Bancos digitais miram crédito para veículos; mercado movimenta R$ 15 bi

Publicado em: 02/12/2021

Após conquistar milhões de contas de instituições tradicionais, os bancos digitais começam também a oferecer crédito para compra de veículos. Eles estão de olho em um mercado que movimenta, em média, R$ 15 bilhões por mês, com 70% da concessão de financiamento concentrada em cinco grandes grupos – Bradesco, Banco Votorantim, Itaú, Banco Pan e Santander.

O C6 Bank começa a puxar a fila desse movimento entre bancos digitais nativos e anuncia hoje que vai enfrentar os gigantes do ramo. O banco entra no segmento de empréstimos para compra de automóveis e comerciais leves com presença em 1,2 mil concessionárias e lojas independentes nas regiões Sul e Sudeste. No próximo ano, a instituição financeira pretende entrar no segmento de motos e caminhões.

As parcerias com revendedores serão ampliadas mês a mês em 2022, com meta de chegar a 14 mil lojas em “um estágio de maturidade”, informa Ricardo Bonzo, responsável pela área de veículos no C6.
Inteligência

“O mercado brasileiro ainda é muito concentrado, e enxergamos oportunidade de trazer prestação de serviço diferenciada, agilidade e segurança para o cliente e eficiência para o revendedor”, diz o executivo.

Bonzo afirma, por exemplo, que o banco vai usar inteligência de dados para simplificar o processo, solicitando menos documentos e garantias do tomador de crédito, sem abrir mão da segurança e da qualidade da concessão. Com dados do CPF ou da CNH do consumidor, além da placa ou chassi do veículo, a aprovação do financiamento pode ocorrer em 15 a 20 minutos.

Para o lojista, o valor do crédito será enviado via Pix em operações que podem ser feitas em qualquer dia, incluindo finais de semana e feriados.

Segundo Bonzo, ao longo de novembro foram feitas operações-piloto envolvendo 60 lojas. Nesse processo, diz ele, não foi registrada perda de posicionamento de preço ao cliente e o feedback foi de que as taxas são competitivas.

“Viemos para o mercado para ser competitivo, para brigar com os bancos que hoje são líderes do segmento e estar entre os quatro maiores players do Brasil em concessão de financiamento de veículos”, afirma o executivo, que já passou por instituições como Itaú, Banco Volkswagen, Fibra e Bank Boston.

Estrutura enxuta

Sobre a oferta de juros competitivos, Bonzo afirma que os bancos digitais têm a vantagem de ter estrutura de custos mais enxuta – não possuem agências, por exemplo – e custo de captação competitivo, itens que entram na composição dos juros para os clientes. As taxas, aliás, vão variar de acordo com o perfil de risco do cliente.

O C6 Bank, que tem o gigante americano JP Morgan como sócio, diz não ter limitação de funding. “Estamos preparados para sustentar o crescimento que planejamos”, diz Bonzo. Outro passo do banco digital será a criação, no fim do primeiro trimestre de 2022, de carteira de autofinanciamento, o empréstimo pessoal que também coloca o automóvel como garantia.

Banco Pan e Credere acirram briga no segmento

O C6 Bank tem entre seus concorrentes o Banco Pan, o ex-banco tradicional Panamericano, que era muito focado em financiamento de veículos e se digitalizou no início de 2020. Agora apenas em versão digital, quer impulsionar sua atuação no financiamento online e, em setembro, adquiriu 80% da Mobiauto, uma grande plataforma digital para comercialização de veículos.

Outra que buscou reforço similar foi a fintech Credere, que fez parceria com a Kavak para oferecer crédito aos clientes da startup que atua na compra e venda online de automóveis.

O banco digital Neon afirma não ter intenção de ingressar no financiamento de carros no momento, mas “não descarta a possibilidade de, no futuro, oferecer o produto para melhor atender a necessidade dos clientes”. O Inter também não está na área mas diz estar “constantemente estudando produtos para incrementar seu portfólio”. Por estar em período de silêncio, o Nubank, outro que não atua no ramo, não se posicionou.

Fonte: Estadão

 

Banco do Brasil bate recorde de desembolso em crédito de veículos

Publicado em: 15/01/2020

O Banco do Brasil (BBAS3) bateu recorde em crédito de veículos no fim de 2019. Isso porque houve uma recuperação do setor automobilístico. O volume de desembolso do banco nessa linha teve um aumento de 46% entre os meses de novembro e dezembro do ano passado, em relação ao mesmo período de 2018.

Levando em conta todo ano de 2019, o crescimento nessa linha do Banco do Brasil foi de 38,1%. Mesmo assim, a carteira de crédito a veículos ainda fechou em declínio o ano, com uma baixa de mais de R$ 1 bilhão no ano passado ante 2018, para R$ 9,2 bilhões. Os bancos ainda estão com um pé atrás em relação ao crédito a veículos neste ano, mesmo com prévias positivas para o setor automobilístico. Algumas instituições financeiras estão prevendo que ainda haverá espaço para alavancagem no consumo das famílias neste setor.

Entretanto, os bancos concordam que o risco de descontrole da inadimplência, que já ocasionou prejuízos bilionários na crise dos financiamentos sem entrada, não é mais uma pauta e está descartado.

Reformulação no conselho diretor

O Banco do Brasil anunciou uma reformulação em seu conselho diretor. A medida é marcada pela saída de três vice-presidentes da instituição financeira, que ocorreu na última segunda-feira (6). De acordo com o comunicado ao mercado enviado pelo Banco do Brasil, Antônio Gustavo Matos deixou o cargo de vice-presidente de Gestão de Pessoas, Suprimentos e Operações. O banco anunciou também a renúncia de Márcio Hamilton Ferreira do cargo de vice-presidente de Negócios de Atacado. Além disso, o executivo Ivandré Montiel da Silva não é mais vice-presidente de Agronegócios. As alterações ocorreram por conta da união entre as áreas de governo e agronegócio. A vice-presidência de tecnologia e negócios de varejo também foi fundida.

Confira a nova composição do conselho administrativo do banco:

  • Rubem de Freitas Novaes – Presidente Mauro Ribeiro Neto
  • Vice-Presidente Corporativo Carlos Hamilton Vasconcelos Araújo
  • Vice-Presidente Gestão Financeira e Relações com Investidores Carlos Renato Bonetti
  • Vice-Presidente de Controles Internos e Gestão de Riscos Fabio Augusto Cantizani Barbosa
  • Vice-Presidente de Desenvolvimento de Negócios João Pinto Rabelo Junior
  • Vice-Presidente de Agronegócios e Governo Carlos Motta dos Santos
  • Vice-Presidente de Negócios de Varejo Walter Malieni Júnior
  • Vice-Presidente de Negócios de Atacado

Fonte: Suno Research

BB atinge R$ 1 bilhão em financiamento de veículos pelo celular

Publicado em: 01/02/2018

O BB alcançou a marca de R$ 1 bi de desembolso em financiamentos de veículos realizados pelo mobile, desde o seu lançamento, em 2016. Em dezembro do referido ano, o balanço era de R$ 195 milhões em operações contratadas pelo App BB. Já no fim de 2017, o número chegou a R$ 953 milhões – um crescimento de 390% na utilização do canal, em apenas um ano.

A participação do mobile no total de financiamentos de veículos para pessoas físicas da instituição saltou de 1,6% em janeiro de 2016 para 55% em dezembro de 2017.

A solução digital proporciona melhor experiência ao cliente pela simplicidade e agilidade do atendimento, pois não há necessidade de se deslocar a uma agência para realizar a operação. Basta tirar uma foto do documento do automóvel e enviar pelo aplicativo. O benefício de comodidade pelo canal é percebido pela quantidade de contratações realizadas pelo cliente fora do horário bancário, inclusive nos fins de semana – 55%, em 2017.

Como incentivo, o aplicativo apresenta taxas mais atrativas: a partir de 0,95% a.m. para veículos leves novos e seminovos. A tarifa varia de acordo com o ano de fabricação do veículo, o percentual de entrada, o prazo do financiamento e o relacionamento mantido com o Banco.

Apesar da geração de clientes Baby Boomers (entre 50 e 72 anos) apresentar, culturalmente, preferência pela contratação via agências físicas, o perfil corresponde a 23% dos financiamentos de veículo pelo canal digital. O dado demonstra a adaptabilidade de um segmento considerado resistente ao uso de tecnologia. A maioria dos clientes que financiaram um carro pelo aplicativo é da geração X e Y (entre 20 e 49 anos), 43% e 32%, respectivamente.

De acordo com o diretor de Empréstimos, Financiamentos e Crédito Imobiliário, Marcos Coltri, a expectativa para 2018 é de dobrar a marca alcançada e atingir R$ 2 bilhões por meio da modalidade no celular. “Como aponta nossa proposição de valor, buscamos sempre oferecer o que é importante para nossos clientes. Neste ano, vamos consolidar ainda mais nossa solução digital como a melhor experiência para atender nosso cliente, onde ele precisar”, ressalta.

Fonte: Banco do Brasil