Maiores bancos fecham mais de 790 agências em um ano; BB lidera enxugamento

Publicado em: 19/11/2021

A divulgação dos resultados do terceiro trimestre dos quatro maiores bancos brasileiros trouxe novamente números que mostram o fechamento de agências físicas em detrimento da estratégia de digitalização das operações bancárias. Ao mesmo tempo, Bradesco, Santander, Itaú e Banco do Brasil apresentaram crescimento no número de empregados.

Com 3.977 agências em operação, o Banco do Brasil foi a instituição bancária que mais fechou portas de seus espaços físicos na comparação dos últimos 12 meses. Em relação ao fim do terceiro trimestre do ano passado, o banco estatal perdeu 393 agências físicas.

O número alcançado pelo Banco do Brasil é superior à soma do fechamento de agências dos três principais bancos privados que operam em território nacional. O Santander fechou as portas de 139 agências nos últimos 12 meses, enquanto o Bradesco encerrou as operações em 138 pontos. O Itaú teve 112 lojas fechadas.

“O Banco do Brasil vem executando um planejamento estratégico desde a gestão de André Brandão (ex-presidente do BB) para remodelar a operação e deixá-la mais enxuta, se aproximando do nível de eficiência das instituições privadas”, diz Guilherme Tiglia, sócio da Nord Research.

Por este motivo, o Banco do Brasil é o único que não aumentou sua base de funcionários entre os quatro grandes. Pelo contrário. O número de empregados diminuiu em quase 8% em relação aos últimos 12 meses com a extinção de mais de 7.000 postos de trabalho no período.

Ainda que os executivos das grandes redes bancárias não admitam, o fechamento das agências está ligado ao fato de que seus negócios estão cada vez mais digitais e acessíveis aos clientes onde quer que eles estejam, tornando a ida para as agências cada vez mais rara.

O Bradesco talvez seja o grande exemplo desta migração para as telinhas. De acordo com o banco, 98% das transações realizadas por seus clientes são realizadas pelos canais digitais disponibilizados pela instituição. No caso do Banco do Brasil, o percentual é um pouco menor: 90,7%.

No Itaú, os canais digitais já representam 61% das contratações de produtos ofertados pelo banco por pessoas físicas. O percentual registrado há um ano era de apenas 38%. Para continuar crescendo a aposta está no Iti. No último trimestre, o banco digital ganhou 2,2 milhões de clientes e ultrapassou a marca de 10 milhões. A previsão é encerrar o ano com 15 milhões de correntistas.

“Os bancos estão correndo para aumentar a eficiência ao eliminar pontos que não agregam tanto valor e já não funcionam da mesma forma como em outros tempos. As agências não vão sumir, mas o modelo está sendo adaptado para que exista uma integralização entre o canal físico e digital”, diz Tiglia.

O discurso oficial do Santander, que não revela o percentual de dependência dos canais digitais, é de relocalização. “Estamos eliminando lojas que se sobrepõem em grandes centros urbanos, quando há uma loja perto da outra”, disse Sergio Rial na divulgação dos resultados do banco. “Os centros das grandes cidades se movem e as pessoas não precisam de tantas agências no mesmo lugar.”

Menos agências, mais contratações

O fechamento de agências nos últimos meses e principalmente durante 2020, em que a pandemia tornou os espaços físicos quase inabitados contribuiu para que o setor bancário registrasse a extinção de 6.763 postos de trabalho nos últimos 12 meses encerrados em setembro deste ano e ancorados pelo último trimestre do ano passado, como mostram dados do Caged.

Os números ainda são preocupantes mesmo com uma melhora considerável do setor em relação a entradas e saídas de funcionários em 2021. Nos dados recortados apenas pelo acumulado do ano até setembro, o setor ficou no azul com 2.751 funcionários contratados.

Em uma rápida pesquisa no site do Santander, foi possível encontrar 352 vagas abertas no Brasil em 24 Estados brasileiros, com destaque para São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. Entre as vagas, há posições que vão desde gerentes de relacionamento e de negócios e serviços até contadores, profissionais e tecnologia da informação e especialistas no mercado financeiro.

Ainda que as vagas no Santander pareçam mais diversificadas, de acordo com Juliana França, gerente de bancário e serviços da Michael Page, a tendência é de que os bancos recorram cada vez mais à contratação de profissionais de tecnologia para apoiar seus negócios digitais.

“O Brasil é um dos países com o maior número de desbancarizados no mundo e, ao mesmo tempo, há cada vez mais pessoas com acesso a crédito graças a políticas como o open banking. É preciso ter quem atenda essas pessoas”, diz França.

Somente considerando os bancos digitais controlados pelas grandes instituições bancárias, o Digio, por exemplo, já conta com 49 posições em aberto em seu site. O next tem 15 anúncios para a contratação de profissionais de TI. No Iti, do Itaú, são 17 posições em aberto segundo o site do banco.

Fonte: Portal 6 Minutos

BB “reestrutura a reestruturação” para manter salários rebaixados e responsabilidades altas

Publicado em: 22/10/2021

Imaginem a seguinte situação: Agenor, responsável por administrar a tradicional Tratoria e Risttorante, decide submeter a empresa a uma reformulação, reduz o número de funcionários em algumas unidades, que passam a se chamar Lancherias. As Lancherias não possuem cozinheiros, por isso, os funcionários responsáveis pelo preparo da comida serão chapistas, com salários reduzidos. Seis meses depois, Agenor resolve re-reestruturar a empresa e torna as Lancherias em Cantinas, elevando os chapeiros a cozinheiros, mas mantém o mesmo salário do cargo anterior. Detalhe: durante todo esse processo o menu sempre foi o mesmo.

Essa história, em tom cômico, foi descrita por um funcionário do BB sobre a nova reestruturação anunciada pelo banco, nesta semana. A administração da empresa informou que irá transformar os postos de autoatendimento (PAAs) em “Lojas”, que voltarão a ter o status de agência.

Voltando um pouco no tempo, em janeiro deste ano, o BB anunciou um plano de reestruturação que vem resultando no fechamento de unidades e enxugamento do número de funcionárias e funcionários e sobrecarregando os que ficam. Nesse processo, algumas agências foram transformadas em PAAs, com gerentes de relacionamento subordinados a gerentes-gerais de agências maiores.

Agora, nesta semana, o banco anunciou que os PAAs serão elevados ao status de “Lojas”, os gerentes de relacionamento serão “promovidos” a gerentes gerais, com mais responsabilidades e riscos inerentes ao cargo, entretanto, sem aumento salarial efetivo.

“Com toda essa manobra, que vem ocorrendo desde janeiro, o banco conseguiu fazer uma ampla redução salarial, aumentando a responsabilidade do funcionário, com a possibilidade de ele ser descomissionado por ato de gestão”, alertou o representante da Federação dos Bancários da CUT do Estado de São Paulo (Fetec-CUT/SP) na Comissão de Empresa dos Funcionários do BB (CEBB), Getúlio Maciel.

“O gerente de relacionamento que hoje fica nesses postos [de autoatendimento], vai ser promovido, entre aspas, para ter muito mais responsabilidade, assinar pelo banco, ter procuração pelo banco e não ter ponto eletrônico e ganhar 170 reais a mais. Sendo que, em alguns casos, os gerentes vão ganhar menos. Com a criação do Performa, de outra reestruturação que o banco rebaixou os salários, todas as comissões tiveram o valor reduzido, mas, em muitos casos, os gerentes mantiveram o mesmo valor através de uma complementação da verba. Agora, no momento em que eles forem, entre aspas, promovidos, vão perder a complementação dessa verba”, explicou a representante da Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro de Minas Gerais (Fetrafi/MG) na CEBB, Luciana Bagno.

Em resumo, em alguns casos, gerentes de relacionamento que forem promovidos para gerente geral acabarão com os salários mais baixos. “Vale destacar ainda que, durante todo esse processo de reestruturação, os gerentes de relacionamento das PAAs sempre tiveram as mesmas responsabilidades, mas só poderiam ser descomissionados se tivessem três avaliações negativas, uma a cada semestre, por desempenho. Agora, eles poderão ser descomissionados por ato de gestão”, observou Getúlio Maciel.

“A cada nova reestruturação os funcionários do BB se sentem mais desvalorizados. Sempre com aumento da carga de trabalho e das responsabilidades e redução do salário. As reestruturações vão se sobrepondo, somando anomalias e, inevitavelmente, aumentando o passivo trabalhista do banco”, ponderou Luciana Bagno.

Banco de mercado

“No lançamento do balanço do último semestre, o vice-presidente de Gestão Financeira e de Relações com Investidores, José Ricardo Fagonde Forni, disse que uma das finalidades futuras da reestruturação seria a redução de despesas, principalmente no que tange às despesas administrativas e de pessoal. Então, essas reestruturações visam diminuir salários para apresentar um balanço melhor à custa dos funcionários, numa ótica que privilegia os acionistas em detrimento da qualidade de atendimento e responsabilidade social”, destacou o coordenador da CEBB, João Fukunaga.

A CEBB procurou o banco para mais esclarecimentos sobre a nova reestruturação. “Estamos preocupados com o impacto dessas alterações, em tão pouco tempo e da forma como estão acontecendo, na vida dos funcionários. Se o banco quer fazer mudanças que correspondam às necessidades do mercado, precisa considerar que tanto o mercado como a empresa são formados por pessoas reais que não podem ser simplesmente movimentadas, como se fossem peças de um tabuleiro”, concluiu Fukunaga.

Fonte: Contraf-CUT

 

BB transforma postos de atendimento em loja, afirma sindicato

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Como parte do processo de sua reestruturação, a direção do Banco do Brasil está transformando os PAAs (Posto de Atendimento Avançado) em lojas autônomas, sem vínculo com as agências madrinhas, como aponta o Sindicato dos Bancários da Bahia. Com a mudança, o gerente de relacionamento, que era o responsável pelas unidades, será nomeado como gerente geral, mas sem receber o valor correto pela função.

O BB tem no total 992 PAAs que atendem, na grande maioria, cidades pequenas, no interior do país. São municípios sem agência do banco. Os postos eram vinculados às unidades maiores, que davam suporte necessário para o atendimento. Mas, a partir da mudança, toda decisão será tomada no próprio PAA, sem vínculo com a agência mãe.

A alteração imposta pela direção da empresa, sem nenhum diálogo ou negociação com os trabalhadores, obriga os atuais gerentes de relacionamento a assumirem o novo cargo com apenas o acréscimo de R$ 132,00 no salário. Ou seja, por apenas R$ 6,00 ao dia, os trabalhadores vão assumir a função de gerente geral. Um valor desproporcional do que realmente ganha a função.

Para piorar, o trabalhador que não quiser assumir o cargo imposto pelo BB, perde a função e também a comissão, porque nos postos de atendimento não terão nenhum outro gerente. Consequentemente, o funcionário entrará no VCP (Vantagem de Caráter Pessoal) e se tornará escriturário.

Assim que informada da reestruturação, o Sindicato dos Bancários da Bahia debateu, no dia 20 de outubro, o assunto na Comissão de Empresas do BB, para cobrar explicações, mas o banco somente afirma que irá implantar o sistema, ignorando a desproporcionalidade da função com o aumento proposto. O Sindicato disse que não aceitará  que os funcionários trabalhem mais sem a devida remuneração e continuará denunciando a atitude abusiva do Banco do Brasil.

Fonte: Sindicato dos Bancários da Bahia

Banco do Brasil supera meta e fecha 391 agências em todo o país

Publicado em: 13/08/2021

Depois de manter o plano de demissão voluntária e o de fechamento de agências que deu início à saída de seu antecessor, o atual presidente do Banco do Brasil, Fausto Ribeiro, afirmou que a expectativa é de continuidade da revisão de sua rede de pontos de atendimento no segundo semestre deste ano.

Só o número de agências fechadas no banco no primeiro semestre alcançou 391 unidades – mais que o triplo das 112 agências previstas pelo plano do agora ex-presidente do BB André Brandão anunciado no início deste ano.

No total, o BB reduziu sua rede própria para 11.768 pontos de atendimento, uma redução de 10,8% em relação a igual período de 2020. O quadro de funcionários do banco também diminuiu no período para 85.518 trabalhadores – uma redução de 7,5%.

Os números superam o plano de reestruturação anunciado pelo ex-presidente da instituição André Brandão em janeiro deste ano – e que foi o impulsionador da saída de Brandão da gestão do banco, em março.

O enxugamento inicial previa uma otimização de 870 pontos de atendimento. Essa otimização incluía o fechamento de unidades, a transformação de agências tradicionais em modelos mais enxutos e a criação de estruturas especializadas.

Desse total, 361 unidades deveriam ser desativadas no primeiro semestre – entre agências, postos de atendimento e escritórios.

Segundo o atual presidente do BB, Fausto Ribeiro, a continuidade à reorganização proposta por Brandão aconteceu porque o plano já havia sido aprovado pelo conselho administrativo e passado por todo o processo de governança corporativa do banco.

“No caso das agências a decisão já tinha sido tomada e a maior parte delas estava em fase final de desmonte e de desativação. O que fizemos basicamente foi dar continuidade às decisões que estavam sendo tomadas”, disse.

A estratégia de remodelagem da rede de pontos de atendimento do Banco do Brasil surgiu como uma tentativa de reduzir custos.

O movimento, segundo Ribeiro, continua para o segundo semestre. “A nossa rede de agências é dinâmica e requer acompanhamento e remodelagem periódicos. É o cliente que determina seus terminais de atendimento e a frequência em que os usa”, disse. “A revisão é constante e o trabalho, permanente. Estamos sempre atentos para manter nossos pontos economicamente viáveis”.

Os executivos do banco afirmam, ainda, que apesar do fechamento de agências, essa reorganização estrutural também prevê investimentos para os próximos meses.

Segundo o vice-presidente de negócios de varejo, Carlos Motta dos Santos, a instituição já abriu mais de 70 agências especializadas e mais de 120 Lojas BB+ (unidades sem guichê de caixa, voltadas para assessoria e relacionamento com clientes).

“Também fizemos um investimento significativo em escritórios. Isso é representativo. Essa reorganização vem como um cumprimento de uma decisão tomada na gestão anterior, mas ela é viva e dinâmica e também prevê que alguns pontos tenham estrutura menor e outros (pontos) tenham mais eficiência”, afirmou.

O conjunto de medidas anunciado em janeiro por André Brandão foi motivo de desavenças entre o executivo e o presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

Segundo auxiliares do Palácio do Planalto afirmaram à reportagem na época, Bolsonaro teria se irritado com o plano de enxugamento e chegou a cogitar a demissão de Brandão -o que não aconteceu por conta de uma intervenção que o ministro da Economia, Paulo Guedes, teria feito.

Em fevereiro, na divulgação de resultados do quarto trimestre de 2020 do banco, Brandão chegou a afirmar que as desavenças teriam sido apenas um problema de comunicação dos planos ao presidente e que, diante do anúncio, era natural que Bolsonaro se preocupasse em como o banco concretizaria esse plano de eficiência.

O clima de desânimo continuou e, em março, Brandão renunciou ao cargo de presidente do BB. Fausto Ribeiro, então presidente da BB Consórcios, foi indicado em seu lugar.

No segundo trimestre deste ano o banco reportou lucro de R$ 5,039 bilhões – aumento de 52,2% em relação a igual período de 2020. O resultado foi puxado pela redução de 49,8% nas reservas contra calotes e pelo aumento da carteira de crédito no período.

Fonte: Folha Press

Após cortes, BB estuda nova vice-presidência e volta a desenho pré-liberais

Publicado em: 16/07/2021

O Banco do Brasil avança em estudos para criar uma nova vice-presidência, apurou o Broadcast com quatro fontes a par do assunto. O plano é parte das mudanças recém-anunciadas e que diminuem em três o número total de diretorias. Por outro lado, a atual gestão, sob o comando de Fausto Ribeiro, ao engordar a alta cúpula do banco, caminha para retomar a estrutura prévia à chegada dos liberais, que assumiram com o discurso de redução da máquina pública.

Atualmente, o BB tem oito vice-presidências. Uma delas já foi recriada pela atual gestão. Com mais uma, o número total de vice-presidências do BB subirá a nove. A estrutura é maior do que a de grandes rivais privados, mas ainda mais enxuta que a de outro público, a Caixa Econômica Federal – com 12 vice-presidências.

A ideia em estudo, de acordo com uma fonte, que falou sob a condição de anonimato, é criar uma vice-presidência com foco em negócios. O modelo não é novo. A estrutura existia até o governo do ex-presidente Michel Temer. Com a chegada dos liberais de Jair Bolsonaro, a área, porém, foi eliminada e integrada à vice-presidência de tecnologia sob a justificativa de maior eficiência. O movimento ocorreu na gestão do economista Rubem Novaes e foi mantido por seu sucessor, André Brandão.

A leitura da atual administração, porém, é a de que o movimento não surtiu efeito. Ao contrário. Com a eliminação da vice-presidência voltada a negócios, perdeu-se o foco em uma área considerada “crítica” para o desenho de processos com o cliente no centro.

Assim, a gestão de Ribeiro estuda voltar ao que era antes. A condição, entretanto, é um corte de custos prévio afim de evitar o aumento de despesas do banco. Mudanças, inclusive, já começam a aparecer. Na semana passada, o BB anunciou uma adequação na sua estrutura organizacional com a integração de unidades e diretorias, e, respectivamente, corte de despesas.

Sem custos

O movimento é tido como uma preparação de terreno para suportar mais uma vice-presidência. Dessa maneira, a estrutura é recriada sem o aumento de gastos em um momento que a maior concorrência e a revolução tecnológica exigem mais eficiência por parte dos pesos pesados do setor financeiro.

Na prática, a alta cúpula do BB cresce. Entretanto, a estrutura abaixo não acompanha o movimento. O novo presidente do BB tem dito a pessoas próximas que para que outra vice-presidência seja criada, a “conta precisa ser paga”. Nesse sentido, teria orientado uma passada de tesoura antes de engordar a alta cúpula do conglomerado.

Nos bastidores do banco, em Brasília, a movimentação chama a atenção. Os ajustes organizacionais anunciados na semana passada confirmaram o que ainda era especulação nos corredores: de que uma nova vice-presidência está a caminho. Um funcionário, que prefere não ser mencionado, diz que o assunto gerou elevado “estresse” na organização e que as mudanças na estrutura não são “coincidência”. “As contas têm que fechar. Para criar uma vice-presidência, outras estruturas são cortadas”, diz.

Em paralelo, uma bolsa de apostas começa a se formar no BB quanto ao futuro dono do posto. Dentre os palpites, está a atual diretora de clientes pessoas físicas do banco, Carla Nesi. Próxima a Ribeiro, seu nome vira e mexe surge como uma opção para voos maiores no banco. Uma fonte diz, porém, que o que há são apenas “chutes” e que ainda é cedo para o martelo ser batido.

Apesar de mudanças já estarem em andamento, a expectativa nos corredores do BB é de que a nova vice-presidência não saia do papel tão já. Fontes dizem que, apesar dos estudos terem avançado, ainda deve levar alguns meses para ser colocada em prática, podendo, assim, ficar para o fim de 2022.

Procurado, o BB não comentou o assunto.

Fonte: Estadão

Presidente do Banco do Brasil manda acelerar fechamento de agências

Publicado em: 11/02/2021

Depois do sucesso nos planos de demissão voluntária — 5.533 funcionários aderiram aos programas, que pagarão até R$ 450 mil de indenização —, o presidente do Banco do Brasil, André Brandão, vai acelerar o processo de fechamento de 361 pontos de atendimento, sendo 112 agências.

A meta é encerrar todo o processo de reestruturação até junho, para que os resultados já apareçam no balanço do Banco do Brasil no segundo semestre. Por sinal, o BB apresenta, nesta quinta-feira (11/02), as demonstrações financeiras de 2020. Bradesco, Itaú Unibanco e Santander registraram lucros menores do que em 2019.

Pelos planejamentos do Banco do Brasil, a economia com as demissões voluntárias — o custo do programa será apresentado com o balanço de 2020 — e com o fechamento de postos de atendimento será superior a R$ 300 milhões neste ano e de R$ 2,7 bilhões até 2025.

Brandão não quer fazer muito barulho em cima do programa de reestruturação, pois quase perdeu o cargo porque políticos foram pedir ao presidente Jair Bolsonaro que o BB suspendesse o fechamento de agências. O presidente da República ameaçou o subordinado de demissão.

Poder ficou na língua

O chefe do Executivo, no entanto, jogou para a plateia. Todo o processo de ajuste do Banco do Brasil foi acertado com o ministro da Economia, Paulo Guedes, e passou pelo crivo do Palácio do Planalto. O poder de Bolsonaro ficou só na língua.

O Banco do Brasil justifica que a reestruturação é urgente, para se tornar mais competitivo e enfrentar novos concorrentes, como as fintechs e os bancos digitais, que vêm apresentando crescimento espetacular.

A estrutura atual do BB é considerada inchada e incompatível com as de seus principais concorrentes, que, por terem controle privado, têm mais agilidade na tomada de decisões. O Banco do Brasil enfrenta uma série de burocracia da máquina estatal.

Fonte: Blog do Correio Braziliense

 

Banco do Brasil deve fechar oito agências no Ceará, diz sindicato

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O Banco do Brasil (BB) deve fechar oito agências no Ceará e transformar outras cinco em postos de atendimento, segundo informações do Sindicato dos Bancários do Ceará (SEEB). As medidas fazem parte do plano de reestruturação do banco anunciado em janeiro, mas o BB não confirma quantas e quais agências devem ser afetadas no Estado.

De acordo com o presidente do sindicato, Carlos Eduardo Bezerra, serão fechadas as seguintes agências:
Fortaleza (Aerolândia, Parquelândia e Av. Barão de Studart) e Região Metropolitana de Fortaleza e interior (Juaci Sampaio, Santana do Cariri, Alto Santo, São João do Jaguaribe e Itaiçaba).

As agências do Cambeba (Fortaleza), Orós, Aiuaba, Catarina e Irauçuba devem virar postos de atendimento, conforme o Sindicato. “Está faltando muita transparência do Banco do Brasil. Eles não deram nenhum detalhe. Mas um levantamento feito pelo próprio sindicato está denunciando o fechamento dessas agências. Funcionários já relataram que foram retirados de suas funções originais e constam agora no quadro como excesso”, explica Bezerra.

Ele detalha que as pessoas enquadradas como excesso não têm um destino certo, podendo ser transferidas para qualquer outra cidade e estado.

O projeto de reestruturação prevê fechamento de 112 agências no Brasil. Na segunda-feira (8), o BB comunicou que mais de 5,5 mil funcionários já aderiram aos programas de desligamento voluntário da empresa no País, lançados em janeiro.

De acordo com o Sindicato, ao todo, as medidas devem afetar 150 mil pessoas, entre clientes e população em geral nessas localidades.

Procurado, o Banco do Brasil informou, por meio de nota, que comunicou prontamente os sindicatos da reestruturação e “colocou-se à disposição das entidades sindicais para prestar os esclarecimentos necessários”. No entanto, o banco não se pronunciou sobre quantas e quais agências no Ceará serão afetadas. A instituição também ressalta que os clientes serão comunicados com antecedência sobre qualquer mudança.

O BB justifica as modificações com base no “aumento do comportamento digital de seus clientes”. Segundo o banco, desde 2016, vem havendo “significativa redução nas transações em guichês de caixa (-42%), enquanto o uso do mobile praticamente dobrou no mesmo período e já responde por 86% das transações, junto com o internet banking”.

Fonte: Diário do Nordeste

 

Justiça proíbe BB de fechar agências e demitir funcionários até fim da pandemia

Publicado em: 04/02/2021

A Justiça do Maranhão determinou por meio de liminar a suspensão do fechamento das agências do Banco do Brasil em todo o país. A decisão foi proferida nesta quarta-feira (3) pela Vara de Interesses Difusos e Coletivos de São Luís depois de uma ação movida pelo Sindicato dos Bancários do Maranhão (SEEB-MA).

A organização trabalhista acionou a justiça depois do anúncio do banco, no último dia 11, sobre a decisão de implementar o PDV (Plano de Demissão Voluntária), que tinha como objetivo promover a demissão de 5 mil funcionários e o fechamento de 361 unidades, entre elas, 112 agências, 7 escritórios e 242 postos de atendimento.

Na ação civil pública que ajuizou, o sindicato maranhense alegou prática abusiva do banco baseado na alteração unilateral do contrato firmado entre a instituição e os consumidores. Segundo a entidade, “o fechamento de agências e a redução de postos de atendimento, na atual circunstância de pandemia da Covid-19, aumentará o fluxo de pessoas nas unidades dos bancos, gerando aglomeração”.

Na decisão, o juiz Douglas de Melo Martins, titular da Vara de Interesses Difusos e Coletivos da de São Luís, exigiu que o banco mantenha aberta todas as unidades do país “enquanto perdurarem as medidas para enfrentamento da emergência de saúde pública de importância nacional de que trata a Lei nº 13.979/2020”, que vigorará até que seja decretado o fim do estado de emergência internacional, declarado pela Organização Mundial da Saúde.

O Banco do Brasil tem 15 dias para recorrer da decisão.

Fonte: CNN Brasil

Banco do Brasil segura dez diretores seniores ante ofensiva de rivais

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O Banco do Brasil conseguiu segurar ao menos dez diretores que estavam com o pé na aposentadoria, apurou a Coluna do Estadão. Trata-se de uma ofensiva da atual gestão para reter profissionais que já atingiram a idade de deixar o banco. A ação ocorre em meio à debandada de funcionários do alto escalão do BB nos últimos anos – com destino à iniciativa privada -, em um ambiente de forte concorrência no setor financeiro e ainda às vésperas da adoção de um programa de demissão voluntária (PDV) no conglomerado.

Batizado de ‘plano de incentivo a diretores’, a iniciativa terá validade somente até 2027, com o objetivo de segurar nomes mais seniores e que estavam prestes a deixar o BB por conta da aposentadoria. Com o plano, esses diretores podem se aposentar, mas seguem trabalhando no banco. Antes, esse era um benefício restrito a vice-presidentes da casa e que foi estendido ao escalão abaixo, em meio ao forte assédio dos concorrentes privados ao quadro do banco público.

O plano tem como meta reter em torno de 15 executivos prestes a se aposentarem. É praticamente metade do total de diretores do banco. Boa parte da ação já foi concluída, com cerca de dez adesões. Dentre elas, estão nomes como o de Edson Rogério da Costa, de meios de pagamentos e que lida com o sócio Bradesco em negócios como Elo e Cielo. Além dele, estão o diretor de empréstimos e financiamentos, Marco Túlio de Oliveira Mendonça, e o diretor de Gestão de Pessoas, José Avelar Matias Lopes, dentre outros. Procurado, o BB não comentou.

Fonte: Estadão

 

Bolsonaro diz que BB precisa ter “lado social”, mas nega interferência no banco

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Mais de 10 dias depois de uma crise que quase levou à demissão do presidente do Banco do Brasil, André Brandão, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou que a instituição precisa ter também “um lado social”, numa crítica indireta ao programa de enxugamento capitaneado pelo executivo. Apesar da fala, Bolsonaro disse que não interfere em decisões do banco.

Em meados de janeiro, o presidente chegou a determinar a demissão de Brandão após a repercussão negativa entre parlamentares do plano de reestruturação do banco, que inclui um programa de demissão voluntária e o fechamento de agências. “No Banco do Brasil eu [governo federal] sou o maior acionista, não sabia que era tão rico assim. Agora, decisão, eu tenho que tomar conhecimento. Tem liberdade para trabalhar, mas tenho que tomar conhecimento. Não posso saber de certas decisões, de qualquer órgão, qualquer ministério, pela mídia. Não posso saber, isso já foi conversado com todos os ministros. Eu não posso ser o último a saber. Negativo”, declarou o presidente neste sábado (30) ao deixar uma concessionária de motos em Brasília.

“A Caixa Econômica tem seu lado social muito forte. O Banco do Brasil também tem o seu lado social. Você pega uma agência no interior do Brasil, [numa cidade que] tem 3.000 habitantes, só tem um Banco do Brasil lá. Então não é lucrativo, muitas vezes não é. Então você tem que ter o lado social no tocante a isso também. Agora o enxugamento que eles querem fazer é no mundo também”, acrescentou o presidente.

À época da crise, interlocutores de Bolsonaro disseram que o ministro Paulo Guedes (Economia) e o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, conseguiram convencer Bolsonaro a preservar Brandão à frente da instituição.
Pessoas que acompanham o tema afirmaram ainda que reestruturação do banco será mantida, sem mudanças no plano de demissão voluntária.

Ajustes devem ser feitos apenas na parte do pacote que prevê o fechamento de agências, o que causou maior desagrado entre parlamentares. Segundo relatos, é possível que haja uma revisão de parte das unidades que seriam fechadas, com substituição por outras.

“Olha só, eu não interfiro. Deixar claro, estão loucos para meter um processo em cima de mim por interferência. Eu não interfiro. Agora, qualquer ministro, qualquer presidente de banco, qualquer presidente de estatal, eu que ponho e eu que demito. E não tenho que dar satisfação para ninguém, porque isso recebi do povo para trabalhar dessa maneira”, disse.

Segundo plano apresentado pelo Banco do Brasil, a estatal cortaria 5 mil funcionários em um plano de desligamento voluntário e fecharia 361 unidades de atendimento, sendo 112 agências. O objetivo é readequar a rede ao perfil mais online dos clientes.

Em 2020, o BB fechou mais de 200 agências em um caminho semelhante ao adotado pelos concorrentes privados. No ano passado, Santander (SANB11), Bradesco (BBDC4) e Itaú (ITUB4) fecharam cerca de mil agências, com demissão de 11 mil funcionários.

Bolsonaro, contudo, reclamou de não ter sido comunicado previamente sobre o plano e diz que ficou sabendo do enxugamento pela imprensa. Para ele, o Banco do Brasil precisa olhar o lado social.

“Você pega uma agência no interior do Brasil que tem 3 mil habitantes e só tem um Banco do Brasil lá. Muitas vezes não é lucrativo, então você tem que ter o lado social”, disse.

Fonte: Diário de Cuiabá com Suno Research

 

Reestruturação: sindicato cobra do Banco do Brasil realocação de bancários em SP

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Dirigentes do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região reuniram-se com representantes do Banco do Brasil para cobrar a relocação sem perda de comissão dos funcionários em excesso das agências e escritórios digitais que estão sendo extintos por conta da nova reestruturação que está sendo promovida pela direção da empresa.

A reunião foi realizada virtualmente na terça-feira 2, com integrantes da Gepes (Gestão de Pessoas), e das Superintendências de São Paulo PJ; PF (Estilo/Exclusivo); e Especializada (Varejo).

Os representantes do banco informaram que os funcionários subordinados às superintendência PJ, PF e Varejo já estão sendo realocados, sem perda de comissão, mas ainda falta equacionar algumas vagas de gerentes de conta dos escritórios digitais.

“É importante frisar que, mesmo em meio às adversidades causadas pela pandemia, estes colegas evidenciaram todo seu esforço e profissionalismo por meio do atingimento dos resultados. Por esta razão o banco tem o dever de os acolher, sem perda de comissão”, afirma a dirigente sindical e bancária do Banco do Brasil Adriana Ferreira.
Contra a discriminação de gênero

O Sindicato levantou a preocupação com as bancárias que, devido à especificidade de dupla jornada e de estarem em home office, correm mais risco de serem discriminadas nas escolhas de descomissionamento.

“Bancárias com filhos, chefes de família, ou que detêm a maior responsabilidade com a família e a casa poderiam ser preferidas e afastadas das possibilidades de comissionamento”, sugere Adriana, enfatizando que o banco se comprometeu a fazer tudo o que se está ao alcance pra que todos os trabalhadores mantenham comissão e sejam alocados adequamente.

“Estamos acompanhando a questão e vamos continuar cobrando do banco medidas para solucionar a situação destas trabalhadores”, afirma a dirigente

Os funcionários que estiverem com problemas relacionados à realocação devem entrar em contato com Sindicato, por meio de um dirigente sindical ou pelos canais da entidade, para relatar o problema. O sigilo é absoluto.

Fonte: Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região

 

Banco do Brasil mantém reestruturação, com PDV e fechamento de agências

Publicado em: 29/01/2021

O Banco do Brasil (BB) decidiu manter o plano de reestruturação que prevê o fechamento de 361 unidades de atendimento e o desligamento voluntário de até 5 mil funcionários, apesar de a repercussão negativa do projeto quase ter custado a demissão do presidente do banco, André Brandão.

A manutenção do plano foi confirmada pelo Conselho de Admnistração do BB, em reunião extraordinária realizada realizada nesta semana, após os ruídos sobre a demissão de Brandão terem diminuído. Na ocasião, os conselheiros do BB confirmaram a permanência do executivo no comando do banco e negaram quaisquer revisões no plano de reestruturação, que será executado ao longo deste semestre.

O plano de reestruturação do BB foi anunciado no início do mês e irritou o presidente Jair Bolsonaro. Incomodado com a repercussão negativa do projeto de enxugamento da rede de agências do BB, Bolsonaro chegou a pedir a demissão de André Brandão. Porém, o executivo foi mantido no cargo depois que o ministro da Economia, Paulo Guedes, e o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, alertaram o presidente da República de que a ameaça de demissão foi interpretada pelo mercado como uma interferência política no BB.

Com a manutenção de Brandão, chegou-se a cogitar uma revisão no plano de reestruturação do BB. Porém, a ata da última reunião do Conselho de Administração do BB descarta essa possibilidade, negando “qualquer espécie de interferência do acionista controlador na execução das medidas de eficiência anunciadas, que seguem sendo executadas exatamente como aprovada” e dizendo que as notícias sobre a demissão de Brandão não passaram de “graves especulações”.

O documento acrescenta que os conselheiros não aceitariam interferências políticas no banco. E explica que, em respeito à Lei das Sociedades por Ações e à Lei das Estatais, “não seria admitido a estes conselheiros anuir com qualquer prática que porventura viesse a ser adotada contrariamente aos melhores interesses da companhia e de seus acionistas”.

“Os conselheiros aqui signatários reiteram seu compromisso com as melhores práticas de governança corporativa, com a estrita observância de suas atribuições estatutárias e de seu dever de diligência, lealdade e defesa dos interesses da companhia”, ressalta a ata. “A reação dos agentes de mercado às referidas especulações noticiosas, que provocou significativa desvalorização dos preços das ações do BB, evidencia o que se espera da administração da companhia: adoção de contínuas medidas em busca de maior eficiência e permanente austeridade, com o condão de lhe conferir adequada competitividade e resultados sustentáveis ao longo do tempo, sobretudo no atual ambiente de negócios de crescente competição, complexidade, volatilidade e transformação tecnológica”, acrescenta.

O comunicado também lembra que o programa de reestruturação foi aprovado ainda em 2019 pelo conselho e está “alinhado às melhores práticas de mercado”. E destaca que, como mostrou o Correio, “a aprovação dos programas cumpriu toda governança da companhia, tendo transitado, inclusive, pela Secretaria de Coordenação e Governança das Estatais (Sest) do Ministério da Economia, conforme normas vigentes”.

A manifestação sobre a manutenção de Brandão e do plano de reestruturação foi assinada por cinco dos oito conselheiros do BB. Assinaram o documentos os conselheiros indicados pelo Ministério da Economia – Hélio Lima Magalhães, que é presidente do Conselho de Administração; Fabio Augusto Cantizani Barbosa e José Guimarães Monforte – e também os membros do Conselho que foram eleitos pelos acionistas minoritários do BB – Luiz Serafim Spinola Santos e Paulo Roberto Evangelista de Lima.

Por outro lado, não assinam o comunidado o próprio André Brandão, presidente do BB; o secretário especial da Fazenda do Ministério da Economia, Waldery Rodrigues, que também já foi ameaçado de demissão pelo presidente Bolsonaro, durante as discussões sobre o Renda Brasil; e Débora Fonseca, que é a representante dos funcionários do BB no Conselho. Segundo a ata, “a abstenção dos demais conselheiros” foi registrada “com o fim de se elidir qualquer potencial conflito de interesses”.

Funcionários do BB seguem reticentes ao plano de reestruturação do banco, pois entendem que o fechamento de agências e a redução do quadro de pessoal do banco representa um “plano de desmonte” com vistas na privatização. Por isso, têm feito protestos em todo o país e buscado apoio de parlamentares e prefeitos para barrar o projeto.

Fonte: Correio Brazilliense

Bancários do Banco do Brasil fazem protesto nacional antes da paralisação

Publicado em: 22/01/2021

Bancárias e bancários do Banco do Brasil realizaram, nesta quinta-feira 21, um Dia Nacional de Lutas contra a reestruturação proposta pela direção do banco. Além de atos nas unidades do banco, os trabalhadores também fizeram tuitaço, com a hashtag #MeuBBValeMais. O calendário de mobilizações se estenderá até a paralisação de 24 horas no dia 29.

“Estamos percorrendo os locais de trabalho para ouvir as questões que os bancários têm nos colocado. Os próprios trabalhadores têm sugerido, desde o dia 15, tuitaços, dia nacional de luta, uso de roupa preta em luto, e paralisação. Tudo isso é o caldo para construir uma possível greve contra mais este ataque ao BB, mas para isso são necessárias unidade e mobilização da categoria”, explicou João Fukunaga, coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil.

No dia 29 será realizada uma paralisação nacional de 24 horas e atuação organizada nas mídias sociais.
Dia Nacional de Luta

O ato nacional desta quinta-feira 21 teve, abaixo-assinado, reuniões com os funcionários nos locais de trabalho, colagens e panfletagens.

Em São Paulo, as atividades se concentraram em agências da zona Leste, que foram palco de diálogo com bancários e com a população sobre os resultados de uma nova reestruturação que pretende fechar 361 unidades – sendo 112 agências, 7 escritórios e 242 postos de atendimento –, demitir 5 mil bancários e descomissionar centenas de funções.

“Reforçamos à população que menos agências significa precarização do atendimento, especialmente para os mais idosos e mais vulneráveis, que muitas vezes não têm outro canal bancário”, relata a dirigente sindical e bancária do BB Adriana Ferreira.

“Fechamento de agências físicas também irá impedir o atendimento bancário a milhares de brasileiros de pequenos municípios pelo Brasil que só contam com o BB”, acrescenta.

“Os bancários sabem que o corte de 5 mil postos irá levar a sobrecarga de trabalho, que já é absurda, além de causar muitos descomissionamentos com redução salarial; e prejudicar o atendimento e o papel social de um banco público”, afirma a dirigente.

Mais lucro, menos funcionários e agências

Entre 2016 e 2019, o lucro líquido ajustado do BB apresentou crescimento de 122%, passando de R$ 8,033 bilhões em 2016 para R$ 17,848 bilhões em 2019. No mesmo período, o banco fechou 19% das agências e reduziu o quadro em 16%.

“Estes números refletem o movimento pelo qual o Banco do Brasil está passando: redução de funcionários e de agências e aumento dos lucros, o que só irá prejudicar trabalhadores e sociedade, em benefício de alguns acionistas. É imperativo lutar contra este desmantelamento da função pública e social que o Banco do Brasil tem o dever de executar”, finaliza Adriana Ferreira.

Fonte: Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região

 

Funcionários do BB pedem apoio de parlamentares contra corte de custos

Publicado em: 21/01/2021

Associações de funcionários e aposentados do Banco do Brasil (BB), além de sindicalistas, vão disparar cartas a deputados e senadores nesta sexta-feira pedindo apoio para reverter as medidas de corte de custos anunciadas nesta semana pela instituição financeira.

O objetivo é que o documento chegue às mãos de cada parlamentar para aumentar a pressão contra o fechamento de agências e os programas de desligamentos voluntários anunciados no começo desta semana pelo BB.

Em paralelo, há negociações para que sejam preservadas as agências de pequenas localidades caso o programa de corte de custos seja mantido.

Na carta que será enviada aos parlamentares, as entidades afirmam entender que “o Congresso Nacional, representante da vontade popular, poderá ter um papel decisivo no sentido de impedir que sigam em frente os planos de fechamento de unidades do Banco do Brasil e de extinção de 5 mil vagas no quadro de pessoal da empresa”.

O documento é assinado por representantes da Associação Nacional dos Funcionários do Banco do Brasil (ANABB), da Associação dos Aposentados e Funcionários do Banco do Brasil (AAFBB), da Federação das Associações de Aposentados e Pensionistas do Banco do Brasil (FAABB) e da Contraf-CUT.

“A crise na saúde, com profundos reflexos no desenvolvimento econômico e social do País, desafia os bancos públicos a um outro tipo de atuação de forma que possam contribuir para a sociedade brasileira neste momento especial”, afirmam as associações. “A insensibilidade diante deste momento, a falta de empatia e a ausência de um plano voltado para as reais necessidades do País chocam quando partem de uma empresa pública de 212 anos de serviços prestados à sociedade brasileira.”

Conforme o Valor relatou na tarde desta sexta-feira, o presidente do BB, André Brandão, vai permanecer no cargo depois que parte da equipe econômica e a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, agiram para reverter a demissão do executivo pelo presidente Jair Bolsonaro.

O BB anunciou na segunda-feira um plano de reorganização de sua rede física que envolve 870 pontos de atendimento, além de dois PDVs com os quais espera reduzir 5 mil vagas.

Fonte: Valor Investe

Resistência à reestruturação do BB pode se dar em três frentes

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A resistência ao processo de reestruturação do Banco do Brasil, envolto em uma polêmica palaciana que quase custou a permanência de seu presidente no cargo, deve envolver três frentes de atuação: no Congresso, no Judiciário e nas “ruas”. A estratégia começou a ser desenhada por entidades vinculadas ao funcionalismo e por parlamentares de oposição.

A reunião da chamada “Frente ampla em defesa do Banco do Brasil” ocorreu nesta terça-feira (19), articulada pelo Sindicato dos Bancários de Brasília e peça Contraf-CUT.

Kleytton Morais, presidente do sindicato, iniciou o encontro virtual lembrando que o BB, “desde 2016, vem sofrendo intensos ataques no sentido da privatização”.

“Fomos surpreendidos pelo processo de reestruturação, que chamamos de desestruturação. Ataca ferozmente os trabalhadores e trabalhadoras”, relatou aos congressistas, destacando que a ofensiva se dá não apenas pelo programa de demissão voluntária, mas também se “reduzindo valores referentes à sua remuneração” para os que ficarem.

João Fukunaga, da Contraf, destacou que, pela lógica da direção do banco, unidades de locais considerados pouco lucrativos devem ser fechadas e que o argumento de acessibilidade pela internet não se sustenta em relação aos mais pobres: “Prejudica diretamente a atuação do Branco do Brasil como Banco Público. Em alguns casos, se trata da única agência da localidade”

“Guedes é um legítimo representante do mercado. Para 30 milhões de brasileiros, internet não existe. É um raposão cuidando das galinhas”, emendou Pompeo de Mattos (PDT-RS).

Reinaldo Fujimoto, presidente da ANABB, reclamou da postura do banco e do governo em afirmar que só há uma alternativa para o futuro da instituição.

“Eles vão pelo lado mais fácil, fechar agências e demitir colegas. Esse momento exige revisar o valor que o Banco do Brasil gera para a sociedade. Isso requer um BB sólido e eficiente, mas sem pensar exclusivamente pela ótica do mercado”, apontou.

Representante dos funcionários no Conselho de Administração do BB, Débora Fonseca trouxe ao debate a falta de transparência e informações sobre o processo.

“Muitas dessas informações poderiam ter chegado, mas eu tive que fazer um pedido formal para obter. Não temos lista de agências para mensurar o impacto para o País”, relatou. “Os funcionários passam por um momento de muita insegurança”.

A ideia de articular diversas frentes de resistência foi do senador Jaques Wagner. Além da atuação parlamentar, requisitando informações ao BB, e a contestação judicial, o parlamentar entende ser necessário convencer as pessoas nas “localidades”.

“Temos que descer ao nível dos prefeitos e vereadores. [Nós da oposição] somos aguerridos no parlamento, mas, [por exemplo], garantimos o Fundeb por conta de uma rede pressionando os parlamentares”, defendeu.

Fonte: Portal Reconta Aí

Crise no BB esfria, mas bancários pedem que Congresso barre reestruturação

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Após uma semana de crise, os ânimos se acalmaram no Banco do Brasil (BB). A ideia é silenciar e deixar a poeira baixar para voltar a tratar do plano de reestruturação que irritou o presidente Jair Bolsonaro e quase custou a demissão do presidente do BB, André Brandão. Os bancários, no entanto, seguem tentando reverter o projeto. Por isso, já se reuniram com executivos do banco e agora pediram ajuda de parlamentares para evitar o fechamento de agências e uma nova rodada de demissões no BB.

O pedido foi apresentado nesta sexta-feira (15/1) por meio de uma “carta a parlamentares”, assinada pelas associações que representam os funcionários do Banco do Brasil — Associação dos Aposentados e Funcionários do Banco do Brasil (AAFBB), Associação Nacional dos Funcionários do Banco do Brasil (Anabb), Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro da Central Única de Trabalhadores (Contraf-CUT) e Federação das Associações de Aposentados e Pensionistas do Banco do Brasil (Faabb).

O documento ressalta que “qualquer reestruturação precisa considerar a dimensão estratégica do Banco do
Brasil, sobretudo neste momento crucial da vida do país” e diz que “o Congresso Nacional, representante da vontade popular, poderá ter um papel decisivo no sentido de impedir que sigam em frente os planos de fechamento de unidades do Banco do Brasil e de extinção de 5 mil vagas no quadro de pessoal da empresa”. Por isso, pede “apoio e atenção de cada parlamentar para que as intenções da Direção do Banco do Brasil sejam revistas”.

Os funcionários do BB argumentam que “inovação digital é bem-vinda, desde que combinada com uma rede capaz de atendimento presencial”. E explicam: nem toda a população brasileira tem facilidade com os meios digitais e o BB é o único banco com atendimento presencial em muitas das pequenas cidades do interior do país, sobretudo naquelas em que há forte agricultura familiar, que é amparada pelos programas de crédito do Banco do Brasil.

“Ademais, ao diminuir o quadro de pessoal, a decisão amplia o deficit no atendimento à população e sobrecarrega ainda mais as agências, com ônus para a qualidade dos serviços prestados aos clientes e acarretando desgaste físico e emocional para os funcionários na linha de frente”, acrescenta o documento, lembrando que o BB pode contribuir com o processo de enfrentamento à crise da covid-19 por meio de ações como o crédito e destacando que o momento já é de elevação do desemprego.

Foi o momento inoportuno para o anúncio da reestruturação e a queixa de parlamentares, que não gostaram da notícia de que o BB iria fechar agências em suas bases eleitorais, por sinal, que fez o presidente Jair Bolsonaro perder a cabeça com o projeto que prevê o fechamento de 361 unidades de atendimento e o desligamento voluntário de até 5 mil funcionários do Banco do Brasil. O Palácio confirmou que, irritado, Bolsonaro pediu a demissão de Brandão. Porém, o executivo parece ter ganhado sobrevida.

Reestruturação

A permanência de Brandão foi defendida pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, e pelo presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, que viram o mercado reagir negativamente à demissão. Contudo, fez a ala política do Palácio do Planalto pedir revisões do plano de reestruturação do BB. A equipe econômica ainda não confirma alterações no projeto. Porém, a tendência é a reestruturação caminhe mais devagar a partir de agora.

Funcionários do BB estão esperançosos na revisão do plano. É que, nessa quinta-feira (14), a Comissão Executiva Bancária Nacional de Negociação (CEBNN) da Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Empresas de Crédito (Contec) foi recebida por representantes da administração do Banco do Brasil e pediu que a reestruturação fosse deixada de lado. Os executivos ficaram de apresentar as reivindicações ao Comitê Gestor do BB e voltar a conversar com os funcionários sobre o assunto.

“Diante do fato de o banco ter atendido nosso pedido de aceitar participar da reunião de quarta e da afirmativa de que nossas reivindicações seriam levadas ao Comitê Gestor do BB, além do fato de estarmos em mobilização nacional, acredito ser possível uma rodada de negociações extraordinária e, a depender da posição dos parlamentares contatados, que a diretoria do banco seja obrigada a recuar na implantação oportunística de desmonte do papel social do BB”, disse Arimarcel Padilha, membro do Contec.

Fonte: Correio Braziliense

 

Em 2 anos, governo aprovou 22 PDVs como o proposto por Brandão no BB

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O governo Bolsonaro aprovou a realização de 22 planos de demissão voluntária (PDVs) nos últimos dois anos em estatais como Banco do Brasil, Caixa e Eletrobras. Apenas em 2019, 12,2 mil empregados aderiram. O governo não fechou os dados de 2020, mas se todos os funcionários tivessem aceitado as condições propostas pelas empresas, outros 35 mil teriam deixado as estatais no ano passado.

Os números mostram que planos de demissão voluntária em estatais são comuns no governo, o que não justificaria a crise envolvendo o presidente do Banco do Brasil (BB), André Brandão, sob ataque. Na segunda-feira, 11, a instituição financeira anunciou planos de fechamento de 112 agências e de desligamento de 5 mil empregados ao longo do primeiro semestre deste ano.

De acordo com dados da Secretaria de Coordenação e Governança de Estatais (Sest) do Ministério da Economia, em 2019, foram aprovados PDVs em estatais como BB e a subsidiária BB Tecnologia e Serviços, Caixa, Banco da Amazônia, Casa da Moeda, Correios, Dataprev, Companhia Docas do Rio de Janeiro, Companhia Docas do Estado de São Paulo, Eletrobras, Embrapa, Infraero, Serpro e Valec.

No ano passado, a Sest aprovou planos de demissão voluntária no BNDES, Banco do Nordeste, Caixa, Correios, Dataprev, Finep e Serpro. O balanço de adesões ainda não foi fechado.

A aprovação de Planos de Demissão Voluntária (PDV) por estatais é uma atribuição da Sest – exceto a Petrobras, que tem autonomia de decisão.

Além do BB, a Petrobrás também abriu plano de demissões voluntárias e aceitará adesões até o fim deste mês. Já a Eletrobras pretende abrir um PDV até o fim deste ano e tem meta de adesão de cerca de 800 funcionários. Na Caixa, 2,3 mil empregados haviam aceitado a proposta de adesão ao PDV até 20 de novembro. O plano foi reaberto em dezembro, e há informações de que ele será novamente aberto neste ano.

Em audiência pública na Câmara realizada no ano passado, o presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, disse que a companhia deve reduzir seu quadro de empregados para 34 mil até 2022 – hoje, são 44,3 mil, segundo o coordenador-geral da Federação Única dos Petroleiros, Deyvid Bacelar.

Desde o início de 2019 até setembro de 2020, 4,5 mil empregados deixaram a empresa, disse Bacelar. Segundo ele, empregados mais velhos relatam pressão para aceitar mudar de cidade – 12 mil trabalhadores têm mais de 50 anos. “Essa é uma situação que nos preocupa muito, principalmente devido à segurança das unidades e risco de acidentes”, afirmou. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Fonte: O Liberal

 

AGEBB está de olho no PDV; até 5 mil funcionários deverão deixar BB

Publicado em: 15/01/2021

Até 5 mil empregados, do total de 92,1 mil trabalhadores do Banco do Brasil, deverão deixar a instituição por meio do novo Programa de Demissões Voluntárias (PDV) anunciado no princípio desta semana. O fato relevante, distribuído no dia 11 de janeiro, foi assinado por Carlos José da Costa André, vice-presidente de Gestão Financeira e Relação com Investidores do banco. Foram aprovados dois tipos de PDV: o Programa de Adequação de Quadros (PAQ), a fim de otimizar a distribuição da força de trabalho, equacionando as situações de vagas e excessos nas unidades do banco, e o Programa de Desligamento Extraordinário (PDE), disponível a todos os funcionários do BB que atenderem aos pré-requisitos.

No comunicado, o banco informa que, até o mês de junho, desativará 361 unidades, sendo 112 agências , 7 escritórios e 242 Postos de Atendimento (PA). A instituição também converterá de 243 agências em postos de atendimento e outros oito serão transformados em agências. Serão transformadas 145 unidades de negócios em Lojas BB, sem a oferta de guichês de caixa, com maior vocação para assessoria e relacionamento. Haverá no período mencionado a relocalização compartilhada de 85 unidades de negócios. Também serão criadas 28 unidades de negócios, sendo 14 Agências Especializadas Agro e 14 Escritórios Leve Digital (unidades especializadas no atendimento a clientes com maturidade digital), com aproveitamento de espaços existentes, não envolvendo contratação ou locação de novos imóveis.

A economia com essas medidas de enxugamento é de R$ 2,7 bilhões até 2025, conforme o fato relevante divulgado ao mercado. O montante, junto com os R$ 3 bilhões para o Programa de Demissão Extraordinário (PDE), resulta em o impacto fiscal de R$ 5,7 bilhões em cinco anos. O prazo para a adesão ao PDE expira em 5 de fevereiro de 2021.

A ideia do BB é estimular a demissão de trabalhadores que ganham mais do que a média e exercem funções que poderiam ser ocupadas por funcionários com remuneração inferior, como a de caixas. Como estímulo, deverá pagar de R$ 10 mil até, no máximo, R$ 450 mil de indenização para quem aderir ao programa, dependendo do perfil de cada trabalhador e do tempo de serviço.

Conforme o tipo de desligamento, inclusive, aposentadoria antecipada, a indenização pecuniária será de acordo com a pontuação pessoal obtida no cálculo de cada trabalhador, tendo o placar final como multiplicador do “salário-base” do funcionário interessado, segundo o BB. O “salário-base” corresponde à soma de verbas pessoais descritas em regulamento, não sendo consideradas aquelas relacionadas ao exercício de função.

AGEBB em defesa dos associados

A AGEBB, única entidade que representa a classe gerencial do BB no país, acompanha de perto toda a movimentação. O presidente Francisco Vianna de Oliveira Júnior diz que a associação está atenta para que os direitos dos gerentes, especialmente dos incorporados, sejam garantidos nas questões dos planos de saúde (Cassi) e da previdência (Previ). “Como sempre a direção do BB busca promover mudanças sem qualquer consulta à categoria e que atingirá sobremaneira, a curto prazo, seu bem mais valioso, que são os seus colaboradores. A reestruturação, muitas vezes, é necessária, mas desde que feita com organização, disciplina e coerência”, afirma o executivo.

Oliveira Júnior diz que a não divulgação de quais agências serão fechadas no processo de reestruturação cria um clima de insegurança entre os funcionários. “A falta de transparência em reestruturações anteriores criou muita insatisfação. E a história se repete agora. A transformação digital é necessária, mas o enxugamento de empregados não pode impactar na qualidade do atendimento. Menos pessoas vai gerar mais trabalho aos funcionários que ficarem, que também, certamente, serão cobrados por metas e resultados”, declara o dirigente. “Para aqueles que optarem pela adesão ao PDV, nada mais justo deixar a empresa com benefícios e uma ajuda financeira após anos de dedicação ao BB”, completa. O presidente da AGEBB colocou o departamento jurídico da entidade à disposição dos associados que queiram tirar dúvidas ou analisam a possibilidade de integrar o PDV.

Foco na digitalização

Com o novo plano de enxugamento, pretende reforçar as ações de incentivo ao uso de canais digitais. Desde 2016, o volume de transações em guichês de caixa no BB caiu 42%, enquanto o uso do mobile praticamente dobrou no mesmo período e já responde por 86% das transações, junto com o internet banking. Segundo a instituição, desde abril, o App do BB ganhou mais 4,7 milhões de usuários, totalizando 19,4 milhões, com uma média diária de crescimento 273% maior do que no período anterior à pandemia. O atendimento pelo WhatsApp também registrou crescimento expressivo chegando a 600 mil por dia.

O BB prevê a migração de 1,3 milhão de clientes que passarão a contar com gerente de relacionamento exclusivo e ferramentas digitais de interação, conforme informações da instituição. A ferramenta “Fale.Com” será o canal predominante do modelo dos Escritórios Leves, novo modelo de relacionamento digital do BB. A ideia do banco é abrir 14 Escritórios Leves Digitais, que se somam aos dois já existentes em Bauru (SP) e Recife (PE).

Outro foco de investimento acontece no atendimento especializado ao agronegócio. E, para isso, o banco abrirá mais 14 agências Agro, especializadas no segmento em que detém 63,8% da participação do mercado de crédito rural no Sistema Financeiro Nacional.

Reviravolta nos últimos dias

Na quinta-feira, dia 14 de janeiro, a Folha de S.Paulo trouxe uma matéria em que aponta que o BB pode voltar atrás em sua decisão de enxugamento após ser pressionado pelo presidente Jair Bolsonaro. Segundo interlocutores, a ideia é tratada como uma hipótese, já que Bolsonaro ainda não havia apresentado exigências à instituição e buscava a via mais radical, da demissão do presidente do banco, André Brandão.

Uma pessoa que acompanha o embate afirma que é possível que seja negociada uma saída que faça o programa de enxugamento ficar mais palatável para o governo, desde que seja mantida a essência de ajuste do banco. A avaliação é que não faria sentido alterar o plano de demissão, embora não seja impossível mudar prazos e reduzir o escopo do programa. Isso porque os desligamentos seriam voluntários, voltados especialmente a pessoas que estão perto de se aposentar e com benefícios.

Uma parte da reestruturação que teria uma chance maior de flexibilização é o fechamento de agências, que gerou descontentamento entre parlamentares. O banco poderia rever postos incluídos no enxugamento e buscar outras medidas para cortar despesas.

Fonte: AGEBB com Correio Braziliense e Folha de S.Paulo

Com setor cada vez mais digitalizado, Banco do Brasil busca eficiência com menos

Publicado em: 14/01/2021

Com um setor bancário cada vez digitalizado, o Banco do Brasil (BBAS3) recalibrou sua presença física, com a desativação de centenas de unidades pelo Brasil, o que deve gerar uma economia, em termos líquidos, em torno de R$ 353 milhões ainda em 2021.

O Inter Research, braço de análise de investimentos do Banco Inter (BIDI11), considera que as medidas de redução trazem impactos positivos para o Banco do Brasil, que segue na constante busca pela “eficiência operacional” em um ambiente cada vez mais digitalizado e com menor demanda por locais físicos.

A equipe do Inter Reseach avalia que as mudanças estruturais não foram muito agressivas, já que se contrai pouco a estrutura atual de 12.453 Pontos de Atendimento para 12.092 e das 4.370 agências atuais, o número cai para 4.258.

“O banco espera economizar R$ 2,7 bilhões até 2025, o que representa uma economia anual de R$ 540 milhões nas despesas administrativas. Incluímos as estimativas em nossas projeções para 2021, resultando numa Despesa Administrativa de R$ 10,8 bilhões (-5% ao ano)”, considera o analista Matheus do Amaral, que assina o relatório a clientes.

Ainda assim, o Inter atualizou o preço-alvo das ações do Banco do Brasil para R$ 44 cada, até o final de 2021. Com a recomendação de compra, espera-se uma valorização em torno de 12% no ano.

Fonte: Money Times

 

Reestruturação: Qual o impacto do encolhimento do Banco do Brasil?

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De acordo com a diretoria do Banco do Brasil, as medidas de reestruturação apresentadas na segunda-feira (11) são uma adequação do BB para o novo contexto da indústria financeira. Contudo, essa não é a opinião de alguns economistas e dos funcionários do Banco Público.

Para justificar a mudança de tipo de atendimento e extinção de quase 800 agências e pontos de atendimento, a empresa utilizou os movimentos da concorrência – principalmente Santander e Bradesco, que fizeram grandes demissões durante a pandemia.

Entretanto, ao utilizar somente indicadores de mercado, o BB deixou de lado uma parte fundamental da sua ação e história: a sua função social, que deve ser cumprida por se tratar de um Banco Público, ainda que de economia mista.

O economista e diretor do Reconta Aí, Sérgio Mendonça, reforça que o Banco do Brasil é uma das empresas públicas mais importantes do País. “Sua história se confunde com a história do Brasil e da formação do Estado brasileiro”. No mesmo sentido, o economista acrescenta: “Talvez tenha sido o maior formador de quadros para a administração pública”.

Grave perda para o desenvolvimento nacional

Contudo, os funcionários do BB não prestam serviços apenas na administração pública. Ainda como servidores do banco, eles são responsáveis por uma série de ações que não só atendem aos consumidores, mas também ao País.

É o caso da expertise em crédito rural, que é disponibilizado para o agricultor familiar via Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) e para a agroindústria. Com um diferencial muito importante em relação à concorrência privada, o BB chega a todo o território nacional. No mesmo sentido, o Banco do Brasil também possui expertise em microcrédito, entre outros produtos que atendem à população de baixa renda. Além disso, é preciso lembrar também do seu papel como braço do governo para implementação de políticas públicas no âmbito da economia.

Levando toda essa carga de responsabilidade do BB, Sérgio Mendonça afirma: “Em um momento de enorme desafio, durante e após a pandemia da Covid-19, ao contrário do proposto pela direção do banco, é o caso de fortalecer a instituição e não enfraquecê-la”, disse. “Garantir a presença em todo o território nacional é algo que só os bancos públicos como o BB, a Caixa e os demais bancos públicos conseguem”, enfatiza o economista.

Como reerguer uma economia com o encolhimento das ferramentas do Estado?

Inteligência artificial, uso de robôs para atendimento digital entre outras medidas, são necessidades para um novo tempo. Entretanto, não substituem agências e funcionários. Infelizmente, 30% dos brasileiros ainda não têm acesso à internet e cerca de 11 milhões são analfabetos. Logo, a exclusão digital ainda é uma realidade que estatais e empresas públicas ainda precisam ser levadas em conta.

Nesse sentido, Mendonça relembra que Bancos Públicos devem “apoiar os setores que necessitarão fortemente da atuação estatal e dos bancos públicos para a retomada econômica pós-crise”. Dentre eles, de acordo com o economista, destacam-se agricultura familiar, o agronegócio, as micro, pequenas e médias empresas e a habitação popular, entre outros. Sob o mesmo ponto de vista, Mendonça projeta que somente o Banco do Brasil e os demais Bancos Públicos “farão isso nesse momento desafiador”.

Fonte: Portal Reconta Aí

 

Banco do Brasil espera economizar R$ 2,7 bi até 2025 com reestruturação

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O Banco do Brasil espera economizar R$ 353 milhões com o programa de reestruturação anunciado nesta segunda-feira (11/01) ao mercado e R$ 2,7 bilhões até 2025. O programa prevê o corte de cerca de 5 mil funcionários e o fechamento de 361 unidades de atendimento, sendo 112 agências.

Segundo Carlos José da Costa André, vice-presidente de Gestão Financeira e Relações com Investidores do Banco do Brasil, a reorganização da rede de atendimento e a redução de funcionários objetivam a adequação da instituição ao novo perfil e comportamento dos clientes.

O Banco do Brasil informa que, além das medidas de enxugamento de sua estrutura, estão a caminho outros movimentos de revisão e redimensionamento nas diretorias, nas áreas de apoio e na rede, “privilegiando a especialização do atendimento e a ampliação da oferta de soluções digitais”.

Com a reestruturação, o Banco do Brasil acredita que expandirá “sua capacidade de assessoramento gerenciado aos
clientes, ampliando o relacionamento e os negócios e potencializando a satisfação e a fidelização”.

“A economia líquida anual estimada com despesas administrativas gerada por esses movimentos é de R$ 353 milhões em 2021 e R$ 2,7 bilhões até 2025”, reforça Carlos André, no fato relevante. Com a reestruturação, o BB quer estar mais bem posicionado para competir com os bancos digitais, que não param de crescer.

Fonte: Blog Correio Braziliense

 

Desmonte do Banco do Brasil vai precarizar atendimento à população

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O Banco do Brasil anunciou nesta segunda-feira (11) que pretende demitir 5 mil funcionários até o início de fevereiro e desativar 361 unidades, entre as quais 112 agências e 242 postos de atendimento. Além do ataque aos direitos dos trabalhadores, que estão sendo removidos dos seus pontos, com comissões reduzidas, esse desmonte também deve afetar o atendimento à população.

Em entrevista ao Jornal Brasil Atual, nesta quarta-feira (13), o coordenador nacional da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), João Fukunaga, diz que o banco se utiliza do crescimento do atendimento digital para justificar o fechamento das agências. Contudo, nem todos têm acesso aos meios virtuais.

De um lado, esse fechamento pode abrir espaço para a atuação de bancos privados, que cobram tarifas mais elevadas e juros mais altos. Por outro, há regiões onde não há interesse da iniciativa privada em manter o atendimento. Os principais prejudicados, segundo Fukunaga, serão os agricultores familiares, micro e pequenos empresários, idosos e correntistas de baixa renda.

“Estamos no meio de uma pandemia. É óbvio que o atendimento digital vai aumentar. Mas, mesmo assim, é possível perceber a quantidade de pessoas buscando atendimento nas agências, principalmente aquelas que têm acima de 60 anos. Essas pessoas não têm familiaridade com o banco digital”, criticou.

Da mesma forma, a população carente também tem dificuldade em acessar essas ferramentas. “Para acessar o aplicativo, é preciso ter acesso a internet. Normalmente essas pessoas têm celulares que são pré-pagos, o que dificulta. O banco não vai atender essa pessoa pelos canais digitais, não vai atender nas agências tradicionais. Vão fazer o quê? Perder esses clientes?”, questionou.

Crédito

O representante dos funcionários destacou que o BB responde por cerca de 55% do crédito agrícola voltado para a agricultura familiar. Nesse processo de “reestruturação”, a instituição anunciou a abertura de 14 “escritórios agro”. Mas são unidades voltadas para atender ao agronegócio, e não aos pequenos produtores.

“Se o banco está fechando unidades comerciais normais, entende-se que a agricultura familiar vai ter dificuldade de acessar esse crédito. Já o agronegócio é voltado para a exportação, e não traz o alimento para as nossas mesas. É terrível essa segmentação que o banco está fazendo, e uma falta de respeito com a população”.

Além disso, Fukunaga também destacou que, durante a pandemia, o Banco do Brasil atendeu a mais de 110 mil micro e pequenas empresas. Os recursos emprestados através do Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe) somaram R$ 6,9 bilhões.

Balanço

Além do prejuízo ao público, o dirigente afirma que os cortes também não se justificam, considerando o balanço financeiro da instituição. Em 2020, por exemplo, o banco registrou lucro líquido de R$ 17 bilhões, com crescimento de 122% em relação ao ano anterior. Enquanto isso, a base de clientes também cresceu, atingindo a marca de 73 milhões. Contudo, nos últimos cinco anos, entre o início de 2016 e setembro de 2020, o BB já eliminou mais de 17 mil postos de trabalho, fechando 1.058 agências.

Fonte: Rede Brasil Atual

 

Bancários se mobilizam contra reestruturação no Banco do Brasil e na Caixa

Publicado em: 12/03/2020

Bancários do Banco do Brasil e da Caixa se mobilizaram, mais uma vez, nesta terça-feira (10), no Dia Nacional de Luta em Defesa dos Bancos Públicos e dos Direitos e contra as reestruturações arbitrárias em curso nas duas instituições, que afetam seus trabalhadores, sua função social e também a população. Nos dois bancos públicos, que possuem papel fundamental para o país, o objetivo é reduzir a importância das instituições e prepará-las para a privatização.

“Neste dia de mobilização contra o desmonte do banco público se faz necessária a reflexão sobre o papel do serviço público, que serve para promover o bem-estar social e o desenvolvimento do Estado. Por isso, é fundamental a luta por uma Caixa forte, pública e social”, afirmou Sérgio Takemoto, secretário de Finanças da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT).

Na Caixa, a reestruturação prevê descomissionamentos sumários e transferência arbitrária de empregados. Fabiana Uehara Proscholdt, secretária da Cultura e representante da Contraf-CUT nas negociações com o banco, ressaltou a importância das reuniões com funcionários do Banco do Brasil e com empregados da Caixa Econômica Federal de todo o país em agências e departamentos de ambos os bancos para mobilizar e consultar os trabalhadores sobre o Dia Nacional de Luta em Defesa dos Direitos, da Democracia e Contra o Desmonte dos Bancos e demais empresas e serviços públicos, que ocorrerá no dia 18 de março.

“Os atos reforçam a importância dos esclarecimentos no local de trabalho. A luta é pelos bancos públicos e consequentemente por direitos. Só com luta e com unidade não teremos mais retrocessos. E no dia 18 temos que ampliar ainda mais a mobilização.”

Já no BB, as medidas reduzem a remuneração, extinguem cargos e criam outros, alterando o plano de carreira, podendo trazer prejuízos para a PLR.

“Essas reestruturações prejudicam muito os bancários, mas são ainda pior para o país. Fazem parte de um processo de enxugamento do Estado, que inclui a redução da importância e do tamanho dos bancos públicos, culminando com a privatização, que já vem sendo realizada com a venda das partes mais lucrativas dos bancos”, observou o coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil, João Fukunaga.

“Mas, hoje mesmo a imprensa divulgou que o BB e a Caixa vão socorrer as empresas e as pessoas que estão sendo afetadas pela crise econômica gerada pela epidemia do coronavírus e pela guerra do petróleo entre a Rússia e a Arábia Saudita. Na crise de 2008 já havia acontecido a mesma coisa. Com a redução do papel dos bancos públicos e sua consequente privatização, o governo deixará de ter essa importante ferramenta de contenção desse tipo de crise”, concluiu Fukunaga ao destacar a importância de todos os bancários participarem dos atos que acontecerão no dia 18 de março.

No dia 18 de março, os bancários de todos os bancos vão aderir às manifestações conjuntas, convocadas pela Central Única dos Trabalhadores (CUT), demais centrais sindicais e movimentos sociais, em protesto contra o projeto de privatização e de desmonte do Estado que vem sendo colocado em prática pelo governo federal, que prometeu empregos e crescimento econômico e não está entregando nem uma coisa nem outra.

Fonte: Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro

Banco do Brasil fecha 409 agências e reduz quadro em 3,7 mil funcionários

Publicado em: 19/02/2020


Seguindo o mesmo movimento dos grandes bancos privados, o Banco do Brasil fechou no ano passado 409 agências no país e reduziu seu quadro de funcionários em 3.699 colaboradores. Os grandes bancos vêm reduzindo o número de agências físicas e funcionários para compensar menores margens financeiras. A concorrência das chamadas fintechs, além da redução de juros, têm obrigado os grandes bancos a reduzir seus custos. O limite de 8% nos juros do cheque especial também deve impactar as receitas das instituições este ano.

No caso do Banco do Brasil, o total de agências tradicionais caiu de 4.101, em 2018, para 3.692, ao final de 2019. Já o número de funcionários foi reduzido de 96.889 para 93.190 no mesmo período. No ano passado, o BB registrou 2.364 adesões ao programa de demissão voluntária estabelecido pela instituição.

Carlos Motta, vice-presidente de negócios do Varejo do BB, disse que o banco está avaliando a eficiência de cada agência nas cidades onde estão instaladas. Em muitos municípios, afirmou, a avaliação é que não há necessidade de uma unidade tradicional. Nesse caso, as agências são substituídas por postos de atendimento avançados, com estrutura mais leve.

— Isso dá mais fluidez e eficiência ao atendimento. Além disso, aumentou o número de agências digitais e especializadas, como aquelas que atendem especificamente o agronegócio — disse Motta.

Reportagem do GLOBO mostrou que duas em cada cinco cidades do país estão sem agências bancárias desde 2013, obrigando os moradores a se deslocarem a cidades vizinhas para fazer saques ou tomar empréstimos. São cerca de 17 milhões de pessoas em 2.328 cidades que precisam fazer esses deslocamentos. Além disso, nem todas contam com rede de internet eficiente para acessar os bancos digitalmente.

Para este ano, o Banco do Brasil não informou quantas agências tradicionais pretende fechar ou transformar em postos de atendimento. O banco informou que não está previsto um novo plano de demissão voluntária.

No ano passado, o Banco do Brasil teve um lucro líquido de R$ 17,8 bilhões, um crescimento de 32,1% em relação ao ano anterior. Segundo o presidente do BB, Rubem Novaes, foi o maior lucro da história do banco. Com despesas administrativas, o BB gastou R$ 31,5 bilhões o ano passado.

Na contramão dos grandes bancos privados, que tiveram crescimento de dois dígitos de sua carteira total de crédito, no Banco do Brasil a oferta de crédito total encolheu 2,6% em 2019.

O vice-presidente de Relações com Investidores do BB, Carlos Hamilton, explicou que houve uma mudança de estratégia do banco, com crescimento de crédito no varejo e redução para grandes empresas, que estão sendo direcionadas para o mercado de capitais. Os empréstimos a pessoas físicas cresceram 10% em 2019, com destaque para empréstimos pessoais, que tiveram expansão de 45,2%. Já o crédito para micro, pequenas e médias empresas apresentou expansão de 8,5% na comparação anual.

— O banco vem seguindo a estratégia de crédito com foco no segmento de varejo. E entende que ainda há espaço para aprofundar a expansão nesse segmento — disse Hamilton.

O BB segue também orietnação do governo de reduzir o peso dos bancos públicos no crédito. Esse movimento também já foi visto no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNES).

Outra fonte importante de receita para o banco, ano passado, foram as tarifas cobradas por prestação de serviços. Elas renderam R$ 29,2 bilhões ano passado, crescimento de 6,4% em relação a 2018.

O presidente do BB afirmou que o desempenho da instituição considerando o retorno sobre o patrimônio líquido está próximo dos bancos privados. Ele disse se o Banco do Brasil não tivesse as amarras do governo, o BB certamente passaria seus pares privados em desempenho.

– Já estamos próximos. Se não tivesse as amarras que tem do governo, o BB passaria os privados – afirmou Novaes durante a apresentação dos resultados.

Ele disse que a equipe econômica se mostra favorável à privatização do banco, mas essa questão também passa pela política. Novaes afirmou que no horizonte de cinco anos não vê problemas para o BB, mas com novidades como o open banking ((um sistema que permite que outras empresas e bancos acessem os dados do clientes) e o crescimento das fintechs as desvantagens para os bancos públicos vão se acentuar.

– Então deveria começar a se pensar agora no processo de privatização do BB. Poderia se vender 5%, 10% do capital. Trata-se de um ativo valorizado por força de sua rentabilidade. Mudaria pouco em relação ao que o banco é hoje. Não haveria mudança traumática nenhuma – afirmou ele, lembrando que hoje pelas regras do BC não se permite a figura do controle minoritário. Mas ele observou que no setor de seguros, que também não permitia essa figura, a regra foi mudada.

Fonte: Revista Pequenas Empresas Grandes Negócios

Reestruturação do Banco do Brasil gera protestos em todo o país

Publicado em: 13/02/2020


Pela segunda vez em menos de uma semana, bancários de todo o país protestaram contra o processo de reestruturação que está ocorrendo no Banco do Brasil. Vestidos de preto, os funcionários do banco mostraram sua indignação com as mudanças que reduzem em até 15% o valor de referência (VR) das gratificações recebidas pelos funcionários, extingue cargos e cria outros, afetando o plano de carreiras, os salários e a Participação nos Lucros e/ou Resultados (PLR) dos funcionários. Em diversos locais do país, agências e departamentos do banco começaram o expediente, nesta quarta-feira (12), com pelo menos uma hora de atraso para os funcionários debatessem e tirassem dúvidas sobre as mudanças que estão ocorrendo.

“O banco não fala a verdade quando diz que os funcionários terão aumento de remuneração. Esse aumento ficará limitado aos executivos de Brasília, nomeados pelo governo por indicação do mercado financeiro. Os demais terão suas remunerações reduzidas”, disse o coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), João Fukunaga. “Analisamos as medidas em andamento para esclarecer os funcionários”, completou o representante dos trabalhadores.

Protesto BB

Em Santos/SP, a diretoria do Sindicato dos Bancários de Santos e Região e os funcionários da agência do BB, na rua XV de Novembro realizaram a manifestação com paralisação, das 8h até às 11h, de todo o prédio, onde trabalham mais de 100 funcionários, em vários departamentos e uma agência, dispostos em três andares. “Levamos esclarecimentos para os funcionários e para os clientes sobre a mentira do governo e da direção do banco, que tenta enganar os trabalhadores com algo prejudicial como sendo bom”, afirma Eneida Koury, presidente do Sindicato e funcionária do BB.

“Essa reestruturação é um teste, tanto para o trabalhador quanto para o banco. Se funcionar no BB, vai ser instituída nos demais bancos e empresas públicas, a exemplo da Caixa, que também sofre com a mesma ameaça. O governo quer privatizar os bancos públicos, mas sabemos que tanto o Banco do Brasil quanto a Caixa não dão prejuízo. Pelo contrário, dão lucros ano após anos, e mesmo assim ainda fecham postos de trabalho, pois esses PDV’s (programas de demissão voluntária) nada mais são do que uma forma de demissão. Portanto, não há razão para essa reestruturação e, por isso, devemos lutar por nós e pelo próprio BB. Temos que lutar para manter o que ainda temos. E os trabalhadores são altamente qualificados, não tem parasita aqui”, disparou José Pinheiro, presidente do Sindicato dos Bancários e Trabalhadores do Ramo Financeiro de Rondônia (SEEB-RO).

A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) produziu uma edição especial do boletim O Espelho, específico dos funcionários do Banco do Brasil, com a análise e as explicações das principais medidas que estão sendo tomadas pelo banco.
Banco da agropecuária

“O Banco do Brasil é fundamental para o país. Ele detém quase 70% da carteira nacional de crédito rural. Graças ao fomento do Banco do Brasil somos um grande exportador de produtos agropecuários. É o banco que financia a produção de alimentos. Mas, a política que está sendo tocada levará ao desmonte do banco e de sua capacidade de fomento”, explicou o coordenador da CEBB.

“Tanto funcionários, quanto clientes precisam saber que o governo e a direção do banco estão querendo vender a reestruturação como algo bom. Mas, isso é um engodo. É ruim para os funcionários e para todo o Brasil”, afirmou o dirigente.

Fukunaga observou ainda que as pessoas precisam se atentar que todas as empresas públicas estão sofrendo ataques do governo. “Estão promovendo uma verdadeira guerra contra o funcionalismo público, inclusive os bancos públicos. Dizem que somos parasitas. O que a população precisa perceber é que sem as empresas públicas, sem os funcionários públicos não existirão os serviços públicos de saúde, educação”, concluiu.
Redes sociais

Além de mostrarem sua indignação vestindo roupas pretas, os funcionários protestaram nas redes sociais com vídeos e fotos das manifestações e a hashtag #deformaBB, em alusão ao nome do projeto de mudanças, chamado pelo banco de “Performa”.

Fonte: Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região com G1 e Rondônia Dinâmica

BB: Contraf-CUT analisa os principais pontos da reestruturação

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O Banco do Brasil anunciou, no início de fevereiro, uma série de medidas que vai alterar a forma de remuneração na instituição. “O banco alega que potencializará os ganhos dos funcionários, com foco no reconhecimento a partir de seus desempenhos. Analisamos os principais pontos para mostrar que a verdade é bem diferente”, disse o coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), João Fukunaga.

Redução da gratificação

Atualmente, é muito pequeno o número de funcionários que não têm gratificação de função. Desta forma, a redução de remuneração fixa vai atingir a grande maioria dos funcionários.

Redução da PLR

Além de reduzir o valor de referência (VR) da gratificação que o funcionário recebe mensalmente, o banco também reduz o valor da PLR paga aos funcionários, uma vez que esta leva em conta o VR. Assim, além de terem perda de remuneração mês a mês, os funcionários perderão também na PLR. Não podemos esquecer, ainda, que também há perda no valor do FGTS, 13º…, como já explicado mais acima.

Mudanças só valem para novos

O banco tenta amenizar os prejuízos que serão causados aos funcionários. Sabemos que o banco, vira e mexe, resolve fazer uma reestruturação obrigando as pessoas a irem para cargos e extinguindo outros. Isso faz com que todos os funcionários fiquem sujeitos a essas mudanças. Aliás, faz parte das mudanças atuais a extinção de cargos e a criação de outros.

Equiparar desempenho ao do mercado

O banco esconde que seu desempenho é melhor do que o dos bancos privados, como mostram os índices de eficiência dos bancos do Banco Central. No gráfico de eficiência fica claro que a liderança do BB é histórica. Também no aspecto tecnológico, o banco se equipara ao mercado e não precisa se “adequar” para competir com os bancos privados.

Bônus aumentará remuneração

Bônus é uma verba remuneratória que não se incorpora ao salário e não conta para o cálculo de FGTS, férias, 13º. O funcionário é iludido de que está ganhando mais com o bônus, mas, na ponta do lápis, ele perde. Além disso, é um “benefício” que o banco decide unilateralmente. Pode dar, ou tirar quando quiser e para quem quiser.

Meritocracia

As metas também são definidas unilateralmente pelo banco. Poucos funcionários conseguem cumpri-las, ainda mais que, com as mudanças, para fazer jus ao bônus, o funcionário precisará cumprir 120% da meta. O que o banco quer é pagar um adicional para executivos indicados pelo governo.

Retenção de talentos

O presidente do BB, Rubem Novaes, que quer privatizar o banco a qualquer custo, alega que o Banco do Brasil tem dificuldade de reter talentos. A verdade é que ele quer aumentar os salários de executivos de Brasília, nomeados pelo governo. Foram indicados pelo mercado ocupam cargos de confiança. Dos funcionários concursados, a proposta é reduzir os salários. A perda de remuneração pode chegar a 15%.

Fonte: Sindicato dos Bancários de Jundiaí

Plano de desligamento do BB tem 2,3 mil pedidos; economia anual pode chegar a R$ 490 milhões

Publicado em: 21/08/2019


O Banco do Brasil (BB) estima economizar R$ 490 milhões ao ano com o corte de vagas promovido por desligamento incentivado. Segundo comunicado ao mercado emitido no dia 20 de agosto, serão desligados 2.367 funcionários.

O banco finalizou a etapa de manifestação de interesse e de validação de desligamento do PAQ (Programa de Adequação de Quadros) na segunda-feira (19). As despesas das demissões devem chegar a R$ 260 milhões. A economia com os cortes virá a partir de 2020.

O PAQ foi divulgado no final de julho, com o objetivo, segundo o banco, de regularizar vagas e excessos em dependências e praças para otimizar a distribuição da força de trabalho nas unidades do BB.

Quem se desligar receberá uma indenização vinculada ao tempo de trabalho no banco, de até 9,8 salários. O banco ainda ressarcirá o plano de saúde dos funcionários desligados e de seus dependentes por um ano.

Em relação à estrutura física, não haverá redução de pontos de atendimento, mas o BB vai transformar 333 agências em postos avançados (estrutura menor e mais barata) e 49 postos em agências. Também serão abertas 42 agências empresas.

Cortes contínuos – No final de 2016, o banco havia anunciado um plano de reestruturação que também incluía incentivo à aposentadoria de funcionários. Na época, 781 agências de um total de 5.430 deixaram de existir, um corte de 14%.

Entre março de 2017 e março de 2019, o BB reduziu o número de funcionários de 100 mil para 96,6 mil. O total de agências tradicionais caiu de 4.436 para 4.096. As agências digitais e especializadas passaram de 441 para 620.

Em movimento semelhante, a Caixa anunciou um programa de demissão voluntária (PDV) em maio com objetivo de reduzir 3,5 mil postos.

AGEBB protocola documento

A AGEBB protocolou junto à diretoria do Banco do Brasil, no dia 15 de agosto, um documento em que sugere alterações na reorganização e no Programa de Adequação de Quadro (PAQ) que possam diminuir, consideravelmente, o impacto negativo aos funcionários que permanecerão nas agências e na vida de suas famílias, diretamente afetadas pelas ações, e ainda, com reflexos na sua produtividade. O documento foi enviado diretamente ao presidente do BB, Rubem Novaes, e ao seu Conselho Diretor, além de também encaminhado ao presidente da República, Jair Bolsonaro, e ao ministro da Economia, Paulo Guedes.

Entre as medidas, a AGEBB pede a prorrogação do período em que o funcionário receberá a VCP (Vantagem em Caráter Pessoal) para o período de 12 meses, ao contrário dos quatro meses proposto pelo banco, e o estabelecimento de um limite de distância para a remoção automática de escriturários dando preferência a permanência na própria praça ou, no máximo, respeitando as cidades limítrofes à sua praça. “Pelo programa apresentado, muitos deles, certamente, ficarão longe de suas atuais agências e famílias, acumulando funções e ainda tendo sido descomissionados nesse processo”, argumenta Francisco Vianna de Oliveira Junior, presidente da AGEBB.

A mudança no prazo do recebimento da VCP para 12 meses garante, de acordo com a associação, a manutenção do último salário recebido àqueles funcionários que tiverem seus cargos retirados, possibilitando que os mesmos consigam uma recolocação e diminuindo o impacto em sua vida financeira, para a reestruturação de suas dívidas, já que tinham uma programação econômica pré-estabelecida. Já no caso da indisponibilidade de vagas na cidade onde o funcionário já trabalha e nas cidades limítrofes, a AGEBB sugere no documento que “o mesmo seja mantido na agência, mesmo que como excesso do quadro, até que a dotação dela se enquadre dentro do quadro funcional estabelecido unilateralmente pelo banco”.

Outras medidas

A diretoria da AGEBB ainda pede no documento a disponibilização de profissionais da Cassi e a garantia de desligamento a todos os funcionários que aderirem ao PAQ, independentemente de qualquer condição. “No primeiro caso, é importante que sejam colocados à disposição psicólogos para atendimentos de funcionários que se encontrem emocionalmente abalados com a perda de cargos ou que necessitem de apoio para a tomada de decisões referentes à solicitação de aposentadoria, uma vez que isso pode mudar toda a sua vida”, afirma Oliveira Junior. No segundo item, aponta o documento da AGEBB, a “necessidade da garantia de ruptura contratual, pois o funcionário que tiver o seu pedido negado poderá frustrar-se de tal forma a chegar a não ser mais não será produtivo para o empregador”.

Fonte: Diário do Comércio com AGEBB

De Novaes a Bolsonaro, AGEBB protocola pedido de condições mais dignas na reestruturação

Publicado em: 16/08/2019


A AGEBB protocolou junto à diretoria do Banco do Brasil, no dia 15 de agosto, um documento em que sugere alterações na reorganização e no Programa de Adequação de Quadro (PAQ) que possam diminuir, consideravelmente, o impacto negativo aos funcionários que permanecerão nas agências e na vida de suas famílias, diretamente afetadas pelas ações, e ainda, com reflexos na sua produtividade. O documento foi enviado diretamente ao presidente do BB, Rubem Novaes, e ao seu Conselho Diretor, além de também encaminhado ao presidente da República, Jair Bolsonaro, e ao ministro da Economia, Paulo Guedes.

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Entre as principais medidas do documento (confira a íntegra aqui), a AGEBB pede a prorrogação do período em que o funcionário receberá a VCP (Vantagem em Caráter Pessoal) para o período de 12 meses, ao contrário dos quatro meses proposto pelo banco, e o estabelecimento de um limite de distância para a remoção automática de escriturários dando preferência a permanência na própria praça ou, no máximo, respeitando as cidades limítrofes à sua praça. “Pelo programa apresentado, muitos deles, certamente, ficarão longe de suas atuais agências e famílias, acumulando funções e ainda tendo sido descomissionados nesse processo”, argumenta Francisco Vianna de Oliveira Junior, presidente da AGEBB.

O PAQ foi aberto para os empregados do banco e oferece incentivos de R$ 20 mil a R$ 200 mil para aqueles que se demitirem voluntariamente. A estimativa, segundo fontes da equipe econômica, é que as mudanças afetem de 2 mil e 3 mil funcionários. “No papel de única associação representativa dos gerentes do BB, a AGEBB cumpre o dever de defender seus associados de riscos e perdas individuais ou coletivas, bem como manter e aumentar suas conquistas”, afirma Oliveira Junior.

Fonte: AGEBB

Manifestações marcam reação de funcionários ao plano de reestruturação do BB

Publicado em: 14/08/2019


No dia 29 do mês passado, o Banco do Brasil anunciou mais uma reestruturação na empresa, dessa vez com um Plano de Adequação de Quadros (PAQ), com previsão de extinção de funções, redução de postos de trabalho, fechamento de agências e departamentos. O banco também apresentou um novo plano de desligamento incentivado, cujo prazo final foi 14 de agosto. Em razão dessas mudanças, funcionários do BB em várias partes do país, apoiados por seus respectivos sindicatos, promoveram uma série de manifestações, especialmente no dia 9 e agosto.

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“Aos poucos o BB vem perdendo sua função social com cada reestruturação em seu quadro e agências, muitos municípios do interior do Pará contam apenas com agências de bancos públicos, e esse novo modelo digital não atende toda a população, em especial a de baixa renda, que sequer tem acesso à internet; sem falar da desumanização e a precarização no atendimento bancário, bem como nas perdas de postos de trabalho”, destaca o presidente do Sindicato e bancário do BB em Belém, no Pará, Gilmar Santos.

“Estamos discutindo com o banco a readequação que ele vem propondo e também protestando por mais clareza no programa. No caso da Gepes, vão ser criadas duas novas Gepes aqui em São Paulo, sendo que os colegas que estão na antiga terão que passar por um processo seletivo, inclusive perdendo vagas. É uma tremenda falta de respeito! Sem contar que alguns analistas e gerentes de área terão que concorrer para fora de São Paulo, porque não existirão mais estes cargos”, criticou o coordenador da Comissão de Empresa do Banco do Brasil, João Fukunaga.

O dirigente sindical Getúlio Maciel, de São Paulo, lembra que a reestruturação é uma preparação para a privatização do banco público. “Esse PAQ é terrivelmente nefasto, porque com esses trabalhadores o banco conseguiu, só nesse primeiro semestre, um lucro de R$ 8.67 bilhões. Com um lucro desses, é vergonhoso esse tipo de reestruturação que eles estão fazendo. Isso dialoga muito com essa privatização que o presidente do banco, Rubem Novaes, vem divulgando”, criticou.

A importância dos bancos públicos no interior do país

Levantamento realizado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) com base em dados do Banco Central, aponta que, atualmente, dos 5.590 municípios brasileiros, 3.365 (60,2%) contam com uma ou mais agência bancária. Do total de municípios, 950 (17%) são atendidos somente por bancos públicos. Os dados mostram, ainda que, com o fechamento de agências de bancos públicos, 57% das cidades brasileiras podem ficar sem agências bancárias e, neste caso, suas populações terão que se deslocar para outros municípios para ter acesso aos serviços por elas prestados.

Segundo informações do BB, o número de postos de trabalho será aumentado em 1.505 agências, mas reduzido em 1.765 unidades. Sem detalhar as mudanças, o BB informou que a Plataforma de Suporte Operacional (PSO) sofrerá redimensionamento, o que já está afetando a rede de caixas. O movimento sindical cobra esclarecimentos.

“O Banco do Brasil segue tomando decisões de forma unilateral, sem dialogar com os representantes da categoria bancária, pegando a todos e todas de surpresa. Queremos explicações e transparência em todo o processo que respeite os direitos dos bancários e bancárias e não piore ainda mais as condições de trabalho e de atendimento nas agências”, cobra o dirigente sindical e também bancário do banco em Belém, Fábio Gian.

As Gerências Regionais de Apoio ao Comércio Exterior (Gecex) também passarão por alterações, com a criação de unidades de negócios especializados, escritórios de comércio exterior digital e redimensionamento. Isso fará com que sejam abertas vagas de assistentes, mas a rede perderá uma série de funcionários, principalmente escriturários.

Fonte: Sindicato dos Bancários do Pará, com Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região

Bancários do BB de Picos devem ser transferidos para Estados do Norte

Publicado em: 08/08/2019


Nas últimas semanas o temor tomou conta dos bancários que trabalham nas agências do Banco do Brasil da Praça Felix Pacheco, no Centro de Picos, e São Benedito, no bairro Cata-vento.

O motivo do alarme é o Programa de Adequação de Quadros (PAQ), que tem por objetivo transferir funcionários de agências onde na avaliação do banco existe um excedente no número de funcionários, em especial de escriturários.

De acordo com o Diretor Regional do Sindicato dos Bancários, Antônio Libório, a medida deve atingir pelo menos 14 bancários das duas agências do Banco do Brasil no município picoense.

O sindicalista frisou que caso as transferências sejam confirmadas os funcionários deverão ser deslocados para Estados do Norte do país.

“Vamos ter mais vagas em outros Estados como Maranhão, Pará, Amazonas e você sair hoje com sua família, já estruturado aqui, com o salário que um escriturário recebe aqui, em torno de R$ 2 ou R$ 3 mil reais, você ser deslocado para outro Estado dificilmente você vai conseguir sobrevier”, lamentou em entrevista a TV Picos.

Antônio Libório destacou que embora o Banco do Brasil alegue que todas as agências no Estado do Piauí tenham excedentes de funcionários, na prática o que se vê não é isso.

“A realidade não é essa, as agências estão tudo lotadas e a gente sem puder atender bem a população porque fica difícil pelo quadro de funcionários que nós temos”, explicou.

Para o sindicalista, caso as 14 transferências sejam mesmo efetuadas haverá uma piora tanto para os funcionários como para a própria população que procura atendimento das agências do BB em Picos.

“Eu estive em São Paulo, na semana passada, no nosso 21º Encontro onde nós discutimos como podemos fazer para reverter ou pelo menos amenizar o sofrimento não só dos bancários, mas toda a população, a gente já está com esse problema nas Agências de Jaicós, Santa Cruz, Francisco Santos, que são agências sem numerário onde as pessoas de lá tem de se deslocar para Picos para resolver alguma coisa e a gente pede até a população, aos políticos, que se movimentem, faça alguma coisa também e se juntem a nós para a gente poder fazer a defesa dos bancos e das empresas públicas”, pontuou Libório.

Caso não aceitem a proposta do Banco do Brasil os funcionários poderão ser demitidos.

Fonte: Portal O Povo