Banco do Brasil amplia rede de agências, na contramão da “concorrência”

Publicado em: 27/09/2024

Com o avanço da digitalização, os bancos criaram novas formas de atendimento ao público e muitos reduziram o número de agências. Um dos bancões brasileiros, no entanto, segue ampliando a rede de atendimento presencial.

O Banco do Brasil abriu 14 agências nos 12 meses encerrados em junho deste ano, enquanto Itaú, Bradesco e Santander enxugaram a estrutura de atendimento presencial no Brasil. Só no primeiro semestre, foram seis novos pontos de atendimento. Isto é, uma média de uma nova agência por mês.

Ao Investidor10, o Banco do Brasil explicou que a ampliação da rede de agências se deve à “estratégia fígital”, que busca a integração entre o físico e o digital. Segundo o BB, essa estratégia tem permitido “intensificar o relacionamento com os clientes, de forma cada vez mais personalizada, com produtos e serviços adequados a cada perfil”.

Por isso, apenas uma das 14 agências abertas nos últimos 12 meses foi do formato tradicional. As outras 13 são do tipo “digital e especializada”. “Entendemos que o modelo de agência atual tem um perfil especializado para cada segmento e perfil de cliente, trazendo proximidade, relevância e resolutividade para o relacionamento. Isso é coerente com nossa estratégia de cada vez mais hiperpersonalizar o atendimento e o relacionamento com o cliente”, comentou o BB.

O Banco do Brasil disse ainda que, ao decidir pela abertura de uma agência, avalia as regiões com potencial para novos negócios, notadamente nos segmentos em que tem liderança e ambição de crescimento.

O BB vê oportunidades, por exemplo, no mercado do agronegócio, médias e grandes empresas. Por isso, tem estrutura própria e especializada para atender esses clientes, seja essa estrutura física ou digital.

Na contramão dos pares

Os demais bancões listados na bolsa brasileira, por sua vez, têm adotado uma estratégia diferente e fechado agências. De acordo com os dados mais recentes, enquanto o Banco do Brasil abriu 14 agências nos 12 meses encerrados em junho, o Santander fechou 380 pontos de atendimento; o Bradesco, -277; e o Itaú, -175.

Já no primeiro semestre deste ano, o maior corte foi do Bradesco. Veja quantas agências cada banco abriu ou fechou no 1º semestre:

Banco do Brasil: 6;
Itaú: -142;
Bradesco: -185;
Santander: -170.

BB mantém maior rede de agências

Com isso, o Banco do Brasil se consolida como o banco com maior presença física do país. O Banco do Brasil tinha 3.998 agências ao final do primeiro semestre, sendo 3.172 agências tradicionais e 826 agências digitais e especializadas.

O número é maior inclusive do que o da Caixa Econômica Federal, que tinha 3.371 agências ao final do segundo trimestre de 2024. Além disso, supera em pelo menos 59% o total de agências mantido pelos outros bancões listados na bolsa brasileira.

Veja quantas agências cada bancão da B3 tinha ao final do 1º semestre:

Banco do Brasil: 3.998;
Itaú: 2.464;
Bradesco: 2.510;
Santander: 2.507.

Juntos, os quatro bancões listados na B3 tinham 11.479 agências ao final do primeiro semestre deste ano. São 818 a menos do que o registrado um ano atrás e 491 a menos do que no final de 2023.

Bradesco

Banco que mais enxugou a rede de agências no primeiro semestre de 2024, o Bradesco vem implementando um plano estratégico com o intuito de recuperar a sua rentabilidade.

O plano passa pela intensificação do atendimento digital, para reduzir custos, sobretudo no varejo. Contudo, também prevê o reforço do atendimento de segmentos mais rentáveis, como o de alta renda e o das pequenas e médias empresas.

Diante disso, o Bradesco disse, ao apresentar os resultados do segundo trimestre, que vem ajustando a presença física dentro da “proposta de aprimorar o modo de servir”.

“Fechamos agências tradicionais e ativamos ainda mais os nossos canais digitais e os nossos correspondentes bancários do Bradesco Expresso”, afirmou.

Santander

Já o Santander liderou o enxugamento nos 12 meses encerrados em junho, com o fechamento de 380 pontos de atendimento.

Ao apresentar os resultados trimestrais, o banco disse que tem fortalecido os canais de atendimento, “com constante evolução no digital, adicionando jornadas mais simples e maior interação no chatbot, avanços no atendimento remoto, com o uso de tecnologia e maior participação do chat humano”.

Além disso, o banco tem avançado com um “novo modelo comercial de lojas, que cada vez mais atua como um canal de conveniência e parte de uma oferta multicanal completa”.

Itaú

O Itaú, por sua vez, tem a menor rede de agências dentre os quatro bancões listados na bolsa brasileira. O banco fechou 175 agências em um ano e tinha 2.464 pontos de atendimento físico ao final do primeiro semestre.

“Avaliamos de maneira muito próxima o desempenho de nossas agências, verificando o fluxo de clientes e a geração de novos negócios, bem como a capacidade de reter e manter nossos clientes ativos, satisfeitos e se relacionando com o banco. Dessa forma, tivemos redução anual de 6,6% das agências físicas no Brasil”, afirmou, no balanço do segundo trimestre. (Fonte: Investidor10)

Fonte: FEEB PR

Bancos fecham mais de 3,2 mil agências desde 2019 e deixam a população na mão

Publicado em: 09/08/2024

Em meio a Campanha Nacional Unificada dos Bancários 2024 – mobilização da categoria para a renovação da Convenção Coletiva de Trabalho – o Sindicato tem dialogado com muitos clientes dos bancos durante suas atividades de mobilização. Nestas conversas é recorrente a queixa sobre o fechamento de agências e o número insuficiente de bancários para realizar o atendimento.

Desde 2019, os bancos fecharam 3.216 agências bancárias. A redução do número de agências é acompanhada também da eliminação de postos de trabalho. Em 12 meses, o setor bancário eliminou 3.325 postos de trabalho.

“O fim do fechamento de agências e o aumento do número de postos de trabalho bancários são duas reivindicações importantes da nossa Campanha Nacional Unificada 2024. Ao reduzir o número de unidades físicas de atendimento, os bancos excluem parcela significativa da população e prejudicam o comércio local”, disse Neiva Ribeiro, presidenta do Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região.

“Essa precarização do atendimento bancário prejudica sobretudo as regiões periféricas, que muitas vezes dependem de uma única agência ou mesmo não possuem nenhuma, obrigando as pessoas se desloquem e gastem tempo e dinheiro para serem atendidas. Precarização esta que longe dos grandes centros, como é a região metropolitana de São Paulo, é ainda mais danosa para a população”, acrescenta.
18 milhões de brasileiros sem atendimento bancário

Apenas 55,5% dos 5.565 municípios brasileiros possuem cobertura de agências bancárias. Com isto, 2.476 municípios, ou 44,5% do total, não contam com este serviço. Esta realidade deixa 18 milhões de brasileiros sem atendimento bancário em suas cidades. Os dados são do Banco Central do Brasil e foram compilados pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

“Os bancos, que somente em 2023 lucraram R$ 108,6 bilhões, considerando apenas os cinco maiores, devem prestar um bom atendimento para a população. Afinal, operam como concessões públicas. Para isso, é preciso que parem de fechar agências e contratem mais bancários, melhorando assim o atendimento e reduzindo a sobrecarga de trabalho, um dos fatores que leva ao adoecimento da categoria”, conclui Neiva.

Fonte: Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região

Apenas 2,1% dos brasileiros ainda pagam contas em agências bancárias, diz pesquisa

Publicado em: 13/06/2024

Apenas 2% dos brasileiros pagam suas contas de água, luz e gás em agências bancárias, apontam dados de um estudo inédito realizado pela Serasa. Os aplicativos de banco são a opção favorita de 56,8% das pessoas.

Somando os usuários de casa lotérica e de agências bancárias físicas, o percentual de quem sai de casa para pagar contas chega a 18%.

O perfil de quem ainda vai a um estabelecimento para fazer pagamentos é sobretudo de pessoas idosas, desacostumadas com o universo digital. Entre quem vai a agências lotéricas e bancos, 60,7% tem idade superior a 40 anos.

Quando ao método de pagamento, a maior parte das pessoas que responderam afirmaram preferir o Pix.

Os números apontam também que uma porcentagem das pessoas opta por parcelar as contas de água (4%), luz (5%) e gás (6%).

“O parcelamento é uma boa opção quando a pessoa tem mais de uma fatura em aberto, para não entrar em uma opção de corte”, explica Karina Lopes, gerente do Serasa. “A longo prazo, por sua vez, estabelecer um planejamento financeiro é uma excelente iniciativa para evitar qualquer surpresa indesejada”.

As contas de água, luz e gás são hoje o segundo principal segmento de dívidas dos brasileiros (22,2%), atrás apenas bancos e cartões de crédito (29,6%).

O estudo do Serasa, realizado em parceria com o Instituto Opinion Box, ouviu 3.386 pessoas entre os dias 16 e 27 de maio de 2024.

Fonte: IstoÉ Dinheiro

Maiores bancos fecharam mais de 2,5 mil agências nos últimas 3 anos

Publicado em: 19/10/2023

Ao longo da última década, as grandes filas nos balcões e caixas eletrônicos dos bancos para realizar os mais diversos serviços – de saques a pagamento de contas – foram substituídas pelo atendimento on-line. Atividades como abrir uma conta e pegar empréstimos até investir podem ser feitos através dos aplicativos das instituições financeiras.

A digitalização dos bancos e o avanço dos smartphones fizeram com que as agências bancárias físicas se tornaram obsoletas. Para cortar custos e focar na concorrência com os bancos digitais, as instituições financeiras estão fechando suas operações físicas.

De acordo com um levantamento feito pela Ável Investimentos, usando dados da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Bradesco, Itaú Unibanco, Santander, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal fecharam juntos 2.563 agências bancárias físicas entre 2020 e 2022. Apenas no primeiro trimestre deste ano, outras 256 unidades fecharam as portas. O movimento, segundo uma pesquisa da Dieese, acabou levando 14 mil bancários ao desemprego.

Apesar de alguns perfis de clientes, como idosos e pessoas em vulnerabilidade, não estejam tão habituados a utilizar as ferramentas digitais, o Banco Central não estabelece um critério para definir o número mínimo de agências bancárias que as instituições financeiras tradicionais precisam manter.

Até o Banco do Brasil, que em 2022 abriu mais agências que fechou, conta com 93,1% das operações dos clientes feitas através dos canais digitais.

Já o Bradesco, que tem 98% das transações digitais, vem buscando transformar parte das agências em unidades de negócios. As mudanças vão desde o tamanho do espaço físico ocupado até unificação de unidades que ficam próximas.

O Santander vem investindo na transformação de algumas agências em estabelecimentos multiuso, diferente das agências convencionais. No novo modelo, que já está em 12 cidades do país, balcões, mesas e estofados foram substituídos por uma cafeteria e um espaço de coworking aberto ao público, o WorkCafé.

O Itaú, por sua vez, pretende adaptar e modernizar toda a rede de atendimento até 2025. De acordo com o jornal O Globo, o objetivo é transformar as agências tenham um novo formato, “numa configuração mais moderna e acolhedora”.

A Caixa é o único banco convencional que ainda mão tem planos de reconfigurar suas agências. O banco continua abrindo unidades de atendimento. Atualmente, a instituição financeira conta com 4,3 mil agências e postos de atendimento, 22,6 mil lotéricos e correspondentes CAIXA Aqui.

Fonte: BNews

Banco do Brasil reforça aposta em atendimento digital

Publicado em: 11/09/2023


No momento em que alguns dos principais concorrentes colocam suas fichas na ampliação da estrutura física de atendimento aos clientes investidores, o Banco do Brasil (BB) reforça a aposta no digital. O banco não deixa de lado a importância da presença humana, mas acredita que tem uma vantagem nessa frente, e que com o digital, ganha a escala necessária para chegar a um número maior de clientes.

O BB tem atendimento especializado aos clientes do private, que são os de mais alta renda, e outra categoria dedicada ao alto varejo, além do atendimento ao restante da base, que está buscando reforçar através do digital. São sete gerências que olham para o cliente investidor, em diferentes faixas de renda. Esses modelos são permeados pela mistura entre o digital e o físico.

“Não temos o objetivo de o digital substituir o humano, o que temos a ganhar é na assessoria de investimentos no digital. Há alguns anos, éramos muito transacionais”, disse Ciro Calaça, executivo na área de Estratégia de Clientes do banco. “O presencial e o humano nós já temos consolidado, em todos os segmentos.”

O público investidor tem sido um dos alvos dos grandes bancos, que para chegarem até ele, têm investido na contratação de especialistas e na abertura de agências e escritórios focalizados neste tipo de atendimento.

Exemplos não faltam: o Santander contratou 1.300 assessores para o chamado AAA, e quer chegar a 2.000 até o começo de 2024. É um investimento similar ao que Itaú e Bradesco também têm feito. Há uma série de objetivos para os bancos, mas um dos principais é atrair e fidelizar o cliente de maior renda, que na média, mais poupa dinheiro do que pede emprestado. No BB, cerca de 1.400 profissionais atuam nos escritórios Estilo Investidor, que atendem mais de 1 milhão de clientes.

Ou seja, para os bancos, atrair o cliente investidor é uma forma de atrair depósitos. Aplicações em instrumentos como as letras de crédito imobiliário ou agrícola podem ser revertidas na concessão de crédito. Para o BB, as letras são fundamentais tanto no crédito agrícola, em que o banco é líder, quanto no imobiliário.

Reformulação

Nos outros bancos, o investimento em estrutura é uma forma de chegar ao cliente mais afluente, que costuma preferir a assessoria humana. “Quanto mais maduro o investidor, mais o humano vai ser diferencial”, disse Eduardo Villela, executivo de alocação e produtos de investimentos no BB. Com 3.172 agências no final de junho, o BB considera ter a presença humana bem ajustada.

Por outro lado, Villela afirmou que a renovação da base vem primordialmente com clientes que começam com pouco, e que precisam ser atendidos. Por isso, o BB tem reforçado a aposta no digital para chegar ao público investidor. A máxima interna é de que todo cliente pode investir. “O digital é que dá escala para as próprias soluções e assessoria.”

No banco, essa é uma frente que começa no próprio atendimento via WhatsApp: o robô do BB no aplicativo de mensagens instantâneas já está “treinado” para falar sobre investimentos. “A assessoria humana tem um custo envolvido, e não dá para levar a todos [os clientes”, afirmou o executivo.

Uma das etapas mais recentes do processo foi o relançamento do aplicativo de investimentos do BB, com novo visual, a consolidação de investimentos detidos pelos clientes em outras casas, através dos sistemas da B3, e uma reformulação da área de conteúdo. A marca Investalk, que o banco já utilizava, ganhou um portal, em parceria com o Broadcast.

Segundo Villela, os conteúdos já tiveram mais de 1 milhão de conteúdos acessados nos dois primeiros meses. Além de conteúdo noticioso sobre o mercado, há uma pegada de educação financeira, e o trabalho de especialistas.

Fonte: Estadão

Setor bancário eliminou 70 mil empregos e fechou mais de 5 mil agências em 10 anos

Publicado em: 12/06/2023


A digitalização do setor bancário está levando as instituições financeiras a enxugarem suas estruturas, eliminando postos de trabalho e fechando agências. O assunto foi tema de reportagem do Estadão, publicada na última segunda-feira 5. O jornal usou dados fornecidos pelo Dieese e pelo Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região: de janeiro de 2014 a abril deste ano, os bancos fecharam 5.716 agências e extinguiram cerca de 70 mil postos de trabalho.

A reportagem ouviu a presidenta do Sindicato, Ivone Silva, que lembrou que o avanço da digitalização e o aumento do número de clientes que usam aplicativos bancários acelerou ainda mais com a pandemia.

“Os bancos têm feito uma movimentação que se intensificou após a pandemia. As pessoas aprenderam a usar o celular, especialmente as mais idosas. Com isso, muitas agências têm sido fechadas. Hoje, na agência, o número de trabalhadores é cada vez menor, e isso tem a ver com o uso da tecnologia no setor”, disse Ivone, ao Estadão.

Ela destacou ainda que os bancários que ficam, acabam acumulando uma carga de trabalho enorme nas agências e em outras áreas, porque são cada vez menos pessoas trabalhando.

Dados do Caged

O Estadão cita ainda dados do Novo Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, do Ministério do Trabalho): o volume de demissões no setor bancário em março foi 39% maior que a média mensal de 2022, quando o número de desligamentos chegou a 1.474. Já o número de contratações foi 16,5% abaixo da média mensal registrada no setor em março do ano passado. Março de 2023 foi o sexto mês consecutivo de cortes de postos de trabalho no setor bancário.

A reportagem destaca também que foram eliminadas 2.662 vagas no setor bancário, no primeiro trimestre deste ano, enquanto que, no mesmo período de 2022, haviam sido abertas 3.160 vagas. E que nos grandes bancos, o corte de pessoal chegou a 2.394, comparando os dados do primeiro trimestre de 2023 com igual período no ano passado.

Ainda citando o Novo Caged, a reportagem ressalta que a eliminação de empregos tem impactado mais a categoria bancária do que as demais categorias do setor financeiro: “Considerando o ramo financeiro como um todo, que inclui gestoras, corretoras e assessores, houve crescimento de vagas.” Em março foram criadas 925 vagas no setor financeiro como um todo; e nos últimos 12 meses, foram criados 28,5 mil postos de trabalho no ramo. A média é a criação de 2,3 mil vagas por mês. O Estadão lembra ainda que a digitalização dos bancos resulta em novo perfil de contratações: “(…) os novos postos de trabalho, na maioria dos casos, foram para profissionais de tecnologia da informação, como programadores, analistas e gerentes de produto.”

Fonte: Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região

 

Brasil tem o menor número de agências bancárias da série histórica

Publicado em: 03/02/2023


O Brasil fechou 394 agências bancárias em 2022. O país tinha 17.908 unidades em dezembro do ano passado, o menor número anual da série histórica do BC (Banco Central), iniciada em 2007. A diminuição foi puxada pelos principais bancos privados do país (Bradesco, Santander Brasil e Itaú), que encerraram as atividades de 377 agências. O BB (Banco do Brasil) instalou mais 3 unidades no ano passado, enquanto a Caixa Econômica Federal não fez alterações. Os bancos menores fecharam 20 unidades em 2022.

Os cortes nas estruturas físicas das empresas se devem à digitalização do setor financeiro. As modalidades de pagamentos e transferências reduziram significativamente a necessidade da ida de consumidores às agências bancárias. Um exemplo disso é o Pix, que, desde março de 2021, é o instrumento de pagamento mais utilizado no país –ainda que não movimente valores maiores que boletos e outras transferências interbancárias.

A ferramenta de pagamento instantâneo foi lançada em novembro de 2020 e se popularizou mais do que o esperado pelo Banco Central. O Pix acelerou o fim de parte das agências bancárias. Cinco anos antes, em 2017, o Brasil tinha 21.833 agências bancárias. Caiu 3.925 até 2022.

Depois da pandemia, os grandes bancos fecharam 2.563 unidades. Eram 17.920 em fevereiro de 2020. Caiu para 15.357 em dezembro de 2022. Só o Bradesco eliminou 1.599 unidades. O Itaú, 416.

DIGITALIZAÇÃO DO MERCADO

O mercado também aderiu aos bancos digitais que quase não têm agências. Um deles é o Nubank, que conta com 3 escritórios para funcionários e detém 70 milhões de clientes no Brasil, mais do que o Santander Brasil (62,03 milhões). Se somar a clientela de Nubank, Banco Original (47,99 milhões), Banco Inter (23,22 milhões), C6 Bank (22,91 milhões), há 163,2 milhões de contas cadastradas.

Em 2022, a instituição financeira que mais tinha agências bancárias era o Banco do Brasil, com 3.983 unidades. A estatal atende 74,1 milhões de clientes.  Já a Caixa tem 148 milhões de contas cadastradas, mas tinha menos unidades no ano passado: 3.372.

Saiba quais bancos têm mais consumidores em proporção ao número de unidades:
• Banco do Brasil – 18.600 por agência;
• Santander Brasil – 24.100 por agência;
• Bradesco – 35.800 por agência;
• Itaú – 38.300 mil por agência;
• Caixa – 43.900 mil por agência.

O QUE DIZEM OS BANCOS

A Febraban (Federação Brasileira de Bancos) disse que as instituições financeiras estão adequando suas estruturas à nova realidade do mercado, com maior utilização dos canais digitais, que oferecem mais comodidade.
Dados da federação indicam que o número de postos para atendimento bancário tem se mantido estável ao longo dos anos. Passou de 37.800 em 2020 para 37.500 em 2021.

“O avanço dos serviços digitais tem levado as instituições financeiras a contratar um grande volume de profissionais, especialmente em áreas como TI e segurança contra fraudes digitais, por exemplo”, disse a Febraban. Leia a íntegra do comunicado (20 KB).

• Banco do Brasil:

“O BB estuda continuamente as melhores soluções para equilibrar a capacidade operacional das suas dependências, buscando a melhor experiência para o cliente, resultando em maior satisfação, além de ter participação fundamental no crescimento econômico das praças onde atua. Nesse sentido, ajustes pontuais na topologia da rede BB são efetuados de forma constante, visando a adequação da força de atendimento nas dependências bancárias.”

“Além da contínua mudança do perfil e comportamento do consumidor observada ao longo do tempo, a pandemia impulsionou o uso de soluções e canais digitais, acelerando de forma exponencial a quantidade de adeptos às soluções de atendimento remoto, especialmente quanto às demandas transacionais. O Banco do Brasil busca estar disponível para seus clientes nos canais de sua preferência, seja de forma presencial ou remota. As unidades de atendimento presencial são constantemente adequadas para se adaptar à variação do volume de atendimentos realizados, de forma a estarem prontas para prestar atendimento de excelência aos clientes BB.”

• Bradesco:

O banco disse que possuía 2.871 agências em setembro de 2022, e que o número de dezembro será divulgado no próximo balanço. Leia o que disse sobre o mercado:

“O Bradesco tem promovido uma mudança estrutural em seu modelo de atendimento, transformando parte de suas agências em unidades de consultoria de negócios, tanto para investimentos como para empréstimos a pessoas físicas e jurídicas.”

Dentro desse processo de otimização, algumas agências passaram por uma adequação do seu tamanho físico e outras por uma fusão de unidades sobrepostas, como, por exemplo, aquelas localizadas a poucos metros uma da outra. A transformação do modelo de atendimento e otimização da presença física permite ao Bradesco maior eficiência na gestão de seus custos. Os clientes continuam contando com uma ampla presença física em todo o país.”

“O banco está presente em todos os municípios do Brasil através de sua rede de agências, unidades de negócios e correspondentes bancários que possuem a mais atualizada tecnologia financeira para prestação de serviços. Vale acrescentar que atualmente 98% das transações são feitas pelos canais digitais do banco.”

• Itaú:

“As agências físicas do Itaú Unibanco em todo o Brasil seguem cumprindo papel relevante como espaços mais humanizados de relacionamento e consultoria. O atendimento presencial continua sendo peça importante no processo de transformação pelo qual o banco passa e ocorre cada vez mais integrado ao digital – para que o cliente tenha um atendimento de qualidade por meio de qualquer um deles e defina, com base em suas próprias demandas, quando deve acionar um ou outro. Neste contexto, e diante do aumento da procura por atendimento em outros canais, como internet, celular e agências digitais, o banco avalia constantemente a adequação de sua rede de agências às novas necessidades dos clientes.”

• Santander Brasil:

“Para o Santander, a aceleração da transformação digital trouxe avanços no modo de servir um cliente que quer ser atendido com excelência como, quando e onde estiver. De 2019 a outubro 2022, o Banco registrou um crescimento de 56% no número de clientes que acessam algum canal digital (internet banking e mobile) – em média, são mais de 535 milhões de acessos on-line ao mês. Isso trouxe mais eficiência e comodidade aos consumidores, permitindo a readequação da rede de agências, abrindo espaço para a ampliação do atendimento remoto e da presença física do Banco no interior do Brasil, onde há potencial para receber novas lojas.”

“Em 2022, grande parte da redução no número de pontos de atendimento se deveu à consolidação de códigos de agências no Banco Central e não ao fechamento de endereços. Somente em 2021, foram abertas 120 lojas Santander e, até o final do terceiro trimestre de 2022, foram inauguradas 35.”

• Caixa Econômica Federal:
“A CAIXA está presente em mais de 99% dos municípios brasileiros, com 53,3 mil pontos de atendimento, sendo a instituição financeira com maior capilaridade no país.”

“A rede de atendimento do banco contava em 31/12/2022 com cerca de 4,3 mil unidades próprias de atendimento, sendo 3.372 agências e 926 pontos de atendimento. Em 2021, eram 4,28 mil unidades de atendimento (3.372 agências e 910 postos de atendimento); e em 2020, eram 4,17 mil (3.372 agências e 797 postos de atendimento).”

“O processo de abertura de novas unidades para a Rede de Atendimento CAIXA avalia, além dos critérios do banco comercial, a promoção da inclusão social, bancária e digital da população brasileira.”

Fonte: Poder 360

Agências fechando, Pix e menos dinheiro na rua: este é o fim dos bancos?

Publicado em: 24/10/2022


A soma dos ativos dos cinco maiores bancos brasileiros chega a superar todo o Produto Interno Bruto (PIB) do país e, durante a crise econômica que se instalou na pandemia e quebrou centenas de milhares de empresas, as instituições financeiras bateram um recorde de lucro. Com toda essa pujança, o futuro dos bancos não parece ser de ruína tão cedo, mas o mercado financeiro passa por uma revolução que está mudando profundamente a atuação deles e altera de vez a relação dos clientes com essas instituições, avaliam especialistas. O caminho adiante, apontam eles, é de cada vez mais pessoas com contas bancárias, menos agências nas ruas e uma transformação do que significa ser bancário.

Ano a ano, o número de brasileiros “bancarizados”, pessoas que têm acesso ao sistema financeiro de alguma forma, só aumenta. Desde o final de 2016 até julho de 2022, 37,8 milhões de brasileiros abriram uma conta ou tiveram alguma relação com uma instituição financeira, um aumento de 25,7%. Na pandemia, o movimento ganhou tração, impulsionado pela distribuição do Auxílio Emergencial, e, desde o final de 2019, foram 20,1 milhões novos “bancarizados”, crescimento de 12,2%.

Mas, como quem anda pelas ruas de Belo Horizonte percebeu nos últimos anos, isso não quer dizer que tenha havido um “boom” de abertura de agências bancárias na cidade. Pelo contrário: o Sindicato dos Bancários de BH e Região registrou o fechamento de pelo menos 24 agências desde o começo da pandemia. Desde 2016 até julho de 2022, o Brasil perdeu 5.199 agências — só em Minas Gerais, foram 516.

O economista e professor da Fundação Dom Cabral Paulo Bretas enfatiza que isso não quer dizer que os bancos estejam em decadência. “Os bancos fecharam milhares de agências porque têm que ser cada vez mais lucrativos. A cada vez que surge uma crise, eles têm que continuar pensando em formas de lucrar. Hoje caminham para não precisar de toda essa estrutura. Em um futuro bem próximo, os bancos físicos se tornarão apenas uma boutique de aplicação e dinheiro e de crédito”, pondera. O Banco do Brasil, por exemplo, perdeu 373 agências no país desde o final de 2019.

Na contramão do fechamento de agências, o Sicoob aposta em pontos físicos e abriu 181 pontos de atendimento em Minas Gerais desde 2019. “As cooperativas são empreendimentos de proximidade, e não de distância. Elas são territorialmente engajadas e utilizam a tecnologia como ferramenta de apoio. Só é possível levar impactos positivos relevantes para as comunidades se houver atuação presencial; diálogo com lideranças locais; percepção clara das necessidades dos cidadãos e empreendedores, bem como envolvimento efetivo de suas lideranças e de seus executivos em eventos da localidade”, pontua o diretor de Coordenação Sistêmica e Relações Institucionais, Ênio Meinen.

Especializado no nicho de clientes com mais de 50 anos, o Mercantil do Brasil também continua a privilegiar as agências bancárias. “Esse público está digitalizado, mas não quer usar o app como todo mundo. Quer, sim, nos termos dele. Ele gosta de operar no WhatsApp, então por que não ser o banco que trabalha com ele nesse canal? Em vez de ensiná-lo a operar no meu canal, opero no dele. O cliente está mais exigente e não está fazendo comparações só entre bancos, mas compara a experiência de ver um filme na Netflix a contratar um crédito, ver a quantidade de músicas que ouviu no ano no aplicativo a conferir o extrato bancário”, elabora o diretor de Clientes e Crescimento do Mercantil do Brasil, Bruno Simões.

O Santander também afirma que, em 2021, abriu 120 lojas e que, em 2022, pretende abrir outras 70. “De 2019 a 2022, o banco registrou um crescimento de 56% no número de clientes que acessam algum canal digital. Isso trouxe mais eficiência e comodidade aos consumidores, permitindo a readequação da rede de agências, abrindo espaço para a ampliação do atendimento remoto e da presença física do Banco no interior do Brasil”, justifica.

Bancos que se tornam lojas e lojas que se tornam “bancos”

A digitalização dos bancos também leva as instituições a irem além da conta corrente e estar mais presente na vida dos clientes. Hoje, um dos principais investimentos do Inter, por exemplo, é o Inter Shop, uma plataforma de compras online do banco. Mesmo quem não é correntista pode acessar o site para ganhar cashback (quando parte do valor gasto em uma compra volta para a conta do consumidor) em lojas como Magazine Luiza e iPlace. “Outras instituições estão caminhando nessa direção”, pontua o superintendente de Conta Digital do Inter, Eduardo Cotta.

Paralelamente, outras empresas se movimentam em um sentido similar. O grupo das Lojas Americanas, por exemplo, trabalha com o Ame Digital, uma carteira digital que permite carregar dinheiro para comprar diretamente na plataforma, também com cashback.

Educação financeira é responsabilidade dos bancos, avalia professor

O aumento de pessoas “bancarizadas” só se traduzirá efetivamente em uma democratização do acesso aos bancos se houver educação financeira, pontua o economista e professor da Fundação Dom Cabral Paulo Bretas. “Os bancos precisam entender que existe um papel educativo para a população que é uma preocupação muito grande do Banco Central. É uma função social de qualquer banco, especialmente o brasileiro, que ganha muito com a aplicação de títulos públicos. Eles deveriam cumprir essa função com muito mais força responsabilidade”, diz.

Além de blogs e distribuição de conteúdo, que já se tornaram um padrão para os bancos, Bretas sugere investimentos e parceria com o setor público para reforçar a educação financeira nas escolas. “É preciso educar a população financeiramente para o mundo novo de sistemas financeiros, que já chegou”, finaliza.

Fonte: O Tempo

 

Brasil perde 5,8 mil agências bancárias em 7 anos; cooperativas dobram

Publicado em: 26/09/2022


O número de agências bancárias no Brasil atingiu um pico em março de 2015, com 23.154 unidades. Desde então, vem caindo de maneira praticamente ininterrupta até os dias de hoje. O dado mais recente do Banco Central, de julho, mostra que atualmente existem 17.348 agências no país, uma queda de 5.806 desde o pico, ou 25,1%. Enquanto isso, as unidades das cooperativas de crédito dobraram nesse período.

Há sete anos, as maiores redes de agências eram de: Banco do Brasil (BBAS3) (5.544), Bradesco (BBDC4) (4.654), Itaú (ITUB3; ITUB4) (3.847), Caixa (3.401) e Santander (SANB3;SANB4;SANB11) (2.641). Hoje os líderes são BB (3.984), Caixa (3.372), Bradesco (2.910), Itaú (2.617) e Santander (2.575).

Além das agências, existem atualmente no país 11.858 postos de atendimento (PA) físicos. Em março de 2015, eram 10.474, ou seja, houve uma alta de 1.384 (ou 13,2%).

Os PAs são estruturas mais simples, subordinados a uma agência, e que não contam, por exemplo, com serviços como câmbio, operações de tesouraria, fundos de investimentos para clientes qualificados, entre outros. Além disso, muitos não são abertos ao público geral, são pontos de atendimento dentro de determinadas empresas, repartições públicas, universidades, etc, destinados única e exclusivamente aos membros daquela instituição.

Com o avanço da tecnologia e a digitalização dos serviços financeiros – impulsionada pela pandemia – os grandes bancos vêm fechando agências, aproveitando a queda na demanda por atendimento físico para reduzir gastos. Muitas são transformadas em PAs, que por ter uma estrutura menor – como não lidam com numerário, não precisam de cofre, porta giratória, entre outras coisas – exigem gastos bem inferiores.

Enquanto isso, as cooperativas vêm ampliando o atendimento presencial. Por não serem bancos, elas não têm agências. As unidades são chamadas de postos de atendimento cooperativo (PAC). Hoje, são 8.593 PACs, de 4.312 em março de 2015, uma diferença de 4.281 (alta de 99,3%).

A maior rede de PACs é do Sicoob, com 4.018 unidades. Desde 2020, o Sicoob já abriu 690 postos e deve entregar mais 100 ainda este ano. “O cooperativismo financeiro é um movimento essencialmente de lugar e proximidade, que preza pelo atendimento humanizado, até porque nas cooperativas as pessoas, por definição, são mais importantes que o capital, e o lucro não faz parte dos objetivos. Como o usuário dos serviços é também o dono da organização, suas expectativas e preferências sobre acolhimento e tratamento devem ser atendidas sem restrições”, diz Ênio Meinen, diretor de Coordenação Sistêmica e Relações Institucionais do Sicoob.

Fonte: Valor Investe

 

BB aumenta lucro mas encolhe número de funcionários e agências

Publicado em: 22/05/2022


Acompanhando os resultados estratosféricos do Itaú e Bradesco no primeiro trimestre de 2022, que ficaram acima dos R$ 7 bilhões, o Banco do Brasil fechou os três primeiros meses do ano com lucro de R$ 6,66 bilhões. Segundo o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o resultado é 57,6% superior ao registrado no mesmo período do ano passado.

Em 2021, no ano em que a covid mais matou no Brasil, o banco já havia obtido lucro de R$ 21 bilhões, superando em 51% o resultado de 2020. Apesar do lucro expressivo de 2021, que se repete nos primeiros três meses do ano, o BB desligou 1.410 funcionários e fechou 108 agências tradicionais nos últimos 12 meses. Com os cortes, o banco fechou o trimestre com 86.466 funcionários e 3.176 agências.

“Esse lucro é uma afronta à sociedade e aos funcionários pela contradição que representa. Ele não traz benefícios à população brasileira e tampouco aos bancários e bancárias do BB. O fechamento de agências só dificulta a vida da população, que perde mais tempo com deslocamentos e nas filas, além de receber um serviço de pior qualidade. O fechamento de postos de trabalho e agências sobrecarrega ainda mais os funcionários, que ficam sujeitos a esse ambiente de precarização. O resultado são funcionários cada vez mais pressionados e adoecidos”, critica a diretora do Sindicato dos Bancários/ES Goretti Barone.

BB mais distante do seu compromisso social

Segundo a dirigente, os resultados mostram que o BB está cada vez mais distante do seu compromisso social, fugindo da sua vocação de interesse público, e mais próximo do perfil de banco privado tradicional, onde a única preocupação é o lucro.

“Não podemos esquecer que o BB é uma empresa pública de economia mista cuja União é ainda a maior acionista. Por isso, o banco não pode simplesmente virar as costas para os seus compromissos sociais. Por exemplo, quando o banco desliga mais de 1.400 funcionários em 12 meses, em plena pandemia, está contribuindo para aumentar a taxa de desemprego. Qual a responsabilidade social de uma empresa pública que corta postos de trabalho num país que tem taxa de desemprego acima de 11%, inflação galopando à taxa de 12%, economia patinando e mais de 20 milhões de miseráveis que não têm o que comer?”, questiona Goretti.

Quando se põe uma lupa sobre os resultados do primeiro trimestre, adverte a dirigente, fica mais fácil de entender quais têm sido as prioridades da direção do banco, que estão longe da sua vocação social. De acordo com o Dieese, que analisou os resultados do banco, houve crescimento nas carteiras de crédito voltadas às grandes empresas (+18,6%) e ao agronegócio (28,2%). Ao mesmo tempo em que encolheram os investimentos em linhas de crédito destinadas ao social, como o Pronamp (-6,5%), que atende a médios agricultores.

Outros resultados

As receitas com prestação de serviços e tarifas bancárias no primeiro trimestre de 2022, segundo o Dieese, aumentaram 9,4% em um ano, alcançando R$ 7,52 bilhões. As despesas com pessoal, incluindo o pagamento da PLR, totalizaram R$ 6,04 bilhões, redução de 4,2% na mesma comparação, a despeito das despesas com os programas de desligamentos (PDE –Programa de Desligamento Extraordinário e PAQ –Programa de Adequação de Quadros).

Diante desse cenário, ressalta Goretti, fica evidente que a direção do BB está trabalhando abertamente para facilitar o processo de entrega do banco ao mercado. “É urgente que os trabalhadores bancários e a sociedade em geral resgatem o debate sobre a real função do Banco do Brasil como banco público”, reforça a dirigente.

Ela acrescenta que o BB deve cumprir seu papel de agente fomentador de políticas públicas para atender aos interesses da sociedade brasileira. “Especialmente do segmento que constrói a riqueza deste país, que é a classe trabalhadora”.

Fonte: Sindicato dos Bancários do Espírito Santo

Atrás só do BB em agências, Sicoob fecha 2021 com R$ 120 bi em crédito

Publicado em: 25/03/2022


Com a segunda maior rede de agências do País, atrás somente do Banco do Brasil, a cooperativa Sicoob fechou 2021 com uma carteira de crédito de R$ 120,2 bilhões, 35,5% maior do que no ano anterior. O Sicoob ultrapassou o Bradesco em número de agências e ficou próximo do BB ainda no primeiro trimestre do ano passado. No fim de 2021, eram 3,789 mil pontos de atendimento, alta de 8% em um ano. Parte do avanço no ranking é reflexo do movimento contrário que os grandes bancos têm feito, de cortar agências e postos de atendimento, incluindo o próprio BB.

Além do crédito, a instituição financeira cooperativa viu crescer também os depósitos à vista e na poupança. Nos depósitos à vista o aumento foi de 10,2%, para R$ 35,9 bilhões, e na poupança, de 17%, para R$ 9,9 bilhões. A explicação para tal expansão vem, na visão do Sicoob, do aumento da conscientização pela população de sua relação com o dinheiro e do fato de as cooperativas se sobressaírem em momentos de dificuldade.

O patrimônio líquido do Sicoob fechou 2021 em R$ 30,2 bilhões, uma alta de 16,2% em comparação com o ano anterior. Distante ainda de BB e Bradesco, que superam a casa de R$ 100 bilhões.

Fonte: Estadão

 

Após paralisações, BB se compromete a concluir obras em duas agências no MA

Publicado em: 11/03/2022


Após a reunião com o SEEB-MA realizada na sexta-feira (25/02), via Zoom, o BB informou que o setor jurídico do banco já autorizou a licitação emergencial para a contratação das novas empresas que serão responsáveis pelas reformas das agências Presidente Dutra e Bacabal, no interior do Estado.

De acordo com o banco, as obras devem ser reiniciadas na próxima semana, com conclusão prevista para o mês de junho. A Cesup (setor de engenharia do BB) se comprometeu, ainda, a resolver, o quanto antes, os problemas mais urgentes das duas agências, como a poeira e a falta de climatização, o que deve melhorar as condições de trabalho e de atendimento ao público nas unidades.

“Esperamos que a conclusão das reformas e os reparos emergenciais ocorram com celeridade, a fim de restabelecer um ambiente salubre e adequado nas duas agências” – afirmou o presidente do SEEB-MA, Dielson Rodrigues.

A partir de agora, o SEEB-MA e o Banco do Brasil farão reuniões regulares, com o intuito de acompanhar o andamento das obras nas agências do BB no Estado.

“Vamos continuar fiscalizando. Caso providências urgentes não sejam tomadas, novas paralisações serão realizadas, a exemplo das que ocorreram nas unidades Bacabal e Presidente Dutra na terça-feira (22/02). Por condições dignas de trabalho, a nossa luta continua” – finalizou o diretor Rodolfo Cutrim.

Fonte: Maranhão 98

 

BB diz que agências fechadas foram convertidas em postos

Publicado em: 04/02/2022


O BB (Banco do Brasil) chegou ao fim de 2021 com 3.980 agências –388 a menos do que o registrado em 2021, segundo dados do BC (Banco Central). O banco diz, no entanto, que a redução não se deve exclusivamente ao fechamento de unidades, mas também à transformação de agências em postos de atendimento.

O plano de reestruturação lançado pelo Banco do Brasil em janeiro de 2021 estipulava o encerramento de 112 agências, 7 escritórios e 242 postos de atendimento. Além disso, estabelecia a transformação de mais 243 agências em postos de atendimento.

Segundo nota enviada pela instituição ao Poder360, “as duas situações (encerramento e transformação em postos) resultam na diminuição do número de agências atribuídas ao BB no site do Banco Central”. Isso se dá porque os postos de atendimento não contam com toda a estrutura de uma agência e, por isso, não constam na lista de agências bancárias do Banco Central.

O Banco do Brasil disse também que, por causa dessa diferença entre agências e postos de atendimento, o plano de reestruturação lançado no início de 2021 resultou na “extinção de 355 agências, sendo 112 definitivamente encerradas e outras 243 que seriam convertidas em postos de atendimento”.

Entretanto, dados do Banco Central indicam que a redução da rede de agências do Banco do Brasil foi um pouco maior, de 388. Segundo o BC, “o levantamento inclui todas as agências em funcionamento, mesmo sem atendimento ao público, registradas no Unicad pelas instituições financeiras na data do levantamento”.

Este foi o dado utilizado pelo Poder360 na série de reportagens que mostrou que os bancos brasileiros fecharam 2.351 agências bancárias na pandemia de covid-19. Apesar disso, o Banco do Brasil tem hoje a maior rede de atendimento bancário do país, como mostrou o Poder360.

AGÊNCIAS X POSTOS

Postos de atendimento são menores e contam com menos funcionários que uma agência bancária. Os postos não têm a figura do gerente geral e, algumas vezes, nem com caixas humanos. Sem caixa, os postos também passam a não precisar de tesoureiro, cofre e porta giratória.

Nesta situação, os postos normalmente oferecem terminais eletrônicos de autoatendimento e uma mesa de atendimento com funcionários que ajudam na resolução de alguns problemas e fazem a contratação de alguns produtos. O cliente, no entanto, pode ter que ir a uma agência se quiser fazer um saque de valor maior do que o disponível nos terminais de autoatendimento ou se precisar falar com o gerente, por exemplo.

Por conta disso, os postos de atendimento não constam na lista de agências do Banco Central. A estrutura, no entanto, tem sido cada vez mais usada pelos bancos, já que é menos custosa do que uma agência. Segundo os bancos, o aumento dos pagamentos digitais permite esta transformação.

ÍNTEGRA DA NOTA DO BB

“Em relação à notícia publicada pelo Poder 360 nesta data, com o título ‘Banco do Brasil fecha mais agências do que o anunciadoi, o Banco do Brasil esclarece que está incorreta a comparação feita pela reportagem sobre o número de encerramento de agências anunciado pelo BB em janeiro de 2021.

Conforme Fato Relevante divulgado ao mercado, o Banco do Brasil anunciou em janeiro do ano passado a extinção de 355 agências, sendo 112 definitivamente encerradas e outras 243 que seriam convertidas em postos de atendimento.

As duas situações (encerramento e transformação em postos) resultam na diminuição do número de agências atribuídas ao BB no site do Banco Central.

A reportagem utilizou em sua comparação apenas o número de agências definitivamente encerradas, o que resultou em comparação incorreta que se refletiu em erro no subtítulo e no corpo do texto.

Diante da necessidade de melhor esclarecer ao público do Poder 360 e tendo em vista ser o Banco do Brasil uma empresa com ações negociada em Bolsa, pedimos a retificação da informação incorretamente divulgada”.

Fonte: Poder 360

 

De olho nos custos, grandes bancos fecham 1,8 mil agências em 12 meses

Publicado em: 19/11/2021


Milhares de brasileiros ao longo do último ano receberam um mesmo comunicado de seus bancos: a carta ou e-mail geralmente explicava que a conta seria transferida para uma nova unidade, em virtude do fechamento da agência original. O movimento, cada vez mais comum, é um reflexo do aumento da digitalização, que ganhou força na pandemia, e também do aumento da pressão das fintechs. Neste cenário, os grandes bancos listados desativaram quase 1,8 mil agências nos 12 meses fechados em setembro.

Nesse período, o Banco do Brasil e o Bradesco lideraram os fechamentos de agências, com 765 e 762 pontos fechados, respectivamente. As duas instituições demitiram, ao longo desses 12 meses, um total de 14,7 mil trabalhadores. O movimento de encerramentos também se deu no Santander e no Itaú, mas de forma bem mais branda: os dois bancos encerraram 139 e 112 agências no período. Diferentemente do que ocorreu com os dois rivais, as instituições contrataram funcionários no período.

A tendência de fechar as portas das unidades físicas ainda vai continuar. Estudo da consultoria alemã Roland Berger apontou que os cinco grandes bancos do País poderiam reduzir em nada menos do que 30% o número de suas agências. Em alguns grandes bancos, as transações feitas em agências caíram 70% este ano, enquanto as feitas no celular saltaram mais de 90%.

Burocracia

Foi em uma dessas agências que o colombiano David Vélez, fundador do Nubank, entrou quando chegou ao Brasil, em 2012, para tentar abrir uma conta corrente. As portas giratórias com detector de metais e os seguranças armados mostraram que o processo de abrir uma conta seria difícil e lento.

E assim foi. Quatro meses depois e uma série de documentos entregues, Vélez abriu sua conta e ficou convencido de que havia espaço para esse processo ser mais fácil, conforme ele conta nos documentos de abertura de capital do Nubank, que deve estrear na Bolsa valendo mais do que Itaú, Bradesco e Santander – e sem nenhuma agência física.

O estudo da Roland Berger que foi elaborado no início do ano considera duas forças motrizes que levariam os bancos a fechar agências. Uma foi a maior concorrência com fintechs, já totalmente integradas com o atendimento 100% digital, e a outra foi um cenário de juros baixos, que vinha afetando o spread bancário (diferença entre o custo de captação e de concessão de crédito), algo que afeta sua rentabilidade.

Perfis

O diretor sênior de instituições financeiras da agência de classificação de riscos Fitch, Claudio Gallina, afirma que esse processo de fechamento de agências reflete também a mudança do perfil do cliente, com a chegada dos mais jovens – e digitalizados – à economia ativa. Gallina aponta que, além do primeiro movimento feito pelos bancos, de fechar agências muito próximas a outras, agora os pontos que restaram deverão ter menos funcionários, já que o fluxo de clientes será menor.

Os bancos reconhecem que o processo está em curso. O presidente do Bradesco, Octávio de Lazari, disse, em teleconferência recente, que o banco fechará neste ano 179 agências e transformará 377 em unidades de negócios, que não têm mais o profissional de caixa e são mais baratas.

Antes da pandemia, os caixas do Bradesco nas agências faziam 1 milhão de autenticações por dia, seja de um boleto, seja de uma conta. Hoje, esse número caiu para 112 mil.

No novo modelo de agência do Bradesco, a economia se dá principalmente com segurança. “O Bradesco chegou a ter 10 mil vigilantes armados dentro das agências. Os gastos com carros fortes eram uma enormidade de caros”, disse. Em dois anos, mil agências foram reformuladas.

Apesar disso, os bancos têm afirmado que a presença física tem um papel importante para o negócio. “Sempre digo que a gente tem a rede de agências por convicção. Fizemos um ajuste na rede nos últimos cinco anos, uma redução de mil pontos de venda. Reduzimos muito a sobreposição”, comentou o presidente do Itaú, Milton Maluhy Filho, em teleconferência sobre os resultados do terceiro trimestre. “A gente ainda vê boa demanda nos pontos físicos”, frisa.

No Santander, a decisão tem sido de ter mais unidades físicas nas regiões centrais do País, exatamente onde a instituição financeira acredita que o potencial de crescimento é maior. “Estamos abrindo agências no centro do Brasil, onde há crescimento”, disse o diretor financeiro do banco, Angel Santodomingo.

Por isso, a instituição tomou a decisão de abrir pontos de atendimento no Centro-Oeste, onde o agronegócio está aquecido. Mesmo assim, o banco espanhol fechou 139 agências nos 12 meses encerrados em setembro.

Ganha-ganha

Professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Joelson Sampaio afirma que esse movimento é fruto da digitalização da sociedade – fenômeno que, no caso da relação com os bancos, trouxe benefícios tanto para as empresas, quanto para os clientes.

“Mais pessoas passaram a utilizar os serviços digitais, e os bancos querem fazer frente às fintechs e reduzir seus custos”, comenta. Segundo ele, as agências também caminharão para ter uma nova proposta, como as unidades de negócio, que podem ser focadas em outros serviços da prateleira dos bancos, como investimentos, por exemplo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Fonte: Exame.com

 

Maiores bancos fecham mais de 790 agências em um ano; BB lidera enxugamento

Publicado em:


A divulgação dos resultados do terceiro trimestre dos quatro maiores bancos brasileiros trouxe novamente números que mostram o fechamento de agências físicas em detrimento da estratégia de digitalização das operações bancárias. Ao mesmo tempo, Bradesco, Santander, Itaú e Banco do Brasil apresentaram crescimento no número de empregados.

Com 3.977 agências em operação, o Banco do Brasil foi a instituição bancária que mais fechou portas de seus espaços físicos na comparação dos últimos 12 meses. Em relação ao fim do terceiro trimestre do ano passado, o banco estatal perdeu 393 agências físicas.

O número alcançado pelo Banco do Brasil é superior à soma do fechamento de agências dos três principais bancos privados que operam em território nacional. O Santander fechou as portas de 139 agências nos últimos 12 meses, enquanto o Bradesco encerrou as operações em 138 pontos. O Itaú teve 112 lojas fechadas.

“O Banco do Brasil vem executando um planejamento estratégico desde a gestão de André Brandão (ex-presidente do BB) para remodelar a operação e deixá-la mais enxuta, se aproximando do nível de eficiência das instituições privadas”, diz Guilherme Tiglia, sócio da Nord Research.

Por este motivo, o Banco do Brasil é o único que não aumentou sua base de funcionários entre os quatro grandes. Pelo contrário. O número de empregados diminuiu em quase 8% em relação aos últimos 12 meses com a extinção de mais de 7.000 postos de trabalho no período.

Ainda que os executivos das grandes redes bancárias não admitam, o fechamento das agências está ligado ao fato de que seus negócios estão cada vez mais digitais e acessíveis aos clientes onde quer que eles estejam, tornando a ida para as agências cada vez mais rara.

O Bradesco talvez seja o grande exemplo desta migração para as telinhas. De acordo com o banco, 98% das transações realizadas por seus clientes são realizadas pelos canais digitais disponibilizados pela instituição. No caso do Banco do Brasil, o percentual é um pouco menor: 90,7%.

No Itaú, os canais digitais já representam 61% das contratações de produtos ofertados pelo banco por pessoas físicas. O percentual registrado há um ano era de apenas 38%. Para continuar crescendo a aposta está no Iti. No último trimestre, o banco digital ganhou 2,2 milhões de clientes e ultrapassou a marca de 10 milhões. A previsão é encerrar o ano com 15 milhões de correntistas.

“Os bancos estão correndo para aumentar a eficiência ao eliminar pontos que não agregam tanto valor e já não funcionam da mesma forma como em outros tempos. As agências não vão sumir, mas o modelo está sendo adaptado para que exista uma integralização entre o canal físico e digital”, diz Tiglia.

O discurso oficial do Santander, que não revela o percentual de dependência dos canais digitais, é de relocalização. “Estamos eliminando lojas que se sobrepõem em grandes centros urbanos, quando há uma loja perto da outra”, disse Sergio Rial na divulgação dos resultados do banco. “Os centros das grandes cidades se movem e as pessoas não precisam de tantas agências no mesmo lugar.”

Menos agências, mais contratações

O fechamento de agências nos últimos meses e principalmente durante 2020, em que a pandemia tornou os espaços físicos quase inabitados contribuiu para que o setor bancário registrasse a extinção de 6.763 postos de trabalho nos últimos 12 meses encerrados em setembro deste ano e ancorados pelo último trimestre do ano passado, como mostram dados do Caged.

Os números ainda são preocupantes mesmo com uma melhora considerável do setor em relação a entradas e saídas de funcionários em 2021. Nos dados recortados apenas pelo acumulado do ano até setembro, o setor ficou no azul com 2.751 funcionários contratados.

Em uma rápida pesquisa no site do Santander, foi possível encontrar 352 vagas abertas no Brasil em 24 Estados brasileiros, com destaque para São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. Entre as vagas, há posições que vão desde gerentes de relacionamento e de negócios e serviços até contadores, profissionais e tecnologia da informação e especialistas no mercado financeiro.

Ainda que as vagas no Santander pareçam mais diversificadas, de acordo com Juliana França, gerente de bancário e serviços da Michael Page, a tendência é de que os bancos recorram cada vez mais à contratação de profissionais de tecnologia para apoiar seus negócios digitais.

“O Brasil é um dos países com o maior número de desbancarizados no mundo e, ao mesmo tempo, há cada vez mais pessoas com acesso a crédito graças a políticas como o open banking. É preciso ter quem atenda essas pessoas”, diz França.

Somente considerando os bancos digitais controlados pelas grandes instituições bancárias, o Digio, por exemplo, já conta com 49 posições em aberto em seu site. O next tem 15 anúncios para a contratação de profissionais de TI. No Iti, do Itaú, são 17 posições em aberto segundo o site do banco.

Fonte: Portal 6 Minutos

Bancos poderão escolher horário de funcionamento de agências; BB mantém atendimento das 10 às 14 horas

Publicado em: 05/11/2021


A Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) informou nesta quarta-feira (28) que, com a flexibilização do isolamento social no país, os bancos terão autonomia para escolher o horário de abertura e fechamento das agências, de acordo com suas características e políticas internas.

Segundo a entidade, o mobile banking e o internet banking tiveram grande expansão durante o período de isolamento social e ganharam a preferência dos consumidores brasileiros.

“Ao longo dos últimos anos os bancos aumentaram os seus investimentos em tecnologia como forma de acompanhar a aceleração da digitalização de seus serviços e de seu modo de trabalhar, com mais facilidade, conveniência e segurança aos consumidores”, informou a Febraban.

O Banco do Brasil vai continuar funcionando das 10 às 14 horas. Em algumas localidades, a abertura ocorre às 9 horas.

O Santander informou que voltou a trabalhar das 10h às 16h desde o primeiro dia útil de outubro e destacou que algumas agências, como as que concentram pagamento de INSS, abrem às 9h.

A Caixa deve retomar os horários pré-pandemia (entre 10h e 16h) a partir de 23 de novembro. Até a data, as agências funcionam das 8h às 13h exclusivamente para serviços essenciais.

O Bradesco, por outro lado, afirmou que manterá seu horário de funcionamento entre 10h e 14h enquanto durar a pandemia.

Fonte: G1

 

 

Grandes bancos fecham 642 agências no 1º semestre de 2021

Publicado em: 29/08/2021


Quatro entre os cinco maiores bancos do país fecharam juntos 642 agências e postos de atendimento no primeiro semestre de 2021, segundo os balanços a investidores publicados nas últimas semanas pelo Banco do Brasil, Bradesco, Itaú Unibanco e Santander.

O fechamento de agências atingiu 3,7% de espaços físicos que os quatro bancos disponibilizavam no final de 2020, reduzindo o número de unidades a pouco mais de 17 mil em todo o país.

O saldo é de 597 agências fechadas se considerados os 5 grandes bancos do país, já que a Caixa anunciou que abriu 45 agências nos primeiros seis meses do ano, seguindo caminho inverso em relação aos concorrentes.

A tendência de redução de espaços físicos já havia sido verificada ao longo de 2020 e em anos anteriores, mostrando um movimento de substituição do atendimento presencial pelo uso de canais digitais. A transformação foi acelerada pela pandemia e pelo lançamento de novos serviços como o Pix.

O banco com maior número de fechamentos foi o Banco do Brasil, com 305 espaços, que atribuiu a mudança a um movimento de “reorganização institucional” anunciado em janeiro e que prevê a desativação de 361 unidades.

Depois aparecem Bradesco, com 227 fechamentos, Santander, com 100, e Itaú Unibanco, com 10.

O presidente executivo do Bradesco, Octavio de Lazari Júnior, já afirmou em balanço da entidade que o movimento de clientes em direção aos serviços digitais permite essa transformação e a “racionalização da rede”. No primeiro semestre, por exemplo, 98% das transações do banco foram feitas pelos canais digitais. O crescimento do uso de serviços digitais é uma realidade também dos demais bancos.

Parte dos bancos também reduziu o quadro de funcionários na mesma estratégia de redução do atendimento presencial e foco em serviços digitais.

O caso mais emblemático é novamente o Banco do Brasil, que terminou o semestre com 6.155 colaboradores a menos do que no final de 2020 – uma redução de 6,7% no quadro de 91 mil empregados.

A restruturação anunciada pelo banco em janeiro incluía um programa de demissão voluntária, que teve a adesão de 5.533 funcionários, conforme divulgação do Banco do Brasil. A instituição não detalhou por que o número de demissões registrado nos balanços foi maior que o anunciado como resultado do PDV.

O Bradesco ficou em segundo lugar nesse quesito, com redução de 2.213 funcionários.

Já o Santander teve mais admissões do que demissões e terminou o semestre com novos 1.827 profissionais. O Itaú Unibanco também teve mais admissões e ficou com saldo positivo de 1.750 novos trabalhadores. O banco atribui o crescimento ao investimento em tecnologias e na incorporação de trabalhadores dessa área.

A Caixa é o único grande banco que tem plano de expansão de agências. A empresa anunciou em julho que serão inauguradas 268 novas unidades, sendo 100 especializadas no agronegócio. “O banco estará presente em todos os municípios brasileiros com mais de 40 mil habitantes”, afirma a instituição.

O balanço da Caixa não detalha o número total de colaboradores, impedindo a análise sobre possível ampliação ou redução do quadro.

Fonte: R7

BB e CEF precisam rever decisão de fechar agências no interior, diz senador

Publicado em: 19/08/2021


Em pronunciamento nesta quarta-feira (18), o senador Rogério Carvalho (PT-SE) pediu que os presidentes do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal revejam a decisão de fechar agências bancárias em cidades do interior do país.

Segundo ele, por causa dessa medida, muitas pessoas são obrigadas a se deslocar para outros municípios, em viagens de até 60 quilômetros, para ter acesso às agências dessas instituições.

— Esses bancos têm um papel fundamental na economia das cidades pequenas do interior do Nordeste. Têm um papel social fundamental. Essas cidades vivem da agricultura familiar. O Banco do Brasil tem um papel importante no financiamento agrícola. A Caixa Econômica Federal tem um papel fundamental na destinação dos benefícios sociais de todas as naturezas, além de ser o banco responsável pela linha de crédito para a habitação popular — ressaltou.

Fonte: Agência Senado

 

Banco do Brasil supera meta e fecha 391 agências em todo o país

Publicado em: 13/08/2021


Depois de manter o plano de demissão voluntária e o de fechamento de agências que deu início à saída de seu antecessor, o atual presidente do Banco do Brasil, Fausto Ribeiro, afirmou que a expectativa é de continuidade da revisão de sua rede de pontos de atendimento no segundo semestre deste ano.

Só o número de agências fechadas no banco no primeiro semestre alcançou 391 unidades – mais que o triplo das 112 agências previstas pelo plano do agora ex-presidente do BB André Brandão anunciado no início deste ano.

No total, o BB reduziu sua rede própria para 11.768 pontos de atendimento, uma redução de 10,8% em relação a igual período de 2020. O quadro de funcionários do banco também diminuiu no período para 85.518 trabalhadores – uma redução de 7,5%.

Os números superam o plano de reestruturação anunciado pelo ex-presidente da instituição André Brandão em janeiro deste ano – e que foi o impulsionador da saída de Brandão da gestão do banco, em março.

O enxugamento inicial previa uma otimização de 870 pontos de atendimento. Essa otimização incluía o fechamento de unidades, a transformação de agências tradicionais em modelos mais enxutos e a criação de estruturas especializadas.

Desse total, 361 unidades deveriam ser desativadas no primeiro semestre – entre agências, postos de atendimento e escritórios.

Segundo o atual presidente do BB, Fausto Ribeiro, a continuidade à reorganização proposta por Brandão aconteceu porque o plano já havia sido aprovado pelo conselho administrativo e passado por todo o processo de governança corporativa do banco.

“No caso das agências a decisão já tinha sido tomada e a maior parte delas estava em fase final de desmonte e de desativação. O que fizemos basicamente foi dar continuidade às decisões que estavam sendo tomadas”, disse.

A estratégia de remodelagem da rede de pontos de atendimento do Banco do Brasil surgiu como uma tentativa de reduzir custos.

O movimento, segundo Ribeiro, continua para o segundo semestre. “A nossa rede de agências é dinâmica e requer acompanhamento e remodelagem periódicos. É o cliente que determina seus terminais de atendimento e a frequência em que os usa”, disse. “A revisão é constante e o trabalho, permanente. Estamos sempre atentos para manter nossos pontos economicamente viáveis”.

Os executivos do banco afirmam, ainda, que apesar do fechamento de agências, essa reorganização estrutural também prevê investimentos para os próximos meses.

Segundo o vice-presidente de negócios de varejo, Carlos Motta dos Santos, a instituição já abriu mais de 70 agências especializadas e mais de 120 Lojas BB+ (unidades sem guichê de caixa, voltadas para assessoria e relacionamento com clientes).

“Também fizemos um investimento significativo em escritórios. Isso é representativo. Essa reorganização vem como um cumprimento de uma decisão tomada na gestão anterior, mas ela é viva e dinâmica e também prevê que alguns pontos tenham estrutura menor e outros (pontos) tenham mais eficiência”, afirmou.

O conjunto de medidas anunciado em janeiro por André Brandão foi motivo de desavenças entre o executivo e o presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

Segundo auxiliares do Palácio do Planalto afirmaram à reportagem na época, Bolsonaro teria se irritado com o plano de enxugamento e chegou a cogitar a demissão de Brandão -o que não aconteceu por conta de uma intervenção que o ministro da Economia, Paulo Guedes, teria feito.

Em fevereiro, na divulgação de resultados do quarto trimestre de 2020 do banco, Brandão chegou a afirmar que as desavenças teriam sido apenas um problema de comunicação dos planos ao presidente e que, diante do anúncio, era natural que Bolsonaro se preocupasse em como o banco concretizaria esse plano de eficiência.

O clima de desânimo continuou e, em março, Brandão renunciou ao cargo de presidente do BB. Fausto Ribeiro, então presidente da BB Consórcios, foi indicado em seu lugar.

No segundo trimestre deste ano o banco reportou lucro de R$ 5,039 bilhões – aumento de 52,2% em relação a igual período de 2020. O resultado foi puxado pela redução de 49,8% nas reservas contra calotes e pelo aumento da carteira de crédito no período.

Fonte: Folha Press

Câmara dos Deputados debate fechamento de agências do Banco do Brasil

Publicado em: 15/07/2021


A Comissão de Fiscalização Financeira e Controle (CFFC) da Câmara dos Deputados realizou, na última semana, audiência pública para debater o fechamento de agências do Banco do Brasil em diversos municípios.

Na sexta-feira (9) o presidente da ANABB, Augusto Carvalho, realizou contato com o presidente da Comissão, o deputado Aureo Ribeiro (Solidariedade-RJ), para alinhar a questão. Nos próximos dias está previsto um encontro para fortalecer o apoio da entidade nesse importante debate.

O deputado lamentou o impacto do fechamento das agências do Banco do Brasil. “É certo que as instituições financeiras estão se adaptando e implementando mais instrumentos de tecnologia em seus atendimentos, inclusive com contas inteiramente digitais. Com o Banco do Brasil não deve ser diferente. Porém, não podemos ignorar as peculiaridades de cada localidade do Brasil, de como é a realidade do cidadão que mora no interior”, disse Ribeiro.

A ANABB vem acompanhando o fechamento de agências do Banco do Brasil desde o anúncio do Programa de Reestruturação. A questão foi inclusive um dos temas de recente reunião entre o presidente da entidade e o presidente do BB, Fausto Ribeiro.

“Esse é um assunto que muito nos preocupa. Solicitamos ao Fausto o ‘estancamento’ desse processo de fechamento de agências. Essa quebra de capilaridade do BB compromete a solidez e o papel social de banco público do BB. O que é ruim para o país e para toda a população, em especial aqueles residentes nos pequenos municípios”, enfatizou Augusto.

AUDIÊNCIA PÚBLICA

Durante a audiência pública o prefeito de Manaquiri (AM) e vice-presidente da Confederação Nacional de Municípios (CNM), Jair Aguiar Souto, destacou que o fechamento das agências do BB em diversos municípios irá levar a precarização dos cidadãos nos lugares mais distantes e nos municípios mais isolados. “O BB opera a folha de pagamento de grande parte dos municípios, por exemplo. Imaginem o transtorno que as cidades enfrentariam sem as agências funcionando”.

Já o diretor de Atendimento e Canais do Banco do Brasil, Thompson Soares, lembrou a importância e da capilaridade do BB. “Atualmente é o banco que tem maior presença nacional, chegando em 95,3% dos municípios com algum tipo de canal de atendimento”, detalhou.

Os deputados Valtenir Pereira (MDB/MT) e Leo de Brito (PT/AC) lembraram das realidades diferentes das regiões Sul e Sudeste do país em comparação ao cenário das regiões Norte e Nordeste, que encontram mais dificuldade de acesso à rede bancária e ao ambiente virtual.

Fonte: ANABB

Banco do Brasil fechou 29 agências na Bahia em 2021

Publicado em: 20/05/2021


O plano de fechamento de agências e postos de atendimento anunciado no início do ano pelo Banco do Brasil foi colocado em prática nos últimos meses. Somente na Bahia, 29 agências foram fechadas ou transformadas em postos sem movimentação de dinheiro. Os dados foram confirmados à Agência Sertão pelo Sindicato dos Bancários da Bahia.

Em Salvador, foram fechadas três agências, localizadas na sede da Petrobras, no Aeroporto e no Campus da Universidade Federal da Bahia (UFBA). Já no interior, 27 municípios perderam agências – Aratu, Abaíra, Aporá, Aramari, Feira de Santana (agência da Av. Getúlio Vargas), Barrocas, Biritinga, Brejões, Canápolis, Central, Costa do Sauipe, Encruzilhada, Ibirapitanga, Itagi, Itaquara, Lagoa Real, Lajedo do Tabocal, Pau Brasil, Piatã, Retirolândia, Barreiras (Rio de Ondas), Sebastião Laranjeiras, Teodoro Sampaio, Tremedal, Tanquinho e Uruçuca.

Segundo o sindicato, também estava previsto o fechamento da agência da cidade de Filadélfia, no entanto, a medida acabou sendo cancelada pelo banco. Em nota, o sindicato afirmou que o novo plano de reestruturação implementado pelo banco contribui para o desmonte da empresa. “A direção do Banco do Brasil fecha centenas de agências e demite 5 mil funcionários, com o novo plano de reestruturação, que, na prática, desmonta a empresa. Diante da ofensiva, o movimento sindical amplia as ações em defesa das estatais”, disse.

O sindicato ressalta ainda que são realizadas diversas manifestações e protestos presenciais e virtuais, para chamar atenção da sociedade sobre os prejuízos do sucateamento ao país. e que a justificativa usada pela empresa de aumento da digitalização é falsa.

“Na pandemia, as aglomerações na porta das agências deixaram evidente que a maioria da população não tem acesso às ferramentas digitais. Para se ter ideia da importância dos bancos públicos para o Brasil, dos 5.570 municípios do país, somente 3.256 possuem agências bancárias, sendo que em 990 só tem unidade do BB ou de outro banco público”.

O fechamento das agências do BB foi aprovado pelo Conselho de Administração do banco dentro do plano estratégico para o quinquênio 2021-2025. Além do fechamento de 361 unidades de atendimento, para reduzir despesas, foi adotado também um plano de demissão voluntária, que teve 5,5 mil adesões.

A meta é fechar todas as agências deficitárias em pequenos municípios. Os clientes atingidos estão sendo direcionados para outras agências em outras cidades, com distância média de 25 quilômetros, segundo o BB. No momento, não previsão para fechamento de novas agências na Bahia.

Fonte: Agência Sertão

Senadora lamenta fechamento de agências do Banco do Brasil na PB

Publicado em: 15/04/2021


A senadora Daniella Ribeiro (Progressistas) lamentou nesta segunda-feira (12) o fechamento de quatro agências do Banco do Brasil na Paraíba, sendo duas em João Pessoa, uma em Campina Grande e outra em Alagoa Grande, apesar dos esforços feitos através de reuniões com a presidência do BB em Brasília, no início deste ano.

O fechamento de agências, na prática, representa acúmulo de trabalho para os funcionários do banco e filas ainda mais longas para a população. Segundo o presidente do Sindicato dos Bancários na Paraíba, Lindonjohnson Almeida, o que está acontecendo é um plano de desmonte do Banco do Brasil no país.

Diante disso, a senadora lamentou o fechamento das agências e destacou que a população como um todo acaba sendo prejudicada, além dos próprios servidores. “A situação que já não era favorável, fica ainda pior. Infelizmente temos muitos municípios onde já não há agência, e as pessoas precisam se deslocar para outra localidade para sacar dinheiro. Isso causa um prejuízo para a economia local, além de causar transtornos para o cidadão que acaba pagando a mais ao ter que se deslocar para ter acesso ao serviço bancário”, declarou.

A senadora teve reunião em fevereiro com o então presidente do BB, André Brandão, que falou da necessidade de reestruturação do banco em todo o país. Na ocasião, Daniella pediu que as agências do Nordeste fossem as últimas a serem atingidas pelo tal plano, considerando o já insuficiente número de agências. Na mesma reunião, o presidente falou ainda sobre a abertura de postos de atendimento e do programa de demissão voluntária.

“Vamos continuar lutando pela categoria dos bancários, que também será duramente penalizada em tudo isso. Se as agências fecham, as filas aumentam. E se as filas aumentam, o bancário trabalha mais, o que acarreta danos à sua saúde devido à carga que muitas vezes é excessiva”, afirmou a senadora.

Daniella disse ainda que o fechamento das agências e o consequente aumento das filas acontece em um momento arriscado, devido à pandemia do novo coronavírus, uma vez que a Organização Mundial de Saúde (OMS) orienta o distanciamento social como uma das medidas de prevenção ao vírus.

Fonte: Blog Anderson Soares

 

AMA reage ao fechamento de agências do BB e alega prejuízos aos municípios

Publicado em: 08/04/2021


O fechamento de 11 agências do Banco do Brasil em Alagoas está causando preocupação aos gestores e à população. Nesta quarta-feira, 7, o presidente da Associação dos Municípios Alagoanos (AMA), Hugo Wanderley, disse que vai pedir apoio à bancada alagoana na Câmara Federal para tentar reverter a situação.

Ele defende que o encerramento das atividades vai gerar impacto econômico nestes municípios e classificou a medida como retrocesso. “O fechamento das agências e postos é ruim para economia local e durante pandemia estimula ainda mais a aglomeração e a circulação de pessoas entre os municípios, quando no momento o isolamento social é peça fundamental para evitar o contágio”, destacou o presidente Hugo, ao falar que se preocupa também com a segurança do cidadão.

Segundo a AMA, a diretoria nacional ainda não comunicou oficialmente quais serão agências e postos fechados, mas a associação realizou um levantamento com 11 municípios onde serviço será extinto e também cidades onde as agências foram transformadas em Postos de Atendimento.

Segundo o prefeito de Dois Riachos, Ramon Camilo, um dos municípios que ficará sem serviço do Banco do Brasil, a ação vai prejudicar o comercio afastando quem mais precisa do banco.

Em nota, o Banco do Brasil explicou que o anúncio sobre a reestruturação da sua rede de atendimento foi feito em janeiro deste ano e que a decisão foi tomada a partir de uma avaliação das suas unidades de negócios em relação ao desempenho financeiro de cada ponto, o potencial de negócios em cada praça, o volume de utilização do ponto pelos clientes, a proximidade com outros pontos de atendimento do Banco e as características dos imóveis.

Agência transformada em PAA:

  • Batalha
  • Campo Alegre
  • Marechal Deodoro
  • Olivença
  • Pilar

Agências ou PAA com atividades encerradas:

  • Anadia
  • Barra de São Miguel
  • Coité de Noia
  • Dois Riachos
  • Estrela de Alagoas
  • Passo do Camaragibe
  • Pão de Açúcar
  • Paulo Jacinto
  • Porto Calvo
  • Porto de Real do Colégio
  • Maribondo

Essas mudanças vão ocorrer em 361 municípios e vão afetar sobretudo o Nordeste. Apesar disso, o Banco do Brasil garante que manterá sua presença em todos eles, seja com outras unidades próprias, seja com correspondentes bancários chamados “Mais BB”.

“A migração entre agências teve início em 22 de fevereiro e foi precedida de comunicação aos clientes dessas agências em canais diversificados, como SMS, aplicativo para celular, Internet Banking, terminais de autoatendimento, além de correspondências, e-mail marketing e cartazes nas agências”, diz a nota enviada à imprensa.

O BB salienta que os clientes podem manter seus cartões e senhas para transações na nova agência, mesmo que haja alteração no número da conta.

Fonte: Alagoas 24 Horas

Banco do Brasil fechou 90 agências das 361 previstas em plano de reestruturação

Publicado em: 25/03/2021


Dois meses depois de anunciar um plano de reestruturação do Banco do Brasil, o presidente demissionário da instituição, André Brandão, conseguiu fechar cerca de 90 agências das 361 incluídas no projeto, segundo fontes. O balanço equivale a cerca de um quarto do total. Brandão deve seguir no cargo até o fim deste mês.

Caberá ao substituto do executivo, Fausto Andrade Ribeiro, dar continuidade ou não ao projeto. A depender do presidente Jair Bolsonaro, a medida poderá ser suspensa, diante da pressão de prefeitos dos municípios atingidos. O plano de reestruturação está na origem da crise entre Brandão e o presidente.

A orientação do presidente é para que os bancos públicos abram novas agências, apesar dos avanços da tecnologia que permitem aos clientes realizar operações por aplicativos de celular e internet, sem precisar ir a uma agência.

Um milhão de clientes

Somente no ano passado, os três maiores bancos privados fecharam 1.500 agências e pontos de atendimento, um processo que já vinha em curso, mas que ganhou velocidade com a mudança de hábitos causada pela pandemia.

O plano anunciado por Brandão precisa ser tocado em etapas, porque envolve um número expressivo de clientes, cerca de um milhão. Antes de encerrar esses pontos de atendimento, é necessário remanejar esses usuários.

Na contramão do previsto para o BB por Brandão, o presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, anunciou na quinta-feira que pretende abrir até 400 agências. Outras 76 já estão em processo de abertura.

O fechamento das agências do BB foi aprovado pelo Conselho de Administração do banco dentro do plano estratégico para o quinquênio 2021-2025. Para reduzir despesas, foi adotado também um plano de demissão voluntária, que teve 5,5 mil adesões.

A meta é fechar todas as agências deficitárias em pequenos municípios. Os clientes atingidos estão sendo direcionados para outras agências em outras cidades, com distância média de 25 quilômetros, segundo o BB.

Para evitar deixar cidades desassistidas, o BB pretende ampliar a rede de correspondentes bancários tradicionais (supermercados, padarias e farmácias), investir na abertura de franquias e postos “inteligentes”, sem caixas e vigilantes, apenas com terminais de autoatendimento, onde as mesmas cédulas depositadas pelos clientes podem ser sacadas instantaneamente, dispensando abastecimento frequente por carros-fortes.

Receio de fim do home office

O plano foi o principal motivo da queda de Brandão. O sucessor, Fausto Ribeiro, já passou por várias áreas do BB, inclusive pela Unidade de Canais, responsável por abertura e fechamento de agências. Além dessa questão, Ribeiro terá liberdade para criar novas vice-presidências.

A vice-presidência de Governo e Agronegócio deverá ser desmembrada. O secretário executivo do Ministério da Cidadania, Antônio Barreto, deverá ocupar a área de Governo.

Embora a indicação de Ribeiro tenha sido defendida pela equipe econômica como um sinal de prestígio aos funcionários, ela causou estranheza na cúpula do banco, porque significou quebra de hierarquia. Tradicionalmente, para alçar ao topo é preciso ocupar outros postos, como vice-presidência.

Em agosto do ano passado, Ribeiro era gerente executivo da Diretoria de Contadoria, responsável pela contabilidade das subsidiárias. Em setembro, foi promovido a presidente do BB Consórcios.

No banco, ele é conhecido pelo perfil bolsonarista. Na crise, durante a pandemia, o andar que comanda manteve trabalho presencial. Há receio por parte dos funcionários de que ele resolva acabar com o home office. A indicação, que ainda precisa passar por instâncias no BB, teria também o respaldo do centrão. (Colaborou João Sorima Neto)

Fonte: O Globo

Deputada apela por permanência das agências do BB em Sergipe

Publicado em:


O Banco do Brasil (BB) informou que, até o final do primeiro semestre de 2021, desativará 361 unidades, sendo: 112 agências bancárias, 7 escritórios e 242 Postos de Atendimento. Diante desse cenário, a deputada Maria Mendonça apresentou à Mesa da Casa Legislativa na manhã de hoje (24) uma Moção de Apelo pela permanência das agências bancárias do BB em todo o território sergipano.

A Moção de Apelo de nº 13/2021 será enviada para a bancada de Sergipe no Congresso Nacional, em Brasília, por meio do seu coordenador, o deputado Federal, Bosco Costa. Na matéria a deputada apela para que os deputados dialoguem com o presidente do Banco do Brasil pela manutenção das agências bancárias em Sergipe. Em especial, a agência do município de Itabaiana, localizada na avenida Dr. Luiz Magalhaes.

Fonte: Assembleia Legislativa de Sergipe

Bancos terão de fechar 30% das agências em até 3 anos para manter rentabilidade

Publicado em: 18/03/2021


Os cinco maiores bancos brasileiros, com quase R$ 8 trilhões de ativos em mãos, precisam enxugar 30% de sua rede de agências físicas em no máximo três anos, aponta estudo exclusivo feito pela consultoria alemã Roland Berger e obtido pelo Estadão/Broadcast. Isso significa fechar as portas de cerca de 5 mil unidades de alvenaria, de um total de 16.704, somados Banco do Brasil, Bradesco, Itaú Unibanco, Santander Brasil e Caixa Econômica Federal, conforme dados do Banco Central do fim de fevereiro.

O fechamento de agências resulta da pressão por corte de custos e eficiência diante do ‘novo normal’ do sistema financeiro, de acordo com a Roland Berger. Se antes essa já era uma realidade com a multiplicação de fintechs, com a pandemia, que acelerou o processo de digitalização dos brasileiros, só fez crescer.

“Os bancos brasileiros vão precisar encerrar pelo menos 30% de suas agências no curto prazo, no máximo, em dois anos. Estamos falando de 5 mil agências dos 5 maiores bancos”, afirma o presidente da consultoria alemã Roland Berger, Antônio Bernardo, em entrevista ao Estadão/Broadcast.

De acordo com ele, a mudança de comportamento dos clientes a reboque da covid-19 coloca a rentabilidade dos bancos brasileiros, ainda elevada frente aos pares internacionais, na berlinda. O retorno sob o patrimônio líquido (ROE, na sigla em inglês) já foi afetado com o aumento das provisões para devedores duvidosos, as chamadas PDDs, reforçadas para fazer frente à inadimplência.

Berger destaca que apesar do cenário a rentabilidade dos bancos nacionais ainda é alta mas se esta transformação não ocorrer o lucro vai diminuir e eles vão ficar menos atrativos. “Se os bancos brasileiros não se transformarem – e as agências são só uma das mudanças -, a rentabilidade vai baixar mais, ficando menos atrativos para investidores”, disse.

Digitalização do dinheiro

Para aumentar sua competitividade os bancos vem investindo na digitalização da economia e somente em tecnologia para ‘digitalização do dinheiro’ os bancos investem anualmente cerca de R$ 19,6 bilhões, segundo a Febraban que também destaca que cada vez mais, os clientes também pagam suas contas e fazem transferências de valores pelos canais digitais.

Segundo o diretor de Canais Digitais e Experiência do Cliente do Bradesco, Marcelo Frontini, 97% das transações no banco já são realizadas em canais digitais.

Além disso, a digitalização do dinheiro pelos bancos no Brasil também pode envolver Bitcoin e criptomoedas já que Eduardo Abreu, vice-presidente de Novos Negócios da Visa do Brasil, revelou que a empresa já está trabalhando na integração de criptoativos e instituições financeiras no Basil.

A primeira solução a ser disponibilizada, segundo ele, será um conjunto de APIs voltados a bancos para que estes possam oferecer criptomoedas aos seus clientes.

Abreu também revelou que a empresa já está conversando com grandes bancos digitais no Brasil que podem aderir ao serviço e oferecer Bitcoin a seus clientes e embora não tenha revelado o nome das instituições, um levantamento do Cointelegraph revelou que no radar da empresa estão Nubank, Inter e C6.

“Primeiro, estamos conversando com os bancos mais digitais. Isso porque são os que têm mais perfil para esses clientes (de criptos)”, revelou.

Fonte: Estadão com Cointelegraph

Banco do Brasil tem 160 agências e postos com aviso de encerramento

Publicado em:


O Banco do Brasil já pregou avisos de fechamento nas portas de pelo menos 160 unidades de sua rede, considerando agências tradicionais e postos de atendimento, segundo mapeamento preliminar feito pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Finaceiro (Contraf) e obtido pelo Estadão/Broadcast. Apesar da crise gerada no Palácio do Planalto, o plano de reestruturação, anunciado em janeiro, não só foi mantido como já começa a ser implementado.

A lista oficial das agências que serão fechadas – em um total de 112 -, porém, ainda não foi divulgada pelo BB. Segundo o secretário-geral da Contraf, Gustavo Tabatinga, funcionário do banco, o conglomerado se nega a passar aos funcionários as unidades que serão encerradas, postura que ele afirma ser inédita. “O banco alega questões de mercado, mas, em todas as reestruturações feitas no passado, o banco nos passava essas informações, até para que possamos orientar os trabalhadores”, disse o sindicalista, em entrevista ao Estadão/Broadcast.

Diante da negativa do BB, os bancários se mobilizaram e começaram a mapear, por conta própria, as agências e os postos de atendimento que já estavam em processo de encerramento. Para isso, foram de unidade em unidade para verificar quais delas já contavam com o cartaz que avisa do fechamento aos clientes, uma obrigação que o banco tem de cumprir 30 dias antes do encerramento de fato.

O levantamento é considerado preliminar porque a Contraf não tem presença em todos os municípios onde o BB tem alguma unidade. O número, portanto, pode ser maior.

O plano do BB envolve a desativação de 361 unidades ao longo do primeiro semestre, sendo 112 agências tradicionais, sete escritórios e 242 postos de atendimento. Além disso, haverá a conversão de 243 agências em postos de atendimento e oito postos de atendimento em agências, transformação de 145 unidades de negócios em Lojas BB, sem guichês de caixa, relocalização compartilhada de 85 unidades de negócios e criação de 28 unidades de negócios (14 agências especializadas agro e 14 “escritórios digitais leves”).

Nordeste

Pelo mapeamento do Contraf, a região mais afetada será a Nordeste, com 60 unidades com cartazes já colados. O Estado com maior número de encerramentos em andamento, por enquanto, é São Paulo, com 17, seguido do Rio de Janeiro, com 14, e o Pará, com 13.

“Fechar agências numa pandemia é jogar as pessoas para a aglomeração e exclusão bancária. Há agências que estão em cidades que só têm aquela agência e vão ficar sem banco”, afirma Juvandia Moreira, presidente da Contraf.
Segundo levantamento da Contraf, 23 municípios ficarão sem agências bancárias, a maioria no Nordeste: seis na Bahia (Caem, Gentil do Ouro, Itaquera, Lajedo do Tabocal, Pau Brasil e Uibai), quatro em Sergipe (Nossa Senhora de Lourdes, Monte Alegre, Pacatuba e Tomar de Geru), duas no Ceará (Santo Antônio do Jaguaribe e Itaiçaba), uma em Alagoas (Passo do Camaragibe) e uma na Paraíba (Alagoa Grande).

Também ficarão órfãos cinco municípios do Pará (Água Azul do Norte, Curuca, Monte Dourado, Ourem e Ourilândia do Norte), um no Acre (Mâncio Lima), um no Mato Grosso (Ribeirão Cascalheira), um no Paraná (Laranjal) e um em Rondônia (Alto Alegre dos Parecis).

Fonte: Estadão

Banco do Brasil deve fechar 11 agências no Ceará; veja lista

Publicado em: 25/02/2021


Subiu para 11 o número de agências do Banco do Brasil (BB) que devem ser fechadas no Ceará desde o início da reestruturação da instituição, em janeiro deste ano. O quantitativo foi confirmado pelo Sindicato dos Bancários do Estado (Seeb). Na Capital, serão três unidades: da Parquelândia, Aerolândia e avenida Barão de Studart.

No último dia 10, a informação da entidade é de que seriam oito as unidades encerradas.

Além das agências que terão as atividades encerradas, outras nove serão reduzidas a postos de atendimento. De acordo com o presidente do sindicato, Carlos Eduardo Bezerra, o número pode ser ainda maior.

“O Banco não está tendo transparência com os dados, mas o movimento deve seguir sendo esse. Acreditamos que eles querem reduzir para facilitar a privatização”, avalia.

Na sexta-feira (19) o Sindicato realizou uma manifestação na agência Empresa Parquelândia, em frente ao North Shopping, que já foi anunciada como uma das que terão as atividades encerradas em breve.

Nesta segunda-feira (22), a partir das 14h, o Seeb participa de uma reunião por videoconferência com o Comando Nacional dos Bancários.

O Diário do Nordeste questionou o Banco do Brasil sobre novos fechamentos e aguarda resposta.

Veja quais as agências serão fechadas:

  1. Empresa Parquelândia (Fortaleza)
  2. Aerolândia (Fortaleza)
  3. Barão de Studart (Fortaleza)
  4. Santana do Cariri
  5. Juaci Sampaio (Caucaia)
  6. Alto Santo
  7. São João do Jaguaribe
  8. Itaiçaba
  9. Posto de Atendimento de Ibiapina
  10. Dois Postos de Atendimento vinculados a Tabuleiro do Norte

Agências que virarão postos de atendimento (9 unidades)

  1. Orós
  2. Cambeba (Fortaleza)
  3. Aiuaba
  4. Catarina
  5. Irauçuba
  6. Morrinhos
  7. Ipueiras
  8. Frecheirinha
  9. Iracema (posto sem atendimento de caixas)

Brasil

Em todo o País, o plano de reorganização do banco prevê a desativação de 361 unidades (112 agências, sete escritórios e 242 postos de atendimento), a conversão de 243 agências em postos de atendimento e oito postos de atendimento em agências.

Fonte: Diário do Nordeste

 

Fechamento de agências do BB empobrece cidades menores, diz sindicalista

Publicado em: 18/02/2021


Trabalhadores bancários de todo o Brasil realizaram, no dia 10 de fevereiro, o Dia Nacional de Paralisação dos funcionários do Banco do Brasil, aprovado em assembleia pela categoria. Para explicar os motivos da paralisação e o impacto das mudanças propostas pelo BB na vida da população, o Brasil de Fato conversou com Sandra Trajano, secretária-geral do Sindicato dos Bancários de Pernambuco.

Confira a entrevista a seguir:

Brasil de Fato: Quais são as motivações das paralisações que os bancários vêm realizando?

Sandra Trajano: O movimento sindical não tem viés apenas corporativo. Não é só pela perda de emprego ou diminuição de salário que a gente faz as mobilizações. Dessa vez não é diferente, nós defendemos os empregados do Banco do Brasil, mas principalmente a permanência de uma empresa com mais de mais de 200 anos prestando esse serviço à população, que já vem sendo descaracterizado com essa abertura de capital, o que deixou o banco mais próximo de um banco privado. Mas ele ainda oferece serviços à população, assim como a Caixa Econômica Federal, que são voltados ao desenvolvimento da região.

Isso é importante porque o BB tem por sua característica social trabalhar o desenvolvimento da região, a CEF é voltada para a população e o BB tem linhas de crédito para plantação, para diversas formas de financiamento e desenvolvimento onde ele está. Sem o BB, a região perde muito, é um empobrecimento para cidade, para o município, para o estado onde o banco diminuiu sua atuação, é sofrimento para população porque é menos crédito oferecido e e mais tempo perdido para resolver seus problemas.

Quais foram as pautas da paralisação do dia 10?

Primeiro a suspensão do encerramento das agências e postos de atendimento que o banco está fechando no país inteiro. Aqui em Pernambuco são 26 agências, algumas fechando e outras se transformando em posto de atendimento e outros postos fechando. Rio Formoso, por exemplo, fecha; A agência da Av. Norte, na metropolitana, fecha; Olinda se torna posto de atendimento. São agências grandes, muitas vezes a cidade só tem aquele posto do BB, então a população fica desassistida. Nossa primeira exigência é a suspensão desse encerramento.

A outra é que o banco abriu um Plano de Demissão Voluntária e, com isso, muitas pessoas saem do banco. Se hoje está difícil chegar numa agência e ser atendido, vai ser muito pior. As pessoas estão saindo porque não veem mais perspectiva de trabalho no BB. A outra questão é que o banco, para se adaptar a essa nova onda, cortou todos os cargos de caixa, então hoje o banco não tem caixa para atender as pessoas e, dependendo da demanda, uma pessoa que é do setor de atendimento é direcionada para o caixa. Você imagina o transtorno. A pauta é voltada para o não encerramento dos postos de atendimento, a não continuidade das demissões e o não encerramento dos caixas, porque isso descaracteriza completamente o banco.

De que forma a desvalorização desses trabalhadores impacta os serviços?

Veja, uma pessoa que não está feliz não trabalha bem, não vive bem, não se relaciona bem. Uma pessoa que não acredita no seu ambiente de trabalho, mesmo tendo se preparado pra isso vê a empresa descaracterizada, longe do seu objetivo que é ser um banco social, ela também entra em choque de identidade. O serviço prestado a população, e tenho impressão que isso é feito de forma pensada pela diretoria do banco, é feito de forma a colocar a população contra o funcionalismo público, haja vista a reforma administrativa, que vai impactar o serviço público e outras empresas públicas.

Aí acontece o que aconteceu com Bandepe aqui em Pernambuco, que destruíram por dentro a empresa e chegou num ponto que todo mundo era a favor da privatização. Mal sabe a população que nós sofremos diversas perdas na área do desenvolvimento na nossa região pela falta de um banco nosso.

Por que é tão importante para a população lutar para garantir que existam os bancos que têm essa parte voltada ao social?

O que é público é de todos. A gente precisa aprender, internalizar isso. O que é público é para todos. Então todas as pessoas, seja a mais simples ou a mais elaborada, ela precisa ter esse serviço para lhe atender. Seja só uma poupança ou num grande financiamento; seja no fornecimento da bancarização, de inserir essa pessoa no sistema econômico ou simplesmente para o financiamento de um veículo. O banco público e as empresas públicas, como a Petrobras, os Correios, são para todos os brasileiros, são empresas que têm o dinheiro dos nossos impostos do nosso trabalho aplicado, então elas estão resistindo para prestar serviço à população.

Fonte: BdF Pernambuco

Banco do Brasil deve fechar oito agências no Ceará, diz sindicato

Publicado em: 11/02/2021


O Banco do Brasil (BB) deve fechar oito agências no Ceará e transformar outras cinco em postos de atendimento, segundo informações do Sindicato dos Bancários do Ceará (SEEB). As medidas fazem parte do plano de reestruturação do banco anunciado em janeiro, mas o BB não confirma quantas e quais agências devem ser afetadas no Estado.

De acordo com o presidente do sindicato, Carlos Eduardo Bezerra, serão fechadas as seguintes agências:
Fortaleza (Aerolândia, Parquelândia e Av. Barão de Studart) e Região Metropolitana de Fortaleza e interior (Juaci Sampaio, Santana do Cariri, Alto Santo, São João do Jaguaribe e Itaiçaba).

As agências do Cambeba (Fortaleza), Orós, Aiuaba, Catarina e Irauçuba devem virar postos de atendimento, conforme o Sindicato. “Está faltando muita transparência do Banco do Brasil. Eles não deram nenhum detalhe. Mas um levantamento feito pelo próprio sindicato está denunciando o fechamento dessas agências. Funcionários já relataram que foram retirados de suas funções originais e constam agora no quadro como excesso”, explica Bezerra.

Ele detalha que as pessoas enquadradas como excesso não têm um destino certo, podendo ser transferidas para qualquer outra cidade e estado.

O projeto de reestruturação prevê fechamento de 112 agências no Brasil. Na segunda-feira (8), o BB comunicou que mais de 5,5 mil funcionários já aderiram aos programas de desligamento voluntário da empresa no País, lançados em janeiro.

De acordo com o Sindicato, ao todo, as medidas devem afetar 150 mil pessoas, entre clientes e população em geral nessas localidades.

Procurado, o Banco do Brasil informou, por meio de nota, que comunicou prontamente os sindicatos da reestruturação e “colocou-se à disposição das entidades sindicais para prestar os esclarecimentos necessários”. No entanto, o banco não se pronunciou sobre quantas e quais agências no Ceará serão afetadas. A instituição também ressalta que os clientes serão comunicados com antecedência sobre qualquer mudança.

O BB justifica as modificações com base no “aumento do comportamento digital de seus clientes”. Segundo o banco, desde 2016, vem havendo “significativa redução nas transações em guichês de caixa (-42%), enquanto o uso do mobile praticamente dobrou no mesmo período e já responde por 86% das transações, junto com o internet banking”.

Fonte: Diário do Nordeste