BB lança novo serviço para investidores com alertas da Bolsa

Publicado em: 04/04/2024

Em mais uma oferta de serviço inovador, o Banco do Brasil passa a oferecer a todos os seus clientes o Estratégia Radar BB, um alerta de oportunidades de negociações de ações na Bolsa brasileira, que já possibilita que o cliente dê o comando de ordens de compra e venda dos ativos, de forma intuitiva e eficiente. Para receber o alerta com as informações, basta o cliente informar seu interesse no App BB.

Ao aderirem à Estratégia Radar, os investidores recebem sugestões gratuitas elaboradas pelos analistas de Research do BB Investimentos. Essas estratégias podem incluir análise técnicas, critérios fundamentalistas ou macroeconômicos, além de gerenciamento de risco, como alertas de zeragem de posição e pontos de stop pré-estabelecidos.

“O serviço representa uma ferramenta que aproxima os investidores do trabalho de excelência da equipe de Research do BB-BI. O Estratégia Radar é um instrumento que ajuda os clientes nas tomadas de decisões com agilidade e objetividade” afirma Kleuvânio Dias, Diretor Executivo do BB Investimentos.

“Na interseção da tecnologia e inovação com o setor financeiro, o Banco do Brasil dá um passo à frente ao disponibilizar mais uma solução de assessoria digital de investimentos”, avalia Eduardo Villela, gerente executivo de Captação e Investimentos do Banco. Villela destaca ainda que, “com a queda da Selic, surgem oportunidades para maior tomada de risco, como na renda variável, e nosso objetivo é oferecer uma assessoria completa para todos os públicos e perfis”.

Isenção de taxas

Em fevereiro, o BB anunciou a isenção da taxa de corretagem para operações de renda variável via canais digitais, incluindo ações, FIIs, ETFs e BDRs. “Em pouco mais de um mês, desde que isentamos a taxa de corretagem, já pudemos observar um incremento de 26% no número de ordens negociadas. Queremos deixar aos investidores a mensagem de que o BB também pode ser a sua plataforma para investir em renda variável”, avalia o executivo de investimentos do BB.

Soluções Modernas

O lançamento do Estratégia Radar BB é mais uma entrega inovadora do BB, que tem atuado com soluções modernas, simples e adequadas, seja para investimentos ou outras frentes de negócios. Entre os serviços já entregues estão a revitalização do app Investimentos BB e o portal de conteúdos de economia e mercado InvesTalk (investalk.bb.com.br).

Com essas iniciativas, o Banco do Brasil se consolida como uma referência no mercado financeiro, pronto para atender às demandas dos investidores.

Fonte: Banco do Brasil

Banco do Brasil tem 1,5 milhão de investidores via aplicativo

Publicado em: 19/10/2023

O Banco do Brasil (Android, iOS) tem 1,5 milhão de investidores em seu aplicativo principal e em seu app para investimento, o Investimentos BB (Android, iOS). Sem dividir os dados absolutos, Guilherme Amadori, gerente de soluções de investimentos do banco, afirmou que a maioria dos clientes está no aplicativo principal.

Juntos, os dois apps acumulam 420 mil acessos por dia. Entre seus consumidores, 52% estão acima de 45 anos de idade e 60% dos clientes têm um saldo de investimento abaixo de R$ 50 mil.

Durante o MobiFinance 2023, evento organizado por Mobile Time nesta quarta-feira, 18, Amadori afirmou que a ideia do BB é “ser um banco de referência para investimento”, assim como é na operação bancária, que tem 70 milhões de clientes e completou 215 anos na semana passada. Um exemplo foi a reformulação no BB Investimentos que passou de um app de transação voltado para o home broker para ser um app de relacionamento e atingir novos públicos, apesar de manter informações mais robustas e gráficos.

Ainda assim, há barreiras. Mesmo com 51% das operações de investimentos contratadas via digital e um vasto portfólio disponível neste meio, 49% dos usuários investem direto com agentes humanos, sendo que a agência física oferece dois produtos: COE e depósito bancário de emissão de outros bancos.

WhatsApp

O executivo do Banco do Brasil também trouxe informações sobre o avanço dos investimentos no WhatsApp. A solução via app de mensageria, que traz informações sobre operações e educação financeira, acumula 1,5 milhão de interações desde o começo de sua operação, no começo do ano – equivalente a 12% do total de interações de produto do banco no WhatsApp em 2023.

Também com opção de agendar para investir, a conversão de clientes que procuraram o BB pelo WhatsApp para investir é de 58%, seis pontos percentuais acima de outros canais digitais, como push e app.

Fonte: Mobile Time

BB: investidores corporativos podem favorecer melhores práticas, diz presidente

Publicado em: 11/10/2023

Tarciana Medeiros, presidente do Banco do Brasil (BBAS3), afirmou que os investidores corporativos, como os fundos de pensão, tem o potencial de influenciar o mercado na adesão de práticas ESG. Segundo ela, “os grandes investidores institucionais têm posição de liderança no mercado, com capacidade de induzir boas práticas e governança.”

Em participação do Seminário de Investimentos, Governança e Aspectos Jurídicos da Previdência Complementar (Siga), a executiva discursou sobre o tema do ESG e o envolvimento do Banco do Brasil com os pilares de Governança ambiental, social e corporativa (do inglês, “Environmental, social, and corporate governance”).

O evento aconteceu no centro de convenções do Hotel Prodigy Santos Dumont, na região central do Rio de Janeiro, RJ.

Ainda no evento, Tarciana afirmou que a aderência às práticas ESG “melhora a qualidade dos ativos e cria um ambiente de negócios mais saudável”. Frisou também que o Banco do Brasil (BBAS3) demonstra seu compromisso com a boa governança ao se apoiar em decisões colegiadas e segregar funções.

Para ela, a agenda da sustentabilidade não concorre com a busca por rentabilidade. “Não há como ser rentável sem ser sustentável,” disse.

Funcionária de carreira da instituição financeira, Tarciana assumiu o posto em janeiro deste ano após ser indicada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ocupou o cargo que antes era de Fausto Ribeiro.

Desde 2021, a nova presidente do Banco do Brasil ocupava o cargo de Gerente Executiva na Diretoria de Clientes Pessoa Física (PF) e Micro e Pequenas Empresas (MPE), liderando os ciclos de relacionamento com clientes.

Dentro da instituição financeira, Tarciana Medeiros também atuou no BB Seguros e, em 2017, foi qualificada pelo Programa de Ascensão Profissional de Executivos do BB.

Fonte: Suno

BB passa mensagem construtiva sobre o Brasil para investidores, diz BofA

Publicado em: 21/09/2023


Em encontros com investidores em Nova York e Boston, nos Estados Unidos, o Banco do Brasil (BBAS3) tem passado uma mensagem construtiva sobre o cenário à frente, mesmo com o potencial impacto negativo de mudanças regulatórias no setor. O relato é do Bank of America, que acompanhou algumas das reuniões do banco com investidores.

De acordo com o analista Mario Pierry, as reuniões foram feitas com o vice-presidente de Gestão Financeira e Relações com Investidores, Geovanne Tobias, e com a gerente de RI, Janaína Storti. “Em seu primeiro giro com investidores como CFO, Tobias trouxe uma mensagem construtiva para o cenário macroeconômico do Brasil, com base em um ambiente de juros mais baixos e inflação controlada”, escreve.

O banco americano afirma que saiu das reuniões com uma visão mais positiva sobre as tendências operacionais do BB. Ajudaram nesse reforço o comprometimento da administração do banco com a entrega de resultados dentro das projeções para o ano, além do desejo de manter relacionamentos de longo prazo com os clientes, ao mesmo tempo em que mantém um crescimento “sustentável”.

O relato é feito em meio a uma bateria de reuniões de membros da cúpula do BB nos Estados Unidos com investidores, mas também com clientes e órgãos multilaterais. As reuniões acontecem em paralelo à Assembleia Geral da ONU, e o banco tem anunciado acordos de investimento e financiamento para o Brasil.

Ao mesmo tempo, o BofA menciona fatores como a proposta que acaba com os juros sobre capital próprio (JCP) e o possível teto de juros para o crédito rotativo como mudanças que podem impactar o banco de forma negativa.

No caso do JCP, a casa estima que o BB poderia ter de pagar uma alíquota efeitva de imposto 10 pontos porcentuais mais alta no ano que vem, mas que o Congresso provavelmente considerará a inclusão de alguns benefícios aos bancos no projeto final. No do rotativo, afirma que o banco parece menos vulnerável que alguns de seus pares, dada a menor exposição ao segmento de cartões de crédito.

O relatório afirma que o BB vê uma estabilização nos índices de inadimplência, mas também que as provisões contra calotes devem continuar subindo. São dois os motivos: a piora na carteira de pessoas físicas, dado que à medida que empréstimos antigos ficam “mais atrasados”, as normas do Banco Central exigem um aumento das provisões; e o caso Americanas, para o qual o BB fez provisões equivalentes a 70% do que tem a receber.

O BofA afirma que o guidance para provisões do banco neste ano, que prevê despesas entre R$ 23 bilhões e R$ 27 bilhões, já incorpora a possibilidade de o BB ter de separar provisões para os 30% restantes.

Na carteira de crédito, Tobias reiterou, segundo o BofA, que o crescimento deve vir do consignado para trabalhadores do setor privado, em que o BB pretende ganhar mais espaço, e também do agronegócio, em que o banco possui cerca de 60% de participação de mercado. A carteira de cartões de crédito para clientes que não têm conta no banco deve continuar recebendo menor foco.

O projeto de aumentar o engajamento dos clientes deve fazer com que os investimentos em tecnologia continuem elevados, de acordo com o relato do BofA. “A administração enfatizou que a tecnologia deve melhorar a personalização dos produtos oferecidos à base, o que provavelmente aumentará os patamares de engajamento”, escreve Pierry.

O BofA reitera recomendação de compra para as ações do Banco do Brasil, com preço-alvo de R$ 65, o que representa um potencial de valorização de 37,3% em relação ao fechamento de ontem. O banco calcula que o papel negocia a 0,8 vez o valor patrimonial por ação, múltiplo que vê como atrativo tanto em termos absolutos quanto em termos relativos.

Fonte: Estadão

Banco do Brasil lança seu portal de conteúdo para investidores

Publicado em: 25/07/2023


O Banco do Brasil acaba de lançar seu hub de conteúdo para investidores: o InvesTalk. Mesclando conteúdos produzidos por analistas do BB com notícias em tempo real fornecidas por um time de jornalistas contratados, o InvesTalk conta com a curadoria dos especialistas do Banco para trazer artigos, vídeos, podcasts, relatórios e análises sobre economia, mercado, educação financeira, sugestões de onde e como investir, além de editorias especiais de Sustentabilidade e Tecnologia.

O novo veículo de comunicação coloca à disposição da sociedade informações isentas e transparentes, para que o investidor, independentemente do seu conhecimento prévio sobre mercado financeiro, fique informado de tudo o que é relevante para cuidar do seu dinheiro. Para além de um canal de informação, o InvesTalk busca apoiar o processo de formação e tomada de decisões financeiras das pessoas. Com linguagem personalizada conforme o tipo de conteúdo e o estágio da jornada do investidor, conta também com design e usabilidade leve e convidativo. Por meio do InvesTalk o BB reforça seu compromisso de que todo mundo pode ser um investidor.

Para Fabrício Reis, gerente geral de Captação e Investimentos do Banco do Brasil, mais que um novo portal de notícias de mercado, o InvesTalk busca refletir o posicionamento do Banco do Brasil de democratização do acesso ao mundo dos investimentos, trazendo informações qualificadas para buscar as melhores oportunidades. “O InvesTalk surgiu em 2019, como uma playlist de vídeos no canal do BB no YouTube. Naquela época, nossa prioridade já era disponibilizar informações de forma descomplicada, com uma linguagem acessível e leve. Agora, o InvesTalk evoluiu para um hub de conteúdo para agregar diversos formatos, de forma isenta e transparente. Assim, além de seus conteúdos proprietários de análises econômicas e de mercado, o BB traz um time de jornalistas experientes para tratar o tema de forma profissional e isenta, possibilitando que todos, independente do grau de conhecimento e da quantidade disponível para investir, possam transformar sua relação com o dinheiro”, avalia Fabrício.

Acesse em investalk.bb.com.br e conheça o time de especialistas que fazem a curadoria e produção de conteúdo. O InvesTalk faz parte da nova plataforma especializada em investimentos do Banco do Brasil, e está disponível dentro do novo app Investimentos BB.

Fonte: Banco do Brasil

Banco do Brasil: por que investidores estão comprando?

Publicado em: 20/01/2023


O Banco do Brasil (BBAS3) sobe forte na sessão desta terça-feira (17) um dia após a posse da nova CEO Tarciana Medeiros. Por volta das 16h40, o papel saltava 4,41%, a R$ 37,19. Dessa forma, o banco caminha para o oitavo pregão em alta e o melhor patamar desde a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva em novembro.

Além da recuperação do setor, analistas que conversaram com o Money Times elogiaram o discurso de Taciana na noite da última segunda. No discurso, a nova CEO, a primeira mulher à frente da instituição em quase 200 anos, buscou o diálogo ao falar sobre a necessidade de entregar rentabilidade ao acionista sem, com isso, perder o caráter social do banco.

“Continuaremos gerando retorno adequado ao capital que investiram na empresa; eles acreditaram em nós e vamos oferecer a justa contrapartida a essa confiança”, afirmou Tarciana durante discurso na cerimônia de posse, em Brasília. “O BB continuará a ser um banco rentável e sólido, criando valor para a sociedade; podemos, sim, conciliar uma atuação comercial e pública”, acrescentou.

Felipe Leão, especialista da Valor Investimentos, diz que o mercado se animou com as declarações, bem distantes das ditas pelo presidente Lula durante a campanha. “Foi um discurso que agradou o mercado. A Tarciana tem uma longa e renomada experiência dentro do banco em diversas áreas do segmento, como varejo e seguros, combinada com seu conhecimento em tecnologia, o que pode levar a uma indicação de que o banco irá manter os investimentos em inovação”, diz.

Fabrício Gonçalvez CEO da Box Asset Management, vê a ação buscando a região dos R$ 40 ao classificar a fala como “bem pró-mercado”. “O mercado tem a expectativa de que a nova presidente dê continuidade aos esforços do banco na implementação de novas tecnologias, o que pode vir a continuar melhorando a operação da companhia estatal”, acrescenta Milton Ribeiro, analista da VG Research.

Ele coloca ainda que apesar de ainda não estar clara como será efetivamente a relação entre o Governo Lula III e as companhias estatais, “a indicação pode ser considerada conciliatória, já que a executiva tem um viés técnico, o que agrada aos acionistas do banco, ao passo que seu nome simboliza a ascensão de uma mulher de origem humilde, nordestina e ligada a questões LGBTs, o que agrada as bases de apoio do PT”.

Por outro lado, Rafael Bombini, assessor da DOM Investimentos, argumenta que é cedo para atribuir a alta do banco à posse da nova presidente. “Banco do Brasil está subindo junto com todo o setor e com a recuperação do mercado, mas foi um discurso bem tranquilo, que quer alinhar o lado público com o lado social. A principio foi um impacto positivo”, observa.

E as falas do Lula sobre Banco do Brasil?

O presidente Lula também estava no evento e disse que quer que o Banco do Brasil se torne o “campeão em crédito consignado” no país. “Eu desejo um Banco do Brasil muito forte, com muita gente depositando dinheiro no banco, até minha conta vai ser do Banco do Brasil… quero que a gente seja o campeão de crédito consignado”, declarou.

Gustavo Cruz, estrategista da RB Investimentos, coloca que mesmo com a alta, ainda prefere ficar longe das estatais justamente por conta do risco de ingerência política.

“A sensação que nós temos é que quem irá ditar as cartas é o presidente Lula. Está se mostrando mais centralizador que em seus outros mandados. O discurso sobre o consignado sempre desperta um pouco de receio”, discorre.

Para ele, há empresas na bolsa que estão mais atrativas que o Banco do Brasil, isso sem contar outros setores.

Já a VG destaca que apesar das incertezas políticas, as perspectivas para o banco são boas em função de potencial de valorização e dos robustos pagamentos de dividendos esperados para 2023.

“No entanto, é sempre razoável ter um grau de cautela em relação às companhias públicas, já que existe um temor que o governo eleito venha a aumentar o crédito subsidiado e direcione a carteira da instituição para produtos com menores spreads, o que poderia vir a deteriorar do ROE do banco”, ressalta.

Fonte: Money Times

 

Banco do Brasil tem o maior número de investidores pessoa física da B3

Publicado em: 19/09/2022


A B3 (B3SA3) divulgou um levantamento sobre o número de pessoas que investem em ações à vista na Bolsa brasileira. A empresa campeã em investidores pessoas físicas foi o Banco do Brasil (BBAS3).

Veja quais são as 10 empresas com mais acionistas PF:

  • Banco do Brasil (BBAS3);
  • Bradesco (BBDC4);
  • Itaúsa (ITSA4);
  • Magazine Luiza (MGLU3);
  • Oi (OIBR3);
  • Petrobras (PETR4);
  • Sanepar (SAPR11);
  • Taesa (TAEE11);
  • Vale (VALE3);
  • Via (VIIA3).

Segundo o levantamento da B3, houve um crescimento de 15% no segundo trimestre de 2022 sobre o mesmo período do ano passado. De acordo com a pesquisa de B3, o total de CPFs registrados era de 2,8 milhões no 2T21 e passou para 3,2 milhões neste ano.

Mesmo com o aumento no número de investidores, a análise indica uma baixa de 25% no valor em custódia: a posição total dos investidores foi de R$ 436 bilhões para R$ 328 bilhões.

Houve uma diminuição de 61% no saldo mediano em custódia, na comparação anual. O saldo mediano passou de R$ 7,5 mil para R$ 2,9 mil. Segundo a B3, o aumento no número de investidores acompanhado da queda do saldo mediano “mostra a força e o avanço da democratização do mercado de capitais nos últimos anos”.

Fonte: Suno Research

 

Interferência do governo no comando de estatais abala avaliação de governança das empresas

Publicado em: 12/03/2021


A troca no comando da Petrobrás, anunciada pelo presidente Jair Bolsonaro em fevereiro, e o impasse em relação à permanência do presidente do Banco do Brasil, que colocou o cargo à disposição, provocaram estragos nas duas empresas. Pela forma como essas coisas se deram, investidores se afastaram, as ações perderam valor e os acionistas tiveram perdas significativas.

Mais do que isso, o temor de interferências ainda mais profundas nas estatais de capital aberto provocou uma grande incerteza quanto ao cumprimento das boas práticas de governança corporativa – um dos itens de uma sigla que tem capturado a atenção dos investidores: ESG.

O termo ESG refere-se a ativos que, além de aspectos financeiros, consideram os impactos ambientais, sociais e de governança de uma empresa. O conceito foi criado como uma métrica para avaliar o desempenho das companhias.

As estatais listadas na Bolsa são sociedades de economia mista – a União, que é acionista majoritária, é a controladora. Por isso, o governo tem alguns direitos, como indicar nomes para o comando das empresas. No entanto, as regras de governança dizem que a indicação deve ser considerada e votada pelo conselho de administração, que é o agente responsável por escolher a diretoria executiva.

A interferência do governo no comando das empresas não viola uma regra específica de governança. O problema é a desconfiança gerada no mercado em relação ao motivo da interferência. “O problema que se discute muito é o motivo da mudança. A preocupação no caso das empresas estatais de economia mista é: seria realmente uma mudança de comando relacionada a um problema de desempenho ou é uma intervenção por questões políticas?”, questiona Maurício Colombari, sócio da PwC Brasil.

No caso da Petrobrás, Bolsonaro decidiu trocar o presidente Roberto Castello Branco pelo general da reserva Joaquim Silva e Luna, por conta de discordâncias quanto à política de reajuste dos combustíveis. Como o conselho apoiava Castello Branco, nada menos que 5 dos 11 conselheiros pediram para deixar o cargo.

No Banco do Brasil, Bolsonaro se irritou com um anúncio de fechamento de agências e corte de pessoal, via programa de demissão voluntária, feito em janeiro. Ameaçou demitir o presidente do banco, André Brandão, mas acabou dissuadido. Mesmo assim, a pressão sobre o banco continuou, e Brandão colocou o cargo à disposição. Quatro conselheiros se manifestaram publicamente contra a troca de comando.

O funcionamento das companhias de capital aberto é regido pela Lei das S/A e por normas da B3, dependendo do nível de governança corporativa em que elas estão listadas. Esses dispositivos estabelecem requisitos que devem ser levados em consideração no processo de nomeação do presidente da companhia. No caso das empresas de economia mista, é preciso também obedecer à Lei das Estatais, que estabelece outros requisitos a serem cumpridos.

Segundo Alexandre Pierantoni, diretor da Duff & Phelps no Brasil, em termos de governança corporativa, é muito importante que o apontamento de nomes para cargos pelo governo cumpram os requisitos da lei. “É preciso avaliar se a indicação está seguindo os critérios ou não. Quando há uma comunicação clara, efetiva, qualificada, você traz menos ruído para o ambiente”, diz.

“Infelizmente, não foi o que a gente teve na questão da Petrobrás, e aí você assusta o mercado. Nesse caso específico, o que incomodou muito foi a forma de fazer, e a comunicação disso” acrescenta Pierantoni. “É importante que haja um alinhamento entre o governo e o próprio conselho de administração da empresa, mesmo que formado na maior parte por indicados do governo, pois isso tende a beneficiar a empresa, a sociedade e os investidores.”

Esse alinhamento entre as partes interessadas (stakeholders, no jargão do mercado) das empresas de capital aberto é um ponto importante quando o assunto é governança corporativa. “A estrutura de governança tem o objetivo de alinhar os interesses dos acionistas e de outros stakeholders, a fim de maximizar o valor econômico da empresa”, explica Kieran McManus, também sócio da PwC Brasil. “Decisões que não agregam valor para a empresa ou que não buscam alinhar interesses dos investidores podem ser vistos como não sendo boas práticas de governança corporativa”, diz.

McManus destaca que uma das áreas mais importantes da governança é a definição do propósito da empresa e que, com mudanças bruscas de comando, os investidores ficam em dúvida se a empresa continuará seguindo o mesmo rumo. “Se a empresa já definiu seu plano, já está indo nesse caminho e há uma troca de comando, o receio do mercado é se haverá alguma alteração desse caminho que a empresa está seguindo”, comenta.

Estatais e governança

Segundo a professora Claudia Yoshinaga, coordenadora do Centro de Estudos em Finanças da FGV-EAESP, a desconfiança do investidor em relação a empresas de economia mista sempre existiu, justamente pelo fato de o governo ser o acionista majoritário. “Ter o governo como acionista principal de uma empresa sempre vai trazer o risco de existir alguma interferência política mais forte”, diz.

Claudia afirma que as interferências no comando da Petrobrás e do Banco do Brasil são vistas como péssimas pelo mercado, porque, “se já havia alguma desconfiança de que o governo como acionista poderia ser problema, aparentemente isso está se confirmando”.

A professora cita ainda a “golden share”, mecanismo que dá ao governo poder de veto mesmo quando ele deixa de ser um acionista controlador, se tornando um acionista minoritário. “É um mecanismo bastante comum nas empresas públicas e que, do ponto de vista de mercado, é tido como um negócio ruim. Porque viola um princípio básico de governança, que é a equidade, ou seja, garantir que todos os acionistas tenham os mesmos poderes. A ‘golden share’ é vista de maneira negativa pelo mercado, porque cria diferenças entre tipos de acionistas”, diz.

De modo geral, se não há equidade e alinhamento entre os acionistas, isso afeta a imagem da empresa, gerando desconfiança no mercado quanto ao cumprimento das práticas de governança corporativa. “Obviamente uma interferência como a que existiu na Petrobrás e em empresas de economia mista que têm ações negociadas no mercado, gera um ruído. O investidor se sente menos seguro quanto à previsibilidade da operação, a questões referentes à governança corporativa, e isso acaba por, no momento imediato, afastar o investidor, principalmente o estrangeiro”, diz Alexandre Pierantoni, da Duff & Phelps.

No curto prazo, há volatilidade dos preços e receio de maiores interferências, como o congelamento de preços, por exemplo, no caso da Petrobrás. Isso pode comprometer a rentabilidade da empresa. “Ela acaba tendo uma deterioração do seu preço no mercado internacional e uma deterioração das condições em que ela pode captar mais recursos”, afirma Pierantoni.

Apesar da possibilidade de haver a recuperação das empresas no médio prazo, uma possível consequência de longo prazo é que os investidores decidam não investir mais em empresas estatais. “Se isso começar a ficar um problema sério de governança, isso pode virar uma regra para o investidor: não investir em empresas públicas brasileiras”, afirma Claudia. Ela destaca que o mercado de capitais brasileiro ainda depende muito de investidores estrangeiros. “E começar a ser mal visto lá fora pode ser um problema.”

Fonte: Estadão

65% dos investidores ainda preferem bancos do que plataformas, mostra estudo

Publicado em: 11/03/2021


A maior parte dos investidores brasileiros (65%) escolheu os bancos como primeira opção na hora de fazer suas aplicações e 35% indicaram as plataformas como preferência em fevereiro, segundo o Índice de Atendimento de Bancos e Plataformas, em levantamento feito pela empresa Toluna, em parceria com a Fundação Getulio Vargas (FGV).

Entre os bancos, o Bradesco foi o melhor avaliado pelos clientes em fevereiro, seguido pelo Itaú, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal. Entre as plataformas a melhor avaliada foi a Easynvest, seguida pelo BTG Pactual e XP Investimentos.

Segundo o levantamento, que ouviu 628 investidores entre os dias 23 e 26 de fevereiro, apenas Banco do Brasil e Easynvest foram melhor avaliados pelos clientes em fevereiro em relação à janeiro. Todas as demais organizações sofreram redução na nota geral de avaliação pelos clientes.

Na avaliação geral, o índice caiu 2,19% em relação a janeiro, e os critérios de privacidade (-5,08%) e responsabilidade (-3,62%) foram os que mais contribuíram para esse resultado negativo.

Privacidade mostrou ser uma grande preocupação dos investidores no geral, principalmente pelas recentes notícias sobre vazamento de dados de brasileiros. Segundo o estudo, conduzido pelos professores Claudia Yoshinaga, Ricardo Rochman e William Eid, os bancos e plataformas precisam comunicar melhor suas medidas para proteger os dados dos seus clientes, caso contrário, a percepção de privacidade continuará caindo.

Quando analisados separadamente, o índice dos bancos caiu 0,27% em fevereiro enquanto nas plataformas a queda foi de 3,57%. O ponto positivo dos bancos, que ajudou a minimizar o recuo, foi o critério de aconselhamento, que subiu 2,78%.

As plataformas viram o critério de privacidade e aconselhamento tombarem 7,05% e 6,66%, respectivamente. Segundo o estudo, as turbulências no mercado de ações, que levaram à queda do Ibovespa pelo segundo mês consecutivo, podem ter influenciado os investidores a avaliarem negativamente o aconselhamento oferecido pelas plataformas.

De acordo com o professor William Eid, em geral, a solidez de grandes bancos costuma passar a impressão de maior confiabilidade aos clientes. “Assessoria de massa dos bancos é melhor do que das plataformas”, opina Eid, que vê os bancos lançando mão da digitalização como estratégia para fidelizar clientes ante a concorrência com plataformas e fintechs.

Fonte: Valor Investe

Follow-on do Banco do Brasil terá período restrito a investidores do varejo

Publicado em: 17/10/2019


A oferta subsequente de ações (follow-on) do Banco do Brasil (BBAS3) terá uma restrição de venda (lock-up) de 45 dias para investidores de varejo. Durante esse período, o interessados que se encaixem poderão aderir à operação. Caso queiram se desfazer de suas posições, só poderão exercer a partir do dia 6 de dezembro.

De acordo com o prospecto preliminar divulgado pelo Banco do Brasil, os investidores terão preferência na alocação das reservas.

Ademais, caso haja excesso de demanda entre os interessados a aderirem ao lock-up, não haverá alocação para os investidores de varejo sem alocação prioritária.

Banco do Brasil arquiteta nova oferta

Os investidores de varejo poderão utilizar fundos específicos para a aquisição desses papéis que estão sendo ofertados pelo BB. Um dos fundos é do próprio banco estatal, o outro foi criado pela Caixa Econômica Federal.

O valor mínimo para a adesão à oferta do varejo é de R$ 100 para o investidores FIA-BB e do FIA-Caixa. No entanto, para o investidor de varejo, que aderir ao lock-up, mas quiser entrar direto na oferta subsequente, o valor mínimo é de R$ 3 mil. A operação é similar ao do follow-on da Petrobras (PETR3; PETR4) neste ano. A Caixa também era uma das mediadoras.

Os bancos coordenadores da oferta, além do próprio Banco do Brasil, são:

• Caixa Econômica Federal
• Credit Suisse
• Itaú BBA
• J.P. Morgan
• XP Investimentos

Até 22% das ações poderão ser vendidas para os investidores do varejo. Outros 8% serão direcionados para o segmento private (varejo de alta renda).

A escolha por algum dos fundos criados para a operação poderia ser realizada até o final desta quarta. Ao todo, serão ofertadas 132.506.737 ações pelo Banco do Brasil. Levando em consideração a cotação de fechamento do último pregão na Bolsa de Valores de São Paulo, de R$ 44,38, a oferta poderá movimentar cerca de R$ 5,9 bilhões.

Fonte: Suno Research

Corretoras digitais disputam investidores com bancos tradicionais

Publicado em: 31/07/2019


Uma nova geração de corretoras digitais está incomodando um punhado de bancos brasileiros, como Itaú Unibanco e Banco Bradesco, que por muito tempo se mantiveram como destino único para investidores de varejo que buscavam um lugar único para manter conta bancária e aplicações.
As recém-chegadas plataformas de investimentos já atraíram mais de 10% dos 2,98 trilhões de reais investidos pelos brasileiros em fundos mútuos locais, ações e títulos.

Isso pode ser apenas o começo, já que várias empresas agora estão prontas para expandir suas plataformas de investimento para se tornarem bancos com serviços completos, oferecendo cartões de crédito, contas correntes e serviços de pagamento de contas.

“Acreditamos que os bancos serão ameaçados pelas empresas de tecnologia, principalmente em negócios baseados em tarifas, como gestão de ativos, cartão de crédito e credenciamento de cartões”, disse o estrategista do UBS Philip Finch.

Ele acrescentou que os negócios de empréstimos dos bancos tradicionais parecem mais seguros, já que os requisitos de capital criam uma barreira maior à entrada. Por trás das plataformas digitais, há grandes investidores como a chinesa Fosun International e as firmas de private equity General Atlantic LLC, Advent International e Warburg Pincus LLC.

A XP Investimentos, líder entre as plataformas digitais de investimento e que tem como investidores o Itaú e a General Atlantic, pretende quadruplicar seus ativos sob custódia para 1 trilhão de reais até dezembro de 2020, quase quatro vezes seu tamanho atual. Outras corretoras têm metas igualmente ousadas.

Como a maior economia da América Latina continua a crepitar, as start-ups de investimento digital são um dos poucos setores que contratam em ritmo alucinante. “Um ano atrás, nós tínhamos 30 funcionários. Provavelmente chegaremos a 200 pessoas este ano”, disse Habib Nascif, CEO da plataforma de investimentos online Órama, que foi uma das primeiras empresas brasileiras a oferecer fundos mútuos com taxa zero em 2011.

Corte de tarifas

O Brasil tem um dos mercados bancários mais concentrados do mundo, com seus cinco principais bancos detendo 82% do total de ativos, muito acima dos 43% nos EUA ou 48% no Reino Unido.
Os brasileiros detêm cerca de 61 milhões de contas-poupança, com 737 bilhões de reais em depósitos, geralmente rendendo bem abaixo da taxa básica de juros Selic, que vem caindo nos últimos anos. Os retornos mais baixos acabam por abrir mais possibilidades de investimentos para os aplicadores para além da poupança.

Fonte: Exame

Gerente de banco é a principal fonte de informação de brasileiro com perfil investidor

Publicado em: 24/08/2018


O cafezinho com o gerente do banco é ainda a principal fonte que o brasileiro procura quando quer explorar o mundo dos investimentos. De acordo com pesquisa da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), quantificada pelo Datafolha, 41% daqueles que aplicam em algum produto financeiro frequentam a agência bancária para buscar informações sobre a sua carteira. Tal preferência é mais notada nas faixas etárias mais avançadas, público que nasceu e cresceu fora do mundo digital: 42% dos investidores entre 45 e 59 anos e 47% dos sexagenários.

As indicações de amigos e parentes são relevantes para 33% da população que investe. Neste caso, o comportamento é mais comum entre os mais jovens: 45% das pessoas entre 16 e 24 anos valorizam mais as informações de seus pares.

As diferenças de acordo com as faixas etárias mostram outras nuanças: na faixa de 25 a 34 anos, os sites de notícias são a forma preferida (40,8%) para a busca de informações. Entre o público total, a participação dos sites é de 29%.

Outros meios aparecem de forma mais pulverizada: 17% dos investidores se informam em consultorias de investimento; 11% por meio de aplicativos de corretoras; 9% em blogs e fóruns de investimento; e 3%, pelos meios de comunicação tradicionais, como rádio, TV e jornal. Uma parcela de 5% dos entrevistados afirmou não buscar informações.

Foram realizadas 3.374 entrevistas em todo o Brasil, distribuídas em 152 municípios, com a população economicamente ativa, inativos que possuem renda e aposentados, das classes A, B e C, a partir dos 16 anos. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos, com nível de confiança de 95%.

Os dados divulgados agora fazem parte do “Raio X do Investidor Brasileiro”, cujo recorte sobre intenção e hábitos de investimentos do brasileiro foi divulgado pelo Valor em julho.

Fonte: Valor Econômico

STJ decide a favor de poupadores e acordo sobre perdas na poupança deve destravar

Publicado em: 29/09/2017


Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu, nessa quarta-feira (27/09), de maneira favorável aos poupadores na discussão sobre quem tem direito a receber o ressarcimento por perdas na poupança com o Plano Verão, de janeiro de 1989. A decisão deve destravar as negociações do acordo que vem sendo discutido entre poupadores e bancos para o ressarcimento dos expurgos inflacionários (diferença entre a correção da poupança e o índice oficial de inflação) dos plano econômicos das décadas de 1980 e 1990.

Os ministros da Segunda Seção do STJ decidiram que os poupadores não precisavam estar filiados a uma associação no momento em que as ações coletivas cobrando o ressarcimento foram propostas à Justiça. O entendimento vale para a maior parte das ações coletivas.

Os bancos argumentavam que os poupadores precisariam ser filiados a entidades de defesa, como o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), na época em que as ações de ressarcimento foram propostas, para ter direito a eventuais pagamentos. As entidades, por sua vez, defendem que qualquer poupador que participa de ação tem direito, seja ele associado ou não.

— O resultado é muito bom para os poupadores. Esse resultado reabre as portas para o acordo — disse o advogado da Frente dos Poupadores, Luiz Fernando Casagrande Pereira, do escritório VG&P Advogados.

O julgamento do STJ deve destravar o acordo entre representantes de poupadores e bancos, sob mediação da Advocacia-Geral da União (AGU), em torno do direito a diferenças de correção monetária de depósitos em caderneta de poupança em razão de alegados expurgos inflacionários decorrentes dos planos Cruzado, Bresser, Verão, Collor 1 e Collor 2. As negociações em torno de uma acordo para a compensação das perdas nas cadernetas de poupança com os planos econômicos ocorrem há meses.

Um entendimento deve pôr fim a milhares de ações na Justiça e encerrar uma discussão que já dura décadas. Uma nova reunião foi marcada para a o dia 6 de outubro e há expectativa de que se chegue a um entendimento nas próximas semanas.

Os valores globais a serem pagos giram em torno de R$ 16 bilhões a R$ 18 bilhões, segundo fontes envolvidas nas negociações. O foco das negociações, agora, é definir o valor que será pago pelos bancos aos poupadores. Deve haver um desconto sobre juros acumulados no período, aos quais os poupadores teriam direito caso tivessem acesso aos recursos integralmente. A negociação caminha para que sejam aplicados descontos na faixa de 30% a 50% do total devido. Outro ponto que precisa ser acertado é a forma de parcelar o pagamento desses recursos, ou se o montante será pago à vista.

Processos no STF

A intenção é levar ao Supremo Tribunal Federal (STF) o acordo assinado para ser homologado pelos ministros da Corte ainda neste mês. No STF, tramitam quatro recursos extraordinários com repercussão geral e uma Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF). Ou seja, a decisão que o Supremo tomar valerá para todas as ações ajuizadas pelo país que tratam da correção na poupança.

A maior parte das poupanças cobertas pelo acordo estava na Caixa Econômica e no Banco do Brasil. Uma solução negociada para o tema é defendida, também, pela área econômica do governo federal. Por isso, o Banco Central participa das negociações. O acordo, com descontos nos pagamentos por parte das instituições financeiras, deve proporcionar um alívio ao balanço dos bancos, que poderão colocar mais dinheiro na praça e demonstrar segurança jurídica para investidores.

A discussão sobre a correção das poupanças voltou a ganhar destaque após a presidente do STF, ministra Cármen Lúcia, confirmar que participará do julgamento e sinalizar que o assunto teria um desfecho na Corte. Inicialmente, ela havia declarado sua suspeição, porque seu pai era interessado no desfecho da causa. Além dela, declararam-se suspeitos os ministros Luiz Fux, Luís Roberto Barroso e Edson Fachin.

Sem os quatro ministros aptos a julgar os processos, o tribunal não alcançava o quórum mínimo. As ações, que são relatadas pelos ministros Gilmar Mendes, Dias Toffoli e Ricardo Lewandowski, contestam o direito a diferenças de correção monetária de depósitos em caderneta de poupança em razão de alegados expurgos inflacionários decorrentes dos planos.

Fonte: Época Negócios 

BB quer aposentados como assessores de investimentos

Publicado em: 30/08/2017


O presidente do Banco do Brasil, Paulo Caffarelli, diz que o banco continua com “papel significativamente público”, mas não pode cometer os mesmos erros do passado. “Tem como posicionar um patamar de juros, mas, se você baixar de uma forma que o mercado não te acompanha, está destruindo valor para os acionistas”, diz. A União é a maior acionista do banco. Nas gestões dos presidentes Lula e Dilma, os bancos públicos assumiram duas tarefas: ampliaram a oferta de crédito para estimular a economia e lideraram uma competição mais aguerrida com as instituições privadas, para forçá-las a reduzir os juros.

O que levou o BB a revisar a expectativa de projeção de crédito para retração em vez de crescimento?

Existia uma expectativa de que o primeiro semestre de 2017 seria melhor do que foi. Não só nossa. O guidance (metas) do Bradesco mudou. O do Itaú também. Nós não dimensionamos essa crise da maneira como deveríamos. É uma crise que demorou 20 trimestres para começar a retomada, diferente de qualquer uma do passado. Na crise de 2009, tivemos 380 empresas que foram para a recuperação judicial e nessa crise já passou de 4 mil. A retomada se dá de uma forma mais vagarosa. Agora, a robustez das políticas está sendo bem feita. Não se faz isso do dia para a noite. A reforma econômica está sendo feita sem puxadinhos.

Na crise de 2009, os bancos públicos tiveram um papel importante na retomada do crédito. Dessa vez, há um alinhamento maior com os privados em reter empréstimos e financiamentos.

O BB continua sendo um banco de economia mista com papel significativamente público, mas que compete em nível de igualdade com os privados. O erro que não vamos cometer dessa vez é o erro que foi cometido no passado: você tem como ser um posicionador de juros, mas, agora, se você baixar de uma forma que o mercado não te acompanha, está destruindo valor para os acionistas.

O sr. disse que um dos objetivos de sua gestão é que o retorno do BB fosse semelhante ao dos bancos privados…

E nós estamos no caminho certo. A cada trimestre o resultado vem se mostrando melhor. Fizemos um trabalho de redução de 9.408 pessoas no plano de estímulo à aposentadoria antecipada. Isso proporcionou uma redução de despesas de R$ 2,3 bilhões já para 2017. Fechamos 400 agências em todo o País e transformamos 380 agências em postos avançados de atendimento, que é uma estrutura que fisicamente é muito parecida, mas com staff e custos reduzidos. Nós reduzimos em um ano 0,9% de despesas. Isso dando 8% de aumento para 100 mil funcionários. E crescemos em renda de tarifas 10% no semestre.

E na gestão de capital?

Estamos totalmente preparados para que em 2019 a gente tenha os 9,5% do índice da capital principal (Basileia). (A regra determina que, a cada R$ 100 emprestados, os bancos precisarão ter R$ 9,50 de capital próprio). O banco vem se mantendo num nível adequado para isso. Não contamos com venda de ativo para se atingir esse nível. É uma questão orgânica.

E se vender Neoenergia e fizer o IPO do banco da Patagônia?

Todas as vendas poderão reforçar ainda mais o capital. Mas nós não contamos com a venda para atingimento.

Como o banco está se preparando para enfrentar a concorrência com assessorias de investimentos independentes?

Estamos lançando oficialmente a nossa Unidade de Captações e Investimentos (UCI), que vem com o objetivo de o banco readequar o nosso assessoramento dos clientes a investimentos. É só o primeiro passo na busca de um posicionamento mais agressivo do banco dos clientes private e estilo (alta renda).

Está todo mundo incomodado com o crescimento da XP?

Não. A XP tem toda uma estratégia dela. Não existe uma única. Cada um tem uma. A nossa certamente será diferente da XP. Mas estamos vindo com uma estratégia bastante agressiva.

Qual o próximo movimento?

Eu determinei e dei prazo para termos aposentados vendendo produtos para nós no banco. Quer gente melhor, que conhece melhor um produto do banco do que um aposentado? Vou criar tipo um correspondente bancário individual.

Qual o seu cenário de juros?

Estamos trabalhando com a Selic fechando em 7,5% no ano e se mantendo assim em 2018, podendo ter ligeira redução.

Vocês vão continuar alinhando as taxas ao comportamento da Selic?

A cada movimento da Selic temos feito o nosso repasse. Isso é um processo de competição. Se tiver linhas que já somos os mais baratos, eu não vou mudar. Quem foi o banco que mais baixou taxa de rotativo? Fomos nós.

Fonte: Money Times

BB diz que buscará rentabilidade compatível à dos privados

Publicado em: 09/12/2016


O presidente do Banco do Brasil, Paulo Rogério Caffarelli, reafirmou que o banco está comprometido em entregar rentabilidade compatível a dos bancos privados.

“Temos total capacidade de entregar retorno em patamar superior a 9%”, destacou ele, em reunião com analistas e investidores, na manhã desta sexta-feira, 2.

Como exemplo, Caffarelli citou a reestruturação anunciada recentemente pelo banco, que inclui fechamento de agência e programa de aposentadoria, e ainda a melhoria do retorno da sua carteira de crédito.

Segundo ele, o BB ainda tem operações com taxas mais baixas, mas que estão sendo elevadas no vencimento.

“A rentabilidade da nossa carteira de crédito está aquém do desejado. Trabalhamos para melhorar o retorno da nossa carteira”, garantiu o executivo.

Caffarelli afirmou ainda que a infraestrutura é um dos principais pontos para o Brasil retomar uma trajetória de crescimento. Lembrou que, somados, os projetos podem chegar a R$ 1,5 trilhão.

O executivo chamou atenção ainda para a oportunidade de o país ter mais participação no comércio internacional com a desvalorização do real e que a aprovação de um teto para os gastos públicos terá efeito positivo para o crescimento e no saneamento das contas públicas.

Fonte: http://exame.abril.com.br/negocios/bb-diz-que-buscara-rentabilidade-compativel-a-dos-privados/

Com reestruturação, BB pode economizar até R$ 3 bi em folha

Publicado em: 02/12/2016


O presidente do Banco do Brasil (BB), Paulo Caffarelli, afirmou nesta segunda-feira que a reestruturação anunciada ontem à noite pela instituição tem como objetivo prepará-la “para uma nova arena, uma nova realidade”. O banco tem como meta chegar a janeiro de 2019 com 9,5% de capital principal sob Basileia 3, frente aos 9,07% atuais.

As mudanças preveem o fechamento de 402 agências e a transformação de outras 379 em postos de atendimento, além do encerramento de 31 superintendências regionais. Após os ajustes, o número total de postos e agências cairá de 6.998 para 6.851 unidades. O enxugamento da estrutura administrativa significa cortar cerca de 9 mil vagas.

O BB também lançou um plano de aposentadoria antecipada com foco em um universo de 18 mil funcionários que já são beneficiários do INSS ou já cumprem os requisitos para aposentadorias do sistema público ou da Previ – o fundo de pensão dos empregados do BB. Caso haja a adesão integral, o custo chegará a R$ 2,7 bilhões.

O BB propôs pagar 12 salários a quem entrar no plano, podendo chegar a 15 salários dependendo do tempo de casa. Em programa semelhante no ano passado, o incentivo girava em torno de sete salários, lembrou Caffarelli. O período de adesão vai até 9 de dezembro.

“Temos a expectativa de que tenha uma adesão maior do que no ano passado”, disse o executivo, ressaltando se tratar de um convite. “Não estamos demitindo ninguém.”

Caffarelli lembrou que o BB tem um custo de cerca de R$ 3 bilhões em folha de pagamento, superior ao dos concorrentes.

Segundo ele, a economia a ser obtida no plano de aposentadoria depende do número de adesões. Se 5 mil funcionários entrarem no plano, a economia será de R$ 1,183 bilhões. Com 9 mil adesões, vai a R$ 2,130 bilhões. Se os 18 mil funcionários vislumbrados entrarem no programa, o banco economizará R$ 3,048 bilhões.

O executivo afirmou que ainda não tem estimativa de quanto pode economizar com a redução da jornada de trabalho para seis horas por dia para quem quiser adotar esse modelo.

“Ouso dizer que podemos acomodar tudo isso da melhor forma”, disse.

O vice-presidente de finanças e relações com investidores do BB, José Maurício Pereira Coelho, afirmou que o plano de aposentadorias antecipadas não deve ter impacto na Previ. Isso porque, segundo ele, a fundação já trabalha com a possibilidade de o funcionário se aposentar a partir de 50 anos de idade.

Eficiência 

“Quando se compara o resultado ajustado do Banco do Brasil com o dos nossos pares no primeiro semestre, temos um resultado aquém da média dos grandes bancos”, disse Caffarelli, em entrevista a jornalistas.

Segundo o executivo, o desafio é buscar a eficiência operacional por meio de uma série de medidas, incluindo corte de despesas. “Estamos trabalhando nesse sentido sem contar com nenhum tipo de aporte por meio do Tesouro”, afirmou.

Caffarelli disse que é um trabalho estrutural, voltado para dentro do banco. “Se quisermos continuar crescendo, temos que fazer uma adequação de capital.”

Embora o objetivo seja alcançar os 9,5% de capital principal em janeiro de 2019, Caffarelli disse que, em termos prudenciais, é preciso alcançar esse patamar já em julho do ano que vem.

O trabalho para a melhora da rentabilidade também passa pelos canais digitais que, segundo o presidente do banco, são uma forma eficiente de se relacionar com os clientes. Com a ajuda dos meios eletrônicos, afirmou o executivo, o BB tem conseguido um incremento dos negócios e um aumento de até 40% na rentabilidade individual dos clientes que os utilizam.

Fonte: http://www.valor.com.br/financas/4781969/com-aposentadoria-antecipada-bb-pode-economizar-ate-r-3-bi-em-folha

 

Com o olho na rentabilidade, BB descarta cortar juro logo

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Para tentar reverter o longo ciclo de queda da rentabilidade, o Banco do Brasil vai concentrar esforços nos próximos trimestres no controle de custos administrativos e na redução das despesas com provisões para calotes. Corte de juro, por enquanto, nem pensar.

“Não estamos satisfeitos com a rentabilidade que temos hoje”, disse nesta quinta-feira o diretor financeiro e de relações com investidores do banco, Maurício Coelho, ao comentar os resultados do terceiro trimestre.

Como resultado da decisão de anos atrás de atender o pedido do governo federal, seu controlador, de ampliar a oferta de crédito na fracassada tentativa de reanimar a economia, o BB tem agora enfrentado perdas crescentes com calotes.

Como resultado, a rentabilidade sobre o patrimônio, que mede como os bancos remuneram o capital do acionista, foi de 9,6 por cento no terceiro trimestre, queda de 4,6 pontos percentuais sobre mesma etapa do ano passado. Assim, o BB piorou pela segunda vez no ano a previsão de rentabilidade em 2016, de 9 a 12 por cento para 8 a 10 por cento.

“Nossa meta é nos aproximarmos de índices de rentabilidade mais próximos aos de nosso rivais privados”, disse Coelho, mas sem apontar quando isso poderá acontecer.

Para comparação, o índice do Bradesco no terceiro trimestre foi de 17,6 por cento, enquanto o do Itaú Unibanco chegou a 19,9 por cento.

Em relatórios, analistas, na maioria, consideraram o balanço do terceiro trimestre do BB construtivo, uma vez que a despesa com provisão para calotes já caiu em relação ao trimestre anterior, o que ajudou o lucro a ficar acima da previsão média.

“Os números do trimestre sugerem que o pior em termos de provisões ficou para trás”, escreveram os analistas Eduardo Nishio e Marcelo Atallah, do Brasil Plural.

Simultaneamente, o BB teve maiores margens com crédito, mesmo num período de contração dos empréstimos, significando que repassou aos tomadores taxas de juros mais altas.

E os executivos sinalizaram que esse rumo não será revertido tão cedo, mesmo com o início do ciclo de corte da taxa básica de juros pelo Banco Central no mês passado.

“Além da queda da Selic, é preciso uma melhora da percepção de risco”, disse Coelho a jornalistas durante apresentação dos resultados do BB referentes ao terceiro trimestre.

Em outubro, o BC cortou a Selic de 14,25 para 14 por cento ao ano, primeira redução em quatro anos.

De acordo com Coelho, a demanda por crédito seguirá fraca no último trimestre deste ano e os níveis de inadimplência do banco só vão parar de subir ao longo de 2017.

A despeito da ênfase declarada dos executivos do banco na melhora da rentabilidade e de uma recepção majoritariamente positiva de analistas, os investidores não mostram a mesma leitura. Num dia bastante negativo da bolsa paulista, às 17:28, a ação do BB caía 5,5 por cento, mais que a queda de 2,4 por cento do Ibovespa no mesmo horário.

Fonte: http://exame.abril.com.br/negocios/como-olho-na-rentabilidade-bb-descarta-cortar-juro-logo/

Patrimônio do fundo soberano quase dobra com ações do BB

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O patrimônio do Fundo Soberano do Brasil (FSB) praticamente dobrou devido à valorização ao longo deste ano das ações do Banco do Brasil que compõem a maior parte de sua carteira. A posição mais recente, relativa ao dia 9 de novembro, do patrimônio do FSB era de R$ 3 bilhões, ante R$ 1,6 bilhão no fim do ano passado. Mesmo com as quedas recentes, a ação do BB, que representa 95% do patrimônio do fundo, sobe mais de 66% neste ano.

O governo contabiliza R$ 2,4 bilhões de receitas com o FSB na proposta de orçamento de 2017, recurso que obterá com a venda desses papéis e a liquidação do fundo. O problema é que terá de tomar cuidado quando despejar as ações no mercado para que não haja uma desvalorização excessiva do patrimônio do fundo, o que, na prática, reduziria essa receita. O valor previsto no orçamento é ligeiramente inferior ao saldo que havia na carteira do fundo em agosto, quando a peça foi enviada ao Congresso Nacional.

A estratégia para a redução da carteira de ações ainda não está definida e o assunto é tratado com sigilo pelo Tesouro Nacional. Procurada, a instituição se limitou a dizer que “não se manifesta sobre estratégia de gestão de ativos precificados em mercado”. Uma fonte do governo disse que está se procurando uma alternativa que não gere impacto relevante nos preços das ações. Uma outra fonte disse que uma alternativa que chegou a ser discutida no Banco do Brasil, ainda no governo Dilma Rousseff, seria a venda em bloco dos papéis do BB a um grupo restrito de investidores, como forma de ter maior controle sobre o preço.

Em junho deste ano, a BBDTVM, responsável por gerenciar o Fundo Fiscal de Investimento e Estabilização (FFIE), o braço privado do FSB, fez, sem alarde, consulta à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para ter respaldo jurídico de que não precisaria seguir uma instrução do órgão regulador (Instrução CVM 286/98) que vale para entidades públicas e estabelece regras mais rígidas em operações de ativos, inclusive obrigando-as a seguir, em determinados casos, a lei de licitações.

“Em sua consulta, a BB manifesta o entendimento de que a Instrução 286, que dispõe sobre a alienação de ações de propriedade de pessoas jurídicas de direito público e de entidades controladas direta ou indiretamente pelo Poder Público, não seria aplicável ao FFIE, que possui natureza privada e cujos direito, bens e obrigações não se comunicam com os de seu cotista exclusivo, a União”, informa a ata da reunião do colegiado que discutiu o assunto e aceitou a tese da gestora.

A consulta tinha por objetivo obter uma garantia formal de que a gestora terá liberdade para agir com o fundo do governo como pode atuar com qualquer fundo privado. Com isso, a gestora pode, por exemplo, contratar um prestador de serviços para auxiliar nas diferentes modalidades de venda de ações que podem ser acionadas para ter o menor impacto no mercado, garantindo ao máximo o valor dos ativos. Michael Viriato, coordenador do laboratório de finanças do Insper, considera que, embora o FSB tenha a opção de vender as ações fora do mercado, esta alternativa não seria a melhor por ser menos transparente “No final do dia, o fundo é público.”

Para ele, o caminho é fazer um processo organizado e padronizado, passando pela bolsa, e em um modelo parecido com uma oferta primária ou secundária de ações. Viriato explica que, mesmo com o BB sendo uma empresa largamente conhecida, seria o caso de se contratar uma corretora para fazer “road show” e atrair investidores, explicando o potencial de valorização e ganhos com os papéis. Ele acredita que em um processo aberto e transparente pode até haver algum impacto de curtíssimo prazo no preço, mas que seria passageiro e corrigido à medida que as informações fossem sendo apresentadas ao mercado.

No ano passado, durante a gestão de Joaquim Levy no Ministério da Fazenda, o Tesouro mandou que o FFIE iniciasse a venda das ações do BB sem avisar o mercado. A operação, contudo, foi notada e teve que ser interrompida após a venda de R$ 134 milhões e os preços serem derrubados.

Fonte: http://www.valor.com.br/financas/4775147/patrimonio-do-fundo-soberano-quase-dobra-com-bb

Despesas do BB com provisão deve fechar 2016 perto do máximo

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O Banco do Brasil (BB) acredita que vai encerrar o ano com despesas de provisão para devedores duvidosos perto do topo da projeção apresentada pelo banco. O BB espera que as despesas de provisão representem entre 4% e 4,4% do portfólio classificado de crédito. Em nove meses até setembro, o indicador ficou em 4,4%.

“A tendência é ficar perto do topo do ‘guidance’ de provisão no fim deste ano”, disse nesta sexta-feira Bernardo Rothe, gerente-geral de relações com investidores, em teleconferência com analistas. Na opinião dele, parte disso é “efeito de denominador”, uma vez que há queda na carteira de crédito do banco.

“Para o ano que vem, há expectativa que a melhora gradual do risco de crédito se reflita em provisão, à medida que economia começar a melhorar”, disse.

Segundo Rothe, o banco público ainda vê espaço para continuar reprecificando sua carteira de crédito nos próximos trimestres, uma vez que cerca de metade do portfólio atual foi originada após 2015. Esse espaço de reprecificação continuará tendo efeitos positivos sobre a margem do banco, mas vai depender do nível de competição bancário, afirmou.

No que se refere às rendas com tarifas, Rothe acredita que a receita tende a ser mais robusta no quarto trimestre do que no terceiro. Segundo o executivo, o período de julho a setembro teve uma série de fatores atípicos sobre esse indicador, incluindo férias, Olimpíada e a greve dos bancários.

Renegociações

O banco público afirma que não seria surpreendente um aumento do volume de renegociações no próximo trimestre, depois da expressiva queda registrada entre julho e setembro. “O volume de renegociações deve seguir o fluxo da economia”, disse Rothe.

O executivo afirmou que, ao longo do tempo, com a recuperação da economia, a participação da carteira de renegociação no portfólio total de crédito do banco deve cair para próximo do patamar histórico.

Rothe também reforçou a expectativa de aumento gradual no índice de capital de melhor qualidade do banco. Segundo ele, os indicadores de capitalização vão continuar a melhorar com a queda da carteira de crédito do BB e a esperada melhora gradual dos resultados da instituição financeira.

Rentabilidade versus “market share”

Após ser questionado por analista sobre a estratégia da instituição, Rothe afirmou que o BB está focado em rentabilidade, não em aumentar a participação de mercado.

Na opinião dele, o comportamento da participação de mercado da instituição pública, que passou os últimos anos em alta, vai depender do comportamento da demanda. “Mesmo assim, o foco não é ‘share’ é rentabilidade”, disse.

Rothe voltou a afirmar que o banco espera melhora gradual da rentabilidade, com aumento de margens e de receitas com tarifas, ao mesmo tempo em que mantém custos sob controle. “Não vou dar uma visão de longo prazo, mas a nossa rentabilidade vai ter melhora gradual ao longo do tempo”, disse.

Sem novas agências

Caso perca o direito de usar o canal do Banco Postal, que reúne os postos dos Correios, o BB não pretende abrir novas agências. “Não há necessidade de abrir agências se não mantivermos esse canal”, disse Rothe.

Os bancos interessados têm até esta sexta-feira para entregar propostas aos Correios pelo canal. Rothe não quis comentar se o banco público entregaria uma proposta.

Os Correios irão abrir as propostas na segunda-feira.

Ontem, o presidente do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco Cappi, afirmou não ter interesse pelo canal. “Nós sempre analisamos o edital pra ter uma curva de aprendizado, mas isso não denota uma decisão de participar [do leilão]”, disse, a jornalistas. “Hoje nós temos uma franquia de distribuição q está em 100% dos municipios e o HSBC complementou a nossa rede.”

Fonte: http://www.valor.com.br/financas/4774139/bb-despesas-com-provisao-devem-fechar-2016-perto-do-maximo-previsto