Guias do Detran-MS não serão aceitas em caixas do BB

Publicado em: 22/02/2018

As guias emitidas pelo Departamento Estadual de Trânsito (Detran-MS) e pela Secretária de Estado de Fazenda (Sefaz) não poderão mais ser pagas em caixas internos das agências do Banco do Brasil a partir do dia 1º de março.

A orientação é de que o pagamento das guias seja efetuado nos Correspondentes Bancários presentes nos órgãos, nas agências dos Correios e nos canais de autoatendimento, como caixas eletrônicos (do Banco do Brasil e demais Bancos) e internet banking.

De acordo com o Portal MS, o que motivou a decisão foi o baixo movimento nas agências bancárias do BB.

Atualmente, os canais alternativos representam 65% do pagamento das guias e os canais eletrônicos tem a preferência de 28% dos usuários. A mudança vale somente para as agências do Banco do Brasil em Mato Grosso do Sul.

Fonte: Correio do Estado

BB anuncia atendimento personalizado em Dourados, no Mato Grosso do Sul

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O superintendente do Banco do Brasil em Mato Grosso do Sul, Gláucio Zanettin Fernandes, anunciou, em audiência com a prefeita Délia Razuk, na manhã desta quarta-feira (21), a implantação do Escritório Digital, uma nova modalidade que vai priorizar o atendimento a clientes exclusivos. “Trata-se um sistema de atendimento personalizado, que visa oferecer maior comodidade e eficiência ao cliente do banco”, definiu.

Gláucio esteve com a prefeita Délia, acompanhado do superintendente regional e gerente de varejo em Dourados, Adriano Henrique da Silva Boigues e da gerente de relacionamento da Agência Weimar Torres, em Dourados, Edna Moreira.

O Banco do Brasil também está oferecendo o Programa de Eficiência Municipal, uma linha de crédito que vai permitir às cidades captação de recursos para programas de geoprocessamento, aquisição de equipamentos de informática e de novos veículos.

Durante o encontro com a prefeita, o superintendente apresentou os resultados da participação do Município no programa FCO (Fundo Constitucional do Centro-Oeste), refletindo a força do agronegócio nessa região. “Tivemos, em 2017, 250 operações de crédito no setor empresarial urbano, com mais de R$ 180 milhões contratados e 155 operações na área rural, com R$ 45 milhões em contratos”, informou Gláucio Fernandes. Esses números, totalizando valores superiores a R$ 230 milhões, representam mais de 10% das captações em todo o Estado.

A prefeita Délia Razuk aproveitou o encontro para trocar impressões com os representantes do banco sobre a situação financeira do Município, elogiou a forte presença do BB na cidade, única do Estado a contar com uma Superintendência Regional [o espaço funciona junto à agência do shopping] e disse do interesse da Prefeitura em reforçar as parcerias. “Ficamos muito contentes com essa visita, ela reforça o papel estratégico de Dourados no cenário econômico regional e aumenta nossas perspectivas de continuar trabalhando com muito mais solidez”, concluiu a prefeita. O secretário municipal de Fazenda, João Fava Neto, também participou do encontro.

Fonte: Diário de Campo Grande

Falta de atendimento gera confusão em agência do BB em Roraima

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A falta de atendimento causou confusão entre clientes e funcionários da agência do Banco do Brasil da Avenida Glaycon de Paiva, no Centro de Boa Vista, Roraima, ontem, 19. Era dia normal de atendimento, sem pagamento aos aposentados, o que aumenta consideravelmente o movimento na agência, mas, por conta da indisponibilidade dos funcionários em atender os clientes após as 14 horas, horário de fechamento do banco, houve um tumulto.

Alguns clientes relataram à Folha que aguardaram mais de seis horas na fila e não foram atendidos. De acordo com a auxiliar administrativa, Eliane Oliveira, ele chegou à agência por volta das 8 horas da manhã e ficou esperando a vez para ser atendida. Ela relatou que, às 14 horas, os funcionários da agência começaram a ir embora, o que a fez questionar a falta de atendimento e gerou um atrito. “Isso é absurdo. A gente perde o dia, espera mais de seis horas para atendimento e, quando chega certo horário, somos expulsos do banco. Questionei e eles não gostaram. Ser atendida é um direito meu”, afirmou.

Outra cliente, que não quis ser identificada, relatou a mesma situação. “Isso não pode acontecer. É uma falta de respeito com cliente. Esperei o dia todo e, quando deu duas da tarde, os atendentes começaram a apagar as luzes e expulsaram a gente, dizendo para voltarmos outro dia. Cobrei o meu direito e vou permanecer cobrando. Isso não é admissível”, relatou.

O gerente da agência bancária, que também não quis ser identificado, disse à reportagem da Folha que se sentiu ameaçado com as atitudes dos clientes. Em relação à falta de atendimento alegada pelos clientes, ele não se pronunciou. “A forma como eles agiram não é questionamento e sim ameaça”, disse.

BANCO DO BRASIL – Procurada, a assessoria de comunicação do Banco do Brasil não se pronunciou sobre o caso até o fechamento da matéria.

SINDICATO DOS BANCÁRIOS – A reportagem da Folha entrou em com o Sindicato dos Bancários em Roraima, mas não obteve resposta até o fechamento da matéria. (E.S)

Fonte: Folhaweb

Cabula ganha call center do BB, que vai gerar 3,5 mil empregos

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A região do Cabula tem se tornado um polo atrativo de investimentos em Salvador nos últimos anos, que vai muito além do investimento no setor imobiliário. A oferta de opções de comércio e serviços no bairro tem se intensificado nos últimos anos e promete prosseguir também neste ano de 2018.

A partir do mês abril, um novo ponto de call center do Banco do Brasil será inaugurado no bairro do Cabula. A informação foi divulgada pela primeira vez pelo prefeito ACM Neto no mês de dezembro, durante uma apresentação do programa Salvador 360 para empresários paulistas na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). O call center ficará instalado no antigo prédio da Oi, na Rua Silveira Martins.

Durante a Lavagem do Bonfim, no mês de janeiro, o secretário municipal de Desenvolvimento e Urbanismo de Salvador, Sérgio Guanabara reforçou a positividade do projeto. Serão 3,5 mil vagas de emprego na região do Cabula por causa do call center. Isso foi possível devido à isenção de 50% de IPTU oferecido pela prefeitura para instalação de empresas de teleatendimento e telecobrança, desde que haja uma geração de mais de 500 postos de trabalho.

Geração de empregos

Na época em que divulgou a chegada do call center em Salvador, o prefeito ACM Neto destacou a importância de trazer a iniciativa para a capital baiana. “Esse call center é um investimento importantíssimo pela geração de emprego e renda que irá proporcionar”, afirmou ao Jornal A Tarde.

Fonte: IBahia

Justiça condena BB a reabrir agência bancária em cidade da Paraíba

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A Justiça da Paraíba acolheu a ação civil pública (ACP) proposta pelo Ministério Público da Paraíba contra o Banco do Brasil, e lavrou sentença condenatória determinando o restabelecimento total da agência bancária do município de Araruna, no prazo máximo de 90 dias.

Após um ataque criminoso, a agência ficou fechada por mais de um ano. Hoje, no local, funciona um posto de atendimento do BB, sem atendimento presencial.

A Promotoria de Justiça de Araruna requereu que o banco disponibilize à população todos os serviços de ‘agência’, com a efetivação de saques nos caixas físicos e eletrônicos.

A ACP foi ajuizada pelo promotor de Justiça de Araruna, Leonardo Fernandes Furtado, em novembro de 2016 e a decisão judicial saiu no último dia 14.

O processo sob o número 0800048-84.2016.8.15.0061 tramitou na 1ª Vara da Comarca de Araruna.

Conforme o membro do MPPB, constatou-se o fechamento da agência do dia 7 de abril de 2016 até meados do ano de 2017. Na época do fechamento, havia cinco caixas eletrônicos para utilização dos clientes e seis funcionários trabalhando na agência.

Direito do consumidor

“Não está sendo atribuída responsabilidade ao banco pela ocorrência do furto com arrombamento. Está sendo atacada a omissão do promovido após a ocorrência criminosa, pois, o banco dispensou silêncio total à matéria, não adotando qualquer medida em favor dos consumidores prejudicados. A conduta ilícita é justamente concretizada pela omissão pós-fechamento. Ao banco não era exigível a reabertura no dia seguinte ao arrombamento, mas, ele era juridicamente obrigado a providenciar, em tempo razoável, a reabertura da agência com a disponibilização dos mesmos serviços, pois, acima dos interesses bancários, existe o direito do consumidor ao serviço bancário contínuo, seguro, adequado e eficaz (art. 6º, X, e art. 22, ambos do CDC)”, justificou o promotor na ACP.

Ainda segundo a ação, após o fechamento da agência bancária, ocorreu queda no faturamento do comércio de Araruna em percentual próximo a 50% e a população foi forçada ao deslocamento para outros municípios em busca de agências ativas do mesmo banco, com causação de severos danos morais à coletividade.

Multa de até R$ 100 mil

A Justiça julgou parcialmente procedente o pedido inicial do MPPB e condenou o Banco do Brasil a promover, no prazo máximo de 90 dias, “o restabelecimento total do funcionamento de sua agência física, nos moldes requeridos (pelo MPPB), inclusive, com a efetiva disponibilização dos serviços de saques nos caixas internos e nos caixas eletrônicos da Agência, permitindo a continuidade do serviço público essencial, de forma adequada e eficiente”.

Também fixou a multa diária de R$ 5 mil, limitado a R$ 100 mil, em caso de atraso no cumprimento ou descumprimento injustificado, total ou parcial.

Fonte: Paraíba Online

Tribunal nega recurso e BB deve indenizar dano causado por falsário em MT

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A emissão de cheque por falsário é risco inerente à atividade bancária e não exime a instituição financeira de indenizar os danos materiais e morais provocados a correntistas. Com esse entendimento, a Quarta Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de Mato Grosso negou, por unanimidade, provimento ao recurso de apelação do Banco do Brasil, mantendo a sentença que o condenou ao ressarcimento de valores e indenização por danos materiais e morais em favor do autor da ação, em Várzea Grande, e afastou a alegação do banco de que a culpa exclusiva de terceiro (falsário) retira a sua responsabilidade pelo fato ocorrido.

A indenização fixada pelo juízo de primeira instância, R$ 8 mil, foi considerada abaixo do valor que vem sendo estipulado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) e pelo próprio Tribunal de Justiça de Mato Grosso e foi elevada para R$10 mil.

O relator do caso, desembargador Rubens de Oliveira Santos Filho, enfatizou que o banco deve ter atenção e cautela ao contratar com os clientes, cabendo-lhe averiguar a veracidade dos documentos entregues, para não gerar prejuízos a outros.

O entendimento tem respaldo na Súmula 479 do STJ, segundo a qual as instituições bancárias respondem independente de culpa pelos danos causados por fraudes ou delitos praticados por terceiros. Na decisão, o magistrado cita trecho do Código de Processo Civil: “As instituições bancárias respondem objetivamente pelos danos causados por fraudes ou delitos praticados por terceiros – como, por exemplo, abertura de conta-corrente ou recebimento de empréstimos mediante fraude ou utilização de documentos falsos -, porquanto tal responsabilidade decorre do risco do empreendimento, caracterizando-se como fortuito interno”.

A informação é da assessoria do tribunal.

Fonte: Portal Só Notícias

AGEBB acompanha eleições dos conselhos do Economus e Previ

Publicado em: 20/02/2018

Duas grandes organizações parceiras da AGEBB promoverão, em breve, as eleições para a diretoria e seus respectivos conselhos, Deliberativo e Fiscal. O registro de candidatos no Economus encerra-se às 18 horas deste dia 23 de fevereiro. A inscrição das chapas para as Eleições Previ 2018, que teve início no último dia 15, deve ser feita até 28 de fevereiro.

Para a eleição do Economus os candidatos poderão se inscrever por meio de requerimento dirigido à Comissão Eleitoral e protocolado na Secretaria (DIPES/GEPAC) da entidade. Podem se candidatar ao cargo de conselheiro para os Conselhos Deliberativo ou Fiscal, os participantes ativos, assistidos, em Benefício Proporcional Diferido – BPD, autopatrocinados ou saldados. As informações detalhadas sobre os pré-requisitos e documentos requeridos estão no hotsite das Eleições 2018.

A divulgação da relação final dos candidatos habilitados será feita no dia 19 de março. A votação será realizada entre 9 e 20 de abril por meio de link disponibilizado no site. Os funcionários ativos no Banco do Brasil votarão pela plataforma eletrônica – SISBB disponibilizada pela instituição neste mesmo período.

Eleições Previ 2018

As chapas interessadas em participar das Eleições Previ 2018, cujo grupo vencedor fica à frente da gestão entre 2018/2022, devem apresentar candidatos para todos os cargos, inclusive suplentes. Eles devem possuir os pré-requisitos específicos para o cargo postulado, conforme as normas em vigor.

A votação será realizada de 18 a 30 de abril. Podem votar participantes e assistidos maiores de 18 anos, inscritos nos Planos de Benefícios da Previ, até 31 de janeiro último. Para facilitar a participação de todos, o canal de votação de parte dos associados mudou nas eleições 2018. A partir de agora votam no SISBB somente os participantes que são funcionários da ativa ou adidos e estatutários do Banco do Brasil. Aposentados, pensionistas, funcionários cedidos, em afastamentos regulamentares e demais participantes tiveram seus canais de votação ampliados e votam pelo site da Previ, pelo aplicativo móvel da Previ (APP), pelos terminais de autoatendimento (TAA) do BB ou pelo atendimento automático por telefone (URA-0800).

Indicação do patrocinador

Como acontece a cada dois anos, a renovação de parte dos dirigentes da Previ também tem indicação do patrocinador Banco do Brasil. Como previsto no Estatuto vigente, o BB indicará o presidente, dois titulares e respectivos suplentes para o Conselho Deliberativo e um titular e respectivo suplente para o Conselho Fiscal, além de um titular e respectivo suplente para o Conselho Consultivo do Plano 1 e de um titular e respectivo suplente para o Conselho Consultivo do Previ Futuro.

Mais informações sobre as Eleições Previ 2018 podem ser encontradas no site, no menu principal, em A Previ >> Eleições.

Fonte: AGEBB

Paulo Kliass: O poder do financismo

Publicado em: 16/02/2018

O período entre as festas do final do ano e a folia do Carnaval é normalmente marcado pela divulgação de informações que deveriam deixar envergonhados todos os que se preocupam com um mínimo de decência e justiça em termos da organização de nossa sociedade. Em especial, me refiro à forma como são apropriadas e distribuídas as diferentes formas de renda e riqueza entre nossos cidadãos.

Durante os meses de janeiro e fevereiro as instituições financeiras apuram seus balanços patrimoniais e contabilizam os lucros realizados ao longo do ano anterior. Um dos aspectos que mais impressiona nessa maratona de publicação de seus resultados é a aparente naturalidade com que esses números são tratados por aqueles que são os responsáveis pelas editorias de economia dos grandes meios de comunicação e também por parte da maioria de nossos dirigentes políticos.

Nesses tempos de endeusamento da meritocracia e de loas incomensuráveis lançadas às virtudes dos empresários eficientes em suas áreas de atuação, tudo isso parece tão normal. Afinal, se ganharam mesmo tanto dinheiro assim só pode ser pelo simples fato de que são bons e competentes naquilo que fazem como operadores sua área de negócios. A realidade dos lucros bilionários dos bancos tornou-se uma espécie de tradição intocável em nossa sociedade, cada vez mais tão marcada pelo abismo verificado entre as duas centenas de milhões dos que quase nada possuem e o punhado de triliardários que adoram ostentar suas fortunas. Estes últimos parecem adorar a acirrada disputa da presença em listas de bilionários, tão cuidadosamente elaborada por revistas especializadas, como as mais conhecidas Forbes e Fortune.

Assim, em 2017 a duplinha dinâmica dos líderes do capital privado em nosso sistema financeiro mantiveram sua dianteira. Enquanto Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal eram orientados a atrasarem suas respectivas divulgações, os donos de Itaú e Bradesco exibem orgulhosos as suas façanhas. O primeiro é o banco do presidente do Banco Central e ofereceu um novo recorde, ao registrar um lucro líquido de R$ 25 bilhões. O segundo é o banco do candidato de Lula a presidente do Banco Central em 2015 e apresentou ligeira queda em seu lucro, obtendo apenas R$ 15 bi ao longo do ano passado.

Brasil: paraíso dos bancos

A terceira posição dentre os bancos privados operando por nossas terras ultimamente tem sido ocupada pelo conglomerado financeiro espanhol Santander. Em 2017 o lucro obtido pela filial tupiniquim foi de R$ 10 bi. Esse resultado representou um salto de 36% em relação ao ano anterior. Tal performance assegurou a lucratividade do grupo em sua escala de atividade global. Os rendimentos auferidos pelo banco apenas no Brasil representaram 26% do total dos ganhos do grupo espanhol em todo o mundo. Recordemos que se trata do sétimo maior banco do planeta.

A soma dos lucros dos três maiores bancos privados em nosso mercado financeiro no ano passado alcançou a cifra de R$ 50 bi. Sabe-se de todo o esforço realizado pelas áreas jurídicas e de planejamento tributário das instituições para escapar do pagamento de impostos. Assim, os ganhos reais foram muito maiores do que esses aqui contabilmente revelados e declarados. Isso sem contar a generosidade absurda oferecida pela legislação criada por FHC – e mantida desde então pelos sucessivos governos de Lula, Dilma e Temer – que isenta de tributação o recebimento privado de lucros e dividendos. Uma loucura!

O Brasil está mergulhado há mais de dois anos em uma profunda recessão econômica. O PIB encolheu mais de 8% desde 2015, como consequência direta do aprofundamento da estratégia do austericídio. O desemprego chegou a atingir 14 milhões de trabalhadores e a quebradeira das empresas foi generalizada ao longo desse período. Apesar de todo esse clima de catástrofe social e econômica, o único setor que não foi sequer atingido pela crise foi justamente a banca. As instituições financeiras continuaram faturando muito alto e apresentaram seguidamente resultados ostentando lucros vergonhosamente bilionários.

O poder do financismo ultrapassa os limites da área de atuação das instituições financeiras. O mito da força do mercado – tão amedrontador aos olhos dos analistas e especialistas forjados no interior do próprio sistema – impõe ao conjunto da sociedade os sacrifícios coletivos para que sejam drenados, de forma segura e contínua, a essa ínfima parcela os recursos extraídos de todos os demais setores.

A cumplicidade do Banco Central

As fontes desses ganhos inexplicáveis e inaceitáveis são multivariadas. A sinecura proporcionada pela permanência das nossas taxas oficiais de juros em níveis de campeã do mundo é uma delas, com toda a certeza. Os bancos têm rentabilidade muito elevada sem fazer absolutamente nada: basta emprestar ao governo com ganhos balizados pela Selic. A prática antiga e conhecida da sonegação tributária no interior do sistema das finanças reforça o poder das empresas e retira recursos do conjunto da sociedade. As tarifas cobradas pelos chamados “serviços” bancários no interior de nossas fronteiras também figuram dentre as mais elevadas do planeta. Além desses fatores, ganha participação especial os ganhos proporcionados pelos impressionantes níveis de “spread” praticados pelos bancos.

A farsa da colocação de dirigentes de bancos privados no comando do Banco Central cai como sopa no mel em tal quadro incestuoso. Ao brandir pela “independência” do BC para que este opere em termos supostamente “técnicos”, os defensores dos interesses do financismo buscam legitimar a prática daquilo que a sabedoria popular chama de “colocar a raposa para tomar conta do galinheiro”. Afinal, nada mais “político” do que deixar a instituição responsável pela regulamentação e fiscalização do sistema financeiro nas mãos dos próprios banqueiros.

Ora, como encontrar outra resposta para a ausência de ação do BC no controle do crime de abuso econômico praticado há décadas pelos bancos? A prática articulada das empresas em regime de oligopólio é por demais conhecida para que se tente outra forma que não a intervenção pesada do órgão regulador na defesa dos interesses das partes mais frágeis na relação econômica determinada. Fiquemos apenas com o exemplo mais escandaloso do “spread” praticado nas operações realizadas com cartões de crédito.

Lucros dos bancos só crescem

O BC acaba de divulgar seu mais recente relatório com tais informações. Em dezembro de 2017, a média da taxa cobrada pelos bancos nessas operações era 335% ao ano. Recordemos apenas que naquele momento a Selic estava na faixa de 7% ao ano. Quem se dedicar a calcular o diferencial de ganho nessa operação chegará ao inacreditável percentual de 4.685%. É por isso que a posição de chefe de tesouraria de instituições financeiras no Brasil é tão cobiçado. Em nenhuma outra praça do mundo uma singela operação de crédito oferece tamanha rentabilidade sem praticamente nenhum risco envolvido.

Mas Paulo, poderão arguir alguns leitores, o fato é que a taxa Selic baixou no período mais recente e isso deve ter impactado os custos das operações. Pois peguemos os valores observados nos finais de ano anteriores:

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Como se pode perceber, os ganhos dos bancos nas operações só fizeram crescer nesse período mais recente, como vinha ocorrendo desde sempre. Esteja a Selic em alta ou em baixa, esteja a inflação mais ou menos controlada, os interesses dos bancos não são afetados. Muito pelo contrário! A complacência e a cumplicidade do BC só contribuem para essa verdadeira sensação de impotência do conjunto da sociedade frente ao poder exacerbado do sistema financeiro.

A proximidade do pleito de outubro e a oportunidade gerada pelo debate de alternativas eleitorais não podem deixar de lado a questão da dominância do financismo. É necessário uma ampla discussão nacional a essa respeito. É urgente que superemos nossa condição de uma sociedade que permite se deixar escrava dos desejos do parasitismo rentista por tanto tempo. Um modelo social e econômico menos desigual pressupõe maior capacidade de controle e regulação do Estado perante esse perigoso poder. Por outro lado, as empresas do mundo das finanças deveriam contribuir com maior capacidade de arrecadação tributária para um Brasil mais justo e desenvolvido.
*Paulo Kliass é doutor em Economia pela Universidade de Paris 10 e especialista em Políticas Públicas e Gestão Governamental, carreira do governo federal

Fonte: Portal Vermelho

Open banking movimenta setor e tende a se consolidar em 2018

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Em linha com a agenda BC+ para incitar a oferta de novos serviços e a concorrência, abertura de protocolos ganha força entre os bancos e pode ter regulação específica neste ano

Este ano será marcado pela consolidação do open banking no sistema financeiro brasileiro. O movimento já traz maior concorrência ao setor e a tendência é que haja uma regulação específica até 2019.

No open banking, instituições financeiras disponibilizem parte de seus protocolos (ou APIs) para terceiros, permitindo a criação de produtos integrados e uma eventual descentralização do sistema bancário.

Incentivada pela regulação em diversos países (ver infográfico) e na pauta do Banco Central, a discussão ganhou força no Brasil em 2017 com o lançamento do Portal do Desenvolvedor pelo Banco do Brasil.

“Estamos bem à frente dos concorrentes nessa jornada de open banking, mas conforme cresça a adesão dos outros players, será visível a maior eficiência de todo o sistema”, comenta o diretor de negócios digitais do BB, Marco Mastroeni.

No Bradesco, o lançamento de um programa estruturado ocorrerá em breve. “Estamos prontos para o mundo da agregação. Nós trabalhamos nos últimos três anos para operar em regime open banking. A decisão de executar essa estratégia deve acontecer ao longo de 2018”, afirmou o vice-presidente do banco, Maurício Minas.

Os casos não são isolados; prestadora de serviços de TI para o setor financeiro, a Sensedia está envolvida com “cerca de 10 clientes do segmento bancário em projetos de open banking”, de acordo com o CEO, Kléber Bacili.

O mesmo cenário é verificado na Everis. “Todos, sem exceção, estão envolvidos”, alega o diretor da área de bancos da consultoria em TI, Ignácio Nuñez.

Parte da movimentação é fruto da pressão exercida pela entrada de novos players com forte abordagem digital e mais populares entre pessoas mais jovens.

“O cliente não necessariamente ama o banco”, observou Claudia Woods, diretora de varejo do Banco Original – que também tem os protocolos abertos para desenvolvedores. “Agora se meu banco está integrado com um site de compra de carros, facilitando o meu financiamento, isso muda a percepção.”

A executiva pondera, ainda, que a integração entre os bancos e os demais nichos de mercado deve incentivar a criação de uma regulamentação específica no mercado “neste ou no próximo ano”.

“Como muitos países já mostram a formalização de normas legislativas que obrigam os bancos a abrirem seus protocolos, a tendência do Brasil é de seguir esse caminho”, avalia Woods.

Procurado pelo DCI, o Banco Central afirmou, em nota, que “tem acompanhado e estudado as inovações no segmento”.

“Nesse sentido, o open banking é um dos temas de interesse, tendo em conta o potencial impacto na oferta de novos serviços financeiros e sobre a concorrência.”

Competição tecnológica
A possibilidade de competição bancária se expande até mesmo para empresas de tecnologia.

Entre as pioneiras que realizaram integração com o BB está a Conta Azul. Dona de um software de gestão empresarial (ou ERP) na nuvem para pequenas, a empresa faturou cerca de R$ 40 milhões em 2017, tendo como principal impulso a parceria com o banco.

Anunciada em setembro, a relação permite que clientes em comum do banco e da jovem companhia realizem conciliação bancária de forma automática dentro do próprio ERP. “Ligar a plataforma do cliente ao internet banking faz com que ele evite muito trabalho manual”, disse o CEO da Conta Azul, Vinicius Roveda.

“Muitos novos clientes veem a facilidade e adotam o BB como conta primária”, afirma o executivo – que já vê clima para a replicação do projeto junto a novos parceiros. “Os bancos privados querem fazer tudo sozinhos, mas é uma coisa que o mundo está mostrando que não funciona”, pontua Roveda.

Abordagem semelhante também está presente no MarketUP, que também oferece ERP na nuvem para empresas de pequeno porte – e que conta com apoio do Bradesco desde o início da operação, em 2015.

CEO da empresa, Carlos Azevedo explica que os cerca de 100 mil usuários utilizam a plataforma de maneira gratuita, mas com acesso direto à produtos e serviços de clientes. O primeiro deles foi justamente o banco.

“Como já estou acoplado com suas finanças posso oferecer capital de giro, seguro, adiantamento de recebíveis ou avisar sobre pagamento de contas”, exemplifica.

O usuário ainda precisa deixar o ambiente do ERP para concluir a operação, mas o cenário mudará neste ano. “Faremos uma integração do MarketUp com o banco e o cliente vai conseguir fazer tudo direto.”

Segurança e privacidade
Da outra ponta, questões como segurança e privacidade podem atrasar o avanço do open banking no Brasil.

De um lado, a abertura de protocolos pelos bancos expõe parte de suas estruturas e dados à invasão. De outro, compartilhar informações de usuários com outras plataformas implica em um risco de privacidade.

“O uso de dados sempre é complicado, sobretudo no setor financeiro”, afirmou Nuñez, da Everis, observando que o tema não é regulamentado no País. “Quem tem direito de colher, armazenar e processar esses dados são os bancos”, lembrou Minas, do Bradesco.

Para Mastroeni, do BB, “segurança é um ponto principal” para o open banking. “Temos ferramentas de critério para ver quais os APIs que entram ou não na nossa plataforma, além de sempre contar com a autorização do cliente para fazer a movimentação oferecida”.

Já Bacili, da Sensedia, lembra que “o problema vem quando um parceiro pode se tornar uma ameaça para alguma linha de produtos. Aí é onde o conservadorismo pode emperrar o open banking de avançar”.

Fonte: DCI

CSN dá ações da Usiminas como garantia em renegociação, dizem fontes

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(Bloomberg) — A CSN concordou em colocar como garantia ações que detém da siderúrgica rival Usiminas e eventualmente vender esses ativos como parte do acordo para obter alívio da dívida com pelo menos um dos seus principais bancos credores, disseram duas pessoas com conhecimento das negociações.

A CSN prometeu vender ações da Usiminas no acordo de reestruturação de sua dívida, disseram as pessoas, que pediram para não serem identificadas porque nem todos os termos do contrato são públicos. A data para venda dessas ações será fixada pela CSN, disse uma das pessoas.

A siderúrgica também concordou em fazer um pagamento inicial de R$ 500 milhões, disse a mesma pessoa. A CSN preferiu não comentar.

Em agosto, a empresa possuía uma participação de 16,4% na Usiminas, que aos preços de hoje valeria R$ 2,6 bilhões. No início deste mês, CSN anunciou que alcançou um acordo com o Banco do Brasil para ampliar o prazo médio de sua dívida de 26 para 45 meses. Na época, a empresa disse que acordo similar estava em curso com a Caixa Econômica Federal, outro credor estatal.

Os dois bancos têm cerca de 49% da dívida total da CSN, segundo comunicado da empresa. Isso seria de cerca de R$ 14 bilhões, de acordo com dados compilados pela Bloomberg.

A CSN não forneceu informações adicionais sobre os termos do contrato.

A empresa também está reestruturando sua dívida com o Santander, antes de buscar negociações semelhantes com o Bradesco, disseram as pessoas. Santander, Bradesco, Banco do Brasil e CEF não quiseram comentar, citando regras de sigilo bancário.

Como parte do alívio da dívida, a siderúrgica tentou emitir até US$ 1 bilhão em títulos em dólares de cinco anos para comprar US$ 750 milhões em notas com vencimento em 2019 e 2020. A CSN acabou vendendo US$ 350 milhões a 7,625%, em comparação com 6,687% a 6,5% nos títulos que a empresa está planejando recomprar agora no mesmo valor do total emitido.

Fonte: Uol Economia

Crescem as demissões e a perseguição política nos bancos públicos

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Mesmo sendo o setor que mais lucra no país, os banqueiros estão demitindo em massa e perseguindo ativistas bancários que lutam contra a política de ataques as já precária condição de vidas dos bancários.

Os bancários que convivem diariamente com as péssimas condições de trabalho, têm um grande número de doentes nos setores e sofrem de constante assédio, diante da voracidade por lucros dos banqueiros, além de amargarem com a falta de materiais, excesso de serviço pela falta de funcionários e uma situação na qual, a cada dia, os chefes estão exigindo mais dos trabalhadores, submetendo-os a um “regime de chicote” para cumprir metas cada vez mais exigentes, mesmo sem as condições mínimas para isso.

Os banqueiros, setor mais parasitário da economia, vem demitindo cada vez mais. Os dados de demissões são impressionantes: foram 34.518 demissões no período de janeiro a setembro de 2017. Em 2018 não está sendo diferente: a direção da Caixa Econômica Federal já prepara um novo Plano de Demissões Voluntárias (PDV) para reduzir ainda mais o quadro de funcionários visando a sua privatização.

Além disso, no Banco do Brasil e na Caixa Econômica Federal, as direções dos bancos vem promovendo uma verdadeira “caça às bruxas” contra os ativistas e promovendo perseguições contra trabalhadores que não aceitam a política imposta por este bancos em relação ao contrato de trabalho.

No Banco do Brasil os funcionários que estão processando judicialmente a instituição pelo pagamento da jornada, indevida, da 7ª e 8ª horas,estão sendo perseguidos e demitidos, como no caso dos trabalhadores de Brasília onde foram demitidos quatro bancários e tantos outros nacionalmente perderam as suas funções gratificadas pela direção gopistas desses bancos. Isso quando, conforme a CLT em seu Art. 224, “a duração normal do trabalho dos empregados em bancos, casas bancárias e Caixa Econômica Federal será de 6 horas contínuas nos dias úteis, com exceção dos sábados, perfazendo um total de trinta horas de trabalho por semana”.

A Caixa Econômica Federal vem perseguindo politicamente trabalhadores que se colocaram à frente das mobilizações legítima em defesa de um banco 100% público, contra a política de ataque do governo golpista de Michel Temer aos trabalhadores bancários e da população em geral. Um ataque a toda categoria na tentativa de calar a voz dos bancários, prática que nada deve aos tempos da ditadura militar.

A única maneira de lutar contra a verdadeira expropriação que os golpistas estão promovendo dos recursos dos trabalhadores, é a mobilização independente de toda a classe operária, contra as demissões e pela conquista da estabilidade do emprego, da redução da jornada de trabalho para 35 horas, com escala móvel de trabalho, sem a redução dos salários.
A mobilização só terá consequência se essa luta estiver voltada pela derrota do golpe de Estado orquestrado pelo imperialismo e pelos capitalistas nacionais que tem como fundamento a expropriação de todo o povo brasileiro para satisfazer o apetite de meia dúzia de parasitas capitalistas.

Fonte: Diário Online

Bancos fecham recorde de 1,5 mil agências no Brasil em 2017

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Segundo o BC, os bancos encerraram o ano passado com 21.062 agências em funcionamento, a maior redução da série.

Após o sistema financeiro do país ter fechado um recorde de quase 1,5 mil agências em 2017, os maiores bancos de varejo no Brasil planejam suavizar o ciclo de redução do número de agências neste ano, enquanto avaliam qual o melhor uso da rede física para gerar mais receitas.

Segundo dados do Banco Central, os bancos encerraram o ano passado com 21.062 agências em funcionamento, 1.485 a menos do que em 2016, a maior redução da série.

O movimento foi liderado pelo próprio BB, que sozinho fechou 670 agências, dentro de um processo de redução de custos que também envolveu um programa de demissão de voluntária (PDV) para cerca de 10 mil empregados.

O Bradesco encerrou 564 agências, em meio ao forte esforço de ajuste após a compra do HSBC, em 2016, operação que acrescentou cerca de 850 postos físicos ao grupo. A rede do Itaú Unibanco diminuiu em 125 postos e a Caixa Econômica Federal encerrou 18 agências. O Santander Brasil foi o único entre os cinco maiores do país a ampliar a rede, com 3 agências a mais.

Redução de custos
Embora o pano de fundo desse movimento, o foco no ganho de eficiência e redução de custos, deve seguir uma ênfase dos bancos para este ano, com previsão de que os custos administrativos cresçam no máximo a inflação do período, o ritmo de redução de agências vai diminuir, ou até parar.

“Há uma vantagem competitiva em ter uma rede de agências ampla como a que temos”, disse nesta semana Octavio de Lazari, no dia em que foi nomeado futuro presidente-executivo do Bradesco, cargo que deve assumir em março.

O Itaú Unibanco, que nos últimos anos têm feito investimentos relevantes para multiplicar sua base de agências digitais, que atendem os clientes remotamente, também vai moderar no ajuste da rede física, após ter fechado 380 unidades nos últimos três anos, entre agências e postos de atendimento, mesmo com a incorporação de uma rede de cerca de 70 postos com a compra do Citi, também em 2017.

“Não vamos fechar grande número de agências num futuro próximo”, disse o presidente-executivo do Itaú Unibanco, Candido Bracher, durante apresentação na terça-feira sobre os resultados do quarto trimestre.

Ajustes na estrutura
O BB, após a forte contração da rede física em 2017, passou a fazer ajustes linha fina na sua estrutura, definindo fechamento ou abertura de agências por questões pontuais, como segurança. A exemplo do que já fizera no ano anterior, o BB fechou algumas unidades em cidades do Nordeste que foram várias vezes alvos de explosões.

“Nestas cidades, continuamos atendendo clientes por meio de unidades do Banco Postal”, disse um alto executivo do banco sob condição de anonimato, referindo-se à parceria que o BB tem com os Correios para serviço de correspondente bancário.

A desaceleração dos bancos no ritmo de redução da estrutura de agência ocorre no momento em que as instituições financeiras têm preferido esperar para decidir qual o melhor uso dessas estruturas. Segundo executivos dos próprios bancos, há limites para negócios financeiros que operam apenas com canais digitais, já que oportunidades de interação com os clientes são perdidas.

“Temos que pensar como usar melhor esses espaços de forma mais integrada com os canais digitais e que gerem mais negócios”, disse na véspera Maurício Minas, vice-presidente responsável por TI no Bradesco.

Fonte: G1

Odebrecht pede R$ 3,5 bi a Bradesco, Itaú, BB e Santander, mas encontra resistência

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Segundo fontes, credores, que ainda não bateram o martelo nem demonstram apetite, defendem que é preciso limitar o endividamento do grupo

A Odebrecht S.A. procurou Bradesco, Banco do Brasil, Itaú Unibanco, Santander para negociar um novo empréstimo bilionário para fazer frente aos seus compromissos financeiros e também tocar projetos no curto prazo, conforme apurou o Broadcast. A conversa, embora ainda esteja no começo, já enfrenta resistência, uma vez que essas instituições estão dispostas a liberar um valor menor, de cerca de R$ 1 bilhão, do que a companhia estaria buscando, de R$ 3,5 bilhões.

O avanço na negociação com os bancos, conforme uma fonte, dependerá, contudo, da contrapartida que a Odebrecht vai oferecer para obter dinheiro novo. Os credores, que ainda não bateram o martelo nem demonstram apetite, defendem que é preciso limitar o endividamento do grupo e suas respectivas empresas e ainda verificar a real necessidade do recurso novo a despeito do esforço de reestruturação de dívidas e venda de ativos. “A Odebrecht ainda está estruturando as proposições”, afirma uma fonte próxima às conversas com os bancos, na condição de anonimato.
A Odebrecht teria ofertado aos bancos, de acordo com outra fonte, usar novamente as ações da Braskem que tiveram forte valorização recentemente. Essa estrutura foi usada desde a reestruturação da dívida da Atvos (ex-Agroindustrial). Como os papéis da Braskem estão valorizados – somente em um ano subiram mais de 35% –, o objetivo da Odebrecht é obter mais dinheiro com a mesma garantia.

No entanto, além do apetite de cada credor, a liberação de novos recursos também dependerá de um consenso entre os bancos credores. Isso porque existe uma espécie de “pacto” das instituições financeiras em relação ao endividamento da Odebrecht. Não há nada formal, mas, segundo uma fonte, um “combinado” entre os bancos, no qual consentiram que movimentações de crédito junto à companhia só ocorrerão com o aval de todos.

O apetite limitado dos bancos credores não é à toa. Essas instituições aportaram volumes relevantes de recursos na companhia logo após a prisão de Marcelo Odebrecht, evitando que o grupo enfrentasse uma recuperação judicial.

Apesar de duros na negociação, os bancos não querem, contudo, que a Odebrecht se torne mais um caso de inadimplência em seus balanços. Pesa, sobretudo, o fato de essas instituições financeiras estarem saindo da pior crise em termos de calotes e ainda lidarem com casos específicos no setor corporativo trimestre após trimestre. Por isso, devem buscar uma alternativa.

Uma das saídas é a Odebrecht se desfazer de ao menos um pedaço de sua fatia na Braskem, no âmbito da oferta subsequente(follow on), que já está sendo preparada pela Petrobras, que busca uma porta de saída da petroquímica. A venda de alguma fatia da Braskem pela Odebrecht está sendo discutida, o problema é que até aqui a empreiteira tem relutado em seguir esse caminho e quer manter o controle da empresa, que é responsável por uma parte relevante das receitas do grupo.

Essa decisão, conforme fontes, depende ainda do acordo de acionistas da Braskem, que vem sendo discutido entre Petrobras e Odebrecht. Somente a partir disso é que a própria Petrobras definirá o quanto irá vender no follow on, que quer que aconteça ainda neste ano. Na Braskem, a Odebrecht detém 50,1% das ações ordinárias.
Dívidas. Um dos maiores gargalos de curto prazo está na dívida de R$ 500 milhões em bônus emitidos no exterior pelo braço financeiro do grupo e garantidos pela construtora, que atualmente está no foco da Odebrecht para evitar a insolvência. Esses papéis têm vencimento em abril deste ano. Os demais títulos de dívida (bônus) vencem a partir de 2020.

Nesse momento, a holding estuda como pode, de acordo com uma fonte, apoiar uma eventual reestruturação no exterior da dívida que não estaria considerada no crédito novo que o grupo pleiteia junto a credores locais. A capitalização da construtora é tida como a etapa final da reestruturação dos negócios do grupo.

O principal problema da construtora é justamente o encolhimento de seu caixa, em consequência da paralisação de sua carteira de contratos (backlog), na esteira da Lava Jato. A saúde financeira da construtora depende também da liberação de uma linha de cerca de R$ 600 milhões junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) de obras realizadas em Angola.

A Odebrecht S.A. compreende os diversos negócios do grupo. Além de ter metade da Braskem, atua nos setores de engenharia e Construção, indústria, imobiliário, infraestrutura e energia. Fundada pelo engenheiro pernambucano Norberto Odebrecht, no ano de 1944, em Salvador, foi uma das protagonistas da Operação Lava Jato, o maior esquema de corrupção da história brasileira.

Procurados, Bradesco, BB, Itaú, Santander não comentaram. A Odebrecht também não se manifestou.

 

Fonte: Estadão

Concurso Banco do Brasil 2018: Está na Hora de estudar

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Para muitos, um dos editais mais esperados é o do Concurso Banco do Brasil 2018 que pode oferecer inúmeras vagas para quem terminou o ensino médio e também para nível superior. Com o atrativo de uma boa remuneração, benefícios do cargo, bom local de trabalho e a tão desejada estabilidade oferecida pelo concurso.

Por enquanto ainda não há previsão para a abertura de um novo edital, entretanto, o Tribunal Regional do Trabalho da 10º Região decidiu pedir um novo concurso do Banco do Brasil que tem o prazo para ocorrer em até dois anos. Para os interessados em conquistar uma vaga já devem começar os estudos através de editais passados e provas que podem ser de grande ajuda.

Concurso Banco do Brasil 2018 como é realizado?
O último concurso oferecido pela entidade foi em 2015 que contou com uma seleção para preencher mais de 800 vagas, as matérias exigidas são: língua portuguesa, raciocínio lógico-matemático, atualidades do mercado financeiro, cultura organizacional, técnicas de vendas, atendimento, domínio produtivo da informática, conhecimentos bancários, língua inglesa e redação.

A prova contou com 70 questões, divididas em 25 de conhecimentos básicos e 45 de conhecimentos específicos com um total de 100 pontos. A taxa de inscrição fica em torno de R$50,00 o salário oferecido aos escriturários de nível médio completo teve um aumento para R$3.952,03 incluindo os benefícios.

Fundado em 12 de outubro de 1808, o Banco do Brasil S.A. foi à primeira instituição bancária a operar no país e, em mais de 200 anos de existência, acumulou experiências e colecionou inovações, participando vivamente da história e da cultura nacionais.

A marca “Banco do Brasil” é uma das mais conhecidas e valorizadas pelos brasileiros, que reconhecem na Instituição atributos como solidez, confiança, credibilidade, segurança e modernidade. Por meio de atuação bastante competitiva nos mercados em que atua, o Banco do Brasil é uma companhia lucrativa alinhada a valores sociais.

Fonte: A Folha Hoje

Lewandowski homologa acordo sobre planos econômicos e processos vão ao Plenário do STF

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BRASÍLIA (Reuters) – O ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), homologou nesta quinta-feira o acordo firmado entre poupadores e bancos para compensar perdas com expurgos inflacionários causadas pelos planos econômicos Cruzado, Bresser, Verão, Collor I e II das décadas de 80 e 90.

O acordo do ministro é o último e mais abrangente entre os homologados por ministros do Supremo, informou a Advocacia Geral da União. Lewandowski pediu a confirmação de sua decisão pelo plenário do STF.

O acordo estabelece descontos de 8 a 19 por cento para os clientes que têm mais de 5 mil reais a receber dos bancos. Até esse limite, o pagamento será à vista, sem abatimento. Antes, haviam validado cláusulas do acordo os ministros da corte Gilmar Mendes e Dias Toffoli.

Em sua decisão, Lewandowski destacou que todas as salvaguardas legais foram tomadas nesse processo de acordo coletivo.

“Apesar da existente controvérsia sobre a justiça do acordo, penso que, na medida em que persiste a incerteza sobre o resultado final do litígio no âmbito do Supremo Tribunal Federal, o qual tem competência constitucional para proferir a última palavra sobre ele, e considerando a já mencionada existência de todas as salvaguardas necessárias para a higidez do acordo, afigura-se, a meu ver, recomendável a homologação da avença, possibilitando aos interessados aderirem ou não a este, conforme a conveniência de cada um”, decidiu.

Aderiram ao acordo os bancos Itaú Unibanco, Bradesco, Santander Brasil, Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil, e outros bancos têm até 90 dias, contados a partir de dezembro passado, para manifestarem interesse em participar, informou a AGU no fim do ano passado.

(Reportagem de Ricardo Brito)

Criminosos vendem site falso do Banco do Brasil por R$ 300

Publicado em: 15/02/2018

Mais um grupo de cibercriminosos foi encontrado vendendo páginas falsas de bancos e companhias no WhatsApp. As páginas falsas servem para roubar dados pessoais — nome completo, conta corrente, senhas etc — de vítimas em todo o Brasil. No caso, uma página de phishing do Banco do Brasil está sendo vendida por R$ 300, enquanto uma página das Casas Bahia ou Ponto Frio sai por R$ 600.

O trabalho é de conscientização: se você já sabe como se proteger do phishing, alerta seus amigos e familiares mais vulneráveis. Não clique em links recebidos via email e mensageiros, utilize uma ferramenta antiphishing/antivírus no seu dispositivo e confira os canais oficiais de empresas e bancos — vale aquela dica de ouro para descobrir se um site é falso de maneira rápida: escreva seu login e senha com erros, se o site aceitar o login, provavelmente você está em um domínio falso.

Fonte: Tecmundo 

Banco do Brasil prorroga as parcelas do custeio do arroz

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O Banco do Brasil, atendendo solicitação da Farsul e Federarroz, concordou em prorrogar as parcelas do custeio do arroz de 2017 vencidas no final de janeiro e as vincendas no final de fevereiro para junho próximo. A prorrogação é opcional.

Segundo o presidente do Sistema Farsul, Gedeão Pereira, a prorrogação é um mecanismo para que o produtor não precise vender o arroz a preços muito baixos para o pagamento das dívidas: “É um procedimento para que o produtor não force ainda mais o mercado. A oferta está muito grande e é isso que determina o preço. Estamos trabalhando para que não caia abaixo do mínimo de 36 reais”, explica Pereira.

As agências do Banco do Brasil começarão a receber as informações da diretoria do banco a respeito da prorrogação na próxima semana. Os produtores que tiverem dúvidas podem entrar em contato com a Farsul.

Fonte: Jornal Folha do Sul 

Fundos com BB e Votorantim colocam à venda parque eólico no Ceará, dizem fontes

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Fundos de investimento coordenados pelo banco Votorantim e pelo Banco do Brasil e a empresa de energia Enerplan estão em busca de compradores para um complexo de usinas eólicas no Ceará em que são sócios, disseram à Reuters três fontes com conhecimento do assunto.

O parque eólico Faísa, formado por cinco usinas, com investimentos de mais de meio bilhão de reais, soma uma capacidade instalada de 136,5 megawatts e está em operação na cidade de Trairi, a 80 quilômetros de Fortaleza.

O movimento de venda ocorre em meio a um forte interesse de investidores por ativos de energia renovável, que estão ganhando competitividade no Brasil. Um leilão para novos projetos de geração eólica e solar realizado em dezembro registrou os menores preços da história para contratos das fontes no país, em meio a uma forte competição entre empresas pela autorização para construir usinas.

O empreendimento no Ceará foi comprado pelos fundos FIP-IE BB Votorantim Energia Sustentável I, II e III e pela Enerplan em 2012, e eles investiram cerca de 540 milhões de reais para a construção das usinas, que tiveram a produção vendida antecipadamente em um leilão de energia realizado pelo governo brasileiro em 2009.

“O parque Faísa está à venda, e já deve ter gente olhando”, disse uma das fontes, que participa de processos de fusões e aquisições e falou sob a condição de anonimato.

Uma segunda fonte, de uma empresa do setor eólico, disse que foi sondada sobre a venda do parque.

Inaugurado no final de 2014, o parque no Ceará utiliza turbinas eólicas da fabricante indiana Suzlon, que no ano passado anunciou o fechamento de suas operações no Brasil.

A saída da fornecedora do país tem prejudicado o processo de venda das usinas, uma vez que o novo dono provavelmente precisará buscar um outro fabricante para prestar serviços de operação e manutenção dos equipamentos, disse a segunda fonte.

“Quando a Suzlon saiu (do Brasil), o parque perdeu valor”, disse a fonte, que falou sob anonimato.

O braço de energia do Grupo Votorantim anunciou no final do ano passado uma joint venture para investimentos em energia limpa no Brasil junto ao Canada Pension Plan Investment Board (CPPIB), o que incluiu a transferência para a nova empresa de um parque eólico da Votorantim Energia no Piauí.

O complexo eólico de Faísa, no entanto, não entrou na transação.

As fontes não comentaram possíveis valores envolvidos na negociação do parque no Ceará.

Na mais recente aquisição de um empreendimento eólico anunciada no Brasil, realizada pela joint venture entre Votorantim e CPPIB, as empresas compraram um parque da Casa dos Ventos na divisa entre o Piauí e Pernambuco, de 359 megawatts, que recebeu investimentos de 1,8 bilhão de reais.

Procurada pela Reuters, a Votorantim Asset disse que não vai comentar o assunto. O BB também recusou-se a comentar por estar em período de silêncio. Um porta-voz da Enerplan não quis falar sobre o negócio.

Fonte: Economia UOL

Concurso Banco do Brasil 2018: Está na Hora de estudar

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Para muitos, um dos editais mais esperados é o do Concurso Banco do Brasil 2018 que pode oferecer inúmeras vagas para quem terminou o ensino médio e também para nível superior. Com o atrativo de uma boa remuneração, benefícios do cargo, bom local de trabalho e a tão desejada estabilidade oferecida pelo concurso.

Por enquanto ainda não há previsão para a abertura de um novo edital, entretanto, o Tribunal Regional do Trabalho da 10º Região decidiu pedir um novo concurso do Banco do Brasil que tem o prazo para ocorrer em até dois anos. Para os interessados em conquistar uma vaga já devem começar os estudos através de editais passados e provas que podem ser de grande ajuda.

Concurso Banco do Brasil 2018 como é realizado?
O último concurso oferecido pela entidade foi em 2015 que contou com uma seleção para preencher mais de 800 vagas, as matérias exigidas são: língua portuguesa, raciocínio lógico-matemático, atualidades do mercado financeiro, cultura organizacional, técnicas de vendas, atendimento, domínio produtivo da informática, conhecimentos bancários, língua inglesa e redação.

A prova contou com 70 questões, divididas em 25 de conhecimentos básicos e 45 de conhecimentos específicos com um total de 100 pontos. A taxa de inscrição fica em torno de R$50,00 o salário oferecido aos escriturários de nível médio completo teve um aumento para R$3.952,03 incluindo os benefícios.

Fundado em 12 de outubro de 1808, o Banco do Brasil S.A. foi à primeira instituição bancária a operar no país e, em mais de 200 anos de existência, acumulou experiências e colecionou inovações, participando vivamente da história e da cultura nacionais.

A marca “Banco do Brasil” é uma das mais conhecidas e valorizadas pelos brasileiros, que reconhecem na Instituição atributos como solidez, confiança, credibilidade, segurança e modernidade. Por meio de atuação bastante competitiva nos mercados em que atua, o Banco do Brasil é uma companhia lucrativa alinhada a valores sociais.

Fonte: A Folha Hoje

BB assina termo com Mapfre para reestruturar joint venture em seguros

Publicado em: 09/02/2018

O Banco do Brasil (BB) assinou um termo de entendimento com a Mapfre para reestruturar a joint venture no ramo de seguros, conforme fato relevante divulgado nesta terça-feira. O tratado, sem efeitos vinculantes, visa estabelecer as premissas para a celebração de acordos definitivos que regulariam a reestruturação societária e operacional das sociedades integrantes do atual Grupo Segurador BB e Mapfre.

Caso se concretize, o novo acordo prevê que as carteiras exploradas em conjunto pelo Grupo BB Seguridade e Mapfre seriam, no canal bancário do BB, vida, prestamista, vida produtor rural, habitacional, agrícola, penhor rural, residencial, empresarial, massificados e DPVAT. No canal affinity, essas mesmas carteiras poderão ser exploradas, desde que previamente acordado entre as duas partes.

Além disso, a Mapfre também exploraria sozinha, no canal corretor e affinity, as carteiras vida, prestamista, agrícola, auto, grandes riscos, residencial, empresarial e DPVAT. E no canal bancário do BB, as linhas auto e grandes riscos, com exclusividade, mas as condições para tanto ainda precisam ser definidas.

“A reestruturação da operação de seguros no Grupo Segurador BB e Mapfre está alinhada com a estratégia de simplificação da estrutura de governança e gestão das participações adotada pela BB Seguridade. Essa estratégia tem por objetivo aumentar a ênfase na comercialização de produtos de seguro no canal bancário, buscando aperfeiçoar os serviços prestados aos clientes do BB bem como a maximização na geração de valor para seus acionistas”, diz o comunicado.

O documento aponta ainda que a destinação dos recursos que poderão ser eventualmente liberados será posteriormente definida pela BB Seguridade.

Já havia especulações no mercado de que o BB poderia rever seu acordo com a Mapfre. Em novembro de 2017, quando da divulgação do balanço da BB Seguridade do terceiro trimestre, o presidente da empresa, José Maurício Coelho, foi questionado sobre o assunto e afirmou que discussões com os sócios acontecem o tempo todo, mas que não havia indicação de mudança na joint venture com a Mapfre.

Ainda assim, ele ressaltou que não estava satisfeito com o desempenho do segmento SH2, que engloba seguro automotivo e patrimonial. “Ninguém discute parceria de SH1 (que reúne seguro de vida, rural e prestamista), mas SH2 não tivemos o que imaginávamos. Não estou satisfeito com retorno do SH2, também é insatisfação do parceiro. Estamos tentando melhorar isso. Esse esforço continua”, apontou na ocasião.

A Caixa Econômica, que tinha um acordo de bancassurance com a francesa CNP Assurances, também decidiu recentemente terminar o esquema de exclusividade e está promovendo uma disputa para encontrar novos parceiros.

Fonte: Valor Econômico

Gaeco prende três advogados em Loanda suspeitos de estelionato; BB era o principal alvo

Publicado em: 08/02/2018

Três advogados foram presos preventivamente em uma operação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) deflagrada em Loanda, na região noroeste do Paraná, nesta quinta-feira (8).

Eles são suspeitos de estelionato, associação criminosa, falsidade ideológica e apropriação indébita.

Além do cumprimento de três mandados de prisão preventiva, o Gaeco também cumpriu sete mandados de busca e apreensão nas casas e escritórios dos investigados.

O promotor do Gaeco Fernando Cubas César explicou que os profissionais investigados entravam com ações contra bancos, principalmente contra o Banco do Brasil, para reaver diferenças financeiras decorrentes de reformas econômicas, e não repassavam os valores às vítimas. Essas diferenças são conhecidas como expurgos inflacionários.

“Os advogados procuravam as vítimas, recolhiam procurações e entravam com ações contra o Banco do Brasil como representantes dessas pessoas. Quando saia ação, venciam o processo, os investigados não repassavam o dinheiro às vítimas ou passavam valores bem abaixo do detalhado na sentença”, explicou o promotor.

Em um caso apurado pelo Gaeco, os profissionais investigados ficaram com R$ 945 mil de uma ação e não repassaram nada a vítima.

Até agora, a promotoria conseguiu apurar que o golpe foi aplicado em 29 pessoas e o prejuízo chegou a R$ 5 milhões.

“Ainda não sabemos como eles tinham acesso aos dados das vítimas. São pessoas de pouca escolaridade, com pouca instrução, que foram enganadas por esses advogados”, detalhou.

As investigações começaram em agosto de 2017. O banco desconfiou do número de processos desse tipo originados da comarca de Santa Isabel do Ivaí, no noroeste, e acionou o Gaeco.

“Os processos continham documentos ideologicamente falsos. Eles informavam endereços de Santa Isabel do Ivaí, mas as vítimas nunca moraram na cidade, por exemplo. A quantidade de ações do mesmo tipo em uma única comarca chamou atenção”, pontuou Fernando César.

Os profissionais presos serão levados para as delegacias de Maringá e de Paranavaí.

Fonte: Portal G1

Alckmin defende privatização da Petrobras, mas descarta BB

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Pré-candidato à presidência, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), defendeu, nesta quarta-feira (7), a possibilidade de privatização da Petrobras, desde que com um “bom marco regulatório”. Em reunião com representantes dos Sindicatos das Indústrias do país, realizada em Brasília, o tucano disse ser “totalmente favorável” à transferência das estatais para o controle da iniciativa privada. Ele acredita que não há espaço para “Estado empresário”.

Para o tucano, muitos setores “que não são o core, o centro objetivo da Petrobras” podem ser transferidos à iniciativa privada. Ele não descarta a possibilidade de privatização completa no futuro. “Claro que muitos setores da Petrobras devem ser privatizados. A Petrobras foi crescendo, crescendo, crescendo. Inúmeras áreas da Petrobras que não são o core, o centro do objetivo principal, tudo isso pode ser privatizado. E se tivermos um bom marco regulatório, você pode até, no futuro, privatizar tudo, sem nenhum problema”, afirmou.

Alckmin também foi questionado sobre a possibilidade de privatizar o Banco do Brasil. Neste caso, o tucano ponderou a importância de se manter bancos públicos para garantir que o governo não dependa exclusivamente de instituições privadas. “O Banco do Brasil eu não pretendo privatizar. O que você pode fazer para ter mais agilidade é criar subsidiárias. O Bando do Brasil é do governo, mas pode ter seguro, previdência complementar, no controle privado. Até porque é importante você ter um ou dois bancos públicos para não depender exclusivamente dos privados”, explicou.

No encontro, o tucano também defendeu reformas como a previdenciária, proposta pelo governo Michel Temer, e a tributária, que a atual gestão também tenta avançar no Congresso.

Fonte: Infomoney

BB oferece compra de dólar por app e saque em caixa eletrônico

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O BB anunciou nesta sexta-feira (2) que os clientes agora poderão comprar dólar pelo aplicativo e retirar a moeda em espécie em caixas eletrônicos.

A moeda, no entanto, não poderá ser sacada em qualquer terminal. É preciso localizar uma agência que tenha terminal de câmbio – o que também pode ser feito pelo aplicativo. Ao todo, são 96 no país, em 18 estados mais o Distrito Federal.

Outro recurso disponibilizado é a definição da cotação do dólar frente ao real que o cliente está disposto a pagar e quanto tempo pode esperar. Quando a moeda norte-americana bate o patamar estabelecido, o cliente recebe um aviso.

Após efetuar a compra pelo aplicativo, o cliente terá o prazo de dois dias úteis para retirar a moeda em um caixa eletrônico. Mas isso não quer dizer que o comprador fica sujeito a variações do câmbio. Na retirada, a transação segue de acordo com a cotação do dia da compra.

Segundo o banco, a transação é válida para dólar americano, até US$ 3 mil por operação, limitada a US$ 10 mil por mês.

“Para aquelas agências que não possuem terminal de câmbio, em breve o app também será interligado ao terminal de caixa dentro da agência, permitindo ao cliente retirar os dólares diretamente no guichê, sem a necessidade de passar pelo atendimento”, disse o BB em nota.

Fonte: Portal G1

BB Seguros lança campanha bem-humorada para falar dos imprevistos do cotidiano

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A nova campanha do Banco do Brasil Seguros, do Grupo Segurador Banco do Brasil e Mapfre, desembarca nos canais digitais com vídeos e peças divertidas que mostram como os clientes podem contar com a marca nos acontecimentos inesperados do dia a dia.

O mote “Especialista em Seguros” abre a segunda fase da ação produzida pela Agência Garage. “Nesta nova etapa reforçamos que os nossos consumidores encontram no seguro o apoio para proteção do patrimônio e para resolver dificuldades que todo mundo tem com a casa e o carro, por exemplo. O objetivo é mostrar a simplicidade da apólice e nossa expertise em atendimentos ágeis e de qualidade”, conta Leonardo Mattedi, diretor geral de Administração, Finanças e Marketing do Grupo Segurador Banco do Brasil e Mapfre.

Para isso, a brasilidade traz o tom dos vídeos de 90’ e 30’ que mostram grupos diferentes, sendo casais, pais e filhos e irmãos. A brincadeira inicia com cada um apontando a especialidade do seu par e, na sequência, entre risos e surpresas, a ação desafia os participantes a explicarem como resolver imprevistos como troca de pneu, conserto de chuveiro e reparação de farol de veículo queimado. Ao final, a campanha reforça que o Banco do Brasil Seguros é especialista em cuidar da casa, carro e futuro da família, apoiando nos desafios do cotidiano.

Fonte: Inteligemcia

OAB-RJ pede indenização de R$ 500 mil do BB por problemas com depósitos

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Os problemas enfrentados pelos advogados para levantar alvarás judiciais nas agências do Banco do Brasil chegaram à Justiça. A seccional fluminense da Ordem dos Advogados do Brasil cobra indenização de R$ 500 mil da instituição bancária por danos morais coletivos à advocacia.

A gota d’água para a seccional foi a pane do sistema do banco, no fim de 2017. Segundo a OAB-RJ, a comissão de prerrogativas da entidade recebeu, entre 20 de dezembro e 7 de janeiro, 11,6 mil reclamações de advogados que tiveram dificuldades na hora de pagar depósitos judiciais. A entidade diz que o problema é geral, não sendo específico de uma agência nem restrito a alvarás físicos ou digitais.

“Não existe nas agências da ré canal de atendimento preparado para os advogados com problemas de saque de mandados de pagamento, quanto menos são prestadas informações sobre os erros técnicos, apenas sendo informado pelos prepostos da Ré a indisponibilidade do sistema”, denuncia a OAB-RJ.

Além disso, a OAB-RJ reclama que o BB se nega a admitir as panes: “A resposta padrão dos prepostos da ré é de negar que qualquer problema estivesse ocorrendo (…) apesar de existirem inúmeros advogados e servidores do TJ-RJ relatando fatos contrários”.

“No final do ano passado, no período imediatamente anterior ao recesso, as falhas no sistema se intensificaram, sendo tão frequentes que a Comissão de Prerrogativas da OAB-RJ precisou notificar diversas vezes a gerência do Banco do Brasil”, diz a seccional.

Para a OAB-RJ, essa atitude do banco descumpre termo de cooperação técnica firmado com o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro para garantir atendimento aos jurisdicionados. No pacto é definido que a instituição financeira manterá sistema integrado com o tribunal para “otimizar o envio e o recebimento das informações online sobre os depósitos judiciais” e criar um canal de atendimento na agência instalada dentro da corte para solucionar “quaisquer ocorrências referentes à transmissão dos dados”.

Falha inexistente

Questionado pela ConJur, o Banco do Brasil negou o problema: “No final do ano de 2017, o tribunal carioca detectou dificuldades na emissão de alguns alvarás e acionou o BB. Após análise do processo, o banco não identificou qualquer erro em seu sistema. A partir disso, a situação foi regularizada pelo tribunal e os alvarás eletrônicos voltaram a ser emitidos normalmente.”

A instituição disse ainda que o TJ-RJ “possui uma solução própria, com conexão com o sistema do banco, que viabiliza os levantamentos dos depósitos judiciais” eletronicamente. Segundo o BB, essa via eletrônica permite às varas fazer o levantamento dos valores depositados da maneira pedida pelos beneficiários.

Falta concorrência

Na peça, a OAB-RJ ainda sugere que a inércia do BB em resolver os problemas pode ser resultado da falta de concorrência por outras instituições, já que o levantamento de alvarás é limitado aos bancos públicos.

Essa falta de competição, continua a seccional, faz com que sejam praticadas “as mais indignas condutas para com o advogado, sujeitando-os a filas infindáveis, no calor de um corredor pouco ventilado do fórum, exigência de documentos desnecessários para os saques e, principalmente no período pré-recesso, falhas no sistema que impedem o envio do alvará confeccionado eletronicamente pelo órgão jurisdicional”.

Esse tema foi abordado por Marcelo Von Adamek, ex-presidente da Associação dos Advogados de São Paulo, em entrevista à ConJur. Segundo ele, a falta de concorrência resulta numa total falta de incentivo para que as instituições bancárias públicas “se preocupem em dar um melhor atendimento para o advogado”.

“A partir do momento em que eu tiver uma outra alternativa, seja qual for, as partes vão ter que disputar uma clientela e, portanto, ter que prestar o melhor serviço”, avalia Adamek.

Leia a nota completa enviada pelo BB à ConJur:

“O Banco do Brasil (BB) informa que o TJ RJ possui uma solução própria, com conexão com o sistema do Banco, que viabiliza os levantamentos dos depósitos judiciais de forma eletrônica. Essa solução permite que as varas de justiça que a utilizam realizem o levantamento dos valores depositados na forma como os beneficiários determinaram, seja crédito em conta corrente ou poupança, no BB ou outra instituição financeira, ou mesmo em espécie, evitando a emissão de alvarás em papel e o deslocamento diário de beneficiários e advogados às varas e/ou às agências Bancárias.

No final do ano de 2017, o Tribunal carioca detectou dificuldades na emissão de alguns alvarás e acionou o BB. Após análise do processo, o Banco não identificou qualquer erro em seu sistema. A partir disso, a situação foi regularizada pelo Tribunal e os alvarás eletrônicos voltaram a ser emitidos normalmente.”

Fonte: Consultor Jurídico

Justiça condena empresa e BB a indenizar cinema do Pantanal Shopping no MT

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O juiz Bruno D’Oliveira Marques, da 8ª Vara Cível de Cuiabá, condenou a empresa São Miguel Ar Condicionado e o Banco do Brasil a indenizarem em R$ 10 mil a rede de cinemas Multiplex do Pantanal Shopping por cadastro indevido no programa de inadimplentes do Serasa. A sentença foi proferida no último dia 22.

Conforme os autos, a empresa que atua no ramo de atividade cinematográfica e possui filial na capital mato-grossense. Em agosto de 2008, com intuito de realizar manutenção dos seus aparelhos de ar condicionado instalados nas salas do cinema, entrou em contato com a requerida São Miguel Ar Condicionado, para fazer orçamento de tais serviços.

A requerida São Miguel apresentou um orçamento no valor de R$ 10.058,00, que não foi aceito, razão pela qual os serviços daquela não foram contratados. O mesmo serviço orçado pela requerida São Miguel foi realizado por outra empresa pelo valor de R$ 1.700,00.

Ocorre que, conforme os autos, a Multiplex Pantanal verificou que a São Miguel emitiu e descontou junto ao requerido Banco do Brasil duplicata no valor de R$ 1.000,00, sem qualquer lastro, enviando-a para protesto ao Cartório de 4º Serviço Notarial de Cuiabá. Diante disso, a cinematográfica notificou extrajudicialmente a requerida São Miguel, com o intuito de solucionar a questão, o que restou infrutífero, “mesmo ante a ausência de origem legal para o título emitido”, assevera.

“A atitude irresponsável da requerida São Miguel e do banco requerido lhe trouxe dissabores ‘de toda ordem’ pela inclusão de seu nome em listagem de inadimplentes do Serasa, tendo seu crédito abalado”, acrescenta.

O Banco do Brasil apresentou contestação. Disse ser parte ilegítima para figurar no polo passivo, “pois não praticou qualquer ato ilícito e agiu em exercício regular de direito”.

Já a São Miguel apresentou contestação e sustentou a legitimidade da cobrança, pois o valor de R$ 1.000,00 refere-se às visitas técnicas realizadas em 10 salas de cinema da autora.

Para o magistrado, restou ilegítima a cobrança feita pela empresa São Miguel.

“Do exame dos elementos contidos nos autos, tenho que a requerida São Miguel não logrou êxito em conferir legitimidade ao valor cobrado na duplicata emitida, pois em que pese o serviço prestado tenha se dado em início do mês de Agosto de 2008, as 10 (dez) ordens de serviços por ela trazidas em sua contestação, cada uma no valor de R$ 100,00, foram emitidas somente em 05.12.2008. Ou seja, as ordens de serviço que poderiam corroborar o negócio entre as partes, no que diz respeito ao valor, foram emitidas cerca de 04 meses após o serviço e sem que conste em nenhuma delas, o aceite do tomador do serviço, de modo a deixar claro que na vistoria de orçamento, o valor de R$ 100,00 seria cobrado por cada aparelho ou sala verificados”.

Assim, concluiu o magistrado ter sido “indevida a cobrança do título de crédito nº 3168, com vencimento em 20.12.2008, no valor de R$ 1.000,00”, ao passo que o Banco do Brasil, por sua vez, não adotou “qualquer cautela no que diz respeito à observação dos requisitos formais de validade causal da duplicata recebida por endosso, assumindo, assim, o risco de causar dano por protesto indevido”.

“Comprovada a abusividade do envio do título para protesto, surge o dever de indenizar, considerando que a prova do abalo moral se satisfaz com a simples demonstração do protesto indevido – fls. 55 (dano “in re ipsa”) , que independente de prova objetiva do dano porque é presumido o constrangimento e dissabor causos à vítima”, concluiu. Adiante, acrescentou. “Assim sendo, considerando as peculiaridades do caso, como a capacidade econômico-financeira das partes e o grau de lesividade do ato ofensivo, fixo o quantum em R$ 10.000,00 a título de dano moral, pois se mostra suficiente e razoável, adequado a suprir o caráter punitivo-pedagógico do dano”.

Fonte: Olhar Direto

Previ mira IPOs e ações de educação, saúde e meios de pagamentos

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A Previ, caixa de previdência dos empregados do Banco do Brasil, está planejando entrar em mais ofertas iniciais de ações (IPOs, na sigla em inglês), como parte do processo de desconcentração de sua carteira de renda variável, disse nesta sexta-feira o presidente da instituição, Gueitiro Genso.

Maior fundo de pensão do país em ativos, a Previ tem quase metade de seu capital em ações, uma carteira quase toda concentrada em apenas 12 ativos, incluindo a mineradora Vale, o próprio BB e a empresa de alimentos BRF.

Como o principal fundo administrado é de benefício definido e tem volumes crescentes de desembolsos previstos para os próximos anos, a Previ precisa ter ativos mais líquidos. Por isso, a instituição vai gradualmente deixar participações societárias mais volumosas, explicou Genso.

Alguns movimentos nesse sentido já aconteceram. A Previ deixou o acordo de acionistas da Vale no ano passado, o que vai abrir caminho para uma gradual saída da mineradora, da qual detém 15 por cento do capital. Enquanto isso, comprou ações no IPO da BR Distribuidora, em dezembro.

“Vamos fazer mais disso, comprar ações de empresas grandes, boas pagadoras de dividendos e com boa governança”, disse Gensoem entrevista à Reuters. Ele citou interesse da Previ em setores como educação, saúde e meios de pagamentos.

O executivo disse ainda que a Previ mantém o plano de IPO da Neoenergia, operação cancelada no fim de 2017 porque os acionistas vendedores da não aceitaram baixar o preço pedido por investidores.

“A empresa ainda tem muito a ganhar em sinergias após a fusão com a Elektro e vamos ganhar com isso”, disse Genso. “Voltaremos ao mercado no momento oportuno.”

A Previ ainda não divulgou seus números fechados de 2017, mas seus fundos devem ter rentabilidade acima da meta atuarial, ajudados pelo recente rali da bolsa brasileira. Genso prevê que, após vários anos, seu principal fundo deve zerar até março um déficit que chegou a ser de 16 bilhões de reais em 2015. “Espero poder dizer que não temos mais déficit”, disse ele.

Com os superávits que prevê gerar a partir de então, a Previ planeja fazer um ajuste na meta atuarial que a permita ter mais flexibilidade para aplicar em títulos públicos. Genso afirmou, contudo, que essa mudança deve ser feita gradualmente.

A meta atuarial é o retorno mínimo anual que os fundos têm que ter ao longo do tempo para conseguir pagar os benefícios de seus participantes. No caso do maior fundo da Previ, é uma taxa de 5 por cento mais INPC, enquanto títulos públicos em geral, em razão de taxas de juros nas mínimas históricas, pagam taxas reais ao redor de 4 por cento ao ano.

“Vamos usar o superávit para elevar o patrimônio e poder comprar títulos públicos”, disse.

Fonte: Exame

Com lucros recordes em 2017, bancos fecharam mais de 17 mil postos de trabalho

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Os três maiores bancos privados do Brasil – Itaú, Bradesco e Santander – tiveram, juntos, lucro líquido de R$ 53,8 bilhões. A cifra representa um crescimento de mais de 15% em relação a 2016. Somente o Itaú alcançou o maior lucro de uma instituição financeira na história do Brasil: R$ 24,8 bilhões.

De outro lado, o setor cortou muitos postos de trabalho. É o que lembra Ivone Silva, presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região.

“O setor bancário fechou 17.905 postos de trabalho em 2017, de acordo com dados do Caged [Cadastro Geral de Empregados e Desempregados]. Para ajudar o Brasil a crescer, o setor bancário precisa começar a retribuir a sociedade, praticando juros civilizados, elevando a oferta de crédito, melhorando o atendimento à população através de contratações e contribuindo para melhorar as relações de trabalho e a estrutura salarial num país que ainda figura no topo do ranking mundial de desigualdade de renda”, diz.

Um dos pontos citados por Silva é um fator fundamental para compreender os lucros altos dos bancos brasileiros: os juros de empréstimos. É o que aponta também Vivian Machado, mestre em Economia Política e técnica do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

“O que explica [os altos lucros] é o rentismo. Os lucros dos bancos são muito grandes por conta do spread: o que eles gastam para captar é muito inferior ao que eles cobram dos clientes. Quanto maior é a crise, maior é o risco, mais ele cobra. Se o país está em crise, eles emprestam menos, mas ganham em outras frentes”, indica.

Machado afirma que os bancos encontram “saídas em qualquer cenário” e, mesmo com a alta do desemprego e queda no consumo, eles vêm aumentando as receitas por conta das taxas cobradas de clientes pela prestação de serviços, como a manutenção de contas.

A opinião é compartilhada por Roberto van der Osten, presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf). Ambos dizem que só os valores desse tipo de receita possibilitam o pagamento de funcionários, uma das principais despesas destas instituições.

“O Itaú teve de receita, só com essas tarifas, mais de R$ 35 bilhões. Essa receita vem crescendo ano a ano. Sozinha ela cobre toda despesa de pessoal”, aponta Silva.

Van der Osten ressalta que, além do fechamento de postos de trabalho, o lucro dos bancos não se reverte em melhores condições de trabalho para seus funcionários, pelo contrário: as situações a que são submetidos os trabalhadores e as trabalhadoras vem se agravando, o que deve piorar com a reforma trabalhista. O sindicalista cita como exemplos a prática de home office, que flexibiliza a jornada, e a estipulação de metas exageradas, acontecimentos “compensados” por shows e espetáculos “motivacionais”.

“Os trabalhadores do ramo financeiro estão entre os mais afastados. É um dos setores que mais apresenta afastamento por distúrbio mental e vários outros tipos de doença do trabalho. O que é ‘curioso’, porque é um emprego em que aparentemente não existe penosidade em sua execução. Ele é um trabalho onde se enfrenta várias situações”, analisa.

O lucro do Banco do Brasil deve ser anunciado dia 22 de fevereiro. A divulgação deve confirmar a expectativa de menor presença relativa das instituições públicas no setor financeiro em comparação a anos anteriores.

Fonte: Brasil de Fato

Ministro Gilmar Mendes homologa ações sobre acordo entre bancos e poupadores

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O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes decidiu hoje (6) homologar duas ações do acordo financeiro entre a Advocacia-Geral da União (AGU), representantes de bancos e associações de defesa do consumidor para encerrar os processos na Justiça que tratam de perdas financeiras causadas a poupadores por planos econômicos das décadas de 1980 e 1990.

Com a decisão do ministro, falta somente a homologação mais abrangente, que está sob a relatoria do Ricardo Lewandowski, e ainda não tem data para ser analisada pela Corte. Em dezembro do ano passado, o ministro Dias Toffoli homologou duas ações que estavam sob sua relatoria e que envolviam o Itaú e o Banco do Brasil.

O acordo prevê pagamento à vista para poupadores que tenham até R$ 5 mil a receber. Já os que tem saldo entre R$ 5 mil e R$ 10 mil, receberão em três parcelas, sendo uma à vista e duas semestrais. A partir de R$ 10 mil, o pagamento será feito em uma parcela à vista e quatro semestrais. A correção para os pagamentos semestrais será feita pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

O acordo também prevê descontos para poupadores que receberão quantia superior a R$ 5 mil. O deságio varia conforme o saldo e começa em 8% para aqueles que receberão entre R$ 5 mil e R$ 10 mil; 14% para os que receberão na faixa de R$ 10 mil a R$ 20 mil; e 19% para investidores que têm direito a receber mais de R$ 20 mil.

Fonte: Exame

Procurador pede investigação para apurar empréstimos de bancos públicos

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O procurador Júlio Marcelo de Oliveira, representante do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (TCU) solicitou uma investigação para apurar irregularidades em operações de crédito feitas pela Caixa Econômica Federal.

Além da Caixa, o procurador quer investigar empréstimos feitos a estados e municípios pelo Banco do Brasil e pelo Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES).

O procurador pediu ainda a suspensão imediata de novas operações em todas as instituições bancárias públicas.

Os empréstimos da Caixa a estados e municípios foram suspensos temporariamente no fim de janeiro. Em nota, o banco informava que a decisão se devia à aprovação do novo plano de capitalização, que descartou o uso de recursos que seriam emprestados pelo Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).

De acordo com reportagem publicada pelo jornal “O Estado de S.Paulo”, porém, a decisão de suspender os empréstimos ocorreu após a descoberta de que a Caixa concedeu empréstimos a estados e municípios recebendo receitas tributárias como garantia, algo proibido pela Constituição.

Ele aponta que, ao todo, foram emprestados R$ 42 bilhões a estados e municípios sem garantia constitucional – R$ 30 bilhões pela Caixa e R$ 12 bilhões por Banco do Brasil e BNDES.

Pedido de investigação

Ao solicitar a apuração, o procurador Júlio Marcelo de Oliveira apontou que os empréstimos concedidos a estados e municípios contavam com garantias inconstitucionais – porque os bancos aceitavam como garantia receitas futuras vindas de impostos e também dos repasses do Fundo de Participação dos Estados e dos Municípios.

“A celebração de operação de crédito com garantia vedada constitucionalmente significa, na prática, uma operação de crédito sem garantia alguma, uma vez que tal garantia não pode ser executada em caso de inadimplência”, disse Oliveira no pedido de investigação.

Além disso, ele argumenta que os empréstimos são operações que vão contra a Lei de Responsabilidade Fiscal, diante da situação de desequilíbrio fiscal em muitos estados.

“Os precedentes demonstram que há risco real de os empréstimos concedidos por bancos públicos federais a estados e municípios sem o aval da União não serem honrados em razão da situação financeira precária de vários entes federados conjugada com a nulidade da garantia prestada com recursos futuros de impostos”, afirmou no documento.

Fonte: Portal G1