Banco puxa Ibovespa ao vermelho, mas Petrobras e Vale aliviam perda

Publicado em: 15/02/2019

O Ibovespa teve uma sessão marcada por verdadeira instabilidade. Em dia de vencimento de opções sobre o índice, os investidores que apostam contra e a favor da bolsa cravaram uma queda de braço nos preços, o que fez o índice tentar uma aproximação dos 97 mil pontos e voltar aos 95 mil pontos em uma única sessão.

No fim do dia, o Ibovespa caiu 0,34%, aos 95.842 pontos. Ao longo do pregão, o índice chegou a cair 0,81%, aos 95.389 pontos. Na máxima, atingida pela manhã, o Ibovespa subiu 0,66%, aos 96.804 pontos. O giro totalizou importantes R$ 15,4 bilhões, em um movimento que ganhou tração justamente após as 15h, horário em que os preços do exercício de opções são definidos.

O vencimento de opções do índice fez com que corretoras grandes movimentassem grandes lotes de ações, acima do negociado nos últimos dias — e os bancos foram o pivô desse movimento. A disputa entre os que apostam a favor e contra a bolsa cresceu nesses papéis porque, por serem líquidos, eles ajudam os investidores a balizar o Ibovespa e colocá-lo no patamar mais adequado a cada posição montada na renda variável.

“Os vendidos [que apostam na queda] tentam ‘travar’ o índice e impedir maiores baixas, enquanto os comprados [que apostam na alta] querem trazer o preço mais para cima. É uma dinâmica que existe sempre na bolsa, mas costuma crescer em dias de vencimento para que o investidor possa conseguir exercer suas opções”, diz um operador.

No setor bancário, Bradesco ON encerrou em baixa de 0,84%, enquanto Bradesco PN caiu 1,55%. Já Itaú Unibanco PN recuou 2,28%, ao passo que Banco do Brasil ON cedeu 2,27%.

Já as empresas mais ligadas ao ambiente internacional ajudaram o Ibovespa a não aprofundar as baixas. No caso da Vale e da Petrobras, por exemplo, houve ganho de tração depois da abertura positiva das bolsas americanas, que deu fôlego à negociação de ativos de renda variável globalmente e garantiu fluxo aos emergentes.

A Vale ON subiu 2,69%. A Petrobras ON ganhou 2,37%, enquanto a PN da estatal avançou 1,28%. No caso da petroleira, o fato de a ON, preferida no geral pelos investidores estrangeiros, ter subido mais do que a PN, muito negociada por fundos locais, é um indício do efeito que o exterior teve hoje no mercado local.

Já em relação à Vale, os investidores também operam as ações de olho no nível de desconto do papel, sobretudo após as intensas perdas das duas últimas semanas. A ação tem tentado respeitar os fundamentos da companhia e encontrar um ponto de equilíbrio, depois de sucessivas quedas por causa do rompimento da barragem da empresa em Brumadinho (MG). Os investidores ponderam, de um lado, a capacidade produtiva da mineradora e, de outro, os efeitos da tragédia para as operações da empresa.

Outro pano de fundo dos negócios é a expectativa quanto à reforma da Previdência. Relatos nas mesas de operação mostram que os investidores seguem confiantes de que a reforma sairá, mas ainda há dúvidas de qual será a idade mínima para liberação das aposentadorias. De um lado, o mercado confia que o ministro da Economia, Paulo Guedes, lutará por um ajuste mais agressivo, enquanto o presidente Jair Bolsonaro sinaliza idades diferentes para homens e mulheres. A saída do presidente do hospital hoje reforça o debate e mantém o tema como prioridade das agendas.

Na cena corporativa, a BRF ON ficou entre os destaques negativos da sessão, em queda de 3,22%. A detecção de um tipo de bactéria salmonela levou a companhia a anunciar um recall de lotes de carne de frango in natura produzidos, entre outubro e novembro de 2018, no abatedouro de Dourados (MS).

A CCR ON, por sua vez, até tentou aliviar as perdas, mas também voltou para as maiores baixas do Ibovespa, ao ceder 3,10%. Os investidores repercutem a notícia de que a empresa superfaturou contratos de prestação de serviço com construtoras em 2012 em aproximadamente R$ 13 milhões, a valores de hoje, para abastecer esquema de caixa dois. A informação consta em depoimentos de ex-executivos da companhia ao Ministério Público Federal de São Paulo aos quais o Valor teve acesso.

Fonte: Valor Econômico

BB está melhor preparado para se adequar a Basileia, diz Moody’s

Publicado em: 23/03/2017

São Paulo – Os esforços do Banco do Brasil para moderar o ritmo de crescimento e reduzir custos colocaram-no em melhor posição para cumprir com padrões de capital de Basileia que entrarão integralmente em vigor até 2019, afirmou a Moody’s em relatório nesta quarta-feira.

Estas melhorias refletiram-se na recente afirmação do rating Ba2 do banco estatal e na revisão da sua perspectiva para estável, de negativa, afirmou a agência.

Mas o BB terá que ser ainda mais conservador na concessão de empréstimos, além de controlar custos e procurar oportunidades para ampliar spreads de crédito e aumentar a receita de taxas, afirmou a Moody’s.

Os comentários vêm após o BB ter anunciado em novembro um amplo pacote de medidas destinado a reduzir custos, incluindo um plano de aposentadoria incentivada que envolveu cerca de 10 mil funcionários e o fechamento ou redução de cerca de 800 agências, na tentativa de elevar sua rentabilidade.

Para a Moody’s, os riscos de ativos continuarão a diminuir à medida que a economia brasileira começa a se recuperar, permitindo uma melhora da carteira do BB de grandes corporações e pequenas e médias empresas, que se enfraqueceu bastante.

“Mas graças à sua decisão de reduzir sua exposição a segmentos de mercado de alto risco no ano passado, as métricas de qualidade de ativos do banco estão mostrando sinais iniciais de melhora, com a formação de empréstimos inadimplentes caindo nos últimos dois trimestres”, disse a Moody’s no relatório.

As provisões para perdas com empréstimos, que subiram para 4,6 por cento da média dos empréstimos em 2016, ante 2,7 por cento dois anos antes, começarão a cair este ano como resultado das melhorias já mencionadas na qualidade dos ativos, disse a agência.

Para cumprir sua meta de capital, o banco terá que manter um ritmo disciplinado de crescimento. O objetivo do BB é manter seu índice de capital principal de nível 1 igual ou superior a 9,5 por cento, próximo do nível atual.

A Moody’s calcula que o banco terá que limitar o crescimento dos chamados ativos de risco a um ritmo anual de 7,1 por cento nos próximos três anos. Este cenário pressupõe que o lucro do siga em elevação nos próximos anos.

As ações do BB fecharam em alta de 3,38 por cento nesta quarta-feira, ante alta de 0,86 por cento do Ibovespa.

 

Fonte: EXAME

Quais são as apostas dos grandes bancos para o Brasil durante o “difícil” ano de 2017?

Publicado em: 06/01/2017

O ano de 2017 mal começou, mas o otimismo comum no início do ano parece não ter lugar no Brasil: a euforia pós-impeachment de Dilma Rousseff, que trouxe perspectivas de políticas mais pró-mercado e menos intervencionistas, vem dando lugar para projeções cada vez piores para o crescimento do PIB brasileiro em 2017, conforme apontam o Boletim Focus do Banco Central semana após semana. Como a Bolsa “antecipou” boa parte dessa retomada, deixou de ser um consenso entre os analistas a crença de continuidade do rali do Ibovespa, que subiu 38,94% no ano passado – seu melhor desempenho desde 2009. Cabe destacar que ele fechou dezembro em 60.227 mil pontos, patamar 5.064 pontos abaixo da sua máxima do ano (65.291 pontos), alcançada em 1º de novembro.

Coloque na conta também a imprevisível política a ser adotada por Donald Trump e a imponderável Lava Jato e temos em 2017 um combo de grandes incertezas dentro de um cenário econômico recessivo (não, não estamos falando de 2016). Um alento diante disso tudo: o Copom deve acelerar o ciclo de cortes da taxa de juro brasileira e as privatizações devem finalmente sair do papel. Por outro lado, é mais do que provável que o Federal Reserve suba ainda mais os juros nos EUA por conta da política fiscalmente expansionista de Trump – e quanto maior os juros lá fora, menos interessante fica correr o risco de ficar no Brasil.

GBM: o que melhorou, já está precificado
O grupo mexicano GBM (que espera uma leve variação positiva de 0,1% do PIB no ano que vem), acredita que a forma mais segura de se expor ao Brasil e se beneficiar da devagar melhora econômica é focar em exportadoras e nomes defensivos, que foram muito menos impactados pela onda de otimismo que agora parece ter cessado. Apesar de ver avanços para o Brasil, o GBM tem perspectivas mornas para a Bolsa: “as coisas estão melhorando, mas não tanto quanto já está precificado”.

O GBM destaca cinco ações como as melhores opções de investimento em 2017: as ações favoritas da instituição são Braskem (BOV:BRKM5), Copel (BOV:CPLE6), Gerdau (BOV:GGBR4), JBS (BOV:JBSS3) e Vivo (BOV:VIVT4). Com relação à companhia elétrica, os analistas apontam o portfólio bem diversificado e uma das poucas que não tem todo o seu portfólio de geração contratado. Isso permitirá que a companhia tire vantagem de possíveis mudanças regulatórias.

Já sobre a Gerdau, os ganhos de lucratividade são apontados como mais positivos com volumes mais altos e custos diluídos, especialmente no Brasil e nos EUA. De acordo com os analistas do GBM, uma potencial mudança na economia brasileira pode guiar uma recuperação nos volumes, além das melhores expectativas principalmente por conta das promessas do presidente eleito dos EUA Donald Trump para investimento em infraestrutura, o que deve impulsionar a demanda. Além disso, uma série de desinvestimentos deve ser anunciada, removendo operações ineficientes. Enquanto isso, a Vivo é apontada como uma das mais valorosas empresas do setor de telecomunicações, sendo negociada com múltiplos abaixo de seus pares latino-americanos. A companhia apresenta um balanço sólido e está em um setor resiliente; além disso, o novo regime regulatório pode ser a “cereja do bolo” para a empresa.

Credit Suisse: Brasil abaixo da média
O Credit Suisse cortou em dezembro a recomendação para as ações do país de neutra para underweight (exposição abaixo da média) na América Latina, o que na prática significa: exponha-se no Brasil abaixo da média que você tem na região. O banco vê cautela com o cenário de curto prazo.

Apesar da recomendação, o banco projeta o Ibovespa em 68.000 pontos em 2017, o que representa um potencial de alta de 15% frente ao fechamento de 2016, mas faz um alerta: boa parte desse ganho virá no segundo semestre. Para os analistas Andrew Campbell e Otávio Tanganelli, do banco suíço, essa alta só virá com mais força no segundo semestre do ano que vem, por conta de uma ampla revisão de lucros e crescimento, maior certeza em relação à uma recuperação da macroeconômica, mais segurança com os avanços das reformas fiscais e uma confirmação de um cenário mais construtivo para os preços das commodities.

Desta forma, os analistas reforçam que as ações mais atreladas ao PIB devem sofrer mais, enquanto papéis com lucros resilientes devem performar melhor. As melhores posicionadas são AmBev (BOV:ABEV3), São Martinho (BOV:SMTO3), Raia Drogasil (BOV:RADL3), Fleury (BOV:FLRY3), Cielo (BOV:CIEL3), Telefônica, Smiles (BOV:SMLE3), BR Malls (BOV:BRML3), Iguatemi (BOV:IGTA3), Sabesp (BOV:SBSP3) e Engie (BOV:EGIE3), de acordo com o banco suíço.

Corroborando com a visão underweight para o Brasil, os estrategistas apontam 4 papéis do país dentre 6 do portfólio de 6 da América Latina para montar posição short (ou vendida, apostando na queda do papel). As ações são: Marcopolo (BOV:POMO4), Natura (BOV:NATU3), Odontoprev (BOV:ODPV3) e CSN (BOV:CSNA3).

Santander: otimista com bancos e Petrobras
Já para os grandes bancos brasileiros, o cenário para a Bolsa traz mais ânimo do que apreensão, com as equipes de investimento do Santander, Itaú BBA e BB Investimentos tendo perspectivas mais positivas para diversos segmentos. O cenário para 2017 mostra-se desafiador e de baixo crescimento, mas o Santander apontou em seu relatório de perspectivas que há motivos para ficar otimista com alguns setores, caso do financeiro.

“Temos sido otimistas a respeito dos bancos brasileiros desde o início de 2016”, ressalta o Santander. Ao analisar 2017, a expectativa positiva é mantida com possíveis revisões para cima nas projeções de resultados do mercado, devido a: (i) despesas de provisões abaixo do esperado, especialmente em 2018; (ii) margens de intermediação financeira líquida estáveis, graças a um ciclo persistente de reprecificação e queda nos custos de captação; e (iii) melhorias em despesas gerais e administrativas. O Banco do Brasil (BOV:BBAS3) é a principal recomendação de compra no setor para o Santander, com preço-alvo de R$ 37,00, destacando a melhoria no índice de qualidade de ativos, o aumento notável em spreads e os custos controlados.

Mas a grande aposta do Santander para 2017 é a ação da Petrobras (BOV:PETR3) (BOV:PETR4). De acordo com a equipe de análise, a política de preços de combustíveis anunciada recentemente tem diversas implicações positivas para a companhia no médio e longo prazo, como a maior visibilidade e previsibilidade da geração de fluxo de caixa da empresa; parceiros potenciais para suas refinarias, implicando em possíveis entradas de caixa e redução dos investimentos futuros; e entrada potencial de novas empresas no segmento de refino do Brasil, o que pode, segundo a Santander Corretora, ajudar a minimizar o risco de interferência futura pelo governo na implementação da nova política de preços da PBR. “O alinhamento cada vez maior de fatores macro e microeconômicos positivos impulsiona nossa classificação da Petrobras como nossa principal recomendação no Brasil”, afirmam os analistas. O preço-alvo para os ativos ON é de R$ 23,60.

Vale destacar que o banco também fez sua aposta para outros setores: em alimentos e bebidas, o destaque fica para a Minerva (BOV:BEEF3), com base na melhor visibilidade relativa de seus resultados e também considerando o valuation atrativo e a melhor visibilidade para a empresa. Já no setor de mineração e siderurgia, a Usiminas (BOV:USIM5) é apontada como a principal recomendação após a conclusão com sucesso da renegociação da dívida com seus principais credores ter resolvido questões de liquidez. Já a Vale (BOV:VALE3) (BOV:VALE5) segue com recomendação neutra uma vez que os analistas permanecem pessimistas em termos de fundamentos tendo em vista a sustentabilidade dos preços do minério de ferro.

BB Investimentos vê Ibovespa a 70 mil pontos
Também de olho nas medidas a serem perseguidas pelo governo Temer e apostando em uma recuperação gradual da economia no primeiro semestre, o BB Investimentos tem uma projeção do Ibovespa a 70 mil pontos no final de 2017, ou uma valorização de 16% em relação ao fechamento do ano passado. Essa projeção de alta ocorre porque, de acordo com os analistas do banco, a redução esperada no custo de capital médio não está totalmente refletido nas avaliações das empresas.

As top picks do banco são: São Martinho, Kroton (BOV:KROT3), Ser Educacional (BOV:SEER3), Itaú Unibanco (BOV:ITUB4), Smiles (BOV:SMLE3), BRF (BOV:BRFS3), CCR (BOV:CCRO3), Petrobras (BOV:PETR3) (BOV:PETR4), Suzano (BOV:SUZB5), Klabin (BOV:KLBN11), MRV (BOV:MRVE3), Multiplan (BOV:MULT3), Pão de Açúcar (BOV:PCAR4), Usiminas (BOV:USIM5), Gerdau (BOV:GGBR4), Vale (BOV:VALE3) (BOV:VALE5) e Alupar (BOV:ALUP11).

Bolsa a 71 mil pontos?
O Bank of America Merrill Lynch também está positivo e mantém recomendação overweight para o Brasil dentro da América Latina, dado a liquidez, o valuation relativo e o potencial de crescimento de lucros. Os estrategistas do banco ressaltam que a economia está andando num ritmo mais lento do que o esperado, mas mostram confiança nas reformas fiscais. O BofA também aposta na desvalorização do real, prevendo a moeda a R$ 3,90 no final de 2017, o que tende a ser positivo para as empresas exportadoras; a expectativa é de que o Ibovespa encerre o ano a 71 mil pontos.

Sem citar ações específicas, o BofA destaca sua preferência pelo setor de consumo em meio à retomada [lenta] da confiança, para o setor de matéria-prima por conta da queda do real, além do setor de energia, que pode se beneficiar positivamente de um ambiente regulatório mais favorável no Brasil. O setor educacional também é visto positivamente, uma vez que as ações já refletiram o ambiente macroeconômico e regulatório mais desafiador. Para 2017, a consolidação do setor deve ser o catalisador para os papéis. O setor de petróleo e gás é visto com mais ressalvas pelo banco, que aponta um possível cenário de dificuldades em meio à perspectiva de desvalorização do real. Contudo, o ambiente a médio prazo é positivo.

Itaú BBA: cenário positivo
Para o Itaú BBA, o cenário para ações do Brasil segue positivo, mesmo após o MSCI Brazil ter gerado um retorno em dólar de 61% em 2016, ante 28% para o MSCI LatAm. Também de olho nas reformas a serem implementadas pelo governo, o banco destaca que as ações brasileiras continuam sendo uma das recomendações com alocação overweight (exposição acima da média), a despeito dos estrategistas considerarem que a próxima pernada de alta poderá levar algum tempo. Contudo, ausência de boas notícias no front das reformas e novas fases da Lava Jato podem limitar ganhos do mercado no início do ano.

As principais ideias compradas do Itaú BBA são diversas, de vários setores, como agrícola, bancário, farmacêutico, mineração, concessionárias e elétricas: Brasil Agro (BOV:AGRO3), SLC Agrícola (BOV:SLCE3), Bradesco (BOV:BBDC4), BB Seguridade (BOV:BBSE3), Randon (BOV:RAPT4), CVC (BOV:CVCB3), Hypermarcas (BOV:HYPE3), Smiles (BOV:SMLE3), Ambev (BOV:ABEV3), Minerva (BOV:BEEF3), Fleury (BOV:FLRY3), Raia Drogasil (BOV:RADL3), Petrobras (BOV:PETR4), Braskem (BOV:BRKM5), MRV (BOV:MRVE3), Multiplan (BOV:MULT3), Vale (BOV:VALE5), Vivo (BOV:VIVT4), Totvs (BOV:TOTS3), Ecorodovias (BOV:ECOR3), Embraer (BOV:EMBR3), Alupar (BOV:ALUP11), Copasa (BOV:CSMG3), Energias do Brasil (BOV:ENBR3) e Sabesp (BOV:SBSP3).

Já as principais ideias vendidas são: Ouro Fino (BOV:OFSA3), Santander Brasil (BOV:SANB11), Marcopolo (BOV:POMO4), Mills (BOV:MILS3), Natura (BOV:NATU3), M. Dias Branco (BOV:MDIA3), OdontoPrev (BOV:ODPV3), BR Properties (BOV:BRPR3), Even (BOV:EVEN3), CSN (BOV:CSNA3), Usiminas (BOV:USIM5), Gol (BOV:GOLL4), Engie (BOV:EGIE3) e AES Tietê (BOV:TIET11).

Desta forma, os bancos se alternam entre menor e maior otimismo sobre o que deve vir para a economia no ano que vem. Mas eles convergem em um ponto: nenhum deles está eufórico sobre a economia brasileira no ano que se inicia. Porém, os analistas destacam: independente do cenário, há sempre boas oportunidades para ganhar na Bolsa.

Fonte: Portal InfoMoney

Com o olho na rentabilidade, BB descarta cortar juro logo

Publicado em: 02/12/2016

Para tentar reverter o longo ciclo de queda da rentabilidade, o Banco do Brasil vai concentrar esforços nos próximos trimestres no controle de custos administrativos e na redução das despesas com provisões para calotes. Corte de juro, por enquanto, nem pensar.

“Não estamos satisfeitos com a rentabilidade que temos hoje”, disse nesta quinta-feira o diretor financeiro e de relações com investidores do banco, Maurício Coelho, ao comentar os resultados do terceiro trimestre.

Como resultado da decisão de anos atrás de atender o pedido do governo federal, seu controlador, de ampliar a oferta de crédito na fracassada tentativa de reanimar a economia, o BB tem agora enfrentado perdas crescentes com calotes.

Como resultado, a rentabilidade sobre o patrimônio, que mede como os bancos remuneram o capital do acionista, foi de 9,6 por cento no terceiro trimestre, queda de 4,6 pontos percentuais sobre mesma etapa do ano passado. Assim, o BB piorou pela segunda vez no ano a previsão de rentabilidade em 2016, de 9 a 12 por cento para 8 a 10 por cento.

“Nossa meta é nos aproximarmos de índices de rentabilidade mais próximos aos de nosso rivais privados”, disse Coelho, mas sem apontar quando isso poderá acontecer.

Para comparação, o índice do Bradesco no terceiro trimestre foi de 17,6 por cento, enquanto o do Itaú Unibanco chegou a 19,9 por cento.

Em relatórios, analistas, na maioria, consideraram o balanço do terceiro trimestre do BB construtivo, uma vez que a despesa com provisão para calotes já caiu em relação ao trimestre anterior, o que ajudou o lucro a ficar acima da previsão média.

“Os números do trimestre sugerem que o pior em termos de provisões ficou para trás”, escreveram os analistas Eduardo Nishio e Marcelo Atallah, do Brasil Plural.

Simultaneamente, o BB teve maiores margens com crédito, mesmo num período de contração dos empréstimos, significando que repassou aos tomadores taxas de juros mais altas.

E os executivos sinalizaram que esse rumo não será revertido tão cedo, mesmo com o início do ciclo de corte da taxa básica de juros pelo Banco Central no mês passado.

“Além da queda da Selic, é preciso uma melhora da percepção de risco”, disse Coelho a jornalistas durante apresentação dos resultados do BB referentes ao terceiro trimestre.

Em outubro, o BC cortou a Selic de 14,25 para 14 por cento ao ano, primeira redução em quatro anos.

De acordo com Coelho, a demanda por crédito seguirá fraca no último trimestre deste ano e os níveis de inadimplência do banco só vão parar de subir ao longo de 2017.

A despeito da ênfase declarada dos executivos do banco na melhora da rentabilidade e de uma recepção majoritariamente positiva de analistas, os investidores não mostram a mesma leitura. Num dia bastante negativo da bolsa paulista, às 17:28, a ação do BB caía 5,5 por cento, mais que a queda de 2,4 por cento do Ibovespa no mesmo horário.

Fonte: http://exame.abril.com.br/negocios/como-olho-na-rentabilidade-bb-descarta-cortar-juro-logo/