BB vislumbra ser líder em rentabilidade e analistas reforçam visão positiva

Publicado em: 13/05/2022

A expectativa de grande parte dos analistas de mercado era de que o Banco do Brasil (BBAS3) fosse o destaque positivo da temporada de resultados entre os bancos de grande capitalização. Contudo, mais do que isso, o banco estatal conseguiu superar ainda mais as projeções já otimistas do mercado, com muitas casas, como a XP e o Itaú BBA reforçando a preferência para a ação dentro do setor após o balanço divulgado na véspera. Com isso, mesmo em um dia a princípio de aversão ao risco no mercado, as ações abriram em alta, mantendo-se no positivo durante toda a sessão. Os ativos fecharam com alta de 2,54%, a R$ 35,16.

O lucro líquido ajustado foi um recorde de R$ 6,6 bilhões no primeiro trimestre de 2022 (1T22), um desempenho 34,6% superior ao reportado no mesmo período de 2021. Na comparação com o quarto trimestre de 2021 (4T21), o aumento do lucro foi de 11,5%. O consenso do mercado era de um lucro de R$ 5,34 bilhões, segundo os analistas consultados pela Refinitiv; ou seja, o dado efetivo superou em cerca de 24% as projeções.

A surpresa positiva pode ser explicada principalmente por menores provisões na comparação com o quarto trimestre, enquanto subiu menos do que os pares na comparação anual. Diferente de rivais privados, o BB elevou a despesa com provisão para perdas esperadas com inadimplência de maneira muito menos intensa: a alta foi de 9,3% no comparativo anual, para R$ 2,758 bilhões.

As provisões citadas foram parcialmente compensadas pela menor margem com clientes, uma vez que os custos de captação continuaram pressionados pela alta da Selic, destaca o Bradesco BBI em relatório de análise.

O retorno sobre o patrimônio líquido ajustado (ROE) do trimestre, por sua vez, subiu 3,1 pontos percentuais, para 17,3%, com tendências positivas.Em teleconferência com o mercado sobre os resultados na manhã desta quinta-feira, Ricardo Forni, CFO do BB, afirmou que o BB caminha para uma rentabilidade próxima à dos bancos privados, e que o banco reafirma sua estratégia atual. Olhando para 2023, diz que a ambição é superar a rentabilidade dos bancos privados, mantendo a estratégia, continuando, por exemplo, protagonista no agronegócio, sem medidas de alavancagem.

O BB viu a sua carteira de crédito ampliada crescer 16,4% em 12 meses, para R$ 883,5 bilhões no fim de março, com destaque para empresas e para o já citado agronegócio. A previsão do banco para 2022 é de alta de 8% a 12%. Enquanto isso, avaliam os analistas do BBI, as tarifas e opex – despesas operacionais – ficaram dentro do esperado.

“Destacamos também que o banco apresentou uma leve deterioração da taxa de inadimplência (NPL), mas bem abaixo de seus pares, refletindo a menor exposição ao crédito pessoa física, que se deteriorou no trimestre, enquanto o NPL corporativo melhorou e o NPL agronegócio permaneceu estável”, avaliam os analistas. O índice de inadimplência acima dos 90 dias foi de 1,89%, ante 1,95% um ano antes e de 1,75% no 4T21.

Como resultado, o índice de cobertura (que representa a proporção que a provisão para risco de crédito é capaz de cobrir os créditos inadimplentes) diminuiu, mas permaneceu bem acima de seus pares. O índice saiu de 325% em dezembro de 2021 para 297% em março de 2022.

Conforme destaca o Bradesco BBI, os números mostraram tendências positivas, uma vez que refletem a carteira defensiva do banco. “Além disso, como o banco possui um dos maiores índices de cobertura do segmento, conseguiu garantir menores despesas de provisão no trimestre. De fato, embora sua receita tenha permanecido pressionado por taxas de juros mais altas, acreditamos que isso já era amplamente esperado pelo mercado”, apontam os analistas.

Eles destacam ainda que esses resultados anualizados do 1T22 ficaram no topo do guidance/orientação de lucro líquido (R$ 23 bilhões-26 bilhões), enquanto as tarifas ficaram acima da faixa de 4,0-8,0% e o opex está no ponto médio (4,0-8,0%).

Revisões para cima

Os analistas do Credit Suisse ressaltaram possíveis revisões para cima nas estimativas para a companhia após o resultado. “Acreditamos que há possibilidade de revisão de alta do consenso sobre os lucros para 2022, de R$ 23,6 bilhões, atualmente no limite inferior do guidance da empresa de R$ 23-26 bilhões e da nossa própria projeção de R$ 24,2 bilhões”, avaliam os analistas.

O Credit reiterou a recomendação outperform (desempenho acima da média do mercado) com preço-alvo de R$ 45, um potencial de alta de 31% frente o fechamento da véspera, avaliando que a ação continua sendo uma das principais escolhas do banco no setor, em conjunto com o Itaú (ITUB4). “Vemos o Banco do Brasil com a maior assimetria de valuation dentro do setor no Brasil, especialmente considerando o forte impulso dos lucros”, avaliam.

Os analistas da XP ressaltam o lucro de R$ 6,6 bilhões acima do esperado e também apontam que, se conduzido um exercício anualizando os dados do trimestre, é possível perceber que os números “estão rodando acima do guidance”. Assim, eles também enxergam chance de revisão para cima nas expectativas contidas no consenso do mercado.

No trimestre, pondera, a margem financeira atingiu R$ 15,3 bilhões, alta de 5,6% frente ao 1T21 e abaixo da projeção para o ano. “Esta performance pode ser atribuída, principalmente, ao maior custo de captação e ao prazo necessário para o repasse destas maiores taxas de juros à operações de crédito”, apontam os analistas do banco suíço.

O destaque positivo foi o crescimento na carteira de crédito, indicando que a demanda permanece forte e deve permitir a recuperação da Margem Financeira Líquida (NII) através do repasse dos maiores custos de captação para os novos empréstimos.

Na teleconferência com o mercado, Forni, CFO do BB, afirmou que o banco acredita que será capaz de alcançar “a ponta alta do guidance” em 2022.

Os analistas da XP reiteraram BBAS3 como a top pick do setor. A recomendação é de compra com preço-alvo de R$ 52, um potencial de alta de 52% em relação ao fechamento da véspera.

O Itaú BBA também reforçou a preferência pela ação no setor bancário. Os analistas apontam que a margem financeira líquida teve alta, apesar das pressões, a receita de serviços foi modesta, mas ainda em linha com as expectativas, enquanto as despesas totais caíram no trimestre.

“Negociando a múltiplos atrativos, o BB deve apresentar o maior crescimento de lucros e a melhor qualidade de crédito entre os grandes bancos sob nossa cobertura. Por isso, continua sendo a nossa preferência no setor”, apontam os analistas. O BBA possui recomendação outperform (desempenho acima da média do mercado) para os ativos BBAS3, com preço-alvo de R$ 44, upside de 28% frente o fechamento da véspera.

O Morgan Stanley reforçou que houve crescimento sólido de crédito e tarifas, menor custo de risco e gestão eficaz de custos. Já com relação ao também visto pelos pares no setor, o índice de inadimplência do banco subiu na base trimestral, mas caiu na comparação anual e permanece bem abaixo dos níveis pré-Covid, destacou o banco.

Durante a teleconferência, Forni, CFO do BB, disse haver sinais de aumento da inadimplência, e que o banco olha os dados do primeiro trimestre com cautela. No segundo trimestre, o banco poderá ter mais convicção para realizar ajustes sobre as provisões para o final do ano.

Nos próximos trimestres, já vislumbra que as provisões devem crescer, com aumento da carteira por conta do acréscimo de risco. Ele disse que, embora o banco tenha uma visão positiva quanto a reservas líquidas, as provisões devem voltar a níveis mais próximos aos anteriores da pandemia.

Após os resultados, os analistas do Morgan reiteraram a recomendação overweight (exposição acima da média do mercado) para a ação BBAS3, com preço-alvo de R$ 57, ou potencial de valorização de 66,2% frente o fechamento da véspera, destacando também uma visão geral otimista sobre os bancos de grande capitalização do Brasil.

Assim, os resultados do BB mais positivos do que o esperado fizeram com que muitos analistas confirmassem as projeções positivas para o banco estatal. Uma das exceções, contudo, é o Bradesco BBI, que segue com recomendação neutra para a ação BBAS3, com preço-alvo de R$ 40, ou potencial de alta de 17% em relação ao último fechamento.

Fonte: Infomoney

BB Previdência alcança rentabilidade de 2,30% em março e supera índice de referência

Publicado em: 06/05/2022

Os recursos administrados pela BB Previdência alcançaram rentabilidade consolidada de 2,30% em março, superando o seu índice de referência (INPC + 4,10% a.a.), que teve desempenho de 2,05% no mesmo período. Em 12 meses, a performance da Entidade foi positiva em 7,10% (111% do CDI).

O resultado foi influenciado, principalmente, pelos segmentos de renda variável, devido ao desempenho positivo do Ibovespa, e de renda fixa, em função do fechamento da curva de juros – leia aqui o boletim econômico completo do mês de março.

Segundo o Diretor Financeiro e de Investimentos da BB Previdência, Edson Chini, apesar do “cenário desafiador de curto prazo, com muitas incertezas e alta volatilidade”, há oportunidades de mercado alinhadas ao perfil de longo prazo da Previdência Complementar.

“O prêmio da renda fixa está bem atrativo, sendo que o nível atual dos juros, com taxas acima das metas dos nossos Planos, nos proporciona oportunidades para aumento das alocações em títulos públicos federais (NTN-B) e créditos indexados à inflação (IPCA), que serão carregados até o vencimento, mantendo-se assim o poder de compra de nossos Participantes”, afirmou Chini.

Em abril, a BB Previdência segue avaliando oportunidades para alocações em títulos públicos federais e fundos nos segmentos de renda fixa e estruturados.

Apesar das oscilações de mercado, a BB Previdência reforça a mensagem aos clientes de que o momento é de cautela e serenidade, pois há uma instituição sólida e equipe especializada empenhadas na busca dos melhores resultados.

Fonte: BB Previdência

Bancos estão preparados para enfrentar novos choques na economia, diz BC

Publicado em: 28/10/2021

O Sistema Financeiro Nacional (SFN) está preparado para enfrentar todos os choques macroeconômicos e não há riscos relevantes para a estabilidade financeira do país, nem mesmo em relação à pandemia de covid-19. A avaliação é do Banco Central (BC), em seu Relatório de Estabilidade Financeira, referente ao primeiro semestre do ano.

“No primeiro semestre de 2021, o SFN manteve as provisões elevadas, as perdas esperadas com crédito se reduziram, a capitalização do sistema bancário melhorou, e a liquidez manteve-se confortável. Esse desempenho está em linha com a evolução positiva da economia doméstica, em um período de recuperação parcial da confiança dos agentes econômicos e de avanço da campanha de vacinação”, informou o BC.

Ainda assim, a autarquia alerta para a incerteza sobre o ritmo de crescimento da economia, diante do risco de disseminação de novas variantes do coronavírus, da dificuldade para algumas cadeias produtivas obterem insumos, além de eventuais implicações no fornecimento de energia em razão da crise hídrica que o país vive.

Segundo o BC, a rentabilidade dos bancos já está no nível pré-pandemia. O sistema registrou lucro líquido de R$ 62 bilhões no primeiro semestre de 2021, 53% acima do registrado em igual período do ano passado e 3% acima do observado no primeiro semestre de 2019.

A principal causa para a recuperação da rentabilidade é o menor volume de despesas com provisões [reservas para pagar dívida]. “A inadimplência sob controle e a materialização de perdas aquém do esperado sugerem que não haverá alteração significativa nas despesas com provisões no curto prazo. Melhoras consistentes nas receitas com serviços e despesas administrativas crescendo abaixo da inflação também têm beneficiado a rentabilidade”, diz o relatório.

Mas a incerteza segue acima do usual, diante da elevação da taxa básica de juros, a Selic, que deve pressionar o custo de captação de crédito, à medida que novas operações forem sendo concedidas. Uma eventual recuperação da atividade mais lenta que o esperado também pode prejudicar o cenário para a rentabilidade do sistema à frente.

“A reforma tributária, se aprovada pelo Congresso, impactará a rentabilidade de diferentes formas. No primeiro momento, haverá reavaliação do crédito tributário, sem efeito no caixa dos bancos. No médio prazo, a alíquota menor reduzirá o dispêndio com tributos”, completou o BC.

Crédito

O relatório aponta ainda que a recuperação econômica permitiu que empresas de capital aberto melhorassem a situação econômico-financeira e que empresas de grande porte voltassem ao mercado de capitais. As empresas de menor porte, por sua vez, impulsionam o crédito bancário, com crescimento anual em torno de 35%.

“O crescimento [do crédito bancário às micro, pequenas e médias empresas] foi expressivo, mesmo com o fim dos programas emergenciais. Espera-se nova expansão a partir do segundo semestre de 2021, com a retomada dos programas de incentivo”, diz o relatório.

O mercado de crédito como um todo tem crescido na faixa de 18%. No caso do crédito às pessoas físicas, a expansão ocorre em praticamente todas as modalidades. De acordo com o BC, as contratações do financiamento imobiliário seguem estimuladas pelas taxas de juros baixas, mas a participação dessa modalidade de crédito no Produto Interno Bruto (PIB – soma de todas os serviços e riquezas produzidas pelo país) continua baixa para padrões internacionais.

“O crédito consignado elevou-se devido ao aumento do limite de consignação, que foi prorrogado até dezembro de 2021. O forte aumento das modalidades voltadas ao consumo [como o não consignado e o cartão de crédito] indica mais apetite ao risco por parte das instituições financeiras, em um contexto de menos restrições à circulação da população”, diz o BC.

Riscos

Apesar do aumento das concessões de crédito, o endividamento e o comprometimento de renda, quando calculados somente para os indivíduos que regularmente possuem dívidas bancárias, apresentam, respectivamente, leve aumento e estabilidade. Segundo o BC, isso indica a manutenção da qualidade da carteira de crédito e mostra que, mesmo depois de uma crise como a ocorrida no ano passado, o comportamento da inadimplência tem se mantido de forma bastante satisfatória.

Há riscos, entretanto, no desempenho de algumas carteiras específicas, como o crédito imobiliário com recursos do FGTS, cuja inadimplência tem aumentado. De modo geral, as instituições pesquisadas reduziram a preocupação com inadimplência e atividade, mas há cautela em razão de riscos de cepas do coronavírus mais resistentes às vacinas, da retirada de estímulos econômicos e da persistência do desemprego.

Já os riscos fiscais e cenário internacional continuaram muito citados na Pesquisa de Estabilidade Financeira. “O primeiro está mais associado a um aumento de preocupações com eventuais políticas favoráveis à expansão fiscal, que impactem a sustentabilidade das contas públicas. O segundo está associado a possíveis ajustes monetários nas economias avançadas, que podem alterar custos e fluxos dos recursos para economias emergentes”, diz o BC.

Para o diretor de Fiscalização do BC, Paulo Souza, há ainda os riscos políticos, principalmente em período eleitoral, sempre citados pelas instituições. “Ao que tudo indica, teremos uma eleição bastante acirrada, polarizada. Acho que o complicador maior quando se fala em ano de eleição é que, nesse período, você tem uma maior aversão a risco por parte de famílias e empresas e isso prejudica um pouco a atividade econômica”, disse, durante evento virtual para comentar os dados do relatório.

Ainda assim, desde o início da pandemia de covid-19, o mercado apresenta confiança na estabilidade financeira bem acima do que esteve durante a recessão de 2015/2016. No início de agosto de 2021, o nível de confiança aproximou-se do maior valor histórico observado, atingido em 2019.
Teste de estresse

No teste de estresse, o BC simula o quanto uma situação de severa inadimplência e de corrida aos bancos impacta o cumprimento dos limites regulatórios mínimos pelas instituições financeiras e quanto a autoridade monetária precisaria aportar ao sistema financeiro. Entre esses limites estão a manutenção de uma reserva em caixa para garantir que os bancos paguem todos os clientes que forem sacar dinheiro em momentos de crise. São testados também os riscos de crédito, juros, câmbio e desvalorização de imóveis.

O BC considerou dois cenários. O primeiro com uma queda conjunta na atividade econômica, na inflação e na taxa de juros. O segundo provocaria queda na atividade econômica, com aumento na inflação e na taxa de juros.

Os resultados dos testes de estresse de capital seguem indicando resiliência do SFN para absorver os choques de todos os cenários simulados e os resultados indicam que não haveria “desenquadramentos relevantes”. Segundo o BC, os testes avaliaram também o efeito sobre o capital de uma eventual aprovação da reforma tributária em discussão no Congresso Nacional.

No início da crise no ano passado, o BC estimou em R$ 400 bilhões a necessidade de provisões adicionais por parte do sistema e um aporte de R$ 70 bilhões na simulação que considerou um choque severo da pandemia. Já no segundo semestre de 2020, houve redução bastante significativa na necessidade de provisão, para R$ 128 bilhões, e o impacto para um enquadramento de todo o sistema financeiro seria algo na faixa de R$ 1,5 bilhão.

Fonte: Agência Brasil

Com lucro de R$ 62 bi, rentabilidade dos bancos volta ao patamar pré-pandemia

Publicado em: 22/10/2021

O Banco Central (BC) divulgou nesta segunda-feira (18/10) novo Relatório de Estabilidade Financeira (REF) que aponta que os bancos lucraram R$ 62 bilhões no 1º semestre de 2021, após queda no lucro líquido de 26% em 2020. Com volume 53% maior que o verificado no mesmo período do ano passado, após queda significativa no primeiro semestre, “a rentabilidade do sistema recuperou-se e retornou aos níveis pré-pandemia”.

“As despesas com provisões (reserva para cobrir calotes) se reduziram e devem se estabilizar próximo dos patamares atuais”, afirma o documento. De acordo com o estudo, os resultados tendem a seguir melhorando com o avanço da campanha de vacinação, mas as incertezas do atual momento econômico seguem acima do usual. “Uma recuperação mais lenta da atividade pode prejudicar o cenário para a rentabilidade do sistema à frente”, diz a nota do BC.

Ainda segundo a análise, os bancos privados aceleraram acima de 20% o ritmo das concessões de crédito ao longo do primeiro semestre de 2021, também superando o nível observado no período pré-crise. “As concessões de crédito mensais feitas pelos bancos privados, considerando valores deflacionados e dessazonalizados, aumentaram no primeiro semestre e alcançaram R$ 350 bilhões em junho de 2021”, informa a autoridade monetária.

O documento da autarquia também traz previsões sobre o futuro dos lucros dos bancos caso seja aprovada a reforma tributária. Para o BC, a redução das alíquotas de tributos sobre lucros impactará negativamente no curto prazo, mas “será benéfica no longo prazo”. Ainda segundo a análise, as receitas de serviços deverão continuar se recuperando, e os custos deverão seguir sob controle. “Desde meados de 2020, as rendas com serviço vêm se recuperando do impacto da pandemia de forma consistente. No curto prazo, a demanda por serviços bancários deve continuar se beneficiando da melhora da atividade econômica”, pontua o relatório.

Fonte: Correio Braziliense

 

Economus atinge retorno de 19,93% em seu maior plano de benefícios em 2020

Publicado em: 04/02/2021

Mesmo em um ano atípico, marcado por uma pandemia global que provocou grande impacto na economia, 2020 finalizou com resultados positivos na gestão de investimentos do Economus. Todos os quatro planos de benefícios administrados pela entidade superaram as metas atuariais. O destaque ficou com o plano denominado Regulamento Geral, que é o maior em termos de patrimônio (R$2,3 bilhões) e que obteve rentabilidade de 19,93% contra 11,25% da meta (INPC + 5,5% a.a.).

O segundo maior plano da entidade, o Prev Mais, que possui patrimônio de R$2 bilhões, registrou retorno de 5,45% ante um índice de referência de 4,74%. O Prev Mais segue a modalidade de contribuição variável. Os outros dois planos do Economus, o Grupo A e o Grupo B, tiveram retorno de 10,39% e 10,37%, respectivamente, também acima de suas metas. Estes dois planos somados têm patrimônio de cerca de R$ 500 milhões.

O Diretor Financeiro do Economus, Júlio Cezar Tozzo, lembra que em 2020, ocorreu uma das maiores crises econômicas da história, reflexo da pandemia da Covid-19, que gerou queda no valor dos ativos de todos os segmentos da economia. Ativos de renda fixa, renda variável, estruturados, imobiliários chegaram a sofrer desvalorização acentuada durante o primeiro semestre de 2020, com o Ibovespa tendo registrado desvalorização de 40%.

Durante esse momento delicado, a gestão de investimentos do Economus manteve sua atuação pautada pelos objetivos de longo prazo declarados na Política de Investimentos, mas sempre atenta a oportunidades atrativas e alinhadas com esses objetivos. Pensando nisso, realizou investimentos de cerca de R$500 milhões, principalmente em títulos públicos federais e renda variável, que contribuiram para garantir desempenho positivo dos planos.

“Nossa política de investimentos procura manter o olhar no longo prazo, com horizonte de 5, 10 ou 15 anos. Esse olhar mais longo nos ajudou a manter a calma nos momentos mais adversos, ao mesmo tempo que procuramos aproveitar as oportunidades”, diz o Júlio Cezar. Ele revela que o ano de 2020 foi um período que a entidade até promoveu maior movimentação nas alocações do que em anos anteriores.

“Aproveitamos oportunidades com os títulos públicos e na renda variável. Fizemos uma gestão mais ativa na carteira de renda variável, com troca mais constante de fundos e gestores”, comenta o Diretor. A abertura das taxas de juros em alguns momentos do ano levaram a entidade a ampliar a alocação em títulos públicos e privados. A presença de títulos do tipo NTN-C no estoque também contribuiu para o bom resultado, pois são papéis que se beneficiaram da alta do IGP-M.

Redução da meta – O resultado da rentabilidade do Regulamento Geral foi o melhor dos últimos oito anos. O resultado expressivo gerou superávit de R$ 350 milhões para o plano no exercício de 2020 e foi destinado para a redução da meta atuarial para INPC + 5% a.a. “Ainda queremos reduzir a meta um pouco mais. Achamos que o ideial é chegar a 4,5% ou 4% ao ano”, conta Júlio Cezar.

Além do retorno satisfatório dos investimentos, o Economus comemora também a superação dos desafios para manter o funcionamento da entidade no ano passado e início de 2021. O processo de migração para a estrutura para a nuvem facilitou a adoção do regime de trabalho em home office a partir de março do ano passado. O maior desafio foi manter a operação de saúde, pois a entidade administra um plano de autogestão. “Conseguimos nos adaptar rapidamente para manter o atendimento normalizado”, diz Júlio Cezar.

Os comitês, conselhos e diretoria se reuniram através da plataforma Teams. Uma inovação que ocorreu no meio da pandemia foi a doção do sistema de assinatura digital. “Foi um ano desafiador, de muito aprendizado. Podemos dizer que a principal lição foi aprender a liderar as equipes com a utilização das ferramentas virtuais”, comenta o Diretor.

Fonte: Editora Roncarati

 

Previ supera meta atuarial e amplia superávit do Plano 1 em 2020

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Mesmo em um ano marcado pela pandemia e aumento da volatilidade dos mercados globais e domésticos, a Previ conseguiu fechar 2020 com rentabilidade acima da meta atuarial em seu maior plano de benefícios, ampliando o superávit em relação ao ano anterior. Ainda sem os resultados finais de dezembro de 2020, o retorno apurado até novembro do ano passado era de 11,06% no Plano 1 ante uma meta de 8,42%. O superávit havia saltado de R$2,3 bilhões registrados em janeiro para R$7,5 bilhões em novembro. O Plano 1 contava com patrimônio de R$ 199,3 bilhões em novembro.

No auge da crise, em 31 de março do ano passado, o Plano 1 chegou a registrar déficit de R$23,6 bilhões. Já no primeiro semestre a recuperação começou a acontecer de maneira acelerada e continuou até o final do ano, ainda que tenha registrado altos e baixos no período. “Sabíamos que haveria uma recuperação, mas tínhamos a expectativa que fosse mais demorada do que acabou acontecendo. Tivemos uma surpresa muito positiva com a grande velocidade na retomada”, comenta Marcelo Otávio Wagner, Diretor de Investimentos da Previ.

O dirigente explica que os resultados de novembro já apontavam para a superação da meta atuarial do Plano 1 e o movimento continuou em alta até o fechamento do ano. “Já tínhamos batido a meta em novembro, mas em dezembro o resultado positivo foi ampliado, apesar de não contarmos com os números fechados. Alguns dos fatores que contribuíram para a retomada dos mercados foram os pacotes de estímulos fiscais e monetários lá fora e que impactaram positivamente os países emergentes e o ciclo de commodities do mercado asiático que teve forte recuperação”, diz o Diretor da Previ.

Marcelo Wagner destaca a resiliência do portfólio da Previ e a posição de caixa confortável que permitiram a adoção de alocações mais adequadas durante o ano. A carteira de renda variável teve forte valorização desde maio do ano passado, com um rallye de alta nos dois últimos meses do ano. Nem todas as ações tiveram comportamento semelhante, algumas delas ainda devem marcar maior recuperação em 2021, como é o caso de empresas de utilities – energia, bancos e varejo.

A carteira de títulos públicos também registrou resultado positivo no final do ano, com forte fechamento da curva longa dos juros no quatro trimestre. A equipe de investimentos da Previ aproveitou o movimento para capturar os ganhos com os papeis mais longos indexados à inflação. Durante alguns momentos do ano passado, a Previ ampliou a posição com esses ativos. Além da captura dos prêmios, o próprio repique da inflação também colaborou para ampliar os ganhos.

“Diferente das previsões da média do mercado, por volta do mês de agosto, percebemos que poderia ocorrer um repique da inflação até o final do ano, o que foi confirmado realmente”, conta o Diretor da Previ.

Os investimentos no exterior, apesar de representarem menos de 0,5% do patrimônio da Previ, também tiveram desempenho muito positivo, devido ao movimento do câmbio e da própria recuperação dos ativos.

Mais uma vez o controle de riscos e a governança foram fatores que garantiram bons resultados para a entidade. “Os mecanismos de governança e segregação de responsabilidades são fundamentais para manter a calma e o olhar no longo prazo. É na hora da crise e nos momentos de alta volatilidade que esses mecanismos são testados de verdade. E a Previ tem se saído muito bem em períodos difíceis como foi 2020”, diz Marcelo Wagner.

Com desempenho menor que o Plano 1, o plano Previ Futuro conseguiu reverter as perdas durante o ano e registrava retorno positivo de 2,29% em novembro. O resultado de dezembro não foi fechado ainda, mas deve apontar melhora na rentabilidade. O Previ Futuro registrava patrimônio de R$20,6 bilhões em novembro de 2020.
Retomada da diversificação

A partir da análise dos cenários, a política de investimentos da Previ para 2021 prevê a retomada do processo de diversificação das carteiras dos planos. Nesse sentido, a política prevê novos limites de alocação em ativos no exterior, multimercados e fundos imobiliários. A alocação nessas classes de ativos permaneceram suspensas no ano passado e agora, de acordo com o comportamento dos mercados, devem voltar ao radar da entidade.

A política deste ano prevê um limite de até R$7 bilhões para alocações nessas três classes de ativos. O Diretor de Investimentos reforça também que um ponto cada vez mais presente na política são os critérios ASGI – ambiental, social, governança e integridade. Ele lembra que a Previ criou um comitê interno de sustentabilidade para avaliar os investimentos ASG a partir de setembro de 2020. Nessa área, ele também ressalta a adesão da fundação ao Código Stewardship da Amec, que visa fortalecer a governança e o engajamento nas empresas investidas.
Plano Família

Uma novidade importante do ano passado foi o lançamento do novo plano Previ Família, voltado aos parentes dos participantes. O plano foi lançado no mês de março do ano passado, um pouco antes da chegada da pandemia. Mesmo assim, a equipe da entidade decidiu manter o plano de divulgação e abertura para adesões, que resultou na entrada de 1123 novos participantes até o momento. O patrimônio do plano já atinge R$26,1 milhões.

“Enfrentamos e superamos todos os desafios operacionais para lançar o novo plano. Hoje estamos muito felizes de contar com um público cada vez maior”, comenta Marcelo Wagner. Ele ressalta a ideia de fortalecer os conceitos ASGI em 2021 e nos próximos anos e destaca que o plano de previdência é o que existe de mais aderente no mercado financeiro à ideia de sustentabilidade. “É o que existe de mais humanizado no mercado atualmente”, diz. (Abrapp/AssPreviSite)

Fonte: Associados Previ

Regulamento Geral encerra o ano de 2020 com rentabilidade de 19,93%

Publicado em: 28/01/2021

Mesmo em um ano atípico, em que vivemos uma crise sanitária com grande impacto na economia global, 2020 finalizou com resultados positivos na gestão de investimentos. Todos os Planos de Benefícios do Economus superaram as metas mínimas atuariais (TMA).

O Regulamento Geral obteve rentabilidade de 19,93% contra 11,25% da TMA (INPC + 5,5% a.a.), enquanto a mediana dos resultados das Entidades de Previdência Complementar ficou em 7% em 2020*. Esse resultado gerou superávit no exercício de 2020 e foi destinado para a redução da meta atuarial do Plano de Benefícios para INPC + 5% a.a.

Neste último ano, vivenciamos também uma das maiores crises econômicas da história, reflexo da pandemia da COVID-19, que gerou queda no valor dos ativos de todos os segmentos da economia. Ativos de renda fixa, renda variável, estruturados, imobiliários chegaram a sofrer desvalorização acentuada durante o primeiro semestre de 2020, com o Ibovespa tendo registrado desvalorização de 40%.

Durante esse momento delicado, a gestão de investimentos do Economus manteve sua atuação pautada pelos objetivos de longo prazo declarados na Política de Investimentos, mas sempre atenta a oportunidades atrativas e alinhadas com esses objetivos. Pensando nisso, realizou investimentos de cerca de R$ 500 milhões, principalmente em títulos públicos federais e renda variável, que contribuirão para sustentar o desempenho futuro dos Planos.

O PrevMais e os Planos Regulamento Complementar 1 e 2 também tiveram resultados destacáveis em 2020. Esses resultados possibilitaram também ajustes de redução nas taxas mínimas atuariais (TMA) para adequação às condições econômicas vigentes. Veja abaixo os detalhes:

Fonte: Economus

 

Rentabilidade de bancos é a maior em 7 anos e lucro bate recorde, revela BC

Publicado em: 11/04/2019

A rentabilidade dos bancos brasileiros terminou 2018 no maior patamar em sete anos, de acordo com informações divulgadas nesta quinta-feira (11) pelo Banco Central.

O chamado retorno sobre o patrimônio líquido do sistema bancário nacional alcançou 14,8% em dezembro do ano passado. Ao final de 2011 estava em 16,5%.

“Sistema brasileiro não é o mais rentável e nem o menos rentável [do mundo]. Está na média. Está bem próximo dos países emergentes”, afirmou o diretor de Fiscalização do BC, Paulo Souza.

De acordo com o BC, o sistema bancário manteve a trajetória de aumento da rentabilidade no segundo semestre de 2018, alcançando níveis pré-crise.

“Nos últimos dois anos, os bancos públicos apresentaram um ritmo mais rápido na evolução dos resultados, atingindo níveis de rentabilidade mais próximos aos dos bancos privados”, informou o a instituição, no relatório de estabilidade financeira.

Segundo o BC, o aumento da rentabilidade aconteceu, em 2018, apesar da “redução dos resultados de tesouraria [com títulos públicos], e da estagnação das carteiras de crédito corporativas [empréstimos para empresas]”.

Acrescentou que essa alta da rentabilidade pode ser explicada, principalmente, pela redução das despesas de provisão (recursos que têm de ser apartados por conta de inadimplência) e dos custos de captação (queda da taxa Selic), e, também, pelos ganhos de eficiência operacional.

O Banco Central avaliou, entretanto, que há “perspectiva de estabilização das despesas de provisão e do custo de captação” e, por isso, “a trajetória de aumento da rentabilidade tende a perder força”.

Lucro do sistema financeiro

De acordo com o relatório do BC, o lucro líquido dos bancos somou R$ 98,5 bilhões no ano passado e, com isso, bateu recorde da série histórica, que começa em 1994.

“Em termos nominais, é o maior lucro com certeza”, afirmou o diretor de Fiscalização da instituição, Paulo Souza. Segundo ele, o patrimônio do sistema financeiro está na faixa de R$ 800 bilhões.

O diretor explicou que o aumento do lucro líquido dos bancos, no ano passado, está relacionado com o crescimento da carteira de crédito e, principalmente, “com melhora na redução das despesas de provisão, redução na margem com juros na carteira como um todo”.

“O principal fator é de uma redução de R$ 20 bilhões em despesas com provisão [recursos que têm de ser mantidos em caixa para fazer frente a eventuais perdas com inadimplência]”, concluiu.

No ano passado, o lucro dos maiores bancos do país cresceu. É o caso do Bradesco, do Itaú, do Santander, e do Banco do Brasil.

Juros bancários e lucro do sistema financeiro

O aumento da rentabilidade dos bancos brasileiros acontece em um cenário de juros bancários elevados. Apesar de a taxa básica de juros, a Selic, estar no menor patamar da história (6,5% ao ano), as instituições financeiras ainda cobram taxas elevadas.

Em algumas linhas de crédito, os juros são próximos de 300% ao ano. A redução dos juros bancários é considerada um dos desafios da nova equipe econômica.

Bancos

Dados do BC mostram que os quatro maiores conglomerados bancários do país detinham, no fim de 2017, 78% de todas as operações de crédito feitas por instituições financeiras no país. Essas informações sobre concentração bancária ainda não foram atualizadas para o ano de 2018.

Em fevereiro, durante audiência pública no Senado Federal, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou que o sistema bancário brasileiro não é mais “concentrado” do que em outras economias desenvolvidas, e acrescentou que os bancos do país também são competitivos.

Para ele, inadimplência (35% do spread), os custos operacionais (25%) e os custos financeiros (25%) têm mais peso, no preço dos serviços oferecidos pelos bancos, do que o lucro dos bancos. O presidente do BC declarou que vai “trabalhar fortemente” para reduzir o “spread” e os juros bancários.

Sistema financeiro robusto

Segundo o relatório de estabilidade financeira, o sistema bancário dispõe de capital robusto, em nível e em qualidade, plenamente aderente às regras de Basileia III (nível de capital próprio para poder continuar emprestando recursos a clientes e financiando projetos) e com capacidade para suportar o crescimento da demanda por crédito.

“Os resultados dos testes de estresse de capital [simulações feitas pelo BC de piora do cenário econômico] seguem confirmando a resiliência do sistema bancário, que se mostra capaz de absorver as perdas estimadas em todos os cenários simulados”, acrescentou a instituição.

De acordo com o BC, pesquisa realizada com instituições financeiras demonstra que o mercado “permanece confiante na robustez e na capacidade de o sistema financeiro absorver choques, porém mantém elevada a preocupação com os riscos relacionados ao cenário internacional e à aprovação das medidas necessárias para o equilíbrio fiscal”.

Fonte: Portal G1

Bancos privados querem retomar liderança no crédito neste ano

Publicado em: 20/02/2019

Os bancos privados estão decididos a retomar, este ano, a liderança da carteira de crédito do país. Atualmente, eles têm 48,9%, contra 51,1% dos bancos públicos. Estes passaram à frente em 2013, quando Banco do Brasil (BB), Caixa Econômica Federal e BNDES aceleraram as concessões para estimular a economia. Mas agora, com a retomada da economia, os privados mostram apetite por concessão de empréstimos.

— Isso deve acontecer este ano porque o apetite do governo está menor. Há um pensamento liberal na equipe econômica, para o enxugamento do papel do Estado — diz João Augusto Sales, analista da Lopes Filho& Associados.

No ano passado, as grandes instituições privadas registraram, na concessão de empréstimos, um crescimento acima da média do mercado, que foi de 5,4%, segundo o Banco Central. Para 2019, a meta é tomar mais espaço dos bancos públicos e atingir os dois dígitos. O Bradesco espera que a carteira total avance entre 9% e 13%, e a estimativa do Itaú Unibanco vai de 8% a 11%. O Santander não divulga projeções, mas informou que pretende crescer em linha ou acima da média de mercado.

Enquanto isso, o BB projeta crescimento entre 3% e 6%, e a Caixa sinalizou que vai se concentrar nos financiamentos habitacionais. Desde meados dos anos 2000, os bancos privados vinham perdendo espaço para o crédito público, como resultado de políticas de governo que estimulavam a concessão de financiamentos nas instituições federais a juros menores, para estimular a economia.

Para os privados, o maior apetite por crédito, no momento em que a economia dá sinais de retomada, é necessário para manter a rentabilidade. Com juros em patamares baixos —a taxa básica do país, a Selic, está em 6,5% ao ano —, os ganhos no segmento de tesouraria (operações no mercado financeiro) são menores. O crescimento das tarifas nos últimos anos contribuiu para que o retorno sobre o patrimônio ficasse em níveis elevados, mas manter isso dependerá da ampliação dos negócios.

— Com a Selic baixa, os bancos precisarão correr mais risco para manter o retorno. O apetite precisa ser maior, porque as instituições estão com muita liquidez — diz Sales, da Lopes Filho.

No ano passado, o Bradesco registrou rentabilidade de 19,7%, e o Santander, de 19,9%. O melhor resultado foi o do Itaú Unibanco, com 21,9%. Já no BB, a rentabilidade ficou em 13,9%.

Fonte: O Globo

IPO da BB Seguridade afetou a rentabilidade do banco

Publicado em: 17/01/2019

Quando o Banco do Brasil abriu o capital da BB Seguridade, havia a crença no mercado de que a operação ajudaria a destravar um valor que estava oculto na instituição financeira. A tese vigente entre executivos da casa e banqueiros de investimento era que a soma das partes era maior que o todo. A operação, realizada em 2013, é até hoje citada como um dos IPOs de maior sucesso da bolsa brasileira.

A oferta de ações movimentou R$ 11,5 bilhões e foi decisiva para atenuar os problemas de capital que o BB enfrentaria nos anos seguintes. No entanto, penalizou a rentabilidade do banco.

Levantamento feito pelo Valor Econômico indica que o retorno sobre o patrimônio líquido (ROAE, na sigla em inglês) do BB nos nove primeiros meses de 2018 teria sido de 14,6%, e não de 13,4%, se fosse contabilizada dentro de casa a totalidade do resultado da BB Seguridade. Esta companhia reúne os ativos da área de seguros, capitalização e previdência do banco, explorados em parceria com sócios privados. O retorno da empresa foi de 39,4%.

Esta é uma questão com a qual a nova diretoria do banco, encabeçada por Rubem Novaes, irá se deparar ao discutir quais ativos podem ser vendidos ou levados a mercado. O executivo já disse que não vai se desfazer das “joias da coroa” — como meios de pagamento, crédito a famílias e pequenas empresas e administração de fundos –, mas indicou que pode fazer parcerias. Uma das possibilidades na mesa é a abertura do capital da gestora de recursos BB DTVM.

No caso da BB Seguridade, o dinheiro embolsado com a venda de ações ajudou o Banco do Brasil a melhorar seus índices de capital, prejudicados pela política de juros artificialmente baixos praticada nos governos Lula e Dilma.

Capital não é um problema para o BB hoje, mas o balanço da instituição ainda tem R$ 8,1 bilhões em instrumentos híbridos. Caso esses recursos tenham de ser devolvidos ao Tesouro, vender ativos será necessário para preencher esse espaço.

Fazer IPO ou atrair sócios privados pode ajudar a melhorar o resultado de determinadas áreas de negócios e vai em linha com a proposta do governo de reduzir o tamanho do Estado, diz Eduardo Cintra, analista da Pacífico Gestão de Recursos. “Mas pode botar para fora do banco uma fonte importante de retorno”, pondera.

Realizada no governo Dilma, a venda de parte da BB Seguridade foi lamentada, em mais de uma ocasião, por Paulo Caffarelli, que presidiu o banco de maio de 2016 até o fim do ano passado. “A gente sente falta da receita recorrente da BB Seguridade. O Bradesco, por exemplo, tem 100% da sua operação de seguridade”, disse o executivo à imprensa numa das vezes.

Na gestão de Caffarelli, o foco voltou-se para a venda de ativos não estratégicos — que acabou não acontecendo — e para mudança nos modelos de crédito. Com o objetivo de melhorar a rentabilidade do banco, as medidas tiveram como ponto central elevar as taxas cobradas nas operações de crédito para patamares compatíveis com a média do mercado.

Embora tenha melhorado nos últimos dois anos, o BB ainda trabalha com retorno muito aquém da faixa de 19% a 22%, ostentada por Bradesco, Santander e Itaú. Em seu discurso de posse, Novaes disse que o objetivo é “superar” a rentabilidade exibida pelos pares privados.

Com um modelo verticalizado no país, os grandes bancos concentram dentro de casa suas operações de seguros, cartões e gestão de recursos. Essas atividades, em geral, são mais rentáveis que o crédito, além de atenuarem o impacto de freadas bruscas na economia.

O Itaú, por exemplo, reportou que as operações de crédito geraram retorno de 15% de janeiro a setembro do ano passado, enquanto a rentabilidade dos negócios de seguridade e serviços foi de 37%. O BB hoje é o banco mais dependente de resultado de crédito”, afirma Carlos Daltozo, chefe de análise de renda variável da Eleven Financial Research.

Para um ex-executivo do BB, a oferta da BB Seguridade cumpriu seu papel ao mostrar que havia valor oculto dentro do banco, cujas ações eram negociadas — e ainda são — com desconto em relação às dos pares privados. A premissa, segundo essa fonte, era que a abertura de capital daria à BB Seguridade maior flexibilidade e que o crescimento decorrente mais que compensaria a renúncia de receitas do banco. Porém, isso ainda não aconteceu. Embora tenha resultados crescentes, a companhia ainda não gera para o controlador um retorno superior ao que ele teria se fosse o único dono.

Isso não quer dizer que tenha sido mau negócio. “O crescimento acelerado da BB Seguridade nos primeiros anos muito provavelmente não teria acontecido se ela fosse departamento do BB”, diz Daltozo.

A participação de mercado da BB Seguridade, que era de 23,8% em 2013, chegou a 28,6% em 2016, recuando para 22,3% no último terceiro trimestre.

Para o ex-ministro da Fazenda Maílson da Nóbrega, que escreveu no fim do ano passado sobre a venda de ativos do BB, esse é um tema que deve ser visto com muita cautela. “Não é tão simples [vender partes do banco]. Não se trata de defender o BB, mas é preciso ter lógica.”

Procurado pelo Valor, o BB não se manifestou até o fechamento desta edição.

Fonte: Valor Econômico

Novo presidente do BB começou mal, afirma ex-ministro Maílson da Nóbrega

Publicado em: 29/11/2018

Rubem Novaes, o novo presidente do Banco do Brasil, é um economista com várias passagens pelo governo federal, inclusive como diretor do BNDES. Tem excelente trajetória acadêmica, que culminou com o doutorado na Universidade de Chicago.

Novaes tem credenciais para bem exercer o novo cargo, mas começou mal. A exemplo do que tem ocorrido na atual transição, ele parece ter falado antes de pensar. Prometeu, seguindo orientação do próximo superministro da Economia, que iria enxugar o BB e privatizar partes de sua estrutura. Estaria na lista a área de cartões de crédito.

Trata-se de uma medida sem sentido. A área de cartões de crédito do BB é uma das mais lucrativas da instituição. O banco é o maior emissor desse produto, êxito que está intimamente associado à sua imagem. Nada disso aconteceria sem o balcão do banco, isto é, a sua capacidade de venda. Privatizar isoladamente essa área tem tudo para diminuir o seu valor.

O BB criou muitas áreas de negócios depois que perdeu a “conta de movimento” em 1986, pela qual era suprido automaticamente de recursos e a custo baixo pelo Banco Central. O BB se preparou para ser viável no mercado financeiro e foi para tanto autorizado pelo governo a atuar em todas as áreas do sistema financeiro.

Daí a modernização de sua estrutura, a redução de pessoal e de agências e a criação das áreas de previdência privada, seguros, capitalização, gestão de recursos e outras. Foram essas áreas que permitiram ao BB tornar-se razoavelmente competitivo. É assim que ele atua em atividades menos rentáveis ou onerosas, como as do crédito rural e da prestação de serviços ao governo.

Ao mesmo tempo, a conglomeração do BB foi a consequência lógica da construção de sua capacidade de concorrer com os bancos privados de rede, que dispõem das mesmas áreas. A privatização dos negócios rentáveis reduzirá mais do que proporcionalmente o valor de mercado do banco. A soma de suas partes produz um valor maior do que o todo. O BB perderá rentabilidade e competitividade.

Em algum momento, quando a sociedade se convencer de que a privatização integral do BB é o meio de fortalecê-lo ainda mais, como ocorreu nos casos da Vale, da Embraer e de outras empresas estatais, terá chegado a hora de transferir o seu controle para o setor privado. Antes disso, adotar o plano de Novaes é contribuir para a perda de valor da instituição, em detrimento do Tesouro e dos acionistas minoritários.

A rigor, se levado adiante o plano, com suas negativas consequências, caberia acusar o governo de abuso do controlador. Como se sabe, ao controlador cumpre agir para agregar valor à empresa, nunca para diminuí-lo.

Espera-se que Novaes, ao se familiarizar com as atividades do banco e com as responsabilidades do Tesouro, possa meditar melhor sobre sua ideia.

Fonte: Blog do economista Maílson da Nóbrega

BB aposta em controle de despesa para elevar rentabilidade em 2019

Publicado em: 22/11/2018

O Banco do Brasil aposta na redução das despesas com provisões para perdas com calotes e no controle dos gastos administrativos para seguir elevando rentabilidade em 2019, disse nesta quarta-feira o vice-presidente de gestão financeira e de relações com investidores, Bernardo Rothe.

“Acho que ainda há espaço para mais queda das provisões, porque nossas safras mais recentes de crédito têm uma qualidade muito melhor”, disse Rothe durante apresentação a analistas e investidores.

Segundo o executivo, talvez não seja factível manter o ritmo de contração em despesas administrativas dos últimos trimestres, mas o plano é que a expansão em 2019 não seja maior do que o da inflação.

Fonte: Terra

Rentabilidade dos maiores bancos nos últimos dois anos; ROE do BB foi de 10,1% e 13,5%

Publicado em: 20/04/2018

A rentabilidade dos maiores bancos do Brasil nos últimos dois anos apresentou crescimento. O ROE do Itaú passou de 19,40% em 2016 para 21,7% em 2017. Já o ROE do Bradesco passou de 17,60% para 18,10% na mesma base comparativa, enquanto Santander subiu de 12,9% para 16,3% e o Banco do Brasil, de 10,1% e 13,5%.

O ROE é um indicador que mede o retorno das empresas em relação ao seu patrimônio líquido. Os dados foram divulgados pela Coinvalores em relatório divulgado, na última semana, para clientes.

ROE

O relatório faz uma análise do setor nos últimos anos, em que houve um crescimento das fintechs, blockchain e até criptomoedas. “O impacto disso tudo no resultado dos bancos, ainda está sendo positivo. Por enquanto, os ganhos de eficiência trazidos pela tecnologia têm superado com folga os desafios do acirramento da concorrência, e isso fica claro olhando para a rentabilidade dos bancos”, diz o relatório.

Fonte: Exame

BB deve ter rentabilidade superior a 10% em 2018, diz presidente

Publicado em: 07/12/2017

O Banco do Brasil deve seguir elevando seus níveis de rentabilidade nos próximos trimestres, com índice superior a 10 por cento em 2018, disse nesta quarta-feira o presidente-executivo do banco, Paulo Caffarelli.

“Devemos ter um índice de dois dígitos baixos no ano que vem”, afirmou Caffarelli durante a apresentação para a Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais (Apimec).

Fonte: Jornal Extra

BB Seguridade prevê manter nos próximos trimestres rentabilidade do 3º tri

Publicado em: 09/11/2017

O crescimento da atividade econômica do país deve permitir melhora dos resultados operacionais da BB Seguridade o suficiente para compensar a queda dos resultados financeiros e manter os níveis de rentabilidade do terceiro trimestre, disseram executivos da companhia nesta segunda-feira.

“Com o ambiente mais propício para crescimento operacional, a gente deve continuar crescendo o lucro a ponto de manter os níveis de rentabilidade sobre o patrimônio”, disse à Reuters o diretor financeiro e de relações com investidores da companhia, Werner Suffert.

A empresa, que reúne as participações do Banco do Brasil em seguros e previdência, informou mais cedo nesta segunda-feira que seu lucro líquido de julho a setembro cresceu 20,7 por cento ante igual período de 2016, mas que o retorno anualizado sobre o patrimônio líquido médio caiu 2,5 pontos percentuais ano a ano, para 46,4 por cento.

Segundo o presidente-executivo da companhia, José Maurício Pereira Coelho, os produtos de previdência devem continuar a liderar o aumento de receita da empresa ao longo de 2018, seguidos pelos segmentos de agronegócio e capitalização.

Para Suffert, o aumento dos níveis de sinistralidade na área de vida, habitacional e rural no terceiro trimestre foi pontual e tende a voltar a padrões históricos nos próximos trimestres. O índice foi de 32,4 por cento, alta de 5 pontos percentuais sobre o trimestre anterior.

As ações da companhia exibiam alta de 3,6 por cento às 12:44, enquanto o Ibovespa tinha valorização de 0,4 por cento.

Fonte: Jornal Extra

Rentabilidade do PREVI Futuro em 2017 é de 12,91%

Publicado em: 26/10/2017

A rentabilidade do PREVI Futuro no exercício de 2017 foi de 12,91%, bem acima da meta do período, que é de 5,02%. Com uma carteira de investimentos de R$ 11,26 bilhões, o plano tem 86.709 associados, dos quais 85.151 são funcionários da ativa. Confira essas e outras informações no Boletim de Desempenho.

Entre os ativos do plano, o destaque em 2017 o é o segmento de Investimentos Estruturados, que teve uma rentabilidade de 44,86% de janeiro até setembro. Um dos ativos dessa carteira é o FIP Caixa Barcelona, que teve um retorno de mais de 400% desde a sua criação, em 2013. O segmento é responsável por 1,22% da carteira. Gueitiro Genso, presidente da PREVI, fala um pouco sobre o investimento:

“O instrumento FIP é uma alternativa que ganha importância em um cenário que a curva de juros dos títulos públicos de longo prazo está em queda. E nós, investidores institucionais, teremos que buscar alternativas de investimento. O retorno obtido com o FIP Caixa Barcelona demonstra a importância do segmento de investimentos estruturados nos ativos da PREVI e como a diversificação das aplicações contribui para melhorar a rentabilidade dos planos. Mas sabemos que é necessário ter cautela. O sucesso de um investimento desta natureza depende do efetivo ganho de valor pelas empresas investidas, bem como a assertividade na estratégia de prospecção e desinvestimento dos ativos, sendo a atuação do gestor essencial para o atingimento dos objetivos propostos, bem como o monitoramento intenso e contínuo do cotista em relação às ações do gestor. Nós, como cotistas, estamos atentos.”

A divulgação mensal do resultado do PREVI Futuro é, além de uma ação de transparência, fundamental para proporcionar educação previdenciária para os associados. No PREVI Futuro o valor da aposentadoria dos participantes depende consideravelmente do volume de recursos acumulados durante a vida laboral. Conhecer mais sobre o plano de benefícios significa, também, ter em mãos as ferramentas adequadas para fazer as melhores escolhas.

São três os fatores-chave que determinam o valor do benefício de cada participante: contribuição, tempo e rentabilidade. Como na fase de acumulação o plano é de contribuição variável, quanto mais tempo de contribuição, mais dinheiro acumulado no saldo de conta. E quanto mais tempo esse dinheiro permanece investido, maior é o efeito acumulado da rentabilidade sobre os recursos.

Ao escolher um perfil de investimento, o associado participa ativamente da gestão do seu saldo e da formação da sua reserva na PREVI. Você pode decidir, de acordo com suas próprias características e expectativas, quanto quer correr de risco em busca da melhor rentabilidade. No Autoatendimento e no APP Previ existe uma ferramenta que pode auxiliar você na escolha por um dos perfis de investimento, o questionário de Análise de Perfil do Investidor (API). Lembre-se de considerar também outras questões, como o tempo que falta para a aposentadoria.
Transparência

O Boletim de Desempenho parte de uma série de ações que a PREVI realiza para fortalecer sua relação com os associados. Alguns dos destaques são o APP PREVI, um aplicativo para smartphones, disponível para celulares com sistemas operacionais Windows, Android e iOS; a promoção de eventos como a apresentação de resultados, realizada em 15 capitais por todo o país em 2017; e a publicação do Relatório Anual, que traz informações sobre estratégias, iniciativas, produtos, serviços, projetos, operações e negócios. Com todas essas ações a PREVI reforça o seu compromisso com a transparência e continua cada vez mais comprometida com o seu associado.

Fonte: Previ

BB Seguridade prevê manter rentabilidade nos próximos trimestres

Publicado em: 10/08/2017

A BB Seguridade, que reúne as participações do Banco do Brasil em seguros e previdência, deve manter os atuais níveis de rentabilidade nos próximos trimestres, enquanto procura elevar o desempenho operacional para compensar menores receitas financeiras, disse o presidente-executivo da companhia, José Maurício Pereira Coelho.

“O patamar atual deve fazer sentido, considerando o ciclo de juros mais baixos”, disse Coelho à Reuters nesta segunda-feira, referindo-se à previsão de rentabilidade daqui em diante.

Pela manhã, a BB Seguridade informou que seu lucro do segundo trimestre caiu 12 por cento ano a ano, fazendo o retorno sobre patrimônio líquido ajustado recuar 11 ponto, a 44,5 por cento, o pior nível desde o terceiro trimestre de 2013.

De acordo com Coelho, a queda nas receitas financeiras, derivadas do ciclo de cortes da Selic, teve impacto mais imediato no resultado, enquanto o desempenho operacional tende a acontecer de forma mais gradual.

O executivo previu que linhas de negócios como previdência, capitalização e os seguros automotivo, de vida e rural, devem ter melhora na segunda metade do ano.

Ainda assim, a BB Seguridade revisou sua expectativa para o lucro ajustado de 2017, de alta de 1 a 5 por cento para queda de 1 a 5 por cento.

Fonte: Portal R7

BB projeta crescimento da rentabilidade a partir deste ano

Publicado em: 23/02/2017

Após resultados abaixo do esperado em 2016, o presidente do Banco do Brasil, Paulo Cafarelli, disse hoje (16) que a instituição projeta crescimento da rentabilidade a partir deste ano até 2019. Segundo Cafarelli, no ano passado, o desempenho financeiro do banco sofreu impacto do desaquecimento da economia e de situações pontuais provocadas pela queda na atividade de grandes empresas e de microempreendedores.

De acordo com Cafarelli, a recuperação deve começar no segundo semestre. “O ano de 2016 foi difícil, mas temos sinais claros de melhora na economia com resultados melhores”, disse o presidente do BB ao apresentar o demonstrativo financeiro da instituição relativo ao quarto trimestre do ano passado. Nesse período, o lucro líquido do banco recuou 61,3%, com R$ 963 milhões, encerrando o exercício com ganho de R$ 8,034 bilhões em 2016, valor 44,2% menor do que em 2015.

Já o lucro ajustado alcançou R$ 7,2 bilhões e para este ano, a projeção é de atingir valor entre R$ 9,5 bilhões a R$ 12,5 bilhões. Em 2016, a margem financeira bruta cresceu 13%.

De acordo com Cafarelli, a meta é ter um crescimento sustentável com a manutenção das ofertas de crédito sob conceitos conservadores e tarifas mais ajustadas às instituições do setor privado. O executivo, contudo, acredita que uma gradual queda na taxa básica de juros, a Selic, deve levar à queda nas taxas do mercado como um todo.

Linhas de crédito

A carteira de crédito ampliada do BB no ano passado somou R$ 708,1 bilhões ante R$ 798,4 bilhões em 2015, dos quais R$ 179,8 bilhões foram para pessoas físicas, com alta de 3,3% e voltadas paras linhas de menor risco (Crédito Consignado, CDC Salário, Financiamento de Veículos e Imobiliário). Essas linhas representaram 75,5% do total da carteira do banco. Este ano, a carteira de crédito deve crescer entre 1% e 4% e com alta para pessoas físicas (entre 4% e 7%) e para o crédito rural (entre 6% e 9%).

O presidente do Banco do Brasil também destacou que, embora o índice de inadimplência tenha crescido de 2,38% para 3,29%, a taxa ficou abaixo da registrada no mercado (3,7%). Segundo Cafarelli, a capacidade de pagamento no país vai aumentar não só pela melhora das atividades econômicas, mas também pela injeção de cerca de R$ 30 bilhões no mercado com os resgates de contas inativas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). Parte desse dinheiro poderá ser usada em renegociação de débitos.

Reestruturação

Além disso, Cafarelli disse que a política de redução de custos administrativos do banco será mantida, com o fechamento de agências e o aumento das transações feitas por meio de aplicativos móveis. O presidente do banco revelou que a instituição recebeu 9,4 mil adesões ao Plano de Aposentadoria Incentivada, mais da metade do total de funcionários que poderiam ser incluídos no programa.

Fonte: Agência Brasil 

Equacionamento de Déficit – Grupo C

Publicado em: 03/02/2017

O plano Regulamento Geral (Grupo C) acumulou resultado negativo nos anos de 2013, 2014 e 2015, e para recuperar o seu equilíbrio, o Economus elaborou Plano de Equacionamento de Déficit. Mas primeiro vamos explicar o que é déficit.

O Déficit em um plano de previdência ocorre quando os benefícios a serem pagos (provisão matemática), são superiores aos recursos disponíveis (ativos). O plano fica equilibrado quando há uma igualdade entre os dois valores.

Equacionamento tem o objetivo de retomar o equilíbrio entre os recursos disponíveis e a provisão de benefícios a serem pagos.

 


Os déficits foram ocasionados por 3 principais fatores. Veja a seguir a explicação de cada um.O plano apresentou resultado negativo em 2013 de R$ 182 milhões, em 2014 o déficit diminuiu para R$ 138 milhões, no entanto, não foi feito equacionamento na época, pois estes valores estavam dentro das regras estabelecidas pela legislação. Em 2015, houve resultado negativo de R$ 338 milhões, gerando um déficit acumulado de R$ 476 milhões.O que ocasionou o déficit? 

 

 

 

Algumas premissas atuariais foram alteradas para adequar o plano ao aumento da expectativa de vida da população e ao atual cenário econômico. As alterações que impactaram no resultado negativo foram:

• Tábua de mortalidade – tabela que contém as probabilidades de morte e sobrevivência em função da idade;

• Tábua de mortalidade de inválidos –  tabela que reflete a expectativa de sobrevida do participante inválido;

• Entrada em invalidez – tabela que contém as probabilidades de um indivíduo se invalidar em determinada idade;

• Fator de capacidade – fator que representa o poder de compra do salário ou do benefício, entre as datas de reajuste de benefício/salário.

 

 

 

O cenário econômico também influenciou no déficit, devido aos seguintes fatores:

Inflação – Apesar do resultado do segmento de renda fixa ter sido superior a meta atuarial,  o IGPM, que é o índice que corrige a maior parte dos títulos públicos na carteira do plano, apresentou alta 20,93% no acumulado do triênio 2013/2014/2015, frente a variação 24,79% do INPC, sendo que somente em 2015 este último índice apresentou a maior alta desde 2002, subindo 11,28%. O INPC é o índice que corrige o passivo e, portanto, contribuiu para aumentar a provisão dos benefícios a serem pagos.

Queda da Bolsa de Valores – Os índices Ibovespa e Ibrx apresentaram resultados de -28,88% e -17,51%, respectivamente, no acumulado de 2013, 2014 e 2015. O resultado do Economus em renda variável, no mesmo período, apresentou queda de -17,67%, o que contribuiu negativamente para o desempenho dos investimentos do plano;

Investimentos Estruturados – O segmento de investimentos estruturados, representado por Fundos que compram participação em empresas que não são negociadas em bolsa de valores, mesmo apresentando resultado positivo de 37,74% no acumulado de 2013 a 2015, também sofreu devido à retração da atividade econômica, apresentando resultado inferior à meta atuarial (47,91%).

Os fatores acima apresentados contribuiram para que a rentabilidade ficasse inferior à meta atuarial prevista para o plano. Confira a seguir a rentabilidade da carteira de investimentos do plano por segmento de ativo.


Mas o que é a meta atuarial?
 É a rentabilidade necessária para manter o equilíbrio entre a arrecadação e os compromissos atuais e futuros. Composta por uma taxa de juros real adotada na avaliação atuarial mais um índice de inflação.

Qual é o impacto dessa diferença entre a rentabilidade e a meta?

A meta atuarial é a taxa que corrige o valor das obrigações do plano para com os seus participantes (benefícios a serem pagos), enquanto que a rentabilidade incide nos ativos que compõem o seu patrimônio. Como é possível verificar no gráfico a seguir, o valor das obrigações tem crescido em ritmo mais acelerado do que os investimentos/ativos.

Vale lembrar que, apesar das adversidades, o plano obteve a melhor rentabilidade em 2015 comparando-se com todos os planos das Entidades associadas da Abrapp (Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar).

No gráfico a seguir nota-se que o déficit é a diferença entre as obrigações do plano e o patrimônio.

 

 

 

 

Quando um participante entra com pedido judicial de revisão de benefício, geralmente enquanto o processo está em andamento, o Instituto é obrigado a realizar depósito em juízo do montante correspondente à diferença pleiteada do benefício. Como este é um fato imprevisto e não mensurado, o desembolso impacta diretamente no resultado do plano.

Valor a ser equacionado

O valor total do déficit acumulado foi de R$ 476.009.059,98.

Com o objetivo de onerar menos os participantes, foi estabelecida uma nova regra para equacionamento de déficit (clique aqui para ver a legislação), onde o plano de benefício pode conviver com um resultado deficitário, desde que respeitada a margem legal. Assim, o equacionamento é obrigatório somente se o montante ultrapassar esse limite. Veja os gráficos a seguir que ilustram a regra:

 

     

A regra acima mencionada determina um valor mínimo e cabe à Entidade definir quanto irá equacionar de acordo com as particularidades de cada plano.

No caso do Grupo C, será equacionado o valor de R$ 285.605 milhões, que representa 60% do valor total do déficit. Desta forma, remanesce 40% do déficit existente e, dependendo do cenário a ser enfrentado nos próximos anos, poderá ser necessário realizar novo equacionamento.

O valor do equacionamento será dividido paritariamente entre Patrocinadora e Participantes/Assistidos.

 

Percentual da contribuição extra – Além das contribuições vigentes, haverá um incremento dos seguintes percentuais:

 

 

 

 

Prazo para equacionar – Utilizou-se o prazo máximo permitido pela legislação, equivalente a 198 meses ou 16,5 anos (uma vez e meia a duração do passivo calculada em 11,04 anos).Esta contribuição foi aprovada pelo Conselho Deliberativo do Economus e aguarda a aprovação dos órgãos externos, a previsão é aplicar os percentuais a partir de fevereiro.

Fonte: Economus

Previ: funcionários e aposentados não terão de fazer aporte extra

Publicado em: 26/12/2016

Os funcionários e aposentados do Banco do Brasil receberam um presente de Natal antecipado nesta sexta-feira: não vão mais precisar fazer contribuições extras para cobrir o rombo da Previ, seu fundo de pensão.

O déficit da Previ em 2015 foi de R$ 13,9 bilhões, o que obrigaria o fundo a promover um equacionamento (exigência de contribuições extraordinárias) de R$ 2,9 bilhões no seu principal plano (o Previ 1, de benefício definido). Mas a Previ informou nesta sexta que, até 30 de novembro, o Plano 1 acumulou rentabilidade de 15,75% no ano, gerando um excedente de R$ 4,8 bilhões — maior do que o equacionamento exigido, o que evita a necessidade de pagamentos extras. No geral, a rentabilidade acumulada de todos os fundos da Previ foi de 11,30%.

O resultado de dezembro ainda não foi apurado.

A Previ afirmou em nota que “a ausência de contribuições extraordinárias é fruto de uma política de investimentos robusta, que tem foco no longo prazo.”

“A economia é feita de ciclos e nenhuma crise dura para sempre. Fundos de Pensão precisam mirar no longo prazo. Com uma carteira de ativos forte como a da Previ, a tendência é que a curva de crescimento das rentabilidades seja retomada, melhorando os resultados”, acrescentou a entidade em nota, citando entre os desafios enfrentados este ano a CPI no Congresso que apurou desvios nos fundos de pensão.

Em setembro, a Previ selou um negócio importante para o seu caixa, ao vender sua participação de 29,4% na CPFL , distribuidora de energia do interior de São Paulo. À época, o fundo de pensão previu que o negócio representaria ao todo uma entrada de R$ 7,5 bilhões no caixa da Previ e um ganho de R$ 2,9 bilhões em relação ao valor que a participação que havia sido registrado no balanço de 2015 da Previ, “contribuindo para redução do déficit apurado naquele período”.

Fonte: O Globo

BB diz que buscará rentabilidade compatível à dos privados

Publicado em: 09/12/2016

O presidente do Banco do Brasil, Paulo Rogério Caffarelli, reafirmou que o banco está comprometido em entregar rentabilidade compatível a dos bancos privados.

“Temos total capacidade de entregar retorno em patamar superior a 9%”, destacou ele, em reunião com analistas e investidores, na manhã desta sexta-feira, 2.

Como exemplo, Caffarelli citou a reestruturação anunciada recentemente pelo banco, que inclui fechamento de agência e programa de aposentadoria, e ainda a melhoria do retorno da sua carteira de crédito.

Segundo ele, o BB ainda tem operações com taxas mais baixas, mas que estão sendo elevadas no vencimento.

“A rentabilidade da nossa carteira de crédito está aquém do desejado. Trabalhamos para melhorar o retorno da nossa carteira”, garantiu o executivo.

Caffarelli afirmou ainda que a infraestrutura é um dos principais pontos para o Brasil retomar uma trajetória de crescimento. Lembrou que, somados, os projetos podem chegar a R$ 1,5 trilhão.

O executivo chamou atenção ainda para a oportunidade de o país ter mais participação no comércio internacional com a desvalorização do real e que a aprovação de um teto para os gastos públicos terá efeito positivo para o crescimento e no saneamento das contas públicas.

Fonte: http://exame.abril.com.br/negocios/bb-diz-que-buscara-rentabilidade-compativel-a-dos-privados/

50% da carteira do BB no exterior deve migrar para o Brasil

Publicado em:

O Banco do Brasil espera que 50% da sua carteira de crédito no exterior, que soma R$ 51,5 bilhões, migre para o mercado brasileiro, segundo o presidente da instituição, Paulo Rogério Caffarelli. Essa migração deve ocorrer, de acordo com o executivo, conforme o vencimento das operações.

Caffarelli ressaltou que os não correntistas do BB não terão acesso às linhas do banco no exterior e que a instituição está focada no capital no Brasil. Sobre a venda de ativos fora do País, o executivo disse que não é prioridade do banco neste momento. Ele não comentou sobre a venda da participação do BB no argentino Patagônia.

Em relação à oferta de crédito no próximo ano, o presidente do BB afirmou que espera que seja melhor que em 2016. “A perspectiva da retomada de crédito se dá em função da retomada do crescimento econômico”, disse ele, sem dar mais detalhes, em conversa com jornalistas, após reunião com analistas e investidores.

Afirmou ainda que a queda da Selic se alterou positivamente, com a projeção de um patamar menor para os juros básicos ao final de 2017. Ponderou, contudo, que a crise do País é diferente das demais. Além de mais longa, também é “um pouco mais acentuada”.

Sobre a reestruturação que o BB anunciou na sua rede física, o presidente do banco disse que os ganhos são imediatos e que, somado ao programa de incentivo à aposentadoria, devem gerar reflexo positivo para a instituição no próximo ano.

Questionado sobre eventuais mudanças nas vice-presidências, Caffarelli afirmou que o quadro do banco está completo, mas admitiu que mudanças podem acontecer. Não citou, contudo, nomes.

Aporte do governo

O presidente do Banco do Brasil voltou a afirmar que a instituição não conta com aporte do governo federal e que não venderá ativos core para o banco, como a área de cartões e de administração de ativos de terceiros, para alcançar as regras de Basileia III. “Não vamos fazer IPO da área de cartões nem de administração de recursos de terceiros. O volume que vendemos da BB Seguridade hoje nos faz falta”, destacou ele.

A decisão de não vender ativos core está relacionada, segundo Caffarelli, ao fato de gerarem fluxo futuro para a instituição. Ressaltou ainda que o BB pode se desfazer de negócios que não são core. Não detalhou, porém, nenhum desinvestimento previsto.

De acordo com o presidente do BB, o nível de capital principal de 9,5%, exigido a partir de janeiro de 2019 em meio às regras de Basileia III, será alcançado apenas com a estrutura orgânica do banco. Acrescentou ainda que a instituição trabalha para alcançar o indicador antes mesmo do prazo exigido.

Caffarelli disse que a reestruturação que o banco anunciou na sua rede física e o programa de aposentadoria não visavam evitar um aporte do governo, mas também melhorar a estrutura de capital do banco. Segundo ele, outras ações, como a redução de despesas e de dividendos, estão sendo tomadas. Conforme o executivo, no caso do pay-out, o patamar de 40%, reduzido para 25%, será retomado num futuro, quando o banco se recuperar.

Mencionou também a carteira de crédito no exterior, de R$ 51,5 bilhões, que poderá ser reduzida neste contexto. “A nossa prioridade é capital. O volume de recursos que temos no exterior pode ajudar a melhorar nosso capital. Lá fora, teremos recursos para atender empresas brasileiras clientes”, afirmou Caffarelli, acrescentando que o BB tinha operações que não faziam muito sentido do ponto de vista de rentabilidade e, em alguns casos, junto a empresas que não eram nem clientes do banco.

O presidente do BB ressaltou ainda que o foco é resultado e não market share. Como resultado, acrescentou, a carteira de crédito do banco se reduziu e a instituição, assim como os pares privados, está sendo mais seletiva para emprestar.

Inadimplência

Caffarelli afirmou que a inadimplência ainda pode subir em 2017, mas o banco trabalha com a gestão do indicador para conter a expansão dos calotes. Explicou, contudo, que um eventual deslocamento para cima pode ocorrer, uma vez que o Brasil ainda está em processo de saída da crise.

“Há um volume elevado de empresas com pedido de recuperação judicial e que não voltam a operar. O momento é de desafio, mas o Banco do Brasil segue diligente”, destacou Caffarelli, lembrando que a gestão da inadimplência é uma prioridade de todos no BB.

O vice-presidente de controles internos e gestão de riscos do BB, Walter Malieni, lembrou que o banco atua de maneira pró-ativa no que tange à gestão da inadimplência, com uma postura preventiva.

Em relação às provisões para devedores duvidosos, o vice-presidente de gestão financeira e relações com investidores do banco, José Maurício Coelho, disse que o pico já ocorreu neste ano e que a tendência é de queda em 2017, como já visto nos dois últimos trimestres. Sobre a queda dos juros, ele afirmou que a expectativa do BB é de impacto neutro no balanço.

Programa de aposentadoria

O Banco do Brasil espera que o programa de incentivo à aposentadoria, que termina em 9 de dezembro, alcance de 9 mil a 10 mil adesões, de acordo com Caffarelli. Até a noite de quinta-feira, segundo ele, o banco já tinha registrado 7,760 mil adesões.

O programa mira, no total, 18 mil colaboradores com mais de 50 anos de idade e mais de 35 anos de INSS. “No ano passado, tivemos a adesão de 5 mil colaboradores. Agora, esperamos que a adesão fique entre 9 mil e 10 mil funcionários”, disse Caffarelli.

Se o BB tiver a adesão de 9 mil colaboradores, a redução de despesas, conforme lembrou o executivo, será de R$ 2,130 bilhões. Se chegar a 10 mil, o montante sobe para R$ 2,232 bilhões.

O Banco do Brasil não considera fazer outro programa de incentivo à aposentadoria além do atual, de acordo com o presidente da instituição. O executivo disse ainda, em reunião com analistas e investidores, que também não está no radar do BB um programa de demissão voluntária.

Ele disse ainda que as duas últimas nomeações para a vice-presidência do BB foram técnicas. Recentemente, entraram para a alta cúpula da instituição Carlos Hamilton, ex-Fazenda e ex-BC, e Tarcísio Hübner, que antes era diretor de distribuição do banco. “A lei das estatais é bastante criteriosa. O BB vem trabalhando com a manutenção de um quadro de pessoas ligadas à atividade financeira e conhecedores dos ramos que vão atuar”, concluiu Caffarelli.

Parceria com Bradesco

Segundo Caffarelli, o Banco do Brasil seguirá com a parceria que tem com o Bradesco na cadeia Elo, respeitando a individualidade de cada. “O Banco do Brasil e o Bradesco são competidores. Vamos dar sequência às várias empresas em que somos sócios, respeitando a individualidade de cada. O desempenho da Cielo mostra como foi importante a parceria com o Bradesco”, explicou o executivo.

Raul Moreira, vice-presidente de negócios de varejo do BB, ressaltou que o foco da parceria com o Bradesco é rentabilidade e eficiência. Destacou ainda que as empresas em que ambos são sócios também passam por um processo de digitalização. A Livelo, programa de fidelidade de BB e Bradesco, por exemplo, já nasceu digital, lembrou.

Moreira citou ainda o Digio, o banco CBSS, mais uma empresa criada em conjunto por BB e Bradesco por meio da Elo Participações (Elopar). A holding também é dona da Alelo, de benefícios, da Stelo, de pagamentos, e da Movera, de microcrédito. Os dois bancos também são acionistas da Cielo e da bandeira de cartões Elo, que tem ainda a Caixa Econômica como sócia.

Fonte: http://www.istoedinheiro.com.br/noticias/negocios/20161202/diz-que-carteira-exterior-deve-migrar-para-brasil/438370

Regime digital do BB: aplicativos e smartphones são prioridades

Publicado em: 02/12/2016

Entusiasta de corridas matinais, Paulo Caffarelli chegou ao trecho da pista em que, passada a parte acidentada, é hora de acelerar. O advogado paranaense com mestrado em economia assumiu, em maio, a presidência do Banco do Brasil, empresa em que começou a trabalhar aos 14 anos. E agora, depois de fechar duas diretorias, o banco vai aposentar de 9 mil a 18 mil funcionários, extinguir três unidades (que são menores que as diretorias) e encerrar as atividades de 402 agências, em especial nos estados de São Paulo e Santa Catarina.

A meta é poupar um total de R$ 2,8 bilhões, sendo R$ 750 milhões reduzindo custos operacionais e R$ 2 bilhões com pessoal. “Em nossa avaliação mais conservadora, que é de dispensar 5 mil servidores, a economia será de R$ 1 bilhão”, disse Caffarelli na segunda-feira 21, ao comentar a medida anunciada na noite da véspera. Paralelamente aos cortes, o BB vai aumentar sua aposta nas transações digitais, seguindo a linha dos concorrentes privados. Os números do terceiro trimestre indicam que duas em cada três transações realizadas pelos cerca de 60 milhões de clientes e correntistas do banco são digitais.

“Realizamos mais de um bilhão de transações digitais todos os meses, e a meta é reforçar esse número”, disse Caffarelli. No fim de setembro, o app do banco estava instalado em 9,4 milhões de smartphones, e a meta é chegar a 15 milhões até o fim de 2017. Para isso, a rede de agências 100% digitais deve saltar de 245 para 500. Essas iniciativas aprofundam um movimento que começou no início de novembro, quando o banco anunciou a extinção de duas das 27 diretorias. Foram extintas a Diretoria de Crédito Imobiliário (Dimob), criada no início do primeiro mandato de Dilma Rousseff, e a de Relações com Funcionários e Entidades Patrocinadas (Diref).

A Dimob surgiu para implantar a estratégia imposta por Dilma de inserir o BB no crédito imobiliário, em especial o Minha Casa Minha Vida, e perderá o status de diretoria. O BB tem um estoque de R$ 53 bilhões em financiamentos imobiliários, ou 8,6% do mercado, o que lhe garante a segunda posição. Ele perde só para a Caixa Econômica Federal, líder isolada com 51,7%. E a Diref será integrada à recém-criada Diretoria de Governança, que vai concentrar e tornar mais formais as relações do banco com controladas e coligadas, com governos e associações da sociedade civil.

Essa reestruturação estratégica reforça a opção pelos canais digitais e reduz a ênfase na distribuição tradicional de produtos, o que representa uma pá de cal para projetos de expansão física, como o Banco Postal. Após comprar a concessão há cinco anos por R$ 2,8 bilhões, o banco estatal optou por não renovar a parceria com os Correios, que deve vencer no início de dezembro. Caffarelli afirma que o BB pode manter-se provisoriamente na operação do Banco Postal, por seis ou doze meses após o término do contrato de concessão, mas que o banco “está avaliando” se fará um novo lance.

Quem conhece o assunto avalia que as possibilidades são remotas. “O BB foi menos agressivo que seu antecessor, o Bradesco, na exploração do Banco Postal”, diz Maria Inês Fulginiti, presidente da Associação dos Empregados dos Correios (ADCAP). O mercado gostou da notícia. Na segunda-feira 21, primeiro pregão após o anúncio, as ações ordinárias do Banco do Brasil fecharam com alta de 7,8%, e mantiveram-se no mesmo patamar de preços nos pregões seguintes.

“A decisão é positiva para os resultados do banco”, avalia Tito Labarta, analista de instituições financeiras do Deutsche Bank em Nova York, que prevê que as decisões podem elevar a rentabilidade patrimonial do BB, estimada em 12,1% para 2017. Com retornos anuais oscilando entre 13% e 15%, o BB vem rendendo menos que os 16% a 18% de seus concorrentes privados de varejo. Porém, pelas contas de Labarta, após a implantação das medidas, a cada 5% de redução nas despesas, o lucro líquido do banco poderá crescer em até 10%. Ou seja, há bons motivos para Caffarelli acelerar.

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O que muda no BB

Os principais pontos do processo de reestruturação

O que vai encolher:

• Funcionários: serão dispensados até 18 mil, de um total de 115 mil

• Agências: 402 serão fechadas, de um total de 4.972

• Diretorias: duas serão extintas, de um total de 27

O que vai crescer:

• Agências digitais: saltarão de 245 para 500

• Usuários de celular: avançarão de 9,4 milhões para 15 milhões

Fonte: http://www.istoedinheiro.com.br/noticias/financas/20161125/regime-digital/435872

Com o olho na rentabilidade, BB descarta cortar juro logo

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Para tentar reverter o longo ciclo de queda da rentabilidade, o Banco do Brasil vai concentrar esforços nos próximos trimestres no controle de custos administrativos e na redução das despesas com provisões para calotes. Corte de juro, por enquanto, nem pensar.

“Não estamos satisfeitos com a rentabilidade que temos hoje”, disse nesta quinta-feira o diretor financeiro e de relações com investidores do banco, Maurício Coelho, ao comentar os resultados do terceiro trimestre.

Como resultado da decisão de anos atrás de atender o pedido do governo federal, seu controlador, de ampliar a oferta de crédito na fracassada tentativa de reanimar a economia, o BB tem agora enfrentado perdas crescentes com calotes.

Como resultado, a rentabilidade sobre o patrimônio, que mede como os bancos remuneram o capital do acionista, foi de 9,6 por cento no terceiro trimestre, queda de 4,6 pontos percentuais sobre mesma etapa do ano passado. Assim, o BB piorou pela segunda vez no ano a previsão de rentabilidade em 2016, de 9 a 12 por cento para 8 a 10 por cento.

“Nossa meta é nos aproximarmos de índices de rentabilidade mais próximos aos de nosso rivais privados”, disse Coelho, mas sem apontar quando isso poderá acontecer.

Para comparação, o índice do Bradesco no terceiro trimestre foi de 17,6 por cento, enquanto o do Itaú Unibanco chegou a 19,9 por cento.

Em relatórios, analistas, na maioria, consideraram o balanço do terceiro trimestre do BB construtivo, uma vez que a despesa com provisão para calotes já caiu em relação ao trimestre anterior, o que ajudou o lucro a ficar acima da previsão média.

“Os números do trimestre sugerem que o pior em termos de provisões ficou para trás”, escreveram os analistas Eduardo Nishio e Marcelo Atallah, do Brasil Plural.

Simultaneamente, o BB teve maiores margens com crédito, mesmo num período de contração dos empréstimos, significando que repassou aos tomadores taxas de juros mais altas.

E os executivos sinalizaram que esse rumo não será revertido tão cedo, mesmo com o início do ciclo de corte da taxa básica de juros pelo Banco Central no mês passado.

“Além da queda da Selic, é preciso uma melhora da percepção de risco”, disse Coelho a jornalistas durante apresentação dos resultados do BB referentes ao terceiro trimestre.

Em outubro, o BC cortou a Selic de 14,25 para 14 por cento ao ano, primeira redução em quatro anos.

De acordo com Coelho, a demanda por crédito seguirá fraca no último trimestre deste ano e os níveis de inadimplência do banco só vão parar de subir ao longo de 2017.

A despeito da ênfase declarada dos executivos do banco na melhora da rentabilidade e de uma recepção majoritariamente positiva de analistas, os investidores não mostram a mesma leitura. Num dia bastante negativo da bolsa paulista, às 17:28, a ação do BB caía 5,5 por cento, mais que a queda de 2,4 por cento do Ibovespa no mesmo horário.

Fonte: http://exame.abril.com.br/negocios/como-olho-na-rentabilidade-bb-descarta-cortar-juro-logo/

Despesas do BB com provisão deve fechar 2016 perto do máximo

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O Banco do Brasil (BB) acredita que vai encerrar o ano com despesas de provisão para devedores duvidosos perto do topo da projeção apresentada pelo banco. O BB espera que as despesas de provisão representem entre 4% e 4,4% do portfólio classificado de crédito. Em nove meses até setembro, o indicador ficou em 4,4%.

“A tendência é ficar perto do topo do ‘guidance’ de provisão no fim deste ano”, disse nesta sexta-feira Bernardo Rothe, gerente-geral de relações com investidores, em teleconferência com analistas. Na opinião dele, parte disso é “efeito de denominador”, uma vez que há queda na carteira de crédito do banco.

“Para o ano que vem, há expectativa que a melhora gradual do risco de crédito se reflita em provisão, à medida que economia começar a melhorar”, disse.

Segundo Rothe, o banco público ainda vê espaço para continuar reprecificando sua carteira de crédito nos próximos trimestres, uma vez que cerca de metade do portfólio atual foi originada após 2015. Esse espaço de reprecificação continuará tendo efeitos positivos sobre a margem do banco, mas vai depender do nível de competição bancário, afirmou.

No que se refere às rendas com tarifas, Rothe acredita que a receita tende a ser mais robusta no quarto trimestre do que no terceiro. Segundo o executivo, o período de julho a setembro teve uma série de fatores atípicos sobre esse indicador, incluindo férias, Olimpíada e a greve dos bancários.

Renegociações

O banco público afirma que não seria surpreendente um aumento do volume de renegociações no próximo trimestre, depois da expressiva queda registrada entre julho e setembro. “O volume de renegociações deve seguir o fluxo da economia”, disse Rothe.

O executivo afirmou que, ao longo do tempo, com a recuperação da economia, a participação da carteira de renegociação no portfólio total de crédito do banco deve cair para próximo do patamar histórico.

Rothe também reforçou a expectativa de aumento gradual no índice de capital de melhor qualidade do banco. Segundo ele, os indicadores de capitalização vão continuar a melhorar com a queda da carteira de crédito do BB e a esperada melhora gradual dos resultados da instituição financeira.

Rentabilidade versus “market share”

Após ser questionado por analista sobre a estratégia da instituição, Rothe afirmou que o BB está focado em rentabilidade, não em aumentar a participação de mercado.

Na opinião dele, o comportamento da participação de mercado da instituição pública, que passou os últimos anos em alta, vai depender do comportamento da demanda. “Mesmo assim, o foco não é ‘share’ é rentabilidade”, disse.

Rothe voltou a afirmar que o banco espera melhora gradual da rentabilidade, com aumento de margens e de receitas com tarifas, ao mesmo tempo em que mantém custos sob controle. “Não vou dar uma visão de longo prazo, mas a nossa rentabilidade vai ter melhora gradual ao longo do tempo”, disse.

Sem novas agências

Caso perca o direito de usar o canal do Banco Postal, que reúne os postos dos Correios, o BB não pretende abrir novas agências. “Não há necessidade de abrir agências se não mantivermos esse canal”, disse Rothe.

Os bancos interessados têm até esta sexta-feira para entregar propostas aos Correios pelo canal. Rothe não quis comentar se o banco público entregaria uma proposta.

Os Correios irão abrir as propostas na segunda-feira.

Ontem, o presidente do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco Cappi, afirmou não ter interesse pelo canal. “Nós sempre analisamos o edital pra ter uma curva de aprendizado, mas isso não denota uma decisão de participar [do leilão]”, disse, a jornalistas. “Hoje nós temos uma franquia de distribuição q está em 100% dos municipios e o HSBC complementou a nossa rede.”

Fonte: http://www.valor.com.br/financas/4774139/bb-despesas-com-provisao-devem-fechar-2016-perto-do-maximo-previsto