Tarciana Medeiros: MP de renegociação rural deve acelerar retomada de resultado

Publicado em: 11/09/2025

O Banco do Brasil espera que a Medida Provisória (MP) de renegociação das dívidas de produtores rurais, publicada pelo governo na última sexta-feira, acelere seu processo de recuperação de resultados. A presidente do banco, Tarciana Medeiros, afirma que o texto deve ajudar a reduzir gradualmente a inadimplência na carteira do agronegócio, que atingiu máximas históricas no segundo trimestre deste ano.

“Eu acredito, sim, numa redução gradual da inadimplência, e também na retomada da possibilidade de concessão de crédito, de concessão do Plano Safra, a partir da renegociação”, diz a presidente do BB, em entrevista à Broadcast . Ela espera que, dos R$ 12 bilhões em recursos do Tesouro liberados para a renegociação, ao menos metade sirva para atender ao banco.

Indagada sobre as sanções da Lei Magnitsky, aplicada contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, Tarciana ressaltou que o BB – assim como o restante do sistema financeiro brasileiro – tem estudado a abrangência das sanções. “Temos tratado como sempre tratamos as questões de legislação dos países onde estamos inseridos, e os Estados Unidos é um deles”, ela disse, falando publicamente sobre o tema pela primeira vez.

Leia abaixo os principais trechos da entrevista.

Broadcast: A MP editada pelo governo na última sexta-feira, 5, prevê o uso de até R$ 12 bilhões de recursos do Tesouro Nacional para a liquidação ou amortização de dívidas rurais. Qual porcentagem deve ser direcionada para o Banco do Brasil?

Tarciana Medeiros: Temos mais ou menos 48 mil clientes inadimplentes no período entre 15 e 90 dias. Considerando que a MP visa atender em torno de 100 mil clientes inadimplentes no mercado, estou fazendo a estimativa de [recebermos] metade dos valores. Mas ainda não temos um número fechado, porque depende desse período de desembolso e recebimento das parcelas em vencimento. Vamos trabalhar bastante para não só utilizar os recursos da MP, mas também ver o espaço negocial com grandes produtores de áreas onde houve seca ou cheia que prejudicou a produção, mas não por duas produções seguidas. Com a renegociação de recursos livres, vamos poder incluir esses produtores.

Broadcast: Depois do segundo trimestre, a senhora previu que o resultado do BB continuaria ‘estressado’ no terceiro trimestre, por causa dos vencimentos e da inadimplência da carteira agro, com previsão de melhora a partir do quarto trimestre. Como a MP afeta esse cenário? Ela pode acelerar a melhora prevista?

Tarciana: A gente tem, com certeza, a expectativa de que acelere o nosso processo de retomada de resultado. Mas ainda é uma expectativa, a gente tem que entender como vai se dar a velocidade da renegociação. Eu mantenho a informação de que está previsto um resultado mais estressado no terceiro trimestre, com retomada a partir do quarto. E a minha expectativa é que a retomada a partir do quarto trimestre seja acelerada, a partir do momento em que a gente entenda como vai se dar essa velocidade de renegociação dos produtores. Nós seremos incansáveis na busca da renegociação da regularização para que os produtores retomem a capacidade de produzir e a capacidade de crédito, e que o banco aumente a velocidade de regularização e de concessões.

Broadcast: Existe uma expectativa de valores para essa renegociação com recursos livres, e de como vai ficar a taxa de juros?

Tarciana: Os preços de mercado vão variar com base no perfil de risco de cada cliente. Nós teremos preços adequados para os clientes que estão fora dos perfis previstos na MP [para uso dos recursos do Tesouro], com o recurso livre do banco, para que a gente faça a renegociação com eles também. Esses clientes já estão sendo contatados, porque têm perfis muito específicos e que a gente precisa estudar caso a caso. E o prazo de até nove anos para a renegociação é muito interessante, porque alguns produtores vão precisar dos nove anos, e outros vão precisar só de três ou quatro. Essa flexibilidade da MP, de poder organizar a dívida do produtor com base na capacidade de pagamento, também é algo muito interessante.

Broadcast: A inadimplência na carteira agro do BB chegou ao maior nível da série histórica no segundo trimestre deste ano. A sra. espera que a MP ajude a diminuir a inadimplência?

Tarciana: Sim. Para nós é uma oportunidade nas duas frentes: renegociar as dívidas e acabar com essa pressão de inadimplência na carteira do agro, de um lado; e, do outro, voltar a conceder crédito para esse produtor. O produtor volta a ter possibilidade de produzir condizente com a sua capacidade de fato, não mais premido por necessidade de pagamento das dívidas.

Broadcast: Como está o apetite do BB para conceder crédito agro nesta safra? O banco se tornou mais seletivo? A MP ajuda a destravar as concessões?

Tarciana: O apetite do banco para concessão de crédito no agro está na linha do guidance, de um intervalo revisado entre 3% e 6% de crescimento da carteira. Isso significa a concessão de todo o recurso que nós disponibilizamos no Plano Safra 2025/2026. No segundo semestre de 2025, vamos continuar fazendo uma concessão mais seletiva, a partir da análise dos clientes que tomaram crédito e ficaram mais alavancados em recursos livres. E concedendo crédito naqueles perfis que são beneficiários das linhas do Plano Safra. De outro lado, continuamos a concessão de crédito com recursos livres, mas com mais parcimônia, com análise de risco mais estreita, mas sem redução da carteira. Nós já concedemos R$ 36,5 bilhões no nosso Plano Safra, um número em linha com o que tínhamos feito em 2024. Com essa linha de renegociação, entendemos que, no quarto trimestre, podemos ver um número maior de concessões e, por consequência, um número menor de novos produtores entrando em inadimplência.

Broadcast: A sra. já mencionou que o BB passaria a executar as garantias dos clientes inadimplentes. Esse permanece sendo o cenário?

Tarciana: Sim, até por uma questão de diligência. A gente tem um perfil de clientes que vai fazer a renegociação rapidamente, mas há alguns em que, infelizmente, vai ser preciso buscar a execução da garantia. É óbvio que vamos trabalhar para que não chegue nesse ponto.

Broadcast: No último dia 15, a sra. mencionou a possibilidade de acionar judicialmente escritórios de advocacia que orientem clientes agro a pedir recuperação judicial (RJ). Essa ainda é a estratégia?

Tarciana: Nós sempre estamos analisando. Eu não falei de escritórios sérios. Inclusive, até falei que a RJ é um instrumento legítimo para a proteção de credores e produtores, se usada de forma adequada. O que eu discordo é do uso inadequado da RJ. Nós vamos continuar trabalhando para combater a advocacia abusiva, junto à AGU, à OAB, ao CNJ, para que se tenha uma padronização de decisões.

Broadcast: Os bancos brasileiros já foram notificados pelo governo americano sobre o cumprimento das sanções previstas na Lei Magnitsky contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. Quais providências estão sendo tomadas pelo BB?

Tarciana: A primeira providência é cumprir à risca a lei do sigilo bancário, e não foi o banco que forneceu essas informações em nenhum instante. Temos tratado como sempre tratamos as questões de legislação dos países onde estamos inseridos, e os Estados Unidos é um deles. A gente observa as leis americanas, as leis dos países em que estamos, e a legislação brasileira. É importante entender quais são as sanções, qual é a abrangência das sanções. A gente é um banco, tem de ter diligência. Como em qualquer outra situação do cenário macroeconômico, microeconômico, ou dos 20 países em que estamos inseridos, é óbvio que temos de estudar. E estamos projetando cenários para todo o momento macroeconômico do mundo. Não diz respeito especificamente a uma situação, mas ao banco ter estudo de cenário e entender os próximos passos a serem dados. Principalmente, acho que o ponto de diligência não é só do Banco do Brasil, é de todos os bancos, do sistema financeiro como um todo. Com as pressões macroeconômicas do mundo como um todo – em um momento em que você tem guerras acontecendo, tem pressões comerciais de exportação entre países -, eu creio que todo sistema financeiro brasileiro está estudando cenários.

Fonte: Invest Talk BB

Presidente do BB: questionar integridade do banco é “irresponsável”

Publicado em: 28/08/2025

A presidente do Banco do Brasil, Tarciana Medeiros, classificou nesta quarta-feira (20/8) como “falta de responsabilidade” questionar a solidez da instituição, em meio à tensão entre o governo dos EUA e o Judiciário brasileiro sobre a aplicação de leis estrangeiras no país.

“O Banco do Brasil é uma instituição que tem o CNPJ número 1 desse país. É muita falta de responsabilidade quando algum brasileiro vem colocar em xeque a solidez, segurança e integridade de uma empresa como o Banco do Brasil”, declarou ela.

Na segunda-feira (18/8), o ministro do STF Flávio Dino decidiu que empresa ou órgão com atuação no Brasil não poderá aplicar restrições ou bloqueios com base em determinações unilaterais de outros países. O magistrado reforçou a decisão nessa terça-feira (19/8). O governo dos EUA contestou a medida, argumentando que nenhum tribunal estrangeiro pode anular sanções impostas pelos EUA.

Em meio à escalada da tensão entre governo norte-americano e Judiciário Brasileiro, as ações dos principais bancos nacionais registraram perdas significativas no pregão dessa terça-feira (19/8). Nesta quarta-feira, os papéis mostram sinais de recuperação.

“Acho que vocês acompanharam nos últimos dias a variação dos preços das ações do Banco do Brasil, muito impulsionado por algumas questões que nós fomos ao mercado de forma muito transparente e falamos o que estava acontecendo”, esclareceu Medeiros, reforçando que o Banco do Brasil segue “forte” com um balanço “robusto”.

Medeiros ainda pediu para que os servidores atuem para combater a disseminação de fake news. “Que a gente combata essas mentiras, que a gente leve para a população brasileira a verdade”, disse.

Em nota, o Banco do Brasil afirmou que está preparado para “lidar com temas complexos e sensíveis que envolvem regulamentações globais”, ressaltando que atua em “plena conformidade à legislação brasileira, às normas dos mais de 20 países onde está presente e aos padrões internacionais que regem o sistema financeiro”.

Fonte: Metrópoles

Banco do Brasil joga limpo sobre inadimplência, mostra plano e convence mercado… por enquanto

Publicado em: 21/08/2025

A lógica é a seguinte: o mercado financeiro pune desempenho financeiro ruim. Ainda mais quando se trata de um banco. Não foi o que aconteceu com o Banco do Brasil, que divulgou resultados péssimos na quinta-feira, 14, e um dia depois foi ‘punido’ com uma valorização expressiva de 4% na bolsa de valores. É verdade, a ação da instituição financeira (BBAS3) havia despencado 7% em 1º de agosto, uma verdadeira sexta-feira 13 para o BB.

O que houve entre essa queda e a valorização mais recente foi que o banco jogou limpo, falou abertamente sobre a inadimplência, sobretudo da carteira do agronegócio, mas também sobre os calotes dos pequenos empreendedores, e apresentou um plano para recuperar o terreno perdido. Tudo isso, temperado com frases fortes de Tarciana Medeiros, CEO do banco. O mercado parece ter entendido e, mais importante, gostado do que viu e ouviu na live de resultados transmitida pelo banco no YouTube na sexta-feira, 15 de agosto. A transmissão durou mais de duas horas.

Primeiro, a executiva expos claramente os números. A inadimplência do agronegócio estava em 1,91 bilhão de reais, ou 1% da carteira. Mas em junho deste ano a inadimplência já era da ordem de 2,73 bilhões de reais. Era, nas palavras de Medeiros, a “maior inadimplência do agro na história do Banco do Brasil”.

A conta é tão dramática quanto simples: dos 600 mil clientes do agronegócio com relacionamento com o BB, 20 mil são inadimplentes. Desses, sete em cada dez nunca haviam dado calote no banco antes de dezembro de 2023, ou seja, eram bons pagadores e não havia motivo para dificultar empréstimos.

Buracos e desvios

O BB admitiu problemas, mas não só. Mostrou caminhos para contorná-los. Medeiros contou que houve mudança na estrutura de cobrança de créditos, área que agora conta com 800 funcionários e contou que já existe mais agilidade nos processos envolvendo protestos e até mesmo judicialização de dívidas.

A executiva foi além. Os calotes não mudam a estratégia de seguir apostando no desenvolvimento do agro brasileiro e, por isso, o Banco do Brasil tem à disposição para emprestar 230 bilhões dentro do plano safra de 2025/2026.

E, por fim, o BB vai perseguir um lucro líquido neste ano mais modesto, que pode chegar a 25 bilhões de reais. Mesmo com um terceiro trimestre que também deve ser ruim e um quarto trimestre de começo de recuperação.

Deixando de lado tudo o que ocorreu com o Banco do Brasil nos últimos dias, o momento de otimismo do mercado atualmente com o BB pode ir apenas até a segunda página do livro. Novos desempenhos ruins envolvendo a linha de inadimplentes podem voltar a pesar no desempenho da ação. Ou nas palavras escritas em relatório do Itaú BBA que analisou o balanço: “Certamente um trimestre fraco, mas de certa forma esperado.

Fonte: Veja

Tarciana diz que banco segue legislação do Brasil e de países onde atua

Publicado em:

A presidente do Banco do Brasil, Tarciana Medeiros, afirmou nesta quarta-feira que a instituição segue a legislação brasileira, mas também obedece as leis dos mais de 20 países onde atua, ressaltando que o banco segue forte e robusto.

Bancos brasileiros, incluindo o BB, viram suas ações despencarem na terça-feira diante de ruídos desencadeados pela decisão do ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), de que leis e decisões estrangeiras não se aplicam a brasileiros no Brasil.

O despacho pode afetar a aplicação da Lei Magnitsky, dos EUA, que impôs sanções ao ministro Alexandre de Moraes, do STF.

Em seminário do Ministério da Fazenda sobre governança na gestão pública, Medeiros afirmou, sem citar nomes, ser “muita falta de responsabilidade” quando um brasileiro coloca em xeque a solidez e a integridade de uma empresa como o Banco do Brasil, em discurso similar ao de membros do governo, que têm criticado a atuação do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) nos EUA em busca de sanções contra o Brasil.

Fonte: Portal MSN

OAB reagirá na Justiça à fala da presidente do Banco do Brasil

Publicado em:

A OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) disse na segunda-feira (18.ago.2025) que notificará a presidente do BB (Banco do Brasil), Tarciana Medeiros, e avalia processá-la por ter dito que o banco pode acionar judicialmente advogados que orientam produtores rurais a entrar com pedido de recuperação judicial.

A decisão foi tomada após declaração da executiva em entrevista coletiva, na sexta-feira (15.ago.2025).

Na ocasião, Medeiros disse que o departamento jurídico do banco está analisando os escritórios que, segundo ela, vêm orientando de forma ostensiva contra o BB, e que avalia a possibilidade de acioná-los judicialmente.

A fala gerou reação do Conselho Federal da OAB, que considera a medida uma tentativa de criminalização do exercício da advocacia.

A entidade disse que enviará uma notificação extrajudicial pedindo esclarecimentos à presidente do banco.

“É inaceitável que, em pleno 2025, uma integrante do primeiro escalão do governo, líder de um dos maiores bancos do país, tente criminalizar o exercício legítimo da advocacia”, afirmou a OAB.

A ordem informou ainda que, se confirmada a intenção de judicializar a atuação de advogados, usará “todos os recursos disponíveis” para defender a categoria e poderá acionar a Justiça contra Medeiros.

A declaração de Medeiros foi feita em meio à divulgação dos resultados do 2º trimestre de 2025. No período, o banco registrou queda de 60% no lucro líquido ajustado, impactado principalmente pelo aumento nas provisões para perdas de crédito.

As provisões somaram R$ 15,9 bilhões, alta de 104% em relação a 2024. Desse total, R$ 7,9 bilhões correspondem a perdas esperadas no agronegócio, setor que representa 33,8% da carteira de crédito expandida do banco.

Segundo a presidente, muitos desses produtores ingressaram diretamente com pedidos de recuperação judicial, sem procurar o banco para renegociação.

A CEO afirmou que houve orientação inadequada por parte de consultorias e escritórios de advocacia.

“Conhecemos uma parte desses clientes e sabemos que eles não procuraram o banco para fazer essa renegociação. Nesse espaço jurídico, houve uma tentativa de abuso”, afirmou Medeiros.

Procurado, o BB disse em nota que já procurou a entidade para tratar sobre o tema.

Afirmou que a instituição “respeita e enaltece” o exercício da advocacia. E que, na verdade, o que combate é a prática inadequada de alguns profissionais “que vai de encontro inclusive aos preceitos éticos da OAB, sobrecarregando o sistema judiciário brasileiro e prejudicando a vida de produtores rurais”.

Fonte: Poder 360

CEO do Banco do Brasil: “diversidade não é moda, é economia”

Publicado em: 31/07/2025

Há 25 anos, no seu primeiro dia no Banco do Brasil, Tarciana Medeiros ouviu a pergunta: “O que você quer ser dentro do banco?”. “Diretora”, respondeu sem hesitar a paraibana de Campina Grande. Na época, era uma entre quase 100 mil funcionários, mas queria estar entre os 20 principais líderes. “Olhei a próxima função: gerente de relacionamento, uma entre 5 mil. E assim eu fui.” Um degrau de cada vez até se tornar, em 2023, a primeira mulher a presidir o Banco do Brasil em 214 anos. “Passou um filme na cabeça”, lembra a presidenta, como prefere se referir ao cargo, que integra a lista Forbes Mulheres Mais Poderosas do Brasil.

Tarciana foi feirante e professora antes de ser aprovada no concurso do BB, onde construiu sua trajetória até o topo. “Foi natural me destacar pela experiência e pelas habilidades que desenvolvo desde os oito anos. Na feira, se você não conversa com as pessoas, não vende. No banco é a mesma coisa.” Começou em uma agência na Bahia e passou por diferentes estados, do Pará a São Paulo. “Rodar o país me trouxe a bagagem necessária para gerir a empresa hoje.”

À frente de uma organização com mais de 86 mil funcionários, Tarciana, 46 anos, mulher negra, nordestina e lésbica, representa a diversidade que quer ver dentro do banco. “Não é moda, é economia.” O Banco do Brasil registrou lucro líquido ajustado recorde de R$ 37,9 bilhões em 2024, crescimento de 6,6% frente a 2023. “Nosso resultado é consequência da forma como trabalhamos nossos valores.”

Quando assumiu a presidência, 22% dos cargos de gestão eram ocupados por mulheres e 24% por pessoas negras. Com programas de aceleração de carreiras, esses números subiram para 27,4% e 29,1%, respectivamente, até o fim de 2024. Tarciana foi reconhecida pela ONU em Nova York como CEO de destaque nas iniciativas Elas Lideram e Raça é Prioridade, que buscam a paridade de gênero e raça na liderança até 2030.

Além da diversidade, o foco é entregar resultados sustentáveis, apoiar empreendedores e ampliar a educação e inclusão financeira. “Minha missão é que o Banco do Brasil seja reconhecido mundialmente pelo papel transformador na economia e na sociedade.”

A agenda da CEO inclui viagens pelo Brasil e pelo mundo, mas, nos finais de semana, ela busca estar com a família em Brasília. “Se tiver evento, eu levo todo mundo.” Tarciana encontra tempo para ler e estudar temas fora da economia. Acaba de reler “A Hora da Estrela”, de Clarice Lispector, e está estudando neuropsiquiatria e TDAH. “Minha curiosidade me traz uma ampla bagagem, para o trabalho e para a vida”, diz, e lembra que, quando criança, desmontava rádios e televisões da família para entender como funcionavam.

Ser presidente do Banco do Brasil, segundo ela, é diferente de liderar qualquer outro banco brasileiro. “Algumas situações testam nossa capacidade de resistir, mas as minhas características me ajudam. Não é só resiliência, é teimosia mesmo e a necessidade de mudar o status quo.”

Fonte: Contec

Carteira sustentável do BB registrou recorde de R$ 400 bilhões em 2024, diz presidente

Publicado em: 18/07/2025

A presidente do Banco do Brasil, Tarciana Medeiros, afirmou nesta quarta-feira (9) que a carteira sustentável da instituição, que prioriza projetos e negócios com responsabilidade socioambiental, atingiu R$ 400 bilhões em 2024.

O valor é recorde desde 2017, quando o BB estabeleceu a meta de transformar 30% da carteira em crédito sustentável até 2030. “Hoje estamos em torno de 28%. Vamos conseguir alcançar sem dúvida nenhuma”, afirmou a jornalistas após participar de um evento sobre transição energética no BNDES, no Rio.

Os projetos voltados especificamente para energias renováveis somaram cerca de R$ 114 bilhões no ano passado em projetos de eólica, solar, hidrogênio, biodigestores, recuperação de áreas degradadas e tratamento de biomassa, entre outros.

Segundo Tarciana, a carteira sustentável cresceu mais de 300% nos últimos dois anos. “E em 2025, a gente continua recorde porque não tem como retroceder a carteira”, afirmou.

A presidente do Banco do Brasil também disse ter conversado com o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, sobre o “embrião” de uma certificadora de crédito de carbono no país.

“O BNDES e o Banco do Brasil têm plenas condições de se tornar uma certificadora. As duas instituições têm reputação mundial para trabalharem nisso juntos”, afirmou aos repórteres.

Antes, na apresentação, Medeiros afirmou que a intenção do BB é criar uma “mesa robusta” para intermediação dessas operações e que a instituição almeja ter em um futuro “muito próximo” a certificadora nacional de crédito de carbono e uma bolsa de negociação.

A presidente do Banco do Brasil também disse que a instituição pode vir a ser responsável pela criação da bolsa de carbono.

“Nós já estamos trabalhando com intermediação financeira com créditos de carbono. Fizemos os primeiros testes no ano passado e estamos refinando os mecanismos financeiros para avançar nesse sentido”, explicou.

Questionada sobre como o banco tem driblado as taxas de juros, definidas em 15% ao ano pelo Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom), Medeiros disse que a instituição trabalha com projetos de longo prazo e de forma consciente.

“Eu diria que a gente não dribla [os juros]. A gente trabalha com [eles].” E completou: “A gente tem um equilíbrio interessante entre concessão de crédito e responsabilidade para essa concessão.”

A presidente também negou que a alta da taxa básica de juros, a Selic, afete os resultados da instituição.

“Sempre se pensa que uma taxa de juros elevada beneficia bancos. Na verdade, uma taxa de juros elevada nesse momento faz com que a gente tenha mais cautela e preste mais atenção.”

Fonte: Valor Econômico

Novo crédito consignado privado é ‘seguro e rentável’, diz presidente do BB

Publicado em: 20/03/2025

A presidente do Banco do Brasil, Tarciana Medeiros, disse na quarta-feira, 12, que o novo crédito consignado privado é “seguro e rentável”, além de respeitar as condições de risco e retorno. Em cerimônia no Palácio do Planalto de lançamento da nova modalidade, ela abriu sua fala dando esse recado ao mercado.

A presidente do Banco do Brasil, Tarciana Medeiros, disse nesta quarta-feira, 12, que o novo crédito consignado privado é “seguro e rentável”, além de respeitar as condições de risco e retorno. Em cerimônia no Palácio do Planalto de lançamento da nova modalidade, ela abriu sua fala dando esse recado ao mercado.

“Primeiro, que antes que o mercado me pergunte, é um crédito seguro, rentável, que respeita as políticas de crédito dos bancos dentro das condições de risco e retorno de cada cliente. Porque eu sei que vai ser perguntado. Só que, mais que isso, é um crédito que inclui, que reduz desigualdade”, afirmou Tarciana.

A Medida Provisória do novo consignado deverá ser assinada nesta quarta-feira pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

De acordo com informações divulgadas nesta quarta pelo governo, a contratação começa por meio da Carteira de Trabalho Digital (CTPS Digital). Quem já tem o consignado ativo pode fazer a migração para a nova linha a partir de 25 de abril de 2025. A portabilidade entre os bancos poderá ser realizada a partir de 6 de junho.

Ela reforçou que a novo consignado só entra em operação a partir do próximo dia 21 e fez um apelo para que os trabalhadores não caiam em fake news sobre o tema, pedindo que as pessoas se informem pelos canais oficiais.

“E eu peço muito a todos os trabalhadores e trabalhadoras desse país que se receberem fake news por WhatsApp, não acreditem. Procurem os canais oficiais, olhem no site do Banco Central, procurem o site do Banco do Brasil, da Febraban, se informem”, pediu a presidente do BB, lembrando ainda que o novo consignado tem potencial de atender a 47 milhões de brasileiros.

Tarciana Medeiros agradeceu a cooperação de todos que participaram da elaboração da MP. “Ontem, no fim da tarde, a gente estava discutindo detalhes, os ministros estavam juntos conversando sobre os detalhes do programa”, contou.

Ela argumentou também que o novo consignado aumentará a renda dos clientes porque libera parte do orçamento mensal das famílias. “Isso significa mais renda mensal, diretamente, porque quando o dinheiro sobra no bolso, é isso que significa. É percepção real de aumento de renda. Então, aqui nós temos situações em que o consignado privado para empregada doméstica vai ter redução em torno de 52% em relação à taxa de crédito que ela pegava antes. Então, são taxas muito menores, muito mais atrativas”, disse.

Fonte: UOL

‘Espero que o mercado use calculadora e analise melhor nossas ações’, diz presidente do BB

Publicado em: 04/02/2025

A presidente do Banco do Brasil (BB), Tarciana Medeiros, disse na manhã do dia 28 de janeiro, que a instituição tem entregado resultados sólidos e sustentáveis e que, à medida que essas entregas se mantenham, o mercado vai entender que a estratégia está sendo bem executada. “Já temos dado muitas provas disso”, afirmou no evento Latin America Investment Conference (LAIC), promovido pelo UBS BB, em São Paulo.

A expectativa é que esse trabalho se reflita nos preços dos papéis do BB, acrescentou. “Espero que mercado use a calculadora e analise melhor nossas ações.”

Tarciana voltou a dizer que os resultados que o BB tem apresentado se devem à disciplina na execução da estratégia. “Isso tem feito com que o banco apresente resultados sustentáveis, temos base de clientes sólida”, afirmou. “Cada vez mais temos divulgado ‘guidance’ [projeções] aderente a essa estratégia.”

Ela afirmou ainda que o banco tem flexibilidade para se adaptar às mudanças de mercado quando necessário.

Crédito

A presidente do BB afirmou também que a instituição deve registrar um crescimento de crédito em 2025 “em linha ou até um pouco acima do mercado”. Ela destacou, no entanto, que esse ainda não é um guidance (projeção) para o ano.

“Neste ano, teremos uma política monetária mais apertada, mas acreditamos no crescimento da carteira de crédito, mesmo que mais moderado que em 2024”, disse. “Sabemos que a situação monetária vai trazer aperto maior e disciplina maior na nossa análise.”

De acordo com ela, o fato de o banco ter uma carteira “equilibrada” – cerca de um terço para pessoa física, um terço para pessoa jurídica e um terço para o agro – é um diferencial importante. “Temos visão ainda otimista sobre crédito pois nossa carteira é muito equilibrada.”

Tarciana afirmou que fatores como condições climáticas mais favoráveis para 2025 e crescimento de renda das família favorecem o desempenho do BB no ano. Ela afirmou ainda que, neste ano, deve haver safra recorde em soja. “Então, os R$ 260 bilhões do Plano Safra consideramos já entregues”, disse. “Devemos ter redução do risco de crédito no agro ao longo do ano, mas com desafios.”

Cielo

Segundo Tarciana, com a deslistagem da Cielo, o banco tem trabalhado em uma reestrutuação da forma de atuação da credenciadora. Segundo ela, isso vai trazer mais flexibilidade para trabalhar o fluxo financeiro das empresas, dando mais dados ao BB e permitindo à instituição olhar mais do que somente uma operação isoladamente.

Para Tarciana, isso deve auxiliar também a estratégia de atuação do BB junto a empresas de médio porte, colaborando para que haja um controle da qualidade dos ativos, com a expectativa de que a inadimplência nesse segmento fique mais ou menos estável.

Questionada sobre a concorrência no consignado, ela disse que esse cenário de maior competição tem sido observado nos últimos cinco anos e que o BB tem sido muito eficiente em reter os clientes. “De cada dez pedidos, conseguimos reter sete, oito, então não é algo que nos preocupa.”

Já sobre o segmento de alta renda, a executiva lembrou que o BB Estilo completou 20 anos e disse que em 2025 o banco vai ampliar essa estratégia, com expansão do modelo de atendimento especializado. Ela apontou que, dentro da base de 84 milhões de clientes do BB, 11 milhões são proventistas, e disse que apenas 2,6% da população economicamente ativa ganham mais de R$ 13,5 mil. “Qual a chance desses 2,6% já não estarem na base do BB?”, comentou.

Segundo Tarciana, um cliente gerenciado, com consultoria especializada, é quase dez vezes mais rentável que um cliente que não está na carteira de um gerente. “Queremos expandir a base de clientes gerenciados em 2,5 milhões este ano”, revelou.

Estratégia ‘figital’

Tarciana comentou que a instituição tem sua nova plataforma de CRM (de relacionamento com o cliente) e seguirá investindo na estratégia “figital”, ou seja, que une o mundo físico ao digital.

Ela afirmou que o BB é uma empresa de “vanguarda em soluções de tecnologia há muitas décadas” e que, agora, busca investir para ganhar eficiência, mas sem deixar de olhar para o universo presencial.

“Nossa rede física ainda é uma das nossas principais fortalezas”, acrescentou.

Fonte: Valor Econômico

Pelo 2º ano, Tarciana está entre as 100 mulheres mais poderosas do mundo

Publicado em: 16/12/2024

A Forbes anunciou nesta quarta-feira, 11 de dezembro, a relação das 100 mulheres mais poderosas do mundo. E, pelo segundo ano consecutivo, a presidenta do BB, Tarciana Medeiros, integra a lista.

Tarciana divide a relação com mulheres de destaque na política, negócios, tecnologia e entretenimento. Ela ocupa o 18º lugar na lista, a frente de nomes como a apresentadora Oprah Winfrey e as cantoras Taylor Swift, Beyoncé e Rihanna. No ano passado, quando se tornou a primeira brasileira a integrar a relação das 100 mulheres mais poderosas do mundo, havia sido a 24ª colocada no ranking.

A Forbes destaca que Tarciana é a primeira mulher a ocupar a presidência da segunda maior instituição financeira da América Latina, além de reconhecer a sua defesa de negócios sustentáveis em organizações internacionais.

“Alegria e honra imensas por fazer parte pelo segundo ano consecutivo. Mas destaco que o reconhecimento não é só meu. Ele pertence a todos os colegas e parceiros que fazem das estratégias e ações à frente do BB realidades que transformam a vida de tantas comunidades no Brasil e no mundo. Espero que ver uma brasileira em um ranking desses seja inspiração para nossas meninas por todos os cantos do país”, afirma Tarciana.

BB está entre as 100 empresas que estão mudando o mundo

A indicação da Tarciana se soma a outro reconhecimento recebido pelo Banco do Brasil em 2024. A instituição entrou na lista das 1.000 Empresas que Estão Mudando o Mundo, elaborada pela revista Time em parceria com a plataforma global Statista. Ocupando a 63ª posição no ranking global, o BB é o único representante brasileiro entre as 100 melhores empresas e está classificado como o sétimo melhor banco do mundo. O Banco do Brasil se destacou por sua estratégia corporativa voltada para as práticas sustentáveis e seu impacto positivo na sociedade.

Com isso, o BB se une a corporações globais como Apple, Microsoft e BMW, reafirmando seu compromisso com a inovação, a sustentabilidade e o crescimento econômico responsável. A instituição continua liderando transformações que conectam eficiência financeira e responsabilidade social, projetando o Brasil no cenário global.

Fonte: Banco do Brasil

Presidente do BB rebate comentários após tentativa de alto reajuste de salário

Publicado em: 23/05/2024

A presidente do Banco do Brasil, Tarciana Medeiros, está passando por um mau momento na relação com seus colegas, funcionários do banco. Em mensagens trocadas no canal de comunicação interno da companhia, funcionários tem feito críticas a Tarciana por causa do pedido de reajuste do seu salário em 57% –proposta que foi posteriormente rejeitada.

As mensagens foram obtidas pela colunista Andreza Matais, do UOL. As críticas dos empregados do banco foram feitas no dia 24 de abril, antes mesmo do reajuste ser votado. Porém, Tarciana só veio a responder as mensagens no início deste mês.

“Concordo plenamente que merecemos o mesmo reajuste, por justiça”, escreveu um funcionário. “Que ela ganhe um milhão!! Mas não me deixe ganhando 3 mil!!!”, disse outro.

Um dos comentários que Tarciana respondeu dizia que a presidente podia não votar pelo reajuste, mas seriam “pessoas do convívio dela” que teriam a missão. A presidente rebateu, no dia 7 de maio: “Você acha que eu convivo com os membros do Conselho de Administração?”.

Ainda na mesma conversa, os funcionários continuaram. “Choro de pensar na quantidade de Ourocard [título de capitalização] que vamos ter que vender pra manter isso…”, disse um.

“A conta irá chegar nas agências – corte de verbas, cargos e etc”, escreveu outro. Nesta mensagem, Tarciana perguntou: “Colega, gostaria de saber quantos cortes de verbas e de cargos ocorreram no BB desde o dia 16.01.2023?”. A data refere-se ao dia em que assumiu o comando do banco.

Depois de responder a algumas das críticas, Tarciana postou um longo texto, também no dia 7 de maio. “Aqui quem está escrevendo não é a presidenta do BB, é uma colega que levanta todos os dias há mais de 24 anos e busca entregar o melhor trabalho possível para empresa e para quem está ao redor, por saber que podemos realmente tocar positivamente a vida das pessoas. Para mim nunca se tratou de dinheiro, galguei a minha carreira função por função até chegar aqui”, iniciou.

A presidente disse estar perplexa “com a violência dos comentários”. “Gostaria de fechar dizendo que me sinto violentada, desrespeitada, mas não intimidada”, finalizou.

O reajuste de Tarciana Medeiros foi aprovado no dia 26 de abril, dois dias depois das trocas de mensagens registradas. O aumento foi de 4,62%, saindo de R$ 74.972 para R% 78.435. O reajuste proposto inicialmente elevaria a remuneração de Tarciana para R$ 117.470.

Em nota ao Terra, o BB afirmou que a comunicação interna da empresa “tem como premissa o estímulo ao diálogo entre a empresa e todo o público interno. A valorização da diversidade de opiniões compõe os princípios desse relacionamento, por meio dos canais institucionais da organização, onde os funcionários podem fazer comentários de forma franca e aberta, observando o código de ética e normas de conduta da organização”.

Além disso, afirmou que “o diálogo de representantes do alto escalão da empresa é comum inclusive em outros assuntos, frequentemente interagindo em elogios, sugestões e dúvidas também. Este diálogo reforça um estilo de gestão próximo aos funcionários e apoia processos de inovação na empresa, já que dá voz ativa a funcionários de todos os cantos do país para debater com Unidades Estratégicas da empresa”.

Fonte: Terra

BB quer reajuste de 57% para presidente, e salário pode chegar a R$ 117 mil

Publicado em: 25/04/2024

O Banco do Brasil submeterá para apreciação de seus acionistas na próxima sexta-feira (26), em assembleia geral, um pedido de aumento salarial para a presidente Tarciana Medeiros. Se aprovada, a proposta elevará a remuneração da executiva de R$ 74.972 para R$ 117.470 -o que representa um reajuste de 56,69%.

A defasagem de salários dos membros da diretoria executiva do BB e o desequilíbrio salarial interno são citados como justificativas para a proposta feita pelo conselho de administração do banco -inicialmente divulgada pelo UOL e confirmada pela Folha.

Procurado, o BB disse que a governança do banco “veta que seus estatutários participem de instâncias decisórias da empresa que deliberem por sua própria remuneração”.

“A governança do BB garante que não exista qualquer tipo de conflito de interesses que envolvam a participação de qualquer membro da Diretoria Executiva do BB na definição de seus salários”, disse.

Conforme a proposta do conselho de administração do BB, a ideia é colocar um escalonamento de 30,25% entre a remuneração de um cargo estatutário e outro. Assim, o vice-presidente passaria a receber R$ 90.188 (ante os atuais R$ 67.105) e o diretor, R$ 69.242 (hoje é de R$ 56.873) -ampliando a diferença salarial para os cargos celetistas.

Hoje, um gerente geral em unidade estratégica -maior remuneração CLT do banco público- recebe somente R$ 3.712 mensais a menos do que um diretor. Se a proposta de aumento salarial for aprovada, essa diferença subirá para R$ 16.081.

A proposição foi apresentada em um documento assinado por Dario Durigan, secretário-executivo do Ministério da Fazenda e presidente do conselho de administração do BB. Segundo o texto, o percentual acumulado do IPCA (índice oficial de inflação) entre 2008 e 2023 foi de 134,1%, enquanto o reajuste acumulado para os cargos de estatutários foi de 81,3% no mesmo período. “Há, portanto, uma defasagem de 52,8% entre o reajuste acumulado e a inflação medida para o período”, afirma.

O documento diz também que a proposta tem como objetivo “reestabelecer o equilíbrio salarial interno e preservar a diretriz da justa remuneração dos administradores estatutários frente às responsabilidades dos cargos assumidos no banco.”

“Além disso, cabe constar que a remuneração fixa dos diretores não foi reajustada entre 2016 e 2022, enquanto a remuneração fixa de todo o funcionalismo do BB, inclusive dos gerentes gerais em unidades estratégicas, foi atualizada conforme estabelecido nos acordos coletivos de trabalho para a categoria, ocasionando em um cenário de desequilíbrio remuneratório entre a maior remuneração de empregado celetista do BB e a dos administradores estatutários”, acrescenta.

De acordo com um interlocutor ligado ao banco público, gestões anteriores já haviam encaminhado propostas para reajuste salarial dos administradores estatutários com base nas mesmas premissas.
Em 2022, por exemplo, a cúpula do BB tentou reajustar o salário do então presidente Fausto Ribeiro. A proposta, contudo, foi rejeitada na assembleia geral dos acionistas.

O desempenho da instituição em 2023 foi outro argumento utilizado por Durigan no encaminhamento do pedido. “Outro motivador do reajuste ora proposto diz respeito ao desempenho do banco em 2023, quando ocupou uma posição de destaque frente a seus principais concorrentes, com um lucro líquido ajustado de R$ 35,6 bilhões e um RSPL [retorno sobre patrimônio líquido] de 21,6%, o melhor entre os bancos nacionais”, diz.

“Tanto que, em #Pública 2023, as ações do BB tiveram uma valorização de 76%, o melhor desempenho dos últimos cinco anos e a maior elevação do ano entre as empresas listadas do segmento financeiro que integram o Ibovespa (bancos, seguros e demais)”, complementa.

Na assembleia, será discutida a fixação do montante global para pagamento de salários e benefícios dos membros da diretoria executiva e do conselho de administração do BB em até R$ 94.478.387 no período de abril de 2024 a março de 2025.

Fonte: Jornal do Comércio

Evolução da tecnologia cada vez mais deve focar nos clientes, diz presidente do BB

Publicado em: 18/04/2024

A maior competitividade nos serviços bancários vista na ultima década no Brasil não gerou muros entre as instituições, mas sim pontes para a complementariedade de tecnologia para atender a um país com necessidades diversas. Essa é uma das avaliações feitas durante o Web Summit Rio, evento global de inovação que acontece na capital fluminense.

Tarciana Medeiros, presidente do Banco do Brasil, vê que o papel dos bancos tradicionais no cenário de inovação brasileira é de complementaridade e de presença, assim como é o papel de todas as instituições.

“O BB adota a posição de entregar soluções que dialoguem com as necessidades daquele município. Estamos em 93% das cidades e, depois da pandemia, fomos entendendo que precisávamos de soluções que colocassem o banco dentro do Whatsapp. Mas também precisávamos entregar o físico na mesma medida que o cliente precisa”, pontuou.

Glauber Mota, executivo à frente da fintech Revolut no Brasil, concorda que o trabalho das instituições incumbentes e dos novos bancos digitais é de promover a inclusão financeira tanto para quem não tem acesso à internet quanto para quem busca mais rapidez e menores custos em suas transações.

Na visão dos painelistas do evento, a principalidade (ou seja, a instituição financeira priorizada pelo cliente) é construída e se mantém com a agilidade e capacidade da instituição de resolver as demandas do cliente.

Por isso, na visão de Mota, as instituições focadas no digital ainda têm o desafio de escalar soluções que estejam em um só lugar para uso do cliente.

“Com a evolução do banking, a questão que se coloca é, cada vez mais, como o cliente consegue resolver os problemas e cada vez menos de onde ele faz isso. Hoje, na média, são necessários cinco aplicativos para transacionar todas as demandas. Então não se trata só de agilidade, mas de se pensar uma maneira diferente de implementação unificada de estratégias”.

De olho nas experiências mais eficientes dos usuários, o Banco do Brasil diz ter ampliado os investimentos em inteligência artificial e inteligência analítica embarcada nos serviços. Além disso, no mês passado, o BB lançou sua primeira agência “fisical”, que leva para agência de rua todas as soluções digitais.

“A necessidade básica que todo cliente tem é pagar, receber e guardar dinheiro. Na medida que o relacionamento evolui, a necessidade de soluções complexas surge. Inovação que não é focada nas pessoas e não é construída por olhares diversos não compete para agregar peso na briga pela principalidade. Por isso, também, é importante haver diversidade de olhares na construção dos produtos e serviços”, defendeu.

Fonte: Valor Investe

“Nossa principal fortaleza é a rede física”, diz presidente do Banco do Brasil

Publicado em:

A rede física de agências, presente em 93% dos municípios brasileiros, é uma das principais vantagens competitivas do Banco do Brasil, afirmou a sua presidente, Tarciana Medeiros, durante apresentação no Web Summit Rio, nesta terça-feira, 16, no Rio de Janeiro.

“Em um país com dimensões continentais, estar presente nas diversas comunidades e entregando soluções que conversam com a realidade de cada município é um papel importante que bancos tradicionais exercem”, comentou a executiva. “Houve um processo rápido de digitalização dos bancos depois da pandemia. Mas conforme o tempo passou, entendemos que nossa principal fortaleza é a rede física”, acrescentou.

Isso não quer dizer que o Banco do Brasil abra mão das plataformas digitais. A empresa tem hoje 30 milhões de usuários ativos diários em seus canais digitais. “Temos um banco dentro do WhatsApp e um dos aplicativos bancários mais bem avaliados nas lojas de apps. Entendemos que precisamos entregar o físico e o digital na medida exata. Temos que entregar um banco para cada cliente”, disse Medeiros.

Vale destacar que recentemente o Banco do Brasil lançou sua primeira agência “phygital”, chamada Ponto BB Online, localizada no Recife, em Pernambuco. Sua proposta é levar para o físico o que o banco tem de melhor no digital, como Livelo, Shopping BB etc.

Hoje o Banco do Brasil tem 82 milhões de clientes, dos quais cerca de 15 milhões vieram ao longo dos últimos três anos.

Fonte: Invest Talk

Presidente do Banco do Brasil defende foco em evolução tecnológica ‘sem abrir mão das pessoas’

Publicado em: 27/03/2024

A presidente executiva (CEO) do Banco do Brasil (BBAS3), Tarciana Medeiros, avalia que a pandemia exigiu uma aceleração digital nas empresas, com uma rápida necessidade de adequação tecnológica.

No entanto, a executiva do Banco do Brasil defende que é preciso focar nessa evolução, mas junto à atuação humana.

“Depois da pandemia, com a aceleração digital, houve a necessidade de se adequar rapidamente. Mas focamos na evolução tecnológica sem abrir mão das pessoas. Colocamos pessoas a serviço das pessoas”, disse Medeiros, durante painel no South Summit Brazil, em Porto Alegre, no período da manhã desta quinta-feira.

Luiza Helena Trajano, presidente do Conselho de Administração da Magazine Luiza (MGLU3), concorda. “O digital é uma cultura, não uma escolha. Mas temos que estar onde o cliente estiver, e nunca as pessoas foram tão importantes”, afirmou a executiva.

Ela comentou que o cliente se incomoda quando o contato no atendimento digital é apenas com robôs, por exemplo. “O atendimento é um diferencial, seja ele digital ou fisicamente. E o diferencial é a forma como a gente inova.”

Mas a tecnologia é vista como essencial para os negócios das duas empresas. “O Brasil tem o melhor sistema financeiro do mundo, nós vendemos e exportamos tecnologia bancária. No banco, temos alta capacidade de processamento; a cada 9 segundos, pelo menos 10 mil Pix são processados”, conta Medeiros.

Trajano, por sua vez, destaca que a varejista “precisa estar onde o cliente estiver”, inclusive com as lojas físicas. “Vamos continuar tendo loja física, isso não vai acabar, mas vai ter uma nova roupagem”, destacou.

Ainda nesta semana a presidente do Banco do Brasil voltou a negar a possibilidade de interferência do Governo Federal na companhia durante o evento Bloomberg New Voices, na terça (19). A executiva declarou que ‘não vê esse risco’ no momento atual.

“Estou no banco há 24 anos e vi a evolução da governança 24 vezes. O banco tem uma característica diferente, somos uma empresa do sistema financeiro, temos questões de regulação. O mercado financeiro é um mercado muito bem regulado”, declarou a CEO do Banco do Brasil.

Os questionamentos vieram após uma série de estocadas do governo em direção à Petrobras (PETR4) e à Vale (VALE3) nas últimas semanas, e após o presidente Lula (PT) dizer em entrevista ao SBT que “é possível” fazer com que esses bancos públicos baixem as taxas para forçar os rivais privados fazerem o mesmo.

A executiva do BB destacou que é mais simples explicar esse ponto aos investidores locais, ao passo que é necessário reafirmar os resultados do banco para os investidores estrangeiros.

Tarciana Medeiros também declarou que o Banco do Brasil “tem ROE acima de 20% e espera mantê-lo acima de 20%”.

Fonte: Suno

“Diversidade é questão central da nossa gestão”, diz presidente do BB, que recebe prêmio da ONU

Publicado em: 21/03/2024

Tarciana Medeiros, presidente do Banco do Brasil, está entre os CEOs e empresas que conquistaram o Prêmio Ambição 2030 da ONU (Organização das Nações Unidas).

Na sua primeira edição, o prêmio reconheceu iniciativas de inclusão étnico-racial e equidade de gênero e foi anunciado na quinta-feira (14) em evento na sede da ONU, em Nova York.

Tarciana foi premiada como CEO de destaque com as iniciativas “Raça é Prioridade” e “Elas Lideram”, que têm como objetivo alcançar a paridade de pessoas negras e de mulheres na liderança, respectivamente, até 2030. “A diversidade é questão central da nossa gestão e temos conquistado importantes resultados tanto para equidade de gênero como para a inclusão da população preta e parda”, diz a CEO.

Desde que assumiu, em janeiro de 2023, a presidenta, como gosta de ser chamada, tem levantado pautas de diversidade e sustentabilidade dentro do banco mais antigo do país, com 215 anos.

Sob sua gestão, o banco estabeleceu metas públicas e concretas em sustentabilidade e inclusão, criou um comitê de diversidade e tornou-se embaixador dos compromissos da ONU. “Essas ações priorizadas na estratégia do BB têm demonstrado impacto positivo para clientes, funcionários, fornecedores e demais parceiros estratégicos, contribuindo para a inclusão financeira e a geração de trabalho e renda.”

Para além do discurso e dos resultados financeiros que vem trazendo, Tarciana Medeiros levou mais mulheres para a diretoria e um executivo negro para liderar a BB Asset Management.

O Banco do Brasil também foi homenageado por suas medidas dedicadas à promoção da igualdade de gênero e inclusão étnico-racial. A instituição está presente na premiação nas categorias “30% de pessoas negras ou indígenas em posição de liderança até 2025” e “Apoio ao empreendedorismo de mulheres através das cadeias de suprimentos e marketing, com implementação de práticas de desenvolvimento empresarial que empoderem as mulheres”.

A primeira edição dos prêmios Ambição 2030 coincide com a (CSW 68), a 68ª Comissão da Situação da Mulher, cujo tema prioritário é alcançar a igualdade de gênero. O evento reúne líderes empresariais, representantes da sociedade civil, autoridades da ONU, entre outras personalidades, em discussões na sede das Nações Unidas até 22 de março.

De feirante a presidenta

Natural de Campina Grande, na Paraíba, a executiva teve uma trajetória que define como humilde. Foi feirante e professora antes de passar, há mais de 20 anos, no concurso do BB, onde exerceu diversas funções e chegou ao cargo mais alto. Na época, não sonhava conquistar essa cadeira, mas sabia que educação e dedicação poderiam levá-la ao topo, seja lá onde isso fosse. “Prefiro substituir o verbo sonhar por planejar. Claro que no começo, como feirante, não tinha um plano de ser presidente, mas a trajetória de dedicação, estudo e planejamento me fez estar onde estou.”

Tarciana Medeiros leva o mesmo sobrenome da primeira mulher contratada pelo BB – Emma Medeiros, que trabalhou 30 anos no banco, desde 1924.

Fonte: Forbes

Presidente do Banco do Brasil diz que manterá política de dividendos

Publicado em:

A presidente do Banco do Brasil (BVMF:BBAS3), Tarciana Medeiros, assegurou que manterá a política de distribuição de dividendos da empresa. A declaração foi feita na 3ª feira (19.mar.2024), durante evento realizado pela Bloomberg em São Paulo.

Segundo Tarciana, o banco alterou recentemente a política de dividendos e não teria motivo para fazer novas alterações. Em fevereiro, a empresa decidiu aumentar a divisão dos lucros entre os acionistas de 40% para 45%.

“[A política] foi aprovada pelo conselho de administração, que tem cinco representantes do acionista majoritário. Ela já foi aprovada e será mantida”, afirmou, citada pelo jornal Folha de S.Paulo.

O questionamento é feito em um momento de crise na Petrobras (BVMF:PETR4) devido à distribuição de dividendos da estatal. No começo do mês, a petroleira informou que pagaria os 25% de dividendos obrigatórios, mas excluiu os extraordinários.

A decisão abalou o mercado e a empresa perdeu cerca de R$ 55 bilhões em 1 dia. A crise colocou o presidente da estatal, Jean Paul Prates, na corda bamba, mas o governo Lula conseguiu estancar o derretimento e segurou Prates no cargo.

A Petrobras deve passar por mudanças no Conselho de Administração ainda neste mês. O governo deve fazer novas indicações e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, deve ser contemplado com um aliado na diretoria da estatal: Rafael Dubeux, atual secretário-executivo adjunto da Fazenda.

Fonte: Investing

CEO do BB reafirma que ‘não vê risco de interferência do governo’

Publicado em:

A atual presidente do Banco do Brasil (BBAS3), Tarciana Medeiros, voltou a negar a possibilidade de interferência do Governo Federal na companhia durante o evento Bloomberg New Voices, nesta terça-feira (19). A executiva declarou que ‘não vê esse risco’ no momento atual.

“Estou no banco há 24 anos e vi a evolução da governança 24 vezes. O banco tem uma característica diferente, somos uma empresa do sistema financeiro, temos questões de regulação. O mercado financeiro é um mercado muito bem regulado”, declarou a CEO do Banco do Brasil.

Os questionamentos vieram após uma série de estocadas do governo em direção à Petrobras (PETR4) e à Vale (VALE3) nas últimas semanas, e após o presidente Lula (PT) dizer em entrevista ao SBT que “é possível” fazer com que esses bancos públicos baixem as taxas para forçar os rivais privados fazerem o mesmo.

A executiva do BB destacou que é mais simples explicar esse ponto aos investidores locais, ao passo que é necessário reafirmar os resultados do banco para os investidores estrangeiros.

Tarciana Medeiros também declarou que o BBAS3 “tem ROE acima de 20% e espera mantê-lo acima de 20%”.

CEO do Banco do Brasil reafirma que banco ‘não fará operações não rentáveis’

Durante o evento, a executiva destacou que o banco seguirá conservador em termos de política de concessão de crédito.

As declarações vão em linha com as ‘doses de tranquilidade’ que Tarciana deu recentemente ao mercado, ao destacar, em entrevistas, que o Banco do Brasil não fará operações não rentáveis.

“Não concedemos crédito que dá prejuízo. Não vejo esse risco [de interferência para baratear o crédito]. Não enfrentamos essa questão e temos autonomia de gestão”, declarou Tarciana durante o Bloomberg Voices.

A CEO ainda exemplificou com as operações do consignado do INSS em 2023, em que o banco repassou os cortes da Selic de forma automática.

Ao ser indagada sobre o payout do Banco do Brasil, elevado ainda neste ano, Tarciana se limitou a dizer que o patamar será mantido após o apoio majoritário do Conselho de Administração do banco.

Fonte: Suno

Banco do Brasil conquista prêmio Ambição 2030 da ONU

Publicado em:

O Banco do Brasil e a presidenta Tarciana Medeiros estão entre os premiados na 1ª edição do Prêmio Ambição 2030 da ONU, um reconhecimento às suas iniciativas de inclusão étnico-racial e de equidade de gênero, pelo conjunto de medidas dedicadas pelo BB à promoção da igualdade e inclusão étnico-racial, visando combater o racismo estrutural no país.

O BB está presente na premiação nas categorias “30% de pessoas negras ou indígenas em posição de liderança até 2025” e “Apoio ao empreendedorismo de mulheres através das cadeias de suprimentos e marketing, com implementação de práticas de desenvolvimento empresarial que empoderem as mulheres”. Tarciana foi reconhecida como CEO: “Raça é Prioridade” e “Elas Lideram”. Os vencedores foram anunciados ontem, 14, em evento na sede da ONU, em Nova York.

“Essas ações priorizadas na estratégia do BB têm demonstrado impacto positivo para clientes, funcionários, fornecedores e demais parceiros estratégicos, contribuindo para a inclusão financeira e a geração de trabalho e renda. A diversidade é questão central da nossa gestão e temos conquistado importantes resultados tanto para equidade de gênero como para a inclusão da população preta e parda”, ressalta Tarciana.

Em seu primeiro ano como presidenta do Banco do Brasil, Tarciana Medeiros avançou com compromissos compromisso pela diversidade e pela sustentabilidade. Sob sua liderança, o banco lançou um programa inovador e estabeleceu um comitê dedicado à promoção da diversidade. Além disso, o BB estabeleceu grandes marcos: assumiu compromissos públicos com metas concretas em sustentabilidade, incluindo objetivos relacionados à equidade de gênero e raça; e o BB tornou-se embaixador de três compromissos junto ao Pacto Global das Nações Unidas, com destaque para os movimentos “Elas Lideram”, visando a igualdade de gênero, e “Raça é Prioridade”, promovendo a representatividade de pessoas negras, indígenas e de outros grupos étnicos sub-representados em cargos de liderança.

Tais iniciativas renderam reconhecimentos significativos tanto nacional quanto internacionalmente, com o Banco do Brasil figurando no topo da lista B3 (iDiversa B3) e sendo novamente reconhecido como o banco mais sustentável do mundo.

Além disso, conduziu o Banco a parcerias com diversas instituições representativas do povo negro na sociedade brasileira, em especial com o Ministério da Igualdade Racial e a Universidade Zumbi dos Palmares, em busca de diálogos do BB com movimentos negros e associações populares para promover ações em torno do tema.

No âmbito da igualdade de gênero, o Banco e Tarciana têm lugar de destaque por incentivarem o aumento da participação de mulheres em cargos de liderança e a criação de programas voltados ao empreendedorismo feminino. Como exemplo, o Mulheres no Topo, programa lançado pelo BB em março de 2023, em apoio ao empreendedorismo de mulheres por meio das cadeias de suprimentos e marketing, com implementação de práticas de desenvolvimento empresarial que empoderem as mulheres. Em uma plataforma específica, concentram-se soluções financeiras, educação empreendedora, estímulo à saúde e segurança, além de eventos relevantes voltados às mulheres empreendedoras.

A primeira edição dos prêmios Ambição 2030 coincide com a 68ª Comissão da Situação da Mulher, cujo tema prioritário é alcançar a igualdade de gênero e o empoderamento de todas as mulheres e meninas. Este evento reúne líderes empresariais, representantes da sociedade civil, membros da imprensa, autoridades da ONU e governamentais em discussões até 22 de março.

Também no primeiro trimestre deste ano, o Banco do Brasil foi reconhecido como Banco mais sustentável do Mundo pelo ranking Global 100 2024 da Corporate Knigths, Banco Mais Sustentável da América do Sul 2024 pela Capital Finance International (CFI), e das empresas top 5% em sustentabilidade pelo Sustainability Yearbook da S&P Global.

Fonte: Banco do Brasil

Como Tarciana Medeiros liderou o BB a um lucro recorde em 2023

Publicado em: 10/01/2024

Em novembro de 2022, Tarciana Medeiros, então gerente-executiva do Banco do Brasil, foi chamada para uma conversa com o presidente da República eleito, Luiz Inácio Lula da Silva. “Falamos sobre minha carreira, das questões salariais, crédito, a gestão do banco, exportação de grãos, linhas de crédito”, conta.

A executiva discorreu tranquilamente por esses assuntos por conta de sua experiência no BB. “Trabalhei na diretoria de empréstimos, na seguridade e na diretoria de clientes. Ganhei uma visão sobre todas as áreas e números do banco, então, já tinha conhecimento.”

Foi só no dia seguinte, quando a paraibana ouviu os rumores de que havia nomes de colegas sendo cotados para a presidência do BB, que percebeu o que havia acontecido naquela reunião. “Foi aí que me dei conta de que eu tinha feito uma entrevista de emprego.”

Em janeiro, Tarciana Paula Gomes Medeiros foi anunciada como a primeira presidenta da instituição em 214 anos, uma das maiores empresas de capital aberto do mundo. Funcionária de carreira, começou como estatutária em uma agência do Banco do Brasil na Bahia há 22 anos.

Duas décadas mais tarde, chega à presidência pulando um degrau na hierarquia – não passou pela vice-presidência. E, nesse primeiro semestre sob sua liderança, mais uma vez o banco conseguiu um resultado recorde: o lucro líquido de R$ 17,3 bilhões está 19,5% acima do total do mesmo período do ano passado.

Para além dos resultados financeiros – sem dúvida, essenciais –, a profissional traz um ar de contemporaneidade para a instituição bicentenária. Negra, nordestina, lésbica e ex-feirante, Tarciana tem a ideia de usar a diversidade como caminho para ampliar negócios.

Uma de suas primeiras iniciativas foi investir mais na comunicação dos produtos do banco para empreendedoras. “Entre as pequenas e microempresas, descobrimos que mais da metade tinha mulheres na estrutura societária e reforçamos a orientação de investimento para elas”, diz. Em poucos meses, aumentou em 20% a tomada de crédito por empresas com liderança feminina. “Para mudar, você só precisa de alguém que tenha essa visão ampliada.”

A amplitude no olhar de Tarciana Medeiros trouxe diversidade também para a alta liderança do banco. “O exemplo arrasta. Quando uma mulher conquista sua autonomia e independência, ela mostra para outras que isso é possível”, ensina.

E assim, arrastou com ela três mulheres para a vice-presidência do BB e um homem preto para a cadeira de CEO do BB Asset Management, uma das maiores gestoras de ativos do mundo. “Essas pessoas já estavam ali, e já estavam prontas. Só precisavam ser vistas.”

Fonte: Forbes

Empreendedores 2023/Finanças: Tarciana Medeiros comanda a revolução no BB

Publicado em: 19/12/2023

A paraibana Tarciana Medeiros, primeira mulher a comandar o Banco do Brasil em mais de dois séculos de história da instituição, já tem um lugar de destaque garantido na galeria de presidentes na sede do banco, em Brasília. Não só por ser mulher, mas porque também é lésbica, nordestina, negra e defensora das causas LGBT. Mesmo que não seja essa sua função, ela tem simbolizado a revolução pela busca da equidade de gênero, respeito e diversidade no mundo corporativo e no alto escalão do funcionalismo público, predominantemente masculino.

Tudo isso com a chancela do ministro Fernando Haddad e do próprio presidente Lula. “O Banco do Brasil tem 200 anos, e nunca se pensou, nem de longe, em ter uma mulher na presidência”, disse Lula, um ano atrás, ao anunciar a nomeação de Tarciana. “E nós vamos provar que uma mulher pode ser melhor do que muitos homens que já dirigiram o banco.” Bingo. Ela é uma das vencedoras do EMPREENDEDORES 2023, na categoria Finanças.

A fala de Lula, evidentemente, tem peso. Mas os números do BB sob comando de Tarciana falam por si:

  • O banco bateu recorde de lucro nos nove primeiros meses do ano. De janeiro a setembro, a instituição contabilizou lucro líquido de R$ 26,1 bilhões, crescimento de 14% em relação ao mesmo período do ano passado.
  • As ações (BBAS3) subiram impressionantes 59,3%, no acumulado do ano, até 13 de dezembro.
  • Em seu primeiro ano à frente do BB, Tarciana promoveu uma intensa diversificação das receitas e controle dos gastos. O retorno sobre patrimônio líquido (RSPL) chegou a 21,3%, o que representa um índice semelhante ao dos bancos privados.

Não por acaso, em 6 de dezembro de 2023 ela foi eleita uma das mulheres mais poderosas do mundo em ranking divulgado pela Forbes, dos Estados Unidos, e foi a única brasileira indicada.

Tudo isso, na visão de Tarciana, é uma retribuição do Banco do Brasil ao País. “Nossa missão é sermos relevantes na vida dos nossos clientes, em todos os momentos, contribuindo para o desenvolvimento do Brasil, somando esforços para construir as bases econômicas que estão garantindo um País próspero e sustentável”, disse Tarciana à DINHEIRO.

Essa missão, segunda ela, foi encarada como desafio por demonstrar que é, sim, possível aliar uma atuação pública com a atuação comercial e estratégia corporativa. “E isso tem dado muito certo. Temos mostrado que essa nossa forma de agir gera mais do que resultados: gera verdadeiro valor para a sociedade, que percebe que a atuação do Banco do Brasil faz a diferença em cada local”, afirmou.

Funcionária de carreira da instituição há 22 anos, a executiva mantém como desafio a busca por bons resultados e superação dos desafios — algo que conhece muito bem.

Tarciana iniciou a vida profissional como feirante e foi professora, antes de entrar no Banco do Brasil, em março de 2000. Ela é formada em administração e pós-graduada em Administração, Negócios e Marketing e em Liderança, Inovação e Gestão.

Em 2002, assumiu seu primeiro cargo de gestão. Nos dez anos seguintes, atuou nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste em agências e superintendências do varejo.

Entre 2013 e 2018, passou pela Superintendência Comercial do BB Seguridade. Durante sua atuação no braço de seguros do grupo, ela desenvolveu modelos estratégicos de indução de vendas, apoiados na coordenação e direcionamento do trabalho das equipes de consultores das empresas da Holding BB Seguros.

Na época, a empresa conseguiu se consolidar como uma das maiores da América Latina no segmento. Em 2018, ao deixar a liderança do BB Seguridade, Tarciana capitaneou os processos de pós-venda a pessoas físicas na diretoria de empréstimos e financiamentos do banco.

Além de consolidar papel social do BB em sintonia com o retorno financeiro, Tarciana definiu como missão de transformar o banco em exemplo. “Vivemos em um País que ainda carrega um machismo. Vivi isso em diversas fases da minha vida e isso segue existindo, quando represento o Banco do Brasil em alguns fóruns, por exemplo. Mas temos avançado muito, com trabalho suado, sabe?”, disse Tarciana.

Por isso, o BB lançou novos compromissos públicos em seu planejamento de sustentabilidade. Entre eles, destaque para um avanço na meta de chegar, até 2025, a pelo menos 30% de mulheres em cargos de liderança.

Sob seu comando, o BB tem promovido eventos sobre diversidade, entre eles Conselhos Consultivos, que reúnem representantes do banco e especialistas da sociedade civil para abordar temas sobre:

  • raça e etnias,
  • gênero,
  • gerações,
  • LGBTQIAPN+,
  • pessoas com deficiência e neurodivergências.

Atualmente, há três mulheres em vice-presidências (Varejo, Negócios Digitais e Corporativa). Pela primeira vez na história, o banco tem no Conselho Diretor 45% de mulheres, 22% de pessoas autodeclaradas negras e dois membros autodeclarados do grupo LGBTQIAPN+.

Fonte: IstoÉ Dinheiro

Presidenta do BB é única brasileira na lista de 100 mulheres mais poderosas do mundo

Publicado em: 07/12/2023

A presidenta do BB, Tarciana Medeiros, ocupa o 24º lugar na lista das 100 mulheres mais poderosas da Forbes. Na lista, constam nomes como a de personalidades influentes como Beyoncé e Oprah. Tarciana é a primeira brasileira a ocupar o ranking. De acordo com a Forbes, a presidenta se destacou pela sua atuação na Assembleia das Nações Unidas, e também ganhou destaque por liderar uma das empresas brasileiras da Forbes Global 2000, lista das empresas de maior capital ativo do mundo.

Tarciana Medeiros divide a lista com Ursula Von der Leyen, presidente da Comissão Europeia e da União Europeia, A presidente do Banco Central Europeu Christine Lagarde e a vice-presidente do Estados Unidos, Kamala Harris. Os critérios para a lista da Forbes são métricas fundamentadas em dinheiro, mídia, impacto e esferas de influência. Sua presença nessa seleta lista ressalta sua influência e liderança exercida globalmente.

Tarciana é a primeira mulher negra a presidir o BB. Em seu perfil no Linkedin, ela comemorou o reconhecimento: “Ele vem das entregas de todos os colegas do BB, que levam proximidade e relevância para a vida das pessoas em todos os momentos. De volta ao dia da minha posse, gente: eu não sou apenas a representante do meu time. Sou o seu espelho. Vamos nos orgulhar juntos! É o meu nome na lista, mas foi o trabalho de todos nós que me colocou ali”, escreveu. Além disso, ela ainda comentou que o reconhecimento é simbólico, mas que é importante. “Fala de representatividades, inspira outras mulheres, e mostra que nós podemos e queremos ocupar todos os topos, sejam eles quais forem. Mas ninguém entra em uma lista de uma revista de negócios sem resultados consistentes. E isso demonstra que a abertura à diversidade, às diferentes formas de pensar e construir soluções, tem garantido retorno aos nossos acionistas e um banco cada vez mais próximo da sociedade.”

Confira a lista da Forbes aqui.

Fonte: Banco do Brasil

Tarciana Medeiros vem promovendo diversidade no banco mais antigo do país

Publicado em: 23/11/2023

A primeira mulher a ser presidenta, como gosta de ser chamada, do Banco do Brasil em 215 anos de instituição, é negra, nordestina, lésbica e ex-feirante. Para além dos bons resultados financeiros, Tarciana Medeiros está levantando bandeiras importantes dentro da instituição, como a da diversidade, da tolerância e da equidade de gênero. Nesse Dia da Consciência Negra, trazemos uma entrevista exclusiva com uma executiva negra que está trazendo pautas contemporâneas para dentro do banco mais antigo do país.

Forbes: Queria começar com você nos contando como é ocupar esse lugar de poder como uma mulher negra, lésbica, nordestina, ex-feirante. Qual é o sentimento?

Tarciana Medeiros: É um misto de sentimentos. O principal é o de responsabilidade. E não é responsabilidade no sentido ruim, de obrigação. Mas, sim, de saber que eu sou responsável por mudar vidas de outras pessoas. Quando eu penso nessa responsabilidade, ela vem acompanhada de felicidade, de gratidão e de paixão. Eu sempre fui muito apaixonada pelo banco, pelo que eu faço e por estar junto com as pessoas. Mas também é uma doação diária.

F: Qual é o tamanho dessa doação?

TM : Tem sido, ultimamente, a parte mais importante da vida. Não tem como ser diferente, né? Senão eu não consigo fazer o que precisa ser feito. E tem muito pra ser feito. É um lugar de muita importância e de muito poder. E, quando você se percebe nesse lugar, tomando decisões que mudam milhares de vidas… Eu diria milhões de vidas, até. Enfim, nesse lugar eu não posso pensar que não vou ter tempo para fazer isso ou aquilo, não posso faltar em determinado compromisso. Porque a minha presença ali vai fazer uma diferença enorme. É uma responsabilidade que eu quero assumir.

F: Onde você vê essa diferença?

TM: Vou te dar um exemplo que eu vivi durante a pandemia, quando estava trabalhando na diretoria de empréstimos e financiamentos. Todo mundo ficou em isolamento social. Nos pequenos municípios, quando se percebeu que era necessário fechar escolas, fechar a prefeitura, vimos que as operações de crédito não seriam pagas na data. Porque as pessoas não estavam trabalhando, não tinha dinheiro circulando. Então, a gente precisou prorrogar essas operações. Foi uma decisão da diretoria e em uma tarde a gente conseguiu comunicar para o país inteiro com os gerentes entrando em contato com os clientes. Em uma semana o Banco do Brasil conseguiu prorrogar as operações de crédito do país todo. E sem essa capilaridade do BB, a gente não teria conseguido fazer tão rápido. São 80 milhões de clientes Então, a gente tem um poder de informar muito grande. E de formar também.

F: E como você se relaciona com essa responsabilidade?

TM: Quando eu tomei posse como presidenta do banco é que a minha ficha caiu. De que eu sou a única mulher na presidência de um grande banco. Quando eu fui ver Bradesco, Itaú, Banco do Brasil, Santander… eu falei, ‘poxa, eu sou a única’. Mas quantas ‘únicas’ nós temos em outros segmentos? E foi aí que eu pedi pra gente fazer um estudo no banco, para olhar como estava o desenvolvimento de mulheres empreendedoras. E aí nós lançamos uma plataforma chamada “Mulheres no Topo” para cuidar de inclusão. Observamos que a quantidade de empreendedoras que são clientes do banco, ou de empresas [micro e pequenas] que têm na estrutura societária mulheres, são metade das empresas. Em mais de 30%, elas são sócias majoritárias. E aí percebemos que elas não conheciam linhas de crédito para seus negócios. Então nós criamos a plataforma com essas informações. O que é que aconteceu? Nove meses depois, aumentou em 20% a tomada de crédito de empresas, micro e pequenas, lideradas por mulheres.

F: Você esteve na parada do Orgulho LGBT, lançando um cartão da diversidade. Quais são as bandeiras que você levanta com seu trabalho?

TM : A gente patrocinou a feira de diversidade, porque esse é um assunto importante para o BB, lançamos o cartão. Somos diversos. E também a equidade de gênero, sem dúvida. O banco é uma empresa bicentenária que, pela primeira vez em 215 anos, tem uma presidente mulher. E eu levei esse cuidado para a formação do conselho diretor. Pela primeira vez também nós temos três mulheres vice-presidentas. Mas por que nunca teve, alguém pode perguntar? Porque nunca foi dada oportunidade. Elas estavam lá. No dia em que eu fui buscar a vp de negócios digitais e tecnologia , que é a Marisa Reghini, eu não contei pra ninguém. E eu ouvi de vários colegas “Poxa, Tarci, quem vai ser vice-presidente de tecnologia? Ninguém cogitava o nome dela. E ela estava lá, pronta, com uma carreira maravilhosa, respeitadíssima no mercado, já numa função de alta liderança, com todas as certificações do banco que possibilitavam esse cargo. Ela só precisava ser vista O mesmo foi com a Carla Nesi, que é a vice-presidente de varejo. Teve uma carreira brilhante, foi minha diretora e tinha acabado de se aposentar. Então há essa miopia, essa dificuldade de enxergar que a mulher está lá, está pronta e só precisa da oportunidade.

F:Você trouxe também um homem negro para a presidência de uma das empresas da holding… Foi intencional?

TM: O Denísio [Liberato, presidente da BB Asset Management] foi uma escolha nossa. Do nosso conselho diretor. Ele já era diretor de participação da Previ, nosso fundo de pensão. E o Banco do Brasil tem uma coisa interessante. Tudo que você fala sobre o Banco do Brasil ou é o maior do mundo, ou é o maior da América Latina, ou é um dos maiores do mundo. Sempre assim. A Previ é o maior fundo de pensão da América Latina e está entre os maiores do mundo. Logo, o Denísio tem toda a formação necessária para ocupar essa cadeira. A BB Asset é uma empresa de participações. E hoje ele é o único negro da América Latina que faz parte do PRI [Principles of Responsible Investment, iniciativa global apoiada pela ONU}. Quando você olha a formação dos CEOs das demais assets do Brasil e da América Latina, a formação do Denísio tem um dos níveis mais altos. Então o Denísio também estava pronto, apenas aguardando uma oportunidade.

F: E as suas outras paixões? Como é que ficaram diante dessa dedicação intensa? Você tem uma companheira, não tem?

TM: Tenho, por quem sou apaixonada também. Por isso tenho tentado organizar minha agenda de trabalho para que caiba entre segunda e sexta, que é pra eu estar com as minhas paixões de casa aos sábados e domingos. E tenho sido disciplinada nisso. Então, se eu tenho algum compromisso profissional no final de semana, as minhas paixões de casa vão junto. Minhas filhas, meu filho e a Dani, minha companheira, me acompanham. A Yasmin é minha filha, tem 22 anos, a Ruth é uma prima que eu crio desde os 12 anos, hoje tem 30. E o Davi é filho da Dani, minha companheira, e tem 9 anos.

F: E o que você faz nesses dias em família?

TM: Eu gosto de cozinhar, de ir pra festa também. Vou com as meninas aos shows. A gente assiste dança juntas, vai pro cinema. Uma coisa que eu não deixei de fazer é ir à feira aos domingos de manhã. Então eu vou na feira com as meninas fazer compras e comer pastel.

F: E você foi feirante. Esse passeio traz lembranças?

TM: Sim. Eu fui feirante dos 10 aos 14 anos com a minha família na Paraíba. Vendia fruta, verdura… Durante uma época, meu pai comprava também umas coisas pra gente vender: umas peneiras de peneirar farinha que a gente chamava de aropemba. Vendia ralador de milho…

Fonte: Forbes

Artigo: Reflexões e compromisso com a pluralidade do Brasil

Publicado em:

Tarciana Medeiros*

Quando alguém me pergunta o que é o Banco do Brasil, costumo dizer que nós somos um banco que é retrato da sociedade brasileira – uma sociedade em transformação, com avanços a celebrar, mas que ainda tem um longo caminho a percorrer para abraçar a diversidade que nos molda.

E é neste cenário que, para mim, mulher negra, datas como o Dia da Consciência Negra se mostram fundamentais – porque não há forma de avançarmos de verdade sem antes refletir, dialogar e agir para criar um Brasil capaz de atingir sua máxima potência no futuro.

É uma data para pensar a História também, e encarar um sentimento profundo e duradouro de injustiça.

Por séculos, os negros, roubados de suas terras e vendidos aos navios mercantes, como tão bem cantou Bob Marley, foram obrigados a mover uma economia nefasta que levava produtos consumidos no mundo todo. O próprio continente foi espoliado dentro das fronteiras de seus países, em um processo colonial que perdurou até o século XX.

Daí, as raízes dos negros subjugados diretamente pela escravidão e depois explorados em sistemas que lhes negava a autonomia como cidadãos com acesso mínimo a melhores condições de vida

As sequelas desse capítulo perverso da história mundial, que atingiu as comunidades negras e seus descendentes, ainda esperam novas medidas estruturais de todas as esferas sociais que tenham a capacidade de enfrentar e transformar esse triste cenário.

O mundo tem se debruçado sobre isso, com o fortalecimento de entidades globais para o combate às injustiças que cometeu contra as pessoas negras ao longo da história.

No Brasil, não poderia ser diferente. O debate proposto por lideranças negras, das mais diversas origens e campos sociais, sobre uma herança escravocrata e colonial ganha força. Ele demonstra a urgência com que precisamos avançar no combate ao racismo estrutural na comunidade global. Por mais complexa que seja, a questão precisa ser enfrentada. E a hora é agora.

O BB é uma instituição secular, que já passou por diversas organizações e composições societárias. Como sistema empresarial, já ressurgimos algumas vezes ao longo da história do nosso país. Com o passar do tempo, fomos evoluindo nas medidas de combate ao racismo estrutural, culminando neste ano com a atuação ainda mais intensa com práticas de estímulo à igualdade racial com maior efetividade.

Sinto um imenso orgulho de poder dizer que o Banco do Brasil está de fato se posicionando para ser mais plural, mais consciente de sua força negra e de todas as etnias e grupos. Porque nosso olhar não pode apenas reconhecer as legislações e obrigações formais, mas também precisa agir de maneira proativa para impulsionar, valorizar e empoderar a participação de pessoas negras na sociedade como um todo.

Nosso compromisso é, e continuará sendo, o de implementar medidas que promovam uma nova realidade para as comunidades negras. O BB também se alinha a um movimento amplo de conscientização sobre a necessidade do envolvimento de toda a sociedade na busca pela aceleração de ações e iniciativas de combate ao racismo, em todas as suas formas, e de promoção da igualdade racial. Juntos podemos fazer muito mais.

Avançamos. Mas nossos avanços não nos limitam a aprofundar o conhecimento e encarar a real história das versões anteriores da Empresa.

Entendemos que, direta ou indiretamente, toda a sociedade brasileira deveria pedir desculpas ao povo negro por aquele momento triste da nossa história. Neste contexto, o Banco do Brasil de hoje pede perdão ao povo negro pelas suas versões predecessoras e trabalha intensamente para enfrentar o racismo estrutural no país. O reconhecimento desse passado é indispensável para melhor compreender as origens e as injustiças que a economia colonial da época perpetrou.

Mas o que define nosso compromisso com o combate à desigualdade étnico-racial é o fato de o BB ser uma instituição da atualidade, que, como as demais instituições públicas e privadas, tem o dever de desenvolver ações no âmbito de uma sociedade que guarda sequelas da escravidão.

O Banco do Brasil seguirá somando esforços no acolhimento à diversidade e na promoção de ações inclusivas, contribuindo assim para o desenvolvimento social e econômico em nossa sociedade. Para nós, Raça é prioridade, sim!
Como parte desse olhar estratégico para o tema, anunciamos um conjunto de novas medidas em prol da igualdade e inclusão étnico-racial e do combate ao racismo estrutural no país, com impactos positivos para clientes, funcionários, fornecedores e demais parceiros estratégicos da empresa. Elas se somam a outros compromissos e iniciativas do Banco nessa direção e estão disponíveis para consulta na área de imprensa do site do BB.

Aliás, para que toda a sociedade tome conhecimento do conjunto de iniciativas em equidade e inclusão em andamento no BB, criamos uma página em nosso site dedicada ao tema bb.com.br/diversidade.

Estamos comprometidos com a missão de sermos um Banco para tudo que o brasileiro imaginar, e não há como fazer isso sem trabalharmos por um Brasil consciente de suas potencialidades, de suas diferenças, de suas riquezas. Porque só assim, com a união de todas as nossas forças, podemos verdadeiramente alcançar um futuro mais brilhante e equitativo.

Digo isso com a força da ancestralidade das milhares de pessoas pretas e pardas, de norte a sul do país, que trazem para o BB, todos os dias, as riquezas de nossas culturas, expressões e crenças.

Gosto de dizer que nosso banco é diverso, em um país diverso. Essa é a nossa substância. E é com essa substância que seguiremos trabalhando incansavelmente para implementar iniciativas que melhorem a qualidade de vida de todos os brasileiros, considerando todas as individualidades e coletividades identitárias de raça, etnia ou grupo social.

*É presidente do Banco do Brasil

Fonte: Banco do Brasil

Presidente Tarciana passa por cirurgia e fica até 3 semanas afastada

Publicado em: 09/11/2023

O Banco do Brasil informou nesta segunda-feira, 6 de novembro, por meio de nota, que a presidente Tarciana Medeiros passou por um procedimento cirúrgico eletivo, de baixa complexidade, durante a manhã.

De acordo com a instituição, a cirurgia foi bem-sucedida e Tarciana Medeiros já está em recuperação.

“Por recomendação médica, Tarciana ficará afastada de suas atividades profissionais por até três semanas”, acrescentou a nota. “Nesse período, Felipe Prince, vice-presidente de Controles Internos e Gestão de Riscos, ocupará o cargo de presidente interinamente.”

Fonte: UOL

Nos 215 anos do BB, presidente do banco destaca concessão de crédito e políticas de diversidade

Publicado em: 19/10/2023

Nesta quinta-feira, 12, data em que o Banco do Brasil completa 215 anos, a presidente do banco, Tarciana Medeiros, foi às redes sociais para celebrar e fez um balanço sobre a atuação da instituição no primeiro semestre deste ano, período em que ela assumiu o banco. Entre janeiro e junho, o BB concedeu alguma linha de crédito ou de financiamento a 4,2 milhões de pessoas.

“Quem me conhece sabe que eu tenho alguns pequenos mantras diários. Um deles é: dar crédito é acreditar nas pessoas. E no BB, nós acreditamos nos brasileiros”, disse ela, em texto publicado no Linkedin. Ainda de acordo com a executiva, foram concedidos R$ 48 bilhões para mais de 180 mil micro e pequenas e empresas, alta de 22% na comparação com o primeiro semestre do ano passado. O segmento é um dos focos da gestão de Medeiros.

No texto, a presidente do BB afirma ainda que foram R$ 17 bilhões em empréstimos para mulheres empreendedoras, um crescimento 20% em um ano. Funcionária do banco desde 2000, Tarciana Medeiros é a primeira mulher a comandá-lo em seus dois séculos de existência.

O BB foi criado em 1808, quando a Família Real portuguesa mudou-se para o Brasil. Além de ser o mais antigo banco em operação no País, é considerado um dos mais antigos ainda em operação no mundo.

Nesta quinta, a presidente do banco destacou ainda os R$ 13,3 bilhões em financiamentos ao setor público nos primeiro seis meses de 2023, além das concessões de R$ 75 bilhões para o agro, segmento em que o banco é líder. Nele, o crescimento foi de 15% em relação ao mesmo intervalo de 2022.

Medeiros também mencionou os R$ 8 bilhões que o BB captou em acordos para investimentos em frentes sustentáveis, após a viagem de uma comitiva do comitê executivo do banco a Nova York em setembro. “Fomos até Nova Iorque, a cidade de tantos protagonismos, para colocar o BB de vez sob os holofotes do mundo como um líder global em práticas e negócios sustentáveis”, disse.

Diversidade

A presidente do BB também tratou do tema da diversidade, que é uma das bandeiras de sua gestão. Destacou que o conselho diretor do banco tem 45% de mulheres, 22% de pessoas autodeclaradas negras e dois membros autodeclarados da comunidade LGBTQIAPN+ – ela e o vice presidente de Gestão Financeira e Relações com Investidores, Geovanne Tobias.

Medeiros mencionou ainda outras iniciativas, como a assinatura de um protocolo de intenções com o Ministério da Igualdade Racial, em julho, voltado a ações direcionadas à superação da discriminação racial, além da inclusão e da valorização de mulheres negras.

Em agosto, o banco se tornou embaixador de movimentos do Pacto Global da ONU no Brasil relacionados à igualdade racial, de gênero e ao trabalho decente. Também assumiu o compromisso de chegar a 30% de pretos, pardos, indígenas e outras etnias sub-representadas em cargos de liderança até 2025.

Por fim, a presidente do banco público fez menção ao inquérito civil público do Ministério Público Federal que investiga a atuação do banco no período da escravidão no Brasil, durante o século XIX. “Os debates sobre a escravidão, para serem efetivos e ganharem a dimensão merecida, precisam envolver todos os atores que estão comprometidos com a mudança no presente, devendo as instituições atuais compartilhar iniciativas que contribuam para a construção de um país com cada vez mais justiça social”, escreveu Medeiros.

Fonte: Época Negócios

Tarciana, do BB, está na lista dos 500 mais influentes da América Latina

Publicado em: 21/09/2023


Acontecimentos marcantes deste ano, como o avanço da inteligência artificial generativa e a procura por conteúdos relacionados à saúde e bem-estar, ajudaram a definir as personalidades mais influentes da América Latina, de acordo com a lista da agência de notícias Bloomberg Línea. Em paralelo a isso, o cenário de juros altos no mundo foi propício para bancos e fintechs que estavam abertos à inovação.

A terceira edição do ranking destaca as 500 Pessoas Mais Influentes da América Latina, e visa reconhecer o trabalho de quem foi inspiração para os latino-americanos. Dentre os 500, 179 brasileiros e estrangeiros que atuam no Brasil integram a lista, o maior número entre todos os países da região.

Em relação às edições anteriores, destaca-se Alexandre Bettamio. O executivo foi nomeado em junho como co-head global de Investment Banking do Bank of America, e se tornou o primeiro brasileiro a atuar no cargo entre os maiores bancos do mundo.

Alexandre Saigh, CEO do Pátria Investimentos, e Tarciana Medeiros, CEO do Banco do Brasil, também são novas personalidades que entraram na listagem.

No setor do varejo, destaca-se Davide Marcovitch, da LVMH, holding que controla marcas como Givenchy, Dior e Louis Vuitton. Há ainda Felipe Feistler, o diretor-geral no Brasil da Shein.

Personalidades que atuam em empresas que visam promover igualdade entre as minorias como Adriana Barbosa, da plataforma PretaHub, aceleradora do empreendedorismo negro no país, Andrea Schwarz, fundadora da iigual, que atua para incluir pessoas com deficiência no mercado de trabalho, e Edu Lyra, da Gerando Falcões, também compõem a lista

Saúde e tecnologia

Na área de saúde, destaca-se Isabella Wanderley, vice-presidente corporativa e gerente geral da Novo Nordisk, a fabricante do medicamento Ozempic.

Já no setor da tecnologia, aparecem nomes como Márcio Aguiar, diretor da Nvidia para América Latina, e Lidiane Jones, que atua na liderança global do Slack, controlada pela Salesforce.

Esportes e entretenimento

A listagem traz personalidades do ramo da beleza, mídia e esportes, como é o caso da cantora Anitta, da empresária e blogueira Bruna Tavares e da tenista Bia Haddad, uma das atletas brasileiras de maior destaque no esporte individual e que chegou ao top 10 do ranking mundial do tênis neste ano. Também estão inclusos o youtuber Casimiro e os apresentadores do podcast PodPah, Igão e Mítico.

Fonte: Época Negócios

 

Luiza Trajano e presidente do BB vão debater sustentabilidade na ONU

Publicado em: 11/09/2023


O Pacto Global da ONU no Brasil fará, em 14 e 15 de setembro, o evento SDGs in Brazil, na sede das Nações Unidas, em Nova York.

A presidente do Banco do Brasil, Tarciana Medeiros, a empresária Luiza Trajano e outros convidados serão entrevistados no segundo dia do evento por Gabriela Prioli, Maju Coutinho e Maria Clara.

O grande debate será sobre o avanço dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) por meio de iniciativas de empresas, além de outros temas ligados à Agenda 2030, como direitos humanos, meio ambiente e governança.

Sob a gestão de Tarciana Medeiros, o Banco do Brasil quer se tornar protagonista mundial em práticas e negócios sustentáveis no sistema financeiro.

A presidente da instituição aproveitará a atenção e o fluxo global em torno da Assembleia Geral da ONU para discutir parcerias e captação de recursos com investidores externos e organismos multilaterais para a preservação da Amazônia.

Em sua fala às entrevistadoras no dia 15, Tarciana compartilhará práticas de sua gestão no BB, como a entrada no índice iDiversa da B3.

Fonte: Veja

Tarciana: 1º passo foi dado com saída de 2,5 mi de pessoas do cadastro negativo

Publicado em: 25/07/2023


A presidente do Banco do Brasil, Tarciana Medeiros, disse em uma rede social que a retirada de 2,5 milhões de brasileiros de cadastros negativos de crédito foi um primeiro passo importante do Desenrola para reduzir o endividamento da população. Ela mencionou, ainda, a renegociação de R$ 1 bilhão em dívidas de 75 mil clientes do banco na primeira semana do programa de renegociação de dívidas do governo federal.

“O primeiro passo já foi dado com a retirada de 2,5 milhões de brasileiros com dívidas de até R$ 100 que tiveram seus nomes excluídos de cadastros negativos”, afirmou ela, em postagem no Linkedin. “Com isso, caso não tenham outras pendências financeiras, poderão voltar a fazer um empréstimo ou alugar uma nova casa, por exemplo.”

Na primeira fase do Desenrola, lançada na segunda-feira, 17, os bancos puderam “limpar” os nomes de clientes que tenham dívidas de até R$ 100 junto às instituições. As dívidas não são perdoadas, mas caso o cliente não tenha outras restrições de crédito, pode voltar a tomar empréstimos, um dos objetivos do programa.

O atual estágio também permite a renegociação de dívidas de clientes com renda mensal entre dois salários mínimos e R$ 20.000. Clientes de menor renda, da chamada Faixa I, entrarão em uma fase posterior, prevista para setembro, e que também incluirá dívidas contraídas junto a empresas de consumo ou serviços públicos (água, luz e telefone).

No texto, Medeiros cita dados da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) que apontam que 78,3% das famílias brasileiras têm dívidas em atraso. Também menciona dados da Serasa que mostram que 72 milhões de pessoas estão negativadas.

De acordo com ela, além de tirar as pessoas do endividamento, é necessário estimular a educação financeira, para que o consumo de crédito aconteça de forma responsável. “Estamos utilizando nossos canais de comunicação para enviar alertas e dicas sobre o uso responsável do crédito, de forma a conscientizar a sociedade”, diz a executiva.

Fonte: Exame

 

Conselho de diversidade do Banco do Brasil se reúne pela 1ª vez

Publicado em: 10/07/2023


A presidente do Banco do Brasil, Tarciana Medeiros, realizou, no domingo (9/7), a primeira reunião do Conselho Consultivo de Diversidade, Equidade e Inclusão, formado por um grupo de conselheiros externos voluntários. O encontro acontece no mesmo dia em que é realizada a 24° Parada do Orgulho de Brasília.

Segundo o banco, o encontro abordou causas LGBTQIAPN+ com representantes da sociedade, especialistas de mercado e referências no tema em questão, que estão dispostos a compartilhar experiências, tendências, boas práticas, anseios, conhecimento.

Esses indivíduos não são fixos e são escolhidos por se destacarem em seus segmentos sociais. O mandato também não é remunerado, de acordo o Banco do Brasil.

Tarciana Medeiros ressalta que a iniciativa foi tomada porque, em uma sociedade em profunda transformação, o banco busca melhorar a satisfação e a experiência de todos os seus públicos de relacionamento. Tarciana é a primeira mulher a assumir o cargo na história da instituição financeira.

Ela tomou posse em cerimônia com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Também estavam presentes a primeira-dama, Janja, e a ministra da Cultura, Margareth Menezes.

Programa de Diversidade

A primeira reunião do Conselho Consultivo de Diversidade, Equidade e Inclusão faz parte do cronograma do Programa de Diversidade, lançado pelo Banco do Brasil em março de 2023, com a construção de uma estrutura de governança dedicada ao tema na empresa.

O programa contempla, além da temática LGBTQIAPN+, questões relacionadas a gênero, geração, raça/etnias, pessoas com deficiência e neurodivergentes, com a dimensão transversal geográfica-cultural em todos os grupamentos.

A escolha das causas LGBTQIAPN+ como assunto da primeira reunião temática do Conselho Consultivo de Diversidade do BB soma-se a uma série de ações afirmativas relacionadas ao Dia Internacional do Orgulho LGBT, celebrado em 28 de junho.

Fonte: Metrópoles