CGPAR 42: nova redação congela acordos e prejudica funcionários de estatais

Publicado em: 09/11/2023

Convenções e acordos coletivos que foram firmados até agosto de 2022 não serão modificados, ou seja, estão congelados. Essa é a nova redação do artigo 7º da Resolução CGPAR n° 42/2022, que agrava uma situação que já era ruim para os funcionários das estatais. A alteração foi recém-publicada pelo Governo Federal, por meio da Resolução CGPAR n° 49, do dia 26 de setembro de 2023.

A nova redação afeta ainda mais as relações de trabalho, uma vez que ratifica, mesmo que ilegalmente, um entendimento equivocado de que a CGPAR 42 pode versar sobre acordos coletivos. Além disso, ao congelar acordos e convenções, admite-se que o modelo que estava sendo seguido era justo, uma realidade contrária ao que é defendido pela ANABB e demais entidades representativas de empregados de empresas estatais.

COMBATE À CGPAR 42

Para quem não se lembra, a CGPAR 42 vem sendo combatida pela ANABB, desde 2022, em razão dos prejuízos que traz para todos os funcionários de empresas públicas, inclusive os colegas do BB, entre eles: a vedação à concessão de empréstimo pecuniário a qualquer título; a incorporação de gratificação de cargo em comissão ou de função gratificada na remuneração; e a concessão de licença-prêmio, abono assiduidade ou férias em período superior a 30 dias por ano trabalhado. Estabelece ainda que o impacto anual com as promoções por antiguidade e por merecimento deverá ser limitado a 1% da folha salarial. E que a participação da empresa estatal federal no custeio de planos de saúde não poderá exceder a 50% da despesa.

ATUAÇÃO DA ANABB NO LEGISLATIVO

A ANABB atua para combater a Resolução CGPAR 42 com ações nos âmbitos Executivo e Legislativo.

Uma das proposições da Associação é o Projeto de Decreto Legislativo (PDL) nº 313/2022, de autoria do deputado Pompeo de Mattos (PDT-RS), que tramita na Câmara dos Deputados e busca sustar os efeitos da norma.

Em recente reunião com o deputado Reimont (PT-RJ), relator do PDL 313, a ANABB reafirmou o posicionamento de que a CGPAR é a reedição de uma norma (Resolução 23), revogada pelo Congresso Nacional por conter ilegalidades e limitações ao acesso de vários benefícios. Na ocasião, houve consenso com as demais associações e sindicatos presentes de que a proposta de congelamento dos efeitos dos acordos e convenções é ruim, tendo em vista que muitos foram realizados em condições precárias, sob um regime econômico desfavorável.

ATUAÇÃO NO EXECUTIVO

A atuação da ANABB também alcança o Executivo, provocando reuniões com entes do governo.

A ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, que assinou a nova resolução, estava sendo convidada para o debate com as entidades representativas dos trabalhadores de empresas estatais para tratar sobre o tema. Esse diálogo com as entidades seria fundamental, antes da aprovação da nova norma. Mas não aconteceu, mesmo com inúmeras tentativas.

Nas mobilizações realizadas pela ANABB, temos cobrado o compromisso do Governo Federal eleito com o movimento sindical e associativo para a criação de novas práticas que fortaleçam a negociação coletiva e a garantam os direitos adquiridos.

Pelos grandes prejuízos que causa aos direitos do funcionalismo, o combate à Resolução CGPAR 42/2022 e agora também à CGPAR 49/2023 é uma das prioridades da atuação da ANABB. Ao colocar em risco os planos de saúde dos funcionários de empresas estatais, a resolução causa grande intranquilidade aos colegas do BB. A ANABB segue atenta às consequências da norma, atuando em defesa dos funcionários em todas as instâncias possíveis.

Fonte: Agência ANABB

ANABB debate com entidades representativas resoluções CGPAR 42

Publicado em: 26/10/2023

Enquanto uma parte importante da governança da ANABB participa das celebrações pelos 100 anos do Banco do Brasil no município de Campina Grande (PB), fortalecendo as articulações com o Banco e demais entidades representativas, equipes da Associação seguem atuando em Brasília em demandas importantes para os funcionários do BB.

Nesta terça-feira (24), a ANABB participou de uma ampla reunião com outras associações de empregados de empresas estatais, o deputado Reimont (PT-RJ) e a secretária de Coordenação e Governança das Empresas Estatais do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Elisa Vieira Leonel, para debater a revogação da Resolução CGPAR nº 42/2022.

Reimont é relator do Projeto de Decreto Legislativo (PDL) nº 313/2022, de autoria do deputado Pompeo de Mattos (PDT-RS), que susta os efeitos da Resolução CGPAR 42 – norma que restabelece o conteúdo da Resolução CGPAR nº 23/2018, revogada em 2021 pelo Congresso Nacional.

A Resolução CGPAR 42 limita o benefício de assistência à saúde dos funcionários das empresas estatais federais e de economia mista; veda a concessão de empréstimos pecuniários aos empregados, a concessão de licença-prêmio e o abono assiduidade; e veta a incorporação de gratificação de cargo em comissão ou função gratificada à remuneração do funcionário.

Pelos grandes prejuízos que causa aos direitos do funcionalismo, o combate à Resolução CGPAR 42/2022 é uma das prioridades da atuação da ANABB. Ao colocar em risco os planos de saúde dos funcionários de empresas estatais, a resolução causa grande intranquilidade aos colegas do BB. A ANABB segue atenta às consequências da norma, atuando em defesa dos funcionários no Congresso Nacional.

Fonte: Agência ANABB

Designado novo relator para o PDL 313, que susta os efeitos da CGPAR 42

Publicado em: 25/08/2023


O deputado federal Reimont (PT-RJ) foi designado como relator do Projeto de Decreto Legislativo (PDL) 313/2022, de autoria do deputado Pompeo de Mattos (PDT-RS). O PDL, que recebeu a colaboração da ANABB, susta os efeitos da Resolução CGPAR nº 42/2022. A Associação já solicitou uma audiência com Reimont para tratar do tema.

Outra iniciativa da ANABB com esse conteúdo foi aprovada no Senado Federal em dezembro de 2022, na forma do PDL 328/2022 – de autoria da senadora Leila (PDT/DF) e parecer favorável do relator, o senador Jean Paul Prates (PT/RJ). O PDL 328 foi apensado ao PDL 313 para a tramitação na Câmara dos Deputados.

Ambas as ações da ANABB no parlamento são motivadas pela defesa da sustentabilidade financeira da Cassi, já que a Resolução CGPAR nº 42/2022 coloca em risco os planos de saúde dos funcionários de empresas estatais, causando grande intranquilidade à família Banco do Brasil.

A Resolução CGPAR 42 restabelece a Resolução CGPAR nº 23/2018, que foi revogada em 2021 pelo Congresso Nacional por conter ilegalidades e limitar o benefício de assistência à saúde ofertado aos funcionários das empresas estatais federais e de economia mista.

O texto reeditado em 2022 limita a 50% das despesas a participação das estatais no pagamento dos planos de saúde, além de vedar a concessão de empréstimos pecuniários aos empregados; de concessão de licença-prêmio e de abono assiduidade; e de incorporação de gratificação de cargo em comissão ou de função gratificada à remuneração do funcionário.

Outros PDLs – entre os quais 324/2022, do deputado Daniel Almeida (PcdoB-BA); 325/2022, do deputado Glauber Braga (Psol-RJ); e 327/2022, do deputado José Ricardo (PT-AM) – também foram apensados ao PDL 313 para a tramitação, por apresentarem teor semelhante.

A ANABB mantém sua mobilização em defesa da Cassi, fortalecendo a mobilização junto a parlamentares na Câmara dos Deputados e no Senado Federal pela revogação das Resoluções CGPAR que ameaçam direitos adquiridos dos funcionários do BB. Um exemplo de atuação da Associação nesta linha é a realização de abaixo-assinado pela aprovação do PDL 313, que recebeu mais de 23 mil assinaturas contrárias à Resolução CGPAR 42.

Fonte: Agência ANABB

Vitória no Senado contra a CGPAR 42

Publicado em: 16/12/2022


Nesta terça-feira (13/12), o Senado Federal aprovou o projeto de Decreto Legislativo (PDL) nº 328/2022, que busca sustar os efeitos da Resolução nº 42/2022. De autoria da senadora Leila Barros (PDT-DF), o projeto refere-se à resolução editada pela Comissão Interministerial de Governança Corporativa e de Administração de Participações Societárias da União (CGPAR), órgão colegiado do Ministério da Economia. O texto foi relatado pelo senador Jean Paul Prates (PT-RN), que apresentou voto favorável à aprovação da matéria.

A aprovação do PDL é resultado das articulações da ANABB com parlamentares de diferentes partidos. A interlocução da Associação possibilitou que os senadores se sensibilizassem com os prejuízos que a CGPAR 42 pode trazer para a vida de milhares de funcionários de estatais que possuem planos de saúde, em especial os colegas do BB que têm Cassi.

Ao longo do dia, a ANABB esteve no Senado Federal acompanhando os bastidores das discussões e articulando com senadores sobre a importância da aprovação do parecer do relator do projeto, senador Jean Paul Prates (PT/RN).

A ANABB conversou com diversos senadores entre eles Marcelo Castro (MDB/PI), vice-líder do MDB; Paulo Rocha (PT/PA), líder do PT; e Zenaide Maia (PROS/RN). Com a aprovação no Senado, o PDL segue para deliberação na Câmara dos Deputados.

PREJUÍZOS DA CPGAR 42

A resolução sustada estabelece que vantagens podem ser concedidas aos empregados das empresas estatais federais, mas veda a concessão de empréstimo pecuniário a qualquer título; a incorporação de gratificação de cargo em comissão ou de função gratificada na remuneração; e a concessão de licença-prêmio, abono assiduidade ou férias em período superior a 30 dias por ano trabalhado. Estabelece ainda que o impacto anual com as promoções por antiguidade e por merecimento deverá ser limitado a 1% da folha salarial. E que a participação da empresa estatal federal no custeio de planos de saúde não poderá exceder a 50% da despesa.

ARTICULAÇÕES COMEÇAM NA CÂMARA DOS DEPUTADOS 

No mesmo dia da aprovação do PDL no Senado, a ANABB iniciou as articulações com os deputados federais para aprovação do tema também na Câmara dos Deputados. Entre os deputados que dialogaram com a ANABB estão o deputado Reginaldo Lopes, líder do PT/MG; Pompeo de Mattos (PDT/RS), e Celina Leão (PP/DF), futura vice – governadora do DF.

ENTENDA O ASSUNTO E VEJA A CRONOLOGIA

Em agosto deste ano, o Governo Federal divulgou uma série de 13 resoluções, entre elas estava a CGPAR 42.

Na análise inicial feita pela ANABB, identificamos que o normativo era uma reedição da Resolução CGPAR nº 23/2018, revogada pelo Congresso Nacional – ambas estabelecem regras sobre o custeio dos planos de saúde de empresas estatais.

O principal impacto da Resolução nº 42 é que as empresas poderão reduzir seus aportes financeiros, fazendo com que os funcionários tenham que arcar com um custo maior, o que compromete a gestão financeira dos planos.

A ANABB iniciou uma grande mobilização em defesa da Cassi e contra a Resolução CGPAR nº 42/2022. Foram várias ações simultâneas, iniciadas ainda em agosto, com foco no legislativo.

Fonte: Agência ANABB

CGPAR 42 não altera a atual situação dos funcionários do BB

Publicado em: 02/09/2022


O Ministério da Economia do governo Bolsonaro, comandado por Paulo Guedes, editou uma série de resoluções que alteram questões relativas à governança das empresas estatais e de direitos dos trabalhadores destas empresas.

Uma destas resoluções, a CGPAR 42, determina os parâmetros que devem ser observados para o corte de direitos dos funcionários das empresas estatais, inclusive em relação aos planos de saúde, quinquênios e anuênios, planos de cargos e salários, percentuais de horas-extras, adicional de férias, dentre outros.

A CGPAR 42 revogou a Resolução CCE 09, de 08 de outubro de 1996, editada há 26 anos pelo Governo Fernando Henrique Cardoso. A CGPAR 42 não trouxe nenhuma alteração significativa naquela de 1996 – as principais foram a redução do percentual de quinquênio de 5% para 1%, o que deve valer somente para novos PCS (planos de cargos e salários) das empresas; e a exclusão da determinação de que os direitos a serem cortados não deveriam constar de futuros Acordos Coletivos de Trabalho.

A partir de 2003, o Banco do Brasil foi obrigado pelo movimento sindical a aderir à Convenção Coletiva Nacional dos Bancários, melhorando uma série de direitos que não estavam previstos em acordos coletivos anteriores entre o BB e os sindicatos, derrotando na prática algumas previsões da CCE 09.

A assessoria jurídica do Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região analisou as resoluções, inclusive a CGPAR 42, e verificou que não alteram em nada a atual situação dos funcionários do Banco do Brasil, pois uma série de direitos foram cortados e outros mantidos graças à resistência dos funcionários e à luta sindical.

Com relação à Cassi, a CGPAR 42 determina que o Banco deve arcar com no máximo 50% das despesas com o plano de saúde.

“Desde 1996, os funcionários vêm resistindo aos cortes e as entidades sindicais e associativas vêm pressionando o banco e conseguindo manter direitos e contribuições do banco”, avalia Felipe Garcez, funcionário do BB e secretário de Assuntos Jurídicos do Sindicato. “A nova resolução não tem novos impactos para os funcionários, mas ficaremos vigilantes para evitar retrocessos e resistir aos ataques do banco”, completa.

Fonte: Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região

ANABB inicia abaixo-assinado contra a Resolução CGPAR 42

Publicado em: 19/08/2022


A ANABB está começando um movimento contra a Resolução nº42, da Comissão Interministerial de Governança Corporativa e de Administração de Participações Societárias da União (CGPAR). A norma estabelece diretrizes e parâmetros para as empresas estatais federais quanto aos seus regulamentos internos de pessoal e planos de cargos e salários.

Um dos principais pontos de atenção sobre a Resolução CGPAR 42 é que ela prevê, em seu artigo 6º, que a participação das empresas no custeio de planos de saúde não poderá exceder o limite de 50% da despesa.

O custeio dos planos de saúde das empresas públicas conta com a contribuição dos funcionários titulares e a contribuição do patrocinador, que é a empresa da qual estão vinculados.

Com a entrada em vigor da Resolução nº 42, as empresas poderão reduzir seus aportes financeiros, fazendo com que os funcionários tenham que arcar com um custo maior, o que comprometerá a gestão financeira dos planos.

O abaixo-assinado formulado pela Associação é a favor do Projeto de Decreto Legislativo (PDL) 313/2022, protocolado na Câmara dos Deputados pelo parlamentar Pompeo de Mattos (PDT/RS), que busca anular os efeitos da Resolução CGPAR 42.

Lembramos que, em 2018, o Congresso Nacional já reconheceu a limitação estabelecida pela Resolução CGPAR 23/2018, que colocava limites para a participação das estatais no custeio do benefício de assistência à saúde dos funcionários das estatais e economia mista.

Então, vamos juntos para mais essa luta e nos ajude nessa missão: preencha o formulário, no link abaixo, apoie a iniciativa e compartilhe esse conteúdo com os colegas e familiares e vamos juntos em busca dos nossos direitos.

Fonte: Agência ANABB