Brasil é o país em que bancos digitais conquistam mais clientes

Publicado em: 27/06/2023

A fragmentação do setor bancário é generalizada, mostra a mais recente pesquisa da Bain & Company. Em países em desenvolvimento, como Brasil, Índia e China, grandes grupos de consumidores de baixa renda que não tinham relacionamento com os bancos tradicionais passaram a utilizar serviços dos novos bancos digitais – que a Bain chama de “neobancos” – e outras empresas online. As instituições nativas digitais, com sua tecnologia moderna e flexível e produtos mais acessíveis, têm investido para atrair esses consumidores.

A pesquisa, realizada com 29.805 consumidores de 11 países em parceria com a Dynata, indica que, embora o foco inicial dos insurgentes digitais fosse nas famílias de baixa renda, uma grande parcela do público de renda mais alta e com educação superior também está migrando para os novos bancos. Esses grupos apresentam altas perspectivas de rendimento se os bancos conseguirem fidelizar seus clientes atuais, melhorar ofertas e experiências para atrair e expandir negócios com esse segmento.

De forma geral, a migração para bancos digitais muda bastante de acordo com o país. No Brasil, o destaque fica por conta da fatia de consumidores que está migrando para os “neobancos”, muito mais significativa do que em qualquer outro lugar do mundo.

Os bancos tradicionais ainda detêm a maior parte dos relacionamentos primários com os consumidores. No entanto, a maioria dos mercados experimentou um aumento nos insurgentes digitais, que são hoje os principais bancos das gerações mais jovens. Eles também cresceram em uma outra dimensão importante: a fidelidade do cliente.

O levantamento destaca que simplificar os processos melhora a percepção dos consumidores sobre o relacionamento geral com o banco. É notável a diferença de 103 pontos de Net Promoter Score (NPS) – métrica que avalia a satisfação dos consumidores a partir de sua intenção de recomendar (ou não) a marca pesquisada – entre os respondentes que abriram conta digitalmente na primeira tentativa e os que não conseguiram abrir e escolheram outro banco. Um NPS forte contribui para que os clientes permaneçam na instituição, comprem mais, custem menos para a operação e, muito provavelmente, recomendem o banco a amigos e familiares.

Na pesquisa da Bain, quanto mais os entrevistados concordam que seu banco personaliza o relacionamento, maior é o NPS. Eles demonstram confiança para permitir que as instituições utilizem seus dados pessoais para oferecer produtos que atendam as suas necessidades e resolver problemas ativamente.

De forma geral, o estudo indica que a facilidade em trocar os fornecedores de produtos bancários no ambiente digital tem um impulso poderoso. Ainda assim, os bancos contam com opções para aumentar a fidelidade de seus clientes e facilitar a adesão de novos consumidores. A combinação de ferramentas digitais convenientes e fáceis de usar com a personalização inteligente possibilita que os bancos ofereçam soluções sob medida para necessidades e prioridades de cada cliente, incluindo ações ESG, que são importantes para uma parcela crescente de consumidores.

Fonte: Monitor Mercantil

Bancos digitais atraem mais atenção da periferia de SP do que bairros de classe alta

Publicado em: 07/07/2022

Os moradores de bairros periféricos da cidade de São Paulo demonstram maior interesse por bancos digitais do que aqueles que moram em locais de classes média e alta, segundo levantamento feito pelas startups Cinnecta, de inteligência de dados, e a Zanzar, de tecnologia de mídia iDOOH (interativa em carros compartilhados).

Bairros da zona leste, como Guaianases e Brás, apresentam um interesse em serviços de bancos digitais acima de 54%, enquanto bairros da zona oeste, como Alto dos Pinheiros, os percentuais são inferiores a 40%.

Segundo as startups responsáveis pelo levantamento, a baixa ou mesmo a inexistência de cobrança de tarifas é um grande atrativo dos bancos digitais e uma das principais características que torna esse modelo de instituição financeira uma opção mais acessível para a população de baixa renda. Além disso, a agilidade e desburocratização dos processos têm conquistado essa fatia da população.

O aumento da disponibilidade de smartphones ao público de baixa renda e a distribuição do auxílio emergencial pelo governo federal ao longo da pandemia da covid-19 também ajudaram a aumentar o interesse em serviços financeiros digitais.

Comportamentos e hábitos de consumo sofreram mudanças durante a pandemia e o auxílio emergencial do governo impactou diretamente esse cenário. Dezenas de milhões de brasileiros foram forçados a aderir ao sistema financeiro formal a fim de receber o benefício.

Foram pesquisados os bairros de Capão Redondo, São Rafael, Brás, Itaquera, Alto de Pinheiros, Consolação, Iguatemi, Tatuapé, Itaim Bibi, Itaim Paulista, Butantã, São Mateus, Vila Mariana, Republica, Bela Vista, Saúde, Vila Olímpia, Vila Medeiros, Brasilândia, Vila Maria, São Miguel Paulista, Cidade Tiradentes , Guaianazes, M’Boi Mirim, Parelheiros.

Fonte: Valor Investe

Brasileiros são os que mais usam bancos digitais na AL, revela estudo

Publicado em: 11/02/2022

Uma nova pesquisa global da Mambu revela que mais da metade (54%) dos brasileiros entre 18 e 35 anos usa um banco digital como sua principal instituição financeira, enquanto os 46% restantes optam por bancos tradicionais.

Os brasileiros são os que mais aderem aos bancos digitais na América Latina. Na região, a grande maioria (83%) opta por instituições tradicionais, com Chile e Peru sendo os países mais fiéis a esses bancos, usados como primeira opção por 97%.

O Brasil também é o único país latino-americano em que os mais jovens fazem mais operações com bancos digitais (73%) do que tradicionais (61%). Na média regional, 76% realizam operações com os bancos tradicionais e só 28% com os digitais.

Os dados da pesquisa mostram, ainda, que os brasileiros de classe social mais baixa são os que mais aderiram aos bancos digitais e impulsionaram os resultados. Entre brasileiros de nível socioeconômico (NSE) mais baixo, quase dois em cada três (61%) usam bancos digitais como sua principal instituição financeira, enquanto os outros 39% ficam nos tradicionais. No nível mais alto, o resultado é praticamente o oposto: 62% usam bancos tradicionais e 38% os digitais.

“O Brasil se tornou uma referência global quando o assunto são as fintechs. O Global Fintech Rankings, também da Mambu, identificou o país como o maior ecossistema de fintechs da América Latina, enquanto São Paulo foi a 4ª maior cidade do mundo no mesmo quesito. Não é diferente com os bancos digitais, que fazem parte desse nicho. Empresas como Nubank, Inter, C6 Bank e Neon, por exemplo, conseguiram compreender as necessidades dos clientes e, com uma forte veia de inovação e tecnologia, cresceram de forma exponencial e ganharam uma grande fatia do mercado, estimulando também a bancarização desse público”, avalia Sergio Costantini, diretor-geral da Mambu no Brasil.

Bancos digitais se destacam pela facilidade, ferramentas digitais e ausência de taxas

O que mais motiva os brasileiros a utilizarem os bancos digitais é a facilidade de começar a usar os serviços, opção assinalada por 35%, seguida pelas opções de ferramentas digitais (15%) e a ausência de taxas de anuidade ou manutenção (12%).

Entre os adeptos dos bancos tradicionais, o maior motivador é a necessidade de abrir uma conta para receber o salário (42%), depois a necessidade de uma conta para guardar dinheiro (13%) e a facilidade de começar a usar os serviços (12%).

“A boa oferta de serviços e produtos digitais aliados à inovação e uma boa interface e design de aplicativos mobile fez os bancos digitais caírem no gosto dos consumidores, principalmente os mais jovens. Para fechar esse gap, os bancos tradicionais precisam rever suas estratégias de digitalização e adotar uma mentalidade de startup, mais focada na inovação e tecnologia para melhorar os serviços e atender as necessidades em constante mudança dos clientes”, avalia Costantini, da Mambu.

Satisfação com os bancos é alta, mas não garante fidelidade

Ao avaliar o nível de satisfação com o aplicativo de sua instituição, 77% dos brasileiros disseram estar satisfeitos ou muito satisfeitos. Já em relação aos produtos, 70% dizem o mesmo. Se destaca, porém, a maior satisfação dos clientes de bancos digitais: 85% estão satisfeitos ou muito satisfeitos com o aplicativo, 83% com os produtos e 81% com os serviços. Nos bancos tradicionais, as porcentagens são respectivamente menores, de 71%, 56% e 70%.

A pesquisa mostra, contudo, que essa satisfação alta não é garantia de fidelidade. Um a cada três brasileiros dizem que consideram a possibilidade de trocar de banco. Os principais motivos seriam melhores ofertas ou taxas de outros bancos (44%) ou melhores serviços, benefícios e atendimento (13% cada).

“Os jovens de hoje são muito mais habituados ao digital e às novas tecnologias. Eles esperam serviços financeiros com as mesmas facilidades que encontram em outros bens e serviços que consomem. Por isso, as empresas do setor devem priorizar as experiências dos seus clientes, focando em conveniência e digitalização. Do contrário, a tendência é que observem a concorrência ganhando mais espaço”, conclui o executivo da Mambu.

Metodologia

A pesquisa The State of Young Adult Banking in the Region, da Mambu, entrevistou 1.250 pessoas entre 18 e 35 anos em seis países da América Latina, incluindo 222 brasileiros, com base em levantamentos realizados em meados de 2021. É a primeira de uma série de quatro publicações.

Fonte: TI Inside

 

Pandemia aumenta acesso da população brasileira a serviços bancários

Publicado em: 20/01/2022

Os bancos digitais aumentaram o acesso da população brasileira a produtos financeiros, com destaque para a parcela de baixa renda. Atualmente 19% dos brasileiros têm conta em bancos digitais e 30% estão nas classes D e E. É o que revela pesquisa divulgada pelo Instituto Locomotiva, feita com 1.519 brasileiros, com 18 anos de idade ou mais, entre 27 de outubro e 7 de novembro do ano passado.

O presidente do Locomotiva, Renato Meirelles, disse hoje (19) à Agência Brasil que, antes da pandemia de covid-19, o banco digital era o segundo banco da classe mais rica e o substituto da conta universitária. “Os bancos digitais falavam, praticamente, para os mais ricos. Tanto que, para depositar dinheiro no banco digital, era preciso fazer uma transferência de outro banco. Então, ele [banco digital] era, basicamente, para quem já tinha conta.”

Com a pandemia, o receio de se expor a uma possível contaminação ao se dirigir a uma agência bancária tradicional fez cair consideravelmente a procura por esses serviços. Por outro lado, aumentou o acesso à internet e cresce a demanda por serviços e compras online, destacou Meirelles.

“Além de fazer crescer o mercado das fintechs (empresas que oferecem serviços financeiros), isso mudou o perfil desse público. Por isso, temos 30% que são das classes D e E. Praticamente, um terço de quem tem conta em fintechs vem das classes D e E.”

Inclusão

Segundo Meirelles, um dado que ajuda a entender esse processo de inclusão é o fato de 86% dos brasileiros dizerem que os bancos digitais permitiram que pessoas antes discriminadas pelas instituições financeiras tivessem conta em banco e de 80% afirmarem que bancos digitais não discriminam clientes de acordo com a renda. Ele lembrou que anteriormente os bancos tradicionais eram os únicos “que tinham detector de pobre” na entrada – a porta giratória. “Hoje abrir uma conta no banco digital, é muito mais fácil, muito menos burocrático.”

O presidente do Instituto Locomotiva aponta facilidades do processo atual: “você tira uma foto de si mesmo e consegue provar que é você, com uma simples foto. Não precisa mais mandar aqueles 50 documentos. Isso torna o sistema financeiro mais democrático e mais acessível para a parcela da população que não era tão bem atendida antes da existência das fintechs. Este é mais um motivo para a adesão das pessoas ao banco digital, afirmou Meirelles.

Menos taxas

A isso, soma-se a percepção de os bancos digitais cobrarem menos taxas e serem mais fáceis de usar. As fintechs atraem mais os jovens, que são mais conectados. Entretanto, durante a pandemia, o que se viu foram pessoas mais velhas aprendendo com os netos a usar as novas tecnologias, entre as quais as fintechs. “Como os mais velhos eram do grupo de risco, tinham mais dificuldade para ir aos bancos. E isso os levou a se digitalizar mais e a usar as fintechs.”

Meirelles disse que, no geral, são os mais jovens que usam mais as fintechs, mas ressaltou que, proporcionalmente, quem mais elevou o uso dos bancos digitais foram os mais velhos, que saíram de uma base menor, quase equivalente a 0%. “Foi o grupo que mais cresceu na pandemia.”

A sondagem mostra que 57% dos entrevistados têm conta em bancos tradicionais e digitais e 19%, só em instituições digitais; 30% são das classes D e E e 20% são clientes apenas de bancos tradicionais. Entre os jovens de 18 a 24 anos, 36% têm apenas conta digital.

Fonte: Agência Brasil

Brasil tem uma das maiores adesões a bancos digitais do mundo

Publicado em: 16/12/2021

O Brasil está entre os três países com maior participação de clientes e com crescimento mais rápido na adesão ao modelo de bancos digitais, segundo levantamento do banco digital N26 em parceria com a Accenture, realizado com mais de 47.000 clientes bancários em 28 países.

O Brasil está à frente (44%) nesse processo de economias maiores, como os Estados Unidos, a Alemanha e o Reino Unido. Lideram Arábia Saudita (54%) e Emirados Árabes Unidos (51%).

O estudo aponta que o país com crescimento mais rápido na adoção do modelo de bancos digitais nos últimos dois anos foi a Suíça, com alta de 82%. Brasil (73%) e Austrália (58%) vêm na sequência.

Além disso, o Brasil foi o primeiro país apontado com mais mulheres clientes de bancos digitais do que homens (52% mulheres e 48% homens).

Globalmente, 23% dos entrevistados possuem uma conta bancária digital, e 46% afirmaram que seriam motivados a experimentar a abertura de conta. O estudo afirma que os bancos digitais têm espaço para crescimento, com um mercado potencial que englobaria 70% da população dos países pesquisados, ou 1,4 bilhão de pessoas.

Os números no Brasil são animadores, mas quase 70% da população tem gasto maior ou igual à renda, segundo o I-SF (Índice de Saúde Financeira), lançado pelo Banco Central e Febraban.

“Nos últimos anos, vimos grandes avanços na relação dos brasileiros com os bancos. O acesso digital e o relacionamento mais próximo e centrado no usuário permitiu a abertura de milhões de contas digitais. Mas mesmo assim, a relação do brasileiro com dinheiro não melhorou”, diz Eduardo Prota, CEO da N26 Brasil.

Fonte: Space Money

Bancos digitais disputam público infantil e adolescente

Publicado em:

Cinco anos após se popularizarem entre jovens em busca de menos burocracia e mais modernidade, os bancos digitais começam a direcionar o olhar para outro grupo: crianças e adolescentes. Diversos lançamentos recentes começaram a surgir com foco em menores de idade no Brasil.

Só em 2020, surgiram no mercado o Yours Bank, a Yellow (pertencente ao C6 Bank), NextJoy (do banco Next) e a Conta Kids, do Banco Inter. Pouco antes, em 2019, foi lançada a Z1, conta digital para adolescentes que faz referência à geração Z (nascidos entre 1995 e 2010).

O serviço repete o atrativo de suas versões para adultos. Eles são práticos: é possível abrir uma conta apenas acessando o aplicativo e com o CPF em mãos —em alguns casos, até mesmo a certidão de nascimento basta. Em geral, não se cobra taxa: o lucro da operação é oriundo de negociações do banco com o dinheiro dos clientes. E todos agregam o mesmo atributo a suas marcas: a educação financeira.

A proposta de formação é um dos traços das fintechs brasileiras, que nasceram colocando-se como uma ferramenta amigável para quem quer aprender a mexer com dinheiro e investir. A chegada do mercado de menores de 18 anos engrossa esse caldo.

“Nós somos muito mais uma plataforma e educação financeira com serviços de banking do que uma plataforma de banking com serviços de educação financeira”, diz o diretor do banco digital Next Jeferson Honorato ao referir-se à conta para crianças e adolescentes NextJoy.

O produto é fruto de uma parceria com a Disney, e os icônicos personagens são uma opção para tornar a interface mais palatável para as crianças, que acessam um “robusto conteúdo de educação financeira”, segundo Honorato.

Por trás da plataforma há uma poupança que só opera com o dinheiro que está na conta. São permitidos saques e assinatura de serviços como Netflix, Uber ou Spotify. Em dezembro, o banco começa a liberar operações via Pix.

Além da limitação dos serviços disponíveis —empréstimos, por exemplo, são bloqueados—, as contas são mais lúdicas. No caso da recém-lançada Yellow, do C6 Bank, o nome da criança no cartão pode ser personalizado com apelidos, abreviações e até nomes de personagens.

Para dar segurança aos pais, todos os serviços com que a reportagem conversou oferecem algum tipo de conexão com a conta dos responsáveis, que variam de relatórios mensais a notificações a cada transação. “Se fosse uma conta que o pai simplesmente abrisse e desse ao adolescente, poderia haver uma relação de preocupação. Como tudo é espelhado, isso tem trazido um conforto muito grande”, afirma Honorato, do Next.

Ele explica que no final de novembro, 18% dos clientes tinham entre 0 e 5 anos —muitos pais abrem a conta assim que o filho nasce, para fazer uma poupança. A principal faixa etária da plataforma é aquele entre 13 e 16 anos: 31%.

O Yours Bank, lançado em março deste ano, é uma solução que não nasce de um banco digital. Por isso, opera por meio de uma API com o Bradesco, interface entre a conta e a instituição.

A fintech oferece recarga de celular e habilita funções para os pais como envio de mesada e criação de metas (comprar uma bicicleta, por exemplo). Para acessar a versão completa do aplicativo é preciso pagar uma taxa.

Considera-se três tipos de usuário para entrega de conteúdo. O mais interessado, chamado de heavy user, passa por três trilhas: como economizar, como ganhar mais e como investir.

Para o último item, há simulações com base em poupança, renda fixa e renda variada, esta última baseada no Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira. Ao ganhar ou perder dinheiro, o montante correspondente é debitado ou creditado na conta do responsável.

“Tem pai que não quer simular investimento porque acha que Bolsa de Valores é especulação de mercado. Tudo bem, a gente não oferece isso para aquele cliente. A nossa intenção é ser só uma ferramenta”, exemplifica o fundador da fintech, Felipe Diesel. Ele diz que a intenção é que o aplicativo seja o mais maleável possível para cada tipo de família.

Há conteúdo para os responsáveis pela criança também. A plataforma indica, por exemplo, não compor a mesada apenas com lazer. Mais de 80% dos usuários do aplicativo é da classe C e D. “Às vezes é o primeiro banco digital da família”, conta Diesel. Ele diz que a taxa foi uma boa surpresa.

“A proposta de valor faz mais sentido”, afirma. “Os filhos têm levado para casa discussões sobre finanças. O que é crédito, débito, como funciona um cartão, como é o orçamento da família, se estão ou não endividados.”

O recém-lançado Yellow, braço do C6 Bank, ainda está entregando os cartões na casa dos clientes. A ideia, porém, tem mais de um ano.

Nesse período, a empresa entrevistou mais de mil pais e cerca de 1.500 crianças e adolescentes. “Vimos que quanto mais os pais têm disciplina de investir, mais eles entendem a importância da educação financeira”, afirma Maxnaun Gutierrez, sócio do banco digital.

Apesar da proposta de educação financeira, há outro motivo para os bancos digitais investirem em crianças e adolescentes: a fidelização. “Quando estamos atendendo a família, temos uma vinculação maior com esses clientes”, diz Gutierrez.

Ao estudar o comportamento e os hábitos dos clientes, antropólogos e sociólogos do NextJoy perceberam um dado interessante sobre a relação do cliente com o banco em que iniciou sua vida financeira.

“Em média, 70% a 80% das pessoas não fecham ao longo da vida a conta da sua primeira instituição financeira. Existe uma questão sentimental envolvida ali. Ele até abre a conta em outro lugar, mas aquela conta ele não fecha”, diz o diretor do banco, Jeferson Honorato. Se a educação financeira oferecida pelo produto for exitosa, o banco terá um cliente mais consciente.

O aplicativo é ativo no processo de incorporá-lo: no dia em que o adolescente completa 18 anos, ele já recebe uma conta Next automaticamente.

A lei estabelece algumas regras para esse mercado. Não é permitido, por exemplo, negativar a conta de uma criança —nem mesmo simbolicamente, apenas no aplicativo.

“Os bancos podem disponibilizar uma interface que parece super independente, mas do ponto de visto jurídico você não consegue escapar dessa responsabilização que os pais têm no caso de menores”, afirma João Fernando Nascimento, membro da Comissão de Direito Bancário da OAB-SP (seccional de São Paulo da Ordem dos Advogados do Brasil).

Isso acontece porque perante o Código Civil, menores de 16 anos são considerados incapazes —portanto, quaisquer atos deles na vida civil são nulos. Adolescentes entre 16 e 18 anos, por sua vez, são relativamente incapazes e, por isso, precisam ser assistidos por seus representantes.

Dessa forma, perante a lei, ainda que também conste o CPF da criança nos serviços oferecidos pelas fintechs, quem abre afetivamente a conta e é considerado na relação jurídica são os responsáveis.

O conselho mais abrangente que a psicanalista Helena Castello teria para os pais que querem lançar mão da ferramenta é tentar construir com a criança o uso que ela vai fazer do aplicativo.

“Se os pais não dão conta de acompanhar, eles não deveriam permitir o acesso”, afirma. “Não tem problema nenhum dar liberdade para a criança explorar o mundo, mas os pais têm que ser curiosos sobre isso. Sentar para conversar na hora do jantar, entrar junto no aplicativo para saber o que a criança está entendendo daquilo, compartilhar com a escola e ver se ela pode dar alguma aula.”

Como qualquer nova ferramenta, diz ela, só é possível saber eventuais consequências no futuro. Demonizar o aplicativo não é o caminho.

“Em uma hipótese extrema, vamos pensar que estamos criando crianças viciadas em dinheiro. Mas a nossa sociedade já é expert em criar pessoas que só pensam em dinheiro, e os bancos vão se aproveitar disso. Então se o uso da conta for feito com acompanhamento, a criança tem a oportunidade de não entrar de gaiato nessa história”, afirma.

Fonte: Folha

 

Bancos digitais miram crédito para veículos; mercado movimenta R$ 15 bi

Publicado em: 02/12/2021

Após conquistar milhões de contas de instituições tradicionais, os bancos digitais começam também a oferecer crédito para compra de veículos. Eles estão de olho em um mercado que movimenta, em média, R$ 15 bilhões por mês, com 70% da concessão de financiamento concentrada em cinco grandes grupos – Bradesco, Banco Votorantim, Itaú, Banco Pan e Santander.

O C6 Bank começa a puxar a fila desse movimento entre bancos digitais nativos e anuncia hoje que vai enfrentar os gigantes do ramo. O banco entra no segmento de empréstimos para compra de automóveis e comerciais leves com presença em 1,2 mil concessionárias e lojas independentes nas regiões Sul e Sudeste. No próximo ano, a instituição financeira pretende entrar no segmento de motos e caminhões.

As parcerias com revendedores serão ampliadas mês a mês em 2022, com meta de chegar a 14 mil lojas em “um estágio de maturidade”, informa Ricardo Bonzo, responsável pela área de veículos no C6.
Inteligência

“O mercado brasileiro ainda é muito concentrado, e enxergamos oportunidade de trazer prestação de serviço diferenciada, agilidade e segurança para o cliente e eficiência para o revendedor”, diz o executivo.

Bonzo afirma, por exemplo, que o banco vai usar inteligência de dados para simplificar o processo, solicitando menos documentos e garantias do tomador de crédito, sem abrir mão da segurança e da qualidade da concessão. Com dados do CPF ou da CNH do consumidor, além da placa ou chassi do veículo, a aprovação do financiamento pode ocorrer em 15 a 20 minutos.

Para o lojista, o valor do crédito será enviado via Pix em operações que podem ser feitas em qualquer dia, incluindo finais de semana e feriados.

Segundo Bonzo, ao longo de novembro foram feitas operações-piloto envolvendo 60 lojas. Nesse processo, diz ele, não foi registrada perda de posicionamento de preço ao cliente e o feedback foi de que as taxas são competitivas.

“Viemos para o mercado para ser competitivo, para brigar com os bancos que hoje são líderes do segmento e estar entre os quatro maiores players do Brasil em concessão de financiamento de veículos”, afirma o executivo, que já passou por instituições como Itaú, Banco Volkswagen, Fibra e Bank Boston.

Estrutura enxuta

Sobre a oferta de juros competitivos, Bonzo afirma que os bancos digitais têm a vantagem de ter estrutura de custos mais enxuta – não possuem agências, por exemplo – e custo de captação competitivo, itens que entram na composição dos juros para os clientes. As taxas, aliás, vão variar de acordo com o perfil de risco do cliente.

O C6 Bank, que tem o gigante americano JP Morgan como sócio, diz não ter limitação de funding. “Estamos preparados para sustentar o crescimento que planejamos”, diz Bonzo. Outro passo do banco digital será a criação, no fim do primeiro trimestre de 2022, de carteira de autofinanciamento, o empréstimo pessoal que também coloca o automóvel como garantia.

Banco Pan e Credere acirram briga no segmento

O C6 Bank tem entre seus concorrentes o Banco Pan, o ex-banco tradicional Panamericano, que era muito focado em financiamento de veículos e se digitalizou no início de 2020. Agora apenas em versão digital, quer impulsionar sua atuação no financiamento online e, em setembro, adquiriu 80% da Mobiauto, uma grande plataforma digital para comercialização de veículos.

Outra que buscou reforço similar foi a fintech Credere, que fez parceria com a Kavak para oferecer crédito aos clientes da startup que atua na compra e venda online de automóveis.

O banco digital Neon afirma não ter intenção de ingressar no financiamento de carros no momento, mas “não descarta a possibilidade de, no futuro, oferecer o produto para melhor atender a necessidade dos clientes”. O Inter também não está na área mas diz estar “constantemente estudando produtos para incrementar seu portfólio”. Por estar em período de silêncio, o Nubank, outro que não atua no ramo, não se posicionou.

Fonte: Estadão

 

Grandes bancos aceleram transformação para atrair clientes jovens

Publicado em: 11/11/2021

Em resposta às mudanças trazidas pela pandemia e com a proximidade da abertura de capital do Nubank, que deve chegar à Bolsa mais valioso que Itaú, Bradesco e Santander, os maiores bancos privados brasileiros aceleraram sua transformação digital. Para não perderem espaço, os bancos tradicionais correm contra o tempo para atrair jovens clientes em seus bancos digitais. O Next, do Bradesco, quer fechar o ano com 10 milhões de correntistas, enquanto o iti, do Itaú, pretende ir além e chegar a 15 milhões.

A distância entre eles é grande, ao menos em número de clientes. Somados, iti, Next e Superdigital (fintech do Santander) tinham 19,6 milhões de clientes no terceiro trimestre deste ano. O Nubank, de acordo com os documentos de sua oferta de ações, somava 48,1 milhões de clientes, 47 milhões deles no Brasil.

A disputa não é apenas por quantidade. O Nubank afirma que a maior parte de seus clientes é jovem e tem menor renda, público que torce o nariz para os bancos tradicionais. O papel das marcas digitais nos conglomerados é justamente o de conquistar essa parcela do público sem cobrar tarifas. Itaú e Bradesco destacaram, por exemplo, que a maior parte dos correntistas de seus “filhotes” não é correntista de suas marcas principais.

“É um desafio grande. É um público jovem, de renda inferior”, afirmou o presidente do Itaú Unibanco, Milton Maluhy, durante teleconferência de resultados da instituição. O Itaú pretende gerar 50% das receitas do banco de varejo pelos canais digitais até 2025. O papel do iti é o de engajar aos produtos do banco um público que hoje não está lá dentro.

Crédito pode ser vantagem dos grandes bancos

Em teleconferência com analistas e investidores estrangeiros na última sexta-feira, 5, o diretor executivo e de relações com investidores do Bradesco, Leandro Miranda, afirmou que a experiência na concessão de crédito, produto em que as fintechs ainda buscam avançar, é uma carta na manga do conglomerado. “Temos concedido mais crédito através de nossos canais digitais do que todo o universo das fintechs”, disse.

Para analistas, os números que os grandes bancos exibem no mundo digital são reflexo de seu protagonismo no sistema financeiro. “Sem dúvida nenhuma, eles são protagonistas, junto com as fintechs, dessa digitalização. A participação analógica garante a eles um lugar na mesa. O que mudou com a digitalização é que a vantagem que os bancos grandes tinham na distribuição, com as agências, tornou-se uma desvantagem”, diz Carlos Macedo, analista associado à Ohmresearch.

Ele considera que o grande desafio das fintechs é ganhar experiência na concessão de crédito, o que inclui o cálculo dos riscos, mas também a assertividade das ofertas, e fazer com que o cliente utilize uma quantidade maior de produtos. “Monetizar o cliente é algo que fintechs ainda têm que fazer de melhor forma. O Nubank e o Inter têm 3, 4 produtos por cliente; o Bradesco e o Itaú, 6, 7.”

O Nubank, apontado como o maior de seu segmento no mundo, escolheu a Bolsa de Valores de Nova York (Nyse) para fazer sua oferta inicial de ações, em operação que poderá movimentar R$ 22 bilhões (US$ 4 bilhões), de acordo com fontes de mercado.

Segundo cálculos atualmente na mesa, a fintech brasileira poderá chegar valendo quase R$ 400 bilhões (ou US$ 70 bilhões). Se isso ocorrer, o Nubank será mais valioso do que o maior banco da América Latina, o Itaú Unibanco, atualmente avaliado em R$ 221 bilhões na B3, e o Bradesco (R$ 182 bilhões) combinados. A previsão é de que a oferta na Bolsa de Nova York ocorra em dezembro.

Esses dados fizeram com que os executivos dos grandes bancos privados fossem questionados sobre a avaliação do mercado ao setor. De janeiro a setembro, a fintech teve prejuízo de US$ 99,1 milhões, o equivalente a R$ 547,3 milhões. No mesmo período, o Itaú teve lucro de R$ 19,720 bilhões; o Bradesco, de R$ 19,602 bilhões; e o Santander, de R$ 12,466 bilhões.

Maluhy, do Itaú, não citou diretamente o Nubank, mas considerou que nos bancos de grande porte, como o que comanda, o lucro é resultado de múltiplas atividades, enquanto nas fintechs, a carteira de produtos e serviços ainda é menor.

Miranda, CFO do Bradesco, afirmou que espera que essa diferença de avaliação diminua ao longo do tempo. “O mercado sempre tem a resposta, mas à medida que ficamos mais e mais digitais e emprestamos mais que toda a indústria, incluindo o Nubank, deveríamos ter múltiplos muito mais altos”, disse. Uma das evidências desse avanço digital é que, no Bradesco, enquanto as transações feitas pelo celular saltaram 92% este ano, as realizadas nas agências caíram 70%.

Desconexão entre avaliação e lucratividade

Neste ano, o Índice Financeiro da B3 caiu 18%, mais que o Ibovespa, que perdeu cerca de 12%, em uma mistura de temores com as contas públicas nacionais e a concorrência que os grandes bancos devem enfrentar à frente.

No entanto, analistas do setor acreditam que essa queda seja exagerada. “Ainda vemos uma desconexão entre lucratividade e avaliação de mercado, mesmo com o recente desempenho da ação”, comentaram Marcelo Telles, Daniel Vaz e Bruna Amorim, do Credit Suisse, a respeito do Itaú.

Os analistas do banco suíço consideraram ainda que o mercado precisa dar mais atenção ao progresso do iti, em especial ao compará-lo ao Nubank. “Agora, com os depósitos pagando 100% do CDI e ofertas gratuitas de cartão de crédito aos usuários, muito similares às ofertas do Nubank, o iti está expandindo sua base rapidamente”, escreveram.

Fonte: Estadão

 

Avanço das fintechs pressiona digitalização de bancos tradicionais

Publicado em: 28/10/2021

O crescimento dos bancos nativos digitais e demais fintechs levou, rapidamente, ao acirramento da concorrência num mercado até então dominado por poucas instituições financeiras tradicionais. Surpreendidos pela velocidade das transformações digitais no setor, os grandes bancos empreendem uma verdadeira ofensiva para retomar fatias de mercado perdidas para os desafiantes. Aceleram a digitalização de suas operações, criam cartões e contas digitais sem taxas e até braços 100% on-line. Além disso, ampliam o portfólio de produtos, serviços e até de mimos como descontos em compras para disputar a atenção dos clientes no mundo digital.

Uma pesquisa sobre tecnologia bancária da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), que reúne as instituições tradicionais, apontou um crescimento de 35%, nos últimos cinco anos, do orçamento voltado à inovação no setor bancário. Subiu de R$ 19 bilhões em 2017 para R$ 25,7 bilhões no ano passado, sendo R$ 8,9 bilhões investidos exclusivamente em tecnologia.

Mariana Pereira, analista sênior da Fitch Ratings, diz que é um engano pensar que os grandes bancos estão inertes diante da evolução das fintechs. Capitalizados, eles têm investido muito, por exemplo, em inteligência artificial para melhorar a experiência de atendimento digital. Segundo ela, os bancos estão adaptando suas operações, recalculando processos de rentabilidade e deixando para trás resistências que tinham a alguns tipos de produtos, como fundos de investimentos de terceiros, para estancar a perda de clientes para os concorrentes digitais.

Diferentemente das estruturas menores com atendimento próximo do personalizado das fintechs, o setor bancário tradicional tem gigantes com milhões de clientes. Na pandemia, o uso dos canais na internet se intensificaram, principalmente via celular, chegando a 98% das operações em algumas instituições.

Segundo Renato Mansur, diretor de Canais Digitais do Itaú, a pandemia acelerou o processo de digitalização dos grandes bancos brasileiros em pelo menos cinco anos. Em 18 meses, o Itaú incorporou mais de 100 funcionalidades ao app e, com isso, cerca de cinco milhões de clientes evitaram ir às agências, calcula o banco. O volume de produtos vendidos em meios digitais do Itaú, que há dois anos não passava de 30%, superou 60% em agosto.

“Até o fim do ano, devemos oferecer todos os produtos no mobile, como seguro odonto, cheque especial, seguro de cartão protegido, contratação de consórcio. Financiamento de veículo está entrando nos próximos dias”, diz Mansur.

No Itaú, quase 28 milhões de clientes utilizam os canais digitais do banco, mas a instituição criou também o banco digital iti, que superou 9 milhões de contas em menos de dois anos em operação. E quer chegar a 15 milhões até dezembro. Além de gratuito, com conta e cartão de crédito sem anuidade, o iti promete eliminar a burocracia: diz que um novo cliente se cadastra pela internet em menos de quatro minutos.

O Bradesco, que tem 21,9 milhões de usuários de meios digitais, também criou, em 2017, um braço 100% digital, o Next, que tem gestão separada. O número de contas superou 7,5 milhões este ano e a expectativa é chegar a 10 milhões até o fim de 2021. No iti e no Next, cerca de 85% dos clientes não são correntistas das operações de Bradesco e Itaú.

“A autonomia já estava no plano inicial. É importante para que a plataforma nativa digital tenha uma cultura própria. Não adianta ter jornada digital só para fora”, diz Jeferson Honorato, diretor do Next.

Caio Ramalho, coordenador da Núcleo de Startups, Inovação, Venture Capital e Private Equity (Nest) da FGV, concorda que um dos principais desafios dos grandes bancos é acompanhar a velocidade das fintechs na mudança da experiência dos clientes:

“É preciso quebrar barreiras internas. Inovação é arriscar, e as grandes corporações são avessas ao risco. A cultura organizacional é uma barreira.”

Cerca de 3,5 milhões de produtos e serviços financeiros são contratados por mês na plataforma digital do Santander, que intensificou, por exemplo, o atendimento via WhatsApp. Geraldo Rodrigues Neto, diretor de Negócios Digitais do banco, vê um cliente mais “empoderado”, que demanda atendimento diferenciado. Mas isso não significa tomar café com gerente em agências.

“O desafio é estar muito conectado, escutando e entendendo as dores do consumidor. Se o cliente gasta mais do que ganha tenho de alertá-lo”, diz Rodrigues Neto.

Uma das principais arrancadas digitais dos grandes bancos na pandemia foi a da Caixa Econômica. Ao centralizar o pagamento do auxílio emergencial, o banco estatal pôs no ar o aplicativo Caixa Tem e criou contas digitais vinculadas a ele para cada beneficiário do programa federal. O app também foi utilizado para o saque emergencial do FGTS, do seguro desemprego, Bolsa Família e outros benefícios.

Foram criadas mais de 106 milhões de contas digitais, o que, segundo a Caixa, deu a 35 milhões de brasileiros o primeiro acesso a um banco. Ao dissociar a data do depósito do benefício na conta do dia do saque em espécie, a Caixa inseriu uma nova forma de pagamentos pelo app. Nesta semana, anunciou empréstimos por meio do aplicativo.

A Caixa sofreu muitas críticas no processo de implantação do Caixa Tem, com falhas na segurança contra fraudes. Segundo o banco, “por se tratar de um processo emergencial, definido, desenvolvido e implantado em poucos dias, dada a sensibilidade do momento, era natural um tempo para sua estabilização”. A Caixa diz que priorizou os ajustes, com 22 atualizações do aplicativo.

Apesar dos números, Mariana Pereira, da Fitch, avalia que não há apetite entre os rivais para disputar o público do Caixa Tem, cuja restrição de renda se traduz em risco alto de inadimplência: “Os bancos são conservadores”.

Fonte: Portal IG

 

Fintechs deverão ter políticas de relacionamento iguais às dos bancos

Publicado em: 15/10/2021

A partir de 1º de novembro, os consórcios e as instituições de pagamento, categoria que abrange fintechs (startups financeiras) e bancos digitais, deverão ter políticas de relacionamento com clientes iguais às dos bancos tradicionais. O Banco Central (BC) aprovou hoje (14) resolução que institui a exigência.

Com a medida, todas as instituições financeiras reguladas pelo BC deverão oferecer canais como centrais de atendimento e ouvidorias, que recebem reclamações de clientes e usuários e respondem a dúvidas. Em nota, o BC informou que a medida tem como objetivo aumentar a credibilidade do sistema financeiro.

“A política de relacionamento deverá nortear a condução das atividades das instituições em conformidade com os princípios de ética, responsabilidade, transparência e diligência, propiciando a convergência de interesses e a consolidação de imagem institucional de credibilidade, segurança e competência”, destacou o comunicado.

De acordo com o BC, a regulamentação padroniza as normas de relacionamento entre as instituições financeiras e os usuários. “Busca-se com isso, aprimorar essa relação, alinhando os interesses das instituições aos de seus clientes”, acrescentou o texto.

Fonte: Agência Brasil

Ações de bancos digitais, empresas de cartões e fintechs caem até 10%

Publicado em:

A bolsa brasileira bem que tentou se sustentar em alta, mas a queda generalizada das ações de bancos, fintechs e empresas de meios de pagamento e cartões acabou levando o Ibovespa para o campo negativo no pregão desta segunda-feira, 11 de outubro.

As ações do Inter (BIDI4 e BIDI11) lideraram as baixas do principal índice da B3, com uma queda da ordem de 10%.

Os papéis do banco digital já vinham de um período de forte volatilidade. Mas hoje o movimento de queda foi acompanhado por quase todas as ações do setor financeiro, como você confere a seguir:

  • Banco Pan (BPAN4): -8,07%
  • BTG Pactual (BPAC11): -5,67%
  • Cielo (CIEL3): -4,55%
  • B3 (B3SA3): -3,12%

O movimento no setor financeiro também se reflete nas ações de empresas brasileiras listadas em Nova York, como PagSeguro, Stone e XP — todas com queda expressiva. Mas, afinal, quais as razões para a derrocada?
Surpresa na sexta à noite

Uma mudança na regra colocada em consulta pública na sexta-feira à noite pelo Banco Central ajuda a explicar uma parte do mau humor com as ações do setor no dia 11.

O BC propôs o limite máximo de 0,5% para a tarifa de intercâmbio nas transações com cartões pré-pagos, na linha da restrição que já existe para os cartões de débito.

A proposta também proíbe que os emissores de cartões adotem prazos diferentes para que os lojistas recebam os recursos em compras realizadas pelos dois tipos de pagamento.

“A proposta em pauta tem o objetivo de harmonizar regras, custos e procedimentos associados a instrumentos de pagamento que apresentam grande similaridade sob o ponto de vista do funcionamento do serviço de pagamento prestado”, justificou o BC.

Embora seja potencialmente negativa para o setor (mas boa para o comércio), a limitação tem um efeito mais danoso apenas sobre a PagSeguro, segundo um gestor de fundos.

Não por acaso, a ação da empresa (PAGS) despenca mais de 10% na bolsa de Nova York. Já o BDR negociado aqui na B3 despenca 17,24%.

Juro em alta – fintechs em queda

Outra interpretação para o mau humor do mercado com as ações das novas empresas financeiras tem relação com o movimento de alta de juros já em curso no Brasil e da subida das taxas dos Treasuries, os títulos do tesouro norte-americano.

A avaliação é que juros em alta podem reduzir a velocidade do chamado “financial deepening”, ou seja, a migração dos investidores para produtos com foco em maior retorno e risco fora da prateleira dos grandes bancos. Nesse caso, perdem instituições como XP, BTG Pactual, Inter e Banco Pan.

A tendência de desaceleração, caso se confirme, também afeta a B3, dona da bolsa brasileira, que vem se beneficiando do aumento no número de investidores em ações.

A arena de competição entre bancos e fintechs também parece passar por um ponto de inflexão. Um levantamento feito pelo Bank of America aponta que o gás para que as fintechs sigam avançando na disputa pode estar diminuindo.

Em setembro, as empresas de tecnologia financeira registraram a primeira redução no número mensal de usuários ativos desde janeiro de 2015, com queda de 1,08% na comparação com agosto.

Outro profissional do mercado com quem eu conversei destacou que o BC se prepara para harmonizar as regras entre grandes bancos e fintechs, em especial aquelas que cresceram e se tornaram relevantes do ponto de vista sistêmico.

Todos esses argumentos podem ser verdadeiros, mas vale destacar que as ações dos grandes bancos, como Itaú Unibanco (ITUB4), Bradesco (BBDC4) e Santander Brasil (SANB11) também fecharam em queda nesta segunda-feira, ainda que com uma intensidade menor.

Para quem acredita que as fintechs seguem favoritas na briga para roubar um espaço dos bancões, a queda recente pode ter aberto uma boa oportunidade de compra.

Fonte: Seu Dinheiro

42% dos brasileiros possuem contas em bancos digitais, mostra estudo

Publicado em: 12/08/2021

Em meio às transformações causadas ou aceleradas pela pandemia, o aumento do consumo online foi um dos destaques. O e-commerce brasileiro conquistou 13 milhões de novos consumidores no ano passado, 29% a mais do que o observado em 2019.

E na vida financeira as pessoas também buscam consumir praticidade e tecnologia: uma pesquisa do Instituto Locomotiva em parceria com a TecBan, dona do Banco24horas, mostra que a quantidade de pessoas que possuem contas em bancos digitais está próxima das que possuem contas apenas em bancos tradicionais, ou os grandes bancos: 42% versus 49%, respectivamente. Essa é a primeira vez que a pesquisa é feita e o instituto não possui dados comparativos a outros anos.

Das pessoas que possuem contas em bancos digitais, 31% possuem conta também em um banco tradicional — só 11% possuem apenas em bancos digitais. Entre a faixa etária mais jovem, de 18 a 29 anos, o número cresce ainda mais: 51% dos jovens possuem conta em bancos digitais, sendo 19% apenas nesse formato.

Diante da aceleração do consumo online e chegada do Open Banking (veja mais abaixo), o que se poderia imaginar é que os bancos tradicionais estão ganhando concorrentes cada vez mais fortes e que estão atraindo mais clientes.

Porém, segundo Luiz Stefani, diretor de autoatendimento da TecBan, não há elementos na pesquisa que permitam concluir que os bancos tradicionais estejam perdendo força, por enquanto. “O dado evidencia que a população está procurando mais serviços financeiros e que há espaço para todos os players de acordo com o perfil do cliente”, afirma.

A pesquisa foi feita com 1.600 entrevistados em todo o país, com 18 anos ou mais, entre 13 e 21 de maio, e foi divulgada nesta quarta (11).

Open Banking

De um lado os bancos digitais querendo mais espaço, do outro os bancos tradicionais querendo manter seu espaço — muito significativo no Brasil. A disputa já começou, mas ficará ainda mais acirrada a partir da segunda fase do Open Banking, que tem data de início marcada para esta sexta-feira (13).

Com o Open Banking, o cliente terá mais autonomia para decidir com quem, para quem e por quanto tempo vai querer compartilhar alguns dados a fim de ter acesso a serviços e produtos mais adequados ao seu perfil e até mais baratos.

“O Open Banking certamente trará ainda mais alternativas para os consumidores e permitirá que as instituições conheçam de forma mais profunda o perfil do cliente, para que os produtos e soluções sejam oferecidos de forma mais objetiva. Devem surgir propostas de serviços adequados aos diferentes perfis e realidades”, comenta Stefani.

Além disso, com o conceito em prática a estrutura transacional do sistema financeiro também deve mudar devido às novas possibilidades nas formas de iniciar transferências e modalidades de pagamentos.

Especialistas desenham estratégias que os dois perfis de instituições financeiras poderão usar para atingir o sucesso, mas o bom funcionamento do Open Banking vai depender, de fato, da adesão dos consumidores e hoje não é possível cravar como será esse processo.

O InfoMoney produziu um especial sobre Open Banking que conta tudo o que você precisa saber sobre a segunda fase e todo o ecossistema que passa a vigorar na vida financeira das pessoas.

Serviços mais e menos usados nos bancos

A pesquisa do Instituto Locomotiva mostrou também quais são os serviços de bancos mais usados entre os entrevistados: o recebimento e o saque de dinheiro são as operações mais comuns entre os brasileiros que possuem conta em banco, com 65% de predominância.

Segundo Marcos Mazzi, gerente executivo do Banco24Horas, a operação de saque é especialmente relevante entre os brasileiros das classes D e E. Ao todo, 27% das pessoas bancarizadas nessa faixa de renda têm no saque a operação mais utilizada.

“Existe uma parcela enorme da população que saca o dinheiro para ter mais controle e até mais descontos. O Banco24Horas oferece acesso a mais de 90 serviços financeiros e não apenas ao dinheiro”, avalia Mazzi.

Veja os serviços mais e menos usados pelos entrevistados nos bancos – aqui a pesquisa não separou bancos digitais dos tradicionais, portanto, a resposta inclui bancos em geral:

O levantamento ainda registra que 20% dos brasileiros, em torno de 32 milhões de pessoas, utilizaram algum aplicativo para trabalhar ou obter renda e 37% dos entrevistados sacam tudo o que ganham nos apps.

“O consumidor procura uma ponte entre o físico e o digital. No século XXI, a lógica que de fato entrega tudo o que o consumidor precisa é aquela que une as comodidades do digital com a experiência que só o físico consegue oferecer”, diz Renato Meirelles, CEO do Instituto Locomotiva.

Fonte: Infomoney

 

Maiores bancos digitais têm 82 milhões de contas em 2021

Publicado em: 17/06/2021

Os maiores bancos digitais do Brasil têm 82 milhões de contas, segundo levantamento feito pelo Poder360 com as instituições financeiras. Foram contatadas 7 empresas: Nubank, Banco Inter, Banco Original, C6 Bank, Agibank, Neon e Next.

O Nubank soma quase metade do total: 40 milhões de contas.

O Neon não divulgou os dados dos anos anteriores. Desconsiderando este banco, as contas passaram de 42,6 milhões de 2020 para 71 milhões nos dados atuais. Atualmente, o Neon tem 11 milhões de contas.

O crescimento é acelerado nas principais empresas. Considerando as 6 que divulgaram os dados dos anos passados, havia 14,8 milhões de contas em 2019. O número subiu 299% até agora. Só Banco Original e Agibank não dobraram de tamanho. Ainda assim, tiveram alta de 56,7% e 38,10% no período, respectivamente.

Especialistas no mercado ainda veem espaço promissor para crescimento. O bilionário Warren Buffett anunciou na 3ª feira (8.jun.2021) a compra de uma participação de US$ 500 milhões do Nubank, agora com operações também no México e na Colômbia.

A empresa mais do que dobrou o número de contas em 2021. Passou de 19,8 milhões em dezembro de 2020 para 40 milhões em junho. Fundada em 2013, a empresa já recebeu mais de US$ 1,2 bilhão de investimentos nos últimos 7 anos. Também já foi considerado, por 3 anos consecutivos, o melhor banco do país pela revista Forbes.

O Banco Inter também é visto com uma instituição financeira em expansão. Tem 11,4 milhões de clientes. Está listado na B3, a Bolsa de Valores de São Paulo, diferentemente do Nubank. As ações do Inter (BIDI4) subiram 100% desde o início do ano.

O C6 Bank entrou em operação em agosto de 2019 e ganhou 1 milhão de clientes em apenas 4 meses.

Fonte: Poder 360

 

Jovens brasileiros preferem usar bancos digitais, afirma pesquisa

Publicado em: 20/05/2021

Os bancos digitais são preferência entre os jovens brasileiros. De acordo com uma pesquisa exclusiva, encomendada pelo C6 Bank e realizada pela empresa de tecnologia Ipec (Inteligência em Pesquisa e Consultoria), 54% dos jovens entre 16 e 24 anos têm preferência pelos novos bancos.

Maxnaun Gutierrez, executivo do C6 Bank comentou sobre a pesquisa. O mesmo afirmou que apesar do consumidor mais jovem ser a principal porta de avanço das novas instituições, a digitalização financeira também alcançou outras faixas de idade.

Outro fator relevante para as instituições foi a pandemia do novo coronavírus (Covid-19) , uma vez que ela acelerou essa tendência.

Cenário na pandemia

A pesquisa aponta que entre os entrevistados, 36% informaram se cadastrar em decorrência ao início da pandemia. Além disso, 78% passaram a usar mais suas contas digitais nesse período.

De acordo com o Banco Central, o isolamento social criou um ambiente receptivo para novas fintechs e instituições financeiras digitais especializadas em tecnologia e serviços por aplicativos.

Cerca de 40 instituições financeiras iniciaram suas atividades durante a crise gerada pela Covid-19.

Além disso, o aumento das contas digitais se deve ao pagamento do auxílio emergencial pelo Caixa Tem. O dinheiro foi disponibilizado para ser transferido aos bancos digitais antes do calendário previsto.

Novo comportamento do consumidor

De acordo com a pesquisa do Ipec, que ouviu 2 mil pessoas, cerca de 57% dos entrevistados possuem contas em bancos digitais.

Dentro desse grupo, 10% abandonaram os bancos tradicionais. Porém, 47% são correntistas nos dois tipos de instituições ao mesmo tempo.

Cristina Junqueira, uma das fundadoras do Nubank, afirma que o diferencial deles é a linguagem simples para tratar de assuntos complexos. Desta forma, a aproximação com o público mais jovem se dá de forma automática.

“Há uma identificação natural entre o consumidor mais jovem, que já cresceu no ambiente digital, podendo resolver diferentes aspectos da vida na palma da mão”, afirma Cristina.

Fonte: Portal IG

BB e Nubank são os melhores bancos digitais do país segundo o iBest

Publicado em: 10/12/2020

Após um hiato de mais de uma década, o Prêmio iBest, considerado uma das principais premiações da internet brasileira, voltou em 2020 para eleger as melhores empresas em mais de 50 categorias.

A iniciativa leva em conta duas votações paralelas: uma popular e outra feita por um júri de especialistas da Academia iBest. Como critério de qualificação para ambas, os dez finalistas (os iBest Top 10) são definidos com base em um algoritmo proprietário, que calcula a presença e o engajamento nas principais redes sociais. Foi a partir dessa lista que o público e o júri de especialistas escolheram as iniciativas digitais que considera as melhores de cada categoria.

O BB Digital, do Banco do Brasil, foi apontado como o melhor Banco Digital do Brasil segundo a votação popular. A disputa foi com o Banco Inter e o Nubank na votação popular. Já na eleição da Academia, o vencedor foi o Nubank, que concorreu com Banco Inter e Itaú.

“O Banco do Brasil mostrou que um grande banco tradicional pode competir e ter a melhor percepção de qualidade, mesmo em um setor com grande inovação e renovação como o bancário. Ao mesmo tempo, o Nubank, com o prêmio do júri especializado, mostrou estar preparado para o protagonismo que caminha para ter no setor”, diz Marcos Wettreich, CEO do iBest. “Este é um mercado que há décadas é concentrado em poucos players, mas que agora se encontra em um momento de transição, onde novos líderes estão sendo moldados.”

A edição deste ano registrou mais de 2 milhões de votos certificados. Para 2021, a organização diz que pretende aumentar o número de categorias e incluir uma fase de pré-votação, que começará em março e que permitirá que todas as iniciativas digitais se candidatem a ser um Top 10 Brasil.

Fonte: Forbes

27% dos brasileiros realizam transações conciliando bancos tradicionais e digitais

Publicado em: 14/08/2020

Uma pesquisa realizada pela Fujitsu revelou que, embora a maneira preferida dos brasileiros para realizar transações bancárias ainda seja por meio de bancos tradicionais (64%), as coisas estão mudando e 27% dos entrevistados já operam suas finanças com uma combinação de banco tradicional e digital. A adoção de bancos digitais é mais considerada no Brasil do que em qualquer outro país entrevistado na pesquisa. São eles: Austrália, Canadá, Alemanha, Japão, México, Nova Zelândia, Finlândia, Irlanda, Espanha, Reino Unido e Estados Unidos.

Os brasileiros mais jovens lideram a intenção de utilizar apenas instituições digitais, com 27% dos entrevistados entre 16 a 24 anos e 33% entre 25 a 34 anos dizendo que farão essa transição em até cinco anos. As porcentagens são maiores que a média global de 16%.

No entanto, essa crescente inclinação do mercado é atenuada pela cautela quanto à estabilidade dos bancos. Isso significa que essas instituições devem se preocupar com infraestruturas sólidas, sustentadas por segurança e transparência, para tranquilizar os consumidores sobre sua longevidade.

A pesquisa, que entrevistou 22.640 clientes em todo o mundo e dois mil no Brasil, constatou que uma experiência digital positiva e bons serviços online são pontos determinantes para os clientes no processo de escolha do banco. Apesar disso, é importante frisar que 74% dos brasileiros dizem estar impressionados com a quantidade de soluções bancárias disponíveis hoje no mercado e, por vezes, se confundem com tantas informações.

Talvez como uma maneira de driblar essa confusão, um número semelhante (70%) diz que em cinco anos planeja interagir com apenas um provedor de serviços financeiros, em vez de gerenciar várias contas com vários bancos.

A grande maioria dos entrevistados (85%), afirma que sua experiência bancária é melhor hoje do que era há cinco anos. E nove em cada dez são otimistas, acreditam que a experiência irá apenas melhorar nos próximos anos. Quatro em cada cinco querem que os bancos sejam mais inovadores – e a mesma proporção diz que o acesso a bons serviços digitais determina onde eles permanecem como clientes.

Confiança e transparência

A confiança dos brasileiros nas instituições bancárias é considerada alta. Entre os que responderam o questionário, 61% afirma confiar em seu banco atualmente mais do que há cinco anos.

Em contraposição, 66% das pessoas revelam a preocupação com a relação entre o aumento do uso de novas tecnologias e a exposição de dados pessoais. De fato, problemas relacionados à segurança dos dados são desafios para as instituições. Segundo a pesquisa, mais da metade dos brasileiros (57%) afirma que a insegurança sobre essas informações pode ser um motivo que os fará deixar de aderir a bancos digitais no futuro.

“A partir dessas informações, fica evidente que apesar de desejarem por serviços digitais avançados e inovadores e confiarem em seus bancos, os brasileiros se mantêm atentos a como essas instituições financeiras estão garantindo o sigilo e segurança de suas informações. É um ponto que deve receber atenção especial por parte dos prestadores desse tipo de serviço.” analisa Alex Takaoka, Diretor de Vendas da Fujitsu do Brasil.

Consciente da pressão sobre as instituições financeiras para se transformarem digitalmente garantindo segurança aos clientes, a Fujitsu trabalha em parceria com bancos e seguradoras para co-criar soluções que possibilitem a prestação de serviços ágeis e flexíveis garantindo experiências digitais relevantes em todos os canais.

Fonte: TI Inside

Transformação digital dos bancos passa por mudança de comportamento dos clientes

Publicado em: 26/02/2020

A cada ano que passa, a tecnologia se mostra cada vez mais primordial para o setor bancário. Não à toa a “Pesquisa Febraban de Tecnologia Bancária 2019”, realizada pela Deloitte em parceria com a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), revela que 60% das transações bancárias já são feitas pelos canais digitais – celular ou computador. No entanto, ainda existem algumas barreiras na adoção dos serviços digitas oferecidos pelos bancos, já que muitos clientes enxergam esses novos canais com certa desconfiança, ou até mesmo não se arriscam por terem dificuldades em lidar com soluções tecnológicas.

Durante o Futurecom, na sala FuturePAYMENT-Mobile e tecnologias disruptivas, foram discutidos alguns desafios que os bancos tradicionais estão enfrentando para construir plataformas e serviços inteiramente digitais. Para Kellen Serrano, coordenadora de processos estratégicos do Banco do Brasil, a transformação digital não abrange só o universo da tecnologia e inovações, mas também o lado humano do negócio. “É necessário uma mudança de comportamento dos clientes para se adequar às novas tecnologias que os bancos estão oferecendo atualmente”, ressalta.

Em entrevista exclusiva ao Portal IPNews, Kellen explicou qual foi a estratégia do Banco do Brasil para se inserir com êxito nessa revolução tecnológica que o setor bancário está passando.

“Essa transformação digital foi levantada de uma forma muito contundente no banco há cinco, seis anos, a gente tem feitos grande movimentos de tecnologia dentro do Banco do Brasil, que são percebidos pelos nossos clientes. Uma das coisas mais efetivas que a gente fez, foi trazer o cliente para o centro das nossas soluções. Então essa transformação digital aconteceu, de fato, quando nos entendemos que não era só uma questão de tecnologia, mas era uma forma de fazer uma leitura diferente do que estava sendo construído. O segredo foi deixar de ser uma empresa orientada a produto pra ser uma empresa orientada a experiência do cliente”, diz a executiva.

Em relação às barreiras que alguns bancos têm para incentivar os clientes que possuem receio ou têm dificuldades com tecnologia, Kellen salientou a importância do atendimento segmentado. “Se a gente pensar em atendimento de uma forma ampla, o banco vai sempre atender diversas gerações simultaneamente, por isso que a gente precisa ter vários canais de comunicação, pois cada canal vai conversar com esse tipo de cliente”, diz ela, e complementa: “ainda temos alguns clientes que não confiam que o pagamento via mobile vai acontecer, mas tudo passa pela mudança de comportamento. O banco precisa mostrar para esse público que existe segurança e conveniência em um canal digital. No entanto, outros clientes ainda vão gostar de ir à agencia, de conversar com seu gerente, de ter um acolhimento e ter uma consultoria personalizada”, finaliza a coordenadora de processos estratégicos do BB.

Ainda segundo Kellen, dentro da estrutura do Banco do Brasil, existe uma diretoria voltada apenas a negócios digitais da instituição, e esse departamento é responsável por pensar e estruturar junto com as demais diretorias de produto, serviços e clientes, de como apresentar essas novas soluções para o mercado.

Fonte: IP News

Pesquisa aposta que 20% dos brasileiros preferem bancos digitais

Publicado em: 13/02/2020


Uma pesquisa recente revelou que quase 20% dos brasileiros já preferem os bancos digitais, ou seja, aqueles que não possuem agências físicas, como a Nubank. O estudo foi encomendado pela Fiserc, fornecedora global de tecnologia de serviços financeiros, e realizada pela Toluna Insights.

Ao todo, foram entrevistadas 600 pessoas de diferentes regiões do país. Desses, 61% responderam que ainda possuem sua conta principal vinculada a alguns dos principais bancos em atuação no Brasil – como a Caixa, Banco do Brasil e Bradesco, que devem ter um aumento do fluxo devido ao pagamento do IPVA. Já na outra ponta, 18% afirmaram que já utilizam os bancos digitais, enquanto 11% declararam preferir os bancos regionais físicos.

A onda de banco digitais vem acompanhada, também, do crescente uso de carteiras virtuais, dentre as quais a AstroPay é uma opção confiável que tem atraído novos adeptos. Essas carteiras possibilitam o armazenamento de dinheiro, permitindo que você realize compras virtuais e até mesmo apostas em plataformas online, tudo isso com descontos e vantagens especiais.

Outro dado revelado pela pesquisa mostra o aumento no uso de aplicativos móveis, transformando estes na principal ferramenta de acesso entre correntistas e bancos. Essa é a maneira favorita de realizar transações de 43% dos usuários, enquanto apenas 16% prefere a interação em agências físicas.

O futuro dos meios de pagamento

Os bancos digitais e carteiras virtuais surgem na alvorada de uma verdadeira revolução na maneira como realizamos pagamentos, sendo exemplos de novas tecnologias que agem com esse objetivo e buscam oferecer mais praticidade aos seus usuários.

Além destes, também é possível mencionar os pagamentos sem interação humana. De acordo com o E-commerce Trends, a maior parte das compras já são realizadas por meio virtual. A novidade é que a tendência também começa a se estender em lojas físicas.

Na Amazon Go, por exemplo, é possível fazer compras em um supermercado sem passar no caixa. Todo o pagamento é realizado de maneira automática em sua conta Amazon, bastando você pegar o produto na prateleira e deixar o estabelecimento. Tudo isso sem enfrentar nenhuma fila.

Outro exemplo de nova tecnologia de pagamentos surge com a ascensão das criptomoedas. As moedas digitais possuem códigos que podem ser convertidos para valores reais, sendo mantidas em carteiras virtuais e administradas por meio de computadores ou dispositivos móveis.

Com isso, a compra e venda de produtos e serviços através do dinheiro virtual já é uma realidade, ainda que as criptomoedas sejam aceitas por uma quantidade limitada de empresas. Contudo, esse é um cenário que deve alterar em breve. Diversos países já iniciaram um movimento para “regular” as moedas digitais.

Um desses exemplo é o Japão, que passou a admitir a bitcoin – principal criptomoeda do mercado – como um meio de pagamento legal desde abril de 2019. Estima-se que cerca de 300 mil estabelecimentos já aceitam a moeda no país.

Por fim, também é possível citar os pagamentos realizados sem o cartão de crédito, prática que promete oferecer ainda mais agilidade em transações. A novidade possibilidade que você realiza transações sem nem mesmo inserir o cartão na maquininha, sendo necessário apenas a proximidade dela e do seu celular.

O pagamento por aproximação acontece por meio de uma tecnologia chamada Near Field Communication (NFC) ou, em português, “comunicação por campo de proximidade”. É ela que torna possível que uma transação seja realizada simplesmente a partir da proximidade de dois dispositivos. A inovação já se espalha a passos largos no Brasil, conforme aponta Antonio Cerqueiro, sócio da consultoria Bain & Company.

“Estimamos que, agora, um terço dos novos cartões já está sendo emitido com NFC. Esse movimento começou com os bancos digitais e agora chega nos bancos maiores. Essas instituições estão mais agressivas porque não querem ficar para trás, e essa dinâmica deve acelerar a transformação”, afirmou.

Fonte: VVale

Bancos digitais oferecem novos produtos para atrair clientes

Publicado em: 06/02/2020


Ao alcance dos dedos, o consumidor consegue em poucos minutos abrir uma conta no banco, solicitar um empréstimo ou mesmo pagar os boletos do mês. Tudo isso custando cada vez menos ou nada. Essa realidade é bem diferente daquela de cinco anos atrás, quando era preciso ir até uma agência bancária, levar diversos documentos e ainda esperar mais alguns dias até conseguir virar cliente. Cada vez mais, os bancos digitais estão oferecendo novos serviços para atrair esse público que quer agilidade e mais opções de serviço.

O número de bancos digitais no país subiu de seis, em 2017, para 15, em 2020. Além deles, outros tipos de fintechs – startups que trabalham para inovar e otimizar o sistema financeiro – que trabalham com meios de pagamento, financiamento coletivo, entre outros, já somam mais de 380, segundo uma pesquisa do Banco Interamericano de Desenvolvimetno (BID) em parceria com a plataforma Finnovista.
A tarifa zero para a conta corrente e o cartão de crédito sem anuidade são apenas alguns dos benefícios que os bancos digitais vêm ofertando aos clientes e fazendo eles deixarem para trás os tradicionais. Alguns são ainda mais audaciosos e querem oferecer toda a cesta de serviços que um banco tradicional tem hoje.

O colunista de inovação da CBN Vitória, Evandro Milet, destaca que hoje existem empresas digitais que oferecem diferentes tipos de especialidade para os usuários. “Essa concorrência entre bancos digitais e tradicionais gera avanço no mercado financeiro e alternativas para que o consumidor não fique dependente de apenas um tipo. Além disso, você ganha agilidade e redução das tarifas bancárias”, comenta.

O Inter, por exemplo, já oferece modalidades de investimentos e de financiamento imobiliário. Além disso, tem TED, saques, extrato e manutenção de conta sem cobrança alguma. O C6 Bank é outro que também pretende ampliar a oferta de crédito e investimentos para disputar clientes com os bancos tradicionais. Já o Nubank oferece contas de débito e crédito, além de rendimento de 100% da CDI sobre o valor que estiver na conta de débito.

Ainda existe uma complementariedade na forma como bancos e fintechs são utilizados. De acordo com estimativas da consultoria Bain & Company, entre 30% e 50% dos clientes de contas digitais ainda tem algum vínculo com os bancos tradicionais. Porém, o crescimento das empresas nativas do digital vem forçando os estabelecimentos convencionais a se reinventarem.

Mas as fintechs ainda esbarram em algumas questões. Atualmente, algumas cobram taxa para realizar saque, enquanto os bancos tradicionais não. Isso ocorre porque as empresas digitais acabam não tendo caixas eletrônicos próprios, como os bancos tradicionais, e precisam usar as redes 24 horas, o que gera custos. Além disso, não há a modalidade de extrato de papel, apenas online.

Alguns analistas do mercado financeiro estimam que já existam mais de 20 milhões de clientes cadastrados nos bancos digitais. Já nas instituições financeiras tradicionais, de acordo com um levantamento do Banco Central de setembro do ano passado, são mais de 133 milhões. Veja abaixo os serviços e tarifas de alguns bancos digitais e tradicionais.

TarifasTarifas1Tarifas2Fonte: A Gazeta

Pagamentos de contas em bancos digitais e agenda do BC afetam ações de bancões na Bolsa

Publicado em: 15/01/2020


Itaú (ITUB4), Banco do Brasil (BBAS3), Bradesco (BBDC4) e Santander (SANB3) amanheceram em queda superior ao Ibovespa nesta quarta-feira (15) após o Valor revelar que Banco Central (BC), Receita Federal e Secretaria do Tesouro Nacional buscam viabilizar o pagamento de contas e tributos a partir de bancos digitais – as fintechs.

Limitados aos grandes bancos, os serviços de cobrança e arrecadação são uma barreira entre o consumidor e o abandono completo dos grandes bancos. Essas atividades representaram 8,3% da receita total de prestação de serviços dos cinco maiores bancos do país. Portanto, a liberação para todas as empresas do segmento financeiro ameaça parte relevante da receita dos “bancões”.

Repercutindo a notícia, algumas casas de análise reforçaram um recado que vêm passando desde o início do ano: com uma lista de iniciativas em prol da competição bancária nas mãos do BC, não parece um bom momento para investir em ações dos grandes bancos.

A saber, o regulador promete, para os próximos meses, avanços importantes em frentes como o open banking, que garante acesso a informações de consumidores brasileiros por instituições menores, diminuindo a assimetria das informações (que favorecia os grandes bancos) e potencialmente diminuindo os juros bancários.

Outra frente de estudos é o fast payment, uma tecnologia em nuvem que permite pagamentos e transferências instantâneas sem intermediação de bandeiras ou credenciadoras, diretamente entre duas contas (seja de pessoas físicas ou de empresas).

“As notícias neste sentido não serão favoráveis àqueles que apostam em um bom ano para as ações de bancos”, escreveu o Bradesco BBI em relatório. “Preferimos cautela e mantemos a visão que vimos defendendo desde setembro de 2019”.

Para a equipe da XP Research, a liberação de pagamentos “pode pressionar o setor, dado que a ampliação da oferta de serviços pelos bancos digitais é um forte diferencial competitivo”. Marcel Campos, analista da XP, disse durante o evento Onde Investir 2020, do InfoMoney, que, excetuando o Banco do Brasil, nenhum dos grandes bancos deve ver aumento de margem financeira neste ano.

No acumulado do ano, as ações do Santander perdem 2,12%; papéis do Bradesco veem queda de 4,53%; as ações PN do Itaú caem 6,37% e o Banco do Brasil derrete 7,15%.

Fonte: Infomoney

Procura por bancos digitais é tendência, mas agências físicas ainda são preferência

Publicado em: 17/07/2019


Os bancos digitais são cada dia mais uma tendência entre os brasileiros. No Brasil, 77% das pessoas têm conta bancária e os chamados bancos digitais, como Nubank, Original e Neon são conhecidos por 78% deles.

Uma pesquisa feita pelo Instituto QualiBest aponta que 81% dos entrevistados, apesar da novidade digital no setor bancário, ainda preferem a existência das agências físicas. Mesmo assim, apenas 30% vão a uma agência bancária mais de uma vez ao mês.

Essa insegurança com a ausência de agências físicas existe entre aqueles que só ouviram falar sobre os bancos digitais ou não conhecem bem a categoria. Entre aqueles que declaram conhecer os bancos digitais, o percentual cai para 24%.

“A insegurança com os bancos digitais diminui quando aumenta o conhecimento sobre eles. A ausência de tarifas, praticidade no gerenciamento de contas e a inovação de ser 100% digital são os principais fatores que motivam a abertura de contas em bancos digitais”, apontou Daniela Malouf, diretora-geral do Instituto QualiBest.

Novo canal de relacionamento

Durante a pesquisa, o Qualibest apurou uma série de dados para entender a relação da população com o sistema bancário, o uso e conhecimento de bancos digitais e tradicionais, principais produtos e serviços consumidos e quais os motivos que ainda levam 23% dos entrevistados a fazer parte da população que não usa nenhum banco.

De acordo com o estudo, cada pessoa, em média, tem relacionamento com dois bancos. A Caixa Econômica Federal é o mais popular entre os internautas bancarizados, mantendo relacionamento com 51% dos entrevistados.

Bradesco, Banco do Brasil e Itaú têm relacionamento com 25% dos internautas. Santander aparece com 18% e Nubank com 8% das aderências dos entrevistados.

A facilidade de acesso, tanto presencial quanto virtual, é o principal fator de escolha de um banco. Por isso, 65% preferem o canal digital, como internet banking e app do banco, na hora de ser atendido.

Fonte: Consumidor Moderno

Fundo RedLions Capital investe R$ 20 mi na criação de bancos digitais

Publicado em: 18/06/2019


O fundo de investimento global RedLions Capital investirá 20 milhões de reais para criar a estadunidense BTX Digital, empresa especializada em construir bancos digitais para companhias com faturamento acima de 100 milhões de reais por ano. A nova empresa vai operar no Brasil e terá sede em São Paulo. Na prática, o serviço para o consumidor é o de um banco tradicional: será possível pagar contas, fazer transferências, ter uma conta-corrente. A diferença é que os serviços serão online.

A BTX será responsável por todo o investimento nos bancos criados. As empresas contratantes não entrarão com dinheiro. Em troca, o controle oficial do banco será dividido: metade dos clientes e metade da BTX. O retorno de investimento, de acordo com Rafael Pimenta, co-presidente da BTX, virá de 12 meses a 18 meses, impulsionado pela alta tecnologia presente no negócio.

Segundo a BTX, cinco clientes já fecharam contrato: Fashion Bank, do grupo Mega Polo Modas e mais sete shoppings; o StudentBank, da associação de estudantes do Brasil; o AppBank, da Fábrica de Aplicativos, que possui 0,5% de todas as lojas de app do mundo; e o MagBank, da Igreja Universal. O quinto nome, porém, ainda é mantido em sigilo. Outros 20 clientes estão em negociação. Entre eles, estão famosos (de celebridades da música ao esporte) que já demonstraram interesse em criar os próprios bancos. Isso porque, a expectativa é que o negócio seja rentável e ofereça vantagens para seus usuários.

A BTX cria banktechs, espécie de junção de várias fintechs –empresas que buscam otimizar os sistemas financeiros. Cada banco digital criado pela BTX necessitará da criação, na maioria dos casos, de outras seis empresas que vão lidar com um aspecto diferente da operação financeira. Por exemplo, um cliente da BTX pode querer uma operação diferenciada em máquinas POS (máquinas de cartão sem fio e que funcionam por wireless). Isso porque, caberá a cada cliente escolher os produtos e serviços que vai oferecer em seu banco, o que demandará características específicas estruturais.

A concorrência, no entanto, tende a ser grande. Além dos bancos digitais já conhecidos como o Nubank e o Next, marcas como Via Varejo já anunciaram a criação de suas próprias operações. Na área de criação de bancos digitais, também estão empresas como a Indra, multinacional da área de tecnologia, que abriu uma unidade voltada para o setor no Brasil.

De acordo com Pimenta, o grande diferencial da BTX é que o consumidor vai poder unir a praticidade dos bancos digitais com vantagens exclusivas. Entre elas, estaria o custo das contas. Como a BTX controlará muitos bancos, terá mais moeda de troca nas negociações com outros agentes, como tarifas, segundo o executivo. Os consumidores controlarão as suas contas nesses bancos por meio de aplicativos, que vão estar disponíveis em iOS, Android e WindowsPhone, de acordo com Pimenta.

Fonte: Veja

Bancos digitais já vacilam em serviço aos clientes, revela pesquisa

Publicado em: 13/06/2019


O estudo “Banco Digital 2019”, realizado pela Cantarino Brasileiro em parceria com a Exceda, revelou as tendências e os insights sobre a relação entre clientes e bancos digitais. Assim como foi registrado em 2017, o perfil predominante em 2019 é composto por jovens (48%) de classe média (55%), predominantemente do sexo masculino (54%).

O Net Promoter Score (NPS), que mensura o grau de lealdade dos clientes de bancos digitais, caiu de 38,7% para 30,7% em dois anos. O investimento no setor por parte de empresas tradicionais, por outro lado, subiu e elevou o NPS dos correntistas para 17,5%.

“O objetivo é entender como o consumidor avalia o uso dos bancos de maneira geral, e dos bancos digitais de forma particular, além da disposição de troca dos tradicionais pelos neobanks e os critérios que as pessoas levam em conta para isto”, diz Marcos Cantarino, fundador da Cantarino Brasileiro.

Escolha do banco

Questionados sobre o banco em que possuem a conta atualmente, 15% dos entrevistados disseram que têm tanto em banco digital quanto no tradicional. O tradicional ainda prevalece, com 82% das respostas. Os que utilizam somente bancos digitais formam apenas 3%.

Trocar o banco tradicional pelo digital

A pesquisa revelou que a disposição para abrir uma conta em um banco digital, caiu de 2017 para 2019. Os clientes que responderam a opção “Totalmente Dispostos” diminuiu de 28% para 20%. A nota média também sofreu alteração e foi de 7,2 para 6,1.

O pagamento de taxas seguiu a mesma tendência e perdeu importância, indo de 46% para 28% neste ano.

Para realizar a troca de um canal por outro, os clientes consideram principalmente o fato de eles não precisarem ir ao banco (32%) e ter acesso 24 horas aos serviços (29%).

Fonte: Money Times

Governo autoriza entrada de estrangeiros em ‘bancos digitais’ no país

Publicado em: 08/11/2018


O presidente Michel Temer liberou que estrangeiros tenham startups no setor financeiro brasileiro, as chamadas fintechs. Num decreto publicado nesta terça-feira, ele declarou o interesse do país na participação de capital estrangeiro nesse tipo de empresa. Essa formalidade dispensa que cada investidor tenha de pedir especificamente o aval presidencial quando quiser investir em empresas daqui.

A liberação deve aumentar a concorrência no setor bancário, que é uma das diretrizes do Banco Central na cruzada contra os juros altos cobrados dos brasileiros pelos bancos tradicionais.

Esses investimentos ainda devem passar pelo crivo do BC, que tem de dar autorização para qualquer um atuar no Sistema Financeiro Nacional. O Banco Central argumenta ainda que a medida incentiva a inovação, já que as fintechs são caracterizadas pelo uso intensivo de tecnologia.

“Sua atuação aumentará a concorrência no sistema financeiro, contribuindo para a redução do custo do crédito, mediante oferta de produtos a um público ainda não plenamente atendido pelo sistema bancário tradicional, composto principalmente por pessoas físicas e microempresas”, afirmou a autarquia por meio de sua assessoria.

Com o decreto, investidores estrangeiros poderão ter uma participação de até 100% no capital social de Sociedades de Crédito Direto (SCD) e Sociedade de Empréstimo entre Pessoas (SEP).

Como o Brasil é um país fechado, a participação estrangeira no capital de instituições financeiras só é permitida se for considerada de interesse nacional. “Com o decreto, o processo de autorização se torna mais célere, de maneira compatível com a natureza dos investimentos estrangeiros em fintechs, produzindo benefícios para o País”, disse o BC.

Fonte: O Globo