Alvo de questionamentos, presidente da Previ ganha vaga em conselho

Publicado em: 13/06/2024

Enfrentando questionamentos na Justiça sobre sua competência para presidir a Previ, o fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil, João Fukunaga ganhou um assento no conselho de administração do Aeroporto Internacional de Guarulhos (SP).

Ele conseguiu a vaga justamente por causa da Previ. O fundo de pensão faz parte da Invepar (Investimentos e Participações em Infraestrutura SA), gestora que ganhou a concessão do aeroporto. O dirigente terá mandato no posto até agosto de 2026.

O conselho do Aeroporto Internacional de Guarulhos, o maior do Brasil em pousos e decolagens, é formado por nove membros eleitos e destituíveis pela assembleia geral.

Em seu site, a Previ afirma que os critérios para seleção de conselheiros das empresas “parametrizam os principais aspectos” que o fundo “entende ser relevantes para identificação dos candidatos com experiências e conhecimentos diversificados”.

“Os critérios de seleção de conselheiros parametrizam os principais aspectos que a Previ entende ser relevantes para identificação dos candidatos com experiências e conhecimentos diversificados para indicação às vagas em Conselhos de Administração e/ou Fiscal de suas empresas participadas”, diz o site do fundo de pensão do Banco do Brasil.

Questionamentos na Justiça

Fukunaga chegou a ser afastado duas vezes do comando da Previ pela Justiça nos últimos meses, após não conseguir comprovar sua competência para ocupar o cargo. O último afastamento foi suspenso em fevereiro de 2024 pelo TRF-1.

Na ocasião, o desembargador Rafael Paulo Soares Pinto decidiu que Fukunaga deve manter a posição de presidente da Previ até que seu caso seja julgado em definitivo. O pedido de afastamento partiu do deputado estadual paulista Leo Siqueira (Novo).

O atual presidente do fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil é formado em história pela PUC-SP. Ele nunca trabalhou no ramo aeroporturário. Além do aeroporto de Guarulhos, ele integra o conselho da Vale.

Fonte: Metrópoles

Justiça derruba decisão e presidente da Previ pode voltar ao cargo

Publicado em: 09/02/2024

A segunda instância da Justiça Federal derrubou nesta quarta-feira 7 a decisão que afastava João Luiz Fukunaga da presidência da Previ, o fundo de previdência dos empregados do Banco do Brasil.

Segundo a decisão do desembargador Rafael Paulo Soares Pinto, da 11ª Turma do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, Fukunaga deve continuar no cargo até que haja julgamento definitivo sobre o tema.

Na última sexta-feira 2, a Justiça afastou pela segunda vez Fukunaga do comando do fundo por, supostamente, não possuir experiência nescessária para o cargo.

Segundo a decisão desta quarta, o magistrado considerou que não havia motivo para a urgência na decisão anterior.

A queda de braço na Justiça não é de hoje. Esta é a segunda vez, em menos de um ano, que o mesmo desembargador derruba a mesma decisão de um mesmo juiz federal substituto de Brasília.

O Previ é responsável por gerir mais de R$ 250 bilhões em ativos de 200 mil associados do banco.

As decisões da Justiça partiram de um pedido de deputado estadual paulista Leonardo Siqueira, do Novo, onde o político questiona a experiência de Fukunaga.

Fonte: Carta Capital

Indicado ao comando da Previ, João Fukunaga é aprovado para o cargo sob críticas

Publicado em: 03/03/2023


A indicação de João Fukunaga para a presidência da Previ, o fundo de previdência dos funcionários do Banco do Brasil, foi aprovada pela Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc) na última segunda-feira, mas sob questionamentos de aposentados do banco. As críticas são de que Fukunaga não cumpriria critérios técnicos necessários para ocupar o cargo. Na cadeira, ele será responsável por administrar um dos maiores fundos de pensão da América Latina, com mais de R$ 240 bilhões em ativos.

Em carta que circulou em grupos de aposentados do banco, a que o Broadcast teve acesso, associados dirigiram-se à Previc, órgão do governo federal que regula o segmento de previdência privada, para manifestar “inconformidade” com a indicação, divulgada na sexta-feira, 24, e para pedir que a nomeação não fosse aceita.

Para associados, falta experiência a Fukunaga

“Uma vez que o indicado não detém experiência nem conhecimento técnico para a função, sendo, no momento atual, Secretário de Organização e Suporte Administrativo do Sindicato dos Bancários de São Paulo, tendo a formação de Mestre em História, somos levados a concluir que a indicação ateve-se apenas a conexões políticas”, diz o texto.

Procurada, a Previ informou que o processo de indicação seguiu as normas da Previc, e que ele cumpriu todos os requisitos para receber o atestado. “O Banco do Brasil indicou Fukunaga em 24/2. Na mesma data, o Conselho Deliberativo da Previ aprovou a indicação do patrocinador, conforme previsto no Estatuto. A indicação e aprovação do nome de João Luiz passou por todo o processo de governança do BB, da Previ e da Previc”, disse a entidade.

Novo presidente é funcionário do BB desde 2008

Fukunaga foi indicado para suceder Daniel Stieler. Ele é funcionário do BB desde 2008, e atualmente, é secretário de organização e suporte administrativo do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região. As críticas afirmam que ele não cumpriria a exigência, prevista em resolução da Previc para dirigentes de fundos de pensão, de experiência profissional de ao menos três anos em atividades nas áreas financeira, administrativa, contábil, jurídica, de fiscalização ou de auditoria.

A Previ tem gestão compartilhada. Dos seis membros da diretoria, três são indicados pelo BB, e outros três, pelos participantes. Além do presidente, o banco indica o diretor de investimentos e o de participações, enquanto os associados elegem os diretores de seguridade, de planejamento e de administração.

Temor é de interferência na política de investimentos da Previ

Um dos temores dos associados é de que a indicação interfira na política de investimentos da Previ. “Se uma política de governo atropela os fundamentos que alicerçam a própria existência de um fundo de pensão, que é o compromisso com a saúde financeira para garantir os rendimentos de dezenas de milhares de aposentados, não pode ser uma política de governo”, diz o presidente da Associação Nacional dos Funcionários do Banco do Brasil, Augusto de Carvalho.

Em governos anteriores do PT, fundos de pensão ligados a estatais, entre eles a Previ, fizeram investimentos que depois deram errado, como o da Sete Brasil, criada em 2010 para desenvolver sondas para a Petrobras, mas que pediu recuperação judicial em 2016, após a operação Lava Jato. Nesse caso, a Previ foi à Justiça para buscar ressarcimento pelas perdas.

“Defesa dos bancários e seus fundos de pensão são prioridade”

Em manifestação enviada por meio do Sindicato dos Bancários, Fukunaga afirmou que tem trajetória de defesa dos funcionários do BB, dos associados da Previ e dos trabalhadores. “A defesa dos direitos dos bancários e seus fundos de pensão são prioritários e a luta tem sido constante nos últimos anos”, diz ele.

O BB informou, em nota, que a indicação “foi aprovada pelos ritos de governança do BB e da Previ, atendendo a todas as exigências previstas nos processos de Elegibilidade de ambas instituições”, e que foi aprovada pela Previc.

Fonte: Estadão

Banco do Brasil indica João Fukunaga para presidência da Previ

Publicado em: 27/02/2023


Com a aposentadoria de Daniel Stieler e a consequente vacância do cargo de presidente da Previ, o Banco do Brasil indicou João Luiz Fukunaga para presidir a Entidade, com mandato até 31/05/2026. O Conselho Deliberativo da Previ já aprovou a indicação do patrocinador, conforme previsão estatutária.

Fukunaga é funcionário do Banco do Brasil desde 2008 e será o primeiro presidente da Previ associado ao Plano Previ Futuro. A posse do novo presidente ocorrerá após a emissão do atestado de habilitação de dirigente pela Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc).

Até a habilitação de Fukunaga pela Previc, a presidência da Previ será exercida interinamente pelo seu Diretor de Participações, Fernando Sabbi Melgarejo, conforme previsto no estatuto da Entidade.

A Previ é um dos maiores fundos de pensão do país, ao lado dos da Petrobras (Petros) e da Caixa Econômica Federal (Funcef). Juntos, os três representam quase 40% do setor; de acordo com dados de 2021, eles detêm cerca de R$ 400 bilhões em investimentos.

Fonte: Previ

Fukunaga: “Se tivéssemos atuado como em 2008, não teríamos milhões de desempregados”

Publicado em: 16/07/2020


O convidado da Live Roda Reconta desta terça-feira (14) foi o coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil, João Fukunaga. Ele fez um balanço das discussões que ocorreram durante o 31º Congresso Nacional dos Funcionários do Banco do Brasil (CNFBB) e também sobre as pautas que serão levadas para a 22ª Conferência Nacional dos Bancários, nos dias 17 e 18 de julho.

Sobre as privatizações, ele explicou que o Governo Federal está aproveitando esse momento de pandemia para atacar o Banco. “Não é a toa que o Paulo Guedes anunciou quatro grandes privatizações no final da pandemia e a gente atribui uma delas ao Banco do Brasil”, explicou.

Durante a discussão, Fukunaga ressaltou ainda a importância de defender as empresas públicas. “Temos que fazer o debate com a sociedade sobre a importância dessas empresas e não deixar que essa narrativa do neoliberalismo chegue para a sociedade”.

Crédito para agronegócio

O Banco do Brasil sempre foi um grande financiador do agronegócio brasileiro. Mas com a pandemia do coronavírus, a direção do banco começou a dificultar o acesso ao crédito para esses pequenos empresários e produtores.

De acordo com Fukunaga, essa atitude está levando a sociedade a ter uma visão mais negativa em relação à instituição. “Precisamos combater essa visão negativista e mostrar que o Banco sempre atuou em momentos de crise pra salvar o País. E hoje ele não está atuando graças à esse governo que não respeita a sociedade”, alertou.

Ele lembrou ainda que durante o CNFBB, o presidente Unisol Brasil, Leonardo Penafiel Pinho, falou sobre esse bloqueio do crédito e que isso prejudicou muito os agricultores familiares da região atendida pela cooperativa.
Pronampe

Ao ser questionado sobre o Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronampe), Fukunaga ressaltou que se os bancos privados tivessem consciência da real necessidade que passa o País, eles não iriam negar crédito para as pessoas. “Se os bancos privados tivessem compromisso com a sociedade brasileira, eles teriam atuado no crédito emergencial, assim como no Pronampe”, desabafou.

No entanto, Fukunaga disse que o Pronampe teve uma procura muito grande em poucas semanas. “Isso mostra a real necessidade daquelas micro e pequenas empresas que já estavam sofrendo processo de falência. E, muitas delas, faliram por falta de recursos financeiros”, destacou.

De acordo com ele, se o Banco tivesse atuando nessa crise do coronavírus como atuou na crise de 2008, o País não estaria hoje nessa situação com milhões de desempregados no Brasil.

“Uma crise de crédito pode levar a uma escassez de alimento para a mesa do trabalhador que já vem sofrendo com a falta de emprego e com a falta de remuneração. É um problema que ganha uma escala muito maior do que simplesmente aquele trabalhador ou aquele agricultor familiar, mas que atinge toda a sociedade”, alertou Fukunaga.

Fonte: Recontaaí

Banco do Brasil é fundamental para o país, diz Fukunaga

Publicado em: 13/02/2020


O presidente do Banco do Brasil, Rubem Novaes, não esconde seu desejo de ver o banco privatizado. Para ele, o Banco do Brasil é desnecessário. Diz que a Caixa Econômica Federal e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) suprem as necessidades de fomento do crescimento econômico e social do país.

“O que ele não diz é que a Caixa também está sob ataque e passa por uma reestruturação semelhante à que ocorre no BB. Também não diz que no BNDES há escassez de recursos e o banco vive sob constante ataque. Mudaram sua política de atuação para tonar desinteressante a busca por fomentos do banco”, criticou o coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), João Fukunaga.

Fukunaga explica que é a tal da reforma administrativa, com a qual o governo quer reestruturar todas as empresas públicas, estabelecer novas regras para contratação, demissão e planos de carreiras. Além de limitar os “gastos” com a saúde dos funcionários, entre outros.

Também querem mudar a política de remuneração dos funcionários, com redução de salários e implantação de sistema de bônus por desempenho. “O resultado desta política, aplicada em todos os bancos públicos, são as quedas das carteiras de crédito e as baixas taxas de investimento pelo Estado”, explicou o coordenador da CEBB, acrescentando que os bancos regionais e estaduais, como o Banco do Nordeste, o Banco da Amazônia e o Banco do Pará enfrentam a mesma situação.

Por que o BB é fundamental

Mas, para Fukunaga, a população e grande parte das empresas brasileiras precisam dos bancos e das empresas públicas de uma forma geral. “O Banco do Brasil é o responsável por aproximadamente 70% do crédito rural no país. Isso significa que o banco financia o agronegócio, que é quem ajuda a manter o equilíbrio da balança comercial brasileira. Mas, mais importante ainda, é quem financia a produção dos alimentos que chegam à mesa de todos os brasileiros. Sem o BB e a política de incentivo rural dado pelo banco, os alimentos vão ficar ainda mais caros”, afirmou.

“É por isso que lutamos contra a privatização do BB e também contra a política de Estado mínimo, em implantação pelo atual governo. Convocamos todos os funcionários do banco a se mobilizar e participar das atividades contra a venda do BB e toda essa política do governo”, concluiu o coordenador da CEBB.
Para além dos bancos

Mas, a política aplicada pelo governo nos bancos públicos não se restringe ao sistema financeiro. Petrobras, Eletrobras, Correios… todas as empresas públicas vivem a mesma situação.

“Quando o Rubem Novaes fala que o Banco do Brasil é desnecessário, pois já existem outros bancos para suprir a demanda por bancos públicos, precisamos analisar todo o contexto e ver que aqueles que ele diz que suprem as necessidades, também estão sob ataque e que, na verdade, isso faz parte da política de desmonte do Estado, para desobrigá-lo de oferecer serviços públicos para a população, que paga altos impostos justamente para ter esses serviços”, explicou o coordenador da CEBB.

Fonte: Contraf-CUT