BB e Tesouro Nacional lançam ação voltada às mulheres

Publicado em: 19/01/2024

O Banco do Brasil, em parceria com o Tesouro Nacional, lança a ação Educa+ Mulher, com o objetivo de incentivar a inclusão e educação financeira e proteção às mulheres, apoiando-as na construção da reserva financeira necessária para subsidiar no futuro os estudos para seus beneficiários, como filhos, netos ou sobrinhos.

A iniciativa, pioneira no mercado, busca incentivar que as mulheres façam seu primeiro investimento, com foco no título de renda fixa Tesouro Educa+, lançado em agosto do ano passado em parceria com a B3. E, fazendo qualquer investimento a partir de R$ 35, elas são automaticamente incluídas em apólice do BB Seguro de Vida Mais Mulher, válido por um ano. O seguro busca proteger o(a) beneficiário(a) caso ocorra uma perda inesperada da responsável financeira, o que pode comprometer o objetivo de dar sequência nos estudos.

Visando a completude dessas ações e o incentivo a criação do hábito de investir, as investidoras receberão, gratuitamente, conteúdos exclusivos de educação financeira, com dicas, análises e sugestões, cursos e uma assessoria humana e digital, por meio do WhatsApp e do portal de conteúdo InvesTalk (investalk.bb.com.br).

“O Banco do Brasil entende a relevância das mulheres na sociedade e na economia de um modo geral, e procura se colocar ao lado dessa mulher em todas os momentos. Eu sempre digo _ e isso é até um dos meus lemas de vida _, que uma mulher abre caminhos para outras. E é justamente essa a ideia do Educa+ Mulher: as mulheres em evidência, sendo protagonistas de suas histórias e planejando o futuro educacional de quem elas mais amam”, afirma Tarciana Medeiros, presidenta do BB.

Segundo Rogério Ceron, secretário do Tesouro Nacional, “O Tesouro aplaude o Banco do Brasil pela iniciativa Educa+ Mulher e apoia firmemente ações que fortalecem a educação financeira e a independência feminina. Esse programa não apenas alinha-se com nossos valores de impacto social positivo, mas também marca um passo significativo em direção à segurança financeira das mulheres e das famílias do Brasil. É um exemplo brilhante de como instituições financeiras podem contribuir de maneira significativa para o empoderamento econômico das pessoas e o bem-estar social”.

Fabrício Reis, head de Captação e Investimentos do BB, completa: “Investimento também é a reserva de emergência das pessoas, o dinheiro guardado que torna a população resiliente em momentos de adversidades, que faz com que as famílias não precisem tirar seus filhos da escola. Com essa promoção, queremos trazer o hábito de poupar para dentro da casa de muitos brasileiros, e dizer para essas mulheres que estaremos ao lado delas, em todos os momentos”.

Empoderamento feminino

O programa faz parte da agenda de ações voltadas para a inclusão e o empoderamento feminino, por meio do incentivo a mulheres, especialmente mães solo, a fazer seu primeiro investimento e pensar nos estudos e futuro profissional dos beneficiários.

O BB também possui outras ações voltadas para as mulheres, como Mulheres no Topo, programa de crédito especializado a mulheres empreendedoras, crédito para capital de Giro, em que a empresa tenha pelo menos uma dirigente mulher, dentre outras ações estratégicas.

As temáticas de sustentabilidade, diversidade e equidade estão presentes também em outros produtos de investimento do Banco do Brasil. É o caso do fundo BB Ações Equidade, o primeiro do país com a temática; a LCA Verde, em que os recursos captados são direcionados exclusivamente para linhas de crédito que atendam aos critérios ASG; e o ETF IDiversa B3, que replica a carteira do IDiversa, índice da B3 que reúne empresas comprometidas com a causa da diversidade.

Seguro de Vida Mais Mulher

O seguro contemplado na presente campanha oferece proteção financeira em casos de imprevistos com a vida, beneficiando a mãe e o seus filhos, podendo contar com as mais diversas proteções, como morte natural ou acidental, e invalidez permanente total por acidente. Além das coberturas básicas, o seguro oferece assistência de apoio à mulher em casos de vulnerabilidade e violência patrimonial, e cesta básica mensal fornecida através de Cartão Alimentação, em caso de falecimento.

Inspirado em estudos do Prêmio Nobel

A criação do Tesouro Educa+ foi inspirada em estudos dos professores Robert Merton, ganhador do Prêmio Nobel de Economia em 1997, e Arun Muralidhar. Eles introduziram o conceito de produtos financeiros que facilitem o processo de poupar voltado a um planejamento educacional. Pelo conceito que criaram, esses produtos são acessíveis a qualquer pessoa, que determina quanto quer investir, com baixo custo e baixo risco.

As compras dos títulos podem ser feitas no app Investimentos BB, no portal investimentos.bb.com.br ou em uma agência do Banco do Brasil.

Tesouro Direto no BB

Em 12 meses, o BB teve um crescimento no volume aplicado em títulos do Tesouro Direto superior à indústria. Enquanto o mercado cresceu 22,5%, o volume no BB teve um salto de mais de 30%. E o incremento foi maior entre elas: cerca de 34%, enquanto entre os homens foi de 29%.

O número de investidores no último ano também teve um aumento: de quase 24% entre elas, e 18% entre eles. Os dados referem-se a novembro de 2022 a novembro de 2023.

Segundo dados da Secretaria de Tesouro Nacional, o número de mulheres investindo em TD fica na casa dos 27%. No BB, elas já representam 40% dos investidores em títulos do Tesouro. E queremos avançar. No geral, no BB elas representam 48% dos investidores.

Regulamento disponível em: bb.com.br/tesourodireto

Mais informações sobre a promoção: https://investalk.bb.com.br/noticia/bb-e-tesouro-direto-lancam-acao-voltada-para-o-publico-feminino

Fonte: Banco do Brasil

Artigo do ex-ministro da Fazenda Maílson da Nóbrega sobre o BB

Publicado em: 26/01/2018


O Banco do Brasil é a estatal mais emblemática do país. Nasceu em 1808 como banco privado para emitir moeda, uma necessidade criada pela chegada da família real e pela abertura dos portos.

O primeiro BB quebrou em 1829. Emitiu mais do que o lastro. Segundo Pandiá Calógeras, por erros atribuíveis “quase que exclusivamente ao governo, por causa dos empréstimos dispensáveis que solicitara, ou melhor impusera”.

O segundo BB surgiu em 1853 focado em crédito. Nasceu da fusão do Banco do Brasil – criado pelo Barão de Mauá em 1851 – e com Banco Comercial. Manteve-se sob o controle privado.

O terceiro resultou da fusão, do segundo BB com o Banco da República do Brasil, EM 1905. Com a Carteira de Redescontos criada por lei de 1920, descontava seus empréstimos nele mesmo, algo inédito. Começava sua grande ascensão, sob o controle crescente do governo.

A Carteira de Crédito Agrícola e Industrial (lei de 1937) seria sua principal marca. Novas funções, inclusive de banco central, lhe foram atribuídas: monopólio de câmbio, controle e financiamento do comércio exterior, a fiscalização bancária e depositário de recursos dos bancos.

Na lei que criou o Banco Central (BC, de 1964), o BB constou como principal instrumento da política de crédito oficial via Orçamento Monetário, uma estimativa dos balanços anuais do BC e do BB.

Nasceu a “conta de movimento”, que supriria automaticamente o BB de recursos pelo BC, permitindo-lhe conceder “empréstimos sem limite”. Nos anos 1970, o BB virou o oitavo banco do mundo, mais pela forma de expandir seus empréstimos do que pelo porte da economia.

O BC atuava como banco de desenvolvimento, em esquema similar ao do BB, e geria a dívida pública. Um departamento do BB executava o Orçamento da União.

Nos anos 1980, fortes pressões inflacionárias tornaram a situação insustentável. Entre 1983 e 1984 estudos da Fazenda preconizavam abolir a “conta de movimento”, as atividades de desenvolvimento do BC e o Orçamento Monetário. Sugeriam criar a Secretaria do Tesouro Nacional, para que esta assumisse as funções fiscais do BC e do BB.

As medidas foram aprovadas entre 1986 e 1988. O BB foi autorizado a atuar como qualquer outra instituição financeira. Malograram os temores de que ele não venceria os desafios.

Em 1995, o BB iniciou sua transformação. Diversificou operações, sofisticou a base tecnológica e ganhou eficiência. Arca, ainda, com o ônus de ser estatal. Tem sede em Brasília. Muda frequentemente a administração e a estratégia. Sofre o custo da fiscalização do Tribunal de Contas da União e da subordinação à Lei de Licitações.

A saída é a privatização. O BB está pronto. Poderá premiar funcionários por geração de negócios e produtividade, como em bancos privados. Livre do jugo do governo, aumentará a competição no mercado bancário e ampliará o papel de apoio ao desenvolvimento do país.

Surgirá um banco mais competitivo. O quarto Banco do Brasil da história será mais forte e promissor.

Fonte: paraíba online

Governo pressiona bancos públicos para reduzirem juros

Publicado em: 26/12/2016


A equipe econômica e o Palácio do Planalto começam a pressionar os bancos públicos a iniciar um processo de redução das taxas de juros e fomentar a concorrência com os concorrentes privados. A avaliação é que esse movimento será respaldado pela queda dos juros básicos da economia, principalmente a partir de 2017, quando o Banco Central aumentar o ritmo dos cortes.

Além disso, o governo acredita que os bancos terão os custos reduzidos com ações que serão divulgadas hoje pelo BC, como a desburocratização na obrigatoriedade de cumprimento do depósito compulsório – dinheiro que os bancos são obrigados a deixar no BC remunerado à taxa Selic.

O uso de bancos públicos para ajudar na política econômica recebeu muitas críticas nos governos dos ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, quando Banco do Brasil e Caixa financiaram o aumento do consumo e capitanearam uma queda forçada nas taxas de juros. Uma das consequências dessa estratégia foi o aumento da inadimplência dessas instituições, principalmente na Caixa.

Mas, segundo fontes da área econômica, a redução das taxas de juros que será feita pelos bancos oficiais se diferenciará da que ocorreu em 2012, no governo Dilma, porque desta vez o governo não adotará medidas intervencionistas, como obrigar as instituições a tocar programas que a própria área técnica condenava, a exemplo do “Minha Casa Melhor” – linha destinada a financiar móveis para os mutuários do Minha Casa Minha Vida.

Também está descartada a criação de um programa específico como o “Bom Para Todos”, do Banco do Brasil, que promoveu redução de juros em várias linhas para pessoas físicas no sentido de aumentar o consumo das famílias.

Para um integrante da equipe econômica, os bancos oficiais precisam resolver a equação entre proteger os balanços – ainda mais neste momento em que o Tesouro Nacional não tem como aportar recursos – e evitar que a “seletividade” em ofertar crédito e as altas taxas cobradas prejudiquem ainda mais a retomada da economia e, consequentemente, o próprio setor.

Para o governo, a pressão é importante para obrigar esse movimento e os bancos públicos não podem se furtar a esse papel. “É bom os bancos privados ficarem espertos porque vamos para o jogo”, disse uma fonte do governo.

Balanço
Mas, segundo Roberto Troster, sócio da Troster & Associados, esse tipo de pressão no passado recente aumentou a inadimplência dos bancos oficiais e obrigou as instituições a adotar medidas para limpar o balanço, como a venda de carteiras de crédito podre. “No curto prazo, você dá um gás, mas a conta vem lá na frente”, afirma. “A rentabilidade do sistema está caindo e a margem dos (bancos) estatais está baixa.”

O economista-chefe da Confederação Nacional do Comércio (CNC), Carlos Thadeu de Freitas, diz que a taxa Selic caiu um pouco, mas o spread cobrado pelos bancos aumentou. “Isso mostra que os bancos não estão querendo emprestar. Nem para reestruturar dívida”, diz.

A Caixa já repassou o corte de 0,25 ponto porcentual da Selic para as taxas dos financiamentos à casa própria e deve acelerar o movimento acompanhando o BC. O Banco do Brasil é mais resistente. O presidente do BB, Paulo Caffarelli, disse, na sua primeira entrevista, ao Estado, que procura aumentar a rentabilidade do banco para patamar semelhante ao dos privados.

De acordo com dados do BC, os bancos públicos não têm as taxas mais baratas em algumas linhas. O Santander, por exemplo, tem os juros mais baixos no financiamento de veículos (1,85%) e crédito pessoal sem desconto na folha de pagamento (4,25%), segundo informações do dia 29/11 a 05/12.

Fonte: http://economia.estadao.com.br/noticias/geral,governo-faz-pressao-para-que-bancos-publicos-reduzam-taxas-de-juros,10000095545