Banco do Brasil reduz juros de linhas de crédito após corte da Selic

Publicado em: 02/02/2024

O Banco do Brasil voltou a reduzir os juros cobrados em várias linhas de crédito, tanto para pessoas físicas quanto para pessoas jurídicas, após o Copom reduzir a taxa Selic em 0,5 ponto porcentual, para 11,25% ao ano nessa noite. No banco, as novas taxas passam a valer na segunda-feira, 5.

Segundo o BB, os juros podem ficar até 0,04 ponto porcentual mais baixos com os cortes, a depender da linha de crédito. Em pessoas físicas, cairão os juros de crédito consignado para o setor público, salário, renovação e cartão de crédito. Em pessoas jurídicas, as reduções acontecerão em especial nas linhas de recebíveis e de financiamento.

“Ao diminuir as taxas de juros, o BB dá a sua contribuição para o desenvolvimento do País”, diz em nota a presidente do BB, Tarciana Medeiros. “Acreditamos que a medida irá incentivar investimentos, estimular o consumo e criar um ambiente propício para o crescimento da economia, com a geração de mais empregos e renda.”

No ano passado, o BB fez reduções nos juros de algumas linhas a partir dos cortes feitos na Selic pelo Copom.

Fonte: Correio Braziliense

BB e Caixa anunciam redução de taxas de juros, após decisão do Copom

Publicado em: 21/09/2023


Assim como ocorreu na reunião de agosto do Comitê de Política Monetária (Copom), os bancos estatais anunciaram redução de suas taxas de juros, acompanhando o corte da Selic, na sequência à divulgação da decisão.

O Banco do Brasil anunciou a redução de suas taxas de juros, que pode chegar até 0,04 ponto percentual ao mês, conforme as características da linha. As novas taxas estarão disponíveis para os clientes pessoa física a partir de amanhã (21). Para pessoa jurídica, a redução começa a valer a partir de sexta-feira (22 de setembro).

Segundo o BB, em PF haverá redução de taxas em crédito consignado para o setor público e INSS, financiamento de veículos, automático, salário, benefício, renovação, 13º salário e cartão de crédito. “Vale destacar o crédito consignado para o setor público e o crédito estruturado (com garantias), que passam a contar com taxas de juros a partir de 1,19% ao mês e 1,21% ao mês, respectivamente.”

No consignado do INSS, a taxa cai do patamar atual de 1,75% ao mês para 1,71% ao mês, na mínima. Na ponta do teto, a nova taxa é 1,85%, ante 1,89% praticados até aqui.

Em PJ, o BB definiu taxas mais baixas para as linhas de desconto de títulos, capital de giro, conta garantida e em outros produtos. As reduções variam em função do relacionamento com os clientes.

Segundo o BB, em PF haverá redução de taxas em crédito consignado para o setor público e INSS, financiamento de veículos, automático, salário, benefício, renovação, 13º salário e cartão de crédito. “Vale destacar o crédito consignado para o setor público e o crédito estruturado (com garantias), que passam a contar com taxas de juros a partir de 1,19% ao mês e 1,21% ao mês, respectivamente.”

No consignado do INSS, a taxa cai do patamar atual de 1,75% ao mês para 1,71% ao mês, na mínima. Na ponta do teto, a nova taxa é 1,85%, ante 1,89% praticados até aqui.

Em PJ, o BB definiu taxas mais baixas para as linhas de desconto de títulos, capital de giro, conta garantida e em outros produtos. As reduções variam em função do relacionamento com os clientes.

Fonte: Valor Investe

Com ambiente favorável da economia, Banco do Brasil reduz juros

Publicado em: 04/08/2023


O Banco do Brasil anunciou nesta quarta-feira, 2, redução nas suas taxas de juros, em linha com a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom). O Copom reduziu a Selic em 0,50 ponto percentual ao ano, em anúncio realizado no início da noite desta quarta-feira (2). No BB, essa redução pode chegar até 10 bps ao mês, conforme as características da linha e estará disponível para os clientes a partir do dia 4.

Na pessoa física, os juros estão mais atrativos nas linhas de crédito consignado, automático, salário, benefício, renovação e 13º Salário, com destaque para redução no Consignado INSS, de 1,80% ao mês para 1,76% ao mês, na faixa mínima, e de 1,95% ao mês para 1,89% ao mês no patamar máximo. Na pessoa jurídica/MPE, temos reduções no desconto de títulos, capital de giro, conta garantida e em outros produtos. As reduções variam de acordo com o relacionamento com os clientes e as consultas poderão ser realizadas já no dia 4 por todos os canais de atendimento do BB.

A presidenta do Banco do Brasil, Tarciana Medeiros, ressalta que a trajetória de queda da Selic quebra o ciclo de alta da taxa básica de juros no país, iniciado em março de 2021, e promove movimentos ainda mais consistentes para a retomada do crescimento. “A queda da taxa de juros no país está apoiada em condições positivas, construídas ao longo de todo o primeiro semestre deste ano. Elas possibilitam crédito mais barato para as famílias e para as empresas – especialmente as MPE – o que nos permite vislumbrar perspectivas de ainda maior dinamismo da economia, com mais crescimento e geração de emprego”, considera. “Nossa redução observa boas práticas bancárias. O cenário macroeconômico favorável se soma ainda ao nosso monitoramento permanente das taxas de produtos de crédito, com o propósito de estabelecer sempre as condições mais adequadas para nossos clientes”, destaca.

Fonte: Banco do Brasil

 

Banco do Brasil espera queda da Taxa Selic no segundo semestre

Publicado em: 19/05/2023


O Banco do Brasil (BBAS3) tem uma expectativa de que a taxa básica de juros da economia, a Selic, comece a cair a partir do segundo semestre deste ano, uma previsão condizente com a de alguns participantes do mercado. A queda, na visão do banco, terá efeito imediato positivo ao reduzir o custo de captação. Ao mesmo tempo, porém, ocasionará a reprecificação das carteiras e de novos contratos.

“Nós já estamos adotando outras medidas para nos preparar dentro da ótica de gestão integrada de ativos e passivos (ALM) para o novo cenário de redução de taxa de juros”, afirmou o vice-presidente de gestão financeira, Geovane Tobias, durante coletiva de imprensa.

Ele destacou, no entanto, que não espera que haja um hard landing, ou seja, um corte brusco na Selic. Quanto a uma possível redução nos juros do crédito concedido, a diretoria do BB destacou que não vê políticas anticíclicas sem que elas tenham um modelo técnico para ampará-las sustentavelmente.

Inadimplência

O crédito mais escasso e mais caro no Brasil tem sido diretamente responsável pelo aumento do endividamento das empresas nos últimos meses. No primeiro trimestre deste ano, o Banco do Brasil registrou um aumento das dívidas vencidas há mais de 90 dias nos clientes PJ, uma tendência que a diretoria classifica como uma normalização depois de níveis excessivamente baixos.

O ritmo, no entanto, parece controlado. A deterioração da inadimplência PJ cresceu de 1,23% no 1T22 para 2,13% no 1T23. “Obviamente, temos monitoramento contínuo e muito próximo de todos os clientes e procuramos atuar com antecipação, entendendo as pressões que podem estar sendo exercidas”, afirmou Felipe Prince, vice-presidente de gestão de risco.

No caso das pessoas físicas, o BB informou que atingiu o pico da inadimplência. No primeiro trimestre deste ano, o índice desses clientes chegou a 5,39% da carteira, o que representa uma queda em relação aos 5,44% registrados no quarto trimestre de 2022.

A inadimplência do BB como um todo teve uma leve deterioração no primeiro trimestre, chegando a 2,62%, vindo de 2,51% no período anterior. O índice está abaixo da média do sistema financeiro, de 3,30%.

Americanas superada?

O principal exemplo da crise de crédito no Brasil foi a recuperação judicial da Americanas em janeiro. Os bancos, principais credores da varejista, tiveram postura incisiva na negociação.

O Banco do Brasil é dos que tem a menor exposição à companhia e decidiu provisionar apenas 50% do crédito concedido no balanço do quarto trimestre de 2022. Não houve provisionamento adicional nos números referentes ao primeiro trimestre de 2023.

A expectativa do BB é de que a aprovação do plano de recuperação judicial da Americanas aconteça até o fim de junho.

“Todos os bancos souberam se entender e, consequentemente, obter uma proposta de plano de recuperação judicial bem mais favorável do que a que se desenhava inicialmente”, afirmou Felipe Prince.

Desenrola enrolado

Visto o alto nível de endividamento da população brasileira, os bancos têm tido um papel importante no desenvolvimento do programa Desenrola, promessa de campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Mas o anúncio oficial do programa tem sofrido com sucessivos adiamentos devido a dificuldades técnicas no desenvolvimento da ferramenta.

De acordo com Tarciana Medeiros, presidente do BB, a estimativa é de que o programa seja lançado entre o final do primeiro semestre e início do segundo.

“É uma questão de desenvolvimento de uma ferramenta tecnológica, de uma clearing que una credores e devedores. A complexidade está no desenvolvimento mesmo”, disse Tarciana.

Ela destacou que, independentemente do Desenrola, o Banco do Brasil aumentou as renegociações no primeiro trimestre e conseguiu recuperar R$ 2,5 bilhões.

Fonte: Seu Dinheiro

Artigo: Os efeitos da elevação da taxa Selic sobre os fundos de pensão

Publicado em: 31/03/2021


José Roberto Ferreira*

As Entidades Fechadas de Previdência Complementar (EFPC), também conhecidas como fundos de pensão, têm, na capitalização, o regime financeiro que sustenta os planos de benefícios previdenciários que administram. A capitalização consiste no mecanismo de acumulação e de multiplicação de capital, por meio da incidência de juros sobre juros – conhecido como juros compostos.

No caso dos fundos de pensão, a capitalização dos ativos que suportarão os benefícios contratados conta com os juros compostos decorrentes da aplicação dos recursos e com as contribuições de participantes, assistidos, patrocinadores e instituidores. Historicamente, a rentabilidade dos fundos de pensão no Brasil foi, majoritariamente, obtida por meio da aplicação dos recursos em títulos públicos federais, que apresentavam características atípicas e que contrariavam os princípios de finanças: possuíam, ao mesmo tempo, elevada rentabilidade, grande liquidez e reduzidos riscos.

Há alguns anos, os fundos de pensão chegaram a possuir cerca de 87% de todos os seus recursos alocados em títulos públicos federais. Ou seja, os fundos de pensão sempre foram os grandes financiadores da dívida mobiliária federal. Felizmente e em benefício da lógica da capitalização, essa realidade tem mudado, inclusive nesse cenário extremamente adverso, representado pela pandemia do COVID-19.

Segundo o Relatório Gerencial de Previdência Complementar relativo ao 6º bimestre de 2020, recentemente publicado pela Subsecretaria do Regime de Previdência Complementar (SURPC), órgão vinculado ao Ministério da Economia, apenas 48,6% dos recursos dos fundos de pensão estavam alocados em títulos públicos federais ao final de 2020, ainda que outros 14,87% estivessem aplicados em cotas de fundos de investimentos, em parte lastreados por títulos públicos federais. Tamanho reposicionamento dos investimentos foi impulsionado pela progressiva redução da taxa SELIC (taxa básica de juros da economia brasileira e que representa o preço médio de negociação dos títulos públicos federais), adicionado à necessidade de rentabilidade imposta pelos planos de benefícios que possuem meta consolidada de retorno financeiro (conhecidas como exigível ou meta atuarial) em 2020, da ordem de 4,70% reais ao ano, ou seja, acima dos índices de inflação, segundo informações recentemente divulgadas pela Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar (ABRAPP).

O ápice desse movimento ocorreu há alguns meses, quando a taxa Selic foi posicionada em nível inferior à inflação observada no mesmo período, resultando em taxa real de juros negativa. Por óbvio, os efeitos desse quadro no modelo de acumulação adotado pelos fundos de pensão resultam em descapitalização. Paralelamente, o processo inflacionário tem se mostrado recrudescente e é agravado pelos efeitos da pandemia em relação aos preços de bens e serviços. Diferentemente da inflação conhecida pelos brasileiros, cuja origem é o chamado choque de demanda (grande procura por bens e serviços limitados e consequente elevação de preços), o cenário atual é caracterizado por restrição de renda para o consumo e consequente oneração dos meios de produção. Portanto, a medida natural e conhecida para conter processos inflacionários – elevação da taxa Selic para estimular poupança e limitar consumo e, por consequência, reduzir os preços dos bens e serviços – é ineficaz para o quadro apresentado.

No entanto, a prescrição tende a ser a mesma, como afirmam os principais agentes do sistema financeiro: a curva de juros futuros já mostra uma taxa Selic de 6,5% em dezembro deste ano e de 9% no fim de 2022, contra os atuais 2,75%. Ainda assim, tais retornos não devem se mostrar suficientes para atender às metas atuariais dos planos de previdência complementar fechada. Ocorre que essa tendência pode sugerir aos fundos de pensão, um equivocado retorno à zona de conforto na qual os ganhos financeiros se mostrem facilitados, com elevada liquidez e reduzido risco. Ainda que esse cenário possa resultar em oportunidades de curto prazo para os fundos de pensão, não indica uma condição estrutural, dadas as consequências fiscais decorrentes da elevação da taxa SELIC, que é o crescimento e a progressiva oneração da dívida pública federal, o que se mostra insustentável no médio e longo prazo.

Portanto, é importante que os fundos de pensão compreendam essa provável elevação da taxa Selic como situação circunstancial e que não deve representar uma alteração na trajetória em curso, que objetiva a responsável assunção de riscos – sempre com a prudência inerente ao dever de diligência imposto aos dirigentes dos fundos de pensão – e consequente obtenção dos retornos financeiros estruturais e necessários à manutenção do modelo de capitalização que sustenta a previdência complementar.

*É economista; sócio-diretor da empresa Rodarte Nogueira & Ferreira – consultoria em atuária e estratégia; e ex-diretor-superintendente da Previc

Após corte na Selic, BB anuncia redução nas taxas de empréstimos

Publicado em: 12/12/2019


O Banco do Brasil anunciou nesta quarta-feira (11) mais uma redução nas taxas de juros para diversas linhas de crédito disponibilizadas pela instituição. As reduções vão beneficiar tanto as pessoas físicas quando as jurídicas e foram anunciadas imediatamente após o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco central (BC) reduzir a taxa básica de juros da economia brasileira, a Selic, de 5% para 4,5%.

Crédito para pessoa física não consignado

As linhas de “crédito automático” e “renovação” passarão a ter taxas mínimas fixadas a partir de 2,87% ao mês, enquanto a linha “BB crediário” terá taxas a partir de 3,11% ao mês. Para quem recebe proventos em conta do Banco do Brasil, o “crédito salário” passará a ter taxas a partir de 2,69% ao mês – a mesma alíquota vale para a antecipação de 13º salário;

Home equity

No segmento “BB crédito imóvel próprio”, as taxas mensais foram reduzidas de 1,34% para 1,30% na faixa mínima, e de 1,72% para 1,68% na faixa máxima;

Veículos

Na linha de crédito para compra de carros, os clientes do BB passarão a contar com taxas a partir de 0,6% ao mês para automóveis zero quilômetro;

Empresas

A redução também contemplará os clientes pessoas jurídicas. Na linha “desconto de títulos”, as taxas mínimas mensais passarão de 1,08% para 1,04%. Já para “desconto de cheque”, o corte foi de 1,27% para 1,23%. Ambas as taxas se referem a operações com prazo de 45 dias. O BB também ajustou taxas para o segmento de varejo; para contratos com prazo de 720 dias, as taxas mínimas caíram de 1,47% para 1,22%. O banco também disponibilizou a linha de “giro 13º salário” com taxas especiais a partir de 1,08% ao mês para operações com prazo de um ano;

Agronegócio

Produtores rurais poderão contratar o “custeio pecuário” com taxas “mais atrativas”, segundo o BB, que não detalhou os percentuais. A linha de financiamento de veículos utilitários leves teve a taxa reduzida para 0,62% ao mês.

Fonte: Valor Investe

Bancos voltam a anunciar redução de juros minutos após queda da Selic

Publicado em: 08/02/2018


Os principais bancos do país anunciaram nesta quarta-feira (7) uma nova redução das taxas de juros cobradas no crédito para pessoas físicas e empresas. Os comunicados de Bradesco, Itaú, Banco do Brasil e Santander foram divulgados à imprensa minutos após a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de cortar a taxa básica de juros, a Selic, para 6,75% ao ano.

O Bradesco informou que vai “repassar o corte de 0,25 ponto porcentual da taxa Selic nas principais linhas de crédito de pessoa física e pessoa jurídica”. O banco não deu mais detalhes sobre quais linhas serão alteradas e quais são as novas taxas.

Itaú

O Itaú Unibanco também disse que vai repassar “integralmente” a redução da Selic nas taxas nas linhas de crédito para pessoa física e jurídica. As novas taxas passam a valer a partir do dia 14.

Empréstimo pessoal: a taxa mínima passa de 1,48% para 1,37% ao mês.

O Itaú informou também que reduzirá os juros cobrados nos empréstimos para a compra de veículos e nas linhas de capital de giro para pequenas empresas. O banco não informou quais serão os novos valores cobrados.

O banco ressalta, no entanto, que a “composição das taxas cobradas aos consumidores leva em consideração diversos fatores além da taxa básica de juros, como garantias, perfis de risco dos clientes, prazo das operações, entre outros”.

Banco do Brasil

O Banco do Brasil alterou suas taxas de crédito para compra de veículos, empréstimos com imóvel ou veículo como garantia, entre outras linhas. As novas taxas entram em vigor a partir da próxima sexta-feira (9). Veja quais linhas tiveram as taxas alteradas:

Banco do Brasil3Santander

O Santander também anunciou um corte de juros em linhas de crédito como financiamento de veículos e cheque especial. “Estamos no menor patamar histórico da taxa básica no País. Temos o compromisso de levar a dinâmica de redução deste componente dos juros bancários aos nossos clientes, para que eles possam prosperar cada vez mais”, afirma Eduardo Jurcevic, superintendente executivo de Produtos de Crédito à Pessoa Física do Santander.

Santander

Fonte: Portal G1

Após redução para 10,25% ao ano, entidades dizem que Selic pode cair ainda mais

Publicado em: 01/06/2017


Após redução da taxa básica de juros para 10,25% ao ano, anunciada terça-feira (31) pelo Comitê de Política Monetária (Copom), a Confederação Nacional da Indústria (CNI) avaliou que a queda poderia ter sido mais acentuada se não houvesse influência das incertezas do cenário político.

Em nota, a entidade pediu a solução da crise e a aprovação das reformas estruturais para que o Banco Central possa acelerar o corte na Selic. “A recente turbulência política impediu que o Banco Central acentuasse o ritmo de queda dos juros. A redução de 1 ponto percentual promovida terça-feira pelo Copom, trazendo a Selic para 10,25% ao ano, poderia ter sido maior, caso o ambiente de incertezas não tivesse dificultado os horizontes da economia.”

A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) também considerou o corte de 1 ponto percentual conservador. Segundo o presidente da instituição, Paulo Skaf, com a decisão, o Banco Central “retarda o processo de retomada da economia e da geração de empregos”.

A avaliação da Fiesp é compartilhada pelo presidente da Associação Comercial de São Paulo e da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp), Alencar Burti. “Na prática, a taxa de juros real está crescendo, o que é ruim para o consumidor e para a economia em geral. Portanto, o Copom precisa cortar a Selic de forma mais intensa nas próximas reuniões.”

O Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) considerou a redução da Selic positiva para o país, mas também avaliou que o corte poderia ter sido maior.

Já a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) disse que a decisão do Copom foi “ousada” e que o corte de 1 ponto percentual foi maior do que o esperado, principalmente em meio à crise política.

Rio de Janeiro

A Federação do Comércio do Estado do Rio de janeiro (Fecomércio-RJ) elogiou a nova redução da taxa Selic. “De um lado, o cenário econômico hoje é marcado por inflação abaixo do centro da meta e deflação no atacado, o que continuará a render folga aos preços nos próximos meses”, destacou a entidade em nota.

Já a Federação das Industrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) avaliou que “há espaço” para que o Copom dê continuidade ao processo de redução da taxa de juros. Segundo a instituição, o cenário é favorável, “com inflação em trajetória cadente, devendo encerrar o ano abaixo da meta estabelecida pelo governo”.

A Firjan também defendeu as reformas pretendidas pelo governo federal e destacou que “a duração e a intensidade desse processo (de queda dos juros), contudo, dependem da aprovação das reformas, fator chave para o equilíbrio das contas públicas e para a retomada do crescimento econômico e da geração de empregos”.

Bancos

Alguns bancos anunciaram redução nas suas taxas de juros, acompanhando a decisão do Copom. O Banco do Brasil divulgou sua quarta redução de juros seguida neste ano. A partir de segunda-feira (5), a taxa de juros mínima do parcelamento do cartão de crédito, por exemplo, cairá de 1,91% para 1,83%. O Bradesco também divulgou redução nas taxas de juros do cheque especial e do crédito pessoal.

 

Fonte: Jornal do Brasil

BC agiu com cautela previsível diante da crise política, dizem analistas

Publicado em:


O corte de 1 ponto percentual na taxa básica de juros da economia brasileira mostra que o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu agir com previsível cautela diante das incertezas trazidas no cenário político após à forte crise que abala o Planalto desde a delação de executivos da J&F envolvendo o presidente Michel Temer, segundo analistas ouvidos pelo G1.
A decisão de reduzir a Selic de 11,25% para 10,25% ao ano veio dentro do esperado pela maioria do mercado, mas no entendimento do mercado, o BC deixou claro em seu comunicado que poderá desacelerar o ritmo de queda da Selic e adotar uma postura mais conservadora na próxima reunião.

“O Banco Central está condicionando o ritmo atual à normalidade política e deixou bem claro a necessidade de uma desaceleração”, avaliou o ex-ministro da Fazenda e sócio da Tendências Consultoria, Maílson da Nóbrega.

copom-maio-10-25-

Para o professor de economia da Faculdade Fipecafi ((Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras), George Sales, o comunicado do Copom também chamou mais a atenção do que o corte anunciado. Ficou bem explícito que se o cenário político e de aprovação das reformas continuar confuso, o BC vai diminuir a velocidade do corte da taxa básica de juros para evitar um descontrole da inflação”, diz Sales.

Aumento da incerteza
O BC citou como fator de risco principal o “aumento de incerteza sobre a velocidade do processo de reformas e ajustes na economia”. “Isso se dá tanto pela maior probabilidade de cenários que dificultem esse processo, quanto pela dificuldade de avaliação dos efeitos desses cenários sobre os determinantes da inflação”, destacou o comunicado do Copom.
Em outro trecho, o BC reiterou que a extensão do ciclo de flexibilização monetária dependerá, entre outros fatores, das estimativas da taxa de juros estrutural da economia. Mas ressaltou que esse quadro passou a ficar mais turvo.

“O Comitê entende que o aumento recente da incerteza associada à evolução do processo de reformas e ajustes necessários na economia brasileira dificulta a queda mais célere das estimativas da taxa de juros estrutural e as torna mais incertas. Essas estimativas continuarão a ser reavaliadas pelo Comitê ao longo do tempo.”

A economista e professora do Coppead/UFRJ, Margarida Gutierrez, explica que as expectativas em relação às reformas e o ajuste fiscal mudaram após a crise aberta no dia 17 pelas delações dos controladores da JBS.

No começo do mês, as apostas eram de que a autoridade monetária poderia ousar e reduzir os juros em 1,25 ponto percentual. Porém, após o início da nova crise política, os analistas ajustaram suas apostas e passaram a prever, em peso, uma redução menor, de 1 ponto percentual, o que se confirmou nesta quarta.

“O ritmo de corte poderá ser menor daqui para frente em razão das variáveis câmbio e expectativas de inflação, que por sua vez estão associadas totalmente às incertezas sobre a crise política”, afirma.

Para Maílson, a cautela do BC é mais do que compreensível. “O Banco Central costuma ser aquele que recolhe a bebida na hora da festa”, brinca, destacando entretando que o BC brasileiro tem sido muito claro e transpararente em suas comunicações.

O economista continua projetando, entretanto, que a Selic deverá fechar 2017 entre 8,5% e 8,75% ao ano. “O BC permanecerá atento ao desenrolar da crise e seus efeitos da atividade econômica, numa cautela previsível”.

Entidades como a Fiesp, entretanto, criticaram o BC, afirmando que a manutenção do ritmo de corte retarda o processo de “retomada da economia e da geração de empregos”. Veja a repercussão
Esta foi sexta vez seguida que a autoridade monetária diminuiu a Selic, num ciclo iniciado em outubro passado que contou com dois cortes iniciais de 0,25 ponto percentual, seguidos por outros dois de 0,75 ponto e um de 1 ponto.

Fonte: G1

Após corte da Selic, Banco do Brasil anuncia queda dos juros

Publicado em: 23/02/2017


O Banco do Brasil anunciou nesta quarta-feira (22), uma nova redução das taxas de juros para pessoas físicas e jurídicas. O anúncio foi feito instantes após o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) anunciar a quarta queda consecutiva da taxa Selic, que foi reduzida em 0,75 ponto percentual, para 12,25% ao ano.

Na esteira do anúncio do BC, o Banco do Brasil informou ter reduzido as taxas em até 0,12 ponto percentual ao mês. Para o crédito voltado a micro e pequenas empresas, as linhas que ficarão mais baratas são para capital de giro, com destaque para operações de recebíveis. Já para pessoas físicas, as principais reduções de juros serão no financiamento imobiliário, no cheque especial e no crédito consignado. As taxas entram em vigor a partir do dia 1º de março.

Em nota, o presidente do BB, Paulo Caffarelli, condicionou a decisão do banco de baixar taxas das principais linhas de crédito ao corte de juros básicos promovido pelo Banco Central, considerada por ele uma decisão acertada. “A redução continuada da Taxa Selic contribui para melhorar o ambiente econômico e cria condições objetivas para a retomada do consumo do crédito por pessoas físicas e jurídicas”, disse.

No último dia 11 de janeiro, o BB já havia anunciado redução de juros após a reunião anterior do Copom, incluindo a queda de até 4 pontos percentuais no rotativo do cartão de crédito.

Fonte: Portal Brasil

Governo pressiona bancos públicos para reduzirem juros

Publicado em: 26/12/2016


A equipe econômica e o Palácio do Planalto começam a pressionar os bancos públicos a iniciar um processo de redução das taxas de juros e fomentar a concorrência com os concorrentes privados. A avaliação é que esse movimento será respaldado pela queda dos juros básicos da economia, principalmente a partir de 2017, quando o Banco Central aumentar o ritmo dos cortes.

Além disso, o governo acredita que os bancos terão os custos reduzidos com ações que serão divulgadas hoje pelo BC, como a desburocratização na obrigatoriedade de cumprimento do depósito compulsório – dinheiro que os bancos são obrigados a deixar no BC remunerado à taxa Selic.

O uso de bancos públicos para ajudar na política econômica recebeu muitas críticas nos governos dos ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, quando Banco do Brasil e Caixa financiaram o aumento do consumo e capitanearam uma queda forçada nas taxas de juros. Uma das consequências dessa estratégia foi o aumento da inadimplência dessas instituições, principalmente na Caixa.

Mas, segundo fontes da área econômica, a redução das taxas de juros que será feita pelos bancos oficiais se diferenciará da que ocorreu em 2012, no governo Dilma, porque desta vez o governo não adotará medidas intervencionistas, como obrigar as instituições a tocar programas que a própria área técnica condenava, a exemplo do “Minha Casa Melhor” – linha destinada a financiar móveis para os mutuários do Minha Casa Minha Vida.

Também está descartada a criação de um programa específico como o “Bom Para Todos”, do Banco do Brasil, que promoveu redução de juros em várias linhas para pessoas físicas no sentido de aumentar o consumo das famílias.

Para um integrante da equipe econômica, os bancos oficiais precisam resolver a equação entre proteger os balanços – ainda mais neste momento em que o Tesouro Nacional não tem como aportar recursos – e evitar que a “seletividade” em ofertar crédito e as altas taxas cobradas prejudiquem ainda mais a retomada da economia e, consequentemente, o próprio setor.

Para o governo, a pressão é importante para obrigar esse movimento e os bancos públicos não podem se furtar a esse papel. “É bom os bancos privados ficarem espertos porque vamos para o jogo”, disse uma fonte do governo.

Balanço
Mas, segundo Roberto Troster, sócio da Troster & Associados, esse tipo de pressão no passado recente aumentou a inadimplência dos bancos oficiais e obrigou as instituições a adotar medidas para limpar o balanço, como a venda de carteiras de crédito podre. “No curto prazo, você dá um gás, mas a conta vem lá na frente”, afirma. “A rentabilidade do sistema está caindo e a margem dos (bancos) estatais está baixa.”

O economista-chefe da Confederação Nacional do Comércio (CNC), Carlos Thadeu de Freitas, diz que a taxa Selic caiu um pouco, mas o spread cobrado pelos bancos aumentou. “Isso mostra que os bancos não estão querendo emprestar. Nem para reestruturar dívida”, diz.

A Caixa já repassou o corte de 0,25 ponto porcentual da Selic para as taxas dos financiamentos à casa própria e deve acelerar o movimento acompanhando o BC. O Banco do Brasil é mais resistente. O presidente do BB, Paulo Caffarelli, disse, na sua primeira entrevista, ao Estado, que procura aumentar a rentabilidade do banco para patamar semelhante ao dos privados.

De acordo com dados do BC, os bancos públicos não têm as taxas mais baratas em algumas linhas. O Santander, por exemplo, tem os juros mais baixos no financiamento de veículos (1,85%) e crédito pessoal sem desconto na folha de pagamento (4,25%), segundo informações do dia 29/11 a 05/12.

Fonte: http://economia.estadao.com.br/noticias/geral,governo-faz-pressao-para-que-bancos-publicos-reduzam-taxas-de-juros,10000095545

Para Previ, gestão de patrimônio é acertada no longo prazo

Publicado em: 20/12/2016


Único entre os investigados na Operação Greenfield da Polícia Federal que não sofreu troca de presidente, o Previ, maior fundo de pensão do país, não vê problemas de gestão na entidade. Com R$ 168,7 bilhões de patrimônio para administrar, diz que o retrato dos últimos dois anos não compromete em nada os altos rendimentos dos últimos 10 anos. Quando questionada sobre a alta exposição em ativos de risco a entidade explica que a Previ tem um horizonte histórico de 70 anos e que a renda variável no longo prazo faz todo sentido.

O presidente do fundo, Gueitiro Genso, lembra que nos anos 2000 a instituição tinha participação de mais de 50% em renda variável. Nos anos 70, de 90%. Mas a renda variável colhe os frutos bons e ruins da economia. “Na década passada tivemos rentabilidades tão altas que fizemos 25% além de reserva matemática. E fizemos destinação. Baixamos os juros atuariais para 5%. E ficamos sete anos sem contribuir para o fundo”, diz Genso. No ano passado, por causa da inflação alta e da desvalorização dos ativos brasileiros decorrente da crise, a entidade teve um déficit de R$ 16,1 bilhões.

O presidente da Previ reconhece, no entanto, que os atuais 48% de exposição em renda variação no seu plano maduro (Previ 1) é elevado demais. “Estamos fazendo trabalho de desinvestimento. Tanto que estamos saindo da CPFL Energia. A nossa vantagem é que não precisamos nos desfazer dos ativos baratos. Estamos diminuindo renda variável”. O executivo estima que só com a operação de venda da CPFL, a Previ deva receber R$ 7,5 bilhões. Mas, na medida em que a taxa Selic convergir para um dígito, o executivo vê como normal que o mercado de capitais fique mais ativo. “Letras financeiras de bancos, debêntures de primeira linha devem ficar mais aquecidos. O que um fundo maduro não pode é investir em equity. Porque não temos prazo tão longo para isso”.

Com relação a Greenfield, Genso admite que a Previ fez algumas apostas erradas, como a da Sete Brasil, onde perdeu R$ 180 milhões e a da Global Equity, FIP, com prejuízo de R$ 80 milhões, mas que as operações são pequenas e estão provisionadas no balanço de dezembro. A entidade fechou agosto com um desempenho acumulado em 2016 acima da meta atuarial. No plano 1, de benefício definido, a rentabilidade no período foi de 12,64%, acima da meta de 9,6%. No plano de contribuição variável, o retorno foi de 18,4% para o alvo de 9,6%. Em 2017, a meta atuarial deve ficar em INPC + 5%.

Fonte: http://www.valor.com.br/financas/4801729/para-previ-gestao-de-patrimonio-se-mostra-acertada-no-longo-prazo

Com o olho na rentabilidade, BB descarta cortar juro logo

Publicado em: 02/12/2016


Para tentar reverter o longo ciclo de queda da rentabilidade, o Banco do Brasil vai concentrar esforços nos próximos trimestres no controle de custos administrativos e na redução das despesas com provisões para calotes. Corte de juro, por enquanto, nem pensar.

“Não estamos satisfeitos com a rentabilidade que temos hoje”, disse nesta quinta-feira o diretor financeiro e de relações com investidores do banco, Maurício Coelho, ao comentar os resultados do terceiro trimestre.

Como resultado da decisão de anos atrás de atender o pedido do governo federal, seu controlador, de ampliar a oferta de crédito na fracassada tentativa de reanimar a economia, o BB tem agora enfrentado perdas crescentes com calotes.

Como resultado, a rentabilidade sobre o patrimônio, que mede como os bancos remuneram o capital do acionista, foi de 9,6 por cento no terceiro trimestre, queda de 4,6 pontos percentuais sobre mesma etapa do ano passado. Assim, o BB piorou pela segunda vez no ano a previsão de rentabilidade em 2016, de 9 a 12 por cento para 8 a 10 por cento.

“Nossa meta é nos aproximarmos de índices de rentabilidade mais próximos aos de nosso rivais privados”, disse Coelho, mas sem apontar quando isso poderá acontecer.

Para comparação, o índice do Bradesco no terceiro trimestre foi de 17,6 por cento, enquanto o do Itaú Unibanco chegou a 19,9 por cento.

Em relatórios, analistas, na maioria, consideraram o balanço do terceiro trimestre do BB construtivo, uma vez que a despesa com provisão para calotes já caiu em relação ao trimestre anterior, o que ajudou o lucro a ficar acima da previsão média.

“Os números do trimestre sugerem que o pior em termos de provisões ficou para trás”, escreveram os analistas Eduardo Nishio e Marcelo Atallah, do Brasil Plural.

Simultaneamente, o BB teve maiores margens com crédito, mesmo num período de contração dos empréstimos, significando que repassou aos tomadores taxas de juros mais altas.

E os executivos sinalizaram que esse rumo não será revertido tão cedo, mesmo com o início do ciclo de corte da taxa básica de juros pelo Banco Central no mês passado.

“Além da queda da Selic, é preciso uma melhora da percepção de risco”, disse Coelho a jornalistas durante apresentação dos resultados do BB referentes ao terceiro trimestre.

Em outubro, o BC cortou a Selic de 14,25 para 14 por cento ao ano, primeira redução em quatro anos.

De acordo com Coelho, a demanda por crédito seguirá fraca no último trimestre deste ano e os níveis de inadimplência do banco só vão parar de subir ao longo de 2017.

A despeito da ênfase declarada dos executivos do banco na melhora da rentabilidade e de uma recepção majoritariamente positiva de analistas, os investidores não mostram a mesma leitura. Num dia bastante negativo da bolsa paulista, às 17:28, a ação do BB caía 5,5 por cento, mais que a queda de 2,4 por cento do Ibovespa no mesmo horário.

Fonte: http://exame.abril.com.br/negocios/como-olho-na-rentabilidade-bb-descarta-cortar-juro-logo/