ou América Latina. No mundo, são 37 mil clientes NetSuite.

“Nós estamos falando em algo que ajuda a agilizar pagamentos de pequenas e médias empresas. E o Banco do Brasil é muito voltado para a pequena e média. Então é uma conjunção bastante importante”, destaca Luiz Meisler, VP executivo da Oracle América Latina.

Hoje o BB conta com mais de 2,8 milhões de clientes PMEs. O número total de clientes chega a 80 milhões em 93% dos municípios brasileiros.

“A Oracle é uma grande parceira do banco e eu vejo que cada vez mais teremos que juntar forças. Então, quanto mais olharmos vários aspectos, várias soluções, e juntar tudo isso para o nosso cliente, só vai dar bom”, avalia Marisa Reghini, VP de negócios digitais e tecnologia da instituição financeira.

A executiva participou do Oracle CloudWorld Tour Brasil, evento da companhia que aconteceu em São Paulo nesta quinta-feira, 4, quando também falou mais sobre a transformação do banco.

“A gente comenta sempre que o BB é uma startup de 215 anos. Porque, num banco grande, precisamos inovar o tempo todo. As tecnologias chegam a cada momento e o consumidor tem mudado, então temos que olhar muito para isso”, destacou Reghini no palco.

A área de tecnologia do Banco do Brasil já conta com 4,5 mil funcionários. Além disso, quase 2 mil aprovados no último concurso público devem ser convocados nos próximos anos.

“Estamos num movimento muito interessante de inovação. Eu tenho pessoas que conhecem tecnologias bastante utilizadas no mainframe, por exemplo, que também já pivotaram a carreira e estão trabalhando com nuvem. E, agora, estão chegando os novos colegas já neste mundo novo da nuvem”, contou Reghini.

Hoje, o banco opta por desenvolver produtos novos já na nuvem. Em casos de novas funcionalidades em softwares que já existem, a opção é continuar onde aquela solução está hospedada originalmente.

“Quando chegou o Pix, a gente desenvolveu duas soluções, tanto para o mainframe quanto para a nuvem. Então, hoje, quando eu mudo a chavinha do mainframe para a nuvem, o cliente nem percebe”, conta a VP.

O Banco do Brasil já havia participado do último Oracle CloudWorld contando sobre a migração da Brasilcap e da BB Tecnologia e Serviços para a Oracle Cloud Infrastructure (OCI).

De forma geral, o BB tem uma estratégia multinuvem, utilizando Oracle, AWS, Microsoft Azure e Google Cloud, além da nuvem privada do banco.

Hoje 100% na nuvem, o NetSuite é um sistema integrado que inclui ERP, gerenciamento de estoque, RH, automação de serviços profissionais e comércio omnicanal.

A empresa foi criada em 1998 e chegou à América Latina em 2012. Em 2016, foi adquirida pela Oracle por uma bolada de US$ 9,4 bilhões e, hoje, conta com mais de 37 mil clientes em 219 países e territórios.

Na América Latina, a companhia conta com cerca de 100 parceiros de implementação. No Brasil, são centenas de clientes, entre eles Conta Azul, Nomad e Ituran Seguros.

Fonte: Baguete

Banco do Brasil: duas empresas migram para Oracle Cloud Infrastructure

Publicado em: 05/05/2023


A Brasilcap e a BB Tecnologia e Serviços, duas empresas vinculadas ao Banco do Brasil, fizeram migrações recentes para a Oracle Cloud Infrastructure (OCI) e participaram do Oracle CloudWorld, evento global da marca que teve edição em São Paulo na última semana.

No caso da Brasilcap, focada no mercado de capitalização, a empresa tinha o seu ambiente legado de sustentação em uma infraestrutura on premise há mais de 20 anos. Isso inclui servidores de aplicação, servidores do SAP, ambiente de backup, servidores e ambientes de bancos de dados.

Ao perceber que a opção estava consumindo muito mais recursos do que o desejado, o time avaliou qual seria a melhor solução e decidiu migrar para a nuvem da Oracle.

“A complexidade de um trabalho desse é muito grande, mas nós sabíamos que era necessário. Exigiu muita avaliação prévia. Nós tínhamos vários desafios, como o de não mexer nas nossas aplicações”, conta Fred Queiroz Filho, diretor de produtos e tecnologia da Brasilcap.

A migração levou 12 meses, entre 2021 e 2022, período em que foi preciso sincronizar o ambiente físico com a nuvem sem a empresa parar por nenhum dia.

“O planejamento permitiu que nós cumpríssemos quase que fielmente todas as etapas. A fase de manutenção foi o fim de semana da migração em si, de desligar o ambiente físico e ligar o ambiente cloud de uma sexta para um domingo à noite. E funcionou sem nenhum percalço. Claro que alguns passaram três noites sem dormir, mas funcionou”, conta Queiroz.

Após quase um ano de ambiente consolidado, o diretor destacou como melhorias um maior poder de processamento, maior estabilidade nas aplicações, redução de ociosidade e melhor experiência do usuário por conta da melhora dos tempos de resposta.

“Nós tivemos redução do tempo de processamento e, com isso, informações sendo geradas mais rapidamente para toda a companhia. Hoje, às 7 horas da manhã, nós estamos com todos os relatórios, todas as informações prontas, situação que a gente não vivia anteriormente”, destaca Queiroz.

Apesar disso, o executivo acredita que a maior vantagem da migração foi sair do modelo de custo fixo para a capacidade modular, que pode ser gerenciada de acordo com as necessidades.

Com a migração, a Brasilcap buscou uma nova solução de backup com a Oracle e também passou a rodar o sistema SAP na OCI.

“Não foi um ativo que a gente tinha colocado dentro do projeto, mas aproveitamos porque iríamos ter um ganho significativo nisso. Nós não migramos para o ambiente cloud da SAP em nenhum sistema, mas estamos rodando com SAP na OCI. Então, é um ambiente híbrido nesse sentido”, explica Queiroz.

A Brasilcap está há mais de 30 anos no mercado e tem caráter de economia mista, contando com a BB Seguros como acionista. A empresa é líder no segmento em termos de reservas, detendo quase um terço (R$ 10 bilhões) do mercado de capitalização.

Em 2022, a companhia faturou R$ 6 bilhões e distribuiu R$ 57 milhões de prêmios, contando com mais de 3 milhões de clientes ativos. Seu carro chefe é o Ourocap, título de capitalização tradicional do BB.

Já a BBTS, empresa de Tecnologia da Informação do banco, migrou as aplicações Peoplesoft e Oracle E-Business Suite (EBS), que estavam na Oracle Exadata on premise, para a OCI em 2022.

Agora, a companhia está com um projeto piloto para também migrar o PSIM, sistema desenvolvido internamente para fazer toda a recepção de mais de 100 mil câmeras instaladas nas agências do Banco do Brasil.

Fonte: Baguete