BB: alienação da participação na Neoenergia resultará em R$ 1,775 bilhão

Publicado em: 03/07/2019

O Banco do Brasil (BBAS3) divulgou em comunicado nesta sexta-feira (28) que na última quinta-feira (27) foi fixado em R$ 15,65 o preço por ação da oferta pública secundária de ações da Neoenergia (NEOE3).

Com isso, o banco informa que a alienação da participação da BB Investimentos, controlada do Banco do Brasil, equivalente a 9,35% das ações da Neoenergia, registrado a R$ 1,795 bilhão no banco (segundo posição de 31 de março de 2019), resultará em R$ 1,775 bilhão.

“Estimamos que os impactos no resultado e no índice de Capital Principal serão residuais. A transação foi realizada com o objetivo de otimizar o valor dos investimentos estratégicos do conglomerado BB”, completa a nota.

A saída do Banco do Brasil do controle da Neoenergia, viabilizada pela oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês), é um passo na evolução natural da companhia e não vai resultar em mudança da estratégia de crescimento da empresa, disse o diretor-presidente da companhia, Mario Ruiz-Tagle.

“A estratégia não vai mudar, a estratégia tem sido crescer organicamente em distribuição, continuar fazendo investimentos em energias renováveis e aproveitar todas as oportunidades que o Brasil apresenta para continuar apoiando o desenvolvimento da infraestrutura energética do Pais”, afirmou o executivo a jornalistas, após participar de cerimônia que marcou o início das negociações da ação da companhia na B3.

Ele salientou que o IPO foi a conclusão do processo de reestruturação da companhia, iniciado em 2017, quando foi feita a incorporação entre a holding Neoenergia e a Elektro, permitindo a “tomada do controle da Iberdrola”. A operação também já vislumbrava a abertura de capital da empresa, de maneira a permitir que o Banco do Brasil deixasse a empresa e que a Previ tivesse uma “janela de liquidez”. “O Banco do Brasil é um banco de investimento, um banco que não tem no core business continuar 22 anos num investimento”, acrescentou.

Ruiz-Tagle também salientou que a abertura de capital favorecerá a comunicação com o mercado, permitindo explicar melhor os movimentos executados. A Neoenergia foi criticada nos últimos anos por sua estratégia de participação em leilões de transmissão, com a aquisição de projetos com lances questionados pelo mercado, e também pela disputa pela distribuidora paulista Eletropaulo, que acabou perdendo para a Enel. O executivo considerou as críticas “injustas”. “Somos uma companhia disciplinada, formamos parte de um grande grupo que é a Ibedrola e temos disciplina de alocação de capital. Entendemos a crítica do mercado, porque não nos conhece, agora vamos ter abertura comunicacional mais fluida e ter mais espaço para explicar”, disse, salientando que quando os projetos forem entregues vão trazer crescimento com rentabilidade para o grupo.

Fonte: Money Times (com Jornal DCI)

Neoenergia deve fazer oferta pública secundária de ações em julho

Publicado em: 29/05/2019

A Neoenergia, segunda maior distribuidora de energia do Brasil, deve lançar uma oferta pública secundária de ações na B3 (Brasil, Bolsa, Balcão) “nos primeiros dias” de julho, segundo o presidente da empresa Iberdrola, Ignacio Galán. A espanhola Iberdrola é a controladora da Neoenergia, e atua nos segmentos de distribuição de gás natural e na geração e distribuição de energia elétrica. Por sua vez, a Neoenergia atua na distribuição de energia no Brasil, e entre as principais subsidiárias estão: Elektro, que opera em São Paulo e no Mato Grosso do Sul; Coelba, que opera na Bahia; Celpe, que opera em Pernambuco e Cosern, que opera Rio Grande do Norte.

Galán está em visita ao Brasil, para a inauguração de usina hidrelétrica de Baixo Iguaçu, em Capanema, no Paraná. No evento, o executivo explicou que o cronograma prevê que “ao longo de todo o mês de junho serão feitos todos os ‘road shows’ (apresentações) e serão fixados os preços e todas as condições”. A oferta pública secundária de ações na Bolsa de Valores de São Paulo foi aprovada no último dia 29 de abril. Os principais sócios da empresa são: Iberdrola com participação de 52,45% (deve manter controle); Banco do Brasil (BBAS3) com participação de 9,34% (deve vender toda a fatia); e o Previ (Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil) com participação de 38,21% (deve desfazer-se de parcela mínima). Foi solicitada a admissão para negociação dos títulos no segmento Novo Mercado da B3. A Neoenergia já tinha tentado estrear na Bolsa em 2017. Entretanto, na época, a precificação ofertada pelos investidores não agradou aos acionistas brasileiros.

A Iberdrola planeja uma oferta pública de distribuição de R$ 1,25 bilhão em debêntures. Segundo o economista da Suno Research, Tiago Reis, “as debêntures são títulos de dívida que uma Sociedade Anônima (S/A) possui com um investidor”. Tal dívida que pode ser de médio ou longo prazo. Deste modo, o credor passa a ter direito de crédito com a companhia. A Neoenergia informou que serão emitidas e oferecidas, inicialmente, um total de 1,250 milhão de debêntures. Cada uma precificada a R$ 1 mil. No entanto, poderá haver disponibilidade de um lote adicional de de 250 mil debêntures. Desta forma, o total a ser arrecadado pode atingir R$ 1,5 bilhão. As debêntures deverão ser emitidas em suas séries: com vencimento em 10 anos (15 de junho de 2029); e com vencimento em 14 anos (15 de junho de 2033). Segundo a Neoenergia, trata-se da sexta emissão de debêntures para financiar as operações brasileiras.

Neoenergia inaugura usina hidrelétrica no Paraná

O grupo Neoenergia na última quinta-feira (23) a usina hidrelétrica do Baixo Iguaçu, em Capanema (PR). A usina fica a 567 quilômetros da capital paranaense, Curitiba. O total de investimentos na usina hidrelétrica soma R$ 2,4 bilhões. A capacidade de geração é de 350 megawatts (MW) de energia. Isto equivale a um potencial de abastecimento de 1 milhão de moradias. A Neoenergia participa do Consórcio Empreendedor Baixo Iguaçu (CEBI), em conjunto com a Companhia Paranaense de Energia (Copel). Galan destacou no evento de inauguração a importância do Brasil para a companhia. Além disso, anunciou planos de investimentos de R$ 30 bilhões nos próximos anos.

“Nós temos um plano robusto de investimentos no Brasil. Estamos ampliando bastante a nossa rede de distribuição na Bahia”, afirmou Galan. De acordo com o presidente-executivo da Iberdrola, a Neoenergia tem expectativas de expandir a sua participação na geração de energias renováveis, por meio dos próximos leilões do setor. “A demanda por energia na região e no Sudeste cresce a uma média de 5% ao ano. Isso significa novos investimentos. São novas indústrias e o turismo demandando investimentos, como acontece na Bahia”, explicou. “Nós estamos aqui para reafirmar o nosso interesse com o desenvolvimento sustentável do país. Estamos a 22 anos gerando energia aqui, presentes em 18 estados”, disse Galán, presidente-executivo da Iberdrola, que controla a Neoenergia.

Fonte: Suno Research

Lista de desinvestimentos do Banco do Brasil já conta com seis empresas

Publicado em: 15/05/2019

O Banco do Brasil (BB) já tem uma lista de seis empresas nas quais pretende desinvestir nos próximos trimestres. A ideia é que a instituição se desfaça de todos os ativos que não possuem sinergia com sua atividade principal com o intuito de melhorar sua eficiência.

O primeiro desinvestimento a ser realizado, segundo o presidente do BB, Rubem Novaes, é a BB Tur, agência de turismo do banco público e que deve ser fechado, ao invés de vendido. Em seguida, os dois outros processos mais maduros são a venda de participações do banco na Neoenergia e no IRB Brasil Resseguros.

Entre outros nomes cotados também estão o BB Américas e os bancos Votorantim e Patagônia.“O Banco do Brasil é diferente das instituições que têm ações líquidas disponíveis para venda. Normalmente temos acordos de acionistas que precisamos cumprir e em muitos desinvestimentos sequer somos o acionista majoritário. Essas coisas precisam ser discutidas porque não são unilaterais, mas continuamos na intenção de desinvestir tudo o que não tem sinergia com nossa nave central”, afirma o presidente.

Novaes também reitera que todos esses ativos já contam com assessores (advisors) para encaminhar as questões de desinvestimentos da melhor maneira possível, de forma que o banco não saia “desesperado”, mas sim, fazendo bons negócios.O executivo também relacionou as “amarras” que a instituição tem como banco público como a razão de ainda não conseguir competir de igual para igual com seus pares privados. “Essas amarras do setor público que travam certas providências e que podem tirar a velocidade dessa briga com os pares privados. Não temos a mesma liberdade nem a facilidade de contratação, demissão ou encerramento de agências, por exemplo. É natural que a gente sofra um pouco com isso”, completa Novaes.

Carteira de crédito

Ao mesmo tempo, apesar do lucro líquido ajustado do BB ter atingido a marca recorde de R$ 4,247 bilhões no primeiro trimestre deste ano, avanço de 40,4% em relação a igual período de 2018 e Retorno Sobre Patrimônio Líquido (RSPL) de 16,8% (contra 12,6% na mesma relação), a receita do banco com mercado de capitais – aposta do banco para este ano – ficou aquém do esperado.

A renda com o segmento no primeiro trimestre alcançou R$ 151 milhões, uma queda de 34% em comparação ao observado no mesmo intervalo de 2018 (R$ 228 milhões). O recuo é bem mais significativo do que a redução vista no mercado, cuja movimentação financeira demonstrou queda de 9% no quadrimestre deste ano ante os quatro primeiros meses do ano passado.

Segundo o vice-presidente de negócios de atacado, Márcio Hamilton, apesar de o BB ter participado de 26% do total captado no primeiro trimestre, a retração das empresas ante a economia ainda fraca reflete e pesa na composição com prestação de serviços. “A grande maioria dos empresários ainda espera pela reforma da Previdência e continua alongando suas posições tanto em operações comerciais quanto no mercado de capitais. Pode-se dizer que o segundo semestre deve melhorar, mas ainda vai depender da confiança e da estrutura de capital de cada companhia”, diz.

Na mesma linha, a carteira de crédito de pessoas jurídicas registrou uma queda de 3,7% no primeiro trimestre deste ano em relação a igual período de 2018, de R$ 266,4 bilhões para R$ 2566 bilhões. A queda foi puxada, principalmente, pelas grandes empresas, que mostraram recuo de 13% na mesma comparação, de R$ 120,9 bilhões para R$ 105,1 bilhões.

Já as micros, pequenas e médias empresas caíram 3% no período, de R$ 60,8 bilhões para R$ 58,9 bilhões.Já a carteira de crédito total da instituição, por sua vez, somou R$ 684,2 bilhões no primeiro trimestre, um aumento de apenas 0,8% em comparação a igual período do ano passado (R$ 678,8 bilhões).A inadimplência do BB ficou em 2,59% de janeiro a março, recuo de 1,04 ponto percentual contra os mesmos meses de 2018 (3,63%). As ações ordinárias do Banco do Brasil estavam entre as mais negociadas e terminaram com valorização de 0,87%, cotadas a R$ 51,03.

Jornal DCI