Itaú, Santander, Bradesco ou BB: qual resistiu mais à Covid no trimestre?

Publicado em: 27/07/2020

Em momentos de grave crise econômica, nenhum banco é uma ilha, e os balanços do segundo trimestre mostrarão quanto a pandemia de coronavírus pesou sobre o setor. Os analistas não têm dúvidas de que as instituições foram impactadas, mas a questão é ver quais bancos são mais resistentes à Covid-19.

Luis Azevedo e Silvio Doria, do Banco Safra, estão entre os analistas que aguardam uma deterioração generalizada de resultados. “Espera-se que todos os bancos em nosso universo de cobertura reportem uma queda no lucro na comparação anual, principalmente devido ao reforço da linha de provisões para perdas com empréstimos”, afirmam em relatório.

Isso não significa, necessariamente, que os balanços trarão uma piora expressiva da inadimplência. A dupla lembra que, para contê-la, os bancos adotaram medidas como o adiamento da amortização dos empréstimos concedidos a clientes.

A concessão de crédito, aliás, pode até ter crescido nos últimos meses, na comparação com o mesmo período do ano passado, de acordo com o Banco Safra. Em relação ao primeiro trimestre, contudo, os analistas não esperam crescimento significativo, o que refletiria a desaceleração da economia devido ao coronavírus.

Destaques

Entre os bancos cobertos pelo Safra, o Banrisul (BRSR6) é o que deve apresentar o pior desempenho. Os analistas estimam uma queda de 50,5% no lucro líquido, comparado ao mesmo período de 2019, e de 41,3%, na comparação com o primeiro trimestre.

Na ponta “positiva”, espera-se que o Bradesco (BBDC4) seja o mais resiliente, com uma queda de 34,7% sobre o segundo trimestre de 2019, e um incremento de 12,4% em relação ao primeiro trimestre.

Veja o resumo das estimativas do Safra para os balanços do segundo trimestre dos banco que acompanha.

Fonte: Money Times

Bancos devem apresentar algumas tendências de melhoria no 2º trimestre

Publicado em: 16/07/2020

Os resultados dos bancos brasileiros sairão no fim de julho, com Santander Brasil (SANB11) estreando a temporada para o setor no dia 29. Apesar do segundo trimestre se mostrar como o período mais fraco do ano em termos de PIB, analistas do BTG Pactual (BPAC11) esperam ver algumas tendências de melhoria por parte das grandes instituições financeiras.

“Devido a grandes renegociações e períodos de carência, além de um processo operacional melhor dos bancos, os NPLs (Non-Performing Loans, em inglês) provavelmente permanecerão sob controle, permitindo que as taxas de cobertura se expandam”, comentam Eduardo Rosman e Thomas Peredo. “Tesouraria e seguro também devem surpreender positivamente”.

Apesar do cenário nebuloso envolvendo os quatro maiores bancos do país, o BTG destaca que pode existir um potencial de valorização para as teses de investimento das empresas se o segundo trimestre se revelar melhor.

“Acreditamos agora que o Itaú Unibanco (ITUB4) e o Bradesco (BBDC4) reportaram um pequeno aumento do lucro por ação (LPA) no segundo trimestre. Para o Itaú, o principal fator deve ser uma perda menor de provisões de empréstimo. Temos ganhos de R$ 3,7 bilhões no nosso modelo, mas algo perto de R$ 4,1 bilhões faria mais sentido. No caso do Bradesco, as provisões provavelmente subirão, permitindo um bom salto dos índices de cobertura”, afirmam Rosman e Peredo.

Os analistas também levantam a possibilidade de que o lucro líquido do Santander e do Banco do Brasil (BBAS3) supere as projeções – R$ 2,5 bilhões para o primeiro banco e R$ 3,4 bilhões para o segundo.

A preferência do BTG, no entanto, ainda é por nomes como B3 (B3SA3), XP Inc. (XP), Stone (STNE), PagSeguro (PAGS) e Banco Inter (BIDI11), que não estão tão expostos ao cenário macroeconômico quanto as companhias financeiras tradicionais.

Novos preços-alvos

O BTG elevou os preço-alvos de todos os bancos sob sua cobertura. Itaú e Bradesco têm recomendação de compra e novos preços-alvos de, respectivamente, R$ 34 e R$ 28. Já Banco do Brasil e Santander permanecem com recomendação neutra (preço-alvo de R$ 44 para a primeira ação e de R$ 37 para a segunda).

O Banco ABC (ABCB4) está com recomendação de compra, bem como o Banco Inter. Os preços-alvos foram atualizados para R$ 20 e R$ 57, respectivamente.

Para o Banrisul (BRSR6), os analistas reforçaram a recomendação neutra, com preço-alvo de R$ 18.

Fonte: Money Times

Bancos: aumento de imposto sobre lucro cortaria até 27% do valor das ações

Publicado em: 17/06/2020

Um eventual aumento da alíquota da Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL) do setor financeiro pode reduzir o preço-alvo das ações em cerca de 27%, segundo os cálculos da XP Investimentos.

A possibilidade voltou a ser discutida no Senado, onde tramitam três projetos neste sentido, com o objetivo de obter recursos para compensar a queda da arrecadação decorrente da pandemia de coronavírus.

Erich Decat, que assina o relatório da gestora, ressalta que a XP não acredita que as propostas sejam aprovadas e, portanto, não as incorporam em seu cenário básico. Mas, apenas como exercício, o analista estimou o impacto de uma alta de até 20 pontos percentuais na alíquota da CSLL sobre o preço-alvo das ações do setor. Foram, também, analisados aumentos intermediários de 5, 10 e 15 pontos percentuais.

O Banco do Brasil (BBAS3) seria o mais prejudicado, com uma queda de 28,1% do preço-alvo, que passaria dos atuais R$ 43 para R$ 30,90. Já o Bradesco (BBDC4) seria o mais resistente, com uma queda de 24%, dos atuais R$ 28 para R$ 21,12.

O Banco do Brasil também sentiria o maior impacto sobre a distribuição de dividendos. A XP Investimentos estima que o dividend yield (o rendimento proporcionado pelos dividendos, sobre o preço do papel) do banco federal caia 2,7 pontos percentuais, para 4,6%, se a alíquota da CSLL subir 20 pontos.

Os investidores do Santander (SANB11) também não teriam motivos para festejar. O dividend yield do banco recuaria os mesmo 2,7 pontos, mas o retorno seria ligeiramente maior que o do Banco do Brasil: 4,7%.

“Mantemos recomendação de compra no Banco do Brasil, Bradesco, e neutro em Itaú e Santander Brasil”, afirma a XP. A gestora lembra que o aumento da CSLL não integra seu cenário básico. Caso isso ocorra, as recomendações e preços-alvos serão revisados.

Fonte: Money Times

Bancos não poderão distribuir dividendos até o final do ano, diz CMN

Publicado em: 04/06/2020

As instituições financeiras estão impedidas de distribuir dividendos (parcela do lucro destinada aos acionistas) além do mínimo obrigatório até o fim do ano, decidiu nesta sexta-feira (29) o CMN (Conselho Monetário Nacional). A medida, que valeria até setembro, foi prorrogada por três meses.

Os bancos e os demais tipos de instituições também não podem recomprar ações, reduzir o capital social e aumentar a remuneração dos executivos de níveis superiores. No início de abril, o CMN tinha criado essas proibições como contrapartida para o socorro que as instituições financeiras receberão durante a pandemia de coronavírus.

Em nota, o BC (Banco Central) informou que a prorrogação deve fortalecer os bancos durante a crise provocada pela pandemia. “Ao ampliar a incidência a todo o exercício de 2020, espera-se maior conservadorismo na preservação de recursos e simplificação da apuração dos limites passíveis de distribuição. Assim, eventuais pagamentos dentro dos limites estabelecidos devem ser feitos com prudência, dadas as incertezas do cenário em curso”, destaca o comunicado.

Ao restringir o pagamento de dividendos e o aumento da remuneração de administradores, o BC evita que recursos que poderiam ser emprestados ou usados para absorver perdas futuras sejam desviados em um momento de recessão global. Além disso, as vedações ajudam a elevar os níveis de capital e de liquidez, evitando a desconfiança em relação ao sistema financeiro.

Financiamentos imobiliários

O CMN flexibilizou temporariamente as exigências que os bancos devem cobrir ao conceder financiamentos imobiliários. Até 30 de setembro, as instituições financeiras poderão liberar os recursos para financiamento imobiliário a partir da apresentação do protocolo de registro do imóvel no cartório. Antes, os bancos podiam liberar o crédito somente quando o registro da alienação fiduciária estivesse completo.

Segundo o Banco Central, a flexibilização atendeu a pedido do próprio mercado imobiliário. Caberá ao banco avaliar, conforme seus modelos de risco, se aceitará conceder o empréstimo com base apenas no protocolo do registro.

Fonte: Portal R7

Fortuna de cinco bancos soma R$ 7,4 trilhões e supera PIB do Brasil

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O patrimônio de apenas cinco bancos –Itaú, Bradesco, Santander, Banco do Brasil e Caixa– supera o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil. Esse fato mostra a dimensão da brutal concentração da riqueza no País, agravada durante a pandemia de coronavírus.

Nunca é demais recordar que o governo Jair Bolsonaro, controlado pelo banqueiro Paulo Guedes, injetou R$ 1,2 trilhão de liquidez em medidas do Banco Central para apoiar o sistema financeiro no enfrentamento da covid-19. Entretanto, nesse período, os bancos preferiram especular com esse montante de dinheiro público ficou “empoçado” no próprio sistema financeiro.

Traduzindo em bom português: o dinheiro não chegou ao destino, ficou “empossado” nos bancos que especulam com recurso alheio.

De acordo com especialistas do mercado financeiro, o dinheiro disponibilizado pelo governo “morreu” nos bancos, que preferem investir em títulos públicos.

“Os bancos não querem dar dinheiro novo, nem querem alongar. Querem comprar só títulos públicos”, afirma Carlos Thadeu de Freitas, ex-diretor do BC e economista-chefe da Confederação Nacional do Comércio (CNC). Ele defende uma forma de “punição” do BC aos bancos que não emprestarem e alongarem os prazos.

Os cinco maiores bancos brasileiros têm em mãos recursos equivalentes à toda a economia brasileira. Turbinado pelo aumento de crédito para suprir a demanda maior durante a pandemia de coronavírus, o volume de ativos totais das instituições financeiras atingiu R$ 7,36 trilhões ao fim de março, superando, pela primeira vez, o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, que foi de R$ 7,3 trilhões em 2019, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) publicados em março.

O resultado ocorreu em meio à expansão do crédito, enquanto a economia brasileira tenta ganhar tração. Do fim de 2017 para cá, a correlação crédito/PIB subiu de 47,1% para 48,9%, segundo o Banco Central. Se for considerado apenas o crédito livre, com o qual os grandes bancos atuam, o avanço foi ainda maior: subiu de 23,6% para 28,8%.

O presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Isaac Sidney, afirmou que o aumento na proporção entre ativos dos bancos e o PIB tem correlação direta com a expansão do crédito nos últimos anos frente ao desempenho econômico. “O aumento na relação crédito/PIB não é sinônimo de maior rentabilidade ou lucro.”

Além disso, em momentos de crise os bancos atraem maior volume de depósitos, uma vez que o investidor busca mais segurança, segundo Claudio Gallina, diretor sênior de instituições financeiras da Fitch Ratings para América Latina. “Assim, a liquidez do sistema (que já vinha muito boa e robusta) aumenta mais”, disse. “Isso indica que os bancos teriam até mesmo mais dinheiro para emprestar.”

Com a crise, o crédito ganhou impulso adicional com a explosão da demanda nos grandes bancos. O saldo conjunto dos empréstimos nas cinco maiores instituições cresceu quase R$ 176 bilhões no primeiro trimestre em relação ao fim de dezembro, totalizando R$ 3,31 trilhões. Em um ano, o aumento foi de quase R$ 348 bilhões.

O salto nas carteiras foi capitaneado, principalmente, por empréstimos a grandes empresas. O movimento foi acompanhado por uma enxurrada de críticas aos grandes bancos, por restringirem o crédito e elevarem juros em meio à turbulência, a despeito da injeção de R$ 1,2 trilhão de liquidez em medidas do Banco Central para apoiar o sistema financeiro no enfrentamento da covid-19.

Os bancos anunciaram uma série de medidas de apoio financeiro, mas admitem que, diante da piora do risco na economia, é natural maior rigor no crédito.

O presidente do Itaú Unibanco, Candido Bracher, afirmou semana passada não ser possível o crédito crescer no mesmo ritmo da demanda, que deve se reduzir daqui para frente. “O crescimento do crédito será muito mais baixo, se é que haverá crescimento em 2020”, disse, em transmissão ao vivo.

Renegociações

Os bancos já concederam mais de R$ 540 bilhões em créditos na pandemia, segundo balanço da Febraban, considerando novos empréstimos, renovações e postergações de parcelas. Para os próximos meses, a expectativa é de que o crédito novo ceda espaço a uma onda de renegociações e reestruturações de dívidas de empresas que viram seu faturamento despencar.

No segmento de pessoa física, a demanda por crédito caiu no primeiro trimestre, mudando a dinâmica vista até então. Esse movimento deve continuar, com o aumento do desemprego e a perda de renda.

A queda, principalmente no financiamento imobiliário, obrigou a Caixa a rever suas projeções. “De fato, a crise muda toda a dinâmica. A demanda de crédito vem sendo totalmente diferente. Estamos avaliando”, afirmou Pedro Guimarães, presidente do banco público, durante a publicação do balanço do primeiro trimestre.

Em uma perspectiva de médio e longo prazo, o presidente e fundador da Mauá Capital e ex-diretor do Banco Central, Luiz Fernando Figueiredo, vê maior pressão por parte das fintechs na disputa por recursos com os grandes bancos, que foi comprometido na crise. Os próprios pesos pesados do setor admitem que a trégua é temporária. “Com os reflexos do juro mais baixo, mais decente, e uma maior concorrência vinda das fintechs, o Brasil está se tornando mais normal, mas a crise atrapalhou.”

Provisões

A pandemia também fez os bancos ampliarem os recursos reservados para compensar perdas, com temor quanto ao impacto futuro na inadimplência. A leitura, ao menos até aqui, é de que a crise será bem mais severa que as anteriores, incluindo a desencadeada pela Operação Lava Jato e ainda a turbulência financeira de 2009.

O reforço nas provisões custou mais os bancos. No primeiro trimestre, as despesas com provisões para devedores duvidosos passaram dos R$ 30 bilhões, um salto de cerca de 45% em relação aos três meses anteriores.

Dos cinco grandes bancos, somente Santander e Caixa não fizeram o movimento de criar colchões para perdas adicionais por conta da crise. “O balanço da Caixa é, continua e continuará extremamente sólido”, afirmou Pedro Guimarães, presidente da instituição.

Como consequência de uma postura mais conservadora dos bancos, o lucro líquido combinado de Itaú, Bradesco, Santander, Banco do Brasil e Caixa encolheu 25,6% no primeiro trimestre, para menos de R$ 18 bilhões, na comparação com o mesmo período de 2019, quando foi de mais de R$ 24 bilhões.

“Mesmo mantendo níveis confortáveis de solidez, liquidez e capitalização, a atual crise também atingiu o setor bancário”, disse Isaac Sidney, presidente da Febraban. Com informações do jornal O Estado de S. Paulo. (Fonte: Blog do Esmael)

Fonte: Federação dos Bancários do Estado do Paraná

Maiores bancos concentram mais de 80% dos depósitos e empréstimos, diz BC

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Os cinco maiores bancos do Brasil concentraram mais de 80% dos empréstimos e depósitos em 2019 em todo o país, revelou o Relatório de Economia Bancária divulgado hoje pelo Banco Central (BC).
Segundo os dados, 83,7% dos empréstimos foram concedidos pelos cinco bancos. Isso quer dizer que, de cada R$ 10 emprestados, R$ 8,37 eram financiados pela Itaú Unibanco, Bradesco, Banco do Brasil (BB), Santander e Caixa Econômica Federal.

O resultado mostra uma tímida redução de 1,1% em relação a 2018, quando o nível de concentração nas operações de crédito era de 84,8%.

Cinco maiores concentram depósitos

A concentração bancária no Brasil é tão grande que os cinco maiores bancos reuniam 83,4% de todos os depósitos em 2019. De cada R$ 10, R$ 8,34 estavam sob a guarda das maiores instituições financeiras do país.
Isso representa uma pequena queda em relação ao resultado de 2018, quando os cinco maiores bancos concentravam 83,8% de todos os depósitos.
No caso dos ativos totais, Itaú, Bradesco, BB, Santander e Caixa concentravam 81% em 2019, uma redução de 0,2% em relação a 2018. De cada R$ 10, R$ 8,10 estavam com os cinco maiores bancos.

Bancos públicos perdem mercado

Segundo o BC, houve uma queda da concentração, com destaque para a redução das participações de BB e Caixa. No crédito para as famílias, a participação dos dois bancos públicos federais diminuiu de 48,2% em 2018 para 45,5% em 2019.

Apesar disso, as duas instituições financeiras são as que mais fazem empréstimos para as pessoas físicas entre os cinco maiores bancos. A Caixa lidera, com 27,45% e é seguida pelo BB, com 18,07. O ranking é completo por Itaú Unibanco, com 12,25%, Bradesco, com 11,35%, e Santander, com 10,09%.

Fonte: UOL

Soma do lucro dos cinco maiores bancos do país chega a R$ 18 bi

Publicado em: 28/05/2020

Os cinco maiores bancos do país (Banco do Brasil, Bradesco, Caixa, Itaú e Santander) lucraram juntos R$ 18 bilhões no 1º trimestre de 2020, segundo levantamento realizado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Apesar de representar uma queda média de 27,5% no comparativo com o mesmo período do ano passado, o lucro dos cinco maiores bancos nestes primeiros três meses do ano é maior do que o valor investido pelo Ministério de Ciência e Tecnologia em “atividades científicas e técnicas correlatas” durante os 12 meses de 2017. Naquele ano, os investimentos governamentais neste quesito foram de R$ 17 bi.

Atividades científicas e técnicas correlatas são aquelas relacionadas com a pesquisa e desenvolvimento experimental e que contribuem para a geração, difusão e aplicação do conhecimento científico e técnico. “Se não soubéssemos que o Brasil é um dos países que proporcionam maiores lucros para os bancos, diríamos que é inconcebível a soma do lucro de cinco destas instituições em três meses ser maior do que o que o país investe durante um ano todo em atividades científicas. E isso é porque os bancos registraram queda nos lucros. Se não, a diferença seria ainda maior”, observou a presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira. “A queda do lucro se deu principalmente pelo aumento do PDD (Provisão para Devedores Duvidosos)”, disse a dirigente da Contraf-CUT.

Ao se referir ao tamanho do lucro que os bancos obtém no Brasil, Juvandia ressaltou que o lucro obtido pelo banco Santander no território brasileiro representa 29% de todo o lucro obtido pelo banco em todo o mundo e que o ganho daqui é maior, inclusive do que o banco tem em seu país de origem, a Espanha.

Queda nos lucros

A maior queda foi no resultado do banco Itaú, -43,1% em doze meses, com R$ 3,9 bilhões de lucro; no Bradesco, a redução foi de 39,8% no período com R$ 3,75 bilhões. No Banco do Brasil, a queda chegou a 20,1%, com um lucro líquido de R$ 3,4 bilhões. Na Caixa, o lucro caiu 22,2%, pelos R$ 3 bilhões. Apenas o Santander teve crescimento do lucro de 10,6% na comparação com o ano anterior, com R$ 3,85 bilhões de lucro.

“Com a expectativa de crise em função da pandemia, os bancos aumentaram as despesas de PDD, contrariando resolução do Banco Central, que os liberava de reforços nas provisões das renegociações. Destaque no Itaú, que cresceu 161,5%. Somente a Caixa não aumentou. Se estavam desobrigados, por quê aumentaram?” questionou Juvandia.

Segundo a análise do Dieese, as despesas com PDD cresceram, em média, 43,2%, o que, em valores absolutos, chegou a R$ 9,2 bilhões. Dos cinco, apenas a Caixa atendeu a medida do Banco Central e, ao contrário dos demais, reduziu a PDD em 28,8%, ficando em R$ 2 bilhões no trimestre. Isso demonstra que os bancos estão muito apreensivos com relação à economia do país nos próximos meses.

“Deixaram os riscos apenas para os bancos públicos. Não topam ofertar crédito para clientes inadimplentes (que são os que mais precisam) mesmo tendo a cobertura de fundos públicos e mesmo sabendo que a PEC 10 autorizou compra posterior dos títulos podres, caso seja necessário. Apesar de todas as garantias, eles agem com cautela máxima o que é péssimo para a sociedade. Estão fazendo um monte de exigências e dificultando o crédito às pequenas e médias empresas, 49% das concessões feitas foram para as grandes empresas. Assim, o Brasil aprofunda o desemprego e a crise econômica,” apontou Juvandia.

Cabe reforçar que, as taxas de inadimplência atuais dessas instituições não justificam, ainda, esse reforço nas PDDs. As taxas para atrasos superiores a 90 dias estão relativamente baixas, pois, no 1º trimestre, elas ficaram entre 3% no Santander e 3,7% no Bradesco.

Emprego

Com relação ao emprego, os cinco bancos juntos fecharam 11.582 postos de trabalho, em doze meses. Foram 4.097 postos fechados no Itaú em doze meses, parte disso em função do PDV implementado pelo banco no segundo trimestre de 2019, que contou com 3,5 mil adesões, porém, no trimestre, o saldo foi positivo em 416 postos. De acordo com o relatório da instituição, esse saldo no trimestre se deve às contratações para a área de TI. No Santander, foram fechados 1.040 postos de trabalho no período, enquanto no Bradesco, o saldo, também, foi negativo, em 1.922 postos. O Banco do Brasil fechou 3.810 postos de trabalho, parte disso em função do PAQ (Programa de Adequação de Quadros) lançado em 29 de julho de 2019, que contou com o desligamento de 2.367 trabalhadores. A Caixa, por sua vez, fechou 713 postos no período, mas, com saldo positivo no trimestre de 47 postos.

Cabe ressaltar que os bancos firmaram um compromisso com o Comando Nacional dos Bancários de não demissão enquanto durar a pandemia e o estado de calamidade pública que se instaurou no país.

Rede de agências

Quanto à rede de agências, o Banco do Brasil fechou 378 unidades em doze meses, também em função do PAQ. No Itaú, foram fechadas 371 agências físicas no mesmo período (duas, no trimestre) e aberta apenas uma agência digital, as quais já somam 196 unidades. O Santander fechou 27 agências no período. O Bradesco, por sua vez, fechou 194 unidades e a Caixa Econômica, fechou três agências, em um ano. Os cinco bancos juntos fecharam 943 agências no país e, segundo o Dieese, a perspectiva diante da situação atual é que muitas não reabram depois do restabelecimento das atividades normais no país.

Em 2020, ao todo os bancos fecharam 283 agências, sendo 194 depois que começou a pandemia. “Mesmo numa pandemia onde as pessoas precisam ir aos bancos, eles fecham agências sem se preocupar se a população vai ficar desassistida ou ter mais dificuldade pra ir ao banco.” criticou a presidenta.

Fonte: Sindicato dos Bancários de Brasília

Durante a crise, bancos brasileiros são alvo de 336 propostas de lei

Publicado em: 21/05/2020

Desde o início da crise deflagrada pela pandemia da covid-19, parlamentares já apresentaram ao menos 336 propostas de lei (entre projetos completos e emendas a outros textos) que têm como alvo o setor financeiro.

Embora de caráter temporário, essa “pauta bomba” –- como os bancos se referem às iniciativas -– inclui desde o tabelamento de juros em modalidades como o cheque especial e o cartão de crédito, até o aumento de impostos para o segmento.

As propostas de senadores e deputados aparecem em meio a críticas de vários setores sobre dificuldades de acesso ao crédito para manter suas operações. Nesse sentido, praticamente metade das medidas (161) tratam dessa questão. Mais especificamente, impõe restrições a empréstimos já contratados.

O principal alvo é o consignado, com desconto em folha. Outro tema em destaque é o tributário, com mais de 30 propostas de leis. Há ainda medidas que limitam a cobrança de tarifas por parte dos bancos, bem como as que embutem mudanças no processo de recuperação judicial pelas empresas.

Um dos projetos mais polêmicos é o que estabeleceum teto na cobrança de juros do cheque especial e do cartão, de autoria do senador Alvaro Dias (Podemos-PR). Também impede os bancos de mexerem nos limites de crédito dos clientes durante a crise. O tema estava para ser votado na sexta-feira passada, mas foi retirado da pauta, em meio à pressão dos bancos.

Efeitos. Para as instituições financeiras, o projeto pode causar “redução severa” na oferta de empréstimos, justamente em um momento de crise. O presidente do Itaú Unibanco, Candido Bracher, afirmou que as propostas de leis em andamento têm boas intenções sob a ótica dos tomadores de crédito, mas que há risco de “fragilizar” o sistema financeiro.

“Essas medidas, para conceder crédito abaixo da remuneração adequada ao risco, podem trazer duas consequências: uma, o crédito desaparecer e, outra, fragilizar o balanço dos bancos e o sistema bancário”, disse. “Temos uma crise de saúde, uma econômica e política. Certamente, não precisamos de uma crise no sistema financeiro.”

Os bancos dizem já ter desembolsado mais de R$ 540 bilhões em crédito novo, conforme dados da Federação Brasileira de Bancos (Febraban). O montante inclui contratações, renovações e suspensão de parcelas. “A liberação de recursos que a indústria bancária fez nos últimos 45 dias não foi vista nos últimos anos no Brasil”, disse o diretor de empréstimos do Bradesco, Leandro Diniz.

O risco de avanço dessas pautas aproximou os bancos do Congresso.A interlocução tem no comando o ex-BC e presidente da Febraban, Isaac Sidney. Na cadeira desde janeiro, ele tem procurado senadores e deputados para falar sobre possíveis impactos das propostas de leis para o crédito.

A força-tarefa dos bancos tem se refletido no andamento das propostas. O projeto de lei que limita os juros, por exemplo, não só foi retirado da pauta como foi alterado.

Conforme nova proposta do relator, o senador Lasier Costa Martins (Podemos-RS), o teto dos juros foi elevado de 20% para 30% ao ano. No caso das fintechs, o limite iria até 35%.

“Ainda assim, a conta não fecha. Se uma medida dessas passa, os pequenos entrantes serão destruídos. O setor não é somente formado por cinco grandes bancos”, diz Bruno Balduccinio, sócio do escritório Pinheiro Neto Advogados.

Do lado tributário, os bancos tentam negociar uma elevação temporária na CSLL. Há um total de dez propostas de lei sobre o tema no Congresso. Uma delas é do senador Weverton Rocha (PDT-MA), que defende a elevação da alíquota de 20% para 50% como uma forma de extrair recursos dos bancos.

Para evitar que o assunto ganhe corpo, as instituições negociam elevar a CSLL para 25%, como uma medida temporária durante a crise da covid-19.

Fonte: Confederação Nacional das Instituições Financeiras

Bancos podem demorar três anos para se recuperar de crise do coronavírus

Publicado em: 07/05/2020

O Sistema Financeiro Nacional (SFN) pode levar três anos para se recuperar da crise do novo coronavírus. O cálculo é do Banco Central (BC), que fez um teste de estresse para quantificar o impacto da Covid-19 nos bancos brasileiros e informou, nesta quarta-feira (29), que esse foi um dos testes mais severos da história. O BC explica que a pandemia vai reduzir a rentabilidade e ainda pode exigir um reforço de capital de R$ 70 bilhões das instituições financeiras nacionais.

Divulgado através do Relatório de Estabilidade Financeira do Banco Central, o teste de estresse realizado pela autoridade monetária explica que a desaceleração econômica causada pelo novo coronavírus pode comprometer a capacidade de pagamento de mais de 170 atividades econômicas. Atividades que já têm uma dívida de R$ 556 bilhões com os bancos brasileiros e ainda podem prejudicar a capacidade de pagamento dos seus funcionários e dos seus fornecedores, ampliando o risco de calote nas instituições financeiras.

“Dos R$ 500 bilhões que o sistema financeiro tem aplicado nessas empresas, R$ 200 bilhões entrariam em default (calote). E isso contaminaria os dependentes desses setores. Os empregados diretos dessas empresas teriam R$ 50 bilhões de impacto, a cadeia de fornecedores mais R$ 100 bilhões de impacto e os empregados da cadeia de fornecedores mais R$ 25 bilhões. Então, chegamos em um impacto total de R$ 395 bilhões”, revelou, em coletiva de imprensa, o diretor de Fiscalização do BC, Paulo Souza.

O risco de R$ 395 bilhões de calote apresentado pelo BC também considera o risco de reclassificação de risco dessas empresas e de contágio interfinanceiro. E, segundo Oliveira, é fruto de um trabalho feito com “bastante conservadorismo”, com o intuito de calcular o “impacto mais severo” da pandemia do sistema financeiro nacional.

O impacto de fato é grande. Considerando esse cenário, o BC calcula que os bancos teriam que elevar o seu capital regulatório em R$ 70 bilhões, o equivalente a 7,2% do patrimônio de referência do sistema financeiro, para voltar às condições de estabilidade e liquidez registradas antes do coronavírus. “Para ter ideia, quando fizemos o impacto dos efeitos dos setores envolvidos na Lava-Jato, em 2015, esse aumento era de R$ 3,4 bilhões, ou 0,4% do PR (patrimônio de referência)”, revelou Oliveira.

Fonte: Blog do Correio Braziliense

Agências bancárias de Dois Irmãos irão agendar atendimento com os clientes

Publicado em: 16/04/2020

Na terça-feira, 24, a prefeita Tânia da Silva esteve reunida com os gerentes de bancos e instituições financeiras de Dois Irmãos para regulamentação do atendimento dos bancos. Ficou estabelecido que devem seguir as orientações a nível do Decreto Federal 10.282/2020 e Decreto Estadual 55.128/2020, além do novo Decreto Municipal 3768/2020, que será publicado nesta quarta-feira, 25, que tem o objetivo de orientar e dispor sobre o funcionamento dessas instituições a cerca da necessidade de regramento excepcional, evitando aglomerações de pessoas em frente às agências bancárias.

As instituições irão agendar horário de atendimento com os clientes, além do atendimento via canais online e caixas eletrônicos. Participaram da reunião: João Paulo Descovi, gerente do Banco do Brasil, Sibele Barbieri, gerente da Caixa Econômica Federal, Susana Campanher, gerente do Banrisul, Paulo Henrique Frohlich, gerente do Itaú, Marcelo Zanotieli, gerente da Sicredi, e Viviane Machado, gerente do Bradesco.

Fonte: O Diário

Bancos estendem prazo de negativação de clientes inadimplentes

Publicado em:

Os bancos e birôs de crédito estenderão o processo de negativação, em geral de 10 dias, para 45 dias, a partir da próxima sexta-feira (17). A decisão foi tomada pela Associação Nacional dos Birôs de Crédito (ANBC) e a Federação Brasileira de Bancos (Febraban).

Segundo a Febraban, a medida é válida por 90 dias, podendo ser prorrogada. O objetivo é manter o fluxo de informações para avaliação do crédito e ao mesmo tempo conceder prazo adicional para que credores, consumidores e empresas possam renegociar seus créditos.

“Os setores continuam monitorando os impactos da covid-19 e acreditam que, com a colaboração de todos, o país será capaz de enfrentar a pandemia e reduzir seus efeitos negativos sobre a população”, diz a Febraban em nota.

Fonte: Agência Brasil

Crise eleva inadimplência e deve desencadear fusões de bancos, diz Eleven

Publicado em: 08/04/2020

A crise do coronavírus elevou o risco de funding e os custos de captação, o que terá impacto para os bancos em geral, afirmam analistas da Eleven Financial em relatório publicado nesta terça-feira. A natureza desse impacto vai depender do porte e do mercado de atuação de cada um. Mas, em comum a todos, está a tendência de um aumento da inadimplência.

Para a Eleven, a crise deverá resultar em uma nova onda de consolidação entre instituições financeiras.

O segmento de bancos voltados a crédito massificado (crédito pessoal, consignado, financiamento de veículos) tende a ser afetado em liquidez e custo de funding. No entanto, de acordo com os analistas, a utilização de Depósitos a Prazo com Garantia Especial (DPGE) e letras financeiras garantidas pode ajudar a enfrentar a crise.

Os bancos médios voltados a operações de crédito garantidas por recebíveis de empresas têm um giro mais rápido de ativos, o que pode favorecê-los. Porém, aponta o relatório, os que operam mais alavancados no crédito podem ter mais dificuldades.

Entre os grandes bancos de varejo, a robustez para enfrentar períodos de liquidez mais baixa, a carteira de crédito pulverizada e a diversidade de receita são fortalezas. De qualquer forma, não escaparão de um aumento da inadimplência, de uma redução nos volumes de crédito e de queda nas margens no curto prazo, levando à necessidade de cortar custos, segundo a Eleven.

Para a casa de análise, os bancos públicos tendem a se beneficiar em momentos de crise, “pois são utilizados para estimular a oferta de crédito para empresas e bancos em dificuldades”. Desta vez, essas instituições estão saneadas e mais capitalizadas, o que lhes permite crescer em ativos de risco.

Para a Eleven, as medidas adotadas até agora pelo Banco Central são fundamentais para manter a estabilidade do sistema financeiro nacional e prover liquidez aos bancos pequenos e médios e empresas.

Os analistas afirmam que as medidas devem ajudar a conter a alta da inadimplência nos próximos seis meses. Entretanto, a deterioração do risco de crédito será maior caso a crise de alongue.

“O que vemos hoje é um cenário muito indefinido diante das incertezas quanto à magnitude da crise do coronavírus no mundo e seus desdobramentos sobre os bancos e a economia real. Novas turbulências continuarão ocorrendo, persistindo a alta volatilidade nos mercados e o engessamento do crédito global”, aponta o relatório.

“Em um cenário otimista, esperamos que a partir do quarto trimestre, caso essa pandemia já esteja controlada, a atividade econômica volte a crescer e a capacidade de pagamento das empresas e famílias volte a se regularizar”, destacam os analistas.

De acordo com eles, os bancos sairão da crise mais fragilizados e menos rentáveis, o que levará o movimento de fusões e aquisições a se intensificar. “Alguns desses bancos menores poderão ser comprados ou obrigados a se retrair em nichos de mercado”, observam.

O Bradesco é o “top pick” da Eleven no setor financeiro. Conforme os analistas, é o banco que apresenta maior nível de provisionamento dentre os grandes, é o que tem maior diversificação de receitas e o que tem a maior exposição ao consignado.

Fonte: Valor Econômico

Bancos processam 2 milhões de pedidos de renegociação de dívidas

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Os cinco maiores bancos do país – Banco do Brasil, Bradesco, Caixa, Itaú e Santander – processaram mais de 2 milhões de pedidos de renegociação de dívidas. O valor das negociações chega a R$ 200 bilhões, conforme levantamento parcial divulgado pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban).

Nas operações, as instituições deram carência de dois a três meses no vencimento de parcelas em várias linhas, como crédito pessoal, crédito imobiliário, crédito com garantia de imóveis, crédito para aquisição de veículos e capital de giro.

Empresas e pessoas físicas têm reclamado da falta de acesso a essa medida de pausa nos contratos, cobrança de juros referente ao período de prorrogação e dificuldades de contato com os bancos.

Em nota, a Febraban diz que “os bancos estão totalmente sensibilizados com a necessidade de os recursos chegarem rapidamente na ponta e continuarão agindo com foco para que o crédito seja dado nas mãos das pessoas físicas e das empresas”.

“Entendemos a ansiedade de diversos setores, mas é preciso compreender que esse é um processo gradual e complexo, que demanda diversas providências e, em muitos casos, envolvem mudanças regulatórias, a exemplo da linha de liquidez do Banco Central para a compra de Letra Financeira Garantida e a liberação de compulsórios [depósitos que os bancos são obrigados a deixar no Banco Central]”, acrescenta.

Segundo a Febraban, ao contrário do que aconteceu na crise de 2008, desta vez, não há “empoçamento de liquidez” (falta de dinheiro em circulação), “mas sim um aumento substancial nas necessidades por recursos líquidos, o que torna esta crise bem diferente da anterior”. “Além disso, os bancos internacionais cortaram as linhas que dispúnhamos, o que estreitou mais ainda a liquidez do sistema. Mas seguiremos trabalhando, com o Banco Central e governo, para prover liquidez e crédito para quem precisa”, diz a federação.

A Febraban informa que já repactuou “diversas operações com grandes empresas, que demandaram volumes expressivos de recursos, com impactos relevantes sobre a liquidez do setor bancário”.

Pedidos
Caixa: 1 milhão de pedidos em contratos habitacionais, com oferta de R$ 111 bilhões em créditos e carências de até 90 dias.

Bradesco: 635 mil pedidos, que representam 1,036 milhão de contratos.

BB: 200 mil pedidos, em valor equivalente a R$ 60 bilhões.

Santander: 80,9 mil pedidos, em valor equivalente a R$ 11 bilhões.

Itaú: 302,3 mil pedidos, com saldo de R$ 12,1 bilhões e parcelas já prorrogadas em valor financeiro de R$ 679 milhões.

Na linha Caixa Hospitais, foram disponibilizados recursos da ordem de R$ 5 bilhões para 2020.

Folha de pagamento
A Febraban lembrou que os bancos iniciaram hoje a liberação do crédito para financiar a folha de pagamentos de pequenas e médias empresas com faturamento entre R$ 360 mil e R$ 10 milhões. A linha de crédito foi criada por meio de linha provisória, com liberação de R$ 40 bilhões.

Fonte: Agência Brasil

Cinco maiores bancos do país já renegociaram R$ 130 bi de R$ 200 bi em pedidos

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Os cinco maiores bancos do País – Itaú Unibanco, Banco do Brasil, Bradesco, Caixa e Santander – renegociaram até o momento R$ 130 bilhões de um total de R$ 200 bilhões em pedidos feitos com a crise da pandemia da covid-19.

Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, o presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Isaac Sidney Ferreira, diz que a crise levou a uma “explosão” de demanda por crédito. Com a queda brusca da atividade, do consumo e do faturamento, as empresas em geral estão precisando de caixa e buscando também crédito novo.

Segundo Ferreira, ainda faltam analisar entre 500 mil e 700 mil de pedidos. Como mostrou o jornal O Estado de S. Paulo, levantamento divulgado na segunda-feira, pela Febraban, indicou que os cincos maiores bancos receberam 2 milhões de pedidos de renegociação, o equivalente a uma carteira de R$ 200 bilhões (saldos devedores dos pedidos). A Febraban, no entanto, não tinha informado quanto dos pedidos foram aceitos pelos bancos.

Os números, diz Ferreira, mudam “a todo momento”, desde que os bancos anunciaram, em meados de março, a medida em resposta aos sinais mais severos da crise no Brasil. A prorrogação das parcelas está sendo feita por dois ou três meses, a depender do banco.

“Não está havendo ‘empoçamento’ de liquidez, mas demanda elevada por crédito”, diz ele, que assumiu a presidência da Febraban no final de março. “O que torna essa crise bem diferente da crise de 2008. Mas seguiremos trabalhando para prover liquidez e crédito”, acrescentou . No sábado, o ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que havia um quadro de “empoçamento”, que impedia o dinheiro chegar na “ponta” para quem precisa.

Com a crise, bancos estrangeiros cortaram as linhas para o País, estreitando ainda mais a liquidez no mercado. Segundo Ferreira, há cooperação, no momento, entre o Banco Central, governo e bancos para prover a liquidez necessária.

Fonte: Infomoney

Bancos já antecipam restituição do Imposto de Renda, confira os juros

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A exemplo do que ocorre todos os anos, os bancos já estão oferecendo aos clientes crédito que utiliza a restituição do Imposto de Renda como garantia. Em 2020, com a crise causada pela pandemia do coronavírus, a alternativa pode trazer um fôlego para as contas das famílias. Por outro lado, em um cenário com desfecho ainda incerto, contratar um empréstimo entregando uma renda futura como garantia representa um risco que precisa ser bem dosado.

Os maiores bancos permitem que clientes obtenham, imediatamente, até 100% do valor de reembolso que terão a receber com a entrega do IR 2020. Com as agências limitadas para atendimento físico, as contratações podem ocorrer em terminais bancários ou nos canais digitais.

Via de regra, o pagamento ocorre quando houver a restituição, com prazo até dezembro de 2020. Os juros iniciais variam de 1,49% a 1,79% ao mês, semelhantes aos do consignado e atraentes em relação ao empréstimo bancário convencional, de 4,22%, de acordo com a Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac).

— A antecipação da restituição pode chegar em boa hora para resolver compromissos urgentes das famílias, mas é essencial evitar que esse dinheiro seja usado para gastos supérfluos, que poderiam esperar — avalia Reinaldo Domingos, presidente da Associação Brasileira de Educadores Financeiros (Abefin).

O principal risco é criar uma dívida em meio a uma turbulência econômica e sanitária mundial, cuja luz no fim do túnel ainda não está visível. Pesquisa da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) mostrou que o número de famílias com dívidas voltou a subir em março no Brasil, chegando a 66,2% – número mais alto desde o início do levantamento, em janeiro de 2010. E pior: uma em cada quatro famílias está inadimplente.

Um empréstimo agora, portanto, pode comprometer um recurso garantido para meses adiante, que seria um fôlego para contas que irão surgir até o final do ano. Além disso, o correntista precisa estar ciente de que, se houver problemas em sua declaração ou ele cair na malha fina, terá de pagar o empréstimo de qualquer forma, mesmo que não receba a restituição.

Com um risco grande de quebra de empresas e demissões, esse fator precisa ser levado em conta mais do que nunca, conforme o educador financeiro Jó Adriano da Cruz. Ele avalia que é mais vantajoso ao consumidor aguardar por políticas públicas de apoio em meio à pandemia do que contrair um empréstimo:

— Existe, por exemplo, o Projeto de Lei 802/2020, do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), que está em tramitação e propõe restituição integral devida do IR em até 15 dias após do envio da declaração.

As regras dos principais bancos para anteciparem a restituição

  • Bradesco
  • Crédito vale para clientes que indicarem o banco para receberem a restituição.
  • O valor mínimo é de R$ 200 e o máximo, de até R$ 50 mil, e contempla até 100% do valor a ser restituído.
  • Juros partem de 1,79% ao mês.
  • O crédito deverá ser quitado em uma única parcela, de acordo com o recebimento da restituição do IR, com prazo limite até 30 de setembro de 2020.
  • Itaú Unibanco
  • Linha vale para clientes do banco e podem ser contratadas até 31 de outubro.
  • Os limites da antecipação vão de R$ 200 a R$ 5 mil para clientes Varejo e Uniclass e até R$ 10 mil para clientes Personnalité.
  • Os juros partem de 1,90% ao mês.
  • O débito ocorre automaticamente na data em que o cliente recebe a restituição ou em 20 de dezembro.
  • Banco do Brasil
  • Clientes correntistas do BB podem antecipar até 100% do valor a ser restituído, limitado a R$ 20 mil.
  • Os juros partem de 1,49% ao mês.
  • O pagamento é feito na data do crédito da restituição ou no vencimento do contrato, em janeiro de 2021 (o que ocorrer primeiro).
  • Santander
  • A linha de antecipação de IR do Santander tem como público-alvo pessoas físicas e que tenham declarado o Santander como o banco para recebimento da restituição.
  • Na contratação, é possível antecipar até 100% do valor da restituição, dependendo do perfil do cliente.
  • O débito é efetuado na data de recebimento da restituição ou, caso o cliente não receba, até o último lote, na data limite do produto.
  • Juros a partir de 1,69% ao mês.
  • Caixa Econômica Federal
  • Linha concedida a e clientes que indicarem a Caixa como instituição financeira para receber a restituição do imposto.
  • Podem ser contratados valores de R$ 610 a R$ 30 mil.
  • Operação disponível para contratação até o último dia útil do mês de setembro de 2020, e o vencimento da operação ocorre na data do crédito da restituição ou o último dia do ano.
  • Juros a partir de 1,78% ao mês.
  • Banrisul
  • Pode ser antecipado até 90% do valor da restituição, sem limite de valor.
  • A liquidação da operação ocorre na data do crédito do valor da restituição pela Receita Federal.
  • Juros a partir de 1,49% ao mês.
  • Maiores bancos em patrimônio administrado do Brasil, conforme o Banco Central, além do banco estatal gaúcho.

Fonte: Gaúcha ZH

Coronavírus: bancos se comprometem a manter quarentena

Publicado em: 02/04/2020

O Sindicato e demais entidades representativas dos bancários, articulados no Comando Nacional dos Bancários, cobraram, nesta segunda-feira 30, e os bancos se comprometeram a manter o isolamento que já colocou mais de 230 mil bancários para trabalharem em casa, em sistema de home office, durante a pandemia de coronavírus. O compromisso foi assumido durante videoconferência entre os representantes dos trabalhadores e a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos).

“Muitos bancários que estão trabalhando em casa têm procurado os sindicatos apreensivos. Buscam saber se a quarentena será mantida, se terão que voltar ao trabalho em suas agências e departamentos, enfim, estão com medo de ficarem expostos ao vírus e serem contagiados”, afirmou a presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Ivone Silva, que é uma das coordenadoras do Comando Nacional dos Bancários.

Ivone explicou que a apreensão se deve à ameaça feita pelo presidente da República, Jair Bolsonaro, de que editaria um decreto obrigando o retorno ao trabalho e também porque os bancários sabem que se inicia nesta semana um momento crítico do mês, quando aumenta a demanda pelo atendimento nas agências devido ao pagamento do benefício da Previdência, e que, muitos aposentados precisam do atendimento presencial para retirarem seus cartões, uma vez que será o primeiro pagamento que irão receber.

“O Bolsonaro foi irresponsável ao ir para as ruas defender o fim do isolamento social, contrariando todos os cientistas, as orientações da OMS e tudo que os outros países estão fazendo. O Bolsonaro faz mal à saúde pública”, afirmou a presidenta da Contraf-CUT (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro), Juvandia Moreira, que, juntamente com Ivone, coordena o Comando Nacional dos Bancários.

Ivone ressaltou que, mais do que nunca, é importante que os bancos implantem um sistema eficiente de controle de aceso às agências e o atendimento presencial exclusivo para clientes agendados. “É preciso ter um comunicado geral informando que serão atendidos presencialmente apenas serviços essenciais e casos de extrema necessidade que tiverem sido previamente agendados. Isso dá mais segurança não apenas para o bancário, mas também para o cliente, que não precisará ficar em filas na parte externa das agências”, disse.

Medidas já implementadas

A representação da categoria também cobrou respostas sobre as demais reivindicações de enfrentamento à pandemia causada pelo novo coronavírus, que vem sendo apresentadas pelo movimento sindical aos bancos desde o dia 12 de março, quando Sindicato e o Comando enviaram um ofício à Fenaban com os pedidos iniciais e a solicitação de uma reunião para discutir o assunto.

Durante a reunião, a Fenaban informou ainda que cerca de 2.200 agências foram fechadas em todo o Brasil, como medida para evitar a propagação do vírus. Também foram fechados postos de atendimento bancários em aeroportos e hospitais e que voltará a negociar o fechamento daqueles que ainda não foram fechados por solicitação de outras categorias.

A pedido do Sindicato e Comando dos Bancários, o Banco Central reduziu o horário de atendimento ao público pelos bancos.

Também a pedido da representação dos bancários, os bancos realizam uma campanha na mídia para orientar os clientes sobre o uso dos meios digitais; caixas eletrônicos, assim como sobre os riscos da contaminação pelo coronavírus.

Os bancos disponibilizam álcool gel para os bancários que continuam trabalhando para manter as atividades essenciais do serviço financeiro e atender os casos de extrema necessidade.

“Algumas medidas negociadas foram implementadas, porém ainda precisam ser cumpridas com mais eficiência. Não pode, por exemplo, faltar álcool gel nas agências. Sem isso, o bancário não pode trabalhar para não ficar sujeito ao contágio”, alertou Juvandia.

“Também existem pessoas com suspeita de contágio, mas gestores não querem afastá-las; descumprindo aquilo que negociamos. Portanto é preciso que todas as unidades sigam as determinações,” cobrou a presidenta da Contraf-CUT. O Sindicato e o Comando também cobraram procedimentos para que os clientes mantenham a distância um do outro nas filas, pois isto não está sendo realizado em muitos locais.

“Os bancários continuam trabalhando no autoatendimento. E isso os coloca diretamente em risco e vai contra aquilo trabalhamos desde o primeiro dia”, completou Juvandia.

Suspensão das demissões, das metas e manutenção dos direitos
Na semana passada, dois dos três maiores bancos privados do país comunicaram que não demitirão funcionários enquanto durar a pandemia.

Juvandia ressaltou a importância da manutenção dos empregos, não somente para a categoria, mas para toda a sociedade, mas cobrou o compromisso também dos demais bancos privados, a exemplo do Bradesco que ainda não falou nada.

Outra reivindicação da categoria foi a suspensão da cobrança pelo cumprimento metas. Os bancos disseram que priorizaram o debate sobre questões que envolvem a saúde dos trabalhadores e clientes e o assunto não foi discutido ainda. Mas, que foi orientado para que os bancos atuem com razoabilidade.

Alertada que até poucos dias tinha banco cobrando até prospecção de clientes, a Fenaban disse que voltará a pedir razoabilidade aos bancos e que isso não vai mais acontecer.

A presidenta da Contraf-CUT lembrou ainda que o governo tem tomado medidas para atender o setor bancário e dar mais liquidez aos bancos, liberando R$ 1,2 trilhões pro setor financeiro. “Agora, os bancos precisam dar retorno à sociedade para que o Brasil consiga superar essa situação o quanto antes e a economia possa se reerguer depois que pandemia passar”, disse Juvandia.

Deu um trabalho enorme esse governo liberar recursos pro povo. Não fosse a pressão e articulação das centrais sindicais não teria saído os R$ 600,00. Porém, as medidas de crédito às pequenas e médias empresas são insuficientes. “Serão R$ 40 bilhões ao todo e exclui as micros empresas que tem arrecadação menor que os 360 mil. O que vai deixar muitos sem receber nada. Defendemos também que esse recurso não tenha que ser devolvido e seja a fundo perdido”, finalizou Juvandia.

A presidenta da Contraf-CUT cobrou ainda que os bancos não cumpram as medidas previstas nas Medidas Provisórias 927 e 928/2020, do governo federal, que autorizam as empresas a negociarem diretamente com os trabalhadores, sem a intermediação dos sindicatos.

“Valorizamos muito nossa mesa de negociações, que é um exemplo de como é importante patrões e trabalhadores decidirem juntos sobre questões que envolvem a classe trabalhadora. É por isso que questionamos a medida provisória do governo e vamos usar todos os recursos para que ela não seja implementada”, concluiu.

Fonte: Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região

Grandes bancos suspendem demissões durante pandemia de coronavírus

Publicado em: 26/03/2020

Os grandes bancos suspenderam as demissões durante a pandemia do coronavírus no país após entrarem em acordo com o Comando Nacional dos Bancários nesta terça-feira (24). O representante dos sindicatos dos bancários e a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) fizeram uma reunião por videoconferência na segunda (23) para tratar sobre as atividades da categoria e sobre as medidas a serem tomadas ante o novo vírus.

Entre as reivindicações dos trabalhadores do setor, também estavam também o contingenciamento das agências bancárias e demais unidades – com o agendamento para casos que necessitem atendimento presencial – e a suspensão das metas para os bancários que estão trabalhando de forma remota.

Dos bancos privados, Itaú e o Santander se comprometeram a suspender as demissões que poderiam estar em andamento e a não demitir enquanto a pandemia do coronavírus perdurar no país. Além disso, também anunciaram a antecipação do 13º salário para os trabalhadores. O Bradesco não se pronunciou oficialmente sobre a dispensa de funcionários.

A Febraban (Federação Brasileira dos Bancos) também já havia anunciado que o funcionamento das agências bancárias aconteceria em horário reduzido, das 10h, às 14h. Os bancos também abrirão mais cedo para fazer atendimento exclusivo aos clientes que estão no grupo de risco (idosos, gestantes e pessoas portadoras de deficiência), das 9h às 10h.

Segundo a presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e região, Ivone Silva, os trabalhadores também reivindicaram medidas como a suspensão dos vencimentos dos boletos por 60 dias e a isenção de tarifas de transferências eletrônicas por mês como forma de evitar aglomerações nas agências. “Não podemos aceitar que o setor que mais lucra no Brasil demita seus funcionários em um momento de pandemia mundial. Temos a responsabilidade de não colocar trabalhadores e clientes em risco e já temos cerca de 200 mil funcionários trabalhando de forma remota em todo o país”, afirma Silva.

“As pessoas ainda não tomaram consciência de que precisam ficar em casa. Já que o governo não faz a sua parte, nós precisamos fazer a nossa para proteger a saúde dos trabalhadores que estão se arriscando por toda a população. Por isso reivindicamos que o atendimento bancário nas agências seja limitado única e exclusivamente aos serviços necessários”, afirma a presidente da Contraf-CUT (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro), Juvandia Moreira.

A preocupação, segundo Moreira, também está com o pagamento de aposentadorias do INSS, um dos períodos de maior movimentação nas agências bancárias e que está programado para começar na quarta-feira (25). São consideradas atividades essenciais: a compensação bancária, a rede de cartões de crédito e débito, os caixas eletrônicos e outros serviços não presenciais.

Como medidas contra o coronavírus, o Bradesco informou que fará o revezamento de bancários e o contingenciamento na entrada das agências, além de promover campanha para o uso de canais digitais. O Santander, por sua vez, que já estava fazendo rodízio entre os funcionários, afirmou que incluiu grávidas no grupo de risco e que criou um canal de comunicação para a suspeita de contaminação por coronavírus para que os trabalhadores possam ser monitorados. O Itaú informou que a antecipação do 13º salário integral a funcionários acontecerá até o dia 27 de abril.

Entre os bancos públicos, a Caixa informou em comunicado que os funcionários que estão trabalhando de forma remota deverão fazer atendimento via Whatsapp e executar as demais atividades operacionais por meio das ferramentas das agências digitais que estão sendo liberadas.

Já o Banco do Brasil informou que o atendimento presencial deve ser prestado somente em casos essenciais e orientou gestores de unidades voltadas para o atendimento ao público a priorizarem o funcionamento de todos os terminais das salas de autoatendimento.

Fonte: Folha de S.Paulo

Bancos restringem clientes a 5 por vez e caixa tem álcool em gel

Publicado em: 19/03/2020

Contando com 2 mil trabalhadores em 100 bancos, distribuídos por 27 municípios do Estado, o sindicato dos Bancários de Mato Grosso do Sul já se mobiliza pra evitar o aumento de casos de coronavírus e preservar clientes e bancários. Home office, isolamento de funcionários idosos, maior uso das redes digitais.

As medidas foram determinadas pela FENABAN – Federação Nacional dos Bancos, e está sendo adotada por instituições financeiras de todo Brasil, inclusive de MS. As mudanças incluem trabalho em esquema de home office; divisão de equipes que ainda estão atuando presencialmente e definição de locais de trabalho diferenciados para cada grupo de forma a reduzir o número de profissionais concentrados ao mesmo tempo nos locais de trabalho; foram indicados canais para notificação de casos entre os funcionários dos bancos; e foram criados novos protocolos de limpeza das agências e as equipes encarregadas da tarefa foram orientadas a intensificar a higienização, especialmente dos locais com maior contato das pessoas, como maçanetas, balcões, botões de elevadores e superfície dos caixas eletrônicos.

 A FEBRABAN tem orientado o público a usar os meios remotos de atendimento, como mobile e internet banking, que oferecem a quase totalidade das transações financeiras do sistema bancário e dispensam a necessidade de comparecimento às agências.

Bancos e bancários estão trabalhando com o mesmo propósito: proteger o trabalhador e o cliente bancário sem prejudicar o público.

MS- A presidente da entidade,  Neide Rodrigues salienta que uma das  preocupações é com as mães e pais estão com filhos em casa.  “Quem vai ficar em casa: os idosos acima de 60 anos; gente doente com doenças como  diabetes e outros crônicos também fiquem em casa”, explicou.

Neide salienta que com relação ao home office, serão elencados funcionários que ficarão a disposição do banco. Ela explica ainda que as pessoas que estão voltando de férias em cidades de risco, que fiquem 14 dias afastadas.

Um dos pedidos da entidade é com a cobrança de metas – financeiro.”Estamos solicitando um período de dois meses para não cobrir outros profissionais. Ainda a  antecipação das férias, daqueles que estão com filhos em casa”, salientou. As reuniões e agendas o banco já cortou.

Os atendimentos nas agências serão controlados. “Não será permitido mais que 50% do número de cadeiras. Já na Caixa haverá controle no autoatendimento  e não vai poder ter fila”, adiantou. A presidente do sindicato informa que os bancos já estão adotando o fim  das filas,

Estamos acompanhando a orientação nacional  e divulgando as medidas. “Estamos orientando e pedindo aos clientes que saiam apenas paras atividades essenciais. É um apelo que a gente faz”, finalizou.

Aprovação – As medidas foram aprovadas pelos clientes que estavam hoje fazendo serviços nas agências visitadas pela reportagem.

Nas agências do Bradesco e Caixa, ambas situadas na Cândido Mariano com a 13 de maio , os bancos estão obedecendo a orientação e entrada de pequenos grupos. Nos locais a higienização foi reforçada, principalmente no Bradesco. No Bradesco, principalmente, foram instalados suportes com álcool em gel ao lado dos caixas eletrônicos. Duas funcionárias da limpeza estavam  trabalhando somente na frente nos caixas, desinfectando os teclados.

A medida agradou a servidora pública, Júlia Fonseca, de 54 anos. Ela disse que achou interessante a iniciativa. “Eu carrego na bolsa o álcool gel e acho interessante a iniciativa dos bancos de disponibilizar para os clientes”, destacou. Ela diz que acha importante o processo e achou bom as funcionárias que estavam ali para fazer a limpeza. “É importante se prevenir, principalmente no meu caso, porque moro com duas pessoas que fazem parte do grupo de risco. O marido dela de 70 anos que é idoso e cardíaco e o filho tem 33 anos que tem bronquite crônica. “É essencial ter cuidados e higienizar”, conclui.

No Santander da Dom Aquino com a Barão do Rio Branco a fila para entrar era de cada 5 pessoas. A orientação é para que entrem em pequenos grupos. Na Caixa também a entrada era de fila de 5 pessoas e monitorada. Já o BB estava praticamente vazio.

O assessor de imprensa Otávio Augusto Taveira, de 26 anos. Que estava a Caixa destacou que toda prevenção é necessária. Mas criticou a falta de organização. “Não adianta o banco parar, colocar número menor dentro do espaço, se não organizar as filas. Não ter alguém para orientar os clientes. Ou seja se pra ter esquema de segurança contra o corona que seja organizado”, avaliou.

Já Lucimar Beatriz, de 36 anos e funcionaria publica estava no Santander e achou positivas as novas medidas contra o coronavírus. “Essa é uma medida importante para segurança tanto de funcionários quanto dos clientes”, finalizou.

Fonte: Campo Grande News

Era digital fecha bancos e deixa clientes “órfãos” em Campinas

Publicado em: 06/03/2020

Quem costuma frequentar a região central de Campinas já percebeu a mudança de endereço de algumas agências bancárias e o fechamento de outras. Isso tem ocorrido com mais frequência no últimos meses, e a desativação de duas delas em plena Avenida Francisco Glicério e na Avenida Moraes Sales evidenciou ainda mais essa mudança.

O fechamento da agência do Santander e a mudança de uma unidade do Bradesco na Glicério, além do fechamento da agência do Itaú, na Moraes Sales, é uma tendência não só em Campinas, mas em todo o Brasil e tem afetado os principais bancos do país.

A maior parte dos principais bancos não fala em fechamento de agências, mas sim de “readequação de endereço” com “foco em atender a transformação da demanda dos clientes”. Porém, no ano passado, os grandes bancos privados fecharam as portas de 430 agências em todo o país.

Em Campinas, desde 2017, foram encerradas as operações de ao menos nove agências bancárias dos principais bancos: Santander, Bradesco, Itaú e Banco do Brasil, algumas delas na região central.

No país, a redução das agências físicas foi mais visível no Banco do Brasil, que diminuiu 11% suas estruturas tradicionais nos últimos anos, para 3.684 agências. Em Campinas, no mesmo período, o BB fechou três agências, uma no distrito de Sousas, outra no aeroporto Internacional de Viracopos e no São Quirino.

No Brasil, o Santander seguiu na contramão e teve uma alta de 1,8% no número de instalações no Brasil. Em Campinas, o banco encerrou a atividade em duas unidades, na Glicério e outra na Rua General Osório, ao lado do Palácio da Justiça.

O encerramento das operações se deve a vários fatores, mas o aumento das operações digitais, que diminui a dependência de profissionais, e a preocupação com a concorrência das fintechs (empresas que usam tecnologia para oferecer serviços financeiros) ligaram o alerta para o ajustamento das gigantescas estruturas dos bancos para essa nova realidade que tem o custo bem mais baixo de operação.

NO DIA A DIA

A vendedora Carolina Araújo, que trabalha em uma banca de produtos eletrônicos na Avenida Francisco Glicério, passou a atender diariamente clientes “perdidos” em busca de uma agência bancária que já não existe mais na via. A agência do Santander fechou no mês passado, mas muitas pessoas chegam ao local sem saber do fechamento.

“A gente atende muitas pessoas, porque elas olham e ficam sem entender. Vêm perguntar para gente o que aconteceu. Eles colocaram o aviso indicando que agora a agência foi realocada junto a outra, então a gente mostra onde fica”, disse a funcionária. O novo local fica também na mesma avenida, porém cerca de quatro quarteirões adiante.

O mesmo ocorre na Rua General Osório. Lá, a agência do Santander foi encerrada e muita gente quando procura dá de cara com uma financeira. “Levei um susto porque tem uma outra empresa. Sempre aproveitei essa agência, mas agora passei a usar outra”, afirmou a contadora Elisa Sares.

Na Avenida Moraes Sales, uma agência do Itaú fechou há cerca de quatro meses. Segundo o comerciante Odemir Toledo, que tem uma banca de salgados em frente à antiga agência, muitas pessoas aparecem no local procurando informações sobre o banco. “Eu acabei de atender uma mulher que estava perdida e não sabia do fechamento. Por dia, são pelo menos umas três pessoas que vem aqui pedindo informações, e a gente indica para as duas agências mais próximas daqui”, disse o comerciante.

Segundo Toledo, antes de sair, o banco justificou o fechamento por causa do aumento serviços digitais, feitos por aplicativos e na internet. “Eles falaram que a tendência é essa, que estavam fechando essa e mais 200 por causa que hoje em dia o serviço é mais digital. A gente fica com dó dos funcionários né? E dos idosos que usam mais a agência, mas pelo jeito a tendência é essa”, comentou.

EMPREGO

O setor bancário brasileiro eliminou 9.463 postos de trabalho em 2019. Somente em dezembro foram extintas 680 vagas. Os dados são do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), compilados pelo Ministério da Economia. Fechamento de posto de trabalho caracteriza a extinção de uma vaga (demissão de um trabalhador sem que outro seja contratado para a mesma função).
A presidente do Sindicato dos Bancários de Campinas e Região, Ana Stela Alves de Lima, afirmou que esse novo cenário já vem de um bom tempo. “Antes dessa onda digital houve muitas fusões e aquisições dos grandes bancos no país. Com isso enxugaram agências próximas que passaram a ter o mesmo gerenciamento. Infelizmente no Brasil temos uma concentração bancária muito grande”, analisou.

“No começo, alegam que o trabalhador da agência comprada vai continuar atuando na nova bandeira, mas com o tempo, as demissões acontecem. É natural. Mas isso reflete na cadeia toda, porque você tem também os vigilantes e o pessoal da faxina e do café. Então, reflete no emprego de forma geral e dificulta a vida das pessoas, principalmente as que não são digitalizadas”, argumentou.

Até setembro de 2019 (o lucro do quarto trimestre ainda não foi divulgado), os cinco maiores bancos do país (Itaú, Bradesco, Santander, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal) lucraram R$ 80 bilhões, aumento de 23,6% em relação ao mesmo período de 2018. Essas cinco instituições financeiras representam 90% do total de empregos no setor bancário.

OUTRO LADO

Por meio de nota o Bradesco informou que não houve fechamento de agências e sim uma reestruturação das unidades que passaram a ter um novo modelo de atendimento. Os clientes do banco continuam a ter acesso aos mesmos serviços prestados anteriormente

Já o Santander disse que no ano passado no país, foram abertas 45 agências, passando de 2.283 para 2.328 locais. Além disso, o banco afirma que as agências físicas conviverão com o digital, sejam como espaços de atendimento especializados/vocacionados.
Ainda segundo o Santander, em Campinas, está previsto uma nova agência no Campo Grande e um work/café no shopping Iguatemi ambos com previsão de abertura ainda neste ano.

O Itaú afirmou que a redução do número de unidades físicas é um movimento de reposicionamento da rede de agências, coerente com as novas necessidades dos clientes e com o aumento da procura por atendimento em outros canais como internet, celular e agências digitais.

O Banco do Brasil informou que revê, permanentemente, a dotação de sua rede de agências. A principal intenção é aprimorar a experiência do cliente e esse movimento surge a partir da contínua melhoria e digitização de processos e produtos, a revisão e o aperfeiçoamento do modelo de atendimento e de relacionamento e o desenvolvimento de soluções para os canais digitais. No BB, mobile e internet já respondem por 80% de todas as transações, levando mais comodidade e conveniência aos clientes. (Com informações da Folhapress)

Fonte: Cidade Aon

Governo vai cobrar de bancos que oferecerem consignado a segurados do INSS

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O governo federal decidiu mexer nas regras de empréstimos consignados concedidos a aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social ( INSS ). A partir de agora, o órgão vai poder cobrar uma remuneração das instituições financeiras autorizadas a oferecer o crédito com desconto em folha aos segurados da Previdência Social. Até então, bancos e financeiras só ressarciam o INSS por custos operacionais.


Essas instituições poderão pagar um valor fixo ou um percentual sobre o valor de cada operação . Há ainda a possibilidade de que o pagamento inclua uma quantia fixa e também um percentual. Na prática, bancos e financeiras terão que pagar ao INSS para explorar o mercado de consignado.

Um modelo semelhante já é adotado para o pagamento de benefícios, em que os bancos remuneram o instituto para terem o direito de pagar mensalmente as aposentadorias e as pensões. Todo esse processo é feito por meio de um leilão da folha, que é vendida em lotes, de acordo com as regiões do país, a cada cinco anos.

A mudança está prevista na Medida Provisória (MP) 922 — publicada no Diário Oficial da União desta segunda-feira (dia 2) — que vai permitir a contratação pessoal por tempo determinado, inclusive militares e servidores aposentados para tentar reduzir virtuais as filas do INSS (cerca de dois segurados à espera de concessão de benefícios).

Essa MP determina que, no caso do crédito consignado, o INSS poderá contratar terceiros para operacionalizar os descontos em folha. Hoje, todo esse processamento fica a cargo da Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência ( Dataprev ), recentemente incluída no programa de privatizações do governo federal.

Essa contratação de terceiros poderá ser feita por meio de licitação ou de forma direta (sem a necessidade de processo licitatório), desde que seja uma empresa pública ou uma sociedade de economia mista federal. Este prestador de serviço, no entanto, deverá ser especializado em tecnologia da informação e comunicação.

Fonte: Potal IG

Bancos distribuem R$ 52 bilhões em dividendos a seus acionistas em 2019

Publicado em: 26/02/2020

Os grandes bancos, com exceção do Itaú Unibanco, ampliaram o volume de dividendos distribuídos a seus acionistas em 2019: foram mais de R$ 52 bilhões, volume quase 26% maior que o de 2018. Para este ano, porém, o valor pode ser menor.

Isso porque o maior apetite dos bancos para emprestar em meio à retomada da economia brasileira, principalmente para pessoas físicas e pequenas e médias empresas, deve levar o setor a fechar um pouco a mão quando olhar para os resultados futuros.

O Itaú Unibanco já seguiu esse caminho. O banco distribuiu 66,2% do lucro líquido recorrente de 2019, ante 89,2% no ano anterior. A diminuição na proporção de dividendos se refletiu diretamente no bolso dos acionistas da Itaúsa, holding que controla o banco.

A porcentagem do lucro líquido distribuído, chamado de payout, passou de 94%, em 2018, para 68% no ano passado – menor nível desde 2016. Com a redução, os dividendos foram um dos temas abordados na teleconferência feita com investidores e analistas na semana passada.

O presidente da Itaúsa, Alfredo Setubal, explicou que essa queda não antecipa um novo investimento da holding, mas tem relação com o Itaú Unibanco, que representa praticamente 90% do portfólio de investimentos. O banco resolveu, segundo ele, dividir um menor volume de recursos com seus acionistas uma vez que espera ter um maior uso de capital ao longo deste ano, ou seja, vai emprestar mais.

Desde 2017, o Itaú revisou sua política, colocando no lugar de um teto uma série de critérios para o cálculo dos dividendos. O crescimento do crédito, sob a ótica do risco, é um deles.

Para tranquilizar os investidores, Setubal recorreu à elevada rentabilidade do Itaú, que é líder entre seus pares. “A capacidade de o banco gerar retornos dentro da sua política de crédito é melhor para seus acionistas do que simplesmente distribuir dividendos e usar taxas de retorno inferiores às que o banco aplica”, explicou o presidente da Itaúsa, desde 2015 no comando da holding após anos no dia a dia como executivo do banco.

‘Superdividendo’
Na contramão, o rival Bradesco aumentou a distribuição de dividendos no ano passado. O payout bruto do banco foi de 73,9%, ante 40,3% em 2018. O salto ocorreu por causa de um “superdividendo” de R$ 8 bilhões. O banco creditou a bolada às perspectivas frustradas com a economia brasileira no ano passado.

Como o crescimento não veio, o Bradesco achou melhor dividir o dinheiro com seus acionistas. Até mesmo porque muito capital pressiona o retorno, principalmente no seu caso, que tenta retomar o posto de segundo banco mais rentável do Brasil, hoje nas mãos do Santander. “Não é uma obsessão, mas é o nosso objetivo lá na frente”, disse o presidente do Bradesco, Octavio de Lazari, em recente entrevista ao Estadão/Broadcast.

Somado ao crédito, os bancos terão o que o presidente do Itaú, Candido Bracher, resumiu como “ventos contrários” nos resultados de 2020. As instituições financeiras serão afetadas pelo efeito das novas regras do cheque especial, cujos juros foram limitados em 8% ao mês, pelo aumento da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), que passou de 15% para 20% na reforma da Previdência, e pela Selic média inferior à do ano passado.

Para o diretor de renda variável de uma gestora, apesar das pressões negativas que os bancos enfrentam neste ano as instituições têm capacidade de compensar tais efeitos e, consequentemente, manter gordos níveis de dividendos. “Os bancos podem conseguir gerar capital suficiente, eventualmente, para pagar mais dividendos e ainda originar mais crédito”, avalia ele, na condição de anonimato, que também vê o crédito como fator determinante para a distribuição de dividendos referentes ao ano de 2020.

É o caso do Santander Brasil. O espanhol prometeu manter elevado nível de payout ao mesmo tempo que tem capital em excesso para continuar crescendo como nos últimos anos. “Como fizemos no ano passado, dependendo da evolução e de como usamos o capital, ajustaremos, considerando o ganho final”, disse o vice-presidente executivo do Santander Brasil, Angel Santodomingo, em recente conversa com o mercado.

Embora o banco tenha distribuído em torno de 70% do seu lucro nos últimos anos, o executivo preferiu ser conservador. Manteve, ao menos por ora, a referência de 50% de payout para 2020.

Teto para distribuição
O Banco do Brasil aprovou, no início do ano passado, a revisão da política específica de remuneração aos acionistas. Assim, passou a fixar, ao contrário do concorrente Itaú, um teto para a distribuição do lucro líquido. Para 2020, o banco manteve o intervalo de payout esperado entre 30% e 40%, o mesmo estabelecido no ano passado.

Para 2021, a situação fica mais crítica com o risco de os dividendos, hoje isentos, passarem a ser tributados na reforma tributária. Como qualquer mudança no Imposto de Renda responde ao princípio da anualidade, um eventual pedágio para os acionistas, mesmo que aprovado este ano, começaria a valer somente no exercício seguinte.

Por ora, apenas os juros sobre capital próprio (JCP), também considerados para efeito de distribuição de dividendos, são tributados, uma vez que são recolhidos na fonte e entram na conta fiscal dos bancos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Fonte: Infomoney

Grandes bancos brasileiros distribuíram R$ 58 bilhões em dividendos em 2019

Publicado em: 19/02/2020


Os quatro grandes bancos brasileiros de capital aberto distribuíram R$ 58 bilhões em dividendos e juros sobre o capital próprio (JCP) em 2019, segundo levantamento da consultoria Economatica. O montante é próximo de todo o valor de mercado do Grupo Natura (NTCO3).

Além disso, é o maior valor em proventos já divulgado pelas instituições financeiras em toda a série histórica da Economatica, que se inicia em 2008.

Confira na tabela abaixo a evolução histórica da distribuição de proventos dos maiores bancos que atuam no País.

Economatic

O Itaú Unibanco (ITUB4) foi o que mais distribuiu dividendos e JCPs no ano de 2019 com R$ 26,1 bilhões, seguido pelo Bradesco (BBDC3; BBDC4) com R$ 17,7 bilhões. No entanto, vale destacar que o maior crescimento percentual entre 2018 e 2019 foi do Bradesco, que aumentou em 173,8% sua entrega de proventos aos acionistas.

Vale destacar que o lucro líquido nominal dos quatro bancos juntos totalizou R$ 81,5 bilhões em 2019, maior valor já registrado historicamente. O Itaú teve lucro contábil de R$ 26,58 bilhões, enquanto o Bradesco lucrou R$ 22,58 bilhões no período (também considerando o lucro contábil, e não recorrente). Já o BB teve lucro de R$ 18,16 bilhões e o Santander, de R$ 14,18 bilhões.

Como o setor financeiro é caracterizado por lucros altos e resiliência a cenários macroeconômicos adversos, muitos investidores buscam as ações de bancos para montar uma estratégia baseada no recebimento de dividendos.

Vale lembrar, contudo, que a forma mais usual para avaliar se uma empresa paga bons proventos ou não é olhar o dividend yield, dado pela divisão do valor dos dividendos em um determinado período pelo preço da ação.

Fonte: Infomoney

Lucro dos quatro principais bancos cresceu 38,7% em cinco anos

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O lucro anual dos 4 principais bancos do país (Banco do Brasil, Bradesco, Itaú e Santander) listados na Bolsa de Valores cresceu 38,7% no período de 2015 a 2019, passando de R$ 62,7 bilhões para R$ 87 bilhões no período.

No ano passado, a alta foi de 20%, puxada pelo Banco do Brasil, que reduziu os gastos administrativos com o fechamento de agências e a demissão de funcionários. O lucro da estatal saltou R$ 5,3 bilhões de 2018 para 2019, saindo de R$ 12,9 bilhões para R$ 18,1 bilhões. Em percentual, a alta é de 41%.

O Banco do Brasil fechou 366 agências em 2019, somando 4.356 unidades ao fim do ano. Junto a isso, o número de funcionários caiu de 96.889 para 93.190.

Apesar do empenho do BB em reduzir os gastos administrativos, Itaú Unibanco e Bradesco foram as instituições que obtiveram os maiores ganhos financeiros no último ano, com R$ 28,4 bilhões e R$ 25,9 bilhões, respectivamente.

Santander completa a lista das instituições com os maiores lucros. O banco espanhol viu seus ganhos aumentar 15% em 2019. Chegou aos R$ 14,550 bilhões.

De acordo com levantamento da Economática, o volume financeiro distribuído em dividendos e juros sobre capital próprio chegou a R$ 58 bilhões em 2019. A quantia é próxima ao valor de mercado do Grupo Natura e corresponde ao maior volume de recursos da história.

O Itaú lidera o ranking de quem mais distribuiu dividendos e juros sobre capital próprio em 2019, com R$ 26,1 bilhões ao todo. O Bradesco, por sua vez, registrou o maior crescimento percentual de 2018 a 2019, com alta de 173,8%.

SETOR FINANCEIRO

Os bancos são beneficiados pela retomada da demanda por crédito. De acordo com o Banco Central, o saldo de operações saltou de R$ 3,26 trilhões para R$ 3,47 trilhões de 2018 a 2019 –alta de 6,5%. Além disso, a retomada da atividade econômica contribui para a alta nos lucros e dividendos.

Em razão da digitalização, os bancos também têm menos gastos administrativos e investem mais em novas tecnologias. Os lucros estão, porém, concentrados em 4 bancos. Outras instituições financeiras que divulgaram balanços financeiros nos últimos têm ganhos menores. A Caixa Econômica Federal ainda não publicou os resultados do 4º trimestre.

O Banco Central aposta no aumento da competitividade com soluções digitais, como o open banking e os pagamentos instantâneos, que devem começar a ser implementadas no fim deste ano. São sistemas que devem demorar para serem realidade na economia brasileira, uma vez que depende da melhora regulatória do setor.

O projeto que muda a legislação cambial, por exemplo, é fundamental para garantir a implementação do open banking. O Congresso Nacional terá que se debruçar o tema em 2020, assim como outras pautas prioritárias, como o pacto federativo, a PEC dos fundos, a reforma tributária e outros assuntos que vão demandar esforço dos congressistas.

Qualquer atraso na agenda vai prejudicar o cronograma de instalação das novas tecnologias, defendida pelo presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. Outra proposta é permitir, com mudanças regulatórias, a entrada de novos concorrentes, como fintechs e pequenos bancos.

Fonte: Poder360

Sindicato dos Bancários solicita às instituições que antecipem PLR

Publicado em: 13/02/2020


O Sindicato enviou ofício aos bancos solicitando que antecipem o crédito da segunda parcela da PLR 2019 aos bancários. Pela Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), os bancos podem pagar até o dia 3 de março. Mas com a apuração de seus lucros anuais, as instituições financeiras já podem realizar o pagamento. E você também pode fazer uma simulação do valor aproximado que irá receber.

“Nada mais justo que os bancos, com lucros cada vez maiores, valorizem seus trabalhadores, que são os que constroem no dia a dia esses resultados. Já fizemos a solicitação formal às instituições financeiras e esperamos que elas atendam à expectativa dos bancários, antecipando o crédito da PLR cheia, de preferência para antes do Carnaval”, diz a presidenta do Sindicato, Ivone Silva.
Quem vai antecipar

Alguns bancos já anunciaram o crédito antes do dia 3 de março. O Bradesco já pagou na terça-feira 4. O Safra paga no dia 20. O Santander não atendeu a solicitação do Sindicato, de creditar a PLR antes do Carnaval, e paga somente no dia 28 de fevereiro. O Itaú já divulgou o lucro (recorde) obtido em 2019, mas ainda não anunciou quando creditará a PLR.

Outros bancos também já pagaram: o KEB Hana Bank pagou em 13 de dezembro, o ABN pagou no dia 24 de janeiro e o Citibank pagou em 4 de fevereiro. E a Financeira BRK anunciou que antecipará o crédito para 21 de fevereiro.

PLR é fruto da luta dos bancários

Ivone lembra que a PLR não é uma concessão dos bancos, mas uma conquista da luta da categoria bancária. “Os bancários foram a primeira categoria profissional no Brasil a conquistar a PLR, isso ainda em 1995. É, portanto, um direito como tantos outros previsto na nossa CCT nacional, uma convenção que serve de exemplo para outras categorias.”

Ela destaca ainda que este ano os bancários sentam novamente na mesa de negociação com a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) para a renovação da CCT, dentro de sua Campanha Nacional Unificada, e que devem estar mais do que nunca unidos e organizados na defesa de seus direitos. “Em 2018 fechamos um acertado acordo de dois anos que renovou nossa CCT até 31 de agosto de 2020, mas sabemos que estamos num momento de ataques aos direitos trabalhistas e aos direitos da categoria bancária e precisamos estar mobilizados.”
Regra da PLR

A regra da PLR “cheia” (primeira e segunda parcelas da PLR 2019) consiste no pagamento de 2,2 salários com teto de R$ 29.000,77 mais a parcela adicional, que tem como teto o valor de R$ 4.914,59. Desse total, desconta-se o valor antecipado na 1ª parcela, paga em setembro de 2019, e o restante é o que será recebido pelos bancários e bancárias até o dia 3 de março.

Fonte: Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região

Com lucro recorde, grandes bancos fecham agências e demitem 6,9 mil em 2019

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Em 2019, os três maiores bancos privados do Brasil fecharam 430 agências, demitindo um total de 6,923 mil pessoas. O principal mecanismo de demissão foram os chamados programas de demissão voluntária (PDV’s).

Embora aleguem que as demissões foram resultado de uma situação de prejuízo advinda da competição com as fintechs e pressões regulatórias, os três bancos fecharam o ano de 2019 com lucro.

Apesar de ter fechado 172 agências no Brasil (436 em toda a América Latina), o Itaú encerrou o ano com lucro de R$ 28,363 bilhões, um crescimento de 10,2%. Em relatório do seu acompanhamento financeiro, o banco escreveu: “O contínuo investimento em tecnologia permitiu ações com foco em eficiência de custos, como o encerramento de agências e o programa de desligamento voluntário, que levaram ao aumento de apenas 2,5% nas despesas não decorrentes de juros em relação ao ano anterior, abaixo da inflação acumulada (4,3% – IPCA) e do acordo coletivo de trabalho no período”. Segundo O Estado de S. Paulo, a tendência é que, em 2020, o ritmo de fechamento de unidades desacelere.

O Bradesco, por outro lado, pretendo continuar o processo. Com lucro de R$ 6,645 bilhões em 2019, caracterizando crescimento de 20%, o banco fechou mais de 100 unidades no ano passado, a maioria no último trimestre. A meta para 2020 é fechar mais 300 agências. Em conversa recente com a imprensa, Octavio de Lazari, presidente do Bradesco, afirmou: “Temos um compromisso, um propósito muito forte de controle de custos próximos anos”.

Já o Santander obteve crescimento de 21% apenas no segundo trimestre de 2019. Até o fim do terceiro trimestre do ano, o lucro líquido era de R$ 10,433 bilhões, segundo o G1. O banco abriu 45 agências no ano passado.

Fonte: Revista Fórum

Grandes bancos do país travam guerra silenciosa por clientes

Publicado em: 29/01/2020


As instituições financeiras travam uma guerra silenciosa pelo cliente na área de crédito imobiliário no Brasil. Entre os cinco maiores bancos do País – Caixa, Banco do Brasil, Bradesco, Itaú e Santander –, nenhum deles aceitou abrir ao Estadão seus números mais recentes sobre portabilidade de crédito. Esses dados são considerados “estratégicos” pelas instituições, ainda mais neste momento em que o mercado de crédito habitacional está se abrindo.

Em 2015, o total de crédito imobiliário que migrou para outra instituição somou apenas R$ 68,93 milhões, considerando todos os bancos do País. No ano passado, até o mês de novembro, essa conta já era de R$ 1,46 bilhão. Os números ilustram somente o início da guerra pelo cliente, em um mercado que possui hoje estoque total de R$ 630 bilhões, considerando o financiamento para pessoas físicas.

A Caixa Econômica Federal, que abarca a maior fatia do crédito imobiliário no Brasil, afirma que tem como prioridade a concessão de novos financiamentos, mas também oferece a portabilidade aos interessados. Quando o cliente solicita a mudança da Caixa para outro banco, a estatal analisa a situação específica.

Bradesco, Santander e Banco do Brasil também afirmaram, por meio de assessoria de imprensa, que avaliam “caso a caso” a situação de quem deseja migrar seu financiamento para outro banco. De forma geral, a intenção é sempre reter o cliente que procura a concorrência.

Neste cenário, instituições menores também lutam para conquistar uma fatia maior do mercado. O Banco de Brasília (BRB), que hoje tem atuação concentrada no Distrito Federal, registrou crescimento de 368% do crédito imobiliário ao longo de 2019. “Tivemos 228 contratos de portabilidade apenas no segundo semestre de 2019”, disse o presidente do banco, Paulo Henrique Costa. “Hoje, a distribuição está quase meio a meio, entre novos contratos e contratos de portabilidade”.

De acordo com Costa, o crédito imobiliário é estratégico. “Entendemos que o crédito imobiliário é um produto especial, que traz um relacionamento de longo prazo. Ele permite ampliar o relacionamento com o banco e o consumo de outros produtos”, afirma.

Para os próximos meses, a meta do BRB é lançar novos produtos, como os contratos prefixados e indexados ao IPCA, inclusive para quem deseja fazer a portabilidade para o banco.

Fonte: Federação dos Bancários de Santa Catarina

Bancos brasileiros eliminaram quase 10 mil postos de trabalho em 2019

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O setor bancário brasileiro eliminou 9.463 postos de trabalho em 2019. Somente em dezembro foram extintas 680 vagas. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), compilados pelo Ministério da Economia. Fechamento de posto de trabalho caracteriza a extinção de uma vaga (demissão de um trabalhador sem que outro seja contratado para a mesma função).

Além do fechamento de postos de trabalho, um dos setores mais lucrativos da economia do país também ganha com a redução salarial. Os 44.963 bancários demitidos durante o ano ganhavam em média R$ 7.138. Já os 35.500 admitidos no período foram contratados ganhando R$ 4.564. Ou seja, em 2019 os trabalhadores foram contratados ganhando 36% menos do que os demitidos.

“Embora a mídia e as agências de classificação de risco não admitam, porque priorizam o lado do mercado e não a realidade dos trabalhadores, tem filhos e pagam contas, a economia continua ruim. A renda está diminuindo e a informalidade aumentando. Por sua vez, os bancos estão lucrando cada vez mais e investindo cada vez menos na geração de emprego”, critica Neiva Ribeiro, secretária-geral do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região e bancária do Bradesco.

Até setembro de 2019 (o lucro do quarto trimestre ainda não foi divulgado), os cinco maiores bancos do país (Itaú, Bradesco, Santander, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal) lucraram R$ 80 bilhões, aumento de 23,6% em relação ao mesmo período de 2018. Essas cinco instituições financeiras representam 90% do total de empregos no setor bancário.

“Os bancos deveriam cumprir com sua função constitucional de concessão pública e atuar no interesse da sociedade por meio da abertura de mais postos de trabalho a fim de diminuir o desemprego que atinge mais de 12 milhões de pessoas, e também para atender melhor a população e diminuir a sobrecarga de trabalho que gera tantos adoecimentos na categoria bancária”, afirma Neiva.

Desigualdade de gênero persiste e aumenta

Entre os gêneros, a desigualdade continua. Em 2019, as mulheres foram contratadas ganhando em média R$ 3.893, 76% do salário dos homens admitidos (R$ 5.140). As demitidas ganhavam R$ 6.062 em média, 74% do salário médio dos dispensados (R$ 8.174).

No recorte do mês de dezembro, as bancárias foram admitidas com média salarial de R$ 3.678, 77% da média dos homens admitidos (R$ 4.775). As demitidas ganhavam R$ 6.368 em média, 77% do que recebiam na média os dispensados (R$ 8.260).

“Apesar de mais escolarizadas que os homens que atuam no setor, as bancárias ganham salários menores e possuem maior dificuldade de ascensão profissional, o que constata o machismo estrutural no setor bancário”, denuncia Neiva.

Na última Campanha Nacional Unificada dos Bancários, em 2018, a categoria conquistou a realização de um novo Censo da Diversidade. No primeiro trimestre será realizada uma mesa de igualdade de oportunidades entre os Sindicato e a Fenaban para discutir os dados do censo e as ações que o movimento cobra para combater as desigualdades no setor .

O censo é uma ferramenta importante que auxiliará na construção de demandas a fim de combater as desigualdades de gênero e raça no setor bancário e para a promoção de políticas de igualdade de oportunidades para mulheres, PCDs (pessoas com deficiência) e negros.

Fonte: Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região

Bancos deverão avisar BC sobre depósitos a partir de R$ 2 mil

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O Banco Central (BC) reduziu para R$ 2 mil os depósitos em dinheiro vivo que deverão ser notificados à autarquia pelas instituições financeiras. Hoje, os bancos precisam avisar o BC sobre qualquer valor a partir de R$ 10 mil.

A nova regra foi publicada nesta sexta-feira (24/01/2020) no Diário Oficial da União (DOU). A circular vai entrar em vigor em 1º de julho de 2020.

“No caso de operações com utilização de recursos em espécie de valor individual superior a R$ 2 mil, as instituições referidas no art. 1º devem incluir no registro, além das informações previstas nos arts. 28 e 30, o nome e o respectivo número de inscrição no CPF do portador dos recursos”, explica o texto.

A medida faz parte de uma série de ações promovidas pelo Banco Central contra a prática dos crimes de lavagem de dinheiro ou ocultação de bens.

Foram definidos também prazos específicos para as etapas de monitoramento, seleção, análise e comunicação.

“Os aprimoramentos na regulamentação buscam dar maior eficiência e efetividade aos procedimentos adotados na prevenção à lavagem de dinheiro e ao financiamento do terrorismo (PLDFT)”, explicou o BC, em nota.

Fonte: Metrópoles

Em ano “ruim”, ações de bancos podem subir 32%, diz Credit Suisse

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Os bancos brasileiros não terão muito o que comemorar neste ano, mesmo diante da expectativa de que a economia cresça 2,5%, o consumo se fortaleça e, com ele, a concessão de crédito. A avaliação é do Credit Suisse, que cortou os preços-alvos de Itaú Unibanco (ITUB4), Bradesco (BBDC4) e Santander Brasil (SANB11).

“Cortamos nossas projeções para o LPA (Lucro por Ação) em média 8% para 2020 e 10% para 2021 para os ‘quatro grandes’”, afirmam os analistas Marcelo Telles, Otavio Tangarelli e Alonso Garcia, que assinam o relatório.

Assim, o preço-alvo do Itaú Unibanco baixou de R$ 45 para R$ 44; o do Bradesco, de R$ 46,67 para R$ 46; e o do Santander, de R$ 56 para R$ 54. O Banco do Brasil (BBAS3) foi o único, cujo preço-alvo subiu – de R$ 68 para R$ 72.

As recomendações, contudo, seguem de outperform (desempenho esperado acima da média de mercado) para Banco do Brasil, Bradesco e Itaú Unibanco. Já o Santander foi promovido de neutro para outperform.

Transição

De qualquer modo, o corte nas projeções reflete a avaliação do Credit Suisse de que o desempenho das instituições não corresponderá totalmente à retomada da economia.

“2020 deve ser um ano de transição para os bancos brasileiros, com o crescimento das primeiras linhas [do balanço] e os ganhos não impulsionados plenamente pelo ciclo positivo de expansão do crédito”, afirma o relatório.

Isso significará, segundo os cálculos dos analistas, que os lucros apresentarão uma “modesta expansão de 2,6%”, em relação a 2019. Outro número destacado é o ROE (Retorno sobre Patrimônio Líquido, na sigla em inglês) dos quatro, que baixou 300 pontos-base para 2020 e 160 pontos para o retorno de longo prazo. O ROE médio esperado para este ano é de 18,75%.

“Acreditamos fortemente que 2020 será o ponto baixo da lucratividade dos bancos, numa transição para um 2021 melhor”, diz o Credit Suisse. O banco suíço enxerga seus pares brasileiros debatendo-se entre duas forças nos próximos meses.

Prós e contras

Do lado positivo, estarão o lucro líquido gerado por juros, que se beneficiará com um longo crescimento de dois dígitos, um mix mais rico de empréstimos, melhores resultados da gestão de ativos e passivos, decorrentes da menor taxa Selic. A alta das tarifas também deve favorecer os bancos.

Do lado negativo, o Credit Suisse lista a reprecificação da carteira de crédito baseada em juros fixos, aumento da CSLL (Contribuição Social sobre Lucro Líquido) de 15% para 20%, e a exposição às turbulências da América Latina.

Os vencedores serão aqueles que souberem, mais do que nunca, gerenciar custos. Para o Credit Suisse, cortar gastos compensará temporariamente o crescimento “mais modesto” das receitas neste ano; e manter a competitividade diante do avanço das fintechs e dos bancos médios – desde que parte desses cortes seja repassada para os clientes.

Feitas as contas, apesar de todos os problemas pela frente, os bancos ainda são uma opção atraente para quem quer lucrar com as suas ações, de acordo com os analistas. “O setor oferece um potencial de alta de 32% sobre os níveis atuais”, afirmam. Como comparação, na média, o mercado espera uma alta de 15% no Ibovespa, o principal indicador da B3 (B3SA3) neste ano. Imagine, se este fosse um ano com tudo a favor dos bancos brasileiros.

Fonte: Money Times

Brasileiro paga média de R$ 715 ao ano em taxa de bancos e cartão

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Um valor elevado pode ter sido gasto por muitos brasileiros no ano passado somente com tarifas de bancos. Exemplo disso é a anuidade do cartão de crédito e a mensalidade da conta corrente.

Em média, as pessoas pagaram R$ 375,97 para manter a conta corrente ativa. Assim, o valor equivale a cerca de R$ 31 por mês.

Com a anuidade do cartão de crédito, por sua vez, a despesa média dos usuários ficou em R$ 339,34 por ano. Isso se traduz em R$ 28 por mês.

Os números são de pesquisa do Guiabolso, aplicativo de gestão financeira. Foram analisados os ganhos e gastos de 151 mil usuários do país.

O relatório destaca, ainda, o valor pago em taxas de transferência de valores (TED ou DOC – média de R$ 159). Também, entre tarifas e saques, o valor foi de R$ 35 e extratos de R$ 6.

Para usar de forma consciente

Especialistas apontam que nem sempre esses serviços são dispensáveis, mas é preciso analisar caso a caso. Assim, é preciso sempre avaliar as opções do mercado financeiro.

Para reduzir os gastos com tarifas, a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) recomenda que os clientes observem se o pacote de serviços contratado é o mais adequado para o perfil deles, dessa maneira, evitam o gasto desnecessário.

No caso da conta corrente, por exemplo, é fundamental que o cliente se conheça em termos de gastos e de que serviços bancários vai precisar ao longo dos 30 dias.

O site da Febraban disponibiliza também um sistema que permite aos clientes fazer consultas, pesquisas e comparações das tarifas de produtos e serviços cobradas pelos bancos.

Com a anuidade do cartão de crédito, por sua vez, a despesa média dos usuários ficou em R$ 339,34 por ano. Isso se traduz em R$ 28 por mês.

Os números são de pesquisa do Guiabolso, aplicativo de gestão financeira. Foram analisados os ganhos e gastos de 151 mil usuários do país.

O relatório destaca, ainda, o valor pago em taxas de transferência de valores (TED ou DOC – média de R$ 159). Também, entre tarifas e saques, o valor foi de R$ 35 e extratos de R$ 6.
Para usar de forma consciente

Especialistas apontam que nem sempre esses serviços são dispensáveis, mas é preciso analisar caso a caso. Assim, é preciso sempre avaliar as opções do mercado financeiro.

Para reduzir os gastos com tarifas, a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) recomenda que os clientes observem se o pacote de serviços contratado é o mais adequado para o perfil deles, dessa maneira, evitam o gasto desnecessário.

No caso da conta corrente, por exemplo, é fundamental que o cliente se conheça em termos de gastos e de que serviços bancários vai precisar ao longo dos 30 dias.

O site da Febraban disponibiliza também um sistema que permite aos clientes fazer consultas, pesquisas e comparações das tarifas de produtos e serviços cobradas pelos bancos.

Fonte: Diário da Manhã