Banco do Brasil lança tag própria para pedágios em parceria com a Veloe

Publicado em: 24/08/2023

O Banco do Brasil vai lançar uma tag de pagamento automático em pedágios própria, a Tag BB, exclusiva para clientes que tenham cartões do banco. Operada pela Veloe, empresa de tags de que o banco é acionista via EloPar, a tag será isenta de mensalidade para clientes dos segmentos Estilo e Private.

Para contratá-la, o cliente precisa ter um cartão de crédito ativo e emitido pelo BB. Clientes de outros segmentos terão isenção de mensalidade caso possuam cartões ativos a partir das modalidades Platinum ou Grafite, e que tenham sido utilizados nos últimos 60 dias. A gratuidade será válida para até duas tags por CPF.

Segundo o BB, a Tag BB é válida para pagamentos automáticos em pedágios de 100% das rodovias do País e nos principais estacionamentos de rua, shoppings, aeroportos e centros comerciais. Há dois planos: o pré-pago, para quaisquer clientes com cartão de crédito ativo, e o pós-pago, para correntistas, em que a cobrança é feita na fatura do cartão ou em débito automático na conta corrente.

Como mostrou o Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) no começo do ano, os bancos têm investido nas tags operadas em conjunto com empresas do setor. Para as instituições, é mais uma forma de aumentar a fidelidade do cliente, e o produto em geral é associado ao uso do cartão de crédito da instituição.

“A evolução dos meios de pagamento passa pela presença em diferentes dispositivos, inclusive de forma ‘invisível’ aos nossos clientes”, diz em nota o diretor de Meios de Pagamentos e Serviços do BB, Pedro Bramont. “Com a Tag BB, disponibilizamos um benefício que fornece mais comodidade e segurança, ao mesmo tempo que ajuda nossos clientes a pouparem tempo em estacionamentos, pedágios e locais com aceitação Veloe.”

O diretor geral da Veloe, André Turquetto, afirma que o produto ajudará a ampliar a base de clientes da companhia, que é a vice-líder do mercado brasileiro de adesivos de pagamento automático. “É uma oportunidade relevante de ofertarmos nossa expertise para parceiros que não tem a mobilidade no core e desejam os melhores serviços desse segmento para seus clientes finais.”

Fonte: Mercado & Consumo

Banco do Brasil será usado para entrega da TAG a franceses

Publicado em: 11/04/2019

Cerca de dois terços de US$ 8,6 bilhões (equivalente a R$ 32,6 bilhões) a ser pago pela privatização da Transportadora Associada de Gás (TAG), da Petrobrás, serão financiados por seis bancos estrangeiros e três brasileiros. O anúncio da entrega de 90% da transportadora para um consórcio formado pela multinacional francesa Engie e o fundo canadense Caisse de Depôt et Placement du Québec (CDPQ) foi feito no dia 5.

O holandês ING, os franceses Crédit Agricole e BNP Paribas e os japoneses Sumitomo, Mizuho e MUFG entrarão com o equivalente em dólares a R$ 9,5 bilhões. Itaú Unibanco, Bradesco e Banco do Brasil vão entrar com R$ 13,5 bilhões, divididos em partes aproximadamente iguais.

Isso significa que os bancos financiarão o equivalente a cerca de R$ 23 bilhões. As informações são do jornal Valor Econômico.

O financiamento dos bancos terá como garantia os contratos de transporte de gás com a Petrobrás. Ou seja, risco zero para os bancos e lucro garantido para consórcio estrangeiro que empalmou a TAG.

“Já está tudo negociado e todos os financiamentos garantidos. Mais do que garantidos. São 100% baseados nas receitas dos contratos com a Petrobrás”, afirmou o presidente da Engie no Brasil, Maurício Bähr.

Mau negócio para a Petrobrás e prejuízo para o Brasil, em todos os sentidos. Também, o presidente da Petrobrás, Roberto Castelo Branco, abriu a alma e asseverou que o seu sonho é ver a estatal privatizada.

A TAG é uma empresa fundamental para o país. Tem uma capacidade contratada de movimentação de cerca de 74,7 milhões de metros cúbicos de gás natural por dia. É a garantia de transporte do gás natural da região de Urucu (AM) para várias cidades da Região Norte, além de garantir o transporte de gás natural das bacias de Campos (RJ) e de Santos (SP) para a Região Nordeste.

Segundo a Associação dos Engenheiros da Petrobrás (Aepet), “a privatização da TAG sem licitação não é apenas ilegal e inconstitucional”. Conforme a entidade, “as receitas da TAG são reconhecidas com base nos contratos de transporte de gás natural, que inclui cláusulas de ship or pay, na qual a Petrobrás (carregadora) se obriga a pagar pela capacidade de transporte contratada, independentemente do volume transportado”.

A receita da TAG está garantida pelos contratos de serviços de transporte, regulados pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). A Aepet resumiu:

– Malha Nordeste para 21,6 milhões de metros cúbicos por dia, com prazo de duração de 20 anos e vigência até dezembro de 2025;

– Sistema Gasene para 20,0 milhões de metros cúbicos por dia no trecho sul e 10,3 milhões de metros cúbicos por dia para trecho norte, com prazo de duração de 25 anos e vigência até novembro de 2033;

– Urucu-Coari-Manaus para 6,3 milhões de metros cúbicos por dia, com prazo de duração de 20 anos e vigência até novembro de 2030;

– Pilar Ipojuca para 15 milhões de metros cúbicos por dia, com prazo de duração de 20 anos e vigência até novembro de 2031.

Na avaliação da Aepet, a venda da TAG pode representar para a Petrobrás uma despesa cujo valor presente líquido (VPL), para um período de 25 anos, seria de US$ 13,82 bilhões (R$ 52,5 bilhões). Com a venda de 90% das ações, o VPL seria de US$ 12,44 bilhões (R$ 47,8 bilhões).

“Desse modo, é temerário que a Petrobrás venda 90% de sua participação acionária na TAG por valor inferior a US$ 12,44 bilhões (R$ 47,8 bilhões)”, conclui a entidade dos engenheiros da estatal.

Fonte: Hora do Povo