BB e Tesouro Nacional lançam ação voltada às mulheres

Publicado em: 19/01/2024

O Banco do Brasil, em parceria com o Tesouro Nacional, lança a ação Educa+ Mulher, com o objetivo de incentivar a inclusão e educação financeira e proteção às mulheres, apoiando-as na construção da reserva financeira necessária para subsidiar no futuro os estudos para seus beneficiários, como filhos, netos ou sobrinhos.

A iniciativa, pioneira no mercado, busca incentivar que as mulheres façam seu primeiro investimento, com foco no título de renda fixa Tesouro Educa+, lançado em agosto do ano passado em parceria com a B3. E, fazendo qualquer investimento a partir de R$ 35, elas são automaticamente incluídas em apólice do BB Seguro de Vida Mais Mulher, válido por um ano. O seguro busca proteger o(a) beneficiário(a) caso ocorra uma perda inesperada da responsável financeira, o que pode comprometer o objetivo de dar sequência nos estudos.

Visando a completude dessas ações e o incentivo a criação do hábito de investir, as investidoras receberão, gratuitamente, conteúdos exclusivos de educação financeira, com dicas, análises e sugestões, cursos e uma assessoria humana e digital, por meio do WhatsApp e do portal de conteúdo InvesTalk (investalk.bb.com.br).

“O Banco do Brasil entende a relevância das mulheres na sociedade e na economia de um modo geral, e procura se colocar ao lado dessa mulher em todas os momentos. Eu sempre digo _ e isso é até um dos meus lemas de vida _, que uma mulher abre caminhos para outras. E é justamente essa a ideia do Educa+ Mulher: as mulheres em evidência, sendo protagonistas de suas histórias e planejando o futuro educacional de quem elas mais amam”, afirma Tarciana Medeiros, presidenta do BB.

Segundo Rogério Ceron, secretário do Tesouro Nacional, “O Tesouro aplaude o Banco do Brasil pela iniciativa Educa+ Mulher e apoia firmemente ações que fortalecem a educação financeira e a independência feminina. Esse programa não apenas alinha-se com nossos valores de impacto social positivo, mas também marca um passo significativo em direção à segurança financeira das mulheres e das famílias do Brasil. É um exemplo brilhante de como instituições financeiras podem contribuir de maneira significativa para o empoderamento econômico das pessoas e o bem-estar social”.

Fabrício Reis, head de Captação e Investimentos do BB, completa: “Investimento também é a reserva de emergência das pessoas, o dinheiro guardado que torna a população resiliente em momentos de adversidades, que faz com que as famílias não precisem tirar seus filhos da escola. Com essa promoção, queremos trazer o hábito de poupar para dentro da casa de muitos brasileiros, e dizer para essas mulheres que estaremos ao lado delas, em todos os momentos”.

Empoderamento feminino

O programa faz parte da agenda de ações voltadas para a inclusão e o empoderamento feminino, por meio do incentivo a mulheres, especialmente mães solo, a fazer seu primeiro investimento e pensar nos estudos e futuro profissional dos beneficiários.

O BB também possui outras ações voltadas para as mulheres, como Mulheres no Topo, programa de crédito especializado a mulheres empreendedoras, crédito para capital de Giro, em que a empresa tenha pelo menos uma dirigente mulher, dentre outras ações estratégicas.

As temáticas de sustentabilidade, diversidade e equidade estão presentes também em outros produtos de investimento do Banco do Brasil. É o caso do fundo BB Ações Equidade, o primeiro do país com a temática; a LCA Verde, em que os recursos captados são direcionados exclusivamente para linhas de crédito que atendam aos critérios ASG; e o ETF IDiversa B3, que replica a carteira do IDiversa, índice da B3 que reúne empresas comprometidas com a causa da diversidade.

Seguro de Vida Mais Mulher

O seguro contemplado na presente campanha oferece proteção financeira em casos de imprevistos com a vida, beneficiando a mãe e o seus filhos, podendo contar com as mais diversas proteções, como morte natural ou acidental, e invalidez permanente total por acidente. Além das coberturas básicas, o seguro oferece assistência de apoio à mulher em casos de vulnerabilidade e violência patrimonial, e cesta básica mensal fornecida através de Cartão Alimentação, em caso de falecimento.

Inspirado em estudos do Prêmio Nobel

A criação do Tesouro Educa+ foi inspirada em estudos dos professores Robert Merton, ganhador do Prêmio Nobel de Economia em 1997, e Arun Muralidhar. Eles introduziram o conceito de produtos financeiros que facilitem o processo de poupar voltado a um planejamento educacional. Pelo conceito que criaram, esses produtos são acessíveis a qualquer pessoa, que determina quanto quer investir, com baixo custo e baixo risco.

As compras dos títulos podem ser feitas no app Investimentos BB, no portal investimentos.bb.com.br ou em uma agência do Banco do Brasil.

Tesouro Direto no BB

Em 12 meses, o BB teve um crescimento no volume aplicado em títulos do Tesouro Direto superior à indústria. Enquanto o mercado cresceu 22,5%, o volume no BB teve um salto de mais de 30%. E o incremento foi maior entre elas: cerca de 34%, enquanto entre os homens foi de 29%.

O número de investidores no último ano também teve um aumento: de quase 24% entre elas, e 18% entre eles. Os dados referem-se a novembro de 2022 a novembro de 2023.

Segundo dados da Secretaria de Tesouro Nacional, o número de mulheres investindo em TD fica na casa dos 27%. No BB, elas já representam 40% dos investidores em títulos do Tesouro. E queremos avançar. No geral, no BB elas representam 48% dos investidores.

Regulamento disponível em: bb.com.br/tesourodireto

Mais informações sobre a promoção: https://investalk.bb.com.br/noticia/bb-e-tesouro-direto-lancam-acao-voltada-para-o-publico-feminino

Fonte: Banco do Brasil

Bancos vão devolver R$ 107 bilhões ao Tesouro em 2021 e R$ 92 bilhões até 2031

Publicado em: 29/04/2021


Os cinco bancos federais que receberam recursos da União se comprometeram a devolver R$ 198,8 bilhões ao Tesouro Nacional até o fim de 2031. O cronograma foi alinhado depois que o Tribunal de Contas da União (TCU) decidiu em janeiro que as operações estavam em desconformidade com a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).

A maior parte da devolução dos recursos vai ocorrer nos próximos dois anos, sendo R$ 107 bilhões em 2021 e R$ 60,5 bilhões em 2022. As informações são do Valor Econômico.

O BNDES vai devolver R$ 100 bilhões em 2021, sendo que R$ 38 bilhões já foram pagos, enquanto para 2022 serão R$ 54,2 bilhões. Já a Caixa Econômica se comprometeu a devolver R$ 35 bilhões, sendo R$ 7 bilhões neste ano e depois em parcelas até 2031. O Banco do Brasil, por sua vez, vai devolver R$ 8,1 bilhões em oito parcelas entre 2022 e 2029.

O Banco da Amazônia (Basa), com devolução de R$ 1 bilhão, quer cinco parcelas de R$ 200 milhões entre 2022 e 2026. Já o Banco do Nordeste (BNB), com R$ 500 milhões, sugeriu três prestações de R$ 167 milhões entre 2022 e 2024.

Fonte: Gazeta do Povo

Governo estuda vender R$ 10 bi em crédito da Caixa para o BNDES

Publicado em: 19/10/2017


O governo está negociando uma operação para socorrer a Caixa Econômica e evitar que o Tesouro Nacional seja obrigado a fazer um aporte de recursos na instituição, para que ela não descumpra regras internacionais de proteção a crises. Uma das alternativas é que a Caixa venda para o BNDES até R$ 10 bilhões em créditos de risco – dívidas que são mais difíceis de se recuperar. Em troca, o BNDES ficaria com a gestão do FI-FGTS, o fundo de investimentos que usa parte dos recursos do fundo de garantia para aplicar em infraestrutura.

Outra opção em estudo é repassar toda a carteira de infraestrutura da Caixa, incluindo o FI-FGTS, para o BNDES. Nessa troca de ativos, o BNDES cederia parte de seu caixa como contrapartida. Seria uma operação mais ampla de reestruturação dos dois bancos públicos. Essa saída é considerada pelo BNDES mais viável do ponto de vista econômico e jurídico, mas deve enfrentar forte resistência política.

A Caixa está pressionada porque o Tesouro já avisou que não tem como tirar dinheiro do Orçamento para capitalizar o banco por causa da delicada situação fiscal do governo. Ao mesmo tempo, o Banco Central cobra o cumprimento das novas exigências firmadas no acordo de Basileia 3.

O índice de Basileia mostra quanto de capital dos sócios o banco deve ter em relação aos recursos emprestados. No caso da Caixa, a única sócia é a União.

As normas brasileiras exigem que para cada R$ 100 emprestados os bancos tenham R$ 11 de capital dos sócios. Em agosto, o índice do banco foi de 14,85%. O BNDES fechou junho com índice de Basileia de 22,75%.

No entanto, novas regras globais, mais restritas, estão a caminho. A norma batizada de Basileia 3, criada após a crise financeira de 2008, aumenta gradativamente o porcentual de capital que os acionistas dos bancos são obrigados a ter para fazer frente aos riscos, o que se mostra uma dificuldade para a Caixa. O BNDES, por sua vez, tem indicadores bem mais confortáveis e por isso foi acionado.

De acordo com uma fonte, o presidente da Caixa, Gilberto Occhi, bateu à porta do ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, para pedir um aporte simples de recursos, o que já foi descartado pela equipe econômica.

A secretária do Tesouro, Ana Paula Vescovi, também é presidente do Conselho de Administração da Caixa. O entendimento é que a Caixa ainda trabalha com o “chip” do governo Dilma Rousseff, esperando uma nova capitalização federal.

No momento, a equipe econômica estuda editar uma lei para dar segurança à operação de socorro à Caixa.

O BC disse que não faz comentários individuais sobre instituições financeiras. O Ministério da Fazenda não quis se manifestar. BNDES não respondeu. A Caixa afirma que trabalha com outras estratégias para cumprir as exigências de capital.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Fonte: Exame

Socorro a bancos deve ter ajuda do Tesouro

Publicado em: 11/10/2017


Depois da aprovação da Medida Provisória que permite ao Banco Central (BC) fechar acordo de leniência com instituições financeiras, o governo deve enviar ao Congresso a nova lei de resolução bancária, que permitirá, em último caso, injetar dinheiro do Tesouro Nacional para socorrer bancos em dificuldade.

A medida se aplicaria a instituições financeiras sistematicamente importantes, como os grandes bancos públicos – Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil – e ainda Bradesco, Itaú Unibanco, Santander e BTG Pactual. Hoje, o socorro a bancos com recursos do Tesouro não é permitido, de acordo com a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).

De maio de 2000, a legislação traz em seu artigo 28 a proibição de uso de recursos públicos, inclusive de operações de crédito, para socorrer as instituições, “salvo mediante lei específica”.

A questão é polêmica justamente porque, na década de 1990, o governo foi acusado de injetar bilhões nas instituições financeiras em risco por meio do Programa de Estímulo à Reestruturação e ao Fornecimento do Sistema Financeiro Nacional (Proer). O Proer foi sepultado pela LRF e a possibilidade de chamamento do Tesouro – ou seja, de dinheiro público – poderá voltar somente a partir de critérios e formas que serão estabelecidos pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).

Proer

O Proer, lançado em novembro de 1995, autorizou o repasse de dinheiro público (mais de R$ 16 bilhões) a bancos privados que estavam quebrados. O argumento do governo de Fernando Henrique Cardoso era de que, sem a medida, haveria um colapso bancário e financeiro no País. Além de atualizar o marco, que tem mais de 40 anos, as mudanças visam a aperfeiçoar a liquidação e a intervenção de bancos em dificuldade com a criação de determinados instrumentos.

Com cerca de 150 artigos, a nova legislação traz avanços como a possibilidade do uso do bail-in, que estabelece de forma compulsória a utilização de recursos de acionistas para a absorção de prejuízos e recapitalização de instituições financeiras.

Em discussão há mais de cinco anos, a nova lei de resolução bancária deve tocar em outros assuntos sensíveis, de acordo com uma fonte que ajudou na formatação do marco. Entre eles estão a sucessão fiscal para novos administradores e a inexistência de ganho de capital quando concedido desconto a credores (haircut do passivo). Esse último assunto chegou a criar questionamentos por parte da Receita Federal, que desejava tributar o desconto, conforme a mesma fonte, mas o BC teria contornado a questão.

Procurado, o Banco Central não comentou o assunto.

Fonte: Época Negócios

BNDES vai antecipar pagamento ao Tesouro em 2018; BB e Petrobras não serão privatizados

Publicado em: 30/08/2017


O BNDES terá de devolver em 2018 ao Tesouro uma nova parcela de recursos referente a repasses bilionários feitos ao banco nos últimos anos, disse à Reuters nesta quarta-feira uma fonte do primeiro escalão do governo, acrescentando que o governo não cogita privatizar outras grandes estatais, como Banco do Brasil, Petrobras, Correios ou Caixa.

O valor ainda está sendo negociado entre o governo e o BNDES e cálculos estão sendo feitos para que a devolução atenda às necessidades do governo sem comprometer o fôlego de financiamento do banco de fomento

“Ainda não discutimos os valores a serem devolvidos, mas é certo que vamos precisar de alguma devolução do BNDES”, disse à Reuters a fonte em condição de anonimato. “Não se chegou a valores ainda, mas são para 2018”, acrescentou.

No fim do ano passado, ainda sob o comando da então presidente Maria Silvia Bastos Marques, o BNDES devolveu ao Tesouro 100 bilhões de reais. Ao longo dos governos do PT, o Tesouro direcionou ao BNDES mais de 500 bilhões de reais, usados em empréstimos do banco de fomento.

O BNDES informou que até agora não há previsão de novo pagamento antecipado de recursos ao Tesouro.

O governo vem encontrando dificuldades para fechar suas contas desse ano, com frustração de receitas e dificuldades na aprovação de medidas como a reforma da Previdência. A meta de déficit fiscal deste ano e de 2018 foram elevadas para 159 bilhões de reais.

Em busca de recursos, o governo anunciou algumas concessões na área de infraestrutura e privatizações, como da Eletrobras, Casa da Moeda e Lotex.

A fonte, no entanto, negou possíveis vendas de Correios, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e ou Petrobras. “Isso não existe”, disse a fonte.

Paralelamente, o governo também conversa com o banco sobre a possibilidade de devolução de recursos ao Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), outra fonte de financiamento aos empréstimos do BNDES.

Fonte: Jornal Extra

Saldo de dívidas garantidas pela União totaliza R$ 299 bi até abril

Publicado em: 26/05/2017


O Tesouro Nacional informou que, no fechamento de abril de 2017, o saldo devedor das garantias concedidas pela União totaliza R$ 299,3 bilhões, sendo R$ 222,7 bilhões em operações de crédito (R$ 108,6 bilhões em operações internas e R$ 114,1 bilhões em operações externas) e R$ 76,6 bilhões em fundos.

Os dados constam do Relatório Quadrimestral de Garantias da União referente ao 1º quadrimestre de 2017. O documento traz as principais informações e o histórico de garantias a operações de crédito e fundos dos últimos anos. De acordo com o documento, no primeiro quadrimestre de 2017, o saldo da dívida garantida alcançou 41,7% da Receita Corrente Líquida, com pouca variação em relação ao quadrimestre anterior.

Entre os credores, destacam­se os bancos federais (BNDES, BB e Caixa), concentrando 98,9% (R$ 107,4 bilhões) das garantias internas, e os organismos multilaterais (BIRD e BID), respondendo por 84,8% (R$ 96,7 bilhões) das garantias externas. Entre os mutuários, os Estados do Rio de Janeiro e de São Paulo são os que apresentam o maior saldo em operações de crédito garantidas, com 14,5% (R$ 32,2 bilhões) e 10,6% (23,7 bilhões) do total garantido, respectivamente.

O Tesouro destacou que, no ano, honrou, até o fechamento de abril, R$ 826,5 milhões em obrigações inadimplidas por entes federados, recuperando, por meio das contragarantias previstas em lei, o valor total de R$ 716,4 milhões. “Devido à Ação Cível Originária nº 2.972, ajuizada pelo Estado do Rio de Janeiro, a União encontra­se impedida de executar as contragarantias de cinco contratos do referido ente, restando ainda a recuperar R$ 370,11 milhões relativos a parcelas honradas em 2016 e R$ 111,8 milhões referentes a valores honrados em 2017.

Fonte: Valor

Participação da União no BB cairá para 50,7%

Publicado em: 08/05/2017


A União vai ficar próxima ao limite da participação mínima necessária para manter o controle acionário do Banco do Brasil. O Tesouro determinou na sexta-feira a venda das ações do banco público detidas pelo fundo soberano. A operação, que já havia sido anunciada pelo governo no ano passado, será realizada ao longo dos próximos 24 meses.

Após a negociação, que pode se estender até maio de 2019, a participação da União no capital do BB cairá de 54,4% para 50,73%. O fundo soberano detém 3,67% das ações do banco BB, o equivalente a pouco menos de R$ 3,5 bilhões, com base na cotação de fechamento na bolsa na sexta-feira. Os recursos com a venda vão ajudar no cumprimento da meta de primário pelo governo central, mas ainda não é possível saber se o efeito da medida será mais concentrado neste ano ou em 2018. O Tesouro recomendou que a operação de venda aconteça da forma mais neutra possível para evitar pressões sobre o preço das ações do BB.

A margem da União no controle do banco vem caindo desde 2015, quando a participação passou de 57,9% para 57,7% após o governo se desfazer de uma pequena parcela das ações do fundo soberano para reforçar as contas públicas. A operação, feita na época sem aviso prévio ao mercado, provocou forte oscilação nas ações do BB.

No ano passado, a União perdeu mais 3% do controle do banco. As ações, que foram usadas para capitalizar o Fundo Garantidor da Construção Naval (FGCN), tiveram de ser entregues aos credores da Sete Brasil, fornecedora de sondas da Petrobras que entrou em recuperação judicial. Esses credores tinham operações cobertos pelo fundo naval.

Apesar da queda na participação que ocorrerá nos próximos 24 meses, o risco de o governo perder efetivamente o controle da instituição é pequeno mesmo que eventualmente a participação caia abaixo dos 50%. Isso porque o segundo maior acionista individual é a Previ, o fundo de pensão dos funcionários do BB, que tem 9,97% do capital da instituição financeira. Outro acionista sobre o qual o governo também possui influência é o FI-FGTS, que também recebeu parte das ações detidas pelo fundo que garantia os empréstimos da Sete Brasil.

A decisão do Tesouro de vender a participação do fundo soberano deverá pressionar a cotação das ações do BB, principalmente na abertura dos mercados nesta segunda-feira. A avaliação de integrantes do governo, porém, é que o movimento será de curtíssimo prazo. A partir do momento que o mercado entender que a operação será feita de forma gradual, a cotação voltará a normalidade, segundo um interlocutor.

A venda das ações do BB deve pôr fim ao fundo soberano brasileiro. Criado em 2008, em um período em que o governo contou com uma folga fiscal, esse bolsão de recursos tinha como objetivo promover investimentos em ativos no país e no exterior. Na prática, no entanto, foi usado apenas para investir em ações de empresas estatais.

Em 2010, o fundo aplicou em papéis da Petrobras no processo de capitalização da empresa. Foi nesse mesmo ano que o fundo comprou ações do BB e teve seu maior valor patrimonial, atingindo R$ 18,764 bilhões. Atualmente, o patrimônio do fundo conta apenas com os papéis do BB e títulos públicos. (colaborou Eduardo Campos)

Fonte: Valor Econômico

BB eleva aposta em operação com LCA a juros mais baixos

Publicado em: 04/05/2017


Numa estratégia para se armar contra a concorrência dos bancos privados, que já vêm conquistando mais terreno entre grandes produtores e agroindústrias, o Banco do Brasil resolveu elevar a aposta nas operações de crédito rural com captação de Letras de Crédito do Agronegócio (LCA) a juros mais baixos do que os praticados pelo mercado nesta safra, a 2016/17. Isso significa financiamentos a taxas que podem chegar a 9,9% ao ano, nível incomum em se tratando desses contratos, que geralmente contam com recursos acima da taxa básica de juros (Selic).

“Temos que estar preparados para juros menores, já que há uma tendência de a Selic se aproximar mais da inflação este ano”, disse ao Valor o vice-presidente de Agronegócios do BB, Tarcísio Hubner, durante a Agrishow, maior feira de agronegócios do país. “Um cenário de juros baixos abre caminho para outras soluções, por isso a LCA se mostrou como grande alternativa para a gente nesta safra, e o BB pretende emprestar mais com LCA daqui para a frente”, afirmou.

Geralmente, os financiamentos ao agronegócio que têm como fonte a emissão desses títulos, isentos de Imposto de Renda, são ofertados pelas instituições financeiras a taxas de juros livres, que superam a Selic. Esses contratos, portanto, saem mais caro para o tomador do que os do Plano Safra, que têm juros subsidiados pelo governo. Assim, acabam sendo mais alvo de indústrias do que de produtores e são ofertados mais por bancos privados.

Na atual safra, porém, essa realidade mudou um pouco. O governo determinou que os bancos direcionassem pelo menos 35% de suas emissões com LCA para contratos de crédito rural, dos quais uma parte seria a juros fixos de até 12,75% ao ano. Essa “LCA controlada” não tem subsídios do Tesouro.

Essa novidade fez o volume total de crédito rural desembolsado pelos bancos com base nas LCA crescer 36,3%, para R$ 14 bilhões no acumulado dos dez primeiros dez meses da safra 2016/17 (julho de 2016 a abril deste ano), ante o mesmo período do ciclo anterior. Desse montante, R$ 8,8 bilhões foram emprestados apenas com juros controlados. É nessa seara que o BB ampliou a aposta. Nesse período, o banco respondeu por R$ 3,6 bilhões dos R$ 8,8 bilhões e também emprestou mais R$ 321 milhões via LCA com taxas livres.

Como a Selic está em trajetória de queda, o BB decidiu ofertar crédito rural via LCA não necessariamente no teto de 12,75%, mas a juros mais baixos, em operações de menor risco de crédito, disse Hubner. Assim pode emprestar esses recursos não apenas a grandes empresas ou agroindústrias, mas também a grandes produtores. Além de destinar as LCA para custeio, o BB vem direcionando esses títulos a investimentos.

A depender das negociações em curso pelo governo em torno do próximo Plano Safra (2017/18) pode haver mais estímulos à LCA como mecanismo alternativo de fontes de recursos para setor rural. Segundo o Valor apurou, o Ministério da Agricultura propôs à equipe econômica que os juros dos financiamentos com captação de LCA caiam para 10,5% ao ano.

Fonte: Valor Econômico

Com reestruturação, BB pode economizar até R$ 3 bi em folha

Publicado em: 02/12/2016


O presidente do Banco do Brasil (BB), Paulo Caffarelli, afirmou nesta segunda-feira que a reestruturação anunciada ontem à noite pela instituição tem como objetivo prepará-la “para uma nova arena, uma nova realidade”. O banco tem como meta chegar a janeiro de 2019 com 9,5% de capital principal sob Basileia 3, frente aos 9,07% atuais.

As mudanças preveem o fechamento de 402 agências e a transformação de outras 379 em postos de atendimento, além do encerramento de 31 superintendências regionais. Após os ajustes, o número total de postos e agências cairá de 6.998 para 6.851 unidades. O enxugamento da estrutura administrativa significa cortar cerca de 9 mil vagas.

O BB também lançou um plano de aposentadoria antecipada com foco em um universo de 18 mil funcionários que já são beneficiários do INSS ou já cumprem os requisitos para aposentadorias do sistema público ou da Previ – o fundo de pensão dos empregados do BB. Caso haja a adesão integral, o custo chegará a R$ 2,7 bilhões.

O BB propôs pagar 12 salários a quem entrar no plano, podendo chegar a 15 salários dependendo do tempo de casa. Em programa semelhante no ano passado, o incentivo girava em torno de sete salários, lembrou Caffarelli. O período de adesão vai até 9 de dezembro.

“Temos a expectativa de que tenha uma adesão maior do que no ano passado”, disse o executivo, ressaltando se tratar de um convite. “Não estamos demitindo ninguém.”

Caffarelli lembrou que o BB tem um custo de cerca de R$ 3 bilhões em folha de pagamento, superior ao dos concorrentes.

Segundo ele, a economia a ser obtida no plano de aposentadoria depende do número de adesões. Se 5 mil funcionários entrarem no plano, a economia será de R$ 1,183 bilhões. Com 9 mil adesões, vai a R$ 2,130 bilhões. Se os 18 mil funcionários vislumbrados entrarem no programa, o banco economizará R$ 3,048 bilhões.

O executivo afirmou que ainda não tem estimativa de quanto pode economizar com a redução da jornada de trabalho para seis horas por dia para quem quiser adotar esse modelo.

“Ouso dizer que podemos acomodar tudo isso da melhor forma”, disse.

O vice-presidente de finanças e relações com investidores do BB, José Maurício Pereira Coelho, afirmou que o plano de aposentadorias antecipadas não deve ter impacto na Previ. Isso porque, segundo ele, a fundação já trabalha com a possibilidade de o funcionário se aposentar a partir de 50 anos de idade.

Eficiência 

“Quando se compara o resultado ajustado do Banco do Brasil com o dos nossos pares no primeiro semestre, temos um resultado aquém da média dos grandes bancos”, disse Caffarelli, em entrevista a jornalistas.

Segundo o executivo, o desafio é buscar a eficiência operacional por meio de uma série de medidas, incluindo corte de despesas. “Estamos trabalhando nesse sentido sem contar com nenhum tipo de aporte por meio do Tesouro”, afirmou.

Caffarelli disse que é um trabalho estrutural, voltado para dentro do banco. “Se quisermos continuar crescendo, temos que fazer uma adequação de capital.”

Embora o objetivo seja alcançar os 9,5% de capital principal em janeiro de 2019, Caffarelli disse que, em termos prudenciais, é preciso alcançar esse patamar já em julho do ano que vem.

O trabalho para a melhora da rentabilidade também passa pelos canais digitais que, segundo o presidente do banco, são uma forma eficiente de se relacionar com os clientes. Com a ajuda dos meios eletrônicos, afirmou o executivo, o BB tem conseguido um incremento dos negócios e um aumento de até 40% na rentabilidade individual dos clientes que os utilizam.

Fonte: http://www.valor.com.br/financas/4781969/com-aposentadoria-antecipada-bb-pode-economizar-ate-r-3-bi-em-folha