CEO do BB reafirma que ‘não vê risco de interferência do governo’

Publicado em: 21/03/2024

A atual presidente do Banco do Brasil (BBAS3), Tarciana Medeiros, voltou a negar a possibilidade de interferência do Governo Federal na companhia durante o evento Bloomberg New Voices, nesta terça-feira (19). A executiva declarou que ‘não vê esse risco’ no momento atual.

“Estou no banco há 24 anos e vi a evolução da governança 24 vezes. O banco tem uma característica diferente, somos uma empresa do sistema financeiro, temos questões de regulação. O mercado financeiro é um mercado muito bem regulado”, declarou a CEO do Banco do Brasil.

Os questionamentos vieram após uma série de estocadas do governo em direção à Petrobras (PETR4) e à Vale (VALE3) nas últimas semanas, e após o presidente Lula (PT) dizer em entrevista ao SBT que “é possível” fazer com que esses bancos públicos baixem as taxas para forçar os rivais privados fazerem o mesmo.

A executiva do BB destacou que é mais simples explicar esse ponto aos investidores locais, ao passo que é necessário reafirmar os resultados do banco para os investidores estrangeiros.

Tarciana Medeiros também declarou que o BBAS3 “tem ROE acima de 20% e espera mantê-lo acima de 20%”.

CEO do Banco do Brasil reafirma que banco ‘não fará operações não rentáveis’

Durante o evento, a executiva destacou que o banco seguirá conservador em termos de política de concessão de crédito.

As declarações vão em linha com as ‘doses de tranquilidade’ que Tarciana deu recentemente ao mercado, ao destacar, em entrevistas, que o Banco do Brasil não fará operações não rentáveis.

“Não concedemos crédito que dá prejuízo. Não vejo esse risco [de interferência para baratear o crédito]. Não enfrentamos essa questão e temos autonomia de gestão”, declarou Tarciana durante o Bloomberg Voices.

A CEO ainda exemplificou com as operações do consignado do INSS em 2023, em que o banco repassou os cortes da Selic de forma automática.

Ao ser indagada sobre o payout do Banco do Brasil, elevado ainda neste ano, Tarciana se limitou a dizer que o patamar será mantido após o apoio majoritário do Conselho de Administração do banco.

Fonte: Suno

Governo de PE assina contrato de financiamento de R$ 197,6 milhões com o BB

Publicado em: 28/09/2023


A governadora Raquel Lyra assinou um contrato de financiamento de R$ 197,6 milhões junto ao Banco do Brasil, com garantia da União, para investimentos prioritários do governo estadual nas áreas de ressocialização e segurança pública, desenvolvimento agrário, entre máquinas e equipamentos, além da habitação.O desembolso do recurso deve ser realizado até o fim deste ano, com um prazo de 10 anos para a operação.

A governadora Raquel Lyra ressaltou que, com esse recurso, o estado completa R$ 3 bilhões destinados a investimentos em estradas, acesso à água, segurança e saúde.

No momento da assinatura, estavam presentes o secretário estadual de Planejamento, Gestão e Desenvolvimento Regional, Fabrício Marques, Ana Paula Matos, superintendente do Banco do Brasil em Pernambuco, Edilberto Passos, gerente geral de Agência do Banco do Brasil, e Bruno Vieira, gerente de negócios do Banco do Brasil.

Fonte: CBN 

Governo do Pará terá R$ 400 milhões do BB para investir em obras de asfaltamento

Publicado em: 10/08/2023


O Governo do Pará recebeu sinal verde do Banco do Brasil para uma operação de crédito no valor de R$ 400 milhões, voltada à urbanização, para custear obras de pavimentação asfáltica. O crédito foi anunciado na tarde desta terça-feira (8), durante reunião entre a presidente do Banco do Brasil, Tarciana Medeiros, com o governador Helder Barbalho, no Palácio dos Despachos, em Belém.

Tarciana Medeiros destacou o equilíbrio financeiro e o modelo de gestão do Governo do Pará, e afirmou que o Banco do Brasil quer ser parceiro do Estado. “São obras de pavimentação que irão melhorar a mobilidade no Pará. Mobilidade é sempre um grande desafio, e para nós é sempre uma alegria imensa poder assinar com o governo do Estado uma operação complexa como esta”, ressaltou a presidente do BB.

Saúde financeira – A secretária de Estado de Planejamento e Administração, Elieth Braga, disse que a iniciativa vai beneficiar a população com a melhoria da infraestrutura viária, e também com geração de empregos.

“Momento em que celebramos a saúde financeira do Estado com essa possibilidade de poder investir em mobilidade urbana, e avançando cada vez mais por todo o Pará para levar serviços a nossa população”, informou a secretária.

Segundo o secretário de Estado da Fazenda, René Sousa Júnior, “os recursos serão todos utilizados na urbanização de nossas cidades com asfalto. O importante é que essa operação de chamamento público é menos burocrática, muito mais rápida, com aval do Tesouro Nacional e juros mais baixos”.

Fonte: Agência Pará

Prédio do Centro Cultural Banco do Brasil será cedido para governo de transição

Publicado em: 07/11/2022


O ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, informou à CNN que o prédio do Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), em Brasília, será cedido para o funcionamento do governo de transição. O prédio foi utilizado pela equipe de transição de Jair Bolsonaro em 2018, no período de transição com o governo de Michel Temer, do MDB.

Segundo relatos feitos à CNN, nesta terça-feira (1), integrantes da Casa Civil visitaram o local e integrantes do Banco do Brasil já começaram a montar a estrutura para a equipe que será liderada pelo vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin.

A expectativa é de que as primeiras reuniões entre integrantes do atual e do novo governo ocorram nesta quinta-feira (3). Caberá ao ministro da Casa Civil comandar o processo de transição pela administração federal.

O gabinete da Presidência da República em São Paulo, no prédio do Banco do Brasil na Avenida Paulista, também deve ser cedido para a equipe de transição.

A equipe petista aguarda também uma opção da atual gestão para a permanência do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva em dezembro, dias antes da cerimônia de posse.

A residência oficial que costuma ser usada pelo presidente eleito é a Granja Torto. O local, no entanto, tem sido utilizado atualmente para a moradia do ministro da Economia, Paulo Guedes.

Fonte: CNN Brasil

 

Governo acreano quer empréstimo de R$ 268 milhões do Banco do Brasil

Publicado em: 09/10/2019


O governador Gladson Cameli (Progressistas) quer autorização da Assembleia Legislativa do Acre para contrair um empréstimo de R$ 268 milhões de reais junto ao Banco do Brasil.

A justificativa é que o recurso será usado para aquisição de imobiliário público, no setor de habitação, saneamento, saúde, educação e produção.

Na mensagem governamental aos deputados estaduais, Gladson destaca que os recursos garantirão a construção, manutenção, conservação e revitalização dos espaços públicos, além de oportunizar o acesso à moradia digna e regularizada às pessoas que se encontram em vulnerabilidade social nas áreas urbanas e rurais, atuando na construção, reforma, ampliação e conclusão de moradias.

O governo explica ainda que os recursos irão ser usados para melhorar as condições de vias terrestres, melhoria no saneamento e reforma em escolas e unidades de saúde.

O pedido de empréstimo tem a União como fiadora e Gladson pediu que a tramitação seja em caráter de urgência.

Fonte: Acre 24 Horas

Governo desiste de vender tudo e preserva mais 12 estatais

Publicado em: 18/06/2019


Antes com o discurso de vender tudo, a equipe econômica do governo Jair Bolsonaro reviu sua política para estatais e agora vai deixar de privatizar ao menos 12 empresas. O governo constatou as dificuldades ou a inviabilidade financeira de algumas delas. Em outros casos, o problema é a resistência nos ministérios, especialmente no caso das estatais ligadas à Defesa.

Além de Petrobras, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e BNDES, o Ministério da Economia inseriu na lista de empresas que não serão vendidas 8 das 18 estatais que dependem de recursos do Tesouro para sobreviver. Entre elas, estão companhias do ramo militar como a Amazul (Amazônia Azul Tecnologias de Defesa). Ligada à Marinha, desenvolve o submarino de propulsão nuclear. O projeto começou em 2012 e deveria ser concluído em 2025 –com o atraso, o término foi adiado para 2029.

Outra a ser mantida é a Emgepron (Empresa Gerencial de Projetos Navais), criada em 2013. Também ligada à Marinha, gerencia pedidos de embarcações, reparos navais e comercializa bens no setor.

Permanecerá pública também a Indústria de Material Bélico do Brasil, que fabrica e vende produtos de defesa e segurança para clientes como Forças Armadas, polícias e clientes privados.

Contribuíram para a decisão nessa área as diferenças de visão entre militares e equipe econômica sobre as privatizações. As divergências começaram a aparecer já na época da transição de governo, no fim do ano passado.

Representantes do time do ministro da Economia, Paulo Guedes, já falavam que, por eles, seriam colocadas à venda todas as estatais —mas que representantes das Forças Armadas eram contrários.

A diferença já foi exposta por Guedes. “Os nossos militares olham para algumas delas [estatais] com carinho, como filhos, porque foram eles que as criaram. Mas eu digo ‘olha que seus filhos fugiram e hoje estão drogados'”, afirmou em evento sobre privatizações em fevereiro.

A resistência é observada também em outras pastas. Desde o começo do ano, representantes da equipe econômica têm feito reuniões com diferentes ministérios com o objetivo de checar a viabilidade das privatizações.

Encontram resistências dos titulares. Bolsonaro também já se posicionou de forma contrária à venda daquelas consideradas estratégicas para o país. Também será mantida a Embrapa (de pesquisa agropecuária), ligada à Agricultura. A interpretação é que companhias como essa geram um valor que não é apenas medido pelo lucro ou prejuízo.

Há um conjunto de outras empresas consideradas no governo importantes para executar ações ligadas a políticas públicas e que, por isso, serão mantidas neste momento. Estão nesse universo empresas ligadas a hospitais, como a Ebserh (Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares), o Hospital de Clínicas de Porto Alegre e o Grupo Hospitalar Conceição. A CPRM (Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais), vinculada ao Ministério de Minas e Energia, também segue estatal.

Procurada, a Secretaria de Desestatização e Desinvestimento informou em nota que a Constituição determina que a exploração direta de atividade econômica pelo Estado “só será permitida quando necessária aos imperativos da segurança nacional ou a relevante interesse coletivo”. “Neste sentido, a manutenção de empresas estatais pela União só se dará se esses critérios forem observados”, afirma o texto.

Hoje, são 134 empresas estatais, sendo que as 18 dependentes do Tesouro demandam cerca de R$ 20 bilhões ao ano. O secretário especial de Desestatização e Desinvestimento do Ministério da Economia, Salim Mattar, defendeu ao tomar posse que estava desenvolvendo um programa com o objetivo de se desfazer de tudo. “Estamos apenas no pré-projeto de um programa para desestatizar tudo. O Estado não deve competir com a iniciativa privada”, disse.

Há três meses, Guedes deu declarações semelhantes ao dizer que, “no final, vai a [privatização da] Petrobras também, vai o Banco do Brasil”. “Tem que ir tudo”, defendeu.

A intenção do ministro é vender as empresas para reduzir o endividamento público. Hoje, o valor das estatais corresponde a 27% da dívida líquida do setor público. Em 2010, a relação chegava a 60%.

O governo ainda estuda o destino de outras empresas. É o caso dos Correios, que já teve a análise sobre a venda liberada por Bolsonaro.

Segundo representantes da equipe econômica, há diferentes compradores potencialmente interessados, principalmente pela capilaridade da companhia no território brasileiro.

Outras estatais podem ter um fim diferente da venda, como a EBC (Empresa Brasil de Comunicação). Recentemente, o presidente da República afirmou em entrevista que ela será extinta.

Fonte: Folha de S.Paulo

Governo do RN fecha parceria com BB para recuperar R$ 140 milhões

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Representantes do Banco do Brasil, da Procuradoria Geral do Estado do RN e a Governadora do RN, Fátima Bezerra assinaram um acordo que prevê a cobrança de um primeiro lote de dividas com o Governo do Estado, avaliado em cerca de R$ 140 milhões.

Esse acordo faz parte do esforço do Governo em resgatar dividas para efetuar o pagamento de valores atrasados, referentes aos pagamentos de servidores e fornecedores do governo passado.

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O Banco do Brasil assume um contrato de risco com o Governo do Estado e só será remunerado em cima do que for efetivado como pagamento por sua equipe de cobrança.

A estimativa do Banco do Brasil é que o banco consiga receber pelo menos oito por cento (8%) do valor inicial do lote, cerca de R$10 milhões de reais.

O acordo começa a vigorar desde a assinatura do contrato. E segundo a Governadora Fátima Bezerra “ é uma forma de mostrar à sociedade potiguar que o Governo está buscando alternativas para aumentar a receita do Estado, buscando recursos extraordinários e saldar as dívidas”.

Para o Procurador Geral do Estado do RN, Luiz Antônio Marinho “várias medidas estão sendo adotadas como alternativas para sanear as finanças do Estado, essa parceria com o Banco do Brasil vai permitir mais agilidade na recuperação dos créditos da divida ativa, tudo dentro da legalidade”..

O Superintendente Regional do Banco do Brasil, Christiano Carvalho ressaltou a parceria sólida que o banco tem com o Governo do Estado e “nós temos uma expertise muito grande em tecnologias de ponta e em soluções inovadoras na recuperação de seus ativos”.

Fonte: Grande Ponto

Governo quer menos BB no setor de crédito rural, e mais bancos privados

Publicado em: 27/03/2019


O governo, via Ministério da Economia e o ministro Paulo Guedes, deseja reduzir a fatia do Banco do Brasil (BBAS3/BB) no mercado de crédito rural. Com a medida, o governo objetiva aumentar o espaço dos bancos privados neste segmento. Atualmente, o BB é líder do mercado, com participação de 57,4%, segundo o Banco Central (BC).

A orientação do governo indica que a contração pode ser expandida, e englobar também o mercado de taxas livres. Apesar de esclarecer que a participação do Banco do Brasil no segmento de crédito rural será menor, o governo não objetiva retirar completamente o banco da concorrência.

Opinião do ministério da Economia

“Queremos fazer com o BB o que estamos fazendo com o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social)”, afirmou o secretário especial de Fazenda do ministério da Economia, Waldery Rodrigues, ao “Valor Econômico”. O secretário especial referiu-se às novas políticas implementadas no BNDES para reduzir seu tamanho no mercado. Assim, o intuito é que mais espaço esteja disponível para instituições financeiras privadas e para o mercado de capitais. “A gente precisa, de maneira célere, priorizar o aumento do crédito privado”, defendeu Rodrigues.

“Ele [Banco do Brasil] é um grande agente no financiamento agrícola, área que precisa ser retrabalhada. Esse é um tema que vamos tratar e com certa brevidade […] Precisamos analisar se não há como agentes privados serem incentivados a entrar nesse mercado”, acrescentou Rodrigues.

Contudo, o secretário especial destacou que o banco estatal possui um “componente social importante”, pois o BB tem a função de financiar a agricultura familiar. Tal fatia do mercado de crédito rural não é o foco dos bancos privados.

Os principais bancos privados do País: Bradesco (BBDC3); Santander (SANB3); Itaú Unibanco (ITUB3); e Rabobank.

Mais os dois bancos cooperativos: Sicoob; e Bancoob.

Além dos demais públicos: Caixa Econômica Federal (CEF); e Banco do Nordeste (BNBR3).

Todos estes bancos juntos representam cerca de 40% da fatia restante do mercado de crédito agrícola.

Opinião do presidente do BB

“Podemos até vir a perder share, o que é natural para quem tem mais de 60%. Mas continuaremos crescendo no apoio ao setor”, disse o presidente-executivo do Banco do Brasil, Rubem Novaes. “A competição é sempre bem-vinda. Mais volume de crédito é o que mais deseja a Agricultura. E a concorrência sentirá nossa força no empenho em bem atender ao setor”, completou.

Segundo dados do BC, a parcela do BB no mercado de crédito agrícola é de 57,4%, considerando o saldo de sua carteira de agronegócio acumulada, nos últimos 12 meses encerrados, em dezembro de 2018. O montante é de R$ 188,7 bilhões. Até algum tempo atrás, os bancos privados não viam as operações de crédito rural como rentáveis. Assim, não raramente, o Banco do Brasil comprava (e ainda compra) carteiras de instituições privadas que falhavam em cumprir suas exigibilidades com o crédito rural.

Entretanto, nos últimos 40 anos o agronegócio brasileiro ascendeu. De acordo com a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), agência da ONU, o Brasil poderá ser o maior fornecedor de alimentos para o mundo no futuro. Com tal crescimento do setor agrícola brasileiro, aproxima-se o momento no qual haverá corte de subsídios agrícolas.

Opinião do ministério da Agricultura

O ministério da Agricultura, cuja chefia é da ministra Tereza Cristina, possui política de defesa dos recursos ao agronegócio. Todavia, a pasta está mais alinhada ao pensamento da equipe econômica. O secretário de Política Agrícola, do ministério da Agricultura, Eduardo Sampaio, afirmou ao “Valor Econômico” que a pasta concorda em ampliar a participação dos bancos privados no segmento de crédito rural, por meio de regras regulatórias.

Em adendo, o secretário contou que a Agricultura tem estudado como atrair instituições financeiras não-bancárias, as fintechs, para o financiamento agrícola. “A tendência, que já está em curso, é que o Banco do Brasil diminua sua participação no crédito rural”, afirmou Sampaio. Em adendo, o secretário destacou que o ministério deve aumentar o orçamento de subvenção ao seguro rural para, pelo menos, R$ 1 bilhão. A informação já havia sido adiantada por Tereza Cristina no fim de fevereiro. Segundo a ministra, a medida deve conduzir as possibilidades para que os juros do crédito rural possam baixar, no futuro, as taxas das operações de crédito rural.

Opinião do departamento de Agronegócios do Banco do Brasil

Apesar do setor de Agronegócios do Banco do Brasil concordar e estar cooperando com as mudanças em curso, a grande capilaridade do BB, cuja abrangência atinge regiões interioranas do País (nas quais os bancos privados devem continuar desinteressados), além da positiva imagem da estatal no setor, dão natural vantagem competitiva nessa disputa. Isto é o que a instituição acredita.

Ao “Valor Econômico”, o diretor de Agronegócios do BB, Marco Túlio da Costa, analisa que: caso ocorra a aprovação da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) da reforma da Previdência ainda em 2019, há grandes chances de uma nova queda da taxa Selic, a taxa básica de juros. Atualmente em 6,5% ao ano, a taxa Selic está em seu menor patamar histórico.

Nos dias atuais, um financiamento a juros livres no BB pode variar entre 9,75% e 11% ao ano. “É evidente que o Estado quer reduzir o gasto com subsídios e o crédito rural tem um peso grande nessa conta, mas estamos preparados para isso […] Seja com recursos controlados ou livres, o BB continuará atuando no agronegócio. Estamos no jogo”, disse o diretor.

Costa também explicou que o Banco do Brasil tem ampliado as operações de crédito rural, com base em fontes alternativas:

captação de recursos exteriores ao Brasil;
operações na Bolsa de Chicago (CBOT);
uso de títulos do agronegócio, como o Certificado de Recebíveis do Agronegócio (CRA)
e o Certificado de Direitos Creditórios do Agronegócio (CDCA).

Fonte: Suno Research

Governo do RN desconta R$ 82 milhões dos salários dos funcionários e não repassa ao BB

Publicado em: 13/12/2018


O governador do Rio Grande do Norte Robinson Faria deixou de repassar ao Banco do Brasil pelo menos R$ 82 milhões retirados dos salários dos servidores entre julho e setembro deste ano.

O desconto é feito todos os meses pelo Estado no contracheque dos funcionários que têm empréstimos consignados para serem transferidos ao banco, mas a partir de julho os envios não foram realizados com os valores completos.

Para receber o dinheiro devido, o Banco do Brasil processa o Estado pedindo o bloqueio imediato de R$ 82.934.210,05. Mais da metade dos descontos não repassados – R$ 56.715.130,27 – foram feitos na aposentadoria dos servidores inativos. A responsabilidade da transferência é do Instituto de Previdência (Ipern). O restante – R$ 26.219.079,78 – foi feito no vencimento dos servidores ativos, sob a responsabilidade da Secretaria de Planejamento e Finanças (Seplan).

Durante os dois primeiros quadrimestres deste ano, o valor dos descontos de créditos consignados atingiram os R$ 1,03 bilhão, segundo o relatório de gestão fiscal do Governo de janeiro a agosto. Depois de ter sido notificado sobre a ação, o Estado pagou uma parte da dívida durante o mês de novembro.

Segundo a relatora do processo na Procuradoria-Geral do Estado, Eloísa Guerreiro, a quantia foi de R$ 26.890.442,00. O restante está sendo negociado entre o procurador-adjunto do Estado João Carlos Coque, o secretário estadual de planejamento Gustavo Nogueira e os advogados do Banco do Brasil.

Fonte: Tribuna do Norte

Eleição de Bolsonaro aumenta otimismo de bancos com Brasil

Publicado em: 12/11/2018


A vitória de Jair Bolsonaro nas eleições presidenciais do Brasil foi o gatilho para um enorme rali nos mercados financeiros. O entusiasmo também está tomando conta dos executivos de bancos, que vêem uma bonança à frente se o presidente eleito fizer o que é necessário para consertar a economia.

Apenas dois anos depois de reduzir drasticamente sua presença no Brasil, o HSBC Holdings está acelerando as discussões sobre a volta aos mercados locais com a criação de um banco corporativo e de investimentos completo, segundo uma pessoa familiarizada com os planos. O Citigroup está preparado para aumentar contratações diante da expectativa de mais negócios com os US$ 176 bilhões em investimentos em infraestrutura que espera para os próximos cinco anos. O Itaú Unibanco, o maior banco da América Latina em valor de mercado, disse que pode aumentar seu apetite ao risco devido à melhoria das perspectivas econômicas.

Bolsonaro, um capitão da reserva do Exército e legislador pouco conhecido, provocou um surto de otimismo depois de fazer uma campanha baseada em promessas de disciplina fiscal, eficiência do governo e repressão ao crime. Os banqueiros dizem que a promessa de promover uma reforma na Previdência mostra seu compromisso em fazer o que é necessário para o Brasil recuperar a credibilidade entre os investidores locais e internacionais.

“Foi um clamor por mudanças na liderança do país e temos grandes expectativas com as modificações que precisam ser feitas”, disse Marcelo Marangon, presidente do Citigroup no Brasil. “Todo banco internacional está analisando” oportunidades de crescimento.

Até agora, a volta ao crescimento dos bancos esteve mais perto de um gotejamento do que de uma inundação, mas há sinais de que, após anos de cortes, Wall Street está testando as águas para um retorno significativo.

É uma reviravolta com relação ao passado recente, quando a pior recessão na história do Brasil e um escândalo de corrupção nacional levou à fuga de muitos bancos e muitos investidores quando o país perdeu o grau de investimento, as ações despencaram e o real atingiu uma baixa recorde. O HSBC anunciou planos em 2015 para vender todo o seu negócio no Brasil para o rival local Bradesco por US$ 5,2 bilhões. No ano seguinte, o Deutsche Bank reduziu pela metade o número de funcionários locais e o Citigroup passou a vender seus negócios de varejo como parte dos esforços globais para cortar custos.

Muitos desses bancos com planos de crescimento no Brasil já haviam começado a ficar mais otimistas com o país anteriormente, mas o resultado da eleição deu a eles um novo impulso de confiança. Os executivos estão animados com a agenda pró-mercado do presidente eleito, que, segundo alguns deles, pode ajudar a estimular o crescimento e impulsionar os negócios. O time de Bolsonaro está avaliando proposta para conceder autonomia formal ao Banco Central, revisar as leis tributárias e reduzir regulamentações.

Obviamente, os objetivos de Bolsonaro são ambiciosos e não há garantias de sucesso. O novo presidente tem uma alta taxa de rejeição – quase metade dos brasileiros não o suporta – em parte por causa de seu histórico de comentários depreciativos sobre negros, comunidades indígenas, mulheres e gays. Mas ele trouxe conforto aos investidores dizendo que nomeará Paulo Guedes, mestre pela Universidade de Chicago, como um super-ministro encarregado da economia e também com afirmações tranquilizadoras sobre a necessidade de disciplina fiscal.

O presidente global do Citigroup, Michael Corbat, visitou o Brasil na semana anterior à eleição para se reunir com os clientes, em um aceno ao compromisso do banco com o país, de acordo com um porta-voz da empresa.

O banco tem investido em seu negócio de atacado para poder aproveitar qualquer aumento em financiamento de projetos, fusões e aquisições e ofertas no mercado de capitais, disse o presidente no Brasil, Marcelo Marangon. O Citigroup planeja aumentar o número de funcionários em seus negócios de infraestrutura, corretagem e middle-market, disse ele.

“Podemos precisar elevar os investimentos apenas para lidar com o fluxo de transações”, disse Marangon. “Estamos em uma posição única para continuar a crescer nosso core business no Brasil de forma a manter ou até mesmo aumentar a relevância do Brasil no Citi globalmente.”

Jamie Dimon, presidente global do JPMorgan Chase, viajará a São Paulo para uma reunião com clientes em 27 de novembro, como parte de uma viagem mais ampla a outros países da América Latina, incluindo Argentina e Chile, segundo uma pessoa familiarizada com sua agenda. Dimon fez uma visita semelhante no ano passado, mas desta vez terá a chance de se conectar com clientes com uma visão mais firme sobre as perspectivas do país, agora que as incertezas eleitorais já passaram.

O presidente do JPMorgan no Brasil, José Berenguer, disse no mês passado que estava otimista com o país, em parte porque a eleição de Bolsonaro pode significar mais concessões públicas e parcerias público-privadas.

Os executivos do HSBC, por sua vez, têm considerado uma maior presença no mercado de banco de investimento e corporativo no Brasil, uma vez que o acordo de não-competição com o Bradesco acaba após o final deste ano, segundo pessoas a par do assunto. A possibilidade de um retorno estava na mesa antes da eleição, mas uma perspectiva positiva após a vitória de Bolsonaro fornece outro motivo para expansão, disse uma das pessoas. O banco afirmou em 2015 que planeja manter uma “presença bancária modesta” no país e atualmente emprega cerca de 50 pessoas. Um porta-voz do HSBC preferiu não comentar.

Os bancos locais também estão considerando ajustes em suas estratégias. O Itaú pode começar a fazer empréstimos para empresas e indivíduos de maior risco de crédito, já que uma economia robusta aumentará as chances de ser pago de volta, de acordo com o presidente Candido Bracher.

“Estou muito impressionado com as primeiras coisas que estamos ouvindo” do novo governo, disse Bracher em teleconferência com investidores.

Ainda assim, Bolsonaro precisará afirmar constantemente seu compromisso de endireitar a economia, e, quando ele tomar posse, os investidores vão querer ver ações o mais rápido possível.

“Se formos capazes de ver as medidas sendo tomadas na direção certa sobre a reforma previdenciária, a tributária e a política, isso trará muita confiança”, disse Marangon. | Michelle F. Davis, Felipe Marques e Cristiane Lucchesi/Bloomberg.

Fonte: Fator Brasil

Governo estuda compras conjuntas entre União e bancos públicos

Publicado em: 29/08/2018


O ministro do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão, Esteves Colnago, informou hoje (27) que o governo estuda medidas para aumentar a segurança das operações e reduzir a burocracia nos bancos públicos.

Colnago deu a declaração após reunião, em Brasília, com os presidentes do Banco do Brasil, Paulo Caffarelli, da Caixa Econômica Federal, Nelson de Souza, e do Banco Nacional Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Dyogo Oliveira, além do chefe de gabinete do Banco do Nordeste (BNB), José Andrade Costa.

Sem entrar em detalhes, Colnago disse que uma das iniciativas em discussão é a realização conjunta de compras entre o governo central – formado por Tesouro Nacional, Banco Central e Previdência Social – e os bancos públicos, como forma de reduzir custos.

“Tem, eventualmente, o maior compartilhamento das compras pelos bancos públicos. Estamos fazendo a mesma coisa agora: governo central, para usar o ganho de escala, usar o poder de compra tanto da União quanto dos bancos para reduzir os custos de aquisição de materiais do dia a dia”, acrescentou.

Orçamento 2019

Colnago não quis comentar o fechamento do projeto de lei orçamentária do ano que vem, que tem que ser apresentado até o fim desta semana.

De acordo com a assessoria do Ministério do Planejamento, o projeto deverá ser tornado público na própria sexta-feira (31), durante a tarde, com previsão de uma entrevista coletiva com a equipe econômica.

No último dia 14, o presidente Michel Temer sancionou a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2019, aprovada no mês anterior pelo Congresso Nacional.

O texto, sancionado com 17 vetos, serve de base para a elaboração do Orçamento do ano que vem. Uma das medidas já confirmadas pelo governo é a correção dos recursos para a área de educação com base na inflação deste ano.

Fonte: Jornal do Brasil

Temer baixa mais uma norma em prejuízo dos funcionários de bancos públicos

Publicado em: 01/02/2018


O governo Temer promoveu mais um ataque aos direitos dos funcionários das empresas públicas, entre elas os bancos. Através de uma resolução da Comissão Interministerial de Governança Corporativa e de Administração de Participações Societárias da União (CGPAR), do dia 18 de janeiro, reduz a participação das empresas no custeio dos planos de saúde e restringe o rol de dependentes possíveis. O documento é assinado pelos ministros Henrique Meirelles, também banqueiro, e Eliseu Padilha, da Casa Civil, ambos defensores da reforma da Previdência.

As mudanças impõem uma série de diminuição de direitos, como a fixação da paridade de contribuições entre as empresas públicas e os empregados e a manutenção de planos de saúde somente durante a vigência do contrato de trabalho, acabando com o direito para os aposentados. Estabelece ainda a cobrança por faixa etária conforme as normas da ANS, prazo de carência para atendimento e restrição a dependentes.

Aos novos funcionários somente será oferecida a modalidade de assistência médica no modelo de reembolso. Os editais de futuros concursos não deverão oferecer os benefícios de assistência à saúde. A previsão deste direito nos acordos coletivos deverá ser suprimida ou deixada sem detalhamento.

Em benefício dos planos privados

“Os interesses do governo são claros. O primeiro é acabar com as caixas de assistência de autogestão, como a Cassi, dos funcionários do Banco do Brasil, e a Saúde Caixa, e vincular a sua lógica à da saúde privada”, afirmou o diretor da Contraf-CUT, Marcello Azevedo. Acrescentou que o segundo é empurrar esses trabalhadores para os planos privados, assim como tenta fazer com os planos de previdência quando apresenta a reforma da Previdência. A terceira é descomprometer as empresas públicas com a saúde dos seus funcionários.

Nada diferente se lembramos que o governo Temer congelou os investimentos do Orçamento da União nas áreas sociais por 20 anos. Saúde não é mercadoria. A Contraf-CUT e o sindicato estarão em conjunto com diversas outras entidades organizando a luta contra mais essa medida do governo.

Fonte: Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro

Justiça determina que BB libere empréstimos ao governo da Paraíba

Publicado em: 04/01/2018


O juiz plantonista José Ferreira Ramos Júnior, da 2ª Turma Recursal Permanente de João Pessoa, determinou que o Banco do Brasil assine as operações de crédito que garantirão quase R$ 150 milhões ao Governo do Estado. O banco tem cinco dias, após a notificação, para assinatura das operações sob pena de multa diária de 10% sob o valor do contrato de empréstimo.

De acordo com o Procurador-Geral do Estado, Gilberto Carneiro, a decisão é importante para garantir que o Estado tenha acesso a esses recursos tendo em vista que todas as exigências estabelecidas na legislação foram atendidas com parecer definitivo da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) e da Advocacia Geral da União (AGU).

“A União concedeu garantia e o Banco do Brasil estava se recusando a fazer a assinatura do contrato sob alegação de que o estado teria dívida com o banco em decorrência da rescisão o contrato da prestação de serviços da folha de pagamento. Essa dívida o Estado não reconhece e está sendo objeto de discussão judicial”, explicou durante entrevista ao programa Rádio Verdade.

Fonte: Portal WSCOM

Bancos públicos na mira do governo e do mercado, o que significa menos crédito e investimento

Publicado em: 13/04/2017


São Paulo – Setor de fomento de políticas públicas, investimento e crédito, os bancos públicos entram no foco do governo Temer como alvo preferencial e parte de uma política de “desmonte” do Estado, avaliam participantes de seminário realizado hoje (10) pelo Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região. Ao lado das multinacionais, os banqueiros e os chamados rentistas foram os principais financiadores do golpe, diz o economista João Sicsú, professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), apontando um projeto de transformação do Estado brasileiro “em balcão de negócios”, em ofensiva ao que ele chama de “rede de contenção de defesa” social, formado por legislação trabalhista, Previdência Social – e as instituições financeiras do setor público, responsáveis por 56% do crédito oferecido no país.

“Bancos públicos não servem só a seus donos, a seus acionistas. Também visam ao bem-estar social, vão além da busca de lucros. São facilitadores das políticas econômicas e sociais do governo”, diz Sicsú, um dos autores de uma cartilha sobre o tema, lançada durante o seminário, pelo Sindicato dos Bancários. A cartilha foi elaborada para defender o papel social do setor, diz a presidenta da entidade, Juvandia Moreira, reunindo argumentos “sobre verdades e mentiras que a mídia difunde por aí, visando justificar a privatização desses bancos”.

Segundo o presidente da CUT, Vagner Freitas, um banco público deve ajudar a financiar um projeto nacional de desenvolvimento. Nesse sentido, afirma, o país ainda não tem bancos públicos, mas instituições privadas e estatais, embora tenha havido algum avanço particularmente durante o governo Lula. “Tanto o Banco do Brasil como Caixa não conseguiram cumprir aquilo que a gente esperava deles. O BNDES não é mais banco de fomento”, acrescentou, também incluindo os bancos privados entre os principais apoiadores do impeachment de Dilma Rousseff . “Vocês acham que Bradesco, Itaú, Santander querem disputar só metade do mercado? Querem o mercado todo.”

De acordo com a cartilha, BB e Caixa já passam por uma “privatização disfarçada” e tendem, cada vez mais, a se assemelhar às instituições privadas. O documento enumera possíveis consequências negativas em relação ao financiamento estudantil, para a agricultura familiar e para a moradia. Coordenador nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Guilherme Boulos enfatizou esse aspecto, ao destacar a importância do banco público na busca de “uma economia soberana para que o Estado tenha ferramentas para segurar a ‘mão invisível’ do mercado”.

Estado e moradia popular
No caso da habitação, diz Boulos, os bancos públicos são a condições para a existência de uma política voltada para a moradia popular. Com base em dados do IBGE, ele diz que o déficit habitacional do país atinge 6,5 milhões de famílias ou 20 milhões de pessoas, sendo 84% com renda inferior a três salários mínimos. “Esse setor não passa nem na porta (do banco privado). A enorme maioria das pessoas que não têm casa não têm condições de obter esse crédito”, diz o líder do MTST. “Ou o Estado entra pesado ou não tem moradia popular neste país.”

Ele cita o exemplo do Minha Casa, Minha Vida, “programa com muitos limites, contradições e problemas”, mas com a qualidade do subsídio, que na faixa 1 chega a 95% do valor do imóvel. “É inconcebível um plano privado oferecendo um financiamento dessa natureza”, observa Boulos. Segundo o ativista, desde o impeachment o governo não ofereceu contratações justamente na faixa 1, o que só foi retomado depois de uma longa ocupação dos sem-teto diante do edifício da Presidência da República em São Paulo, na Avenida Paulista.

A presidenta da União Nacional dos Estudantes (UNE), Carina Vitral, ressalta a importância do setor público para o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), que atingiu 2,2 milhões de estudantes em 2015, e manifestou preocupação com os rumos do serviço após o impeachment. “A influência dos rentistas e do capital financeiro sobre o governo é impressionante. Nem o governo FHC conseguiu tamanho desmonte.”

Professor da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), Antonio Alves Júnior diz que o Brasil é um dos “campeões mundiais” de empréstimo bancário, destacando o setor público. Mas o país enfrenta, segundo ele, uma “ideologia predominante que desqualifica tudo aquilo que é estatal”.

O setor financeiro também se mostra cada vez mais concentrado: desde 1994, o número dos bancos privados passou de 219 para 144 e o de públicos, de 31 para 14. “De 70% a 80% dos depósitos e empréstimos estão hoje concentrados em cinco bancos (Itaú, Bradesco, Santander, Caixa e BB)”, afirma Alves Junior, que também participou da elaboração da cartilha.

Ele lembra, por exemplo, que o BNDES passa agora por um processo de adoção de taxas “de mercado” para seus empréstimos, o que vai no sentido de enfraquecimento da estrutura dos bancos públicos. Essa nova política vem sendo chamada, eufemisticamente, de “modernização da remuneração”.

 

Fonte: Rede Brasil Atual

BB oferece novas linhas de crédito do FCO para MT desenvolver projetos

Publicado em: 23/03/2017


O Banco do Brasil deu a missão ao Governo de Mato Grosso de escolher e apresentar projetos com potencial para novos investimentos no Estado, por meio do por meio do Fundo de Financiamento do Centro-Oeste (FCO). Segundo o vice-presidente de Agronegócio do Banco do Brasil, Tarcísio Rubner, a instituição financeira percorrerá Mato Grosso, em uma caravana, também em busca de projetos sociais que possam aderir ao programa.

O governador Pedro Taques e diretores do Banco do Brasil em Mato Grosso discutiram nesta sexta-feira, 17 de março, novos investimentos em projetos do Executivo, com recursos provenientes do FCO.

Durante a reunião, o vice-presidente de Agronegócio do Banco do Brasil, Tarcísio Rubner, destacou que a instituição financeira “tem muito dinheiro para investir, só precisa de projetos”.

Ainda de acordo com Rubner, as linhas de crédito foram facilitadas. No encontro ficou acertado a incumbência dos secretários de Estado de Desenvolvimento, Ricardo Tomczyk, de Gestão, Júlio Modesto, da Casa Civil, Paulo Taques, e de Fazenda, Gustavo de Oliveira, em escolher e apresentar os projetos com potencial para novos financiamentos.

O vice-presidente de Agronegócio do Banco do Brasil, Tarcísio Rubner, revela que a instituição financeira irá percorrer Mato Grosso em uma caravana em busca de projetos sociais que possam aderir ao FCO.

“Estamos trabalhando com menos burocracia e pessoal treinado para angariar projetos. Agora estamos partindo pra campo e temos tranquillidade em investir no Estado de Mato Grosso”, disse Rubner no encontro.

De acordo com informações do Governo de Mato Grosso, uma nova reunião entre o Executivo e o Banco do Brasil deve ocorrer nas próximas semanas. Na oportunidade será realizada a apresentação dos projetos e a conclusão da parceria com o Banco do Brasil.

Fonte: Agro Olhar

Justiça diz que BB não pode se recusar a pagar depósitos

Publicado em: 26/01/2017


A Justiça concedeu nessa quarta-feira (25) decisão favorável ao Estado de Minas Gerais na briga entre o governo e o Banco do Brasil (BB) no caso dos depósitos judiciais. A partir de agora, conforme a determinação, o BB não pode se recusar a pagar resgates de depósitos enquanto houver valores no chamado fundo de reserva.

Em dezembro de 2016, o banco passou a não liberar os pagamentos alegando que não havia saldo no fundo criado com os depósitos judiciais. O Executivo, porém, questiona essa justificativa. De acordo com o advogado geral do Estado, Onofre Batista Júnior, há dinheiro disponível em caixa para arcar com os resgates, e o BB estaria omitindo os reais valores nas contas.

Na decisão dessa quarta-feira (25), o juiz Adriano de Mesquita Carneiro, da 5ª Vara da Fazenda Pública de Belo Horizonte, deferiu pedido de tutela de urgência pleiteado pelo Estado. No despacho, ele ordena que os pagamentos sejam feitos ainda que os valores em conta sejam inferiores a 30% do total do valor dos depósitos, “até que seja definitivamente apurado o valor constante no fundo de reserva”.

A menção ao percentual é uma referência à lei aprovada em 2015 que permitiu que o Estado sacasse 70% dos depósitos judiciais com a obrigação de manter o saldo de 30% para garantir que os cidadãos tivessem acesso aos valores em disputas de processos.

A recomendação foi seguida na época, contudo, em outubro de 2015, o Supremo Tribunal Federal ordenou a suspensão das transações. Depois disso, segundo o Banco do Brasil, o saldo foi se exaurindo até que, em dezembro passado, foi zerado. O BB passou então a pedir que o governo de Minas fizesse um aporte de R$ 1,5 bilhão.

A questão foi parar novamente no STF. Com o imbróglio, dirigentes do banco e representantes do Estado fecharam um acordo, mediado pelo Tribunal de Justiça de Minas, em que o Estado se comprometeu a arcar com os depósitos até fevereiro. O valor acertado foi de R$ 5,7 milhões. Segundo o advogado geral, já foram repassados cerca de R$ 12 milhões desde o último dia 17.

“O Banco do Brasil dizia que não tinha nada, mas conseguimos checar que existem pelo menos R$ 3 bilhões. Ele (BB) estava se recusando ilicitamente a apresentar os números e, por isso, pedimos a prestação de contas”, afirmou Batista.

De acordo com o advogado geral, o Estado teve informações indiretas do saldo. “O banco tem que passar uma remuneração para o Tribunal de Justiça por mês e, pela conta, fica claro que existe dinheiro. Hoje em dia virou moda bater em tudo que é Estado e público. O BB também é governo, essa briga está inserida na briga do pacto federativo entre Estados e União”, diz.

A partir do momento que o BB passou a cobrar R$ 1,5 bilhão do Estado, o Executivo exige que a instituição apresente a composição detalhada do dinheiro envolvendo os depósitos. Em sua decisão, o juiz Adriano Carneiro alegou que o BB limitou-se a informar a quantia a ser depositada pelo Estado, sem, contudo, detalhar os valores existentes em conta.

ENTENDA A BRIGA

Lei. Em 2015, a Assembleia de Minas aprovou uma lei que autorizava o Estado a sacar 70% dos depósitos judiciais. O governo teria que manter em conta ao menos 30% para garantir o pagamento de decisões envolvendo os processos.

STF. A questão foi parar no STF que suspendeu novas retiradas. A partir daí, o banco diz que parou de fazer depósitos no fundo que havia sido criado e que passou então a guardar o dinheiro em contas individuais das partes do processo. Segundo o banco, em função disso, o saldo foi zerado em dezembro de 2016, já que passaram a ser feitas apenas retiradas do fundo de reserva.

Fonte: O tempo

50 mil empresas beneficiadas com Empreender Mais Simples

Publicado em: 19/01/2017


O presidente do Banco do Brasil, Paulo Caffarelli, disse nesta quarta-feira, 18, que não há como estimar a quantidade de empregos que o Programa Empreender Mais Simples pode gerar nos próximos dois anos, mas estimou que 50 mil empresas podem ser beneficiadas.

Para o presidente do Sebrae, Guilherme Afif, o primeiro impacto é não produzir mais desemprego, dando capital de giro para as empresas em dificuldades. “O tíquete médio dos financiamentos é de R$ 50 mil. É pouco, mas o pouco multiplicado pode dar muito fôlego para a economia”, completou.

Caffarelli afirmou também que a ampliação do crédito para as micro e pequenas empresas brasileiras vai colocá-las como importantes atores no processo de retomada do crescimento do País. “Mais do que dinheiro, estamos oferecendo assessoria que vai ajudar a mitigar riscos e enfrentar dificuldades que os micro e pequenos empresários veem hoje”, disse.

O presidente do BB comentou ainda que, com ambiente mais favorável, já há investidores mais confiantes, inclusive do exterior, como já se pôde perceber no Fórum Econômico de Davos. Caffarelli também citou a redução dos juros básicos da economia brasileira, como consequência da desaceleração da inflação, como um fator favorável em termos de ambiente econômico.

O Banco do Brasil irá disponibilizar um total de R$ 8,2 bilhões em crédito orientado às micro e pequenas empresas nos próximos dois anos. O convênio que será firmado hoje com o Sebrae terá cerca de R$ 1,2 bilhão em crédito por meio da linha Proger Urbano Capital de Giro, com recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT). Os outros R$ 7 bilhões virão da linha BNDES Capital de Giro Progeren.

“No momento em que todos os nossos esforços estão canalizados na retomada do crescimento, parcerias como a de hoje têm papel fundamental, principalmente porque estamos tratando de micro e pequenas empresas”, disse Caffarelli.

Fonte: Agência Estado

Governo de MG e BB fazem acordo sobre depósitos judiciais

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O governo de Minas Gerais e o Banco do Brasil fecharam acordo, na noite desta terça-feira, para garantir que o pagamento dos alvarás concedidos pelo Judiciário nas ações dos mineiros seja feito, independentemente da briga no Supremo Tribunal Federal (STF) pela recomposição do fundo de reserva dos depósitos judiciais. Em até 48 horas, o estado vai depositar R$ 5.717.744,80 na conta do Banco do Brasil para pagar parte dos alvarás expedidos. O valor equivale a 0,38% dos R$ 1,5 bilhão do fundo que levaram o Executivo do estado a uma briga com o BB no STF.

O acordo foi acertado em reunião entre Tribunal de Justiça de Minas Gerais, Advocacia-Geral do estado e representantes da instituição financeira. Ele prevê que os alvarás já expedidos serão pagos até o dia 10 de fevereiro.

Depois desta data, segundo o governo de Minas, cada um dos demandantes (Estado de MG e BB) “deverão arcar com 50%” dos valores pedidos nas ações para garantir o pagamento dos alvarás.

Prejuízo às partes

Em nota, a AGE diz que o estado decidiu pagar parte dos depósitos judiciais “mesmo com decisões favoráveis na Justiça, determinando o pagamento dos depositantes pelo BB” pois “não quer que a discussão judicial possa afetar os depositantes, que nada tem com a demanda”. Em uma decisão que circulou nas redes sociais nesta terça-feira, um juiz de primeira instância determinou à parte o saque do valor do alvará na conta do Banco do Brasil. O magistrado entendeu que a instituição responsável pela guarda do dinheiro deve ser responsabilizada pela restituição.

Segundo o TJ, os R$ 5,7 milhões serão “para honrar o pagamento exclusivo de determinados alvarás já emitidos”. O Judiciário informa ainda que o Banco do Brasil vai atualizar o valor para cumprimento integral desses alvarás até 18 de janeiro e o Estado deverá complementar a diferença. “A partir do dia 18 de janeiro, o Estado de Minas Gerais promoverá o pagamento dos alvarás discriminados em ofícios que deverão ser diariamente endereçados do Banco do Brasil ao TJMG, em até 48 horas, fazendo-o em conta a ser aberta exclusivamente para esse fim. Essa orientação se estenderá até o dia 10 de fevereiro”.

O TJ diz ainda que os representantes do BB assumiram o compromisso de estudar a proposta do governo pela qual, se não houver solução definitiva do impasse judicial, estado e BB paguem, cada um 50%, dos valores dos novos alvarás apresentados.

O Estado de Minas entrou em contato com o Banco do Brasil e aguarda um posicionamento oficial.

Impasse continua

Apesar da reunião, a questão continua na Justiça. O governo de Minas recorreu da decisão do STF que permitiu o bloqueio de R$ 1,5 bilhão dos cofres estaduais para recomposição do fundo dos depósitos judiciais. O estado alega que o BB usou de “artifícios” para esgotar os depósitos e garantiu estar cumprindo a cláusula segundo a qual é obrigado a manter nas contas o percentual de 30% dos valores que formam o fundo de reserva para pagamentos e restituições.

Na decisão favorável ao Banco do Brasil, a ministra Cármen Lúcia negou liminar pedida pelo governo mineiro contra ato do BB solicitandoao estado a recomposição de R$ 1,5 bilhão do fundo de reserva destinado a garantir a restituição ou os pagamentos referentes aos depósitos judiciais. Segundo Cármen Lúcia, o fato de o estado ter conseguido se manter com os recursos já repassados dos depósitos em liminar concedida anteriormente pelo Supremo não o desobriga de recompor o fundo de reserva.

A ministra disse que entendimento neste sentido ensejaria a interpretação de que as verbas dos depósitos tinham sido transferidas definitivamente para o estado.

Em 13 de janeiro, deputados da oposição ao governador Fernando Pimentel (PT) na Assembleia protocolaram na Justiça uma ação popular questionando o uso dos depósitos judiciais pelo governo do estado e pedindo que “valores mínimos” sejam recompostos no fundo de reserva. Os parlamentares ainda pedem para o Ministério Público se manifeste sobre a possibilidade da utilização dos recursos configurar ato de improbidade administrativa.

Fonte: em.com.br

Patrimônio do fundo soberano quase dobra com ações do BB

Publicado em: 02/12/2016


O patrimônio do Fundo Soberano do Brasil (FSB) praticamente dobrou devido à valorização ao longo deste ano das ações do Banco do Brasil que compõem a maior parte de sua carteira. A posição mais recente, relativa ao dia 9 de novembro, do patrimônio do FSB era de R$ 3 bilhões, ante R$ 1,6 bilhão no fim do ano passado. Mesmo com as quedas recentes, a ação do BB, que representa 95% do patrimônio do fundo, sobe mais de 66% neste ano.

O governo contabiliza R$ 2,4 bilhões de receitas com o FSB na proposta de orçamento de 2017, recurso que obterá com a venda desses papéis e a liquidação do fundo. O problema é que terá de tomar cuidado quando despejar as ações no mercado para que não haja uma desvalorização excessiva do patrimônio do fundo, o que, na prática, reduziria essa receita. O valor previsto no orçamento é ligeiramente inferior ao saldo que havia na carteira do fundo em agosto, quando a peça foi enviada ao Congresso Nacional.

A estratégia para a redução da carteira de ações ainda não está definida e o assunto é tratado com sigilo pelo Tesouro Nacional. Procurada, a instituição se limitou a dizer que “não se manifesta sobre estratégia de gestão de ativos precificados em mercado”. Uma fonte do governo disse que está se procurando uma alternativa que não gere impacto relevante nos preços das ações. Uma outra fonte disse que uma alternativa que chegou a ser discutida no Banco do Brasil, ainda no governo Dilma Rousseff, seria a venda em bloco dos papéis do BB a um grupo restrito de investidores, como forma de ter maior controle sobre o preço.

Em junho deste ano, a BBDTVM, responsável por gerenciar o Fundo Fiscal de Investimento e Estabilização (FFIE), o braço privado do FSB, fez, sem alarde, consulta à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para ter respaldo jurídico de que não precisaria seguir uma instrução do órgão regulador (Instrução CVM 286/98) que vale para entidades públicas e estabelece regras mais rígidas em operações de ativos, inclusive obrigando-as a seguir, em determinados casos, a lei de licitações.

“Em sua consulta, a BB manifesta o entendimento de que a Instrução 286, que dispõe sobre a alienação de ações de propriedade de pessoas jurídicas de direito público e de entidades controladas direta ou indiretamente pelo Poder Público, não seria aplicável ao FFIE, que possui natureza privada e cujos direito, bens e obrigações não se comunicam com os de seu cotista exclusivo, a União”, informa a ata da reunião do colegiado que discutiu o assunto e aceitou a tese da gestora.

A consulta tinha por objetivo obter uma garantia formal de que a gestora terá liberdade para agir com o fundo do governo como pode atuar com qualquer fundo privado. Com isso, a gestora pode, por exemplo, contratar um prestador de serviços para auxiliar nas diferentes modalidades de venda de ações que podem ser acionadas para ter o menor impacto no mercado, garantindo ao máximo o valor dos ativos. Michael Viriato, coordenador do laboratório de finanças do Insper, considera que, embora o FSB tenha a opção de vender as ações fora do mercado, esta alternativa não seria a melhor por ser menos transparente “No final do dia, o fundo é público.”

Para ele, o caminho é fazer um processo organizado e padronizado, passando pela bolsa, e em um modelo parecido com uma oferta primária ou secundária de ações. Viriato explica que, mesmo com o BB sendo uma empresa largamente conhecida, seria o caso de se contratar uma corretora para fazer “road show” e atrair investidores, explicando o potencial de valorização e ganhos com os papéis. Ele acredita que em um processo aberto e transparente pode até haver algum impacto de curtíssimo prazo no preço, mas que seria passageiro e corrigido à medida que as informações fossem sendo apresentadas ao mercado.

No ano passado, durante a gestão de Joaquim Levy no Ministério da Fazenda, o Tesouro mandou que o FFIE iniciasse a venda das ações do BB sem avisar o mercado. A operação, contudo, foi notada e teve que ser interrompida após a venda de R$ 134 milhões e os preços serem derrubados.

Fonte: http://www.valor.com.br/financas/4775147/patrimonio-do-fundo-soberano-quase-dobra-com-bb