Presidente do TJPE recebe dirigentes do Banco do Brasil e trata sobre precatórios

Publicado em: 25/05/2023

O presidente do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), desembargador Luiz Carlos de Barros Figueirêdo, recebeu, nesta segunda-feira (22-05), dirigentes do Banco do Brasil para tratar de precatórios.

Estiveram no Gabinete da Presidência do TJPE o diretor de Negócios com o Setor Público do BB, Márcio Antônio Chiumento; o gerente executivo de Governo, Scott Kartegeane Linhares Camelo; o superintendente Comercial Nordeste, Christiano José dos Santos Carvalho; o gerente de Soluções Governo DF, Sílvio César Cordioli, e o gerente geral BB Setor Público Pernambuco, Edilberto Passos.

Com o presidente do TJPE estavam o juiz assessor da Presidência Gleydson Lima, o secretário da Coordenadoria Geral de Precatórios, Maurício Rafael Santa Cruz, e o secretário de Finanças e Contabilidade, Liosvaldo Xavier Lopes de Souza.

Fonte: Tribunal de Justiça de Pernambuco

 

OAB/SC vai ao BB para tratar do atraso no pagamento de precatórios e RPVs

Publicado em: 26/09/2022

A OAB Santa Catarina esteve reunida com a Superintendência Estadual do Banco do Brasil para tratar do atraso no pagamento de precatórios e Requisições de Pequeno Valor (RPVs). O encontro teve como objetivo agilizar a liberação dos valores à advocacia, atendendo pedido de advogados e advogadas catarinenses que enfrentaram problemas referentes aos saques. A reunião com a instituição financeira foi realizada na manhã desta quarta-feira (21), em Florianópolis.

Conforme informado pela agência, os atrasos ocorreram em decorrência da necessidade de ajustar o cronograma de liberação dos valores, diante da alta demanda de precatórios e RPVs a serem pagos. A instituição iniciou com os valores menores e, atualmente, encontra-se em fase de normalizar o atraso.

“Estamos monitorando de perto a situação, por meio das nossas Comissões, para que a demora no pagamento não prejudique a advocacia e os cidadãos por ela representados”, ressaltou a presidente da OAB/SC, Cláudia Prudêncio.

A presidência da Seccional foi representada pelo presidente da Comissão de Direito Previdenciário (Regime Geral), Kisley Domingos, que foi recebido pelos gerentes Geral e de Relacionamento, respectivamente, Marcelo Andreola e Giovani Crippa.

Fonte: Assessoria de Comunicação da OAB/SC

 

Com acordo de R$ 3,1 bi, Previ abre fila de fundos que receberão precatórios

Publicado em: 07/04/2022

Maior fundo de pensão do País, o Previ, dos funcionários do Banco do Brasil, vai receber R$ 3,1 bilhões em títulos precatórios federais referentes a uma ação que se arrastava havia mais de 30 anos. Desde 1991, o fundo pedia na Justiça a revisão dos critérios de correção monetária das Obrigações do Fundo Nacional de Desenvolvimento (OFNDs).

O pagamento é fruto de um acordo assinado entre a Procuradoria Regional da União, com a chancela do Tesouro Nacional, e a Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar (Abrapp), que representa os fundos de pensão e foi a autora da ação. Outros fundos também serão beneficiados, como o Petros, que vai receber R$ 941 milhões.

O problema surgiu em 1989, no governo Collor, com o Plano Verão e a desindexação da economia, que estabeleceu uma nova ordem econômica e alterou o índice de correção de títulos em geral – inclusive das OFNDs. Em 1991, a Abrapp ingressou com a ação judicial para obter o recálculo de correção dos títulos pelo Índice de Preço ao Consumidor (IPC), mais usado naquela época.

Os precatórios federais serão incorporados ao patrimônio do Plano 1 da Previ, que apenas no ano passado pagou R$ 14 bilhões em benefícios.

Fonte: Estadão

ANABB elabora duas emendas à PEC dos Precatórios

Publicado em: 26/11/2021

A ANABB apresentou, por meio dos senadores Nelsinho Trad (PSD-MS) e Weverton (PDT-MA), duas emendas ao texto da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) nº 23/2021, a chamada PEC dos Precatórios, que altera o pagamento das dívidas (principalmente trabalhistas e previdenciárias) da União e modifica o Teto de Gastos Públicos. A PEC tramita atualmente na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado Federal.

“O objetivo da ANABB com a apresentação das Emendas nº 5 e nº 6, além de harmonizar o texto constitucional, é resguardar o montante das requisições de pequeno valor, deixando-as fora do teto de pagamentos dos precatórios. Sendo acatada essa proposta, o Estado assegurará a tutela dos credores mais necessitados e que respondem pelos menores valores dessas dívidas”, afirma a vice-presidente de Relações Institucionais da ANABB, Cecília Garcez.

Os precatórios são dívidas da União com pessoas físicas e jurídicas, incluindo estados e municípios que já foram reconhecidas pela Justiça e que não possuem mais possibilidade de interposição de recurso judicial. Muitas destas dívidas correspondem a ações transitadas em julgado nas áreas previdenciária e trabalhista e possuem valores reduzidos. É o pagamento dessas dívidas que o governo federal pretende postergar.

“A ANABB atua na defesa dos direitos dos funcionários do Banco do Brasil, adotando postura proativa junto aos parlamentares na tramitação da chamada PEC dos Precatórios. A Associação tem buscado diálogo com senadores dos diversos partidos, trabalho que resultou na apresentação das duas emendas. Queremos garantir o pagamento dos precatórios de menor valor, junto aos credores mais necessitados”, enfatiza o presidente da ANABB, Augusto Carvalho.

PLENÁRIO

A CCJ do Senado Federal analisará o mérito e a constitucionalidade da PEC dos Precatórios. Após a apresentação de parecer pelo relator Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), líder do governo na Casa, ocorrerão os debates sobre a proposta. A apresentação estava prevista para ocorrer na tarde desta terça (23). O texto precisa ser aprovado por maioria simples na Comissão para ser encaminhado a votação em plenário.

Assim como ocorreu na Câmara, a votação ocorrerá em dois turnos, sendo necessário maioria qualificada de 3/5 dos parlamentares (49 senadores) para a aprovação. Caso aprovada, a PEC dos Precatórios criará um espaço fiscal e uma brecha no teto de gastos da ordem de R$ 91,6 bilhões para o Governo Federal. A Instituição Fiscal Independente (IFI) do Senado Federal avalia que, se for mantido o texto aprovado na Câmara dos Deputados, a PEC dos Precatórios terá impacto negativo sobre a situação fiscal do país.

O Plenário do Senado Federal realizou uma sessão de debates sobre a PEC dos Precatórios nesta segunda (22). Representantes do Ministério da Economia defenderam a proposta que busca abrir espaço nas contas da União para pagamento, até o final de 2022, do Auxílio Brasil, benefício que, na intenção do governo, substituiria o Bolsa Família.

TEXTO

O texto original da PEC nº 23/2021, enviado pelo governo ao Legislativo, previa um teto para o pagamento de precatórios e parcelava o pagamento das dívidas com valor acima desse limite estabelecido. O texto aprovado em dois turnos na Câmara dos Deputados eliminou o parcelamento, mas estabeleceu um limite para pagamento de precatórios com base em cálculos retroativos a 2016.

Em relatório divulgado na última semana, a Instituição Fiscal Independente advertiu que, se aprovado na forma atual, a PEC nº 23/2021 poderá gerar um acúmulo de precatórios a pagar de mais de R$ 800 bilhões ao final de 2026. Situação essa que resultaria em insegurança jurídica e cujo passivo teria que ser pago pelos futuros governos, inviabilizando investimentos nas áreas sociais e em infraestrutura.

Em relação às modificações impostas ao Teto de Gastos Públicos, o relatório da IFI também destacou que “a mudança retroativa da forma de correção do teto de gastos seria, na prática, o fim da regra como foi concebida”, cujos “efeitos sobre o cenário macroeconômico já são sentidos” antes mesmo da votação da PEC pelo Plenário do Senado.

Fonte: Agência ANABB

OAB-ES e BB assinam convênio para liberar alvarás e precatórios digitais

Publicado em: 16/04/2020

A Ordem dos Advogados do Brasil- Seccional Espírito Santo (OAB-ES) celebrou um convênio de cooperação técnica com o Banco do Brasil para possibilitar o recebimento de alvarás judiciais, RPV e precatórios de forma digital. A ação visa facilitar o desenvolvimento do trabalho da advocacia durante a pandemia do Covid-19.

O Banco do Brasil pagará alvarás judiciais desde que remetidos, em formato PDF, pelos advogados à OAB-ES exclusivamente para o e-mail prerrogativaalvarabb@oabes.org.br . E somente a Ordem poderá enviar ao banco após conferência e com assinatura digital no padrão ICP-Brasil

Procedimentos

No alvará deverá conter assinatura digital, para que seja possível a conferência pelo banco no site do Tribunal, e a indicação expressa do nome e CPF do beneficiário ou do advogado legalmente habilitado a levantar os valores depositados judicialmente e os dados bancários para crédito com o número do banco, agência e tipo de conta (corrente ou poupança).

Juntamente com o alvará deverá ter uma cópia em formato PDF da carteira da OAB do advogado legalmente habilitado. O crédito será realizado especificamente para o beneficiário/advogado indicado no alvará, sendo vedado o crédito a terceiros. O valor será creditado em quatro dias, após o recebimento do e-mail pelo Banco.

Já as solicitações de resgate de depósitos judiciais e RPV’s devem vir acompanhados de formulário de Resgate indicando a conta judicial, os dados bancários para os quais devem ser destinados os valores sacados. O advogado deverá preencher no formulário um campo que é de responsabilidade cível e criminal do advogado, a veracidade das informações como conta bancária (Banco, agência, operação, conta), nome completo do titular da conta e número do CPF ou CNPJ.

Caso o beneficiário da RPV seja o cliente e a solicitação seja de crédito na conta do advogado, deverá ser apresentada uma procuração onde conste poderes para receber, na forma do Art. 105 do Código de Processo Civil cuja autenticidade é de responsabilidade exclusiva do advogado solicitante, que deverá exibir, ainda, a cópia da sua carteira da OAB.

Para quaisquer dúvidas e esclarecimentos, os advogados podem entrar em contato com o SOS Álvaras e Prerrogativas pelo número 99824-3742 de 8h às 18h.

Fonte: Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Espírito Santo

OAB-PE consegue liminar para BB pagar alvarás, RPVs e precatórios

Publicado em: 02/04/2020

A OAB-PE conseguiu, nesta segunda-feira (30), uma decisão liminar na 21ª Vara Federal em Pernambuco para obrigar o Banco do Brasil a processar e pagar alvarás, precatórios, Requisições de Pequeno Valor (RPVs) ou qualquer ordem judicial de pagamento. A decisão veio em uma ação civil pública ajuizada pela Ordem contra o banco para obrigá-lo a abrir um canal de atendimento eletrônico (não presencial) a estas demandas.

Na decisão, o Juízo Federal da 21ª vara determinou ao banco que “restabeleça os serviços de cumprimento de ordens judiciais de pagamento (alvarás, requisições de pequeno valor, precatórios e similares), mediante canal eletrônico adequado” em cinco dias úteis, sob pena de pagamento de multa diária de R$ 5 mil, “sem prejuízo das sanções por ato atentatório à dignidade da Justiça, a serem aplicadas à empresa e aos seus gestores, em caso de descumprimento”.

A liminar foi deferida no mesmo dia da propositura da ação, que é assinada pelo presidente da OAB-PE, Bruno Baptista, e pela equipe do departamento jurídico da Ordem pernambucana. O Banco do Brasil não havia aberto um canal eletrônico para atender estas demandas. Na decisão, há uma sugestão para que o banco adote a proposta da OAB-PE de formalizar um termo de cooperação técnica nos mesmos moldes do firmado com a Caixa Econômica Federal, para o processamento de alvarás, RPVs e precatórios por meio da Central de Alvarás Digital que a Ordem lançará esta semana.

Nesta Central, os advogados podem efetuar eletronicamente todo o processamento prévio de liberação das ordens de pagamento. Em seguida a OAB enviará os dados e a Caixa, se não houver pendências de documentos ou informações, fará o depósito na conta indicada pelo beneficiário, sem a necessidade de comparecer pessoalmente à agência bancária, somente utilizando o certificado digital do advogado.

Esta medida atende as normas das autoridades públicas, de evitar a disseminação do novo coronavírus (Covid-19). Mesmo assim, o Banco do Brasil recusou o acordo de cooperação técnica e ainda informou que não iria proceder com atendimentos presenciais sobre ordens judiciais de pagamento.

Na decisão judicial, ficou enfatizado que é injustificada a recusa do banco em adotar canais eletrônicos de atendimento e que o pagamento de ordens judiciais é atividade essencial.

“Foi uma grande vitória da OAB Pernambuco em prol da advocacia e da sociedade. Os alvarás, RPVs e precatórios possuem nítido caráter alimentar e é fundamental que esses recursos cheguem aos seus beneficiários, especialmente em um momento de tanta dificuldade”, afirma Bruno Baptista.

Fonte: OAB de Pernambuco

Governo reforça orçamento em R$ 3 bi em acordo com Caixa e BB

Publicado em: 26/10/2017


Depois de uma longa e difícil negociação, o governo fechou ontem um acordo com Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil (BB) para aumentar em cerca de R$ 3 bilhões as receitas do governo federal.

Valores devidos pela União em ações judiciais (precatórios) que não foram sacados há, pelo menos, dois anos, e que estavam bloqueados pela Justiça, serão liberados a partir de sexta-feira.

A liberação total, segundo apurou o ‘Estadão /Broadcast’, será de R$ 4,7 bilhões, mas parte desse valor já está na conta do governo.

As administrações da Caixa e do Banco do Brasil resistiam em repassar os recursos bloqueados temendo questionamentos futuros.

Depois de uma reunião de cerca de 40 minutos na Advocacia-Geral da União (AGU), representantes dos dois bancos concordaram em repassar para o Tesouro os recursos diante da garantia da União de se responsabilizar por qualquer ação judicial a respeito.

A ministra da AGU, Grace Mendonça, vai publicar uma orientação interna para que todos os advogados da União atuem em todos os casos ligados aos precatórios.

A Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) vai publicar um parecer reunindo avaliações jurídicas de todos os órgãos envolvidos e determinando a responsabilidade jurídica da União nos casos ligados aos precatórios.

Participaram da reunião, a ministra da AGU, o ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, e representantes do Tesouro, dos bancos, da PGFN e da Secretaria de Orçamento.

Mesmo com o reforço no caixa, o governo ainda não deve decidir por novas liberações no orçamento contingenciado. Somente no envio ao Congresso do ultimo relatório de receitas e despesas do Orçamento de 2017, em 22 de novembro, a equipe econômica tomará uma decisão a respeito.

Um eventual desbloqueio amplia automaticamente as emendas parlamentares impositivas – parte do Orçamento que obrigatoriamente é destinada a emendas apresentadas por parlamentares.

O acordo deu alívio ao Ministério do Planejamento, que pretende fazer um novo desbloqueio das despesas até o fim do ano. A liberação permite ampliar os gastos, mas também tira pressão sobre o Orçamento de 2018.

Paralelamente a essa decisão, o governo ainda busca aumentar receitas de última hora para compensar a perda de arrecadação com a retirada de Congonhas do programa de concessões. O governo contava com cerca de R$ 6 bilhões de receita com a concessão.
Orçamento

O governo ainda não definiu a data de apresentação da nova versão do Orçamento de 2018. A equipe econômica quer entregar a mensagem na sexta-feira,27, mas há possibilidade de o envio ficar para segunda ou até mesmo terça-feira, 31.

Um dos imbróglios em torno da apresentação da nova proposta é a forma de encaminhamento das medidas econômicas que irão elevar receitas e conter despesas no ano que vem.

A equipe econômica quer que elas sejam apresentadas como medidas provisórias (MPs), que têm vigência imediata.

Mas o Planalto quer evitar novos conflitos com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que já reclamou da quantidade excessiva de MPs do Executivo.

Por isso, a ala política do governo defende o envio por projetos de lei, que dependerão da boa vontade do Congresso em votar as propostas para só então entrarem em vigor e serem incluídas no Orçamento. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Fonte: Exame.com

Coluna do Aposentado: BB e Caixa vão informar listas com devolução

Publicado em: 27/07/2017


O Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal ficarão responsáveis por encaminhar aos tribunais regionais federais de todo o país as listagens com nomes das pessoas, entre elas aposentados e pensionistas do INSS, que ganharam ações judiciais há mais de dois anos e tiveram precatórios e Requisições de Pequeno Valor (RPVs) cancelados por não terem sacado os valores neste período nas agências das instituições financeiras. Os bancos terão que informar ainda os valores cancelados pela Lei 13.463/2017, que determinou a devolução para a União dos recursos que estão nas contas bancárias.

Precatórios são requisições de pagamento de dívidas de ações superiores a 60 salários mínimos (R$56.220). As RPVs quitam processos limitados a 60 mínimos de concessões e revisões de aposentadorias e pensões do INSS, entre outros.

Somente nos estados do Rio e do Espírito Santo, abrangidos pelo Tribunal Regional Federal da 2ª região, cerca de R$ 1,3 bilhão não foi sacado por 77,6 mil pessoas que ganharam processos judiciais contra a União há mais de dois anos. Em todo o país, são R$ 8,6 bilhões cancelados que beneficiam 493 mil pessoas.

Após ser aprovada pelo Congresso, a nova legislação foi sancionada em 6 de julho pelo presidente da República em exercício, senador Eunício Oliveira (PMDB-CE), e entrou em vigor no dia seguinte.

A decisão que determinou que o cumprimento da lei é de responsabilidade dos bancos foi tomada pelo Grupo de Precatórios do Conselho da Justiça Federal. O juiz federal Miguel Ângelo Lopes, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (Brasília), coordenou a reunião feita por meio de videoconferência.

Um novo encontro está marcado para 8 e 9 de agosto, desta vez com a presença dos juízes, na capital federal. Serão definidos os procedimentos que deverão ser adotados pelos tribunais para emissão das novas requisições de pagamento de quem teve os recursos retomados pela União e solicitou uma nova emissão de pagamento.

Segundo fonte da coluna, as instituições financeiras vão encaminhar aos tribunais também as listagens dos valores cancelados, referentes a cada jurisdicionado. As cortes darão publicidade às listas nos seus sites na internet e informarão aos respectivos juízos de primeiro grau, para emissão de novas requisições de pagamento, havendo interesse das partes. Será respeitada a ordem cronológica da expedição de novas requisições, bem como os valores que serão pagos estarão corrigidos desde a data do primeiro depósito.

VALOR MÉDIO

Levantamento feito pelo Tribunal Regional Federal da 2ª Região a pedido do DIA, mostra que as contas nos bancos têm valores médios de R$16 mil depositados. Segundo a Divisão de Precatórios do tribunal, a maior parte dos recursos foi liberada há menos de seis anos. Mas existem casos em que o juiz bateu o martelo há mais de dez anos e o beneficiário não retirou o dinheiro.

NOVO PEDIDO

O Ministério do Planejamento garante, no entanto, que não haverá perda de direitos de quem não retirou o dinheiro após a lei entrar em vigor. Segundo a pasta, se o precatório for cancelado, o beneficiário vai poder requerer um novo, voltando para o mesmo lugar na fila em que estava. O tribunal terá que informar que houve o cancelamento para que segurado possa fazer o pedido de novo.

Fonte: Jornal O Dia

Governo de Minas volta a acusar Banco do Brasil

Publicado em: 29/03/2017


A Ordem dos Advogados do Brasil em Minas Gerais (OAB-MG) informou que recebeu 700 reclamações de alvarás que não foram pagos aos cidadãos por causa do impasse entre o governo do estado e o Banco do Brasil (BB) referente aos depósitos judiciais. As queixas chegaram à Ouvidoria do Alvará Judicial, que foi criada no último dia 13. De acordo com a assessoria de imprensa da OAB-MG, o órgão deve fazer uma reunião esta semana para tratar sobre o assunto.

O objetivo da ouvidoria é estabelecer um canal para o contato imediato da entidade com o advogado que não consegue receber o alvará da Justiça mineira nas agências do BB. De acordo com a OAB, a decisão foi tomada por causa de transtornos criados pela negativa de pagamentos de alvarás da Justiça estadual, resultantes da disputa entre o Executivo mineiro e o BB sobre a sistemática para contabilizar e administrar as contas judiciais sob responsabilidade do banco.

A partir de levantamentos de informações, a seccional mineira levará todos os casos ao conhecimento do ministro Celso de Mello, no Supremo Tribunal Federal (STF), para que ele tenha uma dimensão da repercussão e da importância do problema e decida, em função disso, com a máxima urgência.

O problema do não pagamento e do não cumprimento às decisões judiciais começou em dezembro de 2016, quando o BB informou ao Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) e ao governo de Minas que não havia recursos disponíveis para os pagamentos de valores depositados em contas judiciais até o ano de 2015.

O Banco do Brasil alegou, em nota, que o fundo de reserva não tem o saldo necessário desde o fim do ano passado e diz que os pagamentos de alvarás voltarão à normalidade assim que houver recomposição. O bando ainda informou que está disponível para prestar os escalrecimentos à Justiça.

A Advocacia-Geral do Estado de Minas Gerais informou, também por meio de nota, que, na última sexta-feira (24), dos R$ 36 milhões aportados pelo estado para o pagamento dos alvarás, restavam R$ 20 milhões. Isso significa que o valor não foi utilizado pelo banco para fazer os pagamentos. A AGE também disse que estuda uma solução para problema o mais rápido possível.

TJMG

O TJMG notificou, no último dia 23, o governador do estado, Fernando Pimentel (PT), para a recomposição dos fundos para o pagamento dos alvarás judiciais. Isso é uma das várias ações do TJMG para resolver a questão entre o estado de Minas Gerais e o BB.

Ainda para auxiliar na solução do caso, o TJMG enviou, no dia 24 de fevereiro, correspondências para o Banco Central do Brasil e a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), responsáveis pela fiscalização dos serviços bancários no Brasil, para que as duas instituições também atuem na resolução do impasse.

A medida foi tomada diante da imprecisão dos dados contábeis apresentados pela instituição financeira. Além disso, o Judiciário mineiro encaminhou a questão ao conhecimento do Ministério Público Estadual, para as providências cabíveis.

Todas as ações foram comunicadas aos magistrados de todo o estado, que deverão decidir o que entenderem pertinente, no âmbito de sua jurisdição, nos termos da legislação vigente.

Entenda o caso

O governo de Minas e o Banco do Brasil não entram em um acordo definitivo sobre estas questões desde 2015, quando o governo sancionou uma Lei sobre o uso dos depósitos judiciais – valores referentes a pagamentos feitos em juízo, como as multas determinadas por juízes ou desembargadores.

A lei determina que os recursos dos depósitos judiciais sejam usados para atender a demanda da previdência social, no pagamento de precatórios e assistência judiciária e na amortização da dívida de Minas Gerais com a União. Na regra, ainda está previsto que o governo poderia usar 75% dos depósitos no primeiro ano de vigência e 70% nos anos consecutivos.

Em dezembro de 2016, o banco notificou o estado sobre a insuficiência de saldo no fundo de reserva, solicitando sua recomposição em 48 horas. O objetivo era garantir o pagamento dos valores dos resgates de depósitos judiciais.
O governo recorreu no Supremo Tribunal Federal (STF) contra o Banco do Brasil. No dia 10 de janeiro(,) a presidente do Supremo, ministra Cármen Lúcia, negou o pedido do governo de Minas para impedir o bloqueio de R$ 1,5 bilhão das contas estaduais. No despacho, Cármen Lúcia justificou que o bloqueio dos recursos está previsto no contrato assinado entre o BB e o governo mineiro para guardar os depósitos judiciais. Depois disso, o executivo estadual entrou com a ação na Justiça de Minas.

Fernando Pimentel garantiu no dia 27 de janeiro deste ano que existe dinheiro suficiente no Banco do Brasil para pagar os depósitos e que “o banco está usando de um artifício para não fazê-lo”. “Nós vamos contornar essa questão”, afirmou.

De acordo com o Banco do Brasil, o “Governo de Minas Gerais vem procurando o Poder Judiciário local com o fim de obter decisões visando ao não cumprimento de suas obrigações legais e contratuais”. A instituição ainda reafirma que o governo deve recompor o fundo de reserva, “conforme valores constantes da notificação encaminhada ao Estado e ao Tribunal de Justiça de Minas Gerais em dezembro de 2016”.

Fonte: G1