Goiânia recebeu na noite desta segunda-feira, dia 8, os maiores nomes da direção do Banco do Brasil nacional para assuntos ligados ao Comércio Exterior em debate promovido pela instituição com empresários exportadores goianos. Trata-se do Circuito Banco do Brasil de Comércio Exterior.
Estiveram presentes Paulo E. S. Guimarães, Superintendente da Superintendência Internacional do Banco do Brasil ((BB) (Business Head, International Operations–Brasil/Americas/Europe/ Asia)), Glaydson Teixeira Cavalcante, Gerente de Mercado da Superintendência Internacional do Banco do Brasil, especialista em comércio internacional; Glaydson Teixeira Cavalcante, Superintendente da Superintendência de Atacado Internacional do BB (International Operations–Brazil/Americas/Europe/Asia); Antônio Germano dos Santos Júnior, Gerente de Soluções da Diretoria de Estratégia e Organização do Banco do Brasil; Guilherme Arcanjo Battisti, Gerente Geral da Gerência Regional de Apoio ao Comércio Exterior em Brasília Vander Cavalcante, Gerente de Negócios Internacionais da Gerência Regional de apoio ao comércio exterior do Banco do Brasil e o anfitrião, Marco Antônio Felicio Sanches, Superintendente Estadual do Banco do Brasil em Goiás; todos dos quadros do Banco do Brasil.
O objetivo do encontro foi gerar maior dinamismo para a economia brasileira e oportunidades negociais para o Estado de Goiás, visando o público que atua no comércio exterior. O Estado de Goiás figura como um dos principais estados que atuam no comércio exterior. Goiás é a 5.ª cidade do circuito. Outras 27 cidades sediarão o mesmo evento.
Em 2017, Goiás atuou no comércio exterior com 480 pequenas empresas que movimentaram 136 milhões de dólares. Daí a importância do Estado no cenário nacional.
O economista Antônio Germano dos Santos Júnior, Gerente de Soluções da Diretoria de Estratégia e Organização do Banco do Brasil, abriu o evento com uma palestra que abordou o ambiente econômico nacional e as perspectivas do comércio exterior para os próximos anos, a partir das tendências mercadológicas atuais.
Antônio Germano analisou a economia internacional, abordando a economia no resto do mundo, considerando países como a China e a exportação do mercado de Goiás para aquele país.
ECONOMIA BRASILEIRA
Para Antônio Germano, o Brasil fez uma série de medidas estruturais na sua economia, como sistemas de metas para inflação, regime de câmbio flutuante e adotou um sério regime de disciplina fiscal. Esse regime de disciplina fiscal foi essencial para que o Brasil tivesse condições de servir à economia internacional em um cenário muito mais seguro.
O regime de disciplina fiscal desenvolvido pelo governo brasileiro fez que com que o Brasil conseguisse economizar parte de sua receita para pagar parte dos juros da dívida externa, o chamado superávit primário. Através deste superávit primário, o país conseguiu reduzir o risco, e lá fora, aumentou o índice de confiabilidade, melhorando o ranking de segurança internacional.
“Isso fez que conseguíssemos o reconhecimento de país com maior grau de investimento, ou seja, o Brasil tem pouca chance de deixar de pagar seus compromissos. Hoje somos reconhecidos como país bom pagador”afirmou Antônio Germano.
Ele lembrou da crise de 2008 a 2009, quando o país adotou uma série de medidas que levaram o país ao crescimento.
A partir daí, houve um bom desempenho econômico, quando o governo manteve os incentivos para que o país continuasse a crescer. Com o crescimento, os incentivos não foram mais necessários e a economia se estabilizou, até que em 2014, enfrentou nova crise econômica. Pela sua análise, o Brasil se recuperará voltando para o mesmo lugar de produção de bens e serviços em 2021, quando irá alcançar os mesmos patamares de 2014.
“Estamos crescendo, mas muito menos do que em 2014. O ano de 2018 ainda é uma incógnita, já que com o ambiente eleitoral, não há com fazer uma avaliação precisa da situação.” analisou Antônio Germano.
Também para os próximos anos, Antônio Germano observa que a economia dependerá do projeto de governo de quem assumirá a presidência do Brasil. “Os dados são incertos e imprevisíveis, pois o discurso se distancia da prática, e não temos margem de análises sólidas, até porque o cenário atual antecede a eleição presidencial” afirmou Antônio Germano.
“O desafio do próximo governo será conciliar governabilidade com agenda de reformas”, disse Antônio Germano. “A dúvida gira em torno de qual vai ser a governabilidade, independente de quem irá assumir. O governo deverá ter alguma dificuldade de governabilidade devido à elevada polarização, quando dois extremos chegam ao segundo turno, ou seja, qualquer que seja o resultado das eleições, será necessário que o governante se direcione às forças de centro para que viabilize seu governo, e a partir desta suposta governabilidade, tenha condições de abrir uma agenda de reformas para o Brasil, pois só assim voltará a crescer de maneira sustentável”, avaliou.
Guilherme Arcanjo Battisti, Gerente Regional de apoio ao comércio exterior afirmou ao empresariado presente que em qualquer dos cenários, o Banco do Brasil será parceiro da classe. “No passado, os empresários já passaram por crises. Muitos governantes passaram, e o Banco do Brasil permaneceu. Qualquer um dos dois que ganhe as eleições, continuaremos sendo parceiros de vocês, seja no mercado interno, seja no mercado externo”, declarou.
“O Banco do Brasil existe para fazer a economia girar, visando o crescimento do país. O banco se preparou para continuar atendendo as empresas em qualquer dos dois cenários”, afirmou Battisti.
O Banco do Brasil foi criado em 1808 por Dom João VI, é líder de mercado em vários segmentos, incluindo seguridade, mercado de capitais, captação de recursos de terceiros, cartões, franquia de atendimento no exterior, o que significa a independência do Brasil lá fora.
A presença do Banco no Brasil chega a 99,7% dos municípios, o que significa estar onde a empresa está, sem esquecer das soluções digitais, que substituíram as presenciais. São 66,360 milhões de clientes. Não há nenhum outro banco que tenha esse número de clientes, o que demonstra o caráter social desta empresa estatal.
Arcanjo Battisti apresentou dados do Banco que servem para atestar a busca da empresa por soluções de atendimento ao cliente, seja pessoa física ou jurídica.
Em Goiás, há dois escritórios de negócios e 1.600 funcionários envolvidos com o projeto de comércio exterior.
COMÉRCIO EXTERIOR
O Banco está estruturado no mercado internacional desde 1941, com a primeira agência aberto no exterior em Assunção, no Paraguai. Há onze agências no exterior, duas sub agências no Japão, seis escritórios de representações, dez subsidiárias sucursais, e duas unidades de serviços compartilhados.
Também está presente em 16 países e conta com uma rede de comércio exterior em 26 pontos de atendimento.
Hoje há 874 bancos correspondentes que trabalham em 104 países.
BRASIL
No Brasil, o banco está organizado com 17 agências de atendimento, 6 empresas regionais especializadas em fechamento de campo; 43 plataformas de negócios internacionais e 104 gerentes de negócios internacionais, somando-se a isso 900 funcionários que se dedicam exclusivamente ao comércio exterior. Guilherme Arcanjo Battisti finalizou: “O Banco do Brasil está focado no apoio ao cliente, no financiamento, na prestação de serviço, visando viabilizar e incentivar o crescimento do comércio exterior”, finalizou.
Como parte da programação, após cada explanação, havia espaço aberto para perguntas. Debates calorosos se seguiram após o pronunciamento dos Ceo’s (Chief Executive Officers), o que enriqueceu o evento.
Marco Antônio Felicio Sanches, Superintendente Estadual do Banco do Brasil declarou, ao final do evento: “Para nós do Banco do Brasil o encontro foi muito positivo. Tivemos a oportunidade de falar a respeito de economia brasileira e internacional e de comércio exterior; além disso, de ouvir nossos clientes. Tivemos diversas sugestões e contribuições, além de muitas críticas, que são muito bem vindas, pois sempre há algo a aprimorar. Minha avaliação é que o evento foi um sucesso”.
Fonte: DM Cotidiano