“Farra do boi está aberta no Banco do Brasil”, diz representante dos funcionários

Publicado em: 08/04/2021

O novo presidente do Banco do Brasil, Fausto Ribeiro, efetivado no cargo na quinta-feira (1), por meio de decreto, é contestado desde antes de assumir o cargo. Diretores aumentam em 28% seus próprios salários e Conselheiros de Administração não impedem o aumento, que também os beneficia. “É a verdadeira farra do boi! Cada um por si, mas todos tirando proveito da coisa pública”, criticou o coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), João Fukunaga.

“Esse aumento de 28% nos salários dos diretores está manchado pela redução de 5.000 postos de trabalho, pelo fechamento de 160 agências bancárias, milhares de pessoas tendo que concorrer aos cargos para disponíveis para não terem redução em seus salários, que está decretada para quem não conseguir uma das vagas. A reestruturação que visava economizar, serviu para os diretores aumentarem seus próprios salários, assim como o valor dos dividendos pagos aos acionistas dos banco”, completou.

O representante dos funcionários também criticou os comentaristas econômicos. “A imprensa, estimulada por analistas do mercado financeiro, dizia que era preciso ter alguém que defendesse a privatização do banco e que a escolha de um funcionário de carreira prejudicaria as ações neste sentido. Por que defendem a privatização de um banco extremamente importante para o desenvolvimento do país? Por que privatizar um banco que não traz prejuízos ao país, ao contrário, mesmo realizando todas suas tarefas sociais e de desenvolvimento econômico que um banco público deve realizar, consegue se pagar e ainda contribui com dividendos para o Tesouro Nacional? Que interesses existem atrás desta defesa?”, questionou o coordenador da CEBB.

Ribeiro e seu comunicado

Fausto Ribeiro, que tem 33 anos de carreira no BB, enviou um comunicado aos funcionários destacando a importância do banco e dos próprios funcionários, mas ressaltando a necessidade do “retorno” aos acionistas.

“Foi um comunicado padrão. Depois que mostramos para toda a sociedade os problemas que seriam causados aos municípios, aos clientes e a toda a economia do país pela desestruturação anunciada pelo banco em janeiro, o governo teve que desacelerar suas ações”, avaliou o coordenador da CEBB ao ressaltar as manifestações e articulações feitas pelos bancários e suas representações sindicais em todo o país contra a “reestruturação” do BB.

Para Fukunaga, trata-se apenas um jogo de cena estratégico do governo, que vê sua popularidade despencar desde a decisão do Supremo Tribunal Federal, que reestabeleceu os direitos políticos e eleitorais do ex-presidente Lula.

“Engana-se quem acredita que a desestruturação será interrompida. Ribeiro é um nome do governo, que, por meio de Paulo Guedes (ministro da Economia), já deixou clara sua intenção de privatizar o Banco do Brasil. Bolsonaro, estrategicamente, quer deixar para tocá-la em 2023, após sua reeleição. A mudança de rumo só virá mesmo se Bolsonaro não for eleito e, ao invés disso, for eleito alguém que, historicamente defende o banco público”, ressaltou.

A farra do boi

Pior do que Ribeiro, que está sendo usado para desacelerar a privatização, numa tentativa de recuperar credibilidade e evitar rebeliões na base aliada, é a “farra do boi” promovida pelos diretores e não evitada pelo Conselho de Administração.

“Da mesma forma que se critica vereadores e deputados que aumentam seus próprios salários, os diretores do BB – que tomaram a mesma iniciativa – não devem ser poupados”, defendeu Fukunaga. “Não podemos esquecer, ainda, que além de aumentar seus salários, eles aprovaram a possibilidade da própria continuidade no cargo em caso de aposentadoria, numa clara demonstração que querem manter a ‘boquinha’ e acumular recursos. Enquanto isso, os demais funcionários são massacrados por uma desestruturação que os deixará sobrecarregados e com possibilidades de serem jogados para o trabalho em cidades distintas das que moram”, completou.

Mobilização continua

A mobilização em defesa do Banco do Brasil e de seus funcionários, contra a redução do quadro de pessoal e o fechamento de agências, que levará à desestruturação da rede de atendimento e causará prejuízo a cidades, clientes e aos trabalhadores do banco continuará até que se confirme sua interrupção e se reponha o quadro de funcionários.

“Cidades não podem ficar sem agências bancárias. O desenvolvimento não pode ser prejudicado. O atendimento e as condições de trabalho não podem ser precarizados. Nossa luta é em defesa do desenvolvimento econômico do país, dos direitos dos clientes e dos funcionários”, concluiu Fukunaga, lembrando que, nesta quinta-feira (8), ocorrerão manifestações em todo o país e, às 11h, a manifestação será realizada pelas redes sociais. “Vamos realizar mais um tuitaço para deixar claro que não queremos a desestruturação do banco e nos manteremos firmes em nossas reivindicações”.

Fonte: Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região

 

BB planeja concurso para 2021 após perder 7 mil funcionários em um ano

Publicado em: 04/03/2021

A Administração do Banco do Brasil (BB) divulgou na última sexta-feira (26/2) um relatório com informações sobre o quadro de servidores da instituição em 2020. O relatório mostra dados de distribuição geográfica de funcionários, quantidade de cargos ocupados e predominância de gênero e escolaridade.

No fim de 2019, a instituição possuía 93.190 colaboradores. Em 2020, o quadro foi reduzido para 91.673 – uma perda de 1.517 funcionários, devido a aposentadorias e desligamentos. Em janeiro de 2021, com o Programa de Demissão Voluntária ( PDV ), 5.533 empregados deixaram a empresa, resultando em um corte total de 7.050 funcionários em pouco mais de um ano.

O levantamento revela que as agências do BB são compostas, majoritariamente, por homens. 53.028 servidores eram do sexo masculino, enquanto 38.645 eram mulheres.

Segundo os dados de dezembro de 2020, a maioria dos trabalhadores possui nível superior de ensino: 48.275 têm mestrado ou doutorado, 31.735 têm graduação, 11.505 possuem o nível médio e outros 158 apresentam outro tipo de formação.

Além disso, os funcionários atuam predominantemente na região Sudeste. A região concentra 39.800 do número total de profissionais. O Centro-Oeste fica em segundo lugar, com 16.650 trabalhadores. Atrás estão a região Sul (16.136), Nordeste (15.106) e Norte (3.981).

Concurso

O corte na equipe e o fechamento de agências não alteraram o concurso público previsto para este ano. Todas as vagas abertas são para o setor digital do banco, na área de tecnologia da informação (TI). Os profissionais contratados deverão trabalhar nas agências digitais, sem conexão com as unidades que serão fechadas.

Serão selecionados 120 jovens profissionais que desejam construir carreira em diferentes áreas da tecnologia, como analytics, inteligência artificial, desenvolvimento de software e aplicativos etc. O concurso exigirá conhecimento na área de TI.

Os aprovados na seleção deverão passar por uma imersão tecnológica oferecida pelo banco. A previsão é de um salário inicial de cerca de R$ 3,8 mil, somando benefícios.

Fonte: Portal IG

 

Justiça proíbe BB de fechar agências e demitir funcionários até fim da pandemia

Publicado em: 04/02/2021

A Justiça do Maranhão determinou por meio de liminar a suspensão do fechamento das agências do Banco do Brasil em todo o país. A decisão foi proferida nesta quarta-feira (3) pela Vara de Interesses Difusos e Coletivos de São Luís depois de uma ação movida pelo Sindicato dos Bancários do Maranhão (SEEB-MA).

A organização trabalhista acionou a justiça depois do anúncio do banco, no último dia 11, sobre a decisão de implementar o PDV (Plano de Demissão Voluntária), que tinha como objetivo promover a demissão de 5 mil funcionários e o fechamento de 361 unidades, entre elas, 112 agências, 7 escritórios e 242 postos de atendimento.

Na ação civil pública que ajuizou, o sindicato maranhense alegou prática abusiva do banco baseado na alteração unilateral do contrato firmado entre a instituição e os consumidores. Segundo a entidade, “o fechamento de agências e a redução de postos de atendimento, na atual circunstância de pandemia da Covid-19, aumentará o fluxo de pessoas nas unidades dos bancos, gerando aglomeração”.

Na decisão, o juiz Douglas de Melo Martins, titular da Vara de Interesses Difusos e Coletivos da de São Luís, exigiu que o banco mantenha aberta todas as unidades do país “enquanto perdurarem as medidas para enfrentamento da emergência de saúde pública de importância nacional de que trata a Lei nº 13.979/2020”, que vigorará até que seja decretado o fim do estado de emergência internacional, declarado pela Organização Mundial da Saúde.

O Banco do Brasil tem 15 dias para recorrer da decisão.

Fonte: CNN Brasil

Banco do Brasil pretende descomissionar funcionários em fevereiro

Publicado em: 14/01/2021

Em comunicado ao mercado financeiro nesta segunda-feira (11), o Banco do Brasil apresentou uma revisão e redimensionamento da sua estrutura organizacional. Entre os dados apresentados, há a extinção de 361 agências; a conversão de 243 agências em postos de atendimento e transformação de 145 unidades de negócios em lojas do Banco do Brasil, sem guichês de atendimento. Nesse sentido, a diminuição da instituição é evidente, assim como a estrutura de atendimento do Banco Público aos brasileiros, sobretudo os não-incluídos digitalmente.

Da mesma forma, o Banco já deu início à realização de dois PDVs (Plano de Demissão Voluntária). Os programas têm por objetivo o desligamento de 5 mil funcionários. O movimento é realizado na esteira das demissões ocorridas em grandes bancos privados, como o Santander e o Bradesco, realizadas durante a vigência da pandemia.

Extinção de cargos busca descomissionar funcionários

Além do desmonte do Banco Público, que afeta diretamente à população, os funcionários também serão atingidos. O plano é extinguir a função de Caixa Executivo, revertendo os trabalhadores nessa função a escriturários – que é a carreira de entrada no Banco do Brasil.

Outra mudança questionada pelos representantes dos funcionários do BB – além da perda da gratificação – é o regime de trabalho a que esses escriturários serão submetidos. O BB buscará implementar o caixa por demanda, causando extrema insegurança.

O descomissionamento dos funcionários alocados como Caixa Executivo será feito ainda em fevereiro. Além disso, os escriturários terão modificadas a nomenclatura de seu cargo: a partir de hoje, serão chamados de Agentes Comerciais.

De acordo com informações obtidas com dirigentes sindicais, a diretoria do Banco foi intransigente. E assegurou que as mudanças não fazem parte de um processo negociação; foram apenas comunicados.

Fonte: Portal Reconta Aí

 

Estão sucateando o Banco do Brasil para a privatização, dizem funcionários

Publicado em: 07/01/2021

Quem foi às agências do Banco do Brasil nesta última semana do ano de 2020 levou um susto. A maior parte dos pontos de atendimento ao público estava sem caixas. Não havia funcionários para executar os serviços.

A justificativa em todas as agências foi a mesma: a segunda onda de covid-19 pegou os empregados do Banco do Brasil em cheio. Mas, mesmo ciente da contaminação em massa de seus funcionários, o BB não montou um plano de contingência.

Resultado: muitos clientes insatisfeitos, voltando para casa sem resolver seus problemas com o banco, vários deles, solucionados somente presencialmente. As queixas eram gerais, contudo, os funcionários que tentavam acalmar os ânimos reconheceram que a situação no Banco do Brasil é dramática.

Para empregados do BB, estão sucateando a instituição a fim de facilitar sua privatização. Eles dizem que há um movimento deliberado dentro do banco para atender mal a clientela a justificar que a única saída para a instituição é repassar seu controle à iniciativa privada.

“Infelizmente, o que temos visto é uma inação dentro do Banco do Brasil. Já houve muitos problemas com a covid na primeira fase da doença, mas, agora, nesta segunda onda, mais gente se contaminou e nada foi feito para manter o atendimento ao público minimamente adequado”, diz um empregado do BB.

O quadro é tão preocupante, que os clientes que procuraram as agências do Banco do Brasil no Sudoeste — a Estilo e a normal — foram orientados a se dirigirem aos postos de atendimento do Guará ou da 507 Sul. Para isso, teriam que se deslocar mais de seis quilômetros.

Procurada, a assessoria de imprensa do Banco do Brasil ficou de se manifestar, mas, antecipadamente, admitiu que a covid atingiu em cheio funcionários que atuam na linha de frente do atendimento.

Fonte: Blog do Correio Braziliense

Funcionários do BB aguardam posição da direção sobre decisão do STF

Publicado em:

Os funcionários do Banco do Brasil aguardam que a direção do banco se posicione sobre a decisão do ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), de prorrogar o acordo emergencial que protege a categoria da pandemia do coronavírus (Covid-19). O acordo, entre outros pontos, prevê o compromisso de não descomissionamento por desempenho, bem como impede o retorno ao trabalho presencial enquanto durar a pandemia do coronavírus. A prorrogação foi decidida no dia 30 de dezembro do ano passado por liminar. O acordo perderia validade no dia seguinte (31 de dezembro).

A decisão do ministro veio a partir de uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) ajuizada pela Rede. Análise da decisão do ministro, feita pelo escritório Crivelli Advogados Associados, avalia que as regras do acordo permanecem vigentes desde o dia 1º de janeiro de 2021. A prorrogação é válida, de acordo com a análise do escritório de advocacia, para as cláusulas da Convenção Coletiva de Trabalho e dos Acordos Coletivos de Trabalho.

“A Rede entrou com uma ação porque o decreto estabelecia como término o dia 31 de dezembro. Isso é um absurdo porque não só não terminou a pandemia, como está pior. Piorou pela falta de vacina, pela existência de outras cepas do coronavírus, que a gente nem sabe quais são. Se tivéssemos um governo preocupado, não precisaríamos de uma decisão do Judiciário. Para garantir minimamente a saúde das pessoas, para enfrentar a pandemia, que sejam mantidas aquelas medidas excepcionais a partir de 1º de janeiro. O ministro Lewandowski recebeu e deferiu o pedido cautelar, para que as medidas de isolamento, de quarentena, não terminassem no dia 31 e continuassem válidas enquanto durar a pandemia. Agora vai para o plenário do STF, que vai validar ou não a decisão. Acredito que a decisão será mantida”, explicou a advogada Lúcia Noronha, sócia da Crivelli Advogados.

Decisão ajuda

“Embora a decisão deva vir dos poderes Executivo e Legislativo. Essa decisão, como liminar precária, veio do STF. Para o nosso acordo, isso nos ajuda, mas infelizmente o Judiciário não pode ficar legislando ou exercendo papel que não é de sua competência. Isso cria um imbróglio jurídico e principalmente uma falta de procedimento administrativo. Se aprova uma liminar de caráter provisório, sem resolver em definitivo. Simplesmente não coloca quais são os pormenores necessários nessa decisão. Infelizmente ainda vai para o pleno do STF”, afirmou o coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), João Fukunaga.

Outra questão que precisa ser decidida é sobre a compensação das horas negativas. “O banco de horas negativo não é prorrogado porque no acordo tem vigência até 31 de dezembro. Com isso, as horas negativas novas não terão mais 18 meses para se compensar, mas sim seis meses, como prevê o acordo anterior. Queremos também que o banco se posicione e negocie a compensação das horas negativas. Não se pode prejudicar o funcionário que está trabalhando em todas as linhas de frente nesse momento de pandemia”, alerta o coordenador da CEBB.

Mesmo com a decisão de prorrogar a vigência do acordo emergencial, ainda há o receio de que em algumas unidades do banco a garantia do não descomissionamento durante a pandemia seja desrespeitada, bem como o fim do teletrabalho e o retorno aos locais de trabalho. “Caso haja uma pressão do gestor, os sindicatos devem ser procurados para que tomem medidas necessárias para coibir essa prática de alguns iluminados, que não têm nem orientação do banco para isso”, orienta João Fukunaga.

Fonte: Sindicato dos Bancários de Curitiba

Ministério da Economia diminui quantitativo limite de pessoal do Banco do Brasil

Publicado em: 13/11/2020

O secretário substituto da Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (Sest), do Ministério da Economia, Ricardo Moura Faria, publicou a portaria 23.352 que aprova o quantitativo de pessoal próprio do conglomerado Banco do Brasil S.A. (BB). Assim, o limite para o quantitativo de pessoal do BB fica agora em 100.343 vagas.

A nova portaria revogou a portaria de março desse ano (denº 8.775) em que o quantitativo aprovado foi de 102.681. Ou seja, houve diminuição de 2.338 funcionários.

Compete à empresa gerenciar o seu quantitativo de pessoal próprio, praticando atos de gestão para contratar ou desligar empregados, desde que observado o limite estabelecido, as dotações orçamentárias aprovadas para cada exercício, bem como as demais normas legais pertinentes.

Para chegar a esse número foram considerados:

I. os empregados efetivos admitidos por concursos público;

II. os empregados efetivos admitidos sem concurso público antes de 5.10.1988;

III. os empregados que possuem cargos, empregos ou funções comissionadas;

IV. os empregados que estão cedidos ou disponibilizados para outros órgãos ou entidades;

V. os empregados cedidos ou requeridos de outros órgãos ou entidades;

VI. os empregados anistiados com base na Lei nº 8.878, de 11.5.1994;

VII. os empregados readmitidos e reintegrados;

VIII. os empregados contratados por prazo determinado (temporários);

IX. os empregados ou servidores movimentados para compor força de trabalho conforme disposto no art. 93, § 7º, da Lei nº 8.112/90; e

X. os empregados com contrato de trabalho interrompido ou suspenso, à exceção dos empregados com contrato de trabalho suspenso por motivo de aposentadoria por invalidez.

Foram contabilizados também os empregados disponibilizados para as subsidiárias BB Gestão de Recursos – Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários S.A. – BB DTVM; BB Seguridade Participações S.A. – BB Seguridade; BB Corretora de Seguros e Administradora de Bens S.A – BB Corretora; BB Seguros Participações S.A – BB Seguros; BB Administradora de Cartões de Crédito S.A. – BB Cartões; BB Administradora de Consórcios S.A. – BB Consórcios; BB Elo Cartões Participações S.A – BB Elo Cartões; BB Banco de Investimento S.A. – BB BI; BB Leasing S.A – Arrendamento Mercantil – BB Leasing S.A, e; BESC Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários S. A. – Bescval.

Fonte: O Estado de Minas

Funcionários dos grupos de risco poderão voltar ao trabalho no Banco do Brasil

Publicado em: 22/10/2020

O Banco do Brasil emitiu um comunicado aos seus funcionários, na segunda-feira (19), abrindo a possibilidade de retorno ao trabalho presencial daqueles que se declaram como pertencentes a algum grupo de risco para a Covid-19.

Em seu comunicado, o banco diz que “considerando a situação de declínio das contaminações do novo coronavírus no País, aqueles funcionários que se autodeclaram pertencentes ao Grupo de Risco e que, voluntariamente desejarem voltar ao trabalho presencial, cuja condição não faça parte do rol definido pela Portaria Conjunta nº20, de 18/06/2020, do Ministério da Economia/Secretaria Especial de Previdência e Trabalho e Ministério da Saúde, poderão solicitar uma avaliação documental para a equipe de saúde ocupacional da Gepes/Sesmt.”

O banco adianta que “neste momento, não terão o retorno ao trabalho presencial autorizado: funcionários acima de 60 anos, com diabetes de qualquer tipo, com obesidade grau 3 (IMC igual ou maior que 40), portadores de doenças crônicas graves e/ou gestantes.”

“Não avaliamos que este é o momento para o retorno ao trabalho de pessoas dos grupos de risco. Já vimos em outros países e mesmo aqui no Brasil que a retomada intempestiva das atividades pode provocar uma nova onda de contaminações e mortes”, afirmou o coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), João Fukunaga.

O coordenador da CEBB lembrou, ainda, que o direito ao afastamento de funcionários que se autodeclarassem como sendo de algum grupo de risco foi uma conquista dos sindicatos no início da pandemia no país. “Conquistamos este direito que pode ter preservado muitas vidas e ele ainda está valendo. Mas se algum funcionário que esteja afastado por ter se autodeclarado como sendo de algum grupo de risco tiver interesse no retorno, esta é uma decisão que cabe a ele. Queremos apenas que o banco garanta que não haja pressão por parte de gestores para o retorno ao trabalho destas pessoas. A decisão precisa ser voluntária”, completou ao orientar que se algum funcionário se sentir pressionado deve procurar pelo seu sindicato e fazer a denúncia do ocorrido.

Procedimentos

O banco informou, ainda, que o funcionário que tiver interesse em retomar o trabalho presencial deve enviar seu pedido, por e-mail, ao departamento de Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho (Sesmt) de sua jurisdição.

O médico do Sesmt analisará o pedido e poderá solicitar parecer do médico assistente liberando para o trabalho presencial, outros laudos médicos e prescrições pertinentes ao caso. Segundo o banco, toda a documentação será avaliada utilizando como base as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) e de sociedade médicas de infectologia no Brasil e no Exterior.

“Aquele que desejar pode encaminhar seu pedido ao Sesmt, mas não abrimos mão que o banco exija o laudo do médico particular antes de fazer a análise. É um procedimento que pode resguardar a vida do próprio funcionário, de seus colegas de trabalho, clientes e de toda a sociedade”, concluiu Fukunaga.

Fonte: Contraf-CUT

 

Reestruturações e falta de funcionários geram caos nas agências do BB em Rondônia

Publicado em: 15/10/2020

Filas gigantescas e intermináveis, clientes e usuários aglomerados e revoltados com a demora no atendimento, bancários desesperados e sobrecarregados. É essa a rotina diária nas agências do Banco do Brasil em Rondônia, tudo por conta dos inúmeros processos de reestruturação promovidos pela direção nacional do banco nos últimos anos, e que tem diminuído consideravelmente o número de funcionários para fazer o atendimento ao público.

E uma prova bem recente deste caos pôde ser comprovada nesta terça-feira, 13 de outubro, quando dirigentes do Sindicato dos Bancários e Trabalhadores do Ramo Financeiro de Rondônia (SEEB-RO) foram à agência da avenida Calama, em Porto Velho. Na unidade, uma fila quilométrica de clientes e usuários que, aglomerados e expostos ao sol e ao risco de contaminação pelo novo coronavírus, tinham que esperar horas para poder adentrar à agência, já que o atendimento continua contingenciado por conta da pandemia.

De acordo com o Sindicato, aquela agência tinha uma dotação de mais de 20 funcionários, mas após a última reestruturação do banco, ficaram apenas 10. E destes 10 existem quatro claros (vagas não ocupadas no quadro funcional), ficando apenas seis. E destes seis apenas três funcionários estavam fazendo o atendimento nesta terça-feira, 13/10.

O presidente do Sindicato, José Pinheiro, imediatamente entrou em contato com o superintendente do Banco em Rondônia, Édson Lemos, que respondeu que a agência estava com atendimento contingenciado e que a gerente estava conduzindo a situação e fazendo o possível para ‘agilizar’ este atendimento.

“Acontece que não tem como a gerente – ou o gerente – fazer milagre sem que haja funcionários, sem que o banco recomponha as dotações das agências. São poucos funcionários para atender a uma demanda gigantesca mesmo em época de pandemia e medidas de prevenção que são adotadas nos bancos. E infelizmente esta realidade não é apenas da agência da Calama, mas de todas as agências do BB no Estado. Falta funcionários no Banco do Brasil de Guajará-Mirim a Corumbiara. E com esse déficit no quadro de funcionários o atendimento, que já era precário, só piora, gerando ainda mais a revolta de clientes e usuários, que acabam descontando sua fúria nos funcionários”, comenta o presidente do Sindicato.

Pinheiro acrescenta ainda que esses “claros” promovem o adoecimento de mais funcionários que, sobrecarregados física e mentalmente (pois tem que trabalhar por dois ou três), também acabam tendo que se afastar do trabalho para cuidar da própria saúde.

“E com isso as agências ficam com menos pessoas para atender. É um descaso total do BB não apenas com seus trabalhadores, mas também com seus clientes, e nós, enquanto Sindicato, cobramos providências há anos, e o BB em Rondônia continua fazendo o mesmo de sempre: fecha os olhos e não faz absolutamente nada para solucionar este caos que se arrasta – e se amplia – a cada ano”, dispara o dirigente.

Vale ressaltar que atualmente existem mais de 100 ‘claros’ nas agências do Banco do Brasil em Rondônia, um número considerado alarmante e que deixa as dotações nas agências muito longe do ideal.

“Face à demanda gigantesca de clientes, deveria ter, no mínimo, 50% a mais do atual quadro funcional existente no banco no Estado. Só assim o BB poderia dar um atendimento digno aos clientes e garantir melhores condições de trabalhos aos seus funcionários”, esclarece José Pinheiro.

Metas

O presidente destaca ainda que além de trabalhar dobrado para compensar o déficit no quadro funcional, os empregados ainda tem que cumprir as famigeradas metas, que mesmo na pandemia, só aumentam.

“Ou seja, se não bastasse ter que fazer o atendimento de milhares de pessoas diariamente, trabalhando sem descanso e sobre pressão constante, os bancários ainda tem que produzir e fazer captações, vender produtos do banco para os clientes que já estão horas na fila, cansados, revoltados e muitos indo ao banco apenas para pegar algum dinheiro para seu sustento nessa época de crise econômica”, concluiu o dirigente.

Fonte: Rondônia Dinâmica

BB deve manter em casa funcionários que moram com pessoas do grupo de risco

Publicado em: 09/10/2020

O estabelecimento do teletrabalho como prioritário para funcionários pertencentes ao grupo de risco da Covid-19 não exclui a proteção de empregados que coabitam com pessoas que se enquadram nessa categoria.

Dessa forma, a 2ª Vara do Trabalho de São Caetano do Sul (SP) determinou, sob pena de multa, que o Banco do Brasil não convoque para o trabalho presencial os funcionários que moram com indivíduos do grupo de risco. O pedido surgiu de uma ação civil coletiva do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas do Ramo Financeiro do Grande ABC. Assim, a decisão vale para as agências localizadas na base territorial da entidade.

O banco publicou em março um informe que estabelecia que empregados que coabitassem com pessoas do grupo de risco deveriam ser colocados em regime de teletrabalho ou à disposição do banco em isolamento social. Entretanto, um comunicado de julho convocou os mesmos funcionários para o retorno ao trabalho presencial.

A instituição financeira se defendeu alegando que havia adotado diversas medidas para reduzir os efeitos do coronavírus. Também argumentou que o afastamento dos empregados que moram com pessoas do grupo de risco foi uma medida voluntária adotada no início da epidemia, com excesso de cautela, devido ao desconhecimento geral sobre a doença. A determinação judicial seria, segundo a defesa, uma obrigação não prevista em lei que estenderia o conceito de grupo de risco.

A juíza Isabela Parelli Haddad Flaitt verificou que o acordo coletivo de trabalho assinado pelo Banco do Brasil apenas estabelecia os funcionários do grupo de risco como público prioritário para o trabalho remoto. Mas entendeu que isso não eliminaria a possibilidade de aplicar medidas protetivas também para os trabalhadores que residem com indivíduos do grupo de risco.

“É dever do empregador propiciar condições dignas e decentes aos seus trabalhadores, observando as normas afetas ao meio ambiente de trabalho, visando sempre a tutela da dignidade, saúde e integridade física e psíquica daqueles que lhe prestam serviços”, destacou a juíza. Ela também ressaltou que em nenhum momento o banco afirmou que as atividades remotas estariam prejudicando o atendimento aos clientes.

Fonte: Consultor Jurídico

BB: funcionários de bancos incorporados definem pauta de reivindicações

Publicado em: 08/10/2020

Uma das conquista da Campanha Nacional 2020 foi a instauração de uma mesa de negociação específica para discutir as reivindicações dos funcionários do Banco do Brasil oriundos de instituições financeiras incorporadas: Banco Nossa Caixa (BNC), Banco do Estado de Santa Catarina (Besc) e Banco do Estado do Piauí (BEP). Esta mesa de negociação está prevista para ser realizada entre o fim de outubro e o começo de novembro.

“A pauta a ser reivindicada do Banco do Brasil foi construída a partir das demandas dos trabalhadores. São demandas recorrentes e muito importantes para bancários dos bancos incorporados, especificamente do pessoal associado ao Economus, os quais queremos equiparação de direitos: Cassi e Previ para todos nas mesmas condições dos funcionários que sempre foram do Banco do Brasil”, ressalta Adriana Ferreira, dirigente sindical e conselheira suplente do Economus.

Confira a pauta de reivindicações dos incorporados:

– Considerar, para todos os efeitos, o tempo de serviço e o histórico profissional dos funcionários egressos do Banco Nossa Caixa, desde sua posse naquela instituição, principalmente para pontuação nos sistemas de concorrências internas do Banco para ascensão profissional (TAO);

– Isonomia de direitos e benefícios, inclusive quanto ao pagamento de PLR, programas próprios de remuneração variável e outras premiações internas do Banco, e quanto aos sistemas de concorrência e promoção internas no Banco do Brasil, principalmente para os bancários egressos da Nossa Caixa que não aderiam ao Regulamento de Pessoal do BB;

– Assegurar o direito à utilização das garantias contidas Cláusulas 38º (PAS Auxílio), 20º (Auxílio Funeral) e 39º (Adiantamentos) do ACT BB CONTRAF para todos os funcionários egressos do Banco Nossa Caixa, notadamente àqueles que não aderiam ao Regulamento de Pessoal do BB;

– Assegurar o direito de migração para Cassi de todos os funcionários do BB egressos do Banco Nossa Caixa e/ou afiliados ao Economus, sejam funcionários da ativa ou todos os aposentados, na mesma forma do regulamento atual da Cassi, retroagindo para cômputo dos direitos estatutários desde a incorporação dos funcionários egressos em 12/2009;

– Efetuar a migração de todos os planos de previdência do Economus (A, B, C e PrevMais) para administração da Previ, respeitados seus respectivos estatutos atuais vigentes, no melhor formato que vise atingir a segurança financeira e previdenciária dos bancários egressos do Banco Nossa Caixa;

– Cassi e Previ para todos os funcionários egressos de bancos incorporados.

Ação na Justiça pede Cassi e Previ para todos

Simultaneamente à mesa de negociações específica para debater a situação dos bancários incorporados, corre na Justiça uma ação movida pelo Ministério Público do Trabalho de Brasília pleiteando que seja garantido aos trabalhadores incorporados ao banco por fusões tenham os mesmos direitos dos demais trabalhadores com relação à Cassi Previ. Os sindicatos de São Paulo e Brasília participam como assistentes simples.

Em 1ª instância, foram condenados Banco do Brasil, e subsidiariamente a Cassi e a Previ a garantirem aos empregados egressos do BNC, BESC e BEP, e seus dependentes, o direito de associação aos Planos de Saúde (Cassi) e de Previdência Complementar (Previ) em igualdade de condições aos empregados originariamente vinculados ao Banco do Brasil, mediante opção, que importará renúncia aos planos de saúde e previdenciária das instituições financeiras incorporadas, e ao pagamento de indenização por danos morais coletivos no valor de R$ 10.000.000 (dez milhões de reais), a serem revertidos ao Fundo de Amparo ao Trabalhador.

Em face de recurso ordinário movido pelo Banco do Brasil, pela Previ e pela Cassi, o TRT reconheceu a incompetência absoluta da Justiça do Trabalho em relação aos pedidos relacionados à migração para o plano de previdência complementar, e julgou improcedentes os pedidos iniciais de filiação à Previ, mantendo a sentença em relação à Cassi.

Dessa forma, o banco e o MPT interpuseram recursos de revista, negados em agosto de 2017. Atualmente está pendente o julgamento de agravos de instrumento, com o ministro Walmir Oliveira da Costa, do TST. O processo foi retirado da pauta do tribunal do dia 30 de setembro, porque a Previ alegou que não pôde exercer seu direito de defesa. O julgamento ainda não tem data para ocorrer.

Fonte: Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região

Confederação de Trabalhadores cobra fim do ranqueamento de funcionários do BB

Publicado em: 02/10/2020

A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) enviou um ofício ao Banco do Brasil exigindo o cumprimento da cláusula 23ª do Acordo Coletivo de Trabalho, que define que os bancos, no monitoramento de resultados, não exporão publicamente o ranking individual dos seus funcionários. A cláusula 39ª da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria bancária também proíbe a exposição do ranking individual dos funcionários.

Mas, em descumprimento ao ACT e à CCT em vigência, o banco expõe os nomes de seus funcionários no sistema de Classificação do Programa de Desempenho Gratificado (PDG), alerta o ofício. “A exposição do ranking individual dos funcionários deve ser corrigida de imediato”, afirmou o coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), João Fukunaga.

“Os nomes e classificações dos funcionários são expostos nas telas do sistema, acessível a qualquer funcionário. Conquistamos essa proibição na Campanha Nacional (dos Bancários) de 2011 para reduzir o assédio moral e cobranças excessivas aos funcionários, que acabam levando ao adoecimento. E vamos continuar defendendo saúde e melhores condições de trabalho para os funcionários”, disse o coordenador da CEBB, ao exigir que o banco responda formalmente o ofício, indicando a responsabilização pela determinação do procedimento.

Fonte: Contraf-CUT

Funcionários do BB definem reivindicações para a Campanha Nacional dos Bancários

Publicado em: 16/07/2020

Na plenária final do 31º Congresso Nacional dos Funcionários do Banco do Brasil (CNFBB), os 212 delegados e delegadas do congresso aprovaram as estratégias de luta e a pauta de reivindicações para a Campanha Nacional 2020 e as específicas do banco.

O coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), João Fukunaga, agradeceu a participação dos delegados e ressaltou a importância do congresso para a Campanha Nacional dos Bancários e para a luta específica dos funcionários.

“Vivemos um momento difícil de nossa história, tanto no país e no mundo, quanto no banco. Querem acabar com tudo o que é público, com tudo o que possibilita o povo brasileiro a ter uma vida melhor. Não podemos ver isso e ficarmos calados. Temos que mostrar que o Banco do Brasil é o do povo brasileiro”, disse Fukunaga.

A presidenta da Contraf-CUT, Juvandia Moreira, declarou que a defesa dos bancos públicos está no centro da campanha nacional dos bancários deste ano. “O movimento de agricultores familiares costuma dizer que ‘se o campo não planta, a cidade não janta’. Vou adaptar esse lema acrescentando que se os bancos públicos não financiam, os produtores rurais não conseguem plantar”, disse.

“Nos debates de hoje vimos o quanto o Banco do Brasil é importante na concessão de crédito para os produtores rurais e também para as micros, pequenas e médias empresas. E ao Banco do Brasil se soma as ações da Caixa, do BNB, do Basa e dos demais bancos públicos. São eles os responsáveis pelo desenvolvimento do país e serão eles que nos ajudarão a sair da crise na qual nos encontramos. Por isso, a defesa do BB e dos demais bancos públicos será o ponto central de nossa Campanha Nacional”, completou a presidenta da Contraf-CUT.
Mesa única

O coordenador da CEBB também ressaltou a importância da unidade da categoria e da manutenção da mesa única de negociações com os bancos públicos e privados. “A primeira premissa dessa campanha é defender a mesa única de negociações. Só a nossa unidade pode fazer que a gente saia com vitórias dessa campanha”, destacou. “Além do mais, defender a mesa única é também defender o Banco do Brasil e os direitos dos funcionários”.
Direitos e pandemia

Fukunaga destacou, ainda a importância do congresso para debate sobre a manutenção de direitos dos funcionários durante esse período de pandemia. “Os debates nos trouxeram importantes contribuições para a organização da categoria e dos funcionários do BB para o enfrentamento dos ataques aos direitos que estão sendo desferidos contra os trabalhadores com a desculpa de que estamos em tempos de pandemia”, disse. “Os trabalhadores sofrem com a doença e com os cortes de direitos e perda de rendimentos”, concluiu.

Entre os pontos debatidos durante o congresso, merece destaque a instituição do teletrabalho.

Fonte: Contraf-CUT

Funcionários do BB movem ação contra Guedes por falta de ética com empresa

Publicado em: 21/05/2020

A Associação Nacional dos Funcionários do Banco do Brasil (Anabb) vai notificar extrajudicialmente o ministro da Economia, Paulo Guedes. Na reunião ministerial de 22 de abril — que está no inquérito aberto pelo Supremo Tribunal Federal (STF) para investigar denúncias de Sergio Moro contra o presidente Jair Bolsonaro —, Guedes, afirmou que é preciso “vender logo a porra do BB”.

Na avaliação dos funcionários do BB, Guedes ultrapassou todos os limites da ética ao atacar uma empresa cujas ações têm forte impacto na economia. Asseguram ainda que tanto, no governo do qual Guedes faz parte quanto no Congresso, não há apoio para a privatização da instituição. “Tal postura revelou-se despropositada e indecorosa não somente para com a instituição e todo o funcionalismo do Banco do Brasil e, sobretudo, para com todo o povo brasileiro”, ressalta a Anabb na ação.

A associação ressalta, ainda, que a fala do ministro irritou muito os funcionários, que cobraram da entidade uma ação efetiva, pois estão trabalhando pesado, sobretudo neste momento de pandemia do novo coronavírus, com agências abertas e operações de crédito importantes neste momento.

“Uma empresa não existe sozinha. O Banco do Brasil é a soma do trabalho e da dedicação de todos os seus funcionários. Causa perplexidade a fala em um momento grave para o país e para a sociedade brasileira. A fala desconsidera o trabalho de todos os funcionários no contexto da pandemia, que estão atendendo a população em todo o país, correndo riscos, mas sem abdicar de exercer seu papel. É um trabalho essencial, para os cidadãos e para a economia”, frisa a Anabb.

Veja os principais pontos da notificação extrajudicial:

“A Associação Nacional dos Funcionários do Banco do Brasil – ANABB — vem, respeitosamente, manifestar-se sobre o pronunciamento de Vossa Senhoria o qual afirmou que seria preciso “vender logo a porra do Banco do Brasil”, durante uma reunião ministerial citada pelo ex-ministro da Justiça Sérgio Moro.

Inicialmente é necessário relembrar que o Banco do Brasil foi fundado em 12 de outubro de 1808. Foi a primeira instituição bancária a operar no país e, em mais de 200 anos de existência, acumulou experiências e colecionou inovações participando vivamente da história e da cultura nacionais. Tem como principal missão corporativa “ser um banco de mercado, competitivo e rentável, atuando com espírito público em cada uma de suas ações junto à sociedade”.

O Banco do Brasil é uma instituição financeira brasileira constituída na forma de sociedade de economia mista, com participação do governo federal do Brasil em 50% das ações, sendo um banco estatal e que possui grande representatividade no país. Conta com 15.133 pontos de atendimento distribuídos pelo país, entre agências e postos, sendo que 95% de suas agências possuem salas de autoatendimento (são mais de 40 mil terminais), que funcionam além do expediente bancário. Possui ainda opções de acesso via internet, telefone e telefone celular. Está presente em mais de 21 países além do Brasil. Demais disso, o Banco do Brasil possui 5.429 agências, estando presente na maioria dos municípios do país, com uma estrutura de mais de 109.191 funcionários, além de 4066 estagiários, contratados temporários e adolescentes trabalhadores.

Como se vê, é situado como um dos maiores bancos do Brasil, tanto em agências quanto em patrimônio/receita líquida e contribui de forma intensa no crescimento econômico, industrial, comercial e social do Brasil, atuando diretamente em situações pouco atrativas aos bancos privados como, por exemplo, o crédito rural que precisa estar ao alcance de todos. A sua presença nos agronegócios, financiando boa parte das exportações e na concessão de crédito com taxas de juros bem acessíveis às micro e pequenas empresas fornecendo capital de giro e opções de investimentos, fazem do Banco do Brasil a instituição mais procurada por pessoas que tem o interesse de estabelecer uma empresa.

Demais, disso, o Banco do Brasil está presente em diversos segmentos culturais e artísticos, no esporte olímpico brasileiro (vôlei, futsal, etc), entre outras modalidades esportivas, confirmando o propósito de participar do crescimento do Brasil atuando em diversas áreas.

Dessa forma, a marca “Banco do Brasil” é uma das mais conhecidas e valorizadas pelos brasileiros, que reconhecem na instituição atributos como solidez, confiança, credibilidade, segurança e modernidade. Por meio de atuação bastante competitiva nos mercados em que atua, o Banco do Brasil é uma companhia lucrativa alinhada a valores sociais.

Deve ser considerado, ainda, que tal postura não se coaduna com o posicionamento do atual governo, tampouco do Congresso Nacional os quais sustentam a não privatização do Banco do Brasil sendo, portanto, um discurso isolado e que não reflete a atual conjuntura política do país.

Diante de tal contexto, a ANABB vem, veementemente, REPUDIAR o infeliz pronunciamento realizado por Vossa Senhoria o qual não condiz com a cordialidade e a urbanidade que o cargo exige e que vem tão somente, de forma imprudente, enfraquecer um dos maiores legados que o Brasil possui nos tempos modernos: o banco de todos os brasileiros. Tal postura revelou-se despropositada e indecorosa não somente para com a instituição e todo o funcionalismo do Banco do Brasil e, sobretudo, para com todo o povo brasileiro.

Ante o exposto, considerando que o Banco do Brasil é uma instituição milenar exercendo um papel fundamental na economia brasileira e que não merece ser tratada com descaso, a ANABB vem NOTIFICAR Vossa Senhoria a fim de que se retrate formalmente em relação ao pronunciamento realizado como medida de justiça e, sobretudo, de respeito a toda nação brasileira.”

Fonte: Blog do Correio Braziliense

Banco do Brasil fecha 409 agências e reduz quadro em 3,7 mil funcionários

Publicado em: 19/02/2020


Seguindo o mesmo movimento dos grandes bancos privados, o Banco do Brasil fechou no ano passado 409 agências no país e reduziu seu quadro de funcionários em 3.699 colaboradores. Os grandes bancos vêm reduzindo o número de agências físicas e funcionários para compensar menores margens financeiras. A concorrência das chamadas fintechs, além da redução de juros, têm obrigado os grandes bancos a reduzir seus custos. O limite de 8% nos juros do cheque especial também deve impactar as receitas das instituições este ano.

No caso do Banco do Brasil, o total de agências tradicionais caiu de 4.101, em 2018, para 3.692, ao final de 2019. Já o número de funcionários foi reduzido de 96.889 para 93.190 no mesmo período. No ano passado, o BB registrou 2.364 adesões ao programa de demissão voluntária estabelecido pela instituição.

Carlos Motta, vice-presidente de negócios do Varejo do BB, disse que o banco está avaliando a eficiência de cada agência nas cidades onde estão instaladas. Em muitos municípios, afirmou, a avaliação é que não há necessidade de uma unidade tradicional. Nesse caso, as agências são substituídas por postos de atendimento avançados, com estrutura mais leve.

— Isso dá mais fluidez e eficiência ao atendimento. Além disso, aumentou o número de agências digitais e especializadas, como aquelas que atendem especificamente o agronegócio — disse Motta.

Reportagem do GLOBO mostrou que duas em cada cinco cidades do país estão sem agências bancárias desde 2013, obrigando os moradores a se deslocarem a cidades vizinhas para fazer saques ou tomar empréstimos. São cerca de 17 milhões de pessoas em 2.328 cidades que precisam fazer esses deslocamentos. Além disso, nem todas contam com rede de internet eficiente para acessar os bancos digitalmente.

Para este ano, o Banco do Brasil não informou quantas agências tradicionais pretende fechar ou transformar em postos de atendimento. O banco informou que não está previsto um novo plano de demissão voluntária.

No ano passado, o Banco do Brasil teve um lucro líquido de R$ 17,8 bilhões, um crescimento de 32,1% em relação ao ano anterior. Segundo o presidente do BB, Rubem Novaes, foi o maior lucro da história do banco. Com despesas administrativas, o BB gastou R$ 31,5 bilhões o ano passado.

Na contramão dos grandes bancos privados, que tiveram crescimento de dois dígitos de sua carteira total de crédito, no Banco do Brasil a oferta de crédito total encolheu 2,6% em 2019.

O vice-presidente de Relações com Investidores do BB, Carlos Hamilton, explicou que houve uma mudança de estratégia do banco, com crescimento de crédito no varejo e redução para grandes empresas, que estão sendo direcionadas para o mercado de capitais. Os empréstimos a pessoas físicas cresceram 10% em 2019, com destaque para empréstimos pessoais, que tiveram expansão de 45,2%. Já o crédito para micro, pequenas e médias empresas apresentou expansão de 8,5% na comparação anual.

— O banco vem seguindo a estratégia de crédito com foco no segmento de varejo. E entende que ainda há espaço para aprofundar a expansão nesse segmento — disse Hamilton.

O BB segue também orietnação do governo de reduzir o peso dos bancos públicos no crédito. Esse movimento também já foi visto no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNES).

Outra fonte importante de receita para o banco, ano passado, foram as tarifas cobradas por prestação de serviços. Elas renderam R$ 29,2 bilhões ano passado, crescimento de 6,4% em relação a 2018.

O presidente do BB afirmou que o desempenho da instituição considerando o retorno sobre o patrimônio líquido está próximo dos bancos privados. Ele disse se o Banco do Brasil não tivesse as amarras do governo, o BB certamente passaria seus pares privados em desempenho.

– Já estamos próximos. Se não tivesse as amarras que tem do governo, o BB passaria os privados – afirmou Novaes durante a apresentação dos resultados.

Ele disse que a equipe econômica se mostra favorável à privatização do banco, mas essa questão também passa pela política. Novaes afirmou que no horizonte de cinco anos não vê problemas para o BB, mas com novidades como o open banking ((um sistema que permite que outras empresas e bancos acessem os dados do clientes) e o crescimento das fintechs as desvantagens para os bancos públicos vão se acentuar.

– Então deveria começar a se pensar agora no processo de privatização do BB. Poderia se vender 5%, 10% do capital. Trata-se de um ativo valorizado por força de sua rentabilidade. Mudaria pouco em relação ao que o banco é hoje. Não haveria mudança traumática nenhuma – afirmou ele, lembrando que hoje pelas regras do BC não se permite a figura do controle minoritário. Mas ele observou que no setor de seguros, que também não permitia essa figura, a regra foi mudada.

Fonte: Revista Pequenas Empresas Grandes Negócios

Funcionários do BB se unem para arrecadar fraldas em Adamantina

Publicado em: 19/12/2019


Chega o final do ano e a solidariedade aflora em muitos corações. Pela cidade, pessoas e grupos de pessoas buscam proporcionar um Natal melhor aos seus semelhantes que, pelos mais diversos motivos, não tiveram e não têm muito o que comemorar.

Pelo terceiro ano consecutivo, funcionários do Banco do Brasil e voluntários se unem para arrecadar fraldas geriátricas para entidades de Adamantina. No ano passado foram beneficiadas com 8.100 pacotes do item as instituições PAI Nosso Lar (Polo de Atividades Integradas), Santa Casa, Lar dos Idosos e Apae (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais).

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Segundo o gerente do Banco do Brasil de Adamantina, Tiago Cerazi Bruzatti, idealizar da ação beneficente, a meta é aumentar em 50% a arrecadação passada, que chegou aos R$ 13 mil, além de R$ 1.300 de bonificação da empresa parceira.

“Por mais um ano temos forte apoio de uma unidade fabril conhecida no mercado, a ‘Roger do Brasil’, fabricante das fraldas Baby Roger e Big Roger, que nos fará a venda com preço de custo. Todos unidos por um só objetivo, proporcionar mais dignidade para aqueles que estão em uma situação, nesse momento, menos privilegiada que a nossa”, pontua.

As doações, tanto em fraldas como em dinheiro, podem ser entregues na agência local do Banco do Brasil. O valor de cada fardo com seis pacotes é R$ 80. As doações podem ser feitas até o fim de dezembro. “Neste Natal, queremos ser fraternos, mas também atuantes. Acredito que todas as pessoas podem sim ser protagonistas de mudanças e, nesse caso, a nossa decisão beneficia alguém que realmente precisa”, destaca Bruzatti.

Fonte: Impacto Notícias

BB, Caixa e outros bancos vão “convidar” 11 mil funcionários a se demitir até 2020

Publicado em: 28/11/2019


Visando a redução de gastos e de olho na ascensão dos bancos digitais, Banco do Brasil (BB), Bradesco, Caixa Econômica, Itaú e Santander, juntos, fecharam mais de 600 agências e demitiram cerca de 5.500 funcionários neste ano. Com os Programas de Demissão Voluntária (PDV), até 2020 mais de 11 mil funcionários devem deixar as instituições. Os dados foram coletatos pelo site Poder 360 a partir dos resultados dos balanços do terceiro trimestre de 2019 dessas cinco instituições financeiras.

Juntas, elas controlam 81,2% dos ativos totais e detêm 84,7% do mercado de crédito brasileiro. Dentre os grandes bancos que atuam no Brasil, o Banco do Brasil foi o que mais sofreu mudanças administrativas entre setembro de 2018 e setembro de 2019. O número de agências teve uma queda de 11% — de 4.147 para 3.684.

No mesmo período, o Itaú fechou 213 agências (-4%), o Bradesco 85 (-2%) e a Caixa Econômica Federal (CEF) 46 (-1%). O destaque fica para o Santander, que abriu 50 novos postos no mesmo período (2%).

Em comunicado, em julho, o BB falou em reestruturação com o ‘Programa de Adequação de Quadros’, mas não em fechamento de agências.

Comunicou também que o banco não tinha objetivo de reduzir seu quadro de funcionários, mas adequá-lo à nova estrutura.

Essas ações nos bancos, contudo, são traduzidas basicamente por fechamento de agências e programas de demissão voluntária (PDVs).

No final de outubro o Bradesco anunciou o fechamento de 300 agências em todo o país até o final de 2020. Já o Itaú Unibanco foi ainda mais longe e decidiu encerrar as atividades de 400 pontos de atendimento até dezembro deste ano.
Bancos digitais forçam readequação

Um dos fatores que provavelmente tem forçado os grandes bancos a se readequarem no mercado é a ascensão dos bancos digitais.

Nubank, Original e Inter praticamente forçam instituições como Banco do Brasil, Bradesco e Itaú a fechar agências e mudar estratégia.

Sem agência nem filas e com burocracia reduzida, essas novas instituições entraram na briga por clientes com a maioria dos bancos tradicionais — que também têm lançado produtos semelhantes.

Fonte: Portal do Bitcoin

Bancos fecham 611 agências e demitem 5.542 funcionários em 12 meses

Publicado em: 20/11/2019


Os cinco maiores bancos do país fecharam 611 agências e demitiram 5.542 funcionários num período de 12 meses. Os dados são dos balanços do 3º trimestre do Banco do Brasil, Bradesco, Caixa, Itaú e Santander.

As instituições controlam 81,2% dos ativos totais e detêm 84,7% do mercado de crédito brasileiro. Mesmo com todas apresentando lucro, há 1 movimento para reduzir a estrutura administrativa e diminuir gastos.

O Banco do Brasil foi o que mais teve corte de postos de atendimento do 3º trimestre de 2018 ao mesmo período deste ano: saíram de 4.147 para 3.684 unidades -recuo de 11%. O número de funcionários caiu de 97.232 para 93.872.

Durante a apresentação dos dados contáveis, o presidente do BB, Rubem Novaes, afirmou que a tendência é de que o movimento continue em 2020. Em nota, o banco informou que revê permanentemente a dotação da rede de agências. “No BB, mobile e internet já respondem por 80% de todas as transações, levando mais comodidade e conveniência aos clientes”, comunicou.

O Santander, por sua vez, aumentou o número de agências de 2.267 para 2.317. O número de funcionários também subiu de 47.836 para 49.382.

A expectativa é que os bancos fechem cerca de 1.200 agências até o fim de 2020, sendo que 800 dos cortes devem partir da iniciativa privada, concentrados no Bradesco e no Itaú. Acompanhado disso, os PDVs (programas de demissão voluntária) devem desligar, pelo menos, 11.186 funcionários até o próximo ano.

Fechamento de bancos

A redução da taxa Selic e o crescimento das fintechs no mercado também contribuem para que os bancos façam redução dos custos administrativos.

MOVIMENTO GLOBAL

Uma pesquisa do grupo Which? mostrou que mais de 30% das agências bancárias do Reino Unido fecharam de 2015 a outubro deste ano, o que equivale a 3.303 unidades. As filiais descontinuadas foram, principalmente, do Royal Bank of Scotland Group, Barclays, HSBC e Lloyds Banking Group.

Relatório do HSBC mostrou que o banco inglês pretende demitir 10.000 funcionários em todo mundo, diminuindo a força de trabalho global em 4%. A instituição financeira já havia divulgado outro corte de 4.700 empregos em agosto.

Nos Estados Unidos o JP Morgan Chase terá 301 agências no fim de 2019, a menor quantidade nos últimos 13 anos. O US Bancorp também anunciou aos funcionários que haverá uma reestruturação de pessoal, eliminando cargos de gerência intermediária, que não tem contato com clientes.

No Japão, o Mitsubishi USJ reduzirá 35% as filiais até 2023. Das 515 unidades, 180 estão em risco. O Mizuho também cortará 130 unidades nos próximos 5 anos. O Standard Bank, da África do Sul, anunciou o corte de 1.200 empregos e o fechamento de 91 agências em 2019. Como justificativa, divulgou que é preciso esforço para a digitalização do banco.

MOBILE BANKING

Levantamento feito pela Febraban (Federação Brasileira de Bancos) feito com base nos dados de 2018 mostra que 6 em cada 10 transações bancárias já são realizadas pelo celular ou pelo computador.

De 2014 a 2018, enquanto os canais tradicionais perderam espaço no volume de transações bancárias, saindo de 38% para 24% do total, os meios digitais subiram de 47% para 60%.

O montante movimentado por mobile banking saltou de R$ 48,8 bilhões para R$ 78,9 bilhões no período, o que corresponde a uma alta de 62%. Do internet banking, caiu de R$ 18 bilhões para R$ 16,2 bilhões -recuo de 10%. Nas agências bancárias, o volume de transações tombou 18%: de R$ 4,9 bilhões para R$ 4 bilhões.

Pesquisa similar do ABA (American Bankers Association), dos Estados Unidos, também sinaliza que 73% do uso das contas bancárias de 2019 foi feito via canais digitais. Houve uma alta de 72% em comparação a 2018. Quase 1 em cada 5 dos entrevistados continua realizando suas transações pessoalmente nas agências dos bancos.

Fonte: Poder 360

BB convoca funcionários licenciados a ocupar cargos vagos após PAQ e falta de concursos

Publicado em: 30/10/2019


O Banco do Brasil (BB) está convocando funcionários em “licença interesse” para ocupar cargos vagos na empresa pública. Segundo informam fontes internas do banco, o motivo é a defasagem de pessoal, situação agravada pela falta de concursos públicos e pelo Programa de Adequação de Quadros (PAQ). O cenário abrange centenas de servidores licenciados, mas o próprio BB não informou o número exato.

A licença interesse é um afastamento que, a critério da empresa, poderá ser concedido ao servidor ocupante de cargo efetivo, estável, pelo prazo de até três anos consecutivos, sem remuneração.

O Metrópoles teve acesso a mensagens encaminhadas pela Diretoria de Gestão de Pessoas (Dipes) à Administração do banco. Nos textos, a instituição financeira informa que identificou vagas em um determinado setor do Banco do Brasil. Por esse motivo, a Dipes estaria convocando o funcionário para retornar de licença e assumir o cargo vago até 22 de novembro de 2019.

A mensagem diz que, caso o funcionário não compareça para assumir o posto, suas ausências serão registradas a partir de 25 de novembro do ano vigente e classificadas como “falta não abonada” e “não autorizada”. Com isso, a Dipes afirma, no conteúdo do e-mail, que será aberto um processo administrativo contra o funcionário por abandono de emprego, passível de demissão por justa causa.

O Banco do Brasil foi procurado para saber quantos funcionários receberam a carta, mas a assessoria de imprensa não forneceu a informação.

Em julho deste ano, o BB anunciou um conjunto de medidas que mexeria com o quadro de funcionários do banco, entre elas a possibilidade de um funcionário pedir demissão mediante um “incentivo” da empresa pública.

Na época do anúncio, o Banco do Brasil afirmou que o programa oferece ao funcionário um plano de ajuste da força de trabalho, “equalizando situações de vagas e excessos nas dependências/praças”.

Concurso público

Na semana passada, o Supremo Tribunal Federal manteve a obrigatoriedade de concurso para nível superior na empresa. A decisão é do ministro Marco Aurélio.

Em 2018, o Banco do Brasil protocolou um recurso no Supremo contra decisão do Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região (TRF-10) de 2017, que determinou a realização de concursos públicos para cargos de nível superior na instituição bancária.

No processo, o BB argumentou que o ministro Gilmar Mendes havia determinado, por meio de um outro recurso, a suspensão de processos, em nível nacional, sobre questões envolvendo seleção e admissão de pessoal, bem como a nulidade de concurso público em casos envolvendo pessoa jurídica integrante da administração pública indireta. Na peça do Banco do Brasil, no entanto, Marco Aurélio avaliou que não havia relação entre os processos.

A alocação de servidores de nível médio para o superior era baseada em norma interna do próprio banco. Ao negar a reclamação, o ministro revogou automaticamente uma liminar de novembro de 2018 concedida por ele mesmo, até que fosse julgado o recurso.

O que diz o Banco do Brasil

Em nota, o Banco do Brasil diz que a medida foi adotada para “atender necessidade de alocação de pessoal” do banco. Leia a íntegra:

“De acordo com a previsão normativa do processo, a licença interesse pode ou não ser concedida, a critério e conveniência do Banco, sendo que o retorno aos quadros da empresa pode se dar a qualquer momento por iniciativa do Banco.

A medida visa atender necessidade de alocação de pessoal do Banco do Brasil em algumas localidades respeitando o comportamento e demandas dos clientes.”

A reportagem questionou a instituição sobre quantas pessoas em licença interesse estariam sendo chamadas, além do número de cargos vagos. Sobre esses tópicos, o Banco do Brasil não se pronunciou até a última atualização desta reportagem.

Fonte: Rondônia ao Vivo

Número de funcionários em bancos no Japão cai ao menor nível em 13 anos

Publicado em: 31/07/2019


O número de funcionários trabalhando em bancos públicos e privados no Japão reduziu ao menor nível em treze anos, informou a emissora pública NHK, citando como fonte o relatório de uma empresa de pesquisa divulgado no fim de semana.

Os dados disponibilizados pela NHK News mostram que houve uma redução de 3.629 empregados no ano fiscal de 2018, encerrado em 31 de março, em relação ao ano fiscal anterior.

Trata-se do maior declínio desde 2006, quando os três principais grupos financeiros, Mitsubishi UFJ, Sumitomo Mitsui e Mizuho, foram formados.

Até o final de março, o número de funcionários em 81 bancos existentes no Japão somava 223.778. Desse total, 62 bancos, ou cerca de 80%, reduziram o número de empregados no ano fiscal de 2018.

A redução acorre em razão da adoção de tecnologia digital, com os bancos modernizando suas operações e automatizando o processamento de uma grande quantidade de dados.

Além disso, um crescente número de bancos está também diminuindo a quantidade de agências, uma vez que poucos clientes estão indo a instituições financeiras nesta era de Internet Banking.

“A tendência agrada aos bancos por conta da redução de gastos na folha de pagamento, o que pode ser repassado ao cliente”, segundo especialista consultado pela agência Kyodo.

Nana Otsuki, analista chefe da corretora de seguros Monex, disse que o modelo convencional de negócios –que depende da mão de obra para obter lucros– está entrando em um período de transição.

Segundo ela, esta é uma tendência [internet banking] que está praticamente no início, mas que deve entrar em um ritmo de aceleração cada vez maior.

Fonte: Mundo Nipo

Decisão da Justiça confirma direito à gratificação no BB a funcionários comissionados

Publicado em: 25/05/2018


Funcionários do Banco do Brasil, que em novembro de 2017 tinham cargo comissionado há no mínimo dez anos, não poderão perder a gratificação, ainda que tenham sido revertidos aos seus cargos anteriores. A decisão é da 5ª Vara do Trabalho de Macapá (AP) e vale para todo o Brasil. A Justiça reitera que, salvo a existência de justo motivo, tal gratificação já se incorporou à remuneração do bancário.

Caso descumpra a decisão, o BB pagará multa diária de R$ 5.000 por trabalhador que tenha a gratificação suprimida ou reduzida. A decisão judicial registrou, ainda, que o valor da gratificação incorporado corresponde à média da gratificação recebida nos últimos dez anos. Ainda que o banco tenha ingressado com recurso, a aplicação da sentença é imediata.

Mesmo diante das mudanças na lei trabalhista pós-golpe presidêncial de Michel Temer, que acabou com as súmulas, inclusive a 372 que previa o direito à gratificação, houve êxito nessa ação em prol do trabalhador. Apesar da viória, é necessário de ter cautela, pois as decisões ainda são frágeis frente ao que o Judiciário pode decidir no TRT. Muita coisa acaba sendo mais política do que técnica, por isso temos de ser vigilantes e estar permanentemente mobilizados ao lado do Sindicato. Não se pode apenas confiar no Judiciário.

A sentença foi proferida nos autos do processo nº 0001296-75.2017.5.08.0208, em ação proposta pelo Sindicato dos Trabalhadores do Ramo Financeiro do Estado do Amapá. Essa decisão também abrange os caixas do BB de todo Brasil.

Essa ação não se confunde com a Ação Civil Pública que tramita em Brasília, onde uma tutela antecipada garante aos empregados atingidos pela reestruturação iniciada em novembro de 2016, a incorporação da média das comissões/gratificações recebidas por no mínimo dez anos.

Essa ação afirma que o processo de reestruturação não é motivo suficiente para respaldar a não incorporação das comissões ou gratificações dos bancários.

Já na ação que tramita no Amapá, a tese é relativa à reforma trabalhista e seu impacto nos contratos em vigor para aqueles que, na data da entrada em vigor da Lei 13.467/2017, 11 de novembro de 2017, já contavam com pelo menos dez anos de recebimento de gratificações/comissões.

Fonte: Sindicato dos Bancários de Santos e Região

ANABB debate ameaças às instituições e beneficiários de autogestões em saúde

Publicado em: 21/09/2017


Neste ano, a discussão gira em torno das Minutas de Resolução CGPAR (Comissão interministerial de Governança Corporativa e de Administração de Participações Societárias da União). O tema veio à tona em julho deste ano após a CGPAR colocar em discussão duas minutas de resoluções para orientar a atuação dos representantes da União nas empresas estatais federais, com relação à limitação da participação dessas empresas no custeio dos planos de saúde de autogestão.

Desde então, a ANABB e entidades representativas dos funcionários do Banco do Brasil empenham-se para trazer essas minutas para o centro do debate, ampliando a discussão com representações dos empregados de outras estatais federais que possuem assistência à saúde por meio de autogestões.

O objetivo desse Encontro é reunir lideranças e dirigentes de entidades para socializar as informações sobre as diversas autogestões das empresas estatais federais, debater os riscos que podem advir de uma eventual aprovação das propostas de resolução e unificar a luta dos trabalhadores, da ativa e aposentados, dessas empresas pela preservação de seus planos de saúde por meio de um “Movimento em Defesa dos Direitos dos Associados de Planos de Saúde de Autogestão”.

No caso da Cassi, se aprovados os termos das minutas de Resolução, o Banco do Brasil seria orientado a buscar alteração estatutária da Caixa de Assistência, diferenciando a forma de custeio, entre ativos, aposentados e futuros funcionários.

Entre os riscos para os participantes da Cassi estão a obrigatoriedade de abertura de novo plano para futuros funcionários; a imposição da paridade de contribuições entre patrocinador e participantes; o limite dos aportes do patrocinador em percentuais inferiores às necessidades da Cassi; a imposição de cobrança para os aposentados e futuros funcionários, por faixa etária e salarial; instituição de franquias em procedimentos.

Fábio Ledo, da Comissão de Empresas dos Funcionários do Banco do Brasil e do Sindicato dos Bancários da Bahia diz que “o governo Temer opera em conjunto com a saúde privada para atacar as autogestões de saúde, como no caso dos planos que reúnem os funcionários de empresas públicas como o BB e a Caixa, em que o governo quer interferir”.

Para Roberto André, do Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro, “ao lado da destruição do SUS e da saúde pública, a indústria da saúde privada, que exclui os idosos do seus planos de saúde, usa e abusa de procedimentos caros, invasivos e desnecessários para lucrar em cima dos associados aos planos. Agora a rede privada busca abocanhar a parcela do mercado que não controla, constituída das sugestões, que reúnem os trabalhadores autoorganizados, num processo superavitário”.

O diretor de Relações do Trabalho da CTB e dirigente do Sindicato dos Bancários de Brasília, Paulo Vinícius (PV), afirmou que “é fundamental unir, numa ampla frente, todos os funcionários das estatais e os que defendem as empresas públicas, na defesa das estatais contra a privatização, na defesa dos direitos dos trabalhadores e na defesa da saúde dos trabalhadores e trabalhadoras, partir também das autogestões, que foram construídas a por meio da sua luta e precisam ser defendidas”.

Fonte: Portal CTB

União limita número de funcionários no BB e na Infraero

Publicado em: 19/05/2017


Duas portarias publicadas pelo Ministério do Planejamento nas últimas semanas mostram que o governo quer garantir que as empresas estatais manterão sua folha enxuta de agora em diante. Ambas fixam o tamanho máximo do quadro de funcionários para empresas que fizeram Planos de Desligamento Voluntário (PDVs): Banco do Brasil e Infraero. Isso é uma forma de assegurar que elas não poderão repor todos os funcionários que aderiram ao PDV.

No caso do BB, a portaria define que o quadro permanente de pessoal é de 106.659 pessoas, sendo que esse número ainda terá que baixar para 106.186 em dezembro de 2018. Já no caso da Infraero, o total de funcionários autorizado é de 10.880.

MAIOR REDUÇÃO EM DEZ ANOS

 Segundo o secretário de Coordenação e Governança das Estatais do Ministério do Planejamento, Fernando Soares, essas empresas precisam cumprir um papel no ajuste das contas públicas e uma das formas disso ocorrer é por meio da redução de despesas com pessoal:

— As estatais têm que melhorar seus resultados e aumentar sua eficiência. Para isso, o melhor caminho é atacar a folha de pagamento. No desenho dos PDVs que estão em vigor, o governo está limitando a reposição de pessoas e editando portarias que estabelecem o tamanho do quadro.

Ele explicou que isso serve como um freio que evita que as empresas contratem para repor os funcionários que perderam. Sete estatais — Banco do Brasil, Caixa, Correios, Infraero, Conab e CPRM (Serviço Geológico do Brasil) — fizeram ou estão com PDVs em andamento, sendo que a projeção é que haja o desligamento de 30 mil funcionários. Além disso, segundo Soares, outras cinco estatais de menor porte já estão negociando planos de desligamento, o que pode aumentar o enxugamento do quadro para 32 mil.

Se confirmado esse número, 2017 terá a maior redução de folha das empresas estatais dos últimos dez anos. Dados do Planejamento mostram que de 2006 a 2014, as empresas aumentaram o total de funcionários, atingindo um pico de 556.013 pessoas. O número caiu a partir de 2015 e fechou 2016 em 530.922.

Entre 2015 e 2016, a redução foi de 22.067 pessoas. Os bancos públicos lideraram esse movimento e enxugaram 11.748 cargos no período. Em segundo lugar, ficou o grupo Petrobras, com 9.054 e, em terceiro, o Eletrobras, com 3.447.

Ainda na linha do ajuste fiscal, o governo também endureceu os acordos de reajuste salarial das empresas estatais. Em 2015, 16 acordos de negociação coletiva, conciliação judicial e administrativo ficaram abaixo da inflação. Já em 2016, esse número subiu para 23.

O PDV do Banco do Brasil é o de maior porte e representou uma redução de 9.306 funcionários. Com isso, a instituição conseguiu uma economia de R$ 1,75 bilhão em suas despesas. Já o payback, tempo que se leva para recuperar o custo do programa, foi de 7,4 meses.

O programa da Infraero ainda está em execução, com expectativa de diminuição de até oito mil cargos. De 2016 até agora, o número de funcionários que deixaram a empresa foi de 1.385. Segundo Soares, a estatal está sendo adequada a uma nova realidade de mercado, uma vez que o governo está fazendo concessões e transferindo funções ao setor privado.

O secretário explicou que, dentro dos PDVs, o governo federal prevê uma taxa de reposição dos funcionários que são desligados. No entanto, ela é baixa, ficando em média, em 10%. O percentual depende do perfil da empresa. No Banco do Brasil e na Caixa, por exemplo, ela ficou em zero, pois essas instituições fazem investimentos em automação e podem enxugar a folha sem prejuízo dos serviços que prestam. Já no caso dos Correios, a taxa de reposição ficou em 25%. Neste caso, a necessidade é maior, porque a empresa precisa de maior “chão de fábrica”, ou seja, de pessoas que desempenhem os serviços.

Fonte: Extra / Globo

Liminar obriga BB a pagar salários pela média dos últimos 10 anos

Publicado em: 07/04/2017


O juiz titular da Justiça do Trabalho da 12ª Região (Santa Catarina), Daniel Natividade Rodrigues de Oliveira, concedeu no fim do mês de março liminar que obriga o Banco do Brasil, em caráter provisório até a audiência inicial (ainda não agendada), a manter o pagamento dos salários pela média dos 10 anos anteriores à data da supressão das comissões. Os beneficiados são os gestores e caixas efetivados que exercem funções comissionadas por tempo igual ou superior a esse período.

A liminar foi solicitada pelo Sindicato dos Bancários de Florianópolis e Região, a partir da introdução do plano de reestruturação implementado pelo banco. O objetivo, de acordo com a entidade, é “resguardar os direitos dos trabalhadores e trabalhadoras da instituição descomissionados arbitrariamente, em sua base territorial de representação”.

A ação tomou como base a Súmula 372, do Tribunal Superior do Trabalho (TST), a qual estabelece que os empregados efetivados em função e/ou atividade gratificada por período igual ou superior a 10 anos, ininterruptos, não podem ter suas gratificações e complementos salariais suprimidos ou reduzidos, sem justo motivo.

Para o presidente da AGEBB, Francisco Vianna de Oliveira Junior, a entidade, desde o lançamento do plano de reestruturação, tem chamado a atenção do banco para a questão da Súmula 372 e a geração de passivos trabalhistas, além das injustiças contra os gestores em todo o país. “Dezenas de gerentes de unidade e Genegs foram ou ainda serão descomissionados ou rebaixados, de acordo com levantamento realizado pela associação dos gerentes. Nas conversas que temos mantido permanentemente com executivos do BB, sempre recebemos a garantia de que todos os gerentes seriam realocados, o que não tem ocorrido em todas situações”, afirma Oliveira Junior. “A AGEBB, entre outras questões, vai fazer valer o direito da manutenção dos ganhos, sem qualquer redução, para os gerentes que há mais de 10 anos recebem comissão de função”, ressalta o presidente da entidade.

BB projeta crescimento da rentabilidade a partir deste ano

Publicado em: 23/02/2017


Após resultados abaixo do esperado em 2016, o presidente do Banco do Brasil, Paulo Cafarelli, disse hoje (16) que a instituição projeta crescimento da rentabilidade a partir deste ano até 2019. Segundo Cafarelli, no ano passado, o desempenho financeiro do banco sofreu impacto do desaquecimento da economia e de situações pontuais provocadas pela queda na atividade de grandes empresas e de microempreendedores.

De acordo com Cafarelli, a recuperação deve começar no segundo semestre. “O ano de 2016 foi difícil, mas temos sinais claros de melhora na economia com resultados melhores”, disse o presidente do BB ao apresentar o demonstrativo financeiro da instituição relativo ao quarto trimestre do ano passado. Nesse período, o lucro líquido do banco recuou 61,3%, com R$ 963 milhões, encerrando o exercício com ganho de R$ 8,034 bilhões em 2016, valor 44,2% menor do que em 2015.

Já o lucro ajustado alcançou R$ 7,2 bilhões e para este ano, a projeção é de atingir valor entre R$ 9,5 bilhões a R$ 12,5 bilhões. Em 2016, a margem financeira bruta cresceu 13%.

De acordo com Cafarelli, a meta é ter um crescimento sustentável com a manutenção das ofertas de crédito sob conceitos conservadores e tarifas mais ajustadas às instituições do setor privado. O executivo, contudo, acredita que uma gradual queda na taxa básica de juros, a Selic, deve levar à queda nas taxas do mercado como um todo.

Linhas de crédito

A carteira de crédito ampliada do BB no ano passado somou R$ 708,1 bilhões ante R$ 798,4 bilhões em 2015, dos quais R$ 179,8 bilhões foram para pessoas físicas, com alta de 3,3% e voltadas paras linhas de menor risco (Crédito Consignado, CDC Salário, Financiamento de Veículos e Imobiliário). Essas linhas representaram 75,5% do total da carteira do banco. Este ano, a carteira de crédito deve crescer entre 1% e 4% e com alta para pessoas físicas (entre 4% e 7%) e para o crédito rural (entre 6% e 9%).

O presidente do Banco do Brasil também destacou que, embora o índice de inadimplência tenha crescido de 2,38% para 3,29%, a taxa ficou abaixo da registrada no mercado (3,7%). Segundo Cafarelli, a capacidade de pagamento no país vai aumentar não só pela melhora das atividades econômicas, mas também pela injeção de cerca de R$ 30 bilhões no mercado com os resgates de contas inativas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). Parte desse dinheiro poderá ser usada em renegociação de débitos.

Reestruturação

Além disso, Cafarelli disse que a política de redução de custos administrativos do banco será mantida, com o fechamento de agências e o aumento das transações feitas por meio de aplicativos móveis. O presidente do banco revelou que a instituição recebeu 9,4 mil adesões ao Plano de Aposentadoria Incentivada, mais da metade do total de funcionários que poderiam ser incluídos no programa.

Fonte: Agência Brasil 

Com reestruturação, BB corta R$ 2,3 bilhões em despesas

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São Paulo – Em sua reestruturação, o Banco do Brasil já fechou centenas de agências e concluiu um plano de aposentadoria incentivada que cortou R$ 2,3 bilhões em despesas.

O número foi divulgado hoje pelo banco, em sua coletiva de resultados do quatro trimestre e ano de 2016 –  a primeira  mensuração oficial do impacto das mudanças de gestão, anunciadas em novembro, para o negócio.

De acordo com o banco, o principal corte de gastos veio da redução de funcionários, que compõem mais de 60% do total de despesas administrativas. Quase 10% de toda a força de trabalho aderiu ao plano – 9.409 pessoas exatamente.

Para este ano, o BB não pretende fazer uma nova rodada de incentivos a aposentadoria e já fechou um acordo coletivo para o aumento de salário no período.

Apesar da economia bilionária, o banco ainda prevê cortes de custos recorrentes na ordem de R$ 750 milhões.  Ele pretende alcançar o valor com renegociações de contratos de aluguel e segurança nas agências, serviços de terceiros e custos com transportes de valores. No ano passado, já conseguiu reduzir as despesas com isso em R$ 82 milhões.

Em sua reestruturação, o banco já fechou 274 agências e até o final de março, mais 128 serão fechadas.

Guidance

O Banco do Brasil apresentou suas metas para o ano de 2017. O lucro líquido deverá ser entre R$ 9,5 e R$ 12,5 bilhões, contra R$ 8 bilhões em 2016.

A carteira de crédito deverá crescer entre 1% e 4%, impulsionada principalmente pelo agronegócio.

A carteira voltada a grandes empresas continuará caindo de acordo com as previsões do banco, por conta da crise econômica. No ano passado, essa carteira caiu 19,2%, por conta do grande número de pedidos de recuperação judicial.

Digital

Com a redução de funcionários e fechamento de agências, o Banco do Brasil está buscando formas de fazer mais com menos. Uma maneira é a expansão de seus serviços digitais.

Cerca de 1,3 milhão de clientes já é atendido por agências digitais. Para 2017, o plano é que esse número chegue a 1,8 milhão de clientes estilo digital e exclusivo digital.

Hoje, 65% de todas as transações do banco são feitas pelo aplicativo mobile ou por um computador. Em 2016, o celular foi responsável por 10,7 bilhões de transações, 53% a mais do que no ano anterior.

A mudança não apenas corta a fila de espera em bancos, mas também impulsiona o balanço da empresa. Ao trocar o físico pelo virtual, os gerentes podem atender até 35% mais clientes e a rentabilidade melhora de 20% a 44%, diz a instituição.

Por essa razão, o BB está criando soluções digitais, como o aplicativo Ourocard, a possibilidade de renegociar dívidas e até financiar um carro pelo smartphone.

Pela Conta Fácil, totalmente virtual, é possível abrir uma conta em 7 minutos, em comparação aos 53 minutos para o mesmo procedimento em uma agência. O custo dessa modalidade também é 24 vezes menor do que uma conta normal.

A expectativa é que 1,8 milhão de contas sejam abertas pelo aplicativo em 2017.

Fonte: Exame.com

BB estuda divulgar salários em novo plano de transparência

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Banco do Brasil estuda divulgar salários de executivos

O Banco do Brasil quer se tornar uma referência de transparência e combate à corrupção entre as empresas estatais. Mas, antes disso, precisa quebrar algumas resistências culturais, como a divulgação dos salários de seus executivos e a criação de regras de sucessão mais claras em cargos de diretoria. As afirmações são do diretor de Transparência e Organização do BB, Carlos Netto, funcionário de carreira do banco há 23 anos.

Segundo o diretor, nos últimos meses o banco atualizou seu regimento interno e estatuto social, e todos os diretores estão sendo convocados a prestar contas ao Comitê de Auditoria. Além disso, foi criado um departamento de governança que fiscalizará a atuação de todas as empresas que fazem parte do grupo. O banco é a única instituição financeira do País listada no Novo Mercado da Bolsa de Valores – segmento que reúne as empresas sujeitas às mais rigorosas práticas de governança corporativa.

Para Netto, o modelo de governança do banco, cujas decisões sempre são tomadas de forma colegiada, é “de extrema importância” porque elimina os riscos de algum funcionário cometer atos ilícitos. Esses mecanismos não evitaram, porém, que o BB fosse citado na Operação Lava Jato por envolvimento em um esquema de corrupção de R$ 150 milhões com contratos com empresas de tecnologia, em agosto do ano passado. Netto ressalta que quando um problema desse tipo é detectado, a área de auditoria entra em ação para identificar os responsáveis e demiti-los, se necessário. Abaixo os principais trechos da entrevista:

Como o BB se preparou para cumprir as obrigações da Lei das Estatais, que passou a valer definitivamente em dezembro do ano passado?

Já vínhamos numa trajetória de olhar com atenção a governança corporativa. Desde 2006, somos o único banco brasileiro listado no Novo Mercado [segmento da BM&FBovespa que reúne as empresas com o mais avançado nível de governança corporativa]. Estamos listados também na Dow Jones, que olha governança e pontua as empresas, e a nossa pontuação tem sido crescente. Estamos revendo nosso estatuto e alguns regimentos internos, e os diretores estão sendo convidados a prestar esclarecimentos no Comitê de Auditoria. Além disso, antes mesmo dessa lei já tínhamos uma diretoria de gestão de riscos e de controles internos e agora criamos um departamento de governança para fiscalizar a atuação de todas as empresas que fazem parte do grupo.

Quais são os maiores desafios para o BB se adequar à Lei das Estatais?

Muitas ações relacionadas a essa lei já foram discutidas internamente e serão submetidas à nossa Assembleia de Acionistas em abril. Temos como meta estabelecer políticas mais claras de indicação e sucessão de cargos na diretoria, além de estabelecer comitês de assessoramento e uma política de dividendos. Também discutiremos questões como a divulgação de salários de gestores e conselheiros de administração.

A empresa está blindada de indicações políticas para cargos na diretoria?

Pelo nosso estatuto todos os diretores são funcionários de carreira. Aqui fazemos processos seletivos para gerentes executivos, com avaliações técnicas e comportamentais, com psicólogos, técnicos selecionadores e também damos bolsas de estudo para executivos em instituições renomadas no exterior.

Mas um profissional bem capacitado não significa que ele seja incorruptível…

Sim, mas aqui temos feito um trabalho rigoroso com gerentes executivos, que futuramente podem ser promovidos para cargos de diretores. No ano passado fizemos um estudo para saber qual o perfil necessário para os cargos de diretores em cada área. E, até março deste ano, vamos finalizar o processo de mapear o perfil de todos os nossos executivos. Como nós não contratamos diretores de mercado, isso facilita o processo de sucessão em cargos de diretoria dentro da empresa.

Mas não é arriscado traçar um perfil fixo para cargos de diretoria?

Acho que não, porque aqui não há decisões individuais. Mas é claro que o mercado muda, estamos vendo agora a mudança digital, então esses perfis precisam ser avaliados constantemente, essa é uma prática que vamos seguir.

Como a empresa pune aqueles profissionais que agem de maneira antiética?

No nosso modelo de governança, todas as decisões estratégicas são tomadas de forma colegiada. Nada é aprovado sem antes passar pelo crivo de um comitê. Isso nos tira muito o risco de termos casos de corrupção dentro da empresa, porque são vários profissionais envolvidos na gestão dos negócios. E o nosso código de ética é revisado anualmente e todos os funcionários que ocupam cargos de chefia são obrigados a assiná-lo.

Este modelo não evitou que BB fosse investigado pela Operação Lava Jato.

Quando um problema como esse é detectado, a área de auditoria entra em ação e faz toda a apuração. No caso de identificarmos uma responsabilidade pessoal, é realizada a penalização. Todo o nosso movimento é para tentar minimizar ao máximo os riscos e demitirmos funcionários envolvidos em atos ilícitos, se for preciso.

Fonte: ISTOÉ Dinheiro

Os salários dos funcionários do BB em 15 cargos

Publicado em: 16/02/2017


SÃO PAULO – O Banco do Brasil é um dos cinco bancos estatais do governo brasileiro e é um dos mais famosos do país. Se por um lado, o banco tem muitos clientes pelo Brasil, por outro, seus funcionários não parecem estar muito contentes. De acordo com o portal LoveMondays, o banco tem 3.63 pontos em um total de 5, quando se trata de satisfação geral dos empregados.

Em relação a salários e benefícios, a nota cai ainda mais: 3.59 de 5 pontos. No entanto, 84% dos funcionários recomendaria a empresa para um amigo.

Confira quanto ganham os colaboradores da instituição:

Estagiário: R$ 735

Jovem Aprendiz: R$ 918

Telefonista: R$ 1.209

Escriturário: R$ 2.455

Técnico Bancário: R$ 2.530

Atendente de Call Center: R$ 3.126

Operador de caixa: R$ 3.392

Assistente comercial: R$ 3.683

Assistente financeiro: R$ 4.203

Supervisor: R$ 5.526

Gerente de relacionamento: R$ 6.819

Analista de TI: R$ 8.541

Assessor: R$ 10.012

Gerente de agência: R$ 11.391

Gerente geral: 12.803

 

Fonte: InfoMoney

AGEBB debate descomissionamentos e transferências arbitrárias de gerentes

Publicado em: 08/02/2017


A Associação dos Gerentes do Banco do Brasil (AGEBB) promove no dia 16 de fevereiro, na capital paulista, um evento aberto a gerentes associados e não sócios para debater o altíssimo número de descomissionamentos e transferências arbitrárias de executivos do BB para localidades distantes do atual local de trabalho. Também serão esclarecidas dúvidas daqueles que recentemente aderiram ao Plano Especial de Aposentadoria Incentivada (Peai). “Muitos gerentes desconhecem, por exemplo, que depois de 10 anos de trabalho em funções comissionadas a verba não pode ser suprimida do holerite. Esse direito é garantido por jurisprudência do Superior Tribunal do Trabalho”, esclarece o presidente da AGEBB, Francisco Vianna de Oliveira Junior. Para o debate e o esclarecimento de dúvidas, a associação convidou os profissionais da Sociedade de Advogados A.Rodrigues, escritório parceiro da entidade.

O evento ocorre a partir das 19h, no Hotel Braston, na Rua Martins Fontes, 330, na região central da capital paulista. Os gerentes interessados devem se inscrever por meio do e-mail agebb@agebb.com.br ou pelo telefone (11) 3104-4401.

“Os afastamentos não devem parar por aí” ­- O plano de reestruturação do BB, que incluiu o Peai e o fechamento e transformação em postos de atendimento de mais de 700 agências em todo o país, foi mais uma iniciativa do BB de reduzir o quadro de funcionários a qualquer custo, como já havia manifestado publicamente a AGEBB no início de dezembro. O editorial da entidade divulgou também que “temos informações que vários funcionários têm recebido correspondências informando que ´agora já fazem parte dos elegíveis´, mesmo não cumprindo as exigências do plano original”.

Para o presidente da AGEBB, realmente, além dos já penalizados, dezenas de gerentes de unidade e Genegs em todo o Brasil serão descomissionados ou rebaixados. “Apesar de termos recebido a garantia de executivos do BB de que todos os gerentes seriam realocados”, afirma Francisco.

A associação acompanha permanentemente o andamento da reestruturação do quadro de funcionários e agências e sugere que os profissionais que porventura tenham sido descomissionados ou rebaixados de função comuniquem sua situação à AGEBB, para que a entidade possa auxiliá-los na busca de uma solução junto à diretoria da empresa.

 

AGEBB

 

Procon de Içara notifica BB por tempo de atendimento

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O Banco do Brasil tem 10 dias para apresentar defesa ao Procon de Içara devido ao tempo de espera acima do limite permitido por lei municipal. A fiscalização foi realizada em consequência da reclamação dos clientes após a incorporação da agência da Rua Anita Garibaldi à da Rua Ipiranga. Cada reclamação poderá ser convertida em multa de R$ 1.403,25 com a possibilidade de duplicar se houver reincidência, além da previsão até de suspensão do alvará de funcionamento.

“Todo correntista que se sentir lesado pelo tempo de espera fora do limite pode procurar o Procon para anexar a reclamação ao processo administrativo”, recomenda a coordenadora do órgão de proteção ao consumidor de Içara, Karoline Luiz Calegari Naspoline. A denúncia deve ser baseada no bilhete de senha com o registro dos horários de recebimento e atendimento. O prazo máximo não pode passar de 20min em dias normais e 30min em véspera e após feriados prolongados, dias de pagamentos dos servidores e de recolhimento de tributos.

“Esperamos que surja efeito. O banco fez a junção das agências para constatar somente agora que não possui capacidade de atender toda a demanda. Estivemos em Florianópolis com a superintendência estadual e pedimos que fizessem primeiro as adaptações. Vamos voltar para ver o que o banco fará agora. Hoje há somente três atendentes de caixa. O ideal seriam cinco. Os trabalhadores estão sobrecarregados”, coloca a dirigente sindical Dircéia Mello Locatelli.

“O redimensionamento analisou a proximidade de agências, o sombreamento entre dependências e pontos de atendimento e o comportamento dos clientes”, aponta a assessoria da instituição. “O conjunto de medidas busca ampliar o investimento no atendimento digital, retomar índices de rentabilidade compatíveis com os do mercado e garantir a sustentabilidade dos negócios”, pontua em nota à reportagem.

 Fonte: Canal Içara