Ação do Banco do Brasil: desconto em bolsa é exagerado, diz Guide

Publicado em: 24/08/2023

A Guide Investimentos considera que o desconto da ação do Banco do Brasil (BBAS3) na bolsa de valores brasileira é exagerado. A avaliação acontece em análise do desempenho dos resultados do segundo trimestre de 2023 dos quatro principais bancos listados na B3 (B3SA3): Santander (SANB11), Bradesco (BBDC4), Itaú Unibanco (ITUB4) e Banco do Brasil.

“O banco é punido por seu controle estatal, mas acreditamos que há uma superestimação do poder de interferência estatal nos moldes que o banco está estruturado atualmente, de forma muito mais independente e com alinhamentos de interesse entre gestão e acionistas”, diz a Guide em relatório.

A Guide diz ver o Banco do Brasil com o maior potencial de retorno no curto prazo, mas também com um pouco mais de risco do que Itaú, dada a influência do noticiário político e especulações.
Principais resultados

O Banco do Brasil reportou lucro líquido ajustado de R$ 8,8 bilhões no segundo trimestre deste ano, alta de 11,7% ante o mesmo período em 2022. No período, o banco teve retorno sobre o patrimônio líquido de 21,3%, contra 20,8% um ano antes.

A margem financeira líquida do banco foi de R$ 15,711 bilhões, com crescimento anual de 11,3%. Já a margem financeira com clientes foi de R$ 20,049 bilhões, e a margem com mercado, de R$ 2,838 bilhões.

As receitas com prestação de serviço somaram R$ 8,286 bilhões, alta de 5,6%. A carteira de crédito ampliada da instituição financeira atingiu R$ 1,045 bilhão, crescimento de 13,6% na comparação com um ano antes.

Já a inadimplência acima de 90 dias do Banco do Brasil foi a 2,73%, de 2,62% no fim do primeiro trimestre e 2% no encerramento do segundo trimestre do ano anterior.

Análises

A Guide Investimentos avaliou que a rentabilidade mensurada pelo ROE de Bradesco e Santander caíram de forma abrupta no segundo trimestre de 2023. Por outro lado, segundo a corretora, o Banco do Brasil está no seu melhor momento histórico, enquanto o Itaú vem conseguindo mostrar trajetória de recuperação desde o início da pandemia.

A corretora também destacou o diferencial entre a tendência da margem financeira com clientes de Itaú e Banco do Brasil, que desempenharam de forma superior em relação a Santander e Bradesco.

Preferências

No relatório, a Guide diz reforçar sua preferência por Itaú e Banco do Brasil. “Enquanto o nosso lucro líquido de ambos os bancos foi reafirmado pela atualização do guidance, o Bradesco já fez revisões que deixaram nossas perspectivas para o banco mais pessimista. O banco reduziu as projeções de crescimento da carteira e consequentemente da margem financeira, em paralelo reafirmou a manutenção dos mesmos níveis de PDD, ou seja, uma NIM líquida inferior ao que foi fornecido no último guidance. O Santander não forneceu guidance para o ano”, cita a corretora.

A Guide aponta ainda que, diante de poucos indicadores que aspirem otimismo para revisões para cima no lucro projetado para os próximos 12 meses, enxerga, além do desconto do Banco do Brasil, outros destaques nos múltiplos de negociação dos bancos.

Para os especialistas da casa, o prêmio do Itaú é justificável e vem sendo reafirmado nos diferenciais de performance que vem sendo entregues nos últimos resultados.

“O banco, com excelente track record e ótima governança, consegue crescer sua margem financeira, expandir a carteira de crédito e realizar tudo isso com um controle de inadimplência acima da média do setor”, destaca a Guide.

“Até vermos melhorias mais claras de resultado e se tivermos um viés mais positivo que justifique revisões de lucro para cima, vemos os valuations de Bradesco e Santander como pouco atrativos, tendo recomendação neutra para ambos os bancos.”

Fonte: InvestNews

Segundo semestre de BB, Itaú e outros bancos: qual ação comprar?

Publicado em: 07/07/2023

Depois de um rali das ações instituições financeiras como Itaú Unibanco (ITUB4), Banco do Brasil (BBAS3), Santander (SANB11) e Bradesco (BBDC4), analistas ainda falam em cautela com o setor bancário.

A deterioração da qualidade do crédito, com impacto sobre a inadimplência, preocupa parte do mercado, que diz preferir ações de empresas com retornos mais previsíveis, como as do setor elétrico, enquanto aumenta a exposição a algumas empresas da economia doméstica.

Bancos digitais também são citados como possíveis melhores escolhas por serem mais sensíveis ao ciclo de corte de juros. Santander, segundo analistas, seriam um banco para não comprar neste momento, enquanto a avaliação sobre outros nomes do setor varia.

O Bradesco BBI, por exemplo, disse que prefere o BTG Pactual porque, segundo o banco, deve ser o maior beneficiado da queda dos juros.

Já o Banco do Brasil é frequentemente citado como uma ação “barata”, mesmo após alta de cerca de 50% neste ano, por causa da precificação excessiva de um risco político no passado recente. Além disso, segundo o Itaú BBA, foram exagerados os temores sobre o efeito de uma Selic menor na NII (margem financeira) e nos resultados de 2024.

O Itaú BBA elevou recentemente o preço-alvo das ações do Banco do Brasil ao fim de 2023, de R$ 48 para R$ 56, com recomendação outperform – desempenho esperado acima da média do mercado, equivalente a “compra”.

Vantagens do Banco do Brasil

O analista da Guide Investimentos, Eduardo Siqueira, conta que a corretora gosta do Banco do Brasil por causa de, entre outros fatores, a carteira “mais saudável” da instituição, com exposição ao agronegócio e crédito consignado. Ele lembra também do Plano Safra renovado, que deve beneficiar o banco.

Já o Itaú, avalia, tem um bom guidance para esse ano. “O diferencial está na qualidade da carteira”, afirma, destacando que a instituição e o banco estatal já apresentaram balanços melhores do que a concorrência no primeiro trimestre.

Entre empresas menores do setor, a Guide diz que prefere o Banco ABC por conta dos dividendos. Os neobanks melhores são XP, Inter e BTG Pactual, avalia o analista da corretora.

No geral, no entanto, a preferência está em empresas como Ecorodovias (ECOR3) e Simpar (SIMH3), que tem potencial de crescimento no longo prazo e algumas small caps. “Estamos fugindo de commodities para buscar mais setores da economia doméstica”, afirma Siqueira.

Fonte: Money Times

Banco do Brasil “tem crédito” para superar efeitos da queda dos juros

Publicado em: 19/06/2023

Enquanto para boa parte do mercado a queda da taxa básica de juros é bastante aguardada, no que diz respeito aos bancos, a perspectiva do início de um novo ciclo de baixa abre caminho para a preocupação sobre possíveis impactos nas margens dessas operações.

Entretanto, nesse contexto, há quem tenha boas expectativas sobre alguns desses ativos. É o caso do Itaú BBA, que publicou relatório na sexta-feira, 16 de junho, traçando um panorama otimista para o Banco do Brasil.

O banco elevou o preço-alvo da ação, de R$ 48 para R$ 56 (aumento de 16,7%), reiterando a classificação como outperform e o papel como sua principal escolha no setor. Além de prever um crescimento de dois dígitos no lucro e um retorno sobre o patrimônio líquido (ROE) em torno de 20% para 2023 e 2024.

Entre outros pontos, o Itaú BBA ressaltou que, no caso do Banco do Brasil, os temores sobre o efeito de uma taxa Selic mais baixa são exagerados. O argumento foi embasado por uma análise das carteiras de ativos e dos custos de captação da instituição.

“O BB pode mais do que compensar o impacto negativo de uma taxa Selic mais baixa sobre a margem financeira de mercado apenas transferindo parte de seus R$ 430 bilhões em títulos não creditícios para ativos de crédito”, escreveram os analistas Pedro Leduc, Mateus Raffaelli e William Barranjard.

Eles ressaltam que, hoje, apenas 47% dos ativos rentáveis do banco estão relacionados à crédito, o que rende um spread sobre o CDI bem abaixo da média histórica na faixa de 50% a 55%. Para o trio, nesse cenário, uma mudança nessa carteira é bastante provável.

“Nosso estudo mostra que qualquer valor acima de 52% pode garantir um crescimento da margem financeira de dois dígitos em 2024. Portanto, estamos fora do consenso e projetando uma outra rodada de crescimento do lucro no próximo ano”, observam.

Na visão dos analistas, a queda nas margens da operação atrelada ao recuo da taxa de juros é “muito simplista e pode ser enganosa”, dado que ela não considera essa provável mudança do mix de ativos, acompanhada de um crescimento “robusto” da carteira de empréstimos.

“Uma mudança de mix para mais ativos de crédito pode, portanto, ser uma poderosa força motriz para compensar os impactos negativos da taxa Selic mais baixa sobre a margem financeira”, destaca outro trecho do relatório.

O Itaú BBA projeta que a participação dos ativos de crédito no mix total do banco cresça para 53% em 2024, impulsionando um salto anual de 12% na margem total. O banco ressalta ainda que a concessão de mais crédito também gera vendas cruzadas de serviços, contribuindo para uma melhora do ROE.

Em relação à carteira de crédito, a estimativa é de um crescimento de 12% em 2024. Já no que diz respeito ao lucro, a projeção aponta para uma expansão de 10% no período, contra 7% anteriormente, alcançando o patamar de R$ 38,8 bilhões.

Os papéis do Banco do Brasil estavam sendo negociados com ligeira baixa de 0,48% na B3, por volta das 12h30. Em 2023, as ações do banco, que está avaliado em R$ 141,6 bilhões, registram uma alta de 42,8%.

Fonte: NeoFeed

Ação do BB já subiu 53% em 2023, mas ainda pode entregar retorno de dois dígitos e dividendo gordo, diz BofA

Publicado em:

Amplamente conhecido por ser um dos tradicionais pagadores de dividendos da bolsa, o Banco do Brasil (BBAS3) tem chance de agraciar ainda mais os investidores neste ano — e não apenas com proventos, segundo o Bank of America (BofA).

Com ruídos de interferência política mais baixos e uma transição mais suave do que o esperado para o governo Lula, o interesse dos investidores nas ações do banco aumentou.

Desse modo, as ações BBAS3 acumularam valorização de 53% até agora em 2023, superando o desempenho de seus principais concorrentes, como Bradesco (BBDC4) e Itaú (ITUB4), e até mesmo do Ibovespa neste ano.

Porém, na visão do Bank of America, apesar do desempenho superior, a ação ainda está atraente e há espaço para novos ganhos.

Os analistas reforçaram a recomendação de compra para os papéis do banco e elevaram o preço-alvo das ações BBAS3, que passou de R$ 54 para R$ 62.

As ações do Banco do Brasil operam em alta no pregão desta quinta-feira (15). Por volta das xxhxx, os papéis BBAS3 subiam 1,82%, negociados a R$ 49,75.

Visão otimista para Banco do Brasil (BBAS3)

Os analistas do Bank of America preveem dois cenários para o Banco do Brasil (BBAS3), divididos entre touros e ursos.

A visão mais otimista, dos “touros”, tem base em três pilares principais: valuation, exposição agrícola, melhoria estrutural.

O banco enxerga que o Banco do Brasil possui um valuation descontado, com a ação sendo negociada a um múltiplo de 4,1 vezes o preço sobre lucro, 48% abaixo de seus pares privados, em 7,7 vezes.

Excluindo as participações do Banco do Brasil na Cielo e na BB Seguridade, o papel BBAS3 está sendo negociado a 3,3 vezes o preço/lucro.

Enquanto isso, em uma base de preço sobre valor patrimonial (P/VPA), o Banco do Brasil ainda está sendo negociado a um múltiplo de 0,8x, o que implica em uma rentabilidade (ROE) de 14,5%.

Segundo o BofA, a rentabilidade pode ser sustentada acima dos níveis históricos, que teve uma média de 19,4% nos últimos dois anos.

Isso porque, na visão dos analistas, o banco fez melhorias estruturais em sua estrutura de custos, o que permite espaço para aumentar a alavancagem do balanço.

Já do lado da exposição agrícola, os analistas do BofA acreditam que o banco apresenta- se como uma forma atraente para os investidores participarem do setor agropecuário no Brasil, uma vez que “é o maior credor do segmento e tem espaço para reconquistar mercado compartilhar”.

A carteira de agronegócios do Banco do Brasil representa 32% da carteira total do banco, no maior patamar dos últimos 10 anos.

No cenário mais otimista, o BofA prevê um lucro líquido de R$ 36,4 bilhões para este ano e de R$ 40,9 bilhões para 2024, com rentabilidade de 20,8% e 20,6%, respectivamente.

Desse modo, os analistas projetam que o valor justo por ação BBAS3 aumentaria para R$ 65.

Os riscos ao Banco do Brasil (BBAS3)

Por sua vez, do lado do cenário de baixa, dos “ursos”, o Bank of America enxerga a taxa Selic como um dos principais pontos de risco para o Banco do Brasil (BBAS3).

Entre os argumentos citados pelos economistas para uma visão mais defensiva em relação à ação, estão os níveis de lucro e rentabilidade do banco diante de um cenário de juros mais baixos.

Na visão do BofA, a Selic mais baixa pode impactar o Banco do Brasil, que se beneficiou do ciclo de alta dos juros, ainda mais do que seus principais concorrentes.

Os analistas projetam que o Banco Central comece a afrouxar o aperto monetário e cortar as taxas a partir de agosto de 2023.

“O Banco do Brasil registra pela primeira vez os maiores lucros líquidos e rentabilidade do setor, que não são sustentáveis”, afirmam os analistas. “Lucros são mais vulneráveis a um ambiente de taxas mais baixas, e o ciclo de flexibilização [da Selic] deve começar no 3T23.”

Desse modo, dentro do cenário de baixa, o BofA prevê um lucro líquido de R$ 32,4 bilhões para 2023 e de R$ 34,4 bilhões para o próximo ano, o que renderia um retorno sobre patrimônio de 18,6% e 17,7%, respectivamente.

Com isso, os analistas avaliam que o preço justo por ação BBAS3 passaria para R$ 58.

Riscos para o preço-alvo

Os analistas revelaram os principais riscos para o preço-alvo fixado para as ações do Banco do Brasil (BBAS3), de R$ 62 por ativo.

Os riscos de alta, que fariam a ação do banco subir para além do estimado pelo BofA, estão:

  • Crescimento da carteira de empréstimos mais forte do que o previsto
  • Encargos de provisão menores do que o esperado
  • Maior resiliência na margem de lucro do mercado.

Enquanto isso, os riscos negativos para o preço-alvo incluem uma possível interferência do governo nas operações do banco, uma potencial má execução da administração e uma concorrência mais forte do que o esperado no setor agrícola.

Fonte: Seu Dinheiro

Ação do Banco do Brasil está descontada; o problema é o governo

Publicado em: 29/08/2021

Mesmo com descontos e negociando a múltiplos atraentes, analistas seguem pessimistas com os papéis do Banco do Brasil (BBAS3), muito por conta da interferência política na companhia.

A Ativa elevou o preço-alvo do banco de R$ 35 para R$ 38, o que implica potencial de alta de 29,8% ante o último fechamento.

“O Banco do Brasil é dono da maior carteira de crédito do país e possui diferenciais competitivos interessantes, como sua forte participação no crédito rural, que lhe garante resiliência em momentos adversos”, aponta o analista Leo Monteiro.

Ele lembra ainda que por ser uma empresa estatal, possui um P/VPA (Preço sobre Valor Patrimonial por Ação) menor que seus concorrências privados, o que abriria margem para uma possível valorização caso houvesse melhora na gestão do banco e redução nos riscos de interferência política.

“Entretanto, as recentes ações do governo, com demissões de diretores de estatais e ameaças ao programa de reformulação administrativa do banco, nos tornam céticos sobre uma possível melhora na governança e, portanto, optamos por nos manter neutros”, diz.

O ex-CEO André Brandão renunciou ao cargo em abril após abrir divergências com o presidente Jair Bolsonaro por conta do fechamento de agências.

O desgaste começou em janeiro: o BB anunciou um plano para fechar 361 agências e programa de demissão voluntária para 5 mil funcionários, o que não agradou o presidente.

“Apesar do desconto que o Banco do Brasil possui sobre seus pares privados, fruto da precificação de seu risco político no valuation, as recentes intervenções do Governo Federal no banco nos tornam céticos quanto ao fechamento desse desconto em um horizonte projetável”, completa.

Monteiro argumenta que os índices de inadimplência e cobertura do BB se encontram em patamares saudáveis e em linha com o esperado pelo setor.

A carteira de crédito também é um ponto positivo: por ser conservadora em relação aos outros bancos, apresenta menor risco.

No segundo trimestre, o Banco do Brasil lucrou R$ 5 bilhões, alta de 52% ante mesmo período do ano passado.

O número ficou um pouco acima do consenso do mercado, que esperava lucro de R$ 4,5 bilhões.

As provisões para devedores duvidosos caíram 49,8% ano a ano, embora tenham crescido 13,8% na base sequencial.

Fonte: Money Times

Ação contra o BB que já passou por quatro juízos voltará a São José dos Campos

Publicado em: 22/04/2021

A Subseção II Especializada em Dissídios Individuais (SDI-2) do Tribunal Superior do Trabalho não admitiu o conflito de competência suscitado pelo juízo da 1ª Vara do Trabalho de São José dos Campos (SP), em processo contra o Banco do Brasil que já passou por quatro juízos distintos. Segundo o colegiado, a admissão do incidente processual depende de manifestação do juízo considerado competente por quem suscita o conflito, o que não ocorreu no caso.

O caso teve início com uma ação civil pública ajuizada pelo Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários de São José dos Campos contra o Banco do Brasil S.A., para pedir a incorporação de gratificações que estariam sendo retiradas em razão da reestruturação do banco iniciada em 2017. A ação foi distribuída à 1ª Vara do Trabalho da cidade paulista.

Como havia ação semelhante ajuizada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf) em relação aos empregados do banco em todo o território nacional na 17ª Vara do Trabalho de Brasília (DF), a ação foi extinta. O Distrito Federal é o foro competente em casos de abrangência nacional.

O sindicato, então, reapresentou a ação em Brasília, sem, contudo, indicar a dependência com o processo nacional porque, na sua avaliação, os pedidos seriam distintos. O novo processo foi distribuído, à 2ª Vara do Trabalho de Brasília, que, por sua vez, entendeu que o sindicato teria legitimidade para atuar apenas em favor dos bancários de sua região.

Com isso, o caso retornou a São José dos Campos e foi distribuído à 2ª Vara do Trabalho local. Esse juízo, ao verificar que, apesar da numeração diferente, a ação era idêntica à anterior, remeteu-a à 1ª Vara do Trabalho, que, por fim, suscitou o conflito de competência no TST.

Conflito inexistente

A relatora do processo, ministra Maria Helena Mallmann, explicou que o conflito não é admissível caso o juízo suscitante atribua a competência a outro além daqueles que o antecederam na condução do processo. Segundo ela, o conflito só se instala depois d decisão do último juízo considerado competente. “Até esse instante, não há que se falar em juízos ‘atribuindo um ao outro a competência’, porque não há manifestação daquele considerado competente ao final”.

Peregrinação

No caso, a ministra recapitulou que a celeuma teve início com a extinção da primeira ação em São José dos Campos e o ajuizamento de uma segunda em Brasília, sem a indicação da dependência. “Essa circunstância motivou a peregrinação do caso em outros dois juízos, sem que, em nenhum momento, houvesse qualquer pronunciamento da 17ª Vara do Trabalho de Brasília”, ressaltou, lembrando que todo juiz é árbitro de sua própria competência. “Sem que este juízo tenha dela declinado, não existe propriamente um conflito, o que torna o incidente processual inadmissível”, concluiu.

Por unanimidade, a SDI-2 rejeitou o conflito e determinou que o juízo da 1ª Vara de São José dos Campos seja oficiado para que remeta os autos ao que entender competente (17ª Vara de Brasília) ou para que fixe a sua própria competência.

Fonte: Tribunal Superior do Trabalho

 

 

Ação coletiva garante permanência de aposentados da Nossa Caixa no Economus Plus

Publicado em: 04/03/2021

A Federação dos Bancários dos Estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul (Feeb SP/MS) alcançou no dia de março a liminar que garante a permanência dos aposentados do ex-BNC no plano Plus com o pagamento integral conforme determina a lei. A ação foi ingressada pela LBS advogados contra o Banco do Brasil S.S. e Economus, Instituto de Seguridade Social.

A decisão foi apresentada pela juíza Thaíssa de Moura Guimarães, da 20ª Vara Cível de Brasília, que determinou ao Banco do Brasil que os aposentados egressos do Banco Nossa Caixa, que tenham rescindido o contrato de trabalho, sejam reincluídos ou mantidos no plano de saúde Economus Plus.

A decisão restabelece a contribuição (cota parte) de 1,5% do salário e a contribuição patronal e vale para os dependentes. Em caso de descumprimento, caberá multa diária de R$ 3 mil até o montante de R$ 900 mil.

No final de 2020, o Economus fechou o ingresso de novas adesões ao Plano Feas. Antes da alteração do plano, funcionários do BNC que se aposentavam e rescindiam os contratos de trabalho, eram migrados para o Plano Economus Feas e os agregados ao Plano Economus Família.

Até então, as mudanças não causavam prejuízos aos usuários. “Diante da modificação, aposentados e dependentes ficaram com um único caminho, o Plano Economus Família, com valores de contribuição exorbitantes”, explica o presidente da Federação, Jeferson Boava.

O resultado demonstra o equívoco por parte do banco, quanto ao tratamento dado ao direito dos funcionários incorporados ao plano de saúde.

A negativa em negociar nos levou à judicialização do tema. Mesmo em caráter liminar, avaliamos como uma grande conquista, tendo em vista que a decisão garante direitos essenciais como o acesso à saúde.

Fonte: Sindicato dos Bancários de Piracicaba

 

BB: Planner destaca boa estratégia corporativa e reforça compra da ação

Publicado em: 22/10/2020

O Banco do Brasil (BBAS3) vai divulgar os resultados do terceiro trimestre de 2020 no início do próximo mês. A Planner reiterou sua visão positiva para a companhia e atualizou o modelo de investimento, readequando as projeções de lucro e retorno.

Pelas estimativas da corretora, o Banco do Brasil deve apresentar um lucro líquido ajustado de R$ 3,5 bilhões nessa temporada de balanços, com retorno sobre o patrimônio líquido anualizado (ROAE) de 12,3%.

“O BB tem se mostrado preparado para o enfrentamento da crise, com destaque para sua governança e adequada gestão dos riscos de crédito e de liquidez”, comentou o analista Victor Luiz de F. Martins, que assina o relatório divulgado nesta quarta-feira (21).

A Planner reconheceu as medidas que a instituição vem tomando para administrar melhor os custos e gerar mais economia. Ela disse que também espera que as despesas administrativas do banco fiquem em linha com a inflação.

A corretora ainda mencionou a boa estratégia corporativa da companhia, focada em priorizar negócios com sinergia e trazer valor aos acionistas. Um exemplo recente disso é a parceria estratégica entre a subsidiária BB Investimentos e o UBS. O acordo envolve a criação de uma nova companhia com controladas para desenvolver atividades de banco de investimento e corretora no segmento institucional em seis países: Brasil, Argentina, Chile, Paraguai, Peru e Uruguai.

A Planner manteve a recomendação de compra para a ação do Banco do Brasil, com preço-alvo de R$ 47.

Fonte: Money Times

BB é condenado a pagar indenização à aposentada da Nossa Caixa

Publicado em:

Em maio deste ano, uma aposentada da Nossa Caixa (instituição comprada pelo Banco do Brasil em 20 de novembro de 2008) ajuizou, por meio do Sindicato dos Bancários de Bauru e Região, uma reclamação trabalhista em que pedia o pagamento das horas extras decorrentes da alteração do intervalo intrajornada, vale-alimentação, pagamento correspondente a 12 meses de plano de saúde e indenização por danos morais.

A decisão de primeira instância foi proferida agora, em outubro, tendo o juiz Paulo Bueno Cordeiro de Almeida Prado Bauer, da 4ª Vara do Trabalho de Bauru, negado apenas o pedido do vale-alimentação.

O pedido referente às horas extras foi aceito porque a bancária, como era a praxe na Nossa Caixa, sempre trabalhou cinco horas e 45 minutos, tendo 15 minutos de intervalo para alimentação. A partir de 2009, no entanto, já incorporada pelo BB, passou a laborar seis horas.

Alteração na modalidade do PDV

Já os demais pedidos aceitos pelo juiz decorrem de uma alteração arbitrária promovida pelo BB quando a trabalhadora aderiu ao Programa de Adequação de Quadros (PAQ), em agosto de 2019. Esse programa de demissão voluntária prometia, em sua modalidade 834, um ressarcimento equivalente a 12 meses de plano de saúde e indenização de 20% sobre os depósitos do FGTS. Foi essa a modalidade escolhida pela bancária.

Só que, após a homologação rescisória, ela foi informada que a modalidade escolhida (834) havia sido alterada para a opção 809, que não previa os mencionados benefícios. A bancária frisa que não assinou qualquer documento pertinente à alteração de modalidade e que, dada a forma de desligamento, foi coagida a solicitar a aposentadoria complementar do Economus em janeiro de 2020, pois, caso contrário, perderia o plano de saúde.

Condenação

Por essa manobra, além de pagar as horas extras decorrentes da ampliação da jornada em 15 minutos, o BB foi condenado a pagar a indenização de 20% sobre o FGTS, o ressarcimento equivalente a 12 mensalidades do plano de saúde e, ainda, uma indenização por dano moral no valor de R$ 5 mil.

Fonte: Sindicato dos Bancários de Bauru e Região

 

Ação da BB Seguridade tem espaço para subir 42% neste ano, diz Banco Safra

Publicado em: 15/10/2020

A BB Seguridade (BBSE3) deve entregar resultados sólidos nos próximos trimestres, aponta o Banco Safra em relatório enviado a clientes nesta quinta-feira (15). Os analistas do banco, Luis F. Azevedo e Silvio Dória, se reuniram com o gerente de RI (Relações com Investidores) da BB, Felipe Peres, e saíram animados da conversa.

Segundo o cálculo da dupla, a companhia pode atingir um lucro líquido de R$ 4,2 bilhões em 2021. O preço-alvo foi reafirmado em R$ 35 até o final de 2020, potencial de valorização de 42%.

Além disso, Azevedo e Dória disseram que a ação negocia 11,7 vezes o preço sobre o lucro (P/L), o que implica quase 5% de prêmio em relação à média histórica (de 5 anos).

“Portanto, ainda mantemos nosso outperform (desempenho acima da média do mercado), devido aos retornos ainda atraentes e os bons potenciais de distribuição de dividendos”, disseram.

Reformulação

Para eles, a companhia vem acertando a mão com a carteira de seguros. A nova estratégia, chamada de “Mais Que Um Seguro”, para aumentar o valor do cliente, tem agradado.

A empresa reformulou ainda os pacotes: antes, havia uma gama mais ampla de produtos Life, “o que tornava difícil para gerentes e clientes compreendê-los perfeitamente”.

Agora, só existe um produto, com três opções (“Vida Leve”, “Vida Plena” e “Vida Total”), cada uma com um pacote de incentivos e coberturas diferentes.

“Estes novos produtos foram lançados em maio passado, e desde então tem ajudado nas novas vendas desempenho para postar um crescimento significativo”, pontuaram.

Segmento de seguros

Os analistas destacam que o BrasilSeg, o segmento de seguros da BB, têm apresentado crescimentos satisfatórios nos últimos meses, já alcançando o nível pré-pandemia.

“Além de ter melhorado o desempenho no segmento de Vida, o segmento Rural continua com forte desempenho, ajudado por subsídios de seguros do Governo Federal, que contribuiu para a BrasilSeg acessar novos agricultores”, disseram.

Outra boa notícia, de acordo com eles, é o aumento das vendas pelos canais digitais, que teve elevação de 8% para 12% dos prêmios de seguros.

Planos de previdência

No caso dos planos de previdência, a empresa informou que recebeu cerca de R$ 200 por dia em contribuições (bruto) em julho e agosto.

“No entanto, é provável que setembro registre desaceleração, causada pela volatilidade da curva de juros, o que provoca algumas retiradas”, argumentaram.

Não há planos para acelerar a negociação do acordo com o Banco do Brasil para acessar sua rede de agências, que expira em 2033, informou a BB Seguradora.

Fonte: Money Times

Ação do BB está atrativa considerando que “2020 não durará para sempre”

Publicado em: 17/06/2020

As ações do Banco do Brasil (BBAS3) estão atraentes, considerando que o ano de 2020 não irá durar para sempre, de acordo com a análise do Safra. O banco realizou reuniões virtuais com a empresa para entender a perspectiva do Banco do Brasil em relação a desaceleração econômica. Na visão dos executivos, a perspectiva é desafiadora, mas eles acreditam que estão em boa posição de capital e com créditos robustos para enfrentar o cenário.

“Em suma, acreditamos que o Banco do Brasil parece bem posicionado para enfrentar a turbulência econômica causada pela pandemia do Covid-19, principalmente em relação à qualidade do crédito e às necessidades de provisionamento para perdas com empréstimos”, informou o Safra.

Mesmo assim, para os analistas, os resultados do banco deve ser severamente afetados por receitas mais baixas de honorários e contribuições de equivalência patrimonial de participações de subsidiárias e investimentos.

Por outro lado, parece que a maioria desses eventos pode não ocorrer em 2021, quando o banco deve apresentar um resultado muito melhor. Sendo assim, o Safra manteve a recomendação de compra das ações da companhia com preço-alvo de R$ 51 por ação.

Fonte: Money Times

Banco do Brasil perde mais uma ação na Justiça do Trabalho em SP

Publicado em: 28/11/2019


m ação movida pelo Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, o Banco do Brasil foi condenado pela 3ª Vara do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (São Paulo) a indenizar um trabalhador por ocasião de descomissionamento no retorno da licença saúde.

A agência onde o colega Waldemar (nome fictício) trabalhava não possuía os itens de segurança necessários para o seu funcionamento. O sistema de alarme não estava ativo e tampouco o botão de pânico do gerente. A porta giratória não tinha detector de metais. A unidade bancária também não possuía sistema de monitoramento por câmeras.

Por ocasião deste descaso, a agência foi palco de vários assaltos e, em um destes, Waldemar acabou vitimado por doença de ordem psiquiátrica que evoluiu para uma doença ocupacional que o impossibilitou futuramente de realizar o serviço bancário em sua plenitude, comprometendo sua capacidade laboral.

O funcionário acabou afastado por licença saúde, tendo sua comissão de Gerente de Relacionamento cancelada no retorno ao trabalho, e confirmada após o período de 12 meses de recebimento dos proventos da ultima comissão (“esmolão”).

Waldemar então procurou o Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, que ingressou com ação na Justiça. Por ocasião de laudo pericial exigido pela Justiça para produção de prova médica, constatou-se que o dano e o nexo causal foram produzidos pela negligência do banco em não tomar as medidas cabíveis para reforçar a segurança e o ambiente de trabalho saudável, reforçando a responsabilização civil da empresa.

“A perícia constatou que os problemas de readaptação do bancário por não conseguir atender o público ocorreram por causa do assalto. E a perícia também entendeu que ele perdeu um percentual da sua força de trabalho. Por conta disso, o juiz deu uma indenização chamada de ‘lucros cessantaes’”, explica Vitor Monaquezi Fernandes, advogado do Crivelli Advogados Associados, escritório que presta assessoria jurídica ao Sindicato.

O Banco do Brasil foi condenado a pagar ao trabalhador bancário indenização de R$ 30.000 por danos morais e R$ 630.000 por danos materiais a título de lucros cessantes, além de incorporar a gratificação de função paga ao longo do contrato de trabalho, em valor correspondente à média das gratificações recebidas nos últimos 10 (dez) anos de trabalho, garantindo o princípio da estabilidade financeira, ressaltando o propalado pela súmula 372 do TST. A decisão foi em primeira instância, portanto, o banco ainda pode recorrer.

“A simples circunstância de um profissional não poder mais exercitar sua profissão com a capacidade laborativa plena e apresentar dificuldades para os afazeres habituais, além dos do trabalho, é fato que enseja a necessidade de se reparar o lucro cessante. Claro que o empregado não aufere lucro (…). O lucro, aqui, é de mais valia, é o próprio ganha pão, é o sustento, o alimento do trabalhador. Sua redução por culpa de outrem gera o direito à indenização pelo que deixou de receber a título de remuneração razoavelmente esperada”, escreveu em sua sentença o Juiz do Trabalho Luis Fernando Feóla.

“É uma decisão importante porque mostrou o descaso do Banco do Brasil com a segurança das agências e a forma como tratou o trabalhador que sofreu abalos psicológicos por causa do assalto. E, na volta do trabalho, o banco ainda tirou sua comissão. Portanto, é justo que o banco pague este valor”, diz o dirigente sindical Getúlio Maciel, dirigente da Fetec-CUT/SP, e bancário do BB.

Fonte: Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região

Previ/BB: Sindicato no RS ajuíza ação contra valor da aposentadoria

Publicado em: 12/11/2019


O Sindicato dos Bancários de Porto Alegre e Região ajuizou, no último dia 25/10/2019, três novas ações coletivas em face do Banco do Brasil. As ações, através do escritório Antônio Vicente Martins Advogados Associados, buscam a reparação do prejuízo causado pela não contabilização dos anuênios no valor do benefício de previdência privada, pago pela Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil (PREVI).

A assessoria jurídica do SindBancários explica: toda a verba salarial recebida pelo trabalhador, em regra, compõe a base de cálculo do futuro benefício de previdência privada. a ser recebido quando da aposentação. A sistemática é semelhante a que ocorre na Previdência Social.

Assim, quando o empregador sonega direitos do empregado – como quando não paga horas extras realizadas, ou suprime o pagamento dos anuênios – além do prejuízo financeiro sofrido imediatamente, o trabalhador também terá prejuízo futuro, em razão da não contabilização desses valores no cálculo do seu benefício previdenciário. Por essa razão, muitos trabalhadores, que têm direitos trabalhistas reconhecidos judicialmente, buscam a incidência de reflexos desse reconhecimento no valor da complementação de aposentadoria.

Mudança na sistemática

As ações são amparadas no recente julgamento, pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), do Recurso Especial (REsp) nº. 1.312.736/RS, julgado em sede de recursos repetitivos, onde foi fixada tese jurídica que alterou a sistemática até então realizada, quando o assunto era o prejuízo no valor do benefício de previdência privada, causado pela
sonegação de direitos durante a relação de emprego.

Até o julgamento do REsp nº. 1.312.736/RS, as ações, que buscavam a reparação do prejuízo no valor do benefício de aposentadoria, deveriam ser ajuizadas contra a própria PREVI. A partir da publicação do acórdão em 08/08/2018, contudo, foi fixado o entendimento de que é do empregador a responsabilidade pela indenização desse prejuízo, devendo ele figurar como réu em ação trabalhista.

Três novas ações

Dessa forma, tendo em vista as vitórias judiciais, que garantiram o direito dos bancários e das bancárias aos anuênios, o SindBancários ajuizou três novas ações coletivas – vinculadas diretamente às demandas que discutiram o direito aos anuênios – através das quais se postula indenização pelo prejuízo causado no valor do benefício
de previdência complementar, recebido pelos empregados já aposentados pela PREVI.

Fonte: Sindicato dos Bancários de Porto Alegre e Região

Ação do Banco do Brasil continua a ganhar com perfil “menos estatal”

Publicado em: 06/11/2019


As ações do Banco do Brasil (BBAS3) devem continuar a refletir a postura “menos estatal” da instituição financeira, que deve publicar um balanço positivo no terceiro trimestre antes da abertura nesta quinta-feira (7).

Segundo as projeções do time de análise do banco Safra, o lucro líquido pode apresentar um avanço de R$ 4,448 bilhões, avanço de 30,7% na passagem anual. O desempenho é resultado de uma melhora nas receitas com serviços, despesas controladas e impostos menores.

A receita líquida com juros (NII, na sigla em inglês) deve crescer 4%, a R$ 13,120 bilhões, O banco tem melhorado o mix de ofertas aos clientes individuais, aponta a análise. O Ebit (lucro antes de juros e impostos) deve crescer 11,5%, a R$ 6,705 bilhões, como reflexo da recuperação das receitas com juros, serviços e controle de custos.

Ações

O Safra ressalta que as ações do Banco do Brasil continuam entre as preferências no setor. Os analistas Luis F. Azevedo e Silvio Dória veem os papéis ainda em preços atraentes e com uma combinação de projeções robustas para o crescimento dos lucros para 2019 e de retornos maximizados pela nova administração mais orientada para o mercado.

Isso tudo deve diminuir a diferença da rentabilidade com os bancos privados. A recomendação é de compra, com preço-alvo de R$ 62. O valor corresponde a um potencial de valorização de aproximadamente 30%.

Fonte: Money Times

Banco do Brasil vira ação preferida de investidor com Bolsonaro

Publicado em: 10/01/2019


A ascensão de Jair Bolsonaro à presidência tornou o Banco do Brasil favorito entre os investidores que esperam lucrar com a nova administração. Maior banco estatal do país em ativos, o papel caiu no gosto de gestores e de analistas que apostam que melhorias de gestão e vendas de ativos podem aproximar os múltiplos do banco de seus pares não estatais. Outra vantagem é que, diferentemente da Petrobras, o banco não é dependente de preços de commodities.

Enquanto o governo já disse que o BB não será privatizado, o novo presidente da instituição financeira Rubem Novaes mencionou que venderia ativos não “core” e possivelmente buscará parceiros para algumas das “jóias da coroa” da instituição. No passado, quando o banco precisava levantar capital, ele se desmembrou e vendeu parte de seus negócios de seguros e de cartão de crédito. “As privatizações seriam a cereja do bolo, mas não são necessárias para uma valorização nas empresas estatais”, disse João Braga, co-diretor de ações da XP Asset Management.

O otimismo é generalizado entre analistas de buyside e de sellside. Felipe Guerra, um dos sócios fundadores da Legacy Capital Gestão de Investimentos, disse que as vendas de ativos podem “desbloquear valor oculto” e fazer o banco subir mais que os rivais. Os analistas do Morgan Stanley citaram razões semelhantes na inclusão do banco como uma das 10 principais escolhas na América Latina, enquanto uma pesquisa do Bank of America Merrill Lynch com gestores de fundos mostrou que as apostas mais “concorridas” na região eram montar posição “comprada no setor financeiro do Brasil” e “comprada em empresas estatais brasileiras ” – com o Banco do Brasil se encaixando nas duas.

O Banco do Brasil já avançou para se tornar mais eficiente nos últimos dois anos. A rentabilidade aumentou para mais que o dobro do que foi quando Michel Temer assumiu o cargo de presidente em 2016, com o banco implementando um programa de demissão voluntária, recuando no crédito corporativo e dando um impulso a seus negócios geradores de tarifas.

Nem todos os analistas estão convencidos de que vender ativos é uma coisa boa. Os analistas do Citigroup Jörg Friedemann e Gabriel Nobrega rebaixaram o banco para neutro no mês passado, dizendo que os desinvestimentos podem prejudicar a rentabilidade. Eles observam que, depois que o banco vendeu uma participação na BB Seguridade, nunca retornou aos níveis de seus pares não estatais.

Fonte: Portal Uol

BB terá que indenizar servidora por danos morais após decisão judicial

Publicado em: 22/11/2018


Uma ação de indenização por danos morais contra o Banco do Brasil, em Palmas, terminou em acordo após conciliação entre as partes, nesta terça-feira (20). A homologação da composição foi feita durante audiência de conciliação no Juizado Especial Cível, no Fórum da Capital.

De acordo com os autos, a servidora pública Izabel Cristina Rodrigues de Oliveira Ribeiro precisava abrir uma conta junto ao banco requerido para receber os seus vencimentos; no entanto, após quase um mês da primeira tratativa, a autora da ação ainda não tinha conseguido resolver a questão. Segundo relatado no processo, em ligações e visitas à instituição financeira, ela recebeu diversas orientações equivocadas e os serviços deficientes culminaram no bloqueio da movimentação do salário. A consequência da má prestação do serviço ficou comprovada pelo constrangimento que a servidora pública passou diante de credores e a necessidade de realização de empréstimo para cumprir os compromissos de trabalho.

Durante a audiência de conciliação, as partes chegaram a um acordo, sendo que o Banco do Brasil se comprometeu a indenizar a autora da ação em R$ 4 mil pelos danos morais causados.

“Acredito que a conciliação é um meio mais viável de discutir as demandas porque é mais célere e a gente não precisa ficar naquela discussão judicial”, avaliou Izabel após a audiência. “Foi uma situação que me deixou muito chateada na época, foi muito constrangedor, mas como já tinha passado e o problema estava resolvido, eu não quis prolongar mais e preferi aceitar a conciliação”, concluiu.

Fonte: Agência Tocantins

Justiça condena empresa e BB a indenizar cinema do Pantanal Shopping no MT

Publicado em: 08/02/2018


O juiz Bruno D’Oliveira Marques, da 8ª Vara Cível de Cuiabá, condenou a empresa São Miguel Ar Condicionado e o Banco do Brasil a indenizarem em R$ 10 mil a rede de cinemas Multiplex do Pantanal Shopping por cadastro indevido no programa de inadimplentes do Serasa. A sentença foi proferida no último dia 22.

Conforme os autos, a empresa que atua no ramo de atividade cinematográfica e possui filial na capital mato-grossense. Em agosto de 2008, com intuito de realizar manutenção dos seus aparelhos de ar condicionado instalados nas salas do cinema, entrou em contato com a requerida São Miguel Ar Condicionado, para fazer orçamento de tais serviços.

A requerida São Miguel apresentou um orçamento no valor de R$ 10.058,00, que não foi aceito, razão pela qual os serviços daquela não foram contratados. O mesmo serviço orçado pela requerida São Miguel foi realizado por outra empresa pelo valor de R$ 1.700,00.

Ocorre que, conforme os autos, a Multiplex Pantanal verificou que a São Miguel emitiu e descontou junto ao requerido Banco do Brasil duplicata no valor de R$ 1.000,00, sem qualquer lastro, enviando-a para protesto ao Cartório de 4º Serviço Notarial de Cuiabá. Diante disso, a cinematográfica notificou extrajudicialmente a requerida São Miguel, com o intuito de solucionar a questão, o que restou infrutífero, “mesmo ante a ausência de origem legal para o título emitido”, assevera.

“A atitude irresponsável da requerida São Miguel e do banco requerido lhe trouxe dissabores ‘de toda ordem’ pela inclusão de seu nome em listagem de inadimplentes do Serasa, tendo seu crédito abalado”, acrescenta.

O Banco do Brasil apresentou contestação. Disse ser parte ilegítima para figurar no polo passivo, “pois não praticou qualquer ato ilícito e agiu em exercício regular de direito”.

Já a São Miguel apresentou contestação e sustentou a legitimidade da cobrança, pois o valor de R$ 1.000,00 refere-se às visitas técnicas realizadas em 10 salas de cinema da autora.

Para o magistrado, restou ilegítima a cobrança feita pela empresa São Miguel.

“Do exame dos elementos contidos nos autos, tenho que a requerida São Miguel não logrou êxito em conferir legitimidade ao valor cobrado na duplicata emitida, pois em que pese o serviço prestado tenha se dado em início do mês de Agosto de 2008, as 10 (dez) ordens de serviços por ela trazidas em sua contestação, cada uma no valor de R$ 100,00, foram emitidas somente em 05.12.2008. Ou seja, as ordens de serviço que poderiam corroborar o negócio entre as partes, no que diz respeito ao valor, foram emitidas cerca de 04 meses após o serviço e sem que conste em nenhuma delas, o aceite do tomador do serviço, de modo a deixar claro que na vistoria de orçamento, o valor de R$ 100,00 seria cobrado por cada aparelho ou sala verificados”.

Assim, concluiu o magistrado ter sido “indevida a cobrança do título de crédito nº 3168, com vencimento em 20.12.2008, no valor de R$ 1.000,00”, ao passo que o Banco do Brasil, por sua vez, não adotou “qualquer cautela no que diz respeito à observação dos requisitos formais de validade causal da duplicata recebida por endosso, assumindo, assim, o risco de causar dano por protesto indevido”.

“Comprovada a abusividade do envio do título para protesto, surge o dever de indenizar, considerando que a prova do abalo moral se satisfaz com a simples demonstração do protesto indevido – fls. 55 (dano “in re ipsa”) , que independente de prova objetiva do dano porque é presumido o constrangimento e dissabor causos à vítima”, concluiu. Adiante, acrescentou. “Assim sendo, considerando as peculiaridades do caso, como a capacidade econômico-financeira das partes e o grau de lesividade do ato ofensivo, fixo o quantum em R$ 10.000,00 a título de dano moral, pois se mostra suficiente e razoável, adequado a suprir o caráter punitivo-pedagógico do dano”.

Fonte: Olhar Direto

Previ mira IPOs e ações de educação, saúde e meios de pagamentos

Publicado em:


A Previ, caixa de previdência dos empregados do Banco do Brasil, está planejando entrar em mais ofertas iniciais de ações (IPOs, na sigla em inglês), como parte do processo de desconcentração de sua carteira de renda variável, disse nesta sexta-feira o presidente da instituição, Gueitiro Genso.

Maior fundo de pensão do país em ativos, a Previ tem quase metade de seu capital em ações, uma carteira quase toda concentrada em apenas 12 ativos, incluindo a mineradora Vale, o próprio BB e a empresa de alimentos BRF.

Como o principal fundo administrado é de benefício definido e tem volumes crescentes de desembolsos previstos para os próximos anos, a Previ precisa ter ativos mais líquidos. Por isso, a instituição vai gradualmente deixar participações societárias mais volumosas, explicou Genso.

Alguns movimentos nesse sentido já aconteceram. A Previ deixou o acordo de acionistas da Vale no ano passado, o que vai abrir caminho para uma gradual saída da mineradora, da qual detém 15 por cento do capital. Enquanto isso, comprou ações no IPO da BR Distribuidora, em dezembro.

“Vamos fazer mais disso, comprar ações de empresas grandes, boas pagadoras de dividendos e com boa governança”, disse Gensoem entrevista à Reuters. Ele citou interesse da Previ em setores como educação, saúde e meios de pagamentos.

O executivo disse ainda que a Previ mantém o plano de IPO da Neoenergia, operação cancelada no fim de 2017 porque os acionistas vendedores da não aceitaram baixar o preço pedido por investidores.

“A empresa ainda tem muito a ganhar em sinergias após a fusão com a Elektro e vamos ganhar com isso”, disse Genso. “Voltaremos ao mercado no momento oportuno.”

A Previ ainda não divulgou seus números fechados de 2017, mas seus fundos devem ter rentabilidade acima da meta atuarial, ajudados pelo recente rali da bolsa brasileira. Genso prevê que, após vários anos, seu principal fundo deve zerar até março um déficit que chegou a ser de 16 bilhões de reais em 2015. “Espero poder dizer que não temos mais déficit”, disse ele.

Com os superávits que prevê gerar a partir de então, a Previ planeja fazer um ajuste na meta atuarial que a permita ter mais flexibilidade para aplicar em títulos públicos. Genso afirmou, contudo, que essa mudança deve ser feita gradualmente.

A meta atuarial é o retorno mínimo anual que os fundos têm que ter ao longo do tempo para conseguir pagar os benefícios de seus participantes. No caso do maior fundo da Previ, é uma taxa de 5 por cento mais INPC, enquanto títulos públicos em geral, em razão de taxas de juros nas mínimas históricas, pagam taxas reais ao redor de 4 por cento ao ano.

“Vamos usar o superávit para elevar o patrimônio e poder comprar títulos públicos”, disse.

Fonte: Exame

Liminar garante a remuneração dos prejudicados pela reestruturação do BB

Publicado em: 04/10/2017


Os bancários do Banco do Brasil comissionados há dez anos ou mais não podem ter suprimida a gratificação sem justo motivo. É o que determina decisão liminar do juiz Jonathan Quintão Jacob, da 17ª Vara do Trabalho de Brasília, divulgada nesta quinta-feira (28), atendendo a pleito da ação civil pública ajuizada pela Contraf-CUT, federações e sindicatos filiados, incluindo o de Brasília, em defesa dos trabalhadores contra a famigerada reestruturação implementada pelo BB no final de 2016. A decisão vale para todo o Brasil.

Na sentença, o juiz decretou a nulidade de quaisquer supressões de gratificação intentadas pelo banco e a incorporação definitiva das gratificações recebidas há dez anos ou mais, passando a receber tratamento de salário, conforme entendimento estabelecido pela Súmula 372, do Tribunal Superior do Trabalho (TST), “acompanhando os reajustes previstos nas CCTs e ACTs, com reflexos em DSR, férias acrescidas de 1/3, 13º salário, horas extras, anuênios, PLR, FGTS e contribuições para Previ”.

“A decisão anuncia segurança jurídica para os bancários que tiveram perdas remuneratórias decorrentes da reestruturação. É uma grande vitória em nossa luta contra os malefícios dessa decisão do BB”, assegura o representante da Fetec-CUT/CN na Comissão de Empresa dos Funcionários do BB e secretário de Imprensa do Sindicato dos Bancários de Brasília, Rafael Zanon.

“Essa importante decisão é crucial nesse momento conturbado, quando a reforma trabalhista ataca abertamente o princípio da estabilidade financeira, invocado na ação civil pública e prestigiado pelo juízo da 17ª Vara”, lembra Marianna Coelho, secretária de Assuntos Jurídicos do Sindicato.

Caso seja descumprida a determinação do judiciário, o BB terá de pagar multa diária de R$ 1.000 por empregado.

Ação Coletiva da AGEBB

Em razão do cenário de mudanças e incertezas, a AGEBB já havia decidido ingressar com uma ação coletiva preventiva em favor dos funcionários que estão na ativa recebendo gratificação de função há mais de 10 anos, ainda não foram descomissionados, mas correm o risco de o ser. Essa é a terceira ação coletiva impetrada pela associação neste ano (clique aqui para ler a reportagem sobre todas elas na edição mais recente do jornal impresso AGEBB Notícias).

A ação coletiva será ajuizada em nome da associação e anexados a ela os documentos fornecidos pelos gerentes sócios da AGEBB, em todo o país, interessados em se beneficiar da decisão judicial. O prazo para recebimento da documentação, digitalizada ou por correio, se encerra no dia 16 de outubro.

Clique aqui e confira no anexo a íntegra da decisão.

Fonte: Sindicato dos Bancários de Brasília

TRT/SP revoga liminar de ação coletiva do FEAS

Publicado em: 14/02/2017


Como já noticiado, em setembro/2016 foi proferida decisão sobre a incompetência da Justiça do Trabalho para julgar a ação coletiva proposta pela AFACEESP, que deverá ser então encaminhada para apreciação da Justiça Cível.

Em decorrência desta medida, o TRT/SP suspendeu no dia 07 de fevereiro a liminar que impedia a cobrança das mensalidades dos participantes que fazem parte da ação coletiva do Plano Feas.

Com esta decisão judicial, o Economus informa que voltará a cobrar as mensalidades do plano de saúde FEAS dos participantes que estão na ação coletiva.

O Economus avalia ainda o tratamento a ser dado aos débitos anteriores que não foram pagos durante a vigência da liminar.

Esta decisão é um passo importante na melhoria da saúde financeira e longevidade do plano FEAS e contribui para a manutenção da assistência de qualidade dada aos participantes.

O processo ainda pode ser objeto de recurso, portanto o Economus mantém o compromisso de informar a todos sobre o andamento da ação.

Clique aqui e saiba mais sobre o histórico do processo.

fonte: Economus