Lucro dos maiores bancos do mundo cresceu 10 vezes na última década

Publicado em: 09/10/2019

Os 4 maiores bancos do mundo são chineses. De acordo com a lista anual Top 1000 Maiores Bancos, do The Banker, as instituições da China ICBC, Banco de Construção da China, Banco de Agricultura da China e Banco da China, respectivamente, ocupam as quatro primeiras posições. Entre os 10 maiores, ainda aparecem quatro bancos dos Estados Unidos, o HSBC do Reino Unido e Mitsubishi UFJ, do Japão.

Apesar de concentrarem os maiores lucros, os chineses perdem para os americanos no quesito eficiência: os bancos dos Estados Unidos são 40% mais eficientes no uso de seus ativos e têm um retorno mais alto sobre ativos e capital do que os chineses.

“Mercados livres e abertos incentivam os bancos a serem mais eficientes”, diz o editor Brian Caplen, no site da publicação. “Um sistema mais fechado na China, com maior envolvimento do Estado, é menos eficaz para impulsionar a eficiência”.

Segundo a publicação, apesar da instabilidade econômica mundial e da expansão das fintechs, 2019 é o melhor ano para as instituições bancárias. O lucro total, sem desconto de taxas, dos mil maiores bancos do mundo foi de US$ 1,135 trilhão – 10 vezes maior do que o valor registrado em 2009.

Brasileiros dominam a América Latina, mas mexicanos crescem

Os bancos brasileiros só aparecem a partir da 53º posição na lista geral, mas dominam a região da América Latina – Itaú, Banco do Brasil, Bradesco e Caixa ocupam os quatro primeiros lugares na região, respectivamente.

No entanto, apesar de a soma do capital dessas instituições representarem dois terços dos 25 maiores bancos da América Latina, ele encolheu a uma taxa mais acelerada que o restante da região em 2018 – 8,2% em contrapartida com 5,9% do restante.

Segundo o The Banker, a razão por trás desses números está na instabilidade da economia no Brasil. Os bancos brasileiros sentiram os efeitos da falta das reformas previdenciária, que ainda precisa ser aprovada, e da tributária, ainda em planejamento.

Apesar da queda das instituições financeiras no Brasil, o México vive outro cenário. O Grupo Financiero Banorte, que está na sexta posição da região, cresceu 20%. Em outros dois bancos do país, o Banco Inbursa e Banco del Bajio, o crescimento foi de 16,5%.

Confira a lista dos 10 maiores bancos do mundo:

1. ICBC, China — US$ 338 bilhões
2. Banco de Construção da China, China — US$ 287 bilhões
3. Banco de Agricultura da China, China — US$ 243 bilhões
4. Bank da China, China — US$ 230 bilhões
5. JPMorgan Chase, EUA — US$ 209 bilhões
6. Banco da America, EUA — US$ 189 bilhões
7. Wells Fargo, EUA — US$ 168 bilhões
8. Citigroup, EUA — US$ 158 bilhões
9. HSBC Holdings, Reino Unido — US$ 147 bilhões
10. Mitsubishi UFJ, Japão — US$ 146 bilhões

Confira a lista dos 10 maiores bancos da América Latina:

1. Itaú Unibanco, Brasil — US$ 33,890 bilhões
2. Banco do Brasil, Brasil — US$ 24,623 bilhões
3. Bradesco, Brasil — US$ 23,339 bilhões
4. Caixa Econômica Federal, Brasil — US$ 17,184 bilhões
5. Bancolombia, Colômbia — US$ 6,020 bilhões
6. Grupo Financiero Banorte, México — US$ 5,784 bilhões
7. Banco de Credito e Inversiones (BCI), Chile — US$ 4,970 bilhões
8. Banco de Chile, Chile — US$ 4,749 bilhões
9. Banco Inbursa, México — US$ 4,446 bilhões
10. BCP, Peru — US$ 3,806 bilhões

Fonte: Época Negócios

Quatro maiores bancos do país lucraram R$ 43 bi no primeiro semestre

Publicado em: 14/08/2019

Os principais motivos da alta dos lucros dos bancos no 1º trimestre do ano, segundo análise do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) são o crescimento das carteiras de crédito e das receitas com essas operações (exceto no Banco do Brasil); a alta no resultado com seguros (Bradesco); a redução das despesas com captação no mercado (exceto BB); a redução das despesas com Provisão para Débitos Duvidosos – PDD (Santander e BB); o controle das despesas com pessoal; o crescimento das receitas de prestação de serviços e tarifas bancárias; a redução com despesa de operações de empréstimos, cessões e repasses (BB); e a utilização de créditos tributários (BB).

Ativos trilionários

Os ativos somados destes quatro bancos somam R$ 5,4 trilhões, com alta média de 8,7% em relação a junho de 2018. A carteira de crédito total dos três bancos juntos atingiu R$ 2,3 trilhões, com alta de 4,7% no período. Somente a carteira do BB apresentou queda (-0,4%).

No segmento de Pessoa Física, os itens com as maiores altas são empréstimos consignados / crédito pessoal, cartão de crédito e veículos.

Para Pessoa Jurídica, o segmento de micro, pequenas e médias empresas, apresentou variações mais expressivas do que o de grandes empresas.

Com o crescimento das carteiras de crédito dos bancos, as despesas com devedores duvidosos (PDD) tendem a crescer, mas, elas apresentaram queda no Santander (-2,0%) e no BB (-11,6%). No Bradesco, essas despesas tiveram alta em maior proporção do que o crescimento da respectiva carteira (18,5%, enquanto a carteira cresceu 8,7%).

Nas costas dos clientes e dos bancários

Os bancos seguem ganhando com a prestação de serviços e a cobrança de tarifas. No 1º semestre de 2019, um total de R$ 55,8 bilhões saíram dos bolsos dos clientes e foram parar nas contas dos bancos. Em média 5,3% a mais do que no mesmo período do ano anterior.

Essa receita secundária cobre com folga as despesas de pessoal dessas instituições, incluindo-se, nessa conta, o pagamento da Participação nos Lucros e/ou Resultados (PLR). A cobertura das despesas de pessoal mais PLR por essa receita secundária dos bancos variou entre 115% (no BB) e 198,3% (no Santander – cobrindo quase duas folhas de pagamento). No Itaú, a cobertura foi de 161,0%.

Com relação aos postos de trabalho nos bancos o saldo foi negativo no Itaú e no BB. Nos dois bancos foram fechados 983 e 1.507 postos, respectivamente, em doze meses. No caso do Itaú, o banco aponta que esse saldo negativo se deve ao fechamento de agências no período.

No Santander, foram abertos 904 novos postos de trabalho, enquanto no Bradesco, o saldo foi 1.515 novos postos abertos para atender a ampliação da área de negócios do banco.

Digitalização das agências

Quanto à rede de agências, Santander abriu 40 novas agências em doze meses. No Itaú, por sua vez, foram fechadas 199 agências físicas no mesmo período (195 apenas no segundo trimestre) e abertas 36 agências digitais, as quais já somam 196 unidades. Bradesco e Banco do Brasil fecharam, respectivamente, 119 e 48 unidades, em um ano. O BB já conta com 162 escritórios (agências) digitais, 9 deles foram abertos de junho de 2018 a junho de 2019.

As apostas e os investimentos dos bancos seguem no sentido da priorização pelo atendimento digital. Agências digitais, agências-café (com outros espaços e serviços no mesmo ambiente do atendimento bancário – o que traz grandes preocupações quanto a segurança desses ambientes; além da condição de trabalho/saúde desses bancários), aplicativos para smartphones, inteligência artificial, entre outros.

Fonte: Contraf-CUT, com informações do Dieese

BB tem lucro maior, mas corta previsão de crescimento do crédito

Publicado em: 08/08/2019

O Banco do Brasil reportou nesta quinta-feira que o lucro líquido recorrente do segundo trimestre subiu 36,8% em relação ao mesmo período do ano anterior, mas disse que o crescimento da carteira de crédito em 2019 será mais lento do que o esperado anteriormente.

O lucro líquido recorrente, que exclui itens extraordinários, chegou a 4,432 bilhões de reais, ajudado por menores despesas operacionais e maior receita de tarifas. Também foi 4,6% acima das estimativas dos analistas, segundo dados do Refinitiv. O banco informou que a carteira de crédito pode encolher até 2% este ano ou crescer 1% no máximo, já que os empréstimos a empresas devem continuar a cair.

Nos primeiros seis meses do ano, o estoque de crédito do Banco do Brasil cresceu apenas 1,1%.Anteriormente, o Banco do Brasil esperava que sua carteira de crédito crescesse de 3% a 6% este ano, e no início de maio, o presidente-executivo Rubem Novaes disse que o banco provavelmente atingiria essa meta.Ainda assim, o Banco do Brasil não revisou seu guidance para o lucro em 2019, que prevê lucro líquido crescendo até 17,5% neste ano.

O banco provavelmente continuará a apertar o cinto para cortar custos para atingir essa meta. Suas despesas operacionais do segundo trimestre caíram 1,1% em relação ao ano anterior.No mês passado, o Banco do Brasil lançou um programa de desligamento voluntário com o objetivo de reduzir custos. Ele também disse que iria transformar 333 de suas agências bancárias em locais físicos mais simples, que geralmente têm custos mais baixos.

O retorno sobre o patrimônio líquido do banco, um indicador de rentabilidade, foi de 17,6%, um aumento de 0,8 ponto percentual em relação ao trimestre anterior.A receita de tarifas e prestação de serviços também ajudou o resultado do banco, uma vez que subiu 9,4% em relação ao ano anterior.Os empréstimos vencidos há mais de 90 dias ficaram em 3,25%, um aumento de 0,7 ponto percentual em relação ao trimestre anterior, e o banco informou que se refere a um cliente específico, sem mencionar o nome.

Fonte: Jornal DCI

O que esperar para o lucro dos grandes bancos no segundo trimestre?

Publicado em: 24/07/2019

Aumento da concorrência com as fintechs, juros baixos, economia em ritmo lento… tudo parece conspirar contra o resultado dos grandes bancos brasileiros. Mas se você é acionista de Banco do Brasil, Itaú Unibanco, Bradesco ou Santander Brasil, não se preocupe. Os lucros bilionários estão garantidos.

O resultado combinado dos quatro maiores bancos de capital aberto deve atingir R$ 20,9 bilhões no segundo trimestre, de acordo com a média das projeções dos analistas compiladas pela Bloomberg. Trata-se de um avanço de 17,6% na comparação com o mesmo período do ano passado.

As estimativas dos analistas também indicam que os grandes bancos privados – Itaú, Bradesco e Santander – fecharão mais um trimestre com rentabilidade acima dos 20%. Isso significa mais de três vezes o CDI – conhece aplicação melhor?

A temporada de divulgação dos resultados dos bancões começa na terça-feira, dia 23, com o Santander. O Bradesco publica o balanço dois dias depois. Na segunda-feira seguinte, dia 29, será a vez do Itaú. Quem fecha a temporada é o Banco do Brasil, que divulga os resultados no dia 8 de agosto.

De olho no crédito

Olhando apenas para o lucrão esperado pelos analistas, pode parecer mais um filme repetido como aqueles da sessão da tarde. Mas essa história pode reservar surpresas. Uma parte dos investidores segue desconfiada da capacidade de os grandes bancos navegarem em mares cada vez mais revoltos.

Embora os bancos tenham mostrado em mais de uma ocasião que são capazes de lucrar em qualquer cenário, a queda da taxa de juros para os menores níveis históricos representa um novo teste para as instituições.

Eu costumo dizer que, se quiserem sustentar os lucros em alta, os bancos precisam voltar a ser bancos. Isso quer dizer que dependem cada vez mais de sua atividade principal, ou seja, a concessão de financiamentos.

O problema é que abrir as torneiras do crédito remando contra a maré da economia é bem mais difícil. Mas essas preocupações diminuíram depois da divulgação dos dados mais recentes do mercado de crédito pelo Banco Central e que mostram uma retomada dos financiamentos.

Entre os bancões, o primeiro a perceber que tinha espaço para crescer e lucrar mais pisando no acelerador do crédito foi o Santander. Sob a gestão de Sérgio Rial, o banco espanhol saiu da lanterna para o segundo lugar em rentabilidade, atrás apenas do Itaú.

Quem sai na frente tem seus benefícios, mas a grande dúvida do mercado agora é saber se o banco espanhol conseguirá manter o ritmo agora que Itaú e Bradesco entraram para valer no páreo.

As pequenas que incomodam

Se a competição fosse restrita aos grandes bancos, provavelmente o mercado não veria muito problema. Mas o avanço da tecnologia permitiu a entrada na arena de uma série de novas empresas, as chamadas fintechs.

Uma amostra do poder de fogo das novas concorrentes está acontecendo neste momento no mercado de maquininhas de cartões. A Cielo, controlada por Banco do Brasil e Bradesco, já perdeu mais da metade do valor na bolsa depois do ataque de empresas como PagSeguro e Stone.

Em meio à guerra de preços que tomou conta desse setor, o Itaú deu um passo além ao zerar a taxa de juros cobrada dos lojistas para antecipar os recursos das vendas realizadas pela Rede, a sua empresa de maquininhas.

Essa estratégia, é claro, teve custos e levou o maior banco privado brasileiro a diminuir suas projeções de receita com tarifas e serviços e também de margem financeira, linha na qual os bancos contabilizam as receitas com crédito.

Apertem os cintos

O corte nas estimativas só não provocou estrago nas ações do Itaú na bolsa porque o banco anunciou em conjunto um plano de corte de custos para compensar a perda esperada nas receitas.

O controle de custos também foi o principal destaque nos números do Banco do Brasil nos três primeiros meses do ano. A expectativa dos analistas é que o BB mantenha a disciplina nos custos no balanço do segundo trimestre.

O Banco do Brasil segue bem atrás dos concorrentes privados no crédito. Mas como ainda contava com um estoque de financiamentos concedidos a taxas abaixo de mercado – da época da fatídica “cruzada” da ex-presidente Dilma Rousseff contra os juros altos – conseguiu melhorar seus resultados com a renovação dessas linhas em condições mais favoráveis (para o banco, é claro).

Ainda do lado das despesas, vale a pena ficar de olho em como vão ficar as provisões dos bancos para calotes. Nos anos de crise, essa foi a linha que mais drenou resultados das instituições, em meio ao aumento da inadimplência e da quebra de grandes empresas.

Depois da queda nos índices de atrasos com a recuperação da economia, os bancos enfrentam uma nova dor de cabeça com a recuperação judicial da Odebrecht. A conta do calote da empresa deve aparecer nos balanços que começam a ser divulgados a partir da semana que vem. Mas as projeções para os lucros no segundo trimestre mostram que os bancos conseguirão digerir bem as perdas esperadas com os empréstimos concedidos ao grupo.

Fonte: Seu Dinheiro

Lucro dos bancos pode cair 7% com aumento da CSLL, diz Goldman Sachs

Publicado em: 18/06/2019

O aumento da tributação dos bancos para compensar as concessões feitas no projeto da reforma da Previdência pode reduzir em 7% o lucro de Banco do Brasil, Itaú Unibanco, Bradesco e Santander Brasil. As contas são do banco americano Goldman Sachs.

Não por acaso, as ações do setor caíram em bloco ontem após o anúncio feito pelo deputado Samuel Moreira, relator da reforma na comissão especial da Câmara.

Pela proposta, a alíquota da Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido (CSLL) para o bancos subirá dos atuais 15% para 20% – percentual que vigorou entre 2015 e 2018. A expectativa do relator é de uma arrecadação de R$ 50 bilhões em dez anos.

Nas projeções dos analistas do Goldman Sachs, o Itaú e o Santander sofreriam o maior impacto da tributação maior, com uma queda de 7,5% no lucro esperado para 2020.

Para o Bradesco, a queda no resultado projetado do ano que vem seria de 7,1% e no Banco do Brasil, de 6,9%. No total, a estimativa dos analistas para o resultado combinado dos quatro bancões em 2020 cairia de R$ 88,8 bilhões para R$ 82,3 bilhões com o imposto maior.

“Além disso, estamos preocupados com os potenciais efeitos que os impostos mais altos poderiam ter sobre os custos dos empréstimos”, escreveram os analistas, em relatório a clientes.

Isso porque os bancos provavelmente tentarão repassar a alta da tributação para os juros nas linhas de crédito, o que levaria a uma alta nas taxas. Para o Goldman, esse movimento pode diminuir o avanço dos financiamentos e piorar a qualidade dos ativos dos bancos.

Os analistas têm recomendação de venda para as ações do Itaú e do Bradesco e neutra para Banco do Brasil e Santander.

Lucro maior no primeiro ano

Apesar do impacto negativo, no primeiro ano a tributação maior deve levar a uma melhora nos resultados de Banco do Brasil, Itaú, Bradesco e Santander, segundo os analistas.

Pode parecer um contrasenso, mas o aumento da alíquota traz um efeito contábil positivo nos ativos fiscais diferidos dos bancos. Mas nos anos seguintes os resultados seriam afetados pela alíquota efetiva de imposto maior, ainda de acordo com o Goldman Sachs.

A queda nas ações dos bancos continua no pregão de hoje. Por volta das 11h, as ações do Itaú (ITUB4) recuavam 0,59%, as do Bradesco (BBDC4) caíam 0,69%. Banco do Brasil (BBAS3) e Santander (SANB11) eram negociadas em baixa de 0,25% e 0,18%, respectivamente. Confira também nossa cobertura completa de mercados.

Fonte: Seu Dinheiro

BB vai pagar R$ 476 milhões em distribuição de lucro a acionistas

Publicado em: 13/06/2019

O Banco do Brasil vai pagar uma remuneração de R$ 476,6 milhões a acionistas referentes a juros sobre capital próprio (JCP), reportou a Exame na segunda-feira (03). A instituição obteve um lucro acima do esperado no primeiro trimestre do ano, de R$ 4,2 bilhões.

De acordo com o site, a base para o cálculo dos valores são as posições das ações de cada acionista no dia 11 de junho. Segundo o banco, eles vão receber o pagamento no dia 28 de junho com valor corresponde a R$ 0,17 por ação.

Conforme analistas da Mirae Asset, mesmo considerando que o novo governo não tem a intenção de privatizar o Banco do Brasil, há um plano de alienar ativos em sua estrutura para torná-lo mais competitivo no setor, diz a reportagem.

Distribuição de lucro

A distribuição de lucro, neste caso, juros sobre capital próprio, é uma execução financeira paga a acionistas de empresas de capital aberto, que são aquelas listadas em bolsa.

Essa distribuição de valores está prevista na Lei das Sociedades Anônimas. Ela diz que companhias listadas na bolsa de valores oficial do Brasil (B3) devem pagar pelo menos 25% de seu lucro líquido em remuneração aos detentores de suas ações.

Imposto de Renda será retido

No entanto, mesmo que o pagamento seja executado como dividendo, no caso do JCP, existe a cobrança de 15% de Imposto de Renda.

Porém, quando os acionistas receberem suas partes, o valor já chegou líquido, ou seja, a parte do Leão é retida na fonte pela Receita Federal do Brasil antes da realização dos depósitos.

Banco do Brasil e lucro

Os R$ 4,2 bilhões de lucro no 1º trimestre deste ano é cerca de 40% de crescimento na comparação com mesmo período do ano passado, publicou a Veja no início de maio.

De acordo com a reportagem, o Banco do Brasil disse que o resultado é o maior da sua história e foi influenciado pelo crescimento na carteira de crédito.

Fonte: Portal do Bitcoin

BB tem lucro de R$ 4 bilhões no 1º trimestre, alta de 45%

Publicado em: 09/05/2019

O Banco do Brasil registrou lucro líquido contábil de R$ 4 bilhões no 1º trimestre. O resultado representa um aumento de 45,7% na comparação com os 3 primeiros meses do ano passado, quando a instituição lucrou R$ 2,7 bilhões. Se comparado com o resultado do 4º trimestre, o lucro foi 5,3% maior.

Já o lucro líquido ajustado do banco, que exclui itens extraordinários, somou R$ 4,2 bilhões no período entre janeiro e março, valor 40,3% maior se comparado ao mesmo período de 2018.

“Esse foi o maior resultado nominal em um trimestre na história do BB”, informou o banco, em comunicado.

BB1

Segundo o banco, o resultado foi impulsionado pelo aumento da margem financeira, pela redução das despesas de provisão de crédito, pelo aumento das rendas de tarifas e pelo controle de custos.

O retorno sobre o patrimônio líquido do Banco do Brasil, um indicador da lucratividade dos bancos, atingiu 16,8%, ante 15,4% no trimestre anterior. Apesar da alta, o desempenho segue abaixo do registrado pelos concorrentes.

A carteira de crédito ampliada totalizou R$ 684,1 bilhões e cresceu 0,8% em 12 meses, com destaque para as carteiras pessoa física e agronegócio, que avançaram 7,8% e 1,5% respectivamente, na comparação anual.

O índice de inadimplência superior a 90 dias atingiu 2,59% no final de março. Já a despesa com provisões para crédito de liquidação duvidosa (PCLD) caiu 26,3% na comparação anual.

Distribuição de R$ 1,6 bilhão aos acionistas

O BB anunciou também que serão distribuídos R$ 1,6 bilhão aos acionistas em forma de Juros Sobre o Capital Próprio (JCP) no trimestre, o que representa um crescimento de 93,2% na comparação com o 1º trimestre de 2018.

Outros bancos

Entre os maiores bancos do país, o maior lucro no 1º trimestre foi do Itaú, que reportou ganhos de R$ 6,710 bilhões, um crescimento de 6,8% na comparação com o mesmo período do ano anterior.

No primeiro trimestre, o Bradesco registrou lucro líquido contábil de R$ 5,82 bilhões, uma alta de 30,3% em relação ao mesmo período do ano passado.

Já o Santander Brasil registrou lucro líquido de R$ 3,415 bilhões, o que representa um crescimento de 21,1% na comparação com o mesmo período do ano passado (R$ 2,820 bilhões).

Fonte: G1

Lucro das estatais federais aumentou 147% em 2018

Publicado em: 02/05/2019

Enfrentando processos de reestruturação e com possibilidade de serem privatizadas, as estatais federais não dependentes do Tesouro Nacional mais do que duplicaram os lucros em 2018. Segundo relatório divulgado hoje (30) pelo Ministério da Economia, os ganhos dessas empresas passaram de R$ 28,334 bilhões em 2017 para R$ 69,974 bilhões em 2018, alta de 147%.

Cinco conglomerados –Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), Eletrobras e Petrobras– concentram 96% dos ativos totais e 93% do patrimônio líquido das estatais federais. Entre os grupos analisados, o maior crescimento foi verificado no Grupo Petrobras, que saiu de um lucro de R$ 377 milhões em 2017 para lucro de R$ 26,7 bilhões em 2018, com aumento de 6.981,7%.

No caso da Petrobras, o aumento ocorreu porque, em 2017, a companhia fechou acordo para encerrar processos judiciais movidos por investidores nos Estados Unidos. O acerto custou R$ 11,2 bilhões e impactou o resultado da petroleira no ano retrasado.

Outro destaque foi o grupo Eletrobras, que passou de prejuízo de R$ 1,726 bilhão em 2017 para lucro de R$ 13,348 bilhões no ano passado. Entre os cinco grupos pesquisados, somente a Caixa Econômica teve redução no lucro, de R$ 12,488 bilhões em 2017 para R$ 10,355 em 2018.

Enxugamento

Em relação à política de pessoal das estatais, o enxugamento do quatro continua sendo o principal destaque. Em 2018, as estatais federais reduziram o efetivo em 13.434 empregados. As principais reduções ocorreram na Caixa Econômica Federal (2.728 empregados), nos Correios (2.648) e no Banco do Brasil (2.195 empregados).

Desde dezembro de 2015, as estatais federais dispensaram 57 mil empregados, com redução de 10,38% do quadro total. A maior parte do enxugamento (44 mil) provém de programas de desligamento voluntário, que concentraram 77,79% das dispensas. Segundo o Ministério da Economia, os planos de desligamento resultaram na economia de R$ 6,93 bilhões na folha de pagamento.

A economia nas despesas totais de pessoal, que incluem outros gastos além da folha, caiu R$ 2,46 bilhões de 2015 a 2018, com retração de 2,56% nas empresas não dependentes do Tesouro. Ao ajustar os valores pela inflação oficial pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a redução foi ainda mais significativa, chegando a 14,67%.

Fonte: UOL

Dividendos: Banco do Brasil irá pagar até 40% do lucro em 2019

Publicado em: 27/02/2019

O Banco do Brasil (BBAS3) irá pagar entre 30% e 40% do lucro líquido de 2019 (payout) em dividendos e/ou juros sobre o capital próprio, informou a empresa por meio de um comunicado enviado ao mercado nesta sexta-feira (22).

Segundo o banco estatal, dentro do intervalo definido para 2019, o valor do payout a ser pago será estabelecido pela administração, considerando os balizadores constantes na Política, em especial, o Plano de Capital e suas metas e respectivas projeções, a Declaração de Apetite e Tolerância a Riscos, perspectivas dos mercados de atuação presentes e potenciais e oportunidades de investimento existentes.

“Quando a distribuição for via JCP, o montante calculado com base no percentual de payout fixado corresponde ao valor bruto, sobre o qual poderão incidir tributos, conforme legislação vigente”, explicou o BB.

O lucro líquido do banco chegou a R$ 12,862 bilhões, em 2018, com aumento de 16,8% na comparação com o ano anterior.

Fonte: Moneytimes

BB Seguridade projeta crescimento entre 5% e 10% no lucro para este ano

Publicado em: 14/02/2019

A BB Seguridade projeta crescimento de 5% a 10% do lucro líquido ajustado em 2019. A estimativa vem depois de uma queda de 9,3% em 2018 contra 2017. A alta viria pelo desempenho operacional após a reestruturação completa da parceria com a Mapfre.

O lucro da companhia caiu de R$ 3,911 bilhões em 2017 para R$ 3,549 bilhões no ano passado. Especificamente no quarto trimestre, foi de R$ 840 milhões, recuo de 10,7% na mesma base de comparação (frente aos R$ 941 milhões do ano anterior).

De acordo com o superintendente executivo de relações com investidores da BB Seguridade, Rafael Sperandio, as expectativas estão no desempenho da economia ao longo deste ano e não descarta a possibilidade de revisão para cima dessas projeções.

“Consideramos que a Selic [taxa básica de juros] ficará estável, CDI médio próximo ao observado em 2018 e expectativa de que a reforma da Previdência seja aprovada. Também esperamos uma maior confiança do mercado que possa alavancar o emprego. A princípio, o guidance pode ter uma visão um pouco conservadora, mas veremos o desenrolar do País e, se necessários, podemos fazer um ajuste mais para frente”, ressaltou o executivo.

“O resultado da companhia foi aquém do esperado, mas é melhor revisar um guidance pra cima do que para baixo. Mas agora, com a Selic estável, é provável que o resultado financeiro pare de cair e, caso eles consigam aumentar o volume, é possível ter um operacional que sustente esse crescimento esperado”, avaliou o analista setorial da Planner Corretora, Victor Martins.

As ações da companhia repercutiram a leitura dos investidores de que foi um resultado fraco e acabaram o pregão de ontem entre as maiores baixas da B3. Os papéis da BB Seguridade ON caíram 2,54%, cotadas em R$ 28,80.

Resultado operacional

Dentre as projeções da seguradora, porém, a estimativa é de que o retorno operacional venha ancorado nos possíveis resultados com os novos moldes da atuação do Grupo Segurador BB e Mapfre, cuja reestruturação foi concluída em novembro último. O guidance para essa variação de prêmios emitidos na versão pró-forma (números já ajustados para viabilizar a comparação) é de um avanço entre 7% e 12%.

A BB Seguridade teve alta de 4,2% no resultado operacional total não decorrente de juros do último trimestre de 2018 ante igual intervalo de 2017 (de R$ 644 milhões para um total de R$ 671 milhões).

Segundo o diretor de finanças, relações com investidores e gestão de participações da companhia, Werner Süffert, os maiores retornos operacionais vêm embasados na adequação de preços e produtos para a atuação da seguradora no canal bancário. “A BB Mapfre continua sendo o segmento para o qual esperamos uma maior participação e que deve ser nosso motor principal de crescimento de resultado operacional em 2019”, afirma.

Os novos moldes de atuação do Grupo BB e Mapfre levaram os produtos de automóvel e grandes riscos de volta para a seguradora espanhola e limitaram a operação das duas companhias como sócias apenas ao grupo SH1, que corresponde às apólices de vida, habitacional, rural e prestamista.

“Nesse sentido, esses produtos começaram a atuar com residencial e empresarial e já conseguimos ver uma recuperação mais forte nessas linhas. Ainda estamos em um período de transição para um modelo cada vez mais voltado para os canais do banco, na segmentação de novo varejo. Com isso, vamos buscar produtos adequados em formas e preços”, complementa Sperandio.

“Já estamos nos especializando à nova modulação e isso passa pela adaptação e simplificação dos nossos produtos. Vamos melhorar a jornada digital da seguradora e crescer”, conclui o presidente da BB Seguridade, Bernardo Rothe.
Para Sperandio, o movimento voltado para o canal bancário também deve trazer patamares melhores para a sinistralidade da companhia, que apresentou alta nas linhas de rural e vida em 2018. “Temos a expectativa de continuar atuando em patamares históricos de sinistralidade, agora focados na construção de um resultado operacional mais forte. Isso vai refletir na reprecificação e melhora dos instrumentos, bem como na eficiência”, disse o superintendente.

Fonte: Jornal DCI

BB tem lucro líquido ajustado de R$ 3,845 bilhões no 4º trimestre

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O Banco do Brasil (BB) apurou lucro líquido ajustado de R$ 3,845 bilhões no quarto trimestre, o que representa alta de 20,6% em relação ao mesmo período do ano passado. O número veio acima da projeção média de analistas consultados pelo Valor, que era de R$ 3,786 bilhões. O lucro líquido contábil ficou em R$ 3,803 bilhões, indicando aumento de 22,3% na comparação anual.

No resultado fechado de 2018, o lucro ajustado foi de R$ 13,513 bilhões, com alta de 22,2%. Já o lucro contábil cresceu 16,8%, a R$ 12,862 bilhões. A margem financeira bruta somou R$ 12,490 bilhões entre outubro e dezembro, o que mostra uma queda de 0,7% frente ao terceiro trimestre e redução de 2,6% na comparação com o quarto trimestre de 2017. O resultado foi motivado pela queda na receita com operações de crédito, a despeito de um leve aumento do spread.

No crédito, a receita financeira cresceu na carteira de pessoas físicas, que teve volume e spreads maiores no período. Em pessoas jurídicas, houve queda de volume e dos spreads, enquanto no agronegócio o estoque aumentou, mas os spreads praticados recuaram.

O banco obteve R$ 18,452 bilhões em receitas provenientes do crédito, uma queda de 5,5% em relação ao mesmo período de 2017. Esse desempenho foi parcialmente compensado pela queda nas despesas com captação e pelo crescimento de 18,3% no resultado de tesouraria, que somou R$ 3,051 bilhões.

A carteira de crédito ampliada subiu 1,8% no ano, a R$ 697,3 bilhões. Na passagem do terceiro para o quarto trimestre, a expansão foi de 1,0%. O estoque de operações com pessoas físicas totalizava R$ 196,654 bilhões no fim de 2018, o que representa alta de 2,7% em três meses e de 5% em um ano. O banco avançou principalmente nas linhas de consignado, financiamento imobiliário, cartão de crédito e empréstimos pessoais, e recuou em financiamento de veículos, cheque especial e CDC salário.

A carteira de pessoa jurídica, por sua vez, cresceu 0,6% no trimestre, mas recuou 4,6% em 12 meses, para R$ 219,951 bilhões. O banco encolheu 5%, em um ano, nas operações com médias e grandes empresas, e reduziu em 16,1% o portfólio de micro e pequenas. Apenas as operações com o governo tiveram desempenho positivo na comparação com dezembro de 2017.

Quase todas as linhas encolheram no ano passado, com exceção de ACC/ACE, que sofre influência do câmbio, e recebíveis.

No crédito rural, a carteira do BB somava R$ 187,193 bilhões no fim do ano passado, o que representa queda de 0,1% frente a setembro e alta de 3,2% em relação ao fim de do ano anterior.

Spread

No geral, o spread nas operações de crédito do banco ficou em 7,6% no quarto trimestre, estável na comparação com os três meses mediatamente anteriores e 0,1 ponto percentual maior que o aplicado no período de outubro a dezembro de 2017, do ponto de vista gerencial.

O BB vem tentando reprecificar sua carteira de crédito nos últimos anos, depois da queda artificial de taxas praticada no governo Dilma, que penalizou a rentabilidade da instituição.

Houve alta no spread para pessoas físicas, que ficou em 16,7%, ante 16,5% no terceiro trimestre e 16,3% no quarto trimestre de 2017. Nas operações com pessoa jurídica, excluindo governo, o prêmio recuou para 4,7% — queda de 0,3 ponto tanto no trimestre quanto em 12 meses.

No agronegócio, o spread médio recuou de 4,8% no quarto trimestre de 2017 para 4,6% no mesmo período do ano passado. Em relação ao terceiro trimestre, o recuo foi de 0,1 ponto percentual.

As despesas líquidas com provisões para devedores duvidosos (PDD) caíram 19% em relação ao quarto trimestre do ano passado, para R$ 3,168 bilhões. Na comparação com o terceiro trimestre, houve queda de 1,8%.

As receitas com tarifas subiram 7,4% na comparação anual, para R$ 7,236 bilhões. Ante o terceiro trimestre, a expansão foi de 5,3%. No ano fechado de 2018, essas receitas cresceram 5,8%, a R$ 27,452 bilhões.

A maior fonte de receita do BB ainda é a conta corrente, que rendeu R$ 1,902 bilhão em tarifas no quarto trimestre, com expansão anual de 1,1%. Entretanto, as receitas com administração de fundos vêm crescendo. No período, a expansão foi de 10,4%, a R$ 1,487 bilhão.

O volume de recursos administrados relacionadas à Administração de Fundos subiu 8,9% no ano passado, a R$ 941,1 bilhões.

As receitas de Seguros, Previdência e Capitalização também tiveram forte expansão no quarto trimestre, de 28,2%, a R$ 1,039 bilhão. “O destaque é o bônus de performance anual, no valor de R$ 276,1 milhões, pagos pela BB MAPFRE SH1 em razão da superação das metas de comercialização dos seguros no período de abril a dezembro de 2018, conforme acordado na renegociação da parceria com o Grupo Mapfre”, diz o BB.

As despesas administrativas recuaram 0,2%, para R$ 8,220 bilhões. Ante o terceiro trimestre, a expansão foi de 3,8%. No ano fechado de 2018, as despesas cresceram 0,6%, a R$ 31,966 bilhões.

Do total de despesas no quarto trimestre, R$ 4,970 bilhão são de pessoal (crescimento anual de 3,4%) e R$ 3,251 bilhões em outros gastos administrativos (queda de 5,4%).

O BB terminou 2018 com 96.889 colaboradores, com queda de 2,3%. “Em 2018 o Programa de Adequação de Quadros (PAQ), ocorrido no primeiro trimestre, influenciou significativamente os desligamentos de mais de 2.200 colaboradores”, diz o banco.

Já sobre as outras despesas administrativas, o BB explica que a queda se deveu principalmente à substituição de terminais de autoatendimento do banco por terminais da rede 24 horas. Foram afetadas as linhas de Comunicação e Processamento de Dados, com queda de R$ 141,7 milhões em 2018, e os Serviços de Segurança e Transporte, com redução de R$ 205,5 milhões.

Além disso, as ações de eficiência com renegociações de contratos de imóveis e otimização de espaços foram responsáveis pela redução de R$ 178,9 milhões em gastos no ano passado.

O retorno sobre o patrimônio líquido ajustado (ROE) pelo critério de mercado ficou em 16,3% no quarto trimestre, de 14,3% no terceiro e 14,5% no mesmo período do ano passado. No resultado fechado de 2018, o ROE foi de 13,9%, ante 12,3% em 2017.

“Parte desse resultado foi alcançado pelo rígido controle de despesas administrativas, que caíram 3,91% no ano, mesmo com a inflação (IPCA) de 3,75%, e pela redução das despesas de provisão para créditos de liquidação duvidosa (PCLD) em R$ 4,971 bilhões (19,3% frente a 2017)”, diz o relatório da administração.

Mesmo com a melhora, o retorno do BB continua abaixo dos rivais privados. O Itaú Unibanco registrou ROE de 21,8% no quarto trimestre, enquanto o Santander teve taxa de 21,1% e o Bradesco, de 19,7%. O BB fechou dezembro com índice de Basileia de 18,9% e 10,0% de capital principal.

O conselho diretor do banco aprovou o pagamento de R$ 1,630 bilhão em juros sobre capital próprio (JCP) relativos ao quarto trimestre de 2018. Isso equivale a R$ 0,58551597122 por ação.

O JCP terá como base a posição acionária de 21/02/2019, sendo as ações negociadas “ex” a partir de 22/02/2019. O valor será atualizado, pela taxa Selic, da data do balanço (31/12/2018) até a data do pagamento (07/03/2019).

Queda na inadimplência

O BB registrou inadimplência de 2,53% em dezembro, de 2,82% em setembro e 3,72% no fim de 2017. Já a inadimplência de curto prazo na carteira de crédito era de 1,78% no fim de 2018. A taxa de operações com atraso de 15 a 89 dias recuou 0,02 ponto percentual na comparação com setembro e 0,05 ponto frente a dezembro de 2017.

Em pessoa jurídica, o índice de inadimplência recuou para 3,17%, de 3,70% e 6,18%, na mesma base de comparação. Em pessoa física, as taxas foram de 3,08%, ante 3,27% e 3,36%, respectivamente. E em agronegócio, o indicador ficou em 1,53%, de 1,62% e 1,67%.

Da inadimplência em pessoa física, a maior taxa foi observada na linha CDC Salário, com 4,63%. Na sequência aparecem Financiamento Imobiliário, com 2,54%, e Cartão de Crédito, com 2,41%.

Em pessoa jurídica, a taxa de inadimplência mais elevada é na linha ACC/ACE, de 1,36%. Depois vêm as linhas Recebíveis, com 1,06%, e Capital de Giro, com 1,00%.

Em agronegócios, a linha com maior inadimplência é Pronaf, com 3,01%; seguida de Pronamp, com 2,44%; e BNDES/Finame Rural, com 1,85%. As provisões para devedores duvidosos (PDD) somaram R$ 3,168 bilhões no quarto trimestre, uma queda de 19% na comparação com o mesmo período do ano passado, e baixa de 1,8% ante o terceiro trimestre.

No resultado fechado de 2018, as despesas de PDD somaram R$ 20,229 bilhões, com redução de 19,9% em relação ao ano anterior. O índice de cobertura do BB subiu para 211,6% no quarto trimestre, de 192,7% no terceiro e 154,9% no fim de 2017.

O BB também divulgou o indicador New NPL/Carteira de Crédito, que representa uma tendência da futura inadimplência. O indicador é apurado pela relação entre a variação trimestral do saldo das operações vencidas há mais de 90 dias, acrescida das baixas para prejuízo efetuadas no trimestre; e o saldo da carteira de crédito classificada do trimestre anterior.

No quarto trimestre, esse indicador foi de 0,52%, ante 0,27% no terceiro e 0,89% no quarto trimestre de 2017.

Planos para 2019

Segundo o guidance do BB para 2019, que foi publicado na manhã desta quinta-feira, o banco projeta um lucro líquido ajustado entre R$ 14,5 bilhões e R$ 17,5 bilhões para este ano. O BB também prevê um crescimento de 3% a 6% em sua carteira de crédito em 2019, o que indica que adotará um ritmo mais moderado que os concorrentes privados.

Tanto Bradesco quanto Itaú Unibanco estimam que podem crescer mais de 10% em estoque de operações. A projeção do BB é aumentar de 7% a 10% o portfólio de crédito a pessoas físicas. Na carteira de pessoas jurídicas, o banco prevê uma variação de 0% a 3%. No crédito rural, a expansão esperada é de 3% a 6%.
A margem financeira bruta do BB deve crescer de 3% a 7% em 2019. As despesas líquidas com provisões para devedores duvidosos devem ficar entre R$ 11,5 bilhões e R$ 14,5 bilhões neste ano, depois de terem somado R$ 14,221 bilhões em 2018.

A expectativa do banco é que as rendas de tarifas aumentem entre 5% e 8% e as despesas administrativas, de 2% a 5%.

Fonte: Valor Econômico

Lucro do Banco do Brasil cresce 16,8% em 2018 e chega a R$ 12,8 bilhões

Publicado em:

O Banco do Brasil registrou lucro líquido contábil de R$ 12,8 bilhões em 2018. O resultado representa um aumento de 16,8% na comparação com 2017, quando a instituição lucrou R$ 11 bilhões.

No quarto trimestre, o lucro líquido foi de R$ 3,803 bilhões, um aumento de 22,3% na comparação com o mesmo trimestre de 2017.

Já o lucro líquido ajustado do banco, que exclui itens extraordinários, somou 3,845 bilhões no quarto trimestre, valor 20,6% maior se comparado ao mesmo período de 2017.

BB

As receitas com tarifas subiram 7,4% na comparação anual, para R$ 7,236 bilhões. As despesas administrativas recuaram 0,2%, para R$ 8,220 bilhões.

O retorno sobre patrimônio líquido (RSPL), que mede como o banco remunera o capital de seus acionistas, cresceu para 13,2%, frente a 12,3% em 2017. Segundo o banco, parte deste resultado foi alcançado pelo rígido controle das despesas administrativas.

Carteira de crédito cresce 1,8%

A carteira de crédito ampliada do banco finalizou o ano a R$ 697,3 bilhões e cresceu 1,8% em 12 meses. Em relação ao terceiro trimestre, houve um crescimento de 0,7%. Já o índice de inadimplência com mais de 90 dias alcançou 2,53% em dezembro de 2018.

As despesas líquidas com provisões para devedores duvidosos (PDD) recuaram 19% na comparação com o quarto trimestre do ano passado, para R$ 3,168 bilhões.

Lucro dos concorrentes em 2018

O Bradesco anunciou no fim de janeiro que seu lucro atingiu R$ 19,085 bilhões no acumulado do ano passado, um crescimento de 30,19% na comparação com 2017 (R$ 14,659 bilhões).

No acumulado em 2018, o lucro líquido do Santander somou R$ 12,166 bilhões, alta de 52% na comparação como 2017 (R$ 7,997 bilhões). Já o lucro gerencial alcançou R$ 12,398 bilhões, alta de 24,6%.

O banco Itaú informou que encerrou 2018 com lucro líquido de R$ 24,977 bilhões, um crescimento de 4,2% na comparação com o ano anterior (R$ 23,965 bilhões).

Fonte: Portal G1

Lucro ajustado da BB Seguridade cai 10,7% no 4º tri, mas empresa prevê aumento em 2019

Publicado em: 13/02/2019

A BB Seguridade, braço de participações do Banco do Brasil registrou nova rodada de resultado trimestral cadente, uma vez que a melhora do resultado operacional seguiu insuficiente para compensar a forte queda da receita financeira.

A companhia anunciou nesta segunda-feira que teve lucro líquido ajustado de 839,8 milhões de reais no quarto trimestre, queda de 10,7 por cento ante igual etapa de 2017. Em termos líquidos, o lucro foi de 716,9 milhões de reais, foi 21 por cento menor ano a ano.

“A queda do lucro líquido ajustado no comparativo pode ser explicada pela contração de 43 por cento do resultado financeiro, parcialmente compensada pela alta de 4,1 por cento do resultado operacional não decorrente de juros”, afirmou a BB Seguridade no relatório de resultados.

Além da menor remuneração de seus títulos, dado que a Selic segue na mínima histórica de 6,5 por cento ao ano, a empresa também acusou os efeitos da elevação na taxa de remuneração dos passivos financeiros da Brasilprev atrelados aos planos de previdência tradicionais.

O volume de prêmios caiu fortemente nas comparações sequencial e anual, desde a conclusão da venda de sua fatia numa joint venture para a sócia Mapfre, negócio que inclui seguros automotivo e de grandes riscos, por 2,4 bilhões de reais.

Assim, os negócios de risco e acumulação atingiram 291,9 milhões de reais no quarto trimestre, queda de 42,6 por cento ante mesma etapa de 2017.

Em contrapartida, a receita com os negócios de distribuição cresceu 27,8 por cento, para 544,6 milhões de reais.

Na comparação ano a ano, a rentabilidade sobre o patrimônio líquido da BB Seguridade caiu 0,8 ponto percentual, para 41,4 por cento.

Juntamente com os resultados, a BB Seguridade previu crescimento de 5 a 10 por cento de seu lucro ajustado de 2019 ante o ano passado. A empresa também previu aumento de 7 a 10 por cento das reservas de previdência da Brasilprev e de 7 a 12 por cento dos prêmios emitidos pró-forma da BB Mapfre SH1.

Fonte: Terra

Três maiores bancos privados lucram 13% mais e preveem crédito com mais vigor

Publicado em: 06/02/2019

Os três maiores bancos privados do Brasil viram o lucro líquido consolidado acelerar a taxa de expansão no último trimestre de 2018. Apesar de o motor para os números até então ser o menor gasto com calotes, para 2019, essas instituições já veem o crédito podendo retomar um ritmo de crescimento de dois dígitos e recuperar, de quebra, o posto de principal fonte de resultados dos pesos pesados do setor financeiro.

Juntos, Itaú Unibanco, Bradesco e Santander apresentaram lucro líquido recorrente de R$ 15,713 bilhões no quarto trimestre do ano passado, cifra 13% maior que a vista 12 meses antes, de R$ 13,894 bilhões. Em todo o exercício de 2018, o resultado dos privados ficou em R$ 59,695 bilhões, montante 10,84% maior que o de 2017, quando somou R$ 53,856 bilhões.

Com os resultados de 2018 em linha com as projeções do mercado, o destaque da abertura dos números dos grandes bancos ficou para as projeções de desempenho para o exercício em questão – com exceção do Santander, que não divulga guidances. Na opinião do diretor de renda variável da Eleven Financial, Carlos Daltozo, o guidance divulgado por Bradesco e Itaú ilustra exatamente o diferente momento vivido pelos dois bancos.

“Enquanto, no Bradesco, o agressivo guidance aponta uma aceleração dos resultados, no Itaú, as projeções para 2019 são mais tímidas, resultando em menor crescimento de lucro”, destaca ele. Segundo Daltozo, no ponto médio, o guidance do Bradesco aponta para um crescimento acima de 20% do lucro. Já a projeção do Itaú indica elevação de 11%.

Sob o ponto de vista do crédito, entretanto, os dois maiores bancos privados do País em ativos veem a possibilidade de suas carteiras retomarem o patamar de dois dígitos de expansão neste ano. O Bradesco está mais otimista e espera que seus empréstimos totais cresçam de 9% a 13% em 2019. Já o Itaú prevê alta de 8% a 11%.

No que tange ao retorno, o Itaú segue na liderança entre os privados. O banco encerrou dezembro com indicador (ROE, na sigla em inglês) de 21,8%, acima dos 21,3% vistos em setembro de 2018. Na sequência, o Santander manteve a segunda posição com rentabilidade recorde de 21,1%, ante 19,5%. Já o Bradesco fechou o quarto trimestre com retorno de 19,7%, superior aos 19,0% registrados nos três meses anteriores.

O presidente do Santander, Sergio Rial, destacou que não é possível manter a rentabilidade do banco crescendo a partir do patamar do visto no quarto trimestre, uma vez que o período é sazonalmente mais forte, mas ponderou que o banco segue focado em crescer com rentabilidade. Já o presidente do Bradesco, Octavio de Lazari, mira retorno acima dos 20%. “Seria ótimo chegar aos 20% de ROE, mas vamos buscar indicador melhor ainda. A busca pelo indicador é o melhor possível”, disse o executivo, em conversa com a imprensa, na semana passada.

Fonte: UOL

Grandes bancos lucram 12,7% mais no 3º tri com maior apetite por crédito

Publicado em: 12/11/2018

O resultado financeiro dos grandes bancos brasileiros de capital aberto no terceiro trimestre trouxe uma sinalização importante quanto ao crescimento do crédito no próximo ano. Com números em linha com as projeções do mercado, essas instituições esperam não só emprestar mais em 2019, como algumas estão dispostas a elevarem seu apetite por risco diante da expectativa de melhora do ambiente macroeconômico, o que também pode servir de impulso para as receitas com tarifas e prestação de serviços.

Juntos, Banco do Brasil, Bradesco, Santander e Itaú Unibanco apresentaram lucro líquido de 18,435 bilhões de reaus de julho a setembro, expansão de 12,7 por cento em relação à cifra de 16,358 bilhões de reais registrada um ano antes.

O resultado apresentou leve aceleração, uma vez que, no segundo trimestre, o crescimento anual foi de 12,30 por cento. Com eventos extraordinários, o resultado foi de 17,470 bilhões de reais, 28,5 por cento maior, considerando a mesma base de comparação.

Novamente, a redução dos gastos com calotes motivou os ganhos no período, mas a aceleração do crescimento das carteiras de crédito chamou a atenção. A maior expansão de empréstimos no terceiro trimestre, tanto no comparativo trimestral como no anual, foi vista no Santander (3,4 por cento e 13,1 por cento), seguido por Itaú (2,1 por cento e 10,6 por cento), Bradesco (1,5 por cento e 7,5 por cento) e BB (0,1 por cento e 1,4 por cento).

O presidente do BB, Marcelo Labuto, garantiu que o banco vai encostar nos pares privados também do lado do crédito em 2019. A instituição pode, conforme ele, ser mais agressiva e competitiva na concessão de crédito, mas sem mudar seu apetite de risco.

“Já temos condições de equiparar o crescimento do crédito ao dos pares privados”, disse Labuto, em coletiva de imprensa, no período da manhã desta sexta.

O BB foi mais penalizado que seus pares durante a crise, uma vez que carregava empréstimos mais pesados e de longo prazo. Por isso, tem tido mais desafios para acelerar o ritmo da expansão de sua carteira. Enquanto isso, Bradesco e Itaú admitiram, pela primeira vez, que podem aumentar o apetite por risco.

Fonte: Exame.com

Banco do Brasil tem lucro de R$ 3,17 bilhões no 3º trimestre

Publicado em: 08/11/2018

O Banco do Brasil registrou lucro líquido de R$ 3,175 bilhões no 3º trimestre, 11,78% acima do registrado na mesma etapa do ano passado (R$ 2,841 bilhões). Na comparação com o 2º trimestre, quando o banco reportou lucro de R$ 3,135 bilhões, a alta foi de 1,27%.

No acumulado no ano, o lucro líquido soma R$ 9,059 bilhões, alta de 14,6% na comparação com os 9 primeiros meses de 2017.

Segundo dados da Economatica, trata-se do melhor resultado trimestral nominal (sem considerar a inflação) desde o 1º trimestre de 2015 (R$ 5,818 bilhões).

O banco atribuiu o resultado ao “desempenho positivo das rendas de tarifas, qualidade do crédito e controle das despesas administrativas” e menores provisões para perdas com empréstimos.

Lucro BB

Já o lucro líquido ajustado do banco, que exclui itens extraordinários, foi de R$ 3,4 bilhões no 3º trimestre, valor 25,6% do que o registrado no mesmo período do ano passado e 5% acima do registrado no 2º trimestre. Em 9 meses, o lucro ajustado atingiu R$ 9,7 bilhões, crescimento de 22,8% na comparação anual.

O retorno sobre patrimônio líquido (RSPL), que mede como o banco remunera o capital de seus acionistas, ficou em 14,3% no 3º trimestre, frente a 12,8% no 3º trimestre do ano passado. O índice de inadimplência acima de 90 dias diminuiu 0,5 ponto percentual no trimestre, para 2,83%.

O BB disse que espera uma queda na margem financeira bruta no ano de 6,5% e 5%, ante previsão anterior de estabilidade à queda de até 5%.

O novo diretor-presidente, Marcelo Labuto, fará uma coletiva de imprensa sobre os resultados nesta quinta-feira. O ex-CEO Paulo Caffarelli deixou o banco em 1º de novembro após aceitar uma oferta para se tornar executivo-chefe da Cielo SA .

Carteira de crédito cresce 1,4%

A carteira de crédito ampliada do BB totalizou R$ 686,3 bilhões no final de setembro, com crescimento de 1,4% em relação ao trimestre anterior.

No segmento pessoa física, a carteira cresceu 5,7% em 12 meses, impulsionada pelo crescimento do crédito consignado e do financiamento imobiliário.

Os financiamentos para empresas registraram alta de 0,2% de alta no trimestre. Já a carteira rural apresentou crescimento de 6,3% na comparação anual.

Distribuição de R$ 1,1 bi para acionistas

O Banco do Brasil informou que seu conselho diretor aprovou a distribuição de R$ 1,161 bilhão, ou R$ 0,416 por ação, em remuneração para os acionistas sob a forma de juros sobre capital próprio.

O pagamento será realizado em 30 de novembro, com base na posição acionária de 21 de novembro.

Lucros da concorrência

Na semana passada, o Bradesco reportou que teve lucro líquido de R$ 5,009 bilhões no 3º trimestre, o que representa uma alta de 73,7% na comparação com o mesmo período do ano passado.

O Santander Brasil registrou lucro líquido de R$ 3,039 bilhões no terceiro trimestre, um crescimento de 2,2% na comparação com o 2º trimestre (R$ 2,972 bilhões).

Já o Itaú teve lucro líquido de R$ 6,247 bilhões, um crescimento de 2,8% na comparação com o mesmo período do ano passado.

Fonte: G1

Lucro ajustado do BB aumenta 22% e passa de R$ 3 bilhões no trimestre

Publicado em: 09/08/2018

O Banco do Brasil (BB) apurou lucro líquido ajustado de R$ 3,240 bilhões no segundo trimestre, o que representa alta de 22,3% em relação ao mesmo período do ano passado. O número veio acima da projeção média de analistas consultados pelo Valor, que era de R$ 3,172 bilhões. O lucro líquido contábil ficou em R$ 3,135 bilhões, indicando aumento de 19,7% na comparação anual.

Números do BB

A margem financeira bruta somou R$ 12,595 bilhões entre abril e junho, uma queda de 4,7% frente ao segundo trimestre de 2017. A carteira de crédito ampliada caiu 1,5%, a R$ 685,462 bilhões.

As receitas com tarifas subiram 5,7% na comparação anual, para R$ 6,798 bilhões. Segundo o BB, esse resultado está ligado diretamente ao desempenho dos negócios, a maior quantidade de dias úteis e aos efeitos sazonais do trimestre.

As despesas administrativas aumentaram 2,6%, para R$ 8,070 bilhões. O retorno sobre o patrimônio líquido ajustado pelo critério de mercado ficou em 13,8% no segundo trimestre, de 13,2% no primeiro e 12,8% no mesmo período do ano passado.

As despesas líquidas com provisões para devedores duvidosos (PDD) caíram 31,9% em relação aos três meses até junho de 2017, para R$ 3,583 bilhões. Na comparação com o primeiro trimestre do calendário atual, houve recuo de 15,6%. Na primeira metade de 2018, a instituição contabilizou R$ 7,827 bilhões em despesas com PDD, o que representa queda de 29% em relação ao mesmo período do ano passado. A redução reflete uma melhora no risco de crédito no país.

Diante desses números, o Banco do Brasil melhorou a previsão de despesas com PDD neste ano e passou a estimar uma faixa de R$ 14 bilhões s R$ 16 bilhões para o indicador. Anteriormente, a expectativa era um intervalo entre R$ 16 bilhões e R$ 19 bilhões.

Inadimplência

A inadimplência acima de 90 dias ficou em 3,34% em junho, ante 3,65% em março e 4,11% no sexto mês de 2017. É o quarto trimestre seguido de queda. Segundo o BB, se um caso específico fosse desconsiderado, a inadimplência ao fim do segundo trimestre teria ficado em 2,92%, retornando a patamares próximos à série histórica.

No caso da carteira de pessoa jurídica, a inadimplência se situou em 5,20% em junho, de 5,76% em março e 7,35% em junho de 2017. Para pessoa física, a inadimplência correspondeu a 3,33%, ante 3,49% e 3,34%, respectivamente. E na carteira de agronegócio, o índice foi de 1,61%, de 1,85% e 1,39%, na mesma base de comparação.

No caso de pessoa física, a linha com maior índice de inadimplência é CDC salário, com 4,94%. Na sequência, apareceram cartão de crédito (3,47%) e financiamento imobiliário (2,15%). Em pessoa jurídica, a inadimplência é maior em recebíveis (6,01%), seguido de capital de giro (5,21%) e investimento (3,30%). Na carteira do agronegócio, a inadimplência mais elevada é na linha Pronamp (2,75%), seguida de Pronaf (1,96%) e custeio agropecuário (1,02%).

O BB também divulga o indicador de new NPL/carteira de crédito, que representa uma tendência da inadimplência futura. Esse índice caiu a 0,55% no segundo trimestre, depois de marcar 0,99% no primeiro e 1,07% no segundo trimestre de 2017.

No caso da inadimplência de curto prazo, o BB registrou taxa de 1,93% — estável em relação a junho do calendário anterior, mas 0,11 ponto percentual superior àquela observada em março. O indicador mede operações de crédito com atraso entre 15 e 89 dias.

Carteira de crédito

O BB chegou ao fim de junho com R$ 685,462 bilhões em sua carteira de crédito ampliada, que inclui títulos, avais e fianças. O volume cresceu 1,5% em relação a março, mas encolheu 1,5% ante junho do calendário anterior.
O estoque de operações com pessoas físicas somava R$ 189,628 bilhões no fim de junho, com aumento de 2,2% em três meses e também de 2,2% em um ano. O BB teve desempenho positivo nas linhas de crédito consignado, financiamento imobiliário e cartão de crédito. Na comparação anual, o saldo de financiamento de veículos, empréstimo pessoal e cheque especial encolheu.

A carteira de pessoa jurídica terminou junho com R$ 219,677 bilhões em empréstimos e financiamentos. O volume aumentou 0,1% em relação a março, mas diminuiu 6,2% perante um ano antes. O estoque de operações com empresas de todos os portes encolheu tanto na comparação trimestral quanto na anual. O desempenho positivo ficou por conta das linhas para o governo.
A carteira do agronegócio totalizava R$ 187,941 bilhões, 2,1% maior que em março e 0,1% superior ao volume apresentado em junho de 2017.

Fonte: Valor Econômico

Lucro ajustado da BB Seguridade vai a R$ 910 milhões no 2º trimestre

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A BB Seguridade, holding que concentra os negócios de seguros do Banco do Brasil, anunciou lucro líquido ajustado de cerca de R$ 910,0 milhões no segundo trimestre deste ano, 4,8% menor que em idêntico intervalo de 2017, de R$ 956,306 milhões. Em relação aos três meses anteriores, porém, teve leve alta de 0,28%.

O grupo destaca, em relatório que acompanha as suas demonstrações financeiras, que o desempenho do segundo trimestre pode ser explicado pela contração de 34,1% do resultado financeiro combinado das coligadas e controladas, impactado pela queda na taxa média Selic, com efeito negativo na remuneração dos títulos pós-fixados, e pela abertura da curva de juros futuros, gerando resultado negativo de marcação a mercado dos títulos pré-fixados classificados na categoria para negociação.

“Por outro lado, o resultado operacional não decorrente de juros registrou aumento de 5,4% sobre igual período de 2017, decorrente em grande parte do crescimento nas receitas com taxa de gestão e melhora do índice de eficiência na Brasilprev associado à menor sinistralidade no IRB”, acrescenta a BB Seguridade, no documento.

O lucro contábil da companhia, que considera eventos extraordinários, foi a R$ 1,062 bilhão no segundo trimestre, 11,1% maior que há um ano. Já na comparação com o trimestre anterior avançou 19,8%.

Dentre os fatos não recorrentes no período de referência, conforme a BB Seguridade, está o efeito positivo de R$ 231,771 milhões por conta de adequação de teste de passivos, conforme circular da Superintendência de Seguros Privados (Susep), e o efeito negativo de R$ 79,349 milhões por conta de recomposição do saldo de sinistros a recuperar de resseguro equalização do saldo de depósitos de terceiros.

No primeiro semestre, o lucro líquido da BB Seguridade somou R$ 1,817 bilhão, cifra 6,8% menor que um ano antes, de R$ 1,949 bilhão. Já o seu volume total de prêmios emitidos de seguros, contribuições de previdência e arrecadação com títulos de capitalização foi a R$ 26 bilhões, queda de 10,25% em um ano.

De abril a junho, o volume de total de prêmios somou R$ 13,268 bilhões. O volume é 6,44% inferior ao registrado em idêntico período do ano passado, de R$ 14,181 bilhões. Na comparação com os três meses anteriores, de R$ 12,7 bilhões, a cifra foi 4,2% maior.

A BB Seguridade encerrou junho com R$ 10,846 bilhões em ativos totais, 5,8% maior em um ano, de R$ 10,256 bilhões. Na comparação com os três meses anteriores, cresceu 10,6%.

O patrimônio líquido da holding somou R$ 9,266 bilhões, elevação de 6,7% ante um ano. Já em relação aos três meses anteriores caiu 5,4%. Seu retorno ajustado (RSPL) ficou em 39,7% no segundo trimestre, recuo de 0,3 ponto porcentual ante o trimestre anterior, de 40,4%. Em um ano recuou 4,8 p.p. uma vez que estava em 44,5%. Trata-se do terceiro trimestre consecutivo de queda da rentabilidade da BB Seguridade.

Fonte: Terra

Lucro do BB sobe 20% e atinge R$ 3 bilhões; banco altera política de dividendos

Publicado em: 11/05/2018

O Banco do Brasil registrou lucro líquido ajustado de R$ 3,026 bilhões no primeiro trimestre, 20,3% superior na comparação com o mesmo período de 2017. O lucro líquido contábil, que referencia remuneração aos acionistas, somou R$ 2,749 bilhões no período, avanço de 12,5% na base de comparação anual.

O retorno sobre o patrimônio líquido ajustado pelo critério de mercado foi de 13,2% no primeiro trimestre, alta de 0,8 ponto percentual ante os 12,4% dos três primeiros meses de 2017. No critério acionista, o retorno do banco foi a 14,4% no primeiro trimestre ante 16,0% no quarto e 13,7% em um ano.

O índice de inadimplência (INAD+90) apresentou queda pelo terceiro trimestre consecutivo com 3,65%, especialmente por conta do segmento de pessoas jurídicas. “Ao desconsiderar o caso específico, o índice de inadimplência acima de 90 dias do BB (3,22%) retornou ao patamar inferior ao do Sistema Financeiro Nacional (3,30%)”, disse a companhia.

O desempenho do BB no primeiro trimestre foi impulsionado, conforme a instituição explica em relatório que acompanha as suas demonstrações financeiras, pelo aumento das rendas de tarifas, redução das despesas de provisão para devedores duvidosos (PCLD) e ainda menores gastos administrativos.

A carteira de crédito ampliada do BB foi a R$ 675,645 bilhões no primeiro trimestre, queda de 0,8% em relação ao fechamento do quarto trimestre, de R$ 681,3 bilhões. Em um ano, os empréstimos tiveram declínio de 1,9%. Na pessoa física, foi visto recuo de 0,9% de ao final de março ante dezembro, mas alta de 0,4% em um ano. Já a carteira da pessoa jurídica diminuiu 3,4% e 8,1%, respectivamente.

O Banco do Brasil registrou R$ 1,423 trilhão em ativos totais, montante 1,5% maior em um ano, quando havia somado R$ 1,402 trilhão. Ante os três meses anteriores, aumentou 3,9%. Já o seu patrimônio líquido totalizou R$ 101,227 bilhões no primeiro trimestre, com elevação de 12,7% em 12 meses, quando estava em R$ 89,820 bilhões. Ante os três meses imediatamente anteriores cresceu 12,7% também.

Com relação a proventos, o Banco do Brasil pagará R$ 595,9 milhões em JCP complementar, ou R$ 0,21395486144 por ação em 30 de maio, tendo como base a posição acionária de 21 de maio, de acordo com comunicado. As ações serão negociadas ex-JCP a partir de 22 de maio.

O Conselho do banco também aprovou a revisão da política de remuneração aos acionistas, segundo comunicado separado. Para o exercício de 2018 foi definido o intervalo de 30% a 40% do lucro líquido a ser distribuído como payout.

Metas

O Banco do Brasil reafirmou suas metas (guidances) de desempenho para 2018, apesar de parte delas ter ficado fora dos intervalos divulgados pela instituição. As linhas que não entregaram desempenho dentro das faixas foram margem financeira bruta e carteira de crédito ampliada orgânica interna, incluindo pessoa física e jurídica.

No caso das despesas administrativas, o BB superou o seu guidance de desempenho ao diminuí-las em 0,2%, para R$ 7,759 bilhões, no primeiro trimestre. Segundo o banco, o resultado foi influenciado pela “gestão contínua das despesas e melhoria da eficiência”. O banco espera que as despesas administrativas tenham aumento de 1% a 4% em 2018.

Sobre a carteira de crédito, o banco explicou, em relatório que acompanha as suas demonstrações financeiras, que o desempenho foi impacto principalmente pela carteira de pessoa jurídica que, apesar da queda maior que o guidance, está em linha com as expectativas da instituição para o ano. Em relação ao crédito para pessoa física, o BB afirmou que o desempenho está dentro das projeções de 2018 e que o crescimento maior deverá ocorrer no segundo semestre.

Depois de encolher seus empréstimos em 2017, o banco espera retomada do crescimento deste ano. Projeta alta de 1% a 4% para a carteira de crédito ampliada orgânica interna. O BB espera que sua carteira de crédito de indivíduos cresça entre 4% e 7%. Já o segmento de agronegócio deve ter expansão de 4% a 7% neste ano contra faixa para 2017 que indicava aumento de 6% a 9%.

Na contramão, o crédito à pessoa jurídica pode ter mais uma queda anual. O BB espera que essa carteira caia até 3% e, na melhor das hipóteses, fique no zero a zero.

O Banco do Brasil espera que seu lucro líquido ajustado neste ano fique entre R$ 11,5 bilhões e R$ 14 bilhões. O resultado representará aumento de 3,6% se ficar no piso do guidance e de mais de 26% considerando o ponto mais alto. Em relação à margem financeira bruta sem recuperação de operações em perdas, a instituição espera que o indicador fique estável e, na pior das hipóteses, recue até 5%.

As despesas de provisões para devedores duvidosos (PCLD) líquidas de recuperação de operações em perdas do banco devem somar de R$ 19 bilhões a R$ 16 bilhões neste ano. Para as rendas de tarifas, o BB espera avanço de 4% a 7% neste ano.

Fonte: InfoMoney

Banco do Brasil tem lucro de R$ 2,75 bilhões no 1º trimestre, alta de 12,5%

Publicado em: 10/05/2018

O Banco do Brasil registrou lucro líquido de R$ 2,749 bilhões no 1º trimestre, um resultado 12,5% acima do registrado nos 3 primeiros meses do ano passado (R$ 2,443 bilhões). Na comparação como 4º trimestre de 2017, entretanto, quando o banco teve lucro de R$ 3,108 bilhões, houve queda de 11,6%.

Já o lucro líquido ajustado cresceu 20,3% no 1º trimestre, alcançando R$ 3 bilhões. O Banco do Brasil disse no balanço que o resultado pelo crescimento de 5,4% das receitas com tarifas e pela redução das despesas de provisão e das despesas administrativas.

Carteira de crédito

A carteira de crédito para pessoas físicas cresceu 3% na comparação anual, atingindo R$ 177,2 bilhões no 1º trimestre. Segundo o BB, os destaques foram o crédito consignado e o financiamento imobiliário, que avançaram 8,2% e 6,8%, respectivamente.

Já a carteira de crédito das pessoas físicas caiu 6,3% no ano, influenciada principalmente pela queda de 7,4% nas nas operações de capital de giro, além do recuo em investimentos e crédito imobiliário.

O retorno sobre patrimônio líquido (RSPL), indicador de rentabilidade, aumentou de 12,4% para 13,2% na comparação anual.

O BB informou que em abril atingiu 1,9 milhão de clientes com contas digitais. “Para 2018 o desafio é atingir 3 milhões de clientes digitais”, informou o banco.

Lucros dos concorrentes no 1º trimestre

Itaú: R$ 6,28 bilhões

Bradesco: R$ 4,467 bilhões

Santander: 2,8 bilhões

Fonte: Portal G1

BB Seguridade: lucro líquido ajustado é de R$ 907,4 mi no primeiro trimestre

Publicado em:

A BB Seguridade, holding que concentra os negócios de seguros do Banco do Brasil, anunciou lucro líquido ajustado de R$ 907,4 milhões de janeiro a março, cifra 8,6% menor que no primeiro trimestre de 2017, de R$ 992,803 milhões. Na comparação com os três meses anteriores, a queda, porém, foi menor, de 3,6%.

A companhia destaca, em relatório que acompanha as suas demonstrações financeiras, que apesar do crescimento de 3,5% no resultado operacional combinado das empresas do grupo, o lucro líquido foi fortemente impactado pela retração da taxa Selic. “A queda dos juros levou o resultado financeiro combinado a uma queda de 37,3% quando comparado ao mesmo período do exercício anterior (para R$ 185 milhões)”, destaca a BB Seguridade, no documento.

Seu lucro contábil, que considera eventos extraordinários, alcançou R$ 886,5 milhões no primeiro trimestre, queda de 10,7% na mesma base de comparação. Ante o trimestre anterior a retração foi de 2,4%. Dentre os fatos não recorrentes no início do ano, conforme a BB Seguridade, está um ajuste de provisão de sinistro a liquidar judicial (PSLJ) da BB Mapfre SH2, que compreende os ramos de seguro patrimonial e de automóvel, de mais de R$ 20 milhões.

“A necessidade de provisionamento adicional de PSLJ foi estimada em R$ 108,0 milhões, que deduzido da reversão de R$ 32,0 milhões na provisão de sinistros ocorridos mas não suficientemente avisados (IBNER) e dos efeitos fiscais gerou impacto negativo de R$ 20,9 milhões no lucro líquido da BB Seguridade”, explica a holding.

No primeiro trimestre, o volume de total de prêmios emitidos de seguros, contribuições de previdência e arrecadação com títulos de capitalização alcançou R$ 12,7 bilhões. Apesar de ter sido suficiente para manter a holding líder nos segmentos em que atua, o volume é 14,2% menor que o visto nos três primeiros meses do ano passado, de R$ 14,8 bilhões.

A BB Seguridade encerrou março com R$ 9,807 bilhões em ativos totais, cifra 5,5% maior em um ano, de R$ 9,297 bilhões. Em relação aos três meses anteriores teve queda de 9,2%. Já o patrimônio líquido da holding somou R$ 9,795 bilhões, elevação de 5,4% e 10,1%, respectivamente e na mesma base de comparação.

Fonte: Isto É Dinheiro

Com nova lei das estatais, lucros de empresas públicas disparam

Publicado em: 05/04/2018

Pelo segundo ano consecutivo, empresas públicas federais apresentaram lucro. Esse movimento de recuperação e de resultados positivos só foi possível com a nova lei de estatais, que criou novas regras para a gestão dessas companhias. Segundo o Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão, essa mudança fez as estatais evoluírem de um prejuízo de R$ 32 bilhões em 2015 para um lucro de R$ 28,4 bilhões em 2017.

Esse desempenho expressivo é o acumulado apenas das maiores empresas: Banco do Brasil, Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Caixa Econômica Federal, Eletrobras e Petrobras. Frente a 2016, o lucro dessas companhias aumentou mais de 200%.

Segundo o presidente da Petrobras, Pedro Parente, a companhia está no caminho de uma retomada consistente. “Estamos numa trajetória consistente de recuperação, seguindo à risca o que nos propusemos no nosso plano de negócios”, explicou durante a divulgação dos resultados da petroleira, que no ano passado lucrou R$ 377 milhões.

Ele lembrou ainda que a empresa avançou em governança e transparência, como determina a lei das estatais, e isso levou a reconhecimentos importantes: a certificação no programa destaque de governança estatal; e a candidatura da empresa ao nível 2 de governança na Bolsa de Valores de São Paulo (BM&FBovespa).

A Petrobras também conseguiu ampliar o prazo médio da sua dívida e reduzir o valor médio das taxas de juros que pagava para se financiar. “Com sólidos resultados operacionais e gestão ativa da nossa carteira de projetos, tivemos avanços importantes nas finanças das nossas empresas”, afirmou Parente.
Lucro do BB

O presidente do Banco do Brasil, Paulo Rogério Cafarelli, também celebrou o desempenho da instituição que comanda e disse que o banco se tornou muito mais competitivo. “O Banco do Brasil precisou, nesse momento, se adequar para ter competitividade, e posso dizer aqui com muito orgulho que o Banco do Brasil não se apequenou”, afirmou durante a divulgação dos resultados do banco. No ano passado, a instituição registrou mais de R$ 11 bilhões de lucro e o melhor resultado ajustado desde 2012.

“A premissa básica do Banco do Brasil sempre foi, nesta nossa gestão, de nos juntarmos aos nossos competidores com relação à rentabilidade, e esse resultado é o primeiro passo dentro desse objetivo e mostra que nós estamos no caminho certo”, argumentou. O BNDES também apresentou resultado expressivo no ano passado, quando fechou as contas com lucro de R$ 6,1 bilhões. Entre outros motivos para esse resultado, a instituição conseguiu reduzir em R$ 2,45 bilhões as provisões para risco de crédito.
Valor de mercado das estatais

De acordo com o secretário da Coordenação e Governança das Empresas Estatais do Ministério do Planejamento, Fernando Ribeiro Soares, os resultados são interessantes e mostram o impacto do trabalho que tem sido desenvolvido pelo Governo do Brasil. Esse desempenho, segundo ele, também se reflete no valor das estatais no mercado financeiro. “Vemos uma melhoria forte do BB, a Petrobras também tem uma valorização e a Eletrobras segue estável”, relatou. “O que a gente percebe é que há uma continua recuperação do valor de mercado das nossas empresas”, afirmou.

Fonte: Governo do Brasil

Lucro das estatais cresce 214% em 2017, diz Planejamento

Publicado em: 28/03/2018

O lucro líquido das cinco maiores empresas estatais do país (Petrobras, Eletrobras, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e BNDES) foi de R$ 28,3 bilhões em 2017, um crescimento de 214,1% em relação ao ano anterior. O balanço está no boletim das estatais, divulgado nesta quarta-feira (28) pelo Ministério do Planejamento, durante coletiva de imprensa.

O resultado se deve principalmente à recuperação de caixa da Petrobras, que depois de registrar três anos consecutivos de prejuízo (em 2016 foram R$ 13 bilhões a menos), obteve lucro de R$ 377 milhões no ano passado, puxando o rendimento global das empresas públicas para cima.

Para Fernando Ribeiro Soares, titular da Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (Sest) do Ministério do Planejamento, os números refletem a política de redução de custos adotada pelo governo desde 2016, que incluiu privatizações (desinvestimentos) e planos de demissão voluntária. “Na hora em que as empresas deixaram um leque grande de atividades e passaram a foca naquilo que elas fazem de melhor, o resultado apareceu. Reduziu-se o custo e aumentou-se a produtividade, acabou que isso se demonstrou no resultado. Claramente é o que se está fazendo no caso da Petrobras”, destacou.

Desde 2016, o governo diminuiu de 154 para 146 o número de estatais federais no país, por meio da extinção, venda ou incorporação de empresas por outras. Do total existente, 98 são estatais não-dependentes do Tesouro Nacional e estão sob controle indireto da União. As outras 48 empresas públicas são de controle direto, sendo que 30 não-dependem do Tesouro e outras 18 são dependentes do orçamento público federal.

A grande maioria das estatais, no entanto, registrou baixo percentual de investimento em 2017, com média geral de 59% de execução, algo em torno de R$ 50,3 bilhões, puxados principalmente por Petrobras e Eletrobras. Os baixos investimentos, de acordo com Fernando Soares, foram resultado da necessidade de redução do endividamento das empresas e dos planos de privatização em curso.

“É ruim, porque a gente gostaria de mais investimento, mas eu acredito que é uma atitude estratégica necessária para o momento. Quando a alavancagem [endividamento] dessas empresas estiver em níveis adequados, esses investimentos serão retomados”, ponderou o secretário. No ano passado, o endividamento das estatais ficou em R$ 412 bilhões, uma redução de 24,3% em relação a 2015, quando o endividamento chegou R$ 544 bi, o maior da série histórica.

No caso das 18 empresas públicas dependentes do Tesouro Nacional, o secretário destacou uma redução de gastos de R$ 2 bilhões entre 2016 e 2017.

Pessoal

O Boletim das Estatais também traz números atualizados sobre o quadro de pessoal das empresas públicas federais. Em 2017, elas encerraram o ano com um total de 504.444 empregados. O número representa uma redução de pouco mais de 28 mil postos de trabalho (5,39%) em relação ao ano anterior. A grande maioria desses desligamentos se deve à implementação de programas de demissão voluntária, responsáveis por 90,2% da redução. As estatais que mais demitiram no ano passado foram os Correios (7.488), Caixa (7.324), Petrobras (4.060) e Banco do Brasil (3.198).

Fernando Soares também citou a redução de outras despesas administrativas e reajustes salariais “mais restritivos” adotados pelas empresas públicas no ano passado, “como manda o cenário atual”. Dos 22 processos de negociação coletiva entre sindicatos e estatais que o Ministério do Planejamento monitorou em 2017, somente sete resultaram em ganho real no salário dos empregados. Em 14 convenções coletivas, os reajustes salariais apenas fizeram a correção da inflação (em quatro empresas) ou ficaram até mesmo abaixo do índice geral de preços (em 11).

Fonte: IstoÉ

Lucro de grandes bancos cresce 21%

Publicado em: 02/03/2018

Depois de amargarem uma rara queda no lucro em 2016, os grandes bancos brasileiros retomaram a rotina de resultados em alta. Banco do Brasil, Bradesco, Itaú Unibanco e Santander Brasil lucraram R$ 64,9 bilhões no ano passado, alta de 21%. Para este ano, a projeção é de um avanço da ordem 10% nos resultados, mas o número pode ser ainda melhor, dependendo do desempenho do crédito.

O resultado dos bancos em 2017 impressiona não só pelo contexto de atividade econômica ainda fraca como pelo fato de ter ocorrido em meio ao ciclo de queda da taxa básica de juros (Selic). As margens até refletiram o juro menor, mas a queda nas despesas de provisão contra calotes mais do que compensou esse efeito nos balanços de 2017.
Para analistas, a retomada do crédito e a continuidade da queda da inadimplência devem garantir mais um ano de lucros em alta. A expectativa é de um resultado combinado de R$ 71,4 bilhões dos quatro bancos, considerando o ponto médio das estimativas divulgadas pelas instituições e cálculos de analistas.

A maioria das empresas não financeiras não divulgou o balanço anual. Mas a comparação com base nos 12 meses encerrados em setembro mostra que o lucro contábil dos quatro bancos, de R$ 54 bilhões, ficou pouco abaixo dos R$ 55,3 bilhões registrados por 260 companhias abertas no mesmo período, segundo cálculos do Valor Data. A rentabilidade média, calculada com o patrimônio em fim de período, das instituições foi de 13,9%, contra 4,5% das empresas não financeiras – nesse grupo de companhias, há casos de prejuízos, o que afeta o resultado consolidado.
Os grandes bancos conseguiram melhorar os resultados mesmo sem avançar em seu principal negócio: a concessão de crédito. O saldo de financiamentos registrou queda de 1,3% em relação a 2016 – o segundo ano consecutivo de retração. Essa tendência, porém, começou a se reverter nos últimos três meses do ano. Entre setembro e dezembro, a carteira dos grandes bancos registrou uma expansão de 1,9%. Para 2018, Itaú e Bradesco projetam um crescimento de até 7% nos financiamentos, no melhor cenário, em 2018.

“O crédito voltou a reagir, principalmente no último trimestre do ano passado, após o processo doloroso de recessão”, afirmou o presidente do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco Cappi, em teleconferência após a divulgação do balanço, o último dele no comando da instituição.

Os bancos também esperam mais uma redução no chamado custo do crédito, que inclui as despesas de provisão contra calotes. No Itaú, os gastos devem variar entre R$ 12 bilhões e R$ 16 bilhões, o que pode representar uma queda de até 33%. Em 2016, no auge da crise, as provisões custaram R$ 25,5 bilhões ao maior banco privado brasileiro.
Para compensar a queda dos juros, os bancos esperam crescer em linhas de crédito com mais spread, como as voltadas a pessoas físicas e pequenas e médias empresas. O Santander deu início a esse movimento primeiro e foi o único entre os grandes bancos a registrar aumento no saldo de financiamentos no ano passado.

A unidade brasileira do banco espanhol teve o melhor o resultado da história no país em 2017 e também chegou perto de cumprir uma velha promessa: atingiu uma rentabilidade de 16,9%, mais próxima dos principais concorrentes privados. O Bradesco registrou no ano passado um retorno de 18,1% e o Itaú, de 21,8%. A questão, agora, é saber se o Santander conseguirá manter o ritmo de crescimento. “Não é um processo linear. O importante é manter a direção correta”, disse a jornalistas o presidente do banco, Sergio Rial.

A melhora da rentabilidade também é um objetivo declarado do Banco do Brasil e da gestão de Paulo Caffarelli. Em 2017, a rentabilidade do BB foi de 12,3%, contra 8,8% no ano anterior. Apesar da alta, Caffarelli, afirmou que ainda não está contente com o número, que segue bem abaixo dos concorrentes privados.

Com o negócio de crédito ainda em ritmo lento, os bancos procuraram faturar em outras linhas, como a cobrança de tarifas de conta corrente e gestão de fundos. A receita com serviços de BB, Itaú, Bradesco e Santander somou R$ 111,5 bilhões, alta de 7,2% em relação a 2016.

Fonte: Valor Econômico

Lucro ajustado do BB cresce 45% em nove meses

Publicado em: 09/11/2017

O Banco do Brasil divulgou nesta quinta-feira (9) o resultado do terceiro trimestre de 2017, quando obteve lucro líquido ajustado de R$ 2,708 bilhões, valor 15,9% acima daquele registrado no terceiro trimestre de 2016 e 2,2% maior em relação ao segundo trimestre deste ano.

O BB atingiu lucro líquido ajustado de R$ 7,872 bilhões nos primeiros nove meses de 2017, desempenho 45,1% superior a igual período do ano passado, quando o Banco havia registrado lucro líquido ajustado de R$ 5,424 bilhões. O crescimento neste último ciclo foi motivado pelo aumento das rendas de tarifas, redução das despesas de provisão e das despesas administrativas.

As rendas de tarifas registraram R$ 19,2 bilhões, crescimento de 9,9% em relação aos nove meses de 2016, com destaque para as transações de conta corrente e a administração de ativos.

O retorno sobre patrimônio líquido (RSPL) foi de 12,3% nos primeiros nove meses do ano. O BB fechou o trimestre com índice de Basileia em 19,15%. Já o capital principal atingiu 10,04% no final do período, ante 9,18% no trimestre anterior. O Banco permanece acima dos níveis mínimos exigidos pela regulação e dá sequência à sua estratégia de reforçar a base de capital elegível para Basileia III, com meta de capital principal de pelo menos 9,5%, a partir de janeiro de 2019.

Despesas menores

O BB adotou ainda rígido controle das suas despesas administrativas, que acumulam o valor de R$ 23,6 bilhões entre janeiro a setembro deste ano, número 2,7% inferior a igual período de 2016, abaixo da inflação do período e sob controle. O desempenho das despesas administrativas foi influenciado pela queda de 5,7% na linha de despesas com pessoal, quando comparado com o mesmo período do ano anterior.

A gestão das despesas administrativas permitiu ao Banco alcançar índice de eficiência de 38,5% no terceiro trimestre de 2017, ante 38,9% no trimestre encerrado em junho deste ano e 39,7% no terceiro trimestre de 2016. O índice de eficiência mensura quanto o Banco gasta para gerar receita, por isso, quanto menor o número, melhor o desempenho da instituição financeira.

A linha de despesas com provisão apresentou queda pelo terceiro trimestre consecutivo. No terceiro trimestre deste ano, o BB gerou fluxo de provisão de R$ 6,26 bilhões, número inferior aos R$ 7,48 bilhões do último trimestre de 2016.

Cartões e consórcios reforçam resultado

Com um patrimônio líquido de R$ 852,3 bilhões e participação de mercado de 22,9%, a BB Gestão de Recursos (BB DTVM) segue na liderança da indústria de fundos de investimentos ao registrar crescimento nominal de R$ 14,4 bilhões em relação ao trimestre anterior. A captação líquida atingiu R$ 57,6 bilhões no acumulado ao ano, com destaque para as categorias renda fixa, previdência e multimercados.

No segmento tradicional de cartões, o volume faturado alcançou R$ 168,3 bilhões, 7,7% superior aos nove meses de 2016. O faturamento total do Banco do Brasil com o negócio cartão alcançou R$ 69,3 bilhões no terceiro trimestre de 2017, resultado 3,5% maior que o mesmo período do ano anterior.

A BB Consórcios fechou os primeiros nove meses deste ano com volume comercializado de R$ 6,6 bilhões, crescimento de 10% em relação ao mesmo período do ano passado. As receitas de prestação de serviços com consórcios alcançaram R$ 526,7 milhões em nove meses, crescimento de 33,6% em relação ao mesmo período do ano passado.

O crescimento é atribuído à demanda dos clientes por produtos que auxiliem o planejamento financeiro, pelas vendas em canais alternativos, com destaque para negócios realizados via aplicativo para celular, funcionalidade lançada no final de maio deste ano. Também contribuiu para a performance da BB Consórcios a criação de produtos para segmentos específicos, como clientes alta renda ou produtores rurais.

Recuo no índice de inadimplência total

A inadimplência das operações acima de 90 dias caiu de 4,11% no segundo trimestre de 2017 para 3,94% no terceiro trimestre deste ano, em movimento que interrompe a trajetória ascendente iniciada em dezembro de 2016.

A carteira de crédito ampliada do BB chegou a R$ 677 bilhões no trimestre, recuo de 2,7% em relação ao período imediatamente anterior. As operações com pessoa física somavam R$ 187,5 bilhões ao final do mês de setembro, alta de 0,9% no comparativo com o trimestre passado. A carteira de crédito da pessoa jurídica atingiu R$ 267,7 bilhões no terceiro trimestre deste ano, volume 3,4% menor em relação ao final do segundo trimestre do ano.

Crédito ao agronegócio vai a R$ 181 bilhões

O financiamento ao agronegócio encerrou setembro de 2017 com saldo R$ 181 bilhões na carteira ampliada. O montante é 0,6% maior em relação a setembro de 2016. Destaque para o saldo carteira de crédito rural ampliada que apresentou crescimento de 5,0% em relação ao trimestre encerrado em setembro de 2016, alcançando R$ 156,5 bilhões.

O Banco mantém-se, historicamente, como principal agente financeiro do agronegócio no país, contribuindo de forma expressiva para o suprimento da demanda de crédito do segmento. Conforme dados do Sistema Nacional de Crédito Rural (SNCR), o BB detinha 60,1% de participação nos financiamentos destinados ao setor em setembro de 2017.

Recorde nas transações via mobile e internet

As transações via mobile e internet foram responsáveis por 72,1% do total de transações, maior percentual da história. Destaque para o total de 13,1 milhões de usuários do mobile banking, fruto do aprofundamento da estratégia digital do BB. A meta é chegar a 15 milhões de usuários nesse canal ao final de 2017.

Fonte: Banco do Brasil

Lucro dos bancos deve voltar a subir no trimestre

Publicado em: 26/04/2017

Depois de quatro trimestres consecutivos de queda, o resultado dos grandes bancos brasileiros deve começar a reagir. O lucro combinado de Itaú Unibanco, Banco do Brasil, Bradesco e Santander atingirá R$ 14,9 bilhões nos primeiros três meses deste ano, alta de 21% em relação ao mesmo período de 2016, de acordo com a projeção média de analistas.

A recuperação tem relação com a melhora, ainda que tímida, dos indicadores da economia, mas também com a base de comparação. Os três primeiros meses do ano passado foram o “fundo do poço” para os bancos, que precisaram digerir perdas bilionárias com o calote da fornecedora de sondas do pré-sal Sete Brasil.

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A expectativa é que os resultados também sinalizem o fim do ciclo de alta da inadimplência, que não para de crescer desde 2015. “Por outro lado, não esperamos uma recuperação na carteira de crédito, em razão tanto da demanda fraca como do apetite de risco limitado dos bancos”, escrevem os analistas do Goldman Sachs, em relatório.

Apesar das condições ainda desfavoráveis, os balanços já devem mostrar alguns sinais positivos. O HSBC prevê um ligeiro crescimento dos empréstimos de 2% para o Santander ante o trimestre anterior, impulsionado pela retomada do consumo e do financiamento das pequenas e médias empresas, e de 1% para Bradesco e Itaú, neste último sendo liderado pela expansão em segmento de baixo risco, como a carteira imobiliária e de consignado. O único que ainda deve não mostrar uma expansão da carteira de crédito é o Banco do Brasil.

A temporada de divulgação de resultados começa amanhã, com o Santander Brasil. O banco foi o único entre os grandes a ter aumento no lucro no ano passado. Mesmo assim ainda apresenta um retorno bem inferior aos principais concorrentes privados.

Para o Credit Suisse, a expectativa é que essa diferença diminua. “Acreditamos que o mercado está subestimando o impacto positivo da estratégia do banco sob a nova gestão, que ficará claro já em 2017”, afirmam os analistas, que elevaram recentemente a recomendação das ações do Santander para “outperform” – equivalente à compra.

O Deutsche Bank vê uma melhora da margem financeira e da qualidade dos ativos do banco espanhol no país, com as baixas para perdas já tendo sido provisionadas. “O crescimento dos empréstimos deve permanecer moderado, mas pode aumentar ligeiramente e crescer acima dos pares”, apontam os analistas do banco em relatório.

A maior recuperação nos resultados do primeiro trimestre deve vir do Banco do Brasil. O lucro da instituição deve dobrar em relação ao primeiro trimestre do ano passado, para R$ 2,6 bilhões, de acordo com a média das estimativas. Apesar da melhora, em termos anualizados o lucro do BB continuará abaixo da expectativa para 2017 como um todo, segundo os analistas do Itaú BBA.

O BB deve continuar sendo beneficiado pelo crescimento do resultado de intermediação financeira acima do setor. Os analistas do Santander esperam um crescimento de 5% dessa variável no período. O banco vem implementando um processo de recomposição dos juros nos empréstimos concedidos dentro do programa Bom Pra Todos, durante o governo Dilma Rousseff, que tinham taxas inferiores às de mercado. Com isso, o banco deve liderar a melhora da taxa de retorno sobre o capital, que deve passar de 8,1% para 11,8%, ainda abaixo da taxa apresentada pelos grandes bancos.

O Itaú é o que está à frente em termos de melhora da qualidade da carteira de crédito segundo os analistas. Os analistas do Santander preveem uma redução de 0,1 ponto percentual no índice de inadimplência do maior banco privado brasileiro no trimestre, de 3,4% para 3,3%. “Acreditamos que o banco deve continuar a apresentar melhora na qualidade dos ativos, especialmente nos segmentos de pessoas físicas e pequenas e médias empresas”, apontam em relatório.

Como o mercado avaliou que o banco foi bastante conservador na provisão para perdas no ano passado, apresentando um índice de cobertura de 222% em dezembro, os analistas do Santander esperam uma queda de 24% na despesa com provisão do Itaú neste trimestre em relação ao quarto trimestre do ano passado.

Já o Bradesco ainda deve registrar alguma alta na inadimplência, segundo os analistas. “Acreditamos que uma pequena alta no índice pode ser uma boa notícia para o banco”, afirma o Itaú BBA. Pelas projeções do Deustche Bank, o índice de atrasos na carteira do Bradesco deve ter uma alta de 5,5% para 5,6% entre dezembro de 2016 e março deste ano. “A qualidade dos ativos deve ficar amplamente sob controle, embora a inadimplência possa aumentar em empréstimos corporativos específicos que já foram provisionados”, apontam os analistas.

Um dos destaques do balanço do Bradesco deve ser as receitas de prestação de serviços, que devem apresentar uma alta de 15,1% em relação aos três primeiros meses do ano passado, nas contas do Goldman Sachs. Desde o terceiro trimestre, os números do banco incorporam os do HSBC Brasil.

Outro ponto que deve ser acompanhado de perto nos resultados dos bancos é a carteira de crédito de grandes empresas. As instituições registraram perdas bilionárias no ano passado com a baixa (“impairment”) de créditos concedidos na forma de títulos de dívida, como debêntures.

Apesar de não esperarem um aumento significativo do impairment por parte dos bancos nesse primeiro trimestre, os analistas do Santander ainda veem o anúncio da recuperação judicial de uma grande empresa – provavelmente a operadora de telefonia Oi – impactar negativamente o índice de inadimplência do Banco do Brasil. “Contudo, não temos expectativas de um efeito significativo sobre as despesas de provisão e, com isso, cremos que o mercado pode ter uma reação neutra, uma vez que esse item permaneceu no balanço do banco desde o segundo trimestre de 2016.”

O aumento da provisão para perdas com o anúncio do pedido de recuperação judicial da incorporadora PDG Realty, em fevereiro, deve começar a aparecer no balanço dos bancos neste primeiro trimestre. Embora já viessem fazendo provisão para perdas nesse caso específico, os bancos devem aumentar as despesas para cobrir eventuais perdas em créditos concedidos à incorporadora. A empresa tinha R$ 7,8 bilhões em dívida, sendo pelo menos R$ 3,339 bilhões em créditos bancários, parte deles na forma de debêntures e outros títulos.

O impacto da queda da Selic sobre os bancos também será um foco de atenção nos balanços. Mas os números ainda não devem mostrar os efeitos dos juros menores, já que não houve tempo para que os empréstimos concedidos com as taxas mais altas fossem renovados. “Não esperamos muita pressão nas margens fora das típicas questões sazonais”, afirmam os analistas do Goldman Sachs.

Fonte: Valor Econômico

Em plena crise econômica, empresas lucraram R$ 103,3 bilhões em 2016

Publicado em: 20/04/2017

O lucro líquido de 294 empresas brasileiras de capital aberto atingiu R$ 103,3 bilhões em 2016. O número revela um crescimento de 11,87% em relação a 2015, quando as mesmas empresas registraram um lucro de R$ 92,3 bilhões. Os dados foram levantados pela consultoria Economatica.

Em contrapartida, o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro acumulou 7,4% de queda em dois anos consecutivos após a retração de 3,6% em 2016. Em 2015, a economia já havia recuado 3,8%, depois de um ano de estagnação em 2014.

O economista Thomaz Ferreira Jensen explica que, mesmo com pouca atividade produtiva, a variação positiva do lucro das empresas se justifica pelas taxas de juros elevadas e por reduções de custo. Jensen afirma que a instabilidade político-econômica no período foi causada, em parte, pela falta de investimentos, já que a dinâmica econômica destas companhias não é mais baseada na geração de lucro com a atividade produtiva.

“Todas essas empresas que estão listadas na Bolsa [de Valores] têm uma boa parte do seu lucro decorrente das aplicações que elas fazem no mercado financeiro, especificamente ganhando dinheiro com a alta taxa de juros brasileira”, disse.

No mesmo sentido, o doutor em Ciências Sociais e professor da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-MG) Robson Sávio afirma que o Estado garante, com as altas taxas de juros, os privilégios do setor privado. “Os juros no Brasil não são civilizados. É um assalto institucionalizado ao trabalhador brasileiro. Com a alta taxa de juros, o Estado protege o rentismo, que não tem nenhum ônus mesmo em cenários de crise”, avaliou.

Segundo ele, o fortalecimento das empresas em períodos de recessão é uma estrutura do neoliberalismo, “que privilegia o capital em detrimento do trabalho e de políticas de ampliação de direitos”.

“O desemprego, por exemplo, é altamente favorecedor deste tipo de capitalismo porque mais pessoas vão procurá-lo a qualquer custo, abrindo mão de todos os direitos e a qualquer valor. É isso que acontece no Brasil hoje”, analisou o cientista político.

Instituições financeiras

Mesmo com queda nos resultados em relação a 2015, os bancos se mantiveram como o setor que mais lucrou no Brasil em 2016. Ainda segundo os dados da Economatica, as instituições financeiras acumularam aproximadamente R$ 48,6 bilhões no ano passado. Apesar de uma queda de R$ 1,7 bilhão, o Bradesco lidera a lista das empresas mais lucrativas, com R$ 21,6 bilhões.

Entre os 20 maiores lucros do Brasil, ainda aparecem o Banco do Brasil (R$ 8 bilhões), Santander (R$ 5,5 bilhões), BB Seguridade (R$ 4 bilhões) e BTG Pactual (R$ 3,4 bilhões).

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Para o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE), na conclusão da 11ª edição do estudo Desempenho dos Bancos, divulgado na semana passada, os bons resultados do setor estão relacionados à queda nas despesas com empréstimos e repasses em função da relativa valorização do real frente ao dólar, o que barateou os recursos captados pelos bancos no exterior.

Jensen destaca ainda a tendência “inexorável” de extrema concentração e centralização de capital no setor. Em 2016, o Bradesco consolidou a aquisição do HSBC Brasil após a negociação de R$ 16 bilhões em 2015.

O economista pontua ainda a dificuldade de inserção de bancos estrangeiros no mercado brasileiro, que são adquiridos ou ocupam fatias menores de participação. “O que me chama atenção neste setor bancário é que ele é altamente internacionalizado e desnacionalizado na região da América Latina. Mas, no caso brasileiro, é basicamente um duopólio que reforça o poder do Itaú e do Bradesco — que, importante pontuar, são grupos de controle familiar que ditam seus rumos”, disse.

Ajuste fiscal

Segundo a consultoria Economatica, a ampliação dos lucros estaria relacionada também à reestruturação e introdução acelerada de novas tecnologias e a digitalização dos processos, como internet banking e aplicativos de celular, mas, principalmente, pelo encolhimento de suas estruturas físicas e de pessoal.

Já o relatório do Dieese aponta que, além da elevação das receitas com tarifas e serviços, as instituições financeiras também garantiram o resultado positivo com a venda de seguros, previdência e capitalização. E, em 2017, o setor bancário pode ampliar esta variação positiva dos lucros, caso, por exemplo, caso a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 287, que altera as regras da aposentadoria, seja aprovada.

Para Jensen, ao minimizar o público da previdência social no Brasil, o governo federal abre espaço para que o setor privado amplie sua participação. “Há na proposta de reforma [da Previdência] uma clara intencionalidade de abrir espaço para os bancos, que basicamente são os controladores das grandes seguradoras privadas, possam ter mais mercado para seus planos privados”, avaliou o economista.

Já Sávio ressalta que a desregulamentação da Previdência, da legislação trabalhista e outros cortes sociais vão garantir que os processos de acumulação de renda permaneçam. Segundo ele, o fator político, que levou o setores da economia a apoiar a entrada do governo golpista de Michel Temer (PMDB), foi o principal desencadeador de desestabilização da economia.

“Todos o ônus sobra para o trabalhador, o aposentado, para aquele que depende de um estado distribuidor de renda e das políticas sociais. Isso é um processo histórico e que nesse momento se agudizou”, finalizou o professor.

 

Fonte: Brasil de Fato

Dívidas da Oi e Sete Brasil afetam resultados do BB

Publicado em: 23/02/2017

O Banco do Brasil divulgou nesta quinta-feira (16) os números do balanço de 2016. O lucro líquido atingiu R$ 8 bilhões, resultado 44% menor que em 2015. Inadimplência e redução nos empréstimos, em razão da crise econômica, foram os principais fatores para a queda. Empréstimos para duas empresas afetaram consideravelmente os resultados: Oi e Sete Brasil, empresa criada para administrar a construção de plataformas para a Petrobras. As duas estão em recuperação judicial.

O caso fica mais grave porque ninguém sabe quando e como as duas gigantes vão pagar as dívidas bilionárias que contraíram. O Banco do Brasil não está sozinho. Outros bancos também concederam financiamentos a elas.

Fonte: Época

Temer diz que cobrará do BB aumento da oferta de crédito

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O presidente Michel Temer disse que vai cobrar, do Banco do Brasil (BB), o aumento da oferta de crédito para o mercado. Segundo o presidente, isso será possível graças ao lucro que vem sendo registrado e aos ajustes de gestão que estão sendo feitos pelo banco.

Temer fez a declaração durante a cerimônia de sanção da medida provisória (MP) que reformula o ensino médio no País. “Quando se fala em reforma, não se percebe bem o conceito material e como isso mexe no bolso das pessoas e como isso pode facilitar a vida não só de quem tem recursos como de quem não tem recursos”, acrescentou.

O presidente disse que recebeu hoje a notícia de que, apesar das dificuldades econômicas, no ano passado, o Banco do Brasil teve lucro de R$ 8 bilhões, embora tenha fechado agências e dispensado 9,5 mil servidores em processos de aposentadoria ou demissão consentida. “Daria muito mais do que isso. Esses 9,5 mil dispensados geraram um pagamento de R$ 1,4 bilhão. Portanto, o lucro seria de R$ 9,4 bilhões. Ora, o BB é um banco vocacionado para o crédito, para o empréstimo. Portanto, na medida que tem essa possibilidade, evidentemente que há, e nós vamos cobrar, aumento do crédito no País”, ressaltou.

Para Temer, tendo aumentado os lucros, o BB tem melhores condições de ampliar seus financiamentos, o que ajudará o País a concluir obras inacabadas. “Tínhamos várias obras inacabadas. Quando cheguei aqui me surpreendi, porque eram obras que muitas vezes demandavam aplicações e recursos entre R$ 1 milhão e R$ 10 milhões. São creches, UPAs [unidades de pronto-atendimento] e obras de pequena repercussão, mas que nos municípios pequenos têm repercussão extraordinária”.

O presidente informou que, na manhã de hoje, teve uma conversa com o ministro interino do Planejamento, Dyogo Oliveira, na qual foi informado de que, das obras inacabadas, 436 foram retomadas e 79, concluídas.

Temer comentou ainda a queda dos índices inflacionários e a redução de despesas que vem sendo feita pelo governo. “A inflação hoje está em 5,35%. Isso vai repercutir para os mais pobres. Significa talvez a impossibilidade do eventual aumento de preços nos supermercados a pretexto da inflação”, disse. “Além do que só a redução do custeio, depois que assumimos, foi de 2,6%. Isso significou redução de quase R$1 bilhão das despesas”, acrescentou.

Fonte: Portal Terra

Com reestruturação, BB corta R$ 2,3 bilhões em despesas

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São Paulo – Em sua reestruturação, o Banco do Brasil já fechou centenas de agências e concluiu um plano de aposentadoria incentivada que cortou R$ 2,3 bilhões em despesas.

O número foi divulgado hoje pelo banco, em sua coletiva de resultados do quatro trimestre e ano de 2016 –  a primeira  mensuração oficial do impacto das mudanças de gestão, anunciadas em novembro, para o negócio.

De acordo com o banco, o principal corte de gastos veio da redução de funcionários, que compõem mais de 60% do total de despesas administrativas. Quase 10% de toda a força de trabalho aderiu ao plano – 9.409 pessoas exatamente.

Para este ano, o BB não pretende fazer uma nova rodada de incentivos a aposentadoria e já fechou um acordo coletivo para o aumento de salário no período.

Apesar da economia bilionária, o banco ainda prevê cortes de custos recorrentes na ordem de R$ 750 milhões.  Ele pretende alcançar o valor com renegociações de contratos de aluguel e segurança nas agências, serviços de terceiros e custos com transportes de valores. No ano passado, já conseguiu reduzir as despesas com isso em R$ 82 milhões.

Em sua reestruturação, o banco já fechou 274 agências e até o final de março, mais 128 serão fechadas.

Guidance

O Banco do Brasil apresentou suas metas para o ano de 2017. O lucro líquido deverá ser entre R$ 9,5 e R$ 12,5 bilhões, contra R$ 8 bilhões em 2016.

A carteira de crédito deverá crescer entre 1% e 4%, impulsionada principalmente pelo agronegócio.

A carteira voltada a grandes empresas continuará caindo de acordo com as previsões do banco, por conta da crise econômica. No ano passado, essa carteira caiu 19,2%, por conta do grande número de pedidos de recuperação judicial.

Digital

Com a redução de funcionários e fechamento de agências, o Banco do Brasil está buscando formas de fazer mais com menos. Uma maneira é a expansão de seus serviços digitais.

Cerca de 1,3 milhão de clientes já é atendido por agências digitais. Para 2017, o plano é que esse número chegue a 1,8 milhão de clientes estilo digital e exclusivo digital.

Hoje, 65% de todas as transações do banco são feitas pelo aplicativo mobile ou por um computador. Em 2016, o celular foi responsável por 10,7 bilhões de transações, 53% a mais do que no ano anterior.

A mudança não apenas corta a fila de espera em bancos, mas também impulsiona o balanço da empresa. Ao trocar o físico pelo virtual, os gerentes podem atender até 35% mais clientes e a rentabilidade melhora de 20% a 44%, diz a instituição.

Por essa razão, o BB está criando soluções digitais, como o aplicativo Ourocard, a possibilidade de renegociar dívidas e até financiar um carro pelo smartphone.

Pela Conta Fácil, totalmente virtual, é possível abrir uma conta em 7 minutos, em comparação aos 53 minutos para o mesmo procedimento em uma agência. O custo dessa modalidade também é 24 vezes menor do que uma conta normal.

A expectativa é que 1,8 milhão de contas sejam abertas pelo aplicativo em 2017.

Fonte: Exame.com