Funcionários do BB rejeitam mudanças na Cassi; BB não terá despesa extra

Publicado em: 09/10/2018

O Banco do Brasil informou nesta segunda-feira que a proposta de mudança estatutária da Caixa de Assistência dos Funcionários (Cassi) do banco foi rejeitada por seus associados, e com isso a despesa adicional de cerca de 300 milhões de reais prevista este ano com a mudança do plano de saúde não se concretizará.

Em meados de setembro, o conselho diretor do banco aprovou a reforma estatutária da Cassi, com mudança no modelo de custeio do plano de associados da operadora de saúde, além de alterações e melhorias na gestão e na governança da Cassi, e anunciou o gasto extra.

“Com este resultado, a previsão de aumento da despesa com o Plano de Benefícios de Empregados de aproximadamente 300 milhões de reais em 2018 não se concretizará”, disse o BB em comunicado.

Fonte: Jornal Extra

Salutis Consultoria confirma que Proposta Cassi garante sustentabilidade

Publicado em: 27/09/2018

O parecer técnico da Salutis Consultoria, elaborado a pedido do Conselho Deliberativo da CASSI, confirmou que o modelo de custeio proposto na reforma estatutária, que será votado pelos associados entre os dias 24 de setembro e 5 de outubro, garante a sustentabilidade da Caixa de Assistência até agosto de 2024. Cumprindo assim, o período já divulgado pela CASSI.

Pela avaliação da Salutis, a alteração de custeio também afasta o risco de insuficiência dos ativos garantidores, exigidos pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), por meio da entrada imediata de novos recursos após aprovação – haverá aporte extraordinário do Banco do Brasil, incluindo pagamento por dependentes e taxa de administração de 10% retroativos a julho de 2018 (veja contribuições do BB).

O documento está disponível para consulta em www.cassi.com.br, na área exclusiva para associados, após CD autorizar a divulgação. Para acessar, é necessário fazer login no site (clique aqui).

Fonte: Cassi

Funcionários do BB vão votar contra alterações no estatuto da Cassi

Publicado em:

A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e o Sindicato dos Bancários de Brasília realizaram no sábado (22) o Encontro Nacional Aberto em Defesa da Cassi, com o objetivo de debater as estratégias e posições quanto a proposta do Banco do Brasil, que quer promover a mudança no estatuto da Caixa de Assistência dos Funcionários do Banco do Brasil. O encontro tirou como resolução unificada o voto contra a proposta do banco. A votação começa nesta segunda-feira (24). Um novo Encontro Nacional será realizado no dia 20 de outubro, em São Paulo e até lá serão organizados encontros regionais para debater o futuro da Cassi e seus associados.

Para Wagner Nascimento, coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB) o Encontro Nacional foi importante para ampliar o debate num momento em que a Cassi está sob forte ataque. “Estão aproveitando do momento de dificuldade financeira, para tentar retirar os direitos dos associados, aumentar as despesas dos funcionários do BB, reduzir despesas do banco e passar o controle da Cassi para as mãos do patrocinador. São mudanças tão absurdas que nenhum governo tinha ousado a fazê-las”, disse o dirigente sindical, que representou a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT). “Realmente, só quem não tem compromisso com o futuro da Cassi e dos associados poderia propor essas mudanças na governança da Cassi. Por isso, nossa resposta será votar NÃO, para defender a Cassi”, ressaltou.

Todos pelo não

O encontro, que foi aberto pelo presidente do Sindicato dos Bancários de Brasília, Eduardo Araújo, foi marcado pela unidade das várias entidades de representação dos trabalhadores em defesa dos associados e pelo NÃO na votação. Além da CEBB, da Contraf-CUT e do Seeb/Brasília, também compuseram a mesa representantes da Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Empresas de Crédito (Contec), da Associação Nacional dos Funcionários do Banco do Brasil (ANABB), o Conselho de Usuários da Cassi de Brasília, a diretoria de planos de saúde e rede credenciada e a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB).

Após as falas da mesa de abertura, foi aberta a palavra para os diversos associados da ativa e aposentados de todo o Brasil. Participaram do evento associados de Brasília, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba e interior do Paraná, Minas Gerais, Bahia Campinas, Alagoas, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e outras cidades do Brasil.

Gestores pressionam funcionários

Os associados relataram a preocupação com o futuro da Cassi e com sua representação caso a proposta seja aprovada. Relataram ainda a pressão e o assédio feito pelos gestores do BB nos locais de trabalho, para que os associados votem favorável à proposta, mesmo ela sendo prejudicial a eles.

Moção

Os participantes aprovaram em Defesa da Cassi e em repúdio à postura anti-democrática da direção atual do BB, que abandonou a mesa de negociação e avilta o funcionalismo com o assédio para forçar à aceitação das mudanças.

“Nesse cenário que precisa ser enfrentado e vencido com o nosso NÃO – única forma de proteger a nossa Cassi hoje – destacamos a necessidade de valorizar e apoiar a honesta e firme postura do Diretor eleito Humberto Almeida em defesa da Cassi e dos seus associados e associadas, favorecendo o diálogo, a clareza técnica e a defesa da governança democrática”, disse Wagner Nascimento.

Fonte: Sindicato dos Bancários de Brasília

Presidente da Cassi garante a manutenção dos serviços e afasta o risco de intervenção

Publicado em: 05/09/2018

De forma objetiva e transparente, o presidente da Caixa de Assistência dos Funcionários do Banco do Brasil, Luís Aniceto, explica como a Proposta Cassi foi construída e afirma que é a solução que a Instituição precisa no momento, com urgência, para garantir a manutenção dos serviços para as 700 mil vidas atendidas e para afastar o risco iminente de intervenção pelo órgão regulador, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).

CASSI: Presidente, o que muda para o funcionário do BB com a Proposta Cassi?

Luisinho: O valor que ele pagará. A Proposta Cassi muda a forma de custeio do Plano de Associados, introduzindo a contribuição por dependente. Essa é a principal novidade. Também torna ordinária a contribuição pessoal de 4% para os associados, incorporando o 1% adotado de forma extraordinária em novembro de 2016, por ocasião do Memorando de Entendimentos (assinado entre entidades representativas de funcionários da ativa e aposentados e Banco do Brasil) e que valeria até o final do ano que vem.

CASSI: Por que, depois de 74 anos, a Cassi precisa cobrar por dependentes? É o fim do princípio da solidariedade?

Luisinho: Cobrar por dependente é uma alternativa viável para aumentar a receita do Plano de Associados. E essa é uma necessidade imediata, já que a soma das contribuições do Banco e dos associados não é mais suficiente para custear as despesas assistenciais: a diferença entre receitas e despesas gerou déficit de R$ 342 milhões só nos primeiros cinco meses de 2018.

Essa necessidade de incluir o pagamento por dependentes é gerada também pelos altos custos impostos pelo mercado de saúde. É, ainda, uma das sugestões para a sobrevivência da Cassi segundo a Accenture, consultoria especializada em saúde suplementar que fez um diagnóstico sobre a Caixa de Assistência, conforme previsto do Memorando de Entendimentos.

Respondendo sobre a questão da solidariedade, ela não é afetada pela cobrança por dependente, porque seguirá mantido o custo conforme a remuneração de cada associado. Ou seja, o percentual de contribuição por dependente variará de acordo com a faixa salarial. Destaco ainda que o pagamento do titular, a soma da contribuição pessoal e por dependente, está limitado a 7,5% da renda bruta.

CASSI: Como o déficit chegou a esse ponto? São seis anos de déficit, por que nada foi feito antes?

Luisinho: Na minha avaliação, o déficit chegou a esse ponto por causa de uma mudança positiva no perfil da sociedade em geral. Afinal, estamos vivendo mais!! Esta nova característica demográfica associada à evolução da medicina trouxe impactos significativos nos gastos com saúde.

Para resolver o desequilíbrio financeiro gerado por esta mudança, algumas tentativas foram feitas, como a contratação de consultorias e elaboração de propostas pelos dirigentes da Cassi. Mas como não houve consenso na Diretoria e/ou no Conselho Deliberativo, as propostas não evoluíram. Aí entra o segundo ponto que precisa ser enfrentado urgentemente, que é o modelo de decisão estabelecido.

A forma atual favorece o impasse e não a decisão. Sempre que há empate entre os dirigentes, o processo ou medida em análise é paralisado. Ou seja, a Cassi chegou a este ponto com todos os seus dirigentes cumprindo as regras. O resultado foi a perda de mais de R$ 1 bilhão de reservas nos últimos seis anos.

CASSI: Você realmente acredita que essa proposta é a solução para a Caixa de Assistência?

Luisinho: Sim! Acredito que é o que a Cassi precisa agora, de forma urgente, para continuar a cuidar da nossa saúde: a minha, a dos nossos colegas da ativa e aposentados do Banco do Brasil, a dos nossos filhos e familiares, de todos aqueles que contam com a Caixa de Assistência. Sem o aumento imediato da receita, a prestação de serviços está ameaçada. A mudança no custeio garantirá o pagamento dos prestadores de serviços médicos e devolverá à Cassi a sustentabilidade financeira pelos próximos seis anos, segundo os cálculos técnicos.

É o tempo que precisamos para implantar processos que gerem ganhos de eficiência e melhor gestão das despesas assistenciais. Aí sim, com a casa em ordem, será viável definirmos modelo de custeio que impacte o mínimo possível os associados e o patrocinador. Essa discussão terá que ser permanente, envolvendo patrocinador e associados, que são os donos do Plano, e também as entidades que os representam. Em saúde suplementar não existe uma solução única quando se trata de assistência à saúde.

Também é importante destacar que a Cassi tem muito mais serviços do que outras operadoras de mercado. Oferecemos um modelo de atenção integral à saúde, com serviços próprios e de parceiros, médicos de família, equipes multidisciplinares de saúde, além de programas para promoção da saúde e prevenção de adoecimento. Esse é um diferencial reconhecido internacionalmente e com eficiência comprovada na melhoria das condições de saúde e qualidade de vida dos nossos associados.

CASSI: Onde os associados poderão saber mais detalhes sobre a proposta?

Luisinho: Este hotsite Cassi #SUAESCOLHA tem todas as informações da Proposta CASSI, com detalhes sobre a mudança na forma de contribuição, como o percentual sobre cada dependente de acordo com a faixa salarial do titular, o número de dependentes e a condição (ativo ou aposentado). Também há respostas para dúvidas recorrentes. E tem ainda uma explicação sobre o simulador, que exibe quanto será a contribuição para o titular e seus dependentes. O simulador pode ser acessado pelo App Cassi para celular e pelo site da Cassi. Se o associado ainda tiver dúvidas, poderá encaminhar perguntas por email para propostacassi@cassi.com.br. Ressalto que é decisivo estar informado sobre a situação da Caixa de Assistência e conhecer os detalhes da proposta de mudança. Nesse momento, a participação de cada associado é fundamental.

CASSI: O que mais gostaria dizer aos associados da Cassi?

Luisinho: Nós sabemos que a solução não é simples. Mas estou certo de que podemos superar essas dificuldades com o envolvimento de todos. Precisamos tomar medidas responsáveis e realistas. E não seria responsável da parte dos representantes da Cassi apresentar medidas que não fossem efetivas e, sobretudo, viáveis.

Por isso, peço que cada associado leia o que está sendo proposto e as razões que levaram a essas medidas. Elas são fruto de amplo estudo, que levou em conta o diagnóstico de consultoria especializada Accenture, e contou com o envolvimento de profissionais do quadro próprio da Cassi – que conhecem o negócio, são qualificados e estão empenhados na manutenção da Caixa de Assistência.

A equipe que elaborou a proposta tem em mente a manutenção dos serviços no padrão atual, com melhorias e ganhos no cuidado da saúde dos participantes. Então, conheça a Proposta CASSI e não fique com dúvidas – a CASSI criou um canal direto para receber perguntas por email (propostacassi@cassi.com.br). Esteja atento a inverdades e alternativas inviáveis que circulam nas redes sociais. Nenhum associado é obrigado a concordar com a proposta, mas todos nós temos que assumir a responsabilidade como donos do Plano e exercer nosso direito de voto pensando na Cassi que precisamos para cuidar de nós e de nossas famílias.

Clique aqui para acessar o resumo da Proposta Cassi

Clique aqui para conhecer a Proposta Cassi.

Fonte: Cassi

Presidente do Conselho Deliberativo desmistifica mudanças na Cassi

Publicado em:

Por que a Proposta Cassi inclui mudanças na estrutura e na governança, se o problema é de receita? Ela acaba com a solidariedade? Os eleitos perderão a gestão das atividades fim? Para responder a essas questões, o presidente do Conselho Deliberativo da Caixa de Assistência, Sergio Faraco, detalha em entrevista os motivos que levaram à Proposta Cassi e esclarece algumas análises equivocadas. Confira a seguir!

CASSI – O novo Estatuto tira os eleitos da gestão da atividade fim da Cassi?
FARACO – Não. A proposta divide entre eleitos e indicados pelo BB as atividades relacionadas ao cuidado com a saúde dos associados, inclusive a gestão das despesas assistenciais, que hoje são exclusivamente de responsabilidade de duas diretorias administradas por eleitos.
Com a mudança, as atividades das duas diretorias que cuidam de saúde serão divididas entre o Banco e os associados, cada uma com funções específicas. Atualmente, essas diretorias são responsáveis pela gestão de mais de 90% das despesas.

Pela Proposta, um eleito ficará com a Diretoria de Administração e Finanças, hoje sob responsabilidade de indicado. Por sua vez, um indicado assumirá uma das diretorias ligadas à atividade fim, que passará a ser chamada Diretoria de Risco Populacional, Programas e Produtos de Saúde. A outra diretoria ligada ao negócio, que passará a ser chamada Diretoria de Rede de Atenção à Saúde, responsável pela gestão da rede credenciada e pelo relacionamento com os participantes, segue com eleito e a presidência, com indicado.

CASSI – Há questionamento sobre a quebra da solidariedade no novo Estatuto? Isso está correto?
FARACO – Isso não é verdade. Quem ganha mais continua pagando mais para ter o mesmo direito de quem paga menos. E quem tem mais idade continua pagando igual a quem tem menos idade. Isso é solidariedade. Instituir contribuição por dependente, que prevê a variação dos percentuais de contribuição conforme três faixas salariais do titular (maior salário, maior percentual de contribuição para dependentes), vai justamente ao encontro do critério de custeio do Plano de Associados que está previsto no § 8º do artigo 35 do Regulamento do Plano de Associados: “os beneficiários de remuneração mais elevada subsidiam aqueles de remuneração mais baixa”.

CASSI – Se o problema da Cassi é receita, por que as alterações estatutárias vão além de mudança no custeio, incluindo alterações na governança e na arquitetura organizacional?
FARACO – Alterar o Estatuto somente em cláusulas referentes a custeio seria irresponsável: representaria colocar mais dinheiro num modelo de gestão e governança inadequado, que não traria os resultados esperados de ganho de eficiência. A deficiência no modelo foi apontada no diagnóstico da Accenture, consultoria especializada, cuja contratação estava prevista no Memorando de Entendimentos, assinado ao final do ano de 2016 entre o BB e as entidades representativas dos associados. Assim, o que se pretende é também corrigir essa questão, pois aumentar a receita sem aperfeiçoar o modelo não seria eficaz.

CASSI – O que a Proposta traz em relação ao impasse no Conselho Deliberativo?
FARACO – A proposta institui o voto de qualidade para os associados e para o Banco, desde que haja consenso entre eles. A mudança pretende evitar a situação atual, em que casos de não decisão são recorrentes e causam problemas para a Cassi, como apontado no próprio diagnóstico Accenture. Hoje, quando há empate no CD os assuntos param, mesmo que sejam importantes para os associados, comprometendo a dinâmica da Cassi. Com a Proposta, nos casos em que os conselheiros ficarem divididos em relação a determinadas questões estratégicas previamente definidas no estatuto, o tema será levado à aprovação do Banco e do corpo social, por meio de votação. Dessa maneira, a decisão de aprovar ou não a proposta que foi objeto de empate no CD, o poder de decidir, será do Banco e dos associados, conjuntamente.

CASSI – E como se pretende acabar com a não decisão no âmbito da Diretoria Executiva, outro ponto de ineficiência, segundo o diagnóstico Accenture?
FARACO – A proposta é de que em caso de empate se busque uma decisão entre os diretores dentro de 15 dias, em vez de retirar o assunto da pauta, como acontece hoje. Se o impasse permanecer, o presidente terá a prerrogativa de decidir a questão, registrando em ata as razões que levaram a esse posicionamento.

Cabe ressaltar que essa prerrogativa só poderá ser usada em temas de gestão e operação da Cassi, que são aqueles de competência da Diretoria, e nunca em questões estratégicas, tais como aquelas relacionadas aos benefícios dos associados e à revisão de custeio do plano, entre outras. O objetivo é um só: dar mais agilidade à Caixa de Assistência. É preciso deixar muito claro que os assuntos que exigem manifestação da instância superior, no caso o Conselho Deliberativo, continuarão seguindo o trâmite normal. Ou seja, serão encaminhados para análise e deliberação dos conselheiros.

CASSI – As mudanças estatutárias passam para o Banco o controle da CASSI?
FARACO – Isso também não é verdade. Conforme a redação do artigo 42 do estatuto proposto, as decisões do Conselho Deliberativo (órgão superior de deliberação), composto por oito membros (quatro indicados pelo BB e quatro eleitos pelos associados), continuarão exigindo maioria absoluta de votos (cinco votos), sem voto de minerva em favor dos indicados do BB no caso de empate nas deliberações do CD. O BB mantém sua posição como patrocinador do Plano de Associados e tem sua participação limitada aos normativos a ele impostos.

CASSI – Os funcionários da ativa e aposentados do Banco do Brasil associados à CASSI não serão mais donos do Plano?
FARACO – Isso não é real. A mudança de “corpo social” para “assembleia de associados” é meramente de atualização do texto, para adequá-lo à denominação adotada pela legislação das associações, cumprindo assim o previsto no Código Civil. É apenas isso. O conceito de associado da Cassi, adotado pelo artigo 7º do estatuto proposto, abrange todos os funcionários da ativa e aposentados do Banco que estão inscritos no Plano de Associados. O poder de voto, de decidir o futuro da Caixa de Assistência continua sendo responsabilidade dos associados. São eles, sim, os donos da Cassi.

CASSI – Presidente Faraco, que mensagem o senhor gostaria de passar aos associados que irão votar a proposta?
FARACO – Quero dizer aos meus colegas, associados da Caixa de Assistência, que acredito na Proposta Cassi. Tenho a segurança de dizer que é a medida que pode garantir a sobrevivência da Cassi. Por essa razão, peço que todos estejam muito conscientes da realidade que estamos enfrentando, com a crise financeira da Instituição, déficits consecutivos e forte ameaça à continuidade na oferta de serviços.

Não temos, nesse cenário citado, tempo para ficar criticando ações de gestões passadas, seja na Diretoria Executiva ou no Conselho Deliberativo. Quero frisar isso, não há mais tempo.
Agora é crucial adotar medidas que em primeiro lugar assegurem que teremos plano de saúde para nós e nossos familiares. Depois, sim, poderemos retomar o debate. Com recursos em caixa, teremos a tranquilidade necessária para analisar esse mesmo passado e tomar decisões que garantam um futuro consistente para a nossa Cassi.

Fonte: Cassi

Cassi: sem debate, proposta do BB é aprovada pelo Conselho Deliberativo

Publicado em: 09/08/2018

O Conselho Deliberativo da Cassi, em reunião realizada na quarta-feira 1º, aprovou a proposta “BB/Cassi”, apresentada pelo banco, com alterações estatutárias que desfiguram a caixa de assistência dos trabalhadores do Banco do Brasil. Votaram a favor da proposta o diretor eleito Luiz Satoru e o conselheiro deliberativo eleito Sérgio Faraco.

“A proposta aprovada, além de quebrar o princípio da solidariedade, transformar a Cassi em plano de saúde comercial, onerar o associado, entre outros prejuízos, é inócua em relação à sustentabilidade da nossa caixa de assistência. Foi fundamentada em cálculos atuariais com inconsistências técnicas gravíssimas como, por exemplo, a utilização de duas projeções de beneficiários, quando o correto seria usar a mesma projeção para todos itens do fluxo de caixa”, critica o diretor do Sindicato e membro da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil, João Fukunaga.

“O BB mostrou sua total falta de disposição para o diálogo com os associados da Cassi. Fugiu das mesas de negociação para não debater essa proposta absurda que foi aprovada com apoio de eleitos”, acrescenta. O dirigente lembra ainda que foi protocolada junto ao banco proposta da Contraf-CUT para a Cassi em 23 de julho, quando os representantes dos trabalhadores cobraram a reabertura das negociações.

“Em mesa de negociação com o BB, no âmbito da Campanha dos Bancários 2018, cobramos do banco resposta sobre a nossa proposta para a Cassi. Por sua vez, os representantes do BB informaram que enviaram a proposta para a governança da Cassi. Ou seja, a Cassi não fez a apreciação da nossa proposta e os indicados do banco, a toque de caixa, aprovaram essa proposta absurda apresentada pelo BB, que agora segue para consulta do corpo social”, enfatiza Fukunaga.

O Sindicato, junto com a Contraf-CUT, fará campanha pela não aprovação da proposta apresentada pelo BB para a Cassi. Para entrar em vigor, é necessário que mais de 50% dos associados votem e que dois terços dos votantes sejam favoráveis à proposta.

A Cassi não divulgou o que foi aprovado à revelia dos associados, mas a Contraf-CUT teve acesso aos principais pontos. Confira abaixo os prejuízos aos associados, razões para não votar pela proposta e mobilizar os colegas, da ativa e aposentados, para que façam o mesmo.

•Cria voto de minerva a favor do banco na Diretoria da Cassi.

•Banco pode vetar decisões do conselho deliberativo.

•Transfere para os indicados pelo banco grande parte da gestão da atividade-fim da Cassi, reduzindo a representação dos associados.

•Aumenta definitivamente a contribuição dos associados para 4%, mantendo as contribuições do banco em 4,5%, quebrando a relação 60×40 entre BB e associados.

•Estabelece cobrança por dependente de ativos, com contrapartida do BB.

•Estabelece cobrança por dependente de aposentados, sem contrapartida do BB.

•Novos funcionários do BB não serão inscritos no atual plano de saúde da Cassi.

•Futuros aposentados vão pagar a Cassi sozinhos, sem contribuição patronal.

Fonte: Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região

Associados da Cassi cobram responsabilidade dos conselheiros em ato

Publicado em: 02/08/2018

Em dia de reunião extraordinária do Conselho Deliberativo, os associados da Cassi promoveram mais um ato contra a implementação da resolução 23 da CGPAR na Caixa de Assistência do funcionalismo do Banco do Brasil. Em frente à sede da entidade, em Brasília, os assistidos pelo plano de saúde reforçaram a posição contrária às alterações estatutárias e cobraram responsabilidade dos conselheiros eleitos pelo funcionalismo.

Reunidos desde as 8h30, associados e diretores do Sindicato e da Federação dos Bancários do Centro Norte (Fetec-CUT/CN) lembraram que as medidas propostas pelo banco só oneram o associado, colocando em risco a assistência à saúde para trabalhadores da ativa e aposentados, além, é claro, dos dependentes.

“As alterações propostas pelo Banco do Brasil vão na contramão da sua responsabilidade enquanto patrocinador, além de ferir o contrato de trabalho e o próprio estatuto da Cassi. O conselheiro eleito que votar com o banco estará votando pela destruição da Cassi e contra os anseios dos associados”, denuncia Wadson Boaventura, secretário de Saúde e Condições de Trabalho da Fetec-CUT/CN e associado da Cassi.

O banco tem pressa em aprovar a exclusão do benefício pós-laboral, o aumento do custeio, a redução da responsabilidade patronal, o fechamento do plano de associados e a cobrança por dependentes, entre outras medidas que só retiram direitos e conquistas dos associados. Esses ataques podem asfixiar a Cassi e colocar em risco o acesso ao plano de saúde.

Secretária de Saúde do Sindicato, Mônica Holanda destaca que “o corpo social exige que haja mesa de negociação antes de qualquer mudança no estatuto. Estamos atentos e mobilizados para garantir que a Cassi continue prestando o serviço de atenção à saúde dos associados, mesmo quando o banco nos expõe a situações de adoecimento”.

De acordo com a diretora do Sindicato Martha Tramm, “os conselheiros eleitos e indicados pelo banco têm o compromisso de defender as mais de 400 mil vidas assistidas pela Cassi. Princípios fundamentais para a Caixa de Assistência estão sendo atacados, mas não vamos permitir que destruam nosso plano de saúde”.

Para Guilherme Haeser, bancário aposentado do BB, “a saúde não segue a lógica do mercado e o banco só enxerga a Cassi como despesa. A política de saúde do banco para com os funcionários não existe porque há uma política de adoecimento, pressão e metas”.

“Que os eleitos cumpram o seu verdadeiro papel, de defender a Cassi e que a Cassi cumpra o seu papel, que é o de promover a assistência à saúde dos seus associados. Nesse contexto, apelamos a cada conselheiro que pense, no momento do voto, que são 400 mil vidas. Não são números frios, não são cifras do banco, são vidas que estão em jogo”, finaliza Maria Gaia, diretora da Fetec-CUT/CN e empregada da Caixa que participou do ato.

Fonte: Fetec Centro Norte

Negociação entre BB e Comando dos Bancários traz poucos avanços

Publicado em: 25/07/2018

A terceira mesa de negociações entre Comando Nacional dos Bancários, representado pela Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil, e o banco aconteceu nesta segunda 23, na sede do BB em Brasília. Conforme divulgado no calendário das negociações, o encontro tratou dos temas da Minuta de Reivindicações do Acordo Coletivo Aditivo (ACT) relacionados a Saúde do Trabalhador e Segurança Bancária.

A Comissão de Empresa abriu a reunião fazendo um relato dos problemas de afastamentos e adoecimento dos funcionários que, em muitas das situações são causados pela forma de cobrança das metas. Muitas delas são estabelecidas no BB fora do acordo de trabalho das equipes e com o controle e solicitação exclusiva do gestor, sem ligação com as metas das agências, no caso do BB, o sistema Conexão.

Os funcionários reclamam que as metas geralmente não precificam o mês de férias, o que faz com que até no período de gozo da folga o funcionário não descanse por aquele mês constar como queda de rendimento.

O banco ficou de avaliar essas situações com as áreas gestoras para entender melhor os problemas.

Cobrança de metas de caixas fora do horário

A Comissão de Empresa relatou ainda que tem recebido muitas reclamações de caixas, cuja cobrança de metas tem sido feita pelos chamados caixas líderes, em muitos casos, fora do horário de trabalho e descumprindo o ACT. Essas cobranças são incentivadas pela Plataforma de Suporte Operacional, mas os exageros não estão sendo coibidos. O banco solicitou que a representação dos bancários informasse as situações pontuais para que a prática seja coibida.
Correspondentes bancários dentro das agências

Foram denunciadas também várias situações de correspondentes bancários dentro das agências, atuando nas salas de autoatendimento e até nas mesas de trabalho. Há uma reivindicação na minuta para que essa prática seja proibida, uma vez que traz para o ambiente interno uma concorrência de venda de produtos e serviços que prejudica a realização das tarefas dos funcionários, além de trazer insegurança jurídica para a empresa.

O banco foi categórico ao afirmar que o correspondente bancário não é para atuar dentro da agência e vai orientar as unidades a cumprir o que determina a norma do Banco Central.

Sem avanços nas questões de saúde

Nas questões específicas de saúde, não houve avanços e o banco se comprometeu a renovar as cláusulas do ACT que tratam desse tema.

Algumas cláusulas tratadas também sem avanços ainda serão objeto de discussão sobre redação.

Intervalo intrajornada ou intervalo de almoço

Uma novidade colocada pelo banco foi a proposta de flexibilização do intervalo de almoço. Ao funcionário de 6 horas passaria a possibilidade de intervalo de 15 até 30 minutos e para os funcionários de 8 horas, seria permitida a redução do intervalo para até 30 minutos. Em ambos os casos, normatizado no ponto eletrônico e sem opcional pelo funcionário, não sendo obrigatória a flexibilização.

Proposta para a Cassi

A representação dos trabalhadores protocolou ao banco uma nova proposta para a Cassi, construída junto aos sindicatos, com o objetivo de mais uma vez chamar o banco à negociação na Mesa Específica da Cassi. Desde que a mesa foi interrompida, não houve nenhum avanço concreto de propostas e isso tem causado insegurança aos funcionários.

Para Wagner Nascimento, coordenador da Comissão de Empresa, a mesa não trouxe avanços significativos, o que frustra os funcionários, principalmente no que se refere às questões de saúde, afastamentos e em relação às metas abusivas. “A perda de comissão no retorno de licença saúde é um ponto que assombra muitos bancários e esperávamos um avanço maior. Esperamos que ainda no decorrer do processo de negociação, tenhamos respostas efetivas sobre saúde e segurança.”

Fonte: Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região

Associados promovem ato na sede da Cassi em Brasília

Publicado em:

Um ato em defesa da Caixa de Assistência, promovido pelo Sindicato dos Bancários de Brasília, pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e pela Federação dos Bancários do Centro Norte (Fetec-CUT/CN), surpreendeu a diretoria da Cassi na manhã da sexta-feira 20. A atividade aconteceu no dia em que os conselheiros eleitos e indicados apreciariam as propostas do BB que retiram direitos dos associados.

Em nome da Contraf-CUT, os diretores do sindicato entregaram um documento aos membros do Conselho Deliberativo para orientar e balizar a decisão acerca do aumento da coparticipação e da proposta do BB de revisão estatutária que implementa a CGPAR 23, que o movimento sindical está lutando para derrubar. O documento resgata a decisão do Supremo Tribunal Federal que suspendeu, na segunda-feira 16, as novas regras da Agência Nacional da Saúde (ANS) sobre a elevação dos valores na coparticipação e franquia dos planos de saúde.

O coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil, Wagner Nascimento, afirma que o documento entregue aos conselheiros da Cassi traz um chamamento à responsabilidade daquele conselho em aprovar temas contrários às decisões dos funcionários nos seus congressos representativos e também contra os debates nos diversos conselhos de usuários e associações de aposentados. “Precisamos unir nossas forças em achar soluções construídas com os associados e não apenas fabricadas nos gabinetes do BB, quebrando princípios históricos como o da solidariedade”, afirmou.

O secretário de Saúde da Fetec-CUT/CN, Wadson Boaventura, esclarece que a coparticipação como fator de arrecadação para o custeio da Cassi somente onera o associado, sem a participação da empresa. Diante disso e da decisão do STF, diz o dirigente, “na discussão desta sexta-feira do Conselho Deliberativo, queremos que o assunto seja retirado de pauta”.

“Vamos continuar na luta em defesa da Cassi, que é dos associados. Precisamos chegar a uma solução para a nossa Caixa de Assistência, e que não seja no afogadilho das horas. Que a gente possa ter uma discussão para que seja tomada a melhor decisão sobre a sustentabilidade do plano”, defende a diretora do sindicato e da Contraf-CUT Zezé Furtado.

As proposições do BB para a Cassi visam, entre outras medidas, onerar somente o associado com a alteração do modelo de custeio sem a contrapartida do patrocinador. O aumento das despesas da Cassi, o fim do modelo de gestão paritária, a destruição do princípio de solidariedade e o fechamento do plano de associados também estão entre as propostas do banco.

“Se aprovadas essas medidas, estarão sendo quebrados os princípios essenciais de existência da Cassi. Será a Cassi da exclusão. Não podemos permitir isso, pois compromete a vida de milhares de pessoas. Saúde não é mercadoria. É direito”, arrematou Martha Tramm, diretora do Sindicato, cobrando que a diretoria da Caixa de Assistência e do BB sentem-se com os representantes dos trabalhadores para encontrar uma solução negociada.

Fonte: Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região

Permissão para funcionários das incorporadas aderirem à Cassi oxigenaria a instituição

Publicado em: 18/06/2018

A AGEBB tem acompanhado, com muita atenção e preocupação, o desenrolar do equacionamento dos déficits milionários da Cassi. Aguardava-se o desfecho da análise das propostas apresentadas em 5 de junho pelo BB, exclusivamente à Diretoria Executiva da Cassi. A Associação, desde o início de abril quando começaram as negociações com as entidades representativas dos funcionários, entre elas, a Contraf, legítima representante de todos os funcionários do BB, tanto os concursados quanto os provenientes de empresas incorporadas, mantém uma equipe exclusivamente dedicada a acompanhar e analisar o desenrolar dos fatos que afetam diretamente seus milhares de gerentes associados na ativa e aposentados do BB e das demais instituições financeiras adquiridas pelo banco (BNC, Besc, BEP etc.).

“Defendemos uma Cassi para todos. Não deve haver distinções. Todos os profissionais que trabalham no BB e por ele se aposentam, seja qual for a sua empresa de origem, devem ter o direito de aderir à Cassi e usufruir dos serviços de plano de saúde para si e seus familiares. Pelo direito constitucional, os trabalhadores de uma mesma empresa devem possuir isonomia de direitos. A nossa associação vai fazer valer esse benefício a todos os seus associados”, afirma Francisco Vianna de Oliveira Junior, presidente da AGEBB.

O executivo da Associação dos Gerentes do BB ressalta que a autorização para os funcionários das empresas incorporadas passarem a contribuir e utilizar os serviços da Cassi pode ser uma excelente alternativa para equilibrar as finanças e garantir a sustentabilidade da instituição. “Essa é a última alternativa para manter a Cassi perene, sustentável e equilibrada financeiramente, além de reduzir os custos do próprio BB. A receita gerada pelas contribuições mensais das dezenas de milhares de pessoas das várias empresas incorporadas nos últimos anos oxigenaria a minha, a sua a nossa Caixa de Assistência dos Funcionários do Banco do Brasil”, defende o presidente da AGEBB.

Fonte: AGEBB

Entenda mais sobre o caso Cassi

 

Funcionários do BB rejeitam proposta para a Cassi

Publicado em: 14/06/2018

Representantes eleitos em assembleias por todo o Brasil, reunidos no Congresso dos Funcionários do BB realizado neste final de semana em São Paulo, rejeitaram as mudanças propostas pelo banco no custeio e na governança.

Se o banco quiser alguma mudança, terá de negociar com a Contraf, sindicatos e entidades representativas e apresentar uma proposta viável para os associados e que aumente também a contribuição do banco.

“O Congresso dos funcionários do BB, instância máxima de decisão da categoria, rejeitou a proposta do BB e a CGPAR 23. A nossa resposta à insistência da direção da empresa em aprovar essa proposta é que sabemos lidar bem com a pressão, somos bancários. Votaremos não! Assim, entendemos que o BB deve voltar à mesa para debatermos propostas factíveis de custeio, que respeitem a solidariedade e a proporção contributiva”, destaca o diretor do Sindicato e representante da Federação do Centro Norte (Fetec -CUT/CN) na Comissão de Empresa, Rafael Zanon.

As propostas do banco envolvem mudança no estatuto, que só pode ser alterado com quórum mínimo de 50% e voto favorável de 2/3 dos associados. Na história da Cassi, aprovação tão alta só ocorreu com apoio consensual das entidades.

Proposta do BB aumenta despesas e diminui representação dos associados – O banco quer aumentar definitivamente as contribuições dos associados para 4% e manter a dele em 4,5%, criar cobrança por dependente sem levar em conta a atual contribuição percentual sobre os salários, implantar voto de minerva para aprovar o que for do interesse do banco e entregar duas diretorias para agentes do mercado de saúde, que somarão seu voto aos dois indicados pelo BB. Ataca a democracia e penaliza os associados de menor salário, que terão aumento de até 170% nas contribuições mensais.

O banco manda os gestores fazerem reuniões para defender a proposta. Funcionários reclamam que os gestores apenas repetem que precisa aprovar a proposta, sem nenhum embasamento técnico.

Fonte: Sindicato dos Bancários de Brasília

Cassi: proposta do BB onera associados da ativa e aposentados

Publicado em: 08/06/2018

O BB apresentou às entidades de representação dos funcionários do Banco do Brasil, da ativa e aposentados, nova proposta para a Cassi. As mudanças sugeridas para o custeio da caixa de assistência oneram todos os associados, transformando a contribuição extraordinária em permanente e estabelecendo cobrança por dependente.

Além disso, o banco propõe mudanças na governança da Cassi, acabando com a paridade na gestão, com duas diretorias nas mãos de representantes do mercado e o voto de minerva para o banco.

Contribuição

De acordo com a proposta apresentada pelo BB, a contribuição do banco se mantém em 4,5% e dos associados passa para 4%, o que torna a contribuição extraordinária de 1%, que valeria apenas até dezembro de 2019 conforme memorando de entendimento, em permanente. Além disso, a proposta não menciona o aporte de cerca de R$ 300 milhões por ano pelo banco para a Cassi, também previsto no memorando de entendimento.

“A proposta de contribuição por titular já deixa clara a intenção do banco de onerar o associado. Enquanto não menciona o aporte anual acordado, transforma a contribuição extraordinária dos associados em permanente. A diferença de 1,5% entre os aportes do associado e patrocinador é justa, uma vez que as condições de trabalho no BB são responsáveis por índices cada vez maiores de adoecimento dos trabalhadores, o que por óbvio onera a Cassi”, critica o diretor do Sindicato e bancário do Banco do Brasil, João Fukunaga.

Cobrança por dependente

O BB propõe a instituição da cobrança por dependente na Cassi, o que não ocorre no atual modelo de custeio. A Contribuição por Dependente estabelece o valor base de R$ 360,57 (valor limitado ao da 1ª faixa do Cassi Família II).

Os aposentados teriam de contribuir com 100% do valor base (R$360,57) para o primeiro dependente e mais 20% do valor para o segundo em diante (R$72,11). Já para os ativos, seria 40% do valor base por dependente até o terceiro (R$144,23 por dependente) mais 20% do valor base (R$72,11) a partir do terceiro dependente. 60% desse valor seria pago pelo Banco do Brasil.

“A cobrança por dependente penaliza todos os associados, mas especialmente os aposentados, já que 83,8% deles possuem um dependente, o cônjuge, e terão que arcar com 100% do valor base. O BB tenta se livrar da responsabilidade sobre esse dependente, que pelo perfil de idade mais avançada gera um custo maior com internações, medicamentos e cirurgias, justamente a despesa com a qual o banco não quer arcar. O BB até já propôs a criação de um fundo para que esse custo não fosse do patrocinador. No caso dos dependentes da ativa, esse perfil muda, com o predomínio de exames e consultas. O que o banco propõe, além de onerar todos os associados, é a quebra do princípio da solidariedade, que garante o atendimento para todos. Pela proposta, quem ganha menos, pagará mais por dependente”, avalia Fukunaga.

“O que está claro na cobrança por dependente é que o BB quer retirar o cônjuge do plano, que não tem limite de idade e faz maior uso dos serviços. Não podemos ser hipócritas ao achar que o problema para o banco são os filhos, que podem ser dependentes até apenas 24 anos e não fazem uso tão frequente da Cassi. Os associados da ativa, que já são prejudicados hoje caso a proposta do BB se concretize, devem refletir que serão aposentados um dia e, no período de maior necessidade, não poderão contar com o princípio da solidariedade na Cassi. Inclusive, a proposta do BB vai de encontro com as resoluções da CGPAR, que pretendem excluir os aposentados e seus dependentes dos planos de autogestão”, acrescenta.

Governança

Além de onerar associados e quebrar o princípio da solidariedade na Cassi, prejudicando sobretudo os aposentados, a proposta do BB prevê mudanças na governança da Caixa de assistência com a criação de duas novas diretorias, que ficariam nas mãos de agentes do mercado, além da instituição do voto de minerva pelo banco no Conselho Deliberativo.

“Colocar agentes de mercado na gestão da Cassi não significa boa governança. Pelo contrário. Foram agentes do mercado, sem compromisso com os associados, que faliram grandes planos privados como, por exemplo, a Unimed Paulistana. Não podemos aceitar que a nossa saúde seja mercantilizada como quer o BB. Com saúde não se brinca. Além disso, o voto de minerva encerra a paridade na gestão, que protege os interesses dos associados”, critica João.

Responsabilidade

A AGEBB, desde o início de abril quando começaram as negociações com as entidades representativas dos funcionários, entre elas, a Contraf, legítima representante de todos os funcionários do BB, tanto os concursados quanto os provenientes de empresas incorporadas, mantém uma equipe exclusivamente dedicada a acompanhar e analisar o desenrolar dos fatos que afetam diretamente seus milhares de gerentes associados na ativa e aposentados do BB e das demais instituições financeiras adquiridas pelo banco (BNC, Besc, BEP etc.).

“Defendemos uma Cassi para todos. Não deve haver distinções. Todos os profissionais que trabalham no BB e por ele se aposentam, seja qual for a sua empresa de origem, devem ter o direito de aderir à Cassi e usufruir dos serviços de plano de saúde para si e seus familiares. Pelo direito constitucional, os trabalhadores de uma mesma empresa devem possuir isonomia de direitos. A nossa associação vai fazer valer esse benefício a todos os seus associados”, afirma Francisco Vianna de Oliveira Junior, presidente da AGEBB.

O executivo da Associação dos Gerentes do BB ressalta que a autorização para os funcionários das empresas incorporadas passarem a contribuir e utilizar os serviços da Cassi pode ser uma excelente alternativa para equilibrar as finanças e garantir a sustentabilidade da instituição. “Essa é a última alternativa para manter a Cassi perene, sustentável e equilibrada financeiramente, além de reduzir os custos do próprio BB. A receita gerada pelas contribuições mensais das dezenas de milhares de pessoas das várias empresas incorporadas nos últimos anos oxigenaria a minha, a sua a nossa Caixa de Assistência dos Funcionários do Banco do Brasil”, defende o presidente da AGEBB.

Fonte: AGEBB com Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região

AGEBB acompanha de perto negociações do BB que busca saída sustentável para Cassi

Publicado em: 27/04/2018

Nesta semana, começou a circular entre os funcionários do Banco do Brasil pelo Boletim Pessoal um comunicado da Diretoria de Gestão de Pessoas (Dipes), assinado pelo diretor José Caetano de Andrade Michillo e o gerente executivo João Batista Gimenez Gomes, que dá conta de que, começaram, no dia 24 de abril, por iniciativa da instituição, as negociações visando a saída sustentável para a Cassi. O documento afirma que desde o início do ano, “temos conversado com as lideranças dos associados sobre a delicada situação econômico-financeira do nosso plano de assistência à saúde”.

A situação pode ser constatada por meio da leitura do relatório anual da Cassi do ano de 2017: déficits recorrentes superiores a R$ 200 milhões/ano; zeramento das reservas; patrimônio líquido abaixo da margem de solvência exigida pela ANS, em quase R$ 240 milhões. E não foi apresentada proposta, nesse tempo, para garantir isenção durante o período eleitoral da Cassi, encerrado recentemente.

“A AGEBB tem um interesse especial nas mudanças sugeridas para a Cassi pois, assim como acontece no Economus – Instituto de Seguridade Social, qualquer alteração que seja prejudicial aos seus associados, não terá o nossa anuência e trabalharemos para que as mesmas não venham a ser implementadas”, diz Ronald Feres, segundo vice-presidente da AGEBB, que ressalta que o acompanhamento da situação da Cassi vem ganhando cada vez mais espaço nas discussões do conselho da associação.

O boletim encaminhado aos funcionários da ativa também menciona que o que foi apresentado à mesa Cassi é uma proposta de largada, ‘para início de conversa’, como noticiado no último boletim da entidade. Em linhas gerais, segundo o Dipes, o que foi colocado para reflexão e propositura de avanços, consiste em:

a) cobrança por dependente de associado da ativa, com subsídio pelo Banco da maior parte da cobrança (60% do valor cobrado), por até o valor mínimo do Cassi Família, sem qualquer vinculação a faixa etária, limitado a 3 dependentes; obs.: a grande maioria dos ativos (75%) tem até 2 dependentes;

b) cobrança por dependente de associado aposentado, também pelo valor mínimo do Cassi Família, sem qualquer vinculação a faixa etária, limitado a um dependente; obs.: a grande maioria dos aposentados (84%) tem até 1 dependente; até 2 dependentes, são 95%;

c) valor simbólico de cobrança por dependente, a partir do 4º, no caso dos ativos e do 2º, no caso dos aposentados, por exigência regulatória;

d) limitação da cobrança total (por titular e dependente) a 10% da renda do associado; limite que constitui teto e não referência de custeio.

A Contraf, uma das participantes da mesa, divulgou os valores. Mas eles, como aponta a Dipes, não são o foco desse boletim, pois são provisórios e oferecem espaço para negociação por consenso e dentro das limitações do marco regulatório. “A nossa proposta inicial – passível de avanços pela via da negociação e do diálogo propositivo – está no nosso site bbnegociacaocoletiva.com.br”, argumenta.

A cobrança por dependente é a forma encontrada de corrigir a deficiência de receitas, sem comprometer a competitividade em relação a outros planos de saúde, mantendo uma relação de custo/benefício muito favorável ao associado, ativo e aposentado, em conta o valor cobrado versus a cobertura assistencial oferecida. Ou seja, como diz a Dipes, a proposta mantém o conjunto de virtudes dos serviços oferecidos pela Cassi, como a abrangência nacional e a cobertura de procedimentos que vão além do rol exigido pela ANS (exemplos: aparelho auditivo, vacinas, cuidador, PAF, PAD). “Queremos melhorar a Cassi e preservar todas as suas virtudes”, revela o documento.

O comunicado da Dipes também lamenta que a Diretoria Executiva da Cassi ainda não tenha divulgado o Diagnóstico da Accenture. Desde o dia 6 de fevereiro de 2018, o banco o entregou à Cassi e fez uma apresentação às entidades, numa mesa de prestação de contas do memorando de entendimentos, ocorrida no mesmo dia, por princípio de transparência. Além disso, recomendou a seus indicados que defendessem a publicação. No dia 29 de março, o Conselho Deliberativo da Cassi autorizou a divulgação no portal internet da entidade, ainda pendente de publicação.

Esse é, revela o boletim, um ponto que nossa proposta inicial também aborda, qual seja, um modelo de governança que leva ao estado de “não decisão”. Ora, uma divulgação extremamente importante ao associado que, no coletivo, representa a instância máxima decisória, ainda não se efetivou, num claro prejuízo da transparência com a qual o BB sempre esteve comprometido e de que vem dando concreta demonstração.

Para a governança da Cassi, o que o BB propõe, nesta fase inicial de negociação, é adotar o voto qualificado, nos moldes do que ocorre na Previ. Na arquitetura organizacional propomos incorporar conhecimento e experiência em planos de saúde, para atuação no core do negócio da Cassi. Mas, também aqui não fechamos questão. Estamos abertos a estudar formas alternativas que garantam o fim do estado de “não decisão” e a participação qualificada de profissionais na direção da Cassi, com conhecimento e experiência em saúde.

O boletim revela que há consciência de que a proposta, do lado das receitas, não é suficiente para equilibrar o Plano de Associados. É preciso garantir também um enorme esforço de eficiência, que projeta recursos da ordem de R$3,3 bilhões, em 10 anos, numa visão mais conservadora, pelo lado da melhor gestão assistencial e operacional da Cassi. Mas, para que esses recursos sejam efetivamente capturados, governança e arquitetura organizacional adequadas serão fundamentais.

A proposta apresentada à mesa – onde, também, participaram os diretores eleitos atuais da Cassi – foi entregue, no dia 25 de abril, aos representantes das entidades que a formam: AAFBB, ANABB, CONTRAF, CONTEC e FAABB. O boletim afirma que é preciso salientar que essas entidades, somente no seu conjunto, representam os associados. Prevalece, para as associações, o entendimento de que a proposta só poderá ser analisada com profundidade técnica após a divulgação do Diagnóstico da Accenture e, também, que não divulgá-lo prejudica a transparência que deve haver em todo processo de diálogo e negociação.

O BB aguarda uma contraproposta do conjunto das lideranças que compõem a mesa para dar continuidade ao processo negocial, até que seja possível construir uma proposta definitiva. O boletim é finalizado com o alerta de que “aproxima-se o momento de decidir e o espírito de todos deve ser de diálogo, propósito pela preservação da Cassi, responsabilidade e senso de urgência.”

Fonte: AGEBB

CASSI vacina funcionários do BB contra a gripe

Publicado em: 04/05/2017

A CASSI está realizando, até 30 de junho, uma campanha de vacinação contra a gripe para os funcionários da ativa do Banco do Brasil.

Prevista no Convênio de Saúde Ocupacional entre a Caixa de Assistência e o BB, a iniciativa é operacionalizada este ano pela empresa Sanofi Pasteur, responsável pela contratação de clínicas nos estados para a aplicação das doses. Todos os custos desta operação são ressarcidos pelo Banco.

A expectativa é de que sejam vacinadas mais de 81 mil pessoas, entre funcionários e menores aprendizes. O número corresponde a cerca de 70% do público-alvo, considerando as ausências durante a campanha, como licenças, férias e outros afastamentos, além de localidades distantes dos grandes centros que não são atendidas pelas clínicas.

Os trabalhadores que não estiverem no local de trabalho por ocasião da visita dos vacinadores e os que estiverem lotados em localidades não atendidas pelas clínicas vacinadoras, deverão seguir orientação do BB, disponível na intranet/DIPES, para receber a vacina no período da campanha.

As vacinas são as mesmas utilizadas pelo Ministério da Saúde (influenza multidose trivalente), que contêm três tipos de cepas de vírus em combinação, seguindo as especificações da Agência Nacional de Vigilância Sanitária – Anvisa. O prazo da vacinação, porém, é mais amplo do que o da rede pública, tendo em vista que as equipes percorrerão as agências em todo o país.

A CASSI monitora se o calendário proposto está sendo cumprido, e atua para solucionar as intercorrências. Dessa forma, a Instituição incumbiu um trabalhador em cada estado e um na Sede para fazerem o acompanhamento. Já a Sanofi Pasteur, está mobilizando mais de 1,2 mil profissionais para a execução da campanha.

0800

O diferencial da iniciativa para 2017 foi o cronograma com uma única data marcada e a disponibilização de uma central de atendimento 0800.

Os funcionários podem utilizar os números 0800 666-2020, para dúvidas sobre assuntos operacionais; e 0800 148480, para questões sobre a vacina.

Fonte: Portal CASSI
Serviço

Campanha de vacinação contra a gripe
Período: de 17 de abril a 30 de junho de 2017
Locais: agências e demais dependências do Banco do Brasil
Público-alvo: funcionários da ativa e menores aprendizes
Público estimado: 81.236 pessoas

BB diz que não obrigará funcionários a reduzir jornada

Publicado em: 02/12/2016

O Banco do Brasil assegurou hoje (22) que não obrigará funcionários a reduzir a jornada de trabalho ganhando menos.

A garantia foi dada a representantes de sindicatos que passaram o dia reunidos com a direção da instituição financeira para discutir o plano de reestruturação do banco que prevê um plano incentivado de aposentadorias para 18 mil empregados e o fechamento de 402 agências em todo o país.

De acordo com a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf), vinculada à Central Única dos Trabalhadores (CUT), o Banco do Brasil garantiu que, no remanejamento decorrente da reestruturação, o funcionário poderá optar em permanecer na jornada de oito horas, sem ser obrigado a migrar para a jornada de seis horas.

Os funcionários das áreas afetadas pelo fechamento das agências terão prioridade no sistema interno de recrutamento, concorrência e seleção do banco para serem realocados.

Em relação ao plano de aposentadoria incentivada, a Contraf-CUT informou que o banco concordou em cumprir os regulamentos do plano de previdência complementar de cada funcionário.

O tempo que o funcionário trabalhou no banco depois de conquistar o direito à aposentadoria será incorporado às indenizações.

Na reunião, os representantes dos trabalhadores cobraram garantias de que os funcionários que tiverem cargos e funções cortadas sejam mantidos na mesma localidade sem cortes de salário.

A reivindicação também vale para os empregados que ficarem de excedentes em cada agência.

A Contraf-CUT pediu ao Banco do Brasil que a opção para a redução de jornada de seis horas esteja disponível para outros cargos de analista e de assessores, como engenheiros, arquitetos, funcionários da Previ (fundo de pensão do Banco do Brasil) e subsidiárias como BB Previdência, BB Seguridade, Fundação Banco do Brasil e Caixa de Assistência dos Funcionários do Banco do Brasil (Cassi).

Os sindicalistas pediram ainda ao banco mais transparência e informações detalhadas da quantidade de cargos e pessoas envolvidas em cada unidade afetada pela reestruturação.

Segundo a Contraf-CUT, durante a reestruturação na área de logística do banco há menos de um ano, engenheiros foram obrigados a mudar de cidade e poderiam perder os cargos e terem de mudar de local novamente.

Fonte: http://exame.abril.com.br/negocios/bb-diz-que-nao-obrigara-funcionarios-a-reduzir-jornada/

Associados aprovam propostas para equacionar déficit da Cassi

Publicado em:

Os associados da Caixa de Assistência dos Funcionários do Banco do Brasil (Cassi) aprovaram as propostas para equacionar o deficit, em consulta realizada entre os dias 11 e 21 deste mês de novembro. O “sim” recebeu 98.257 votos (82,24%); o “não”, 19.535 votos (16,35%); votos nulos, 1.684 (1,41%); total, 119.476 (100%). Os votos em branco (1.205) não foram computados, conforme prevê o Estatuto.

As propostas negociadas ao longo de dois anos resultou no memorando de entendimentos, assinado pelas entidades representativas dos funcionários ativos e aposentados e o Banco do Brasil no dia 21 de outubro último. A Federação dos Bancários de São Paulo e Mato Grosso do Sul (FEEB-SP/MS) participou do processo de negociação, representada por Jeferson Boava, vice-presidente da entidade e membro da CEBB (Comissão de Empresa do Banco do Brasil).

Entre as propostas aprovadas, ingresso de recursos financeiros da ordem de R$ 40 milhões mensais, sendo R$ 23 milhões pelo BB, via ressarcimento de serviços, e R$ 17 milhões pelos associados, via contribuição extraordinária e temporária de 1% até dezembro de 2019 (artigo 91 incluído no Estatuto Social).

Fonte: Jairo Gimenez – Seeb Campinas