BB, Itaú, Bradesco e Caixa concentram 78,51% do crédito no Brasil, diz BC

Publicado em: 20/04/2018

As quatro maiores instituições financeiras do Brasil – Banco do Brasil, Itaú Unibanco, Bradesco e Caixa Econômica Federal – concentram 78,51% das operações de crédito no País, conforme dados divulgados nesta terça-feira, 17, no Relatório de Estabilidade Financeira (REF), do Banco Central. Os números referem-se ao mês de dezembro (fim do segundo semestre de 2017).

Em junho do ano passado, o porcentual era de 78,65% e, em setembro, de 78,64%.

Essas quatro instituições concentram 72,69% dos ativos e 76,35% dos depósitos. Em junho, os porcentuais eram de 72,99% e 76,74%, respectivamente.

A série histórica informada pelo Banco Central, iniciada em dezembro de 2007, mostra que desde a crise financeira global, que estourou em 2008, os níveis de concentração nos quatro maiores bancos vêm aumentando.

Em dezembro de 2007, eles abarcavam 54,68% das operações de crédito, 53,05% dos ativos e 59,34% dos depósitos.

Fonte: Jornal do Brasil

Juro do cheque especial varia de 20% a 500% ao ano; BB está na lista do top 10

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A diferença entre os juros cobrados em um banco ou outro no cheque especial pode variar até 26 vezes, do mais barato ao mais caro, em 29 instituições financeiras que oferecem este tipo de crédito no Brasil. Dados do Banco Central com base nas taxas médias praticadas pelos bancos mostram que a taxa do cheque especial começa em 20,45% ao ano e termina em 526,13%, no período entre março e abril deste ano.

Entre os 10 bancos que cobram as taxas mais caras do mercado, estão na lista os cinco maiores bancos do país – Bradesco, Caixa, Itaú Unibanco, Banco do Brasil e Santander (veja o gráfico abaixo).

Juros

O cheque especial é uma linha de crédito emergencial que permite ao correntista gastar um certo limite definido pelo banco, mesmo que ele não tenha dinheiro na conta. Por ser uma linha de curto prazo, os juros estão entre os mais altos do mercado, atrás apenas do cartão de crédito.

Em fevereiro, a taxa média cobrada pelos bancos nesta modalidade era de 324,1% ao ano. Uma das explicações dadas pelos bancos é a taxa de inadimplência. Ela era de 13,56% em fevereiro, enquanto o rotativo do cartão estava em 33,16%, segundo o BC.

Além dos calotes, os compulsórios elevados, os impostos e a concentração bancária também explicam taxas tão elevadas, de acordo com o diretor executivo de Estudos e Pesquisas Econômicas da Anefac, Miguel José Ribeiro de Oliveira. No entanto, ele pondera que, tecnicamente, não há explicação para taxas no patamar de 300% ao ano.

Opção de crédito parcelado

Para tentar reduzir as taxas, a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) anunciou uma nova regra que vai obrigar os bancos a oferecer opções mais vantajosas de crédito para quem utilizar mais que 15% do limite do cheque especial por 30 dias, para dívidas acima de R$ 200. A regra entra em vigor em 1º de julho.

O parcelamento da dívida deverá estar entre as alternativas que os bancos vão oferecer à dívida do cheque especial. A oferta das opções mais vantajosas deve ocorrer em até 5 dias úteis após os bancos constatarem que o cliente se enquadra neste caso.

O cliente não será obrigado a contratar uma das alternativas oferecidas pelos bancos. Nesses casos, os bancos terão que reiterar as ofertas a cada 30 dias.

A economista-chefe da Rosenberg Associados, Thaís Zara, acredita que a medida tem potencial para reduzir os juros nesta modalidade, assim como a inadimplência. “O efeito sobre o juro total a pessoas físicas tende a ser maior quanto maiores forem os avanços dentro do cheque especial”, diz.

Posicionamento dos bancos

Procurado para comentar a taxa média de 421,93%, o Santander informou que criou há quatro anos produtos parcelados com custos menores como alternativa ao cheque especial, oferecidos de forma individual. “O Santander é o único banco no país a disponibilizar dez dias sem juros no cheque especial para todos os clientes. Esta condição beneficia, atualmente, 35% dos usuários do cheque especial do Santander”, declarou em nota.

Sobre a taxa de 322,34% do Itaú Unibanco, declarou que vem repassando o corte da Selic, mas que as taxas cobradas também dependem de outros fatores, como o perfil do cliente e sua capacidade de pagamento. “As taxas divulgadas pela autoridade monetária representam a média de todas as contratações realizadas naquele mês, mas não necessariamente são praticadas para todos os clientes que possuem os produtos do banco”, informou.

A Caixa informou, a despeito da taxa média de 310,65% ao ano, que ajustou a taxa do Cheque Azul PF focando nos clientes com maior relacionamento com a empresa, partindo de 2,09% ao mês e variando de acordo com o volume de aplicação ou garantia ofertada pelo cliente. “Cabe ressaltar que, atualmente, a taxa média do produto está entre as melhores do mercado para o produto cheque especial, considerando as principais instituições financeiras, conforme informações divulgadas pelo Banco Central”.

Sobre a taxa de 290,59% na modalidade, o Bradesco disse que não ia comentar. Banco do Brasil não havia enviado seu posicionamento até a última atualização desta reportagem.

Fonte: G1

Banco que desconta cheque pré-datado antes do prazo deve pagar indenização

Publicado em: 13/04/2018

Descontar cheque pré-datado antes do prazo causa prejuízo ao titular e dever de indenizá-lo. Com esse entendimento, o 2º Juizado Especial Cível de Brasília condenou um banco a pagar R$ 2 mil de danos morais a uma correntista.

O título emitido em benefício da autora foi confiado ao banco por força do contrato de custódia de cheques pós-datados. Mas o referido cheque foi depositado pela instituição financeira um mês antes da data do vencimento.

Para a juíza, ao promover a compensação antes do vencimento, o banco descumpriu o contrato de custódia e prestou serviço incompatível com a segurança que se esperava. Dessa maneira, atingiu a honra objetiva da pessoa jurídica, dano que é passível de indenização, conforme a julgadora.

Ao fixar o valor de R$ 2 mil, a juíza disse ter levado em conta os princípios da razoabilidade e proporcionalidade e a capacidade econômica das partes, assim como a natureza, a intensidade e a repercussão do dano. Com informações da Assessoria de Imprensa do TJ-DF.

Fonte: Consultor Jurídico

Bancos vão oferecer linha mais barata a quem ‘entrar’ no cheque especial

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A Febraban (Federação Brasileira de Bancos) anunciou nesta terça-feira (10) novas regras com o objetivo de baratear o cheque especial e reduzir o uso da modalidade, que deveria ser utilizada apenas em situações de emergência e de forma temporária. Elas começam a valer no dia 1º de julho.

Pelas novas regras, as instituições financeiras terão sempre disponíveis ao consumidor uma alternativa mais barata para parcelamento do saldo devedor do cheque especial, diz o órgão.

Outra medida é voltada para os consumidores que utilizam mais de 15% do limite do cheque durante 30 dias consecutivos, desde que o saldo devedor seja maior de R$ 200. Nesses casos, as instituições irão oferecer proativamente a alternativa de parcelamento mais barata.

A oferta será feita nos canais de relacionamento e o cliente decide se adere ou não à proposta. Caso não aceite, nova oferta deverá ser feita a cada 30 dias. Ela será oferecida em até cinco dias úteis após apuração do uso nas condições estabelecidas.

O novo produto terá taxa de juros fixa, ou seja, não haverá diferenciação segundo perfil do cliente. Mas cada instituição financeira vai ter liberdade para determinar sua própria taxa.

Os bancos, pelos seus canais de relacionamento, também irão alertar o consumidor quando ele entrar no cheque especial, destacando que esse crédito deve ser utilizado em situações emergenciais e temporárias.

Caso o consumidor opte pelo parcelamento do saldo devedor, os bancos poderão manter os limites de crédito contratados, levando em consideração as condições de crédito do consumidor, ou estabelecer novas condições para a utilização e pagamento do valor correspondente ao limite ainda não utilizado e que não tenha sido objeto do parcelamento.

“As novas regras para o cheque especial fazem parte do compromisso dos bancos em melhorar o ambiente de crédito, para facilitar a redução dos spreads bancários e também em orientar o consumidor sobre o uso adequado de produtos e serviços”, afirma Murilo Portugal, presidente da Febraban.

Bancos vão alertar clientes

Quando o consumidor “entrar” no cheque especial, por exemplo, o banco deverá comunicar-lhe imediatamente, por meio de alerta, sobre a contratação do produto e que se trata de uma modalidade de crédito de uso temporário.

O valor do limite de crédito do cheque especial disponível para utilização deverá ser informado nos extratos de forma clara e apartada de modo a não ser confundido com valores mantidos em depósito pelo consumidor na conta corrente, acrescenta o órgão.

“É importante que os consumidores saibam que os bancos dispõem de uma série de produtos financeiros para facilitar o planejamento do orçamento familiar”, ressalta Portugal.

Ele explica que o cliente deve buscar junto aos bancos linhas mais baratas oferecidas pela instituição financeira. Em termos práticos, o cheque especial funciona como uma reserva que o cliente pode usar no caso de uma emergência, de um gasto inesperado, sem precisar recorrer ao banco, já que a linha está pré-aprovada. Justamente por causa dessas caraterísticas os juros são mais elevados em comparação a linhas de mais longo prazo.

Em fevereiro, a taxa de juros média do cheque especial era das mais altas do mercado, de 324,1% ao ano, muito acima da média nas linhas para o consumidor com recursos livres, que estava em 57,7% ao ano.

Resposta ao pedido do BC de corte de spreads

O anúncio de autorregulação pela Febraban desta terça é uma resposta um pedido do Banco Central (BC) para que os bancos encontrem formas de reduzir o spread bancário (diferença entre os juros que eles pagam para captar recursos e o que cobram do consumidor final).

Os juros cobrados pelas instituições financeiras da pessoa física têm caído em ritmo inferior à taxa básica de juros, a Selic, que atingiu a mínima histórica de 6,5% ao ano. Enquanto a Selic caiu para menos da metade, desde outubro de 2016, o spread alcançou apenas em dezembro os 32 pontos, mesmo patamar de dois anos antes, quando a Selic ainda estava em 14,25%.

Segundo a Febraban, são signatárias da autorregulação as seguintes instituições: Banco ABC Brasil, Banco do Brasil, Banco do Nordeste, Banco Original, Banco Safra, Banco Toyota, Banco Volkswagen, Banco Votorantim, Banpará, Banrisul, Bradesco, Caixa Econômica Federal, Citibank, China Construction Bank , Itaú Unibanco, Mercantil do Brasil, Santander e Sicredi.

Fonte: Jornal Destak

Jornal do Brasil traz artigo com bancos oficiais e os seus altos salários

Publicado em: 05/04/2018

Numa economia em recessão era de se esperar que os bancos oficiais (Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) fossem acionados, de forma contracíclica, para turbinar a economia. Por falta de demanda (a renda das famílias encolheu 3,2%, em 2015, e 4,3%, em 2016), os bancos privados, às voltas com a pepineira decorrente dos empréstimos contracíclicos de 2009/2010, em vez de baixar os juros, acompanhando a queda da inflação e dos juros básicos do Banco central, a taxa Selic, pisaram no freio. Resultado: engavetamento geral na economia, empresas vendendo menos e desemprego em alta, com as dívidas apertando a todos.

E uma das causas da fraca reação da economia – o PIB aumentou apenas 1% em 2017, graças à supersafra agrícola, que cresceu 14% no ano passado, mas já rateia no começo de 2018, com queda no comércio e no setor de serviços em geral, além do aumento de 5% no desemprego em fevereiro, foi o frustrante comportamento da CEF, do BB e do BNDES em 2017. Na CEF, o grande agente financeiro da construção imobiliária, desde que absorveu o BNH no governo Sarney e ficou com o monopólio dos recursos do FGTS, os créditos às empresas encolheram 23% no ano passado, enquanto os empréstimos às pessoas físicas caíram 8,6%.

Na Caixa, que nasceu, em 1861, como a Casa Monte Socorro, na qual os escravos confiavam suas poupanças para tentar comprar a alforria, o grande resultado veio do lucro, que cresceu inacreditáveis 202,6%, ancançando R$ 12,5 bilhões. Uma comemoração para lá de festejada entre os funcionários, que têm direito à participação nos lucros. Mais ainda para a diretoria, composta pelo presidente Gilberto Ochi, com salário de R$ 56.196,00 e os 12 vice-presidentes, cada qual aquinhoado com cargos, alguns com apadrinhamento político, e vencimentos de R$ 45.346,00, fora os benefícios que giram em torno de R$ 10.745,00.

É melhor do que ser ministro, cujo teto foi reduzido no ano passado para R$ 33.700 (mas é burlado por vários penduricalhos, como o auxílio moradia de (R$ 4.377) que beneficia os juízes em várias comarcas do Brasil. Melhor ainda se for um integrante da milionária diretoria do Banco do Brasil, cujos lucros cresceram 55% no ano passado, atingindo R$ 10,011 bilhões, apesar da redução de 12,3% na carteira de crédito.

No BB, o presidente, Paulo Cafarrelli ganha R$ 68.781 mensais. Ou mais que o dobro do teto. Cada um dos nove vice presidentes, recebe R$ 61.564 por mês, e cada um dos 27 diretores (o que num critério de indicação política contemplaria os 27 estados do país) cabem R$ 52.177 mensalmente. E ainda há dois novos cargos de alta remuneração: R$ 46.959 para o titular do Comitê de Auditoria e para o dirigente máximo do Comitê de Risco e Capital. No total, os ganhos anuais da diretoria passam de R$ 2 milhões.

Mais confortável ainda é a função de presidente do BNDES, remunerada por R$ 87.390 (duas vezes e meia acima do teto salarial) à qual renunciou esta semana o economista Paulo Rabello de Castro para concorrer à presidência da República pelo PSC, ao qual é filiado. Outros diretores do BNDES chegam a receber R$ 71.940 mensais. A média salarial da diretoria é de R$ 35.880, e o nível médio dos salários do banco está na faixa de R$ 25 mil. Mas a remuneração pode ser engordada com o rateio de R$ 265 milhões sob a forma de participação nos lucros, que implicava o pagamento de mais 4 salários por ano (o 13º e mais três). A questão está em discussão porque parte dos lucros do BNDES vem de dinheiro subsidiado do Tesouro Nacional, que fechou 2017 com rombo de R$ 124 bilhões.

Fonte: Jornal do Brasil

Bancos não poderão receber boletos acima de R$ 10 mil em espécie

Publicado em: 28/03/2018

O Conselho Monetário Nacional (CMN) proibiu nesta quarta-feira que bancos aceitem pagamento em espécie de boletos em valor igual ou superior a 10 mil reais e determinou que as instituições financeiras mantenham registro específico dos boletos pagos em dinheiro vivo.

Os bancos poderão recusar pagamento em espécie também para os boletos com valor abaixo de 10 mil reais, se identificarem indícios de tentativa de burlar a legislação, informou o BC em comunicado. O Banco Central informou que a quantidade de operações acima que se enquadram na norma é relativamente pequena.

“A gente tem que a quantidade de boletos acima de 10 mil é muito pequena, é de 1,7% do total de boletos com valor em torno de 60%”, disse Otávio Ribeiro Damaso, diretor de regulação do Banco Central em coletiva de imprensa.

Com a regulamentação do limite para pagamento em espécie, instituições que já haviam adotado medidas similares agora devem seguir a norma estabelecida. O Banco do Brasil já tinha um limite de 2.000 reais para pagamentos de boleto em espécie e agora terá que se adequar ao novo limite, exemplificou o BC.

As regras para pagamento em espécie entram em vigor no dia 28 de maio e os bancos devem começar o registro de boletos a partir de 11 de março do ano que vem, informou o BC. As medidas têm o objetivo de combater e prevenir a lavagem de dinheiro.

Fonte: Veja.com

BB está entre os melhores bancos para investir em 2018, segundo a FGV

Publicado em: 22/02/2018

Pelo quarto ano consecutivo, o Santander levou o prêmio Melhor Banco para Investir (MBI), realizado pelo Centro de Estudos em Finanças da Fundação Getulio Vargas (FGV) em parceria com a Fractal Consult. A Caixa ficou em segundo lugar no ranking, direcionado para pessoas físicas.

Neste ano, pela primeira vez, o prêmio também elegeu o banco com a melhor plataforma digital para o varejo seletivo, o BTG Pactual, e o banco com a melhor plataforma digital para o varejo, a XP Investimentos.

Nove instituições participaram da última edição da premiação: Banco do Brasil, Bradesco, BTG Pactual, Caixa, Credit Suisse, Itaú, J Safra, Santander e XP.

Para definir os vencedores, a comissão julgadora do prêmio avalia quais instituições oferecem os melhores serviços de investimentos em seis categorias: ações; fundos multimercados; money market; renda fixa; varejo; e varejo seletivo.

A categoria money market se refere aos fundos de investimento de curto prazo e aos fundos simples. Na categoria varejo, se enquadram os fundos que possuem clientes com menor poder aquisitivo.

a categoria varejo seletivo, são analisados os fundos voltados a clientes que estão acima do segmento varejo, mas ainda não são incluídos no segmento private, como seria o caso dos clientes Santander Van Gogh e Bradesco Prime, por exemplo.

Para chegar às notas de cada categoria, a pesquisa leva em conta fatores como desempenho dos fundos, taxa de administração, valor mínimo para investir, número de reclamações registradas pelo Banco Central e custo dos pacotes bancários.

A Fractal Consult também realiza uma pesquisa diretamente com os clientes dos bancos para avaliar a qualidade do atendimento.

Ranking

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Fonte: Exame

Paulo Kliass: O poder do financismo

Publicado em: 16/02/2018

O período entre as festas do final do ano e a folia do Carnaval é normalmente marcado pela divulgação de informações que deveriam deixar envergonhados todos os que se preocupam com um mínimo de decência e justiça em termos da organização de nossa sociedade. Em especial, me refiro à forma como são apropriadas e distribuídas as diferentes formas de renda e riqueza entre nossos cidadãos.

Durante os meses de janeiro e fevereiro as instituições financeiras apuram seus balanços patrimoniais e contabilizam os lucros realizados ao longo do ano anterior. Um dos aspectos que mais impressiona nessa maratona de publicação de seus resultados é a aparente naturalidade com que esses números são tratados por aqueles que são os responsáveis pelas editorias de economia dos grandes meios de comunicação e também por parte da maioria de nossos dirigentes políticos.

Nesses tempos de endeusamento da meritocracia e de loas incomensuráveis lançadas às virtudes dos empresários eficientes em suas áreas de atuação, tudo isso parece tão normal. Afinal, se ganharam mesmo tanto dinheiro assim só pode ser pelo simples fato de que são bons e competentes naquilo que fazem como operadores sua área de negócios. A realidade dos lucros bilionários dos bancos tornou-se uma espécie de tradição intocável em nossa sociedade, cada vez mais tão marcada pelo abismo verificado entre as duas centenas de milhões dos que quase nada possuem e o punhado de triliardários que adoram ostentar suas fortunas. Estes últimos parecem adorar a acirrada disputa da presença em listas de bilionários, tão cuidadosamente elaborada por revistas especializadas, como as mais conhecidas Forbes e Fortune.

Assim, em 2017 a duplinha dinâmica dos líderes do capital privado em nosso sistema financeiro mantiveram sua dianteira. Enquanto Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal eram orientados a atrasarem suas respectivas divulgações, os donos de Itaú e Bradesco exibem orgulhosos as suas façanhas. O primeiro é o banco do presidente do Banco Central e ofereceu um novo recorde, ao registrar um lucro líquido de R$ 25 bilhões. O segundo é o banco do candidato de Lula a presidente do Banco Central em 2015 e apresentou ligeira queda em seu lucro, obtendo apenas R$ 15 bi ao longo do ano passado.

Brasil: paraíso dos bancos

A terceira posição dentre os bancos privados operando por nossas terras ultimamente tem sido ocupada pelo conglomerado financeiro espanhol Santander. Em 2017 o lucro obtido pela filial tupiniquim foi de R$ 10 bi. Esse resultado representou um salto de 36% em relação ao ano anterior. Tal performance assegurou a lucratividade do grupo em sua escala de atividade global. Os rendimentos auferidos pelo banco apenas no Brasil representaram 26% do total dos ganhos do grupo espanhol em todo o mundo. Recordemos que se trata do sétimo maior banco do planeta.

A soma dos lucros dos três maiores bancos privados em nosso mercado financeiro no ano passado alcançou a cifra de R$ 50 bi. Sabe-se de todo o esforço realizado pelas áreas jurídicas e de planejamento tributário das instituições para escapar do pagamento de impostos. Assim, os ganhos reais foram muito maiores do que esses aqui contabilmente revelados e declarados. Isso sem contar a generosidade absurda oferecida pela legislação criada por FHC – e mantida desde então pelos sucessivos governos de Lula, Dilma e Temer – que isenta de tributação o recebimento privado de lucros e dividendos. Uma loucura!

O Brasil está mergulhado há mais de dois anos em uma profunda recessão econômica. O PIB encolheu mais de 8% desde 2015, como consequência direta do aprofundamento da estratégia do austericídio. O desemprego chegou a atingir 14 milhões de trabalhadores e a quebradeira das empresas foi generalizada ao longo desse período. Apesar de todo esse clima de catástrofe social e econômica, o único setor que não foi sequer atingido pela crise foi justamente a banca. As instituições financeiras continuaram faturando muito alto e apresentaram seguidamente resultados ostentando lucros vergonhosamente bilionários.

O poder do financismo ultrapassa os limites da área de atuação das instituições financeiras. O mito da força do mercado – tão amedrontador aos olhos dos analistas e especialistas forjados no interior do próprio sistema – impõe ao conjunto da sociedade os sacrifícios coletivos para que sejam drenados, de forma segura e contínua, a essa ínfima parcela os recursos extraídos de todos os demais setores.

A cumplicidade do Banco Central

As fontes desses ganhos inexplicáveis e inaceitáveis são multivariadas. A sinecura proporcionada pela permanência das nossas taxas oficiais de juros em níveis de campeã do mundo é uma delas, com toda a certeza. Os bancos têm rentabilidade muito elevada sem fazer absolutamente nada: basta emprestar ao governo com ganhos balizados pela Selic. A prática antiga e conhecida da sonegação tributária no interior do sistema das finanças reforça o poder das empresas e retira recursos do conjunto da sociedade. As tarifas cobradas pelos chamados “serviços” bancários no interior de nossas fronteiras também figuram dentre as mais elevadas do planeta. Além desses fatores, ganha participação especial os ganhos proporcionados pelos impressionantes níveis de “spread” praticados pelos bancos.

A farsa da colocação de dirigentes de bancos privados no comando do Banco Central cai como sopa no mel em tal quadro incestuoso. Ao brandir pela “independência” do BC para que este opere em termos supostamente “técnicos”, os defensores dos interesses do financismo buscam legitimar a prática daquilo que a sabedoria popular chama de “colocar a raposa para tomar conta do galinheiro”. Afinal, nada mais “político” do que deixar a instituição responsável pela regulamentação e fiscalização do sistema financeiro nas mãos dos próprios banqueiros.

Ora, como encontrar outra resposta para a ausência de ação do BC no controle do crime de abuso econômico praticado há décadas pelos bancos? A prática articulada das empresas em regime de oligopólio é por demais conhecida para que se tente outra forma que não a intervenção pesada do órgão regulador na defesa dos interesses das partes mais frágeis na relação econômica determinada. Fiquemos apenas com o exemplo mais escandaloso do “spread” praticado nas operações realizadas com cartões de crédito.

Lucros dos bancos só crescem

O BC acaba de divulgar seu mais recente relatório com tais informações. Em dezembro de 2017, a média da taxa cobrada pelos bancos nessas operações era 335% ao ano. Recordemos apenas que naquele momento a Selic estava na faixa de 7% ao ano. Quem se dedicar a calcular o diferencial de ganho nessa operação chegará ao inacreditável percentual de 4.685%. É por isso que a posição de chefe de tesouraria de instituições financeiras no Brasil é tão cobiçado. Em nenhuma outra praça do mundo uma singela operação de crédito oferece tamanha rentabilidade sem praticamente nenhum risco envolvido.

Mas Paulo, poderão arguir alguns leitores, o fato é que a taxa Selic baixou no período mais recente e isso deve ter impactado os custos das operações. Pois peguemos os valores observados nos finais de ano anteriores:

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Como se pode perceber, os ganhos dos bancos nas operações só fizeram crescer nesse período mais recente, como vinha ocorrendo desde sempre. Esteja a Selic em alta ou em baixa, esteja a inflação mais ou menos controlada, os interesses dos bancos não são afetados. Muito pelo contrário! A complacência e a cumplicidade do BC só contribuem para essa verdadeira sensação de impotência do conjunto da sociedade frente ao poder exacerbado do sistema financeiro.

A proximidade do pleito de outubro e a oportunidade gerada pelo debate de alternativas eleitorais não podem deixar de lado a questão da dominância do financismo. É necessário uma ampla discussão nacional a essa respeito. É urgente que superemos nossa condição de uma sociedade que permite se deixar escrava dos desejos do parasitismo rentista por tanto tempo. Um modelo social e econômico menos desigual pressupõe maior capacidade de controle e regulação do Estado perante esse perigoso poder. Por outro lado, as empresas do mundo das finanças deveriam contribuir com maior capacidade de arrecadação tributária para um Brasil mais justo e desenvolvido.
*Paulo Kliass é doutor em Economia pela Universidade de Paris 10 e especialista em Políticas Públicas e Gestão Governamental, carreira do governo federal

Fonte: Portal Vermelho

Bancos voltam a anunciar redução de juros minutos após queda da Selic

Publicado em: 08/02/2018

Os principais bancos do país anunciaram nesta quarta-feira (7) uma nova redução das taxas de juros cobradas no crédito para pessoas físicas e empresas. Os comunicados de Bradesco, Itaú, Banco do Brasil e Santander foram divulgados à imprensa minutos após a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de cortar a taxa básica de juros, a Selic, para 6,75% ao ano.

O Bradesco informou que vai “repassar o corte de 0,25 ponto porcentual da taxa Selic nas principais linhas de crédito de pessoa física e pessoa jurídica”. O banco não deu mais detalhes sobre quais linhas serão alteradas e quais são as novas taxas.

Itaú

O Itaú Unibanco também disse que vai repassar “integralmente” a redução da Selic nas taxas nas linhas de crédito para pessoa física e jurídica. As novas taxas passam a valer a partir do dia 14.

Empréstimo pessoal: a taxa mínima passa de 1,48% para 1,37% ao mês.

O Itaú informou também que reduzirá os juros cobrados nos empréstimos para a compra de veículos e nas linhas de capital de giro para pequenas empresas. O banco não informou quais serão os novos valores cobrados.

O banco ressalta, no entanto, que a “composição das taxas cobradas aos consumidores leva em consideração diversos fatores além da taxa básica de juros, como garantias, perfis de risco dos clientes, prazo das operações, entre outros”.

Banco do Brasil

O Banco do Brasil alterou suas taxas de crédito para compra de veículos, empréstimos com imóvel ou veículo como garantia, entre outras linhas. As novas taxas entram em vigor a partir da próxima sexta-feira (9). Veja quais linhas tiveram as taxas alteradas:

Banco do Brasil3

Santander

O Santander também anunciou um corte de juros em linhas de crédito como financiamento de veículos e cheque especial. “Estamos no menor patamar histórico da taxa básica no País. Temos o compromisso de levar a dinâmica de redução deste componente dos juros bancários aos nossos clientes, para que eles possam prosperar cada vez mais”, afirma Eduardo Jurcevic, superintendente executivo de Produtos de Crédito à Pessoa Física do Santander.

Santander

Fonte: Portal G1

Divulgada lista dos bancos que melhor remuneram seus acionistas no mundo; BB é o 17º

Publicado em: 11/01/2018

O Santander lidera a lista dos bancos que melhor remuneram seus acionistas. No ano passado, as ações preferenciais do banco apresentaram o maior dividend yield, de 8,68%. Esta taxa indica quanto o acionista ganhou com dividendos e juros sobre capital próprio sobre o valor do papel.

O banco aparece ainda em outras posições entre os 20 bancos analisados. As units do Santander tiveram dividend yield de 5,64%. E as ações ordinárias, de 4,10%, fazendo com que o banco ocupe a 4ª e a 14ª colocação, respectivamente.

Os dados fazem parte de um levantamento realizado pela Economatica, provedora de informações financeiras, que analisou bancos com ativo total acima de 100 bilhões de dólares.

A lista cita ainda também bancos brasileiros, como Itaú Unibanco, Bradesco e Banco do Brasil. O primeiro ocupa a posição de 11º na lista, com dividend yield de 4,43%. O Bradesco aparece na seguida, na 12ª posição, com indicador de 4,26%.

Já o BB teve dividend yield de 3,37% das ações preferenciais, ficando em 17ª posição.

Em geral, o Brasil tem oito ações na lista, enquanto os Estados Unidos têm 3, a Espanha e o Japão têm duas e a Australia e Holanda, uma cada um. Confira a lista completa abaixo.

Tabela BB

Fonte: Exame.com

Toffoli valida acordos de poupadores com BB e Itaú relativos aos planos econômicos

Publicado em: 21/12/2017

Acordos entre poupadores e bancos foram assinados na semana passada, mas precisavam ser homologados pelo STF para valer. Há outros 3 pendentes de validação.

O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), homologou nesta segunda-feira (18) os acordos assinados entre poupadores e o Banco do Brasil e o Itaú relativos às perdas que sofreram com a mudança de planos econômicos entre o final dos anos 1980 e o início dos anos 1990.

Intermediados pela Advocacia Geral da União (AGU), os acordos envolveram as associações de poupadores e o setor financeiro.

Dúvidas sobre os acordos? Veja perguntas e respostas

Os poupadores serão indenizados e os bancos poderão ter formas facilitadas de pagamento das perdas geradas pela inflação da época.

Leia também: Planos econômicos: acordo prevê pagamento à vista para poupadores com direito a receber até R$ 5 mil

A decisão de Dias Toffoli não abrange todos os acordos, somente aqueles vinculados às duas ações das quais ele é relator no STF: o RE 626307 e o RE 561797, ambos com a chamada repercussão geral – cujas decisões aplicam-se a um grande número de casos.

Permanecem à espera de homologação, portanto, os acordos propostos em outras três ações – duas sob relatoria de Gilmar Mendes e uma com Ricardo Lewandowski.

A expectativa é que essas demais ações também tenham os acordos incorporados.

Ações relatadas por Toffoli
As ações sob análise de Toffoli envolvem o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), a Frente Brasileira pelos Poupadores (Febrapo), a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) e a Confederação Nacional do Sistema Financeiro (Consif).

Na decisão, o ministro saudou a “solução consensual dos conflitos”.

“Se promoverá a extinção das ações coletivas em que se pleiteiam tais expurgos e, bem assim, das ações judiciais individuais nas quais se der a adesão ao pacto”, escreveu o ministro.

Acordos sobre os planos econômicos
O acordo entre bancos e poupadores prevê, entre outros pontos, o pagamento à vista de quem tem até R$ 5 mil a receber.

Há quase um milhão de ações questionam as perdas no rendimento das cadernetas provocadas por quatro planos econômicos: plano Bresser (1987); Verão (1989); Collor 1 (1990); e Collor 2 (1991).

Para os poupadores que têm direito a um valor acima de R$ 5 mil, o pagamento será feito de forma parcelada. O acordo valerá para quem entrou com ação na Justiça, individual e coletiva. Essas pessoas terão um prazo de dois anos para aderir.

AGU mediou as negociações, que se estenderam ao longo de 13 meses para extinguir ações na Justiça que correm há mais de 20 anos.

 

Fonte: G1

Excesso de liquidez pressiona grandes bancos brasileiros

Publicado em: 01/12/2017

Os maiores bancos do Brasil têm tantos ativos de alta liquidez que estão tentando se livrar deles.

Com crédito levando mais tempo do que o esperado para se recuperar, as principais instituições financeiras estão lutando para encontrar maneiras de aplicar os depósitos que captam de clientes, o que tem elevado o caixa e os ativos mais líquidos das instituições financeiras. Ao mesmo tempo, a queda acentuada dos juros limitou o retorno dos bancos com o investimento de seus ativos de maior liquidez. É uma situação que tem inquietado alguns analistas.

“A maior preocupação com o excesso de liquidez seria o impacto potencial nas margens”, afirmou Tito Labarta, analista do Deutsche Bank. “No passado, com taxas de juros mais elevadas, você simplesmente investia em títulos do governo e tinha um retorno bastante decente. Mas agora, isso é mais difícil com as taxas de juros caindo.”

Os maiores bancos brasileiros têm muito mais do que o percentual mínimo exigido em ativos de curto prazo — chegando a até três vezes mais do que o necessário. O Banco Central determina que grandes instituições financeiras mantenham ativos de alta liquidez equivalentes a pelos menos 80 por cento da saída líquida de caixa projetada em uma eventual crise. O índice mínimo de liquidez de curto prazo (LCR, em inglês) vai ser ampliado para 90 por cento em 2018 e 100 por cento em 2019.

Cobertura

Atualmente, o LCR do Banco do Brasil, maior do País em ativos, é mais que o triplo do que precisaria ser, em 260,2 por cento. E isso após recuar de um patamar de 443,5 por cento no ano passado, diante não da redução dos ativos líquidos, mas sim das exigências maiores do BC para saídas de caixa em cenários de estresse.

O Itaú Unibanco Holding, o maior em valor de mercado, trabalha com LCR de 200,7 por cento; o Banco Bradesco, com 154,4 por cento; e o Banco Santander Brasil, com 133 por cento.

Para diminuir parte dessa liquidez de curto prazo, seria preciso que o crédito crescesse, mas essa variável não acompanhou a recuperação da economia brasileira. A carteira total de empréstimos no sistema bancário encolheu 1,4 por cento nos 12 meses até outubro para R$ 3,05 trilhões, de acordo com dados do BC.

“Esta é uma das razões pelas quais os bancos estão abrindo suas plataformas, permitindo que os clientes comprem investimentos financeiros de outras instituições: a liquidez de curto prazo excedente”, afirmou Carlos Macedo, analista do Goldman Sachs Group, acrescentando que a demanda por crédito segue fraca e que os bancos ainda estão conservadores na hora de conceder empréstimos.

Uso dos recursos

Para não deixar dinheiro parado, os bancos estão recomprando ações ou fazendo aquisições, disse Macedo. Segundo ele, ao longo dos últimos dois anos, o Itaú recomprou aproximadamente R$ 1 bilhão em ações todo trimestre. Além disso, o banco anunciou há pouco mais de um ano a compra da operação de varejo do Citigroup no Brasil e em maio anunciou a aquisição da XP Investimentos.

O Bradesco recebeu sinal verde das autoridades para comprar a divisão local do HSBC Holdings em meados do ano passado. Macedo espera recuperação plena do crédito em 2019, após um aumento modesto no ano que vem. Segundo ele, os bancos precisarão continuar cortando custos para manter a lucratividade nos níveis atuais, inclusive fechando agências e investindo em tecnologias que produzam economias de longo prazo.

“Com a Selic caindo, margens menores no ano que vem estão praticamente telegrafadas”, disse Macedo. “A questão é quanto elas vão diminuir.”

Fonte: Exame

Queda dos calotes puxa alta de 14,6% no ganho de bancos

Publicado em: 16/11/2017

Apesar de gastarem menos para cobrir calotes, os grandes bancos não conseguiram acelerar o crescimento dos lucros no terceiro trimestre. Pesou, sobretudo, o desempenho ainda tímido do crédito e o impacto da queda dos juros nas margens financeiras. O resultado líquido de Banco do Brasil, Bradesco, Itaú Unibanco e Santander cresceu 14,6% no terceiro trimestre, ante igual período do ano passado, para R$ 16,4 bilhões.

Os gastos com provisões para devedores duvidosos (PDDs) tiveram uma queda de 21% em relação ao ano passado, para R$ 17,4 bilhões, na soma de todas as instituições.

A oferta de crédito, de forma geral, seguiu decepcionando e deixou alguns bancos abaixo das próprias previsões – a exceção foi o Santander, que viu sua carteira crescer de julho a setembro. No entanto, os grandes bancos preferiram manter suas expectativas para o ano.

O grande entrave à retomada do crédito tem sido as pessoas jurídicas. Os empréstimos neste segmento encolheram em cerca de R$ 90 bilhões no terceiro trimestre, na comparação com o mesmo período de 2016.

Ainda que a pessoa jurídica jogue contra, o quarto trimestre é a aposta dos grandes bancos para ficar dentro das estimativas para o ano. Para 2018, entretanto, há mais otimismo.

Depois de dois anos seguidos de queda, o presidente do BB, Paulo Caffarelli, afirmou que o crédito em geral deve crescer cerca de 6% no próximo exercício. “Uma variável muito importante para o crédito será o crescimento econômico”, afirmou o executivo, ontem, ao comentar os resultados do BB.

Inadimplência

Do lado da inadimplência, apesar de a Oi ainda pesar no indicador do BB, as notícias continuam positivas. Enquanto Itaú e Santander mostraram estabilidade nos calotes a empréstimos, Bradesco voltou a reduzir o seu indicador, considerando atrasos acima de 90 dias. O BB seguiu a tendência e apresentou a primeira redução nos calotes desde dezembro de 2016. E, conforme o presidente do banco estatal, a expectativa é de melhora em 2018, graças à redução do risco da carteira da instituição. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Fonte: Isto É

Brasileiro ainda desconhece opções para fazer portabilidade de dívidas

Publicado em: 01/11/2017

De um lado, a falta de conhecimento por parte dos consumidores. Do outro, o pouco interesse comercial das instituições financeiras. No meio disso, a portabilidade de dívidas, um mercado regularizado há seis anos no Brasil e que, segundo os especialistas, poderia ser uma alternativa interessante para o consumidor endividado em tempos de queda de taxa de juros. No entanto, é apenas um traço nas estatísticas do setor de crédito.

Segundo dados do Banco Central (BC), em agosto de 2017, a portabilidade movimentou R$ 1,7 bilhão, com valor médio de R$ 8,2 mil por operação. Isso representa 0,05% dos R$ 3,046 trilhões totais financiados no Brasil em igual período, ou 0,12% se comparado apenas com o montante geral de crédito para pessoa física, que ficou em R$ 1,43 trilhão no mesmo agosto.

Para o professor Rodolfo Olivo, coordenador de graduação da FIA, os números mostram que a portabilidade, apesar de interessante no papel, ainda não pegou no País. “Enquanto os bancos ganharem mais dinheiro com investimento em renda fixa do que emprestando para os clientes, a oferta de produtos para portabilidade vai continuar assim, praticamente inexistente”, destaca.

A concentração bancária no País é indicada pela economista do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), Ione Amorim, como outro fator que impede a popularização da portabilidade. “Como temos uma concentração bancária muito grande não há uma concorrência forte entre os bancos, então eles não estão muito interessados em atrair mais clientes por meio da portabilidade”, avalia.

Para o economista-chefe da Associação Nacional das Instituições de Crédito, Financiamento e Investimento (Acrefi), Nicola Tingas, de fato os bancos ainda não atacaram esse mercado. O que se vê atualmente em portabilidade de dívidas é fruto do impacto das novas regras para o rotativo do cartão, que obriga o usuário a buscar uma alternativa de financiamento depois de um mês devendo para o cartão. “Com a queda dos juros pode ser que as instituições comecem a investir na portabilidade”, diz ele.

Desconhecido

Para além do desinteresse das instituições, executivos do mercado apontam também que a maior parte dos clientes ainda não conhece ou sabe o que é e como funciona a portabilidade. “Quando sabem, acabam desistindo porque o processo em si é muito complicado e leva algum tempo”, conta uma das fontes.

A portabilidade de dívida cresceu no Banco do Brasil (BB) nos últimos meses, mas o banco oferece essa possibilidade no atendimento direto aos clientes, o que ajuda a derrubar uma das principais barreiras: a falta de informação.

“A portabilidade vem aumentando, especialmente pela assessoria financeira que o BB oferece aos seus clientes. Isso faz parte da nossa estratégia de relacionamento”, informou o banco, em nota.

Sem conhecimento, a troca de dívida continua sendo uma das alternativas mais adotadas. As pessoas adquirem um novo empréstimo para quitar todos os outros débitos, que vão desde empréstimos anteriores até contas. “Observamos essa troca por muitos clientes que nos procuram”, afirma a head de produto da fintech de crédito Geru, Tatiana Floh.

“A preocupação das pessoas em ter um histórico de crédito melhor e a busca por empresas que tenham propostas de juros melhores também cresceu”, diz Tatiana.

A executiva acredita que os brasileiros entendem cada vez mais o mercado de crédito e, com isso, estão aprendendo a usar melhor os recursos aos quais têm acesso.

A executiva espera que o recebimento do 13º salário ajude a estimular a busca das pessoas por troca de dívida, aquecendo esse mercado nos próximos meses.

Mas os brasileiros podem encontrar dificuldade no acesso ao crédito. Isso porque, apesar dos anúncios, a oferta pelas instituições bancárias continua restrita, já que elas temem a retomada da inadimplência.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Fonte: Isto É

Bancos de São Paulo reduzem juros do cheque especial

Publicado em: 10/08/2017

Dois de um total de seis bancos pesquisados pelo Procon de São Paulo, vinculado à Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania, reduziram as taxas de juros cobradas sobre o uso do cheque especial.

O levantamento, referente ao último dia 2, mostra que na média a correção do dinheiro tomado nesta modalidade de empréstimo oscilou 13,38%, o que representa um recuo de 0,08 ponto percentual sobre a taxa anterior (13,46%) apurada em julho.

A maior redução, de 2,34%, ocorreu no banco Santander (de 15,35% para 14,99% ao mês). No Itaú, a taxa passou de 13,07% para 12,99% com uma queda de 0,61%. Nos demais bancos foram mantidas as mesmas taxas de julho último: Banco do Brasil (12,84%), Bradesco (13,33%), Caixa Econômica Federal (13,55%) e Safra (12,6%).

Fonte: Agência Brasil

Bancários propõem a bancos termo de compromisso contra reforma trabalhista

Publicado em:

Após uma rodada de negociação em que foram discutidas cláusulas da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) com os bancos, o Comando Nacional dos Bancários entregou à Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), nesta terça-feira, 8, um termo de compromisso “em defesa dos empregos e contra a retirada de direitos dos trabalhadores”, informou em nota o Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região.

“A reforma trabalhista unilateral e sem nenhum debate com os trabalhadores desqualificou nossos direitos e tratou as conquistas duramente acumuladas como privilégios”, consta no documento. O Comando Nacional dos Bancários frisa que não concorda com a prevalência do negociado sobre o legislado “na perspectiva de redução dos direitos conforme deseja esta reforma”, e que, diante disso, propõe a construção do Termo de Compromisso. Entre os tópicos abordados no Termo estão terceirização, participação dos sindicatos em negociações, pagamento de salários, PLR (participação nos lucros e resultados) e férias, entre outros.

“Entregamos um termo de compromisso contra a retirada de direitos e queremos a manutenção das conquistas históricas da nossa categoria. Não vamos aceitar, por exemplo, que as negociações sejam feitas sem os sindicatos, nem as contratação de terceirizados em atividades-fim”, disse a presidente do Sindicato, Ivone Silva. A sindicalista afirmou que aguarda o posicionamento das instituições financeiras, “que mantêm no Brasil seus lucros crescentes e, como concessão pública, têm a obrigação de gerar emprego e contribuir para a melhoria da economia e o desenvolvimento do País”.

Segundo dados do sindicato, os cinco maiores bancos no País (Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Bradesco, Itaú Unibanco e Santander) acumularam lucro líquido de R$ 17,3 bilhões no primeiro trimestre de 2017, o que corresponde a um crescimento de 30% sobre o mesmo período do ano passado.

Na reunião desta terça-feira, foram debatidas as cláusulas 37 e 65 da CCT, que tratam do monitoramento de resultados e do adiantamento emergencial de salários em períodos de afastamento por doenças, respectivamente. A Convenção que pauta a relação entre os bancos e os bancários foi aprovada em 2016 e tem vigência de dois anos, até 31 de agosto de 2018, em todo o território nacional. “Não aceitaremos desrespeito a nenhum desses direitos acordados na CCT e queremos deixar isso ainda mais acertado nesse termo de compromisso”, destaca Ivone.

No primeiro semestre do ano, foram fechados quase 11 mil postos de trabalho, refletindo a crescente digitalização dos serviços bancários, relata o sindicato. A categoria dos bancários é uma das poucas no País que tem acordo coletivo com validade nacional, representando cerca de 504 mil profissionais.

A reportagem não conseguiu contato com a Fenaban.

Confira abaixo os pontos propostos pelo Comando Nacional dos Bancários para a celebração do Termo de Compromisso com a Fenaban.

Termo de Compromisso

1º As partes ajustam entre si que todas as negociações serão feitas exclusivamente com os sindicatos.

2º As partes ajustam entre si que a Convenção Coletiva de Trabalho é válida para todos os empregados das instituições financeiras e bancárias que o assinam, independente de faixa de escolaridade e de remuneração em que se enquadram.

3º As partes ajustam entre si que todos os trabalhadores que prestam serviço em favor da cadeia de valores, da qual sejam integrantes os bancos e as instituições financeiras, sejam representados pelos sindicatos de bancários.

4º As partes ajustam entre si que todas as homologações dos desligamentos serão feitas nos sindicatos.

5º As partes ajustam entre si que o empregador é responsável pelas condições de saúde e segurança no ambiente de trabalho, seja ele interno ou externo.

6º As partes ajustam entre si que os bancos não contratarão trabalhadores terceirizados em atividades fim.

7º As partes ajustam entre si que os bancos não empregarão, por intermédio de contratos de autônomos, de contratos intermitentes, de contratos temporários, de contratos a tempo parcial e de contratos a regime 12×36.

8º As partes ajustam entre si que jornada, pausas e intervalos serão consideradas como norma de saúde, higiene e segurança do trabalho.

9º As partes ajustam entre si que os dirigentes terão livre acesso a todos os locais de trabalho, inclusive, agências digitais.

10º As partes ajustam entre si que todas as cláusulas da CCT estarão asseguradas após a data base e permanecerão as suas vigências até a celebração de nova contratação.

11º As partes ajustam entre si que todas as gratificações de função ou comissões serão incorporadas após dez anos de recebimento.

12º As partes ajustam entre si que PLR não será parcelada em mais de duas vezes.

13º As partes ajustam entre si que não será feita rescisão de contrato de trabalho de comum acordo no formato previsto na Lei 13.467/2017.

14º As partes ajustam entre si que não haverá compensação de banco de horas, sem negociação coletiva.

15º As partes ajustam entre si que os intervalos de repouso e de alimentação terão duração mínima de uma hora.

16º As partes ajustam entre si que as férias anuais não serão parceladas em mais de duas vezes.

17º As partes ajustam entre si que não será utilizado o artigo 223 F e incisos da Lei 13.467/2017 que limita a liberdade de expressão dos sindicatos e dos trabalhadores individualmente.

18º As partes ajustam entre si que o salário não será pago em prêmios ou por produtividade.

19º As partes ajustam entre si que não farão a quitação anual de passivos na forma prevista na lei 13.467/ 2017.

20º As partes ajustam entre si que não serão constituídos representantes de empregados não vinculados aos sindicatos para negociar diretamente com os bancos.

21º As partes ajustam entre si que constituirão o Grupo de Trabalho permanente para avaliar os impactos nas relações de trabalho advindas das mudanças previstas nas Leis da Reforma Trabalhista.

Fonte: Folha da Região

Bancos devem perder quase US$ 5 trilhões em receitas nos próximos anos

Publicado em: 27/07/2017

Segundo levantamento feito pelo Goldman Sachs, US$ 4,7 trilhões de dólares em receita podem sair das mãos dos bancos e migrar para as fintechs.

O mesmo estudo identificou ainda que 33% dos jovens de geração Y acreditam que não vão precisar de um banco em cinco anos e metade diz acreditar que os serviços financeiros que vão consumir serão prestados por startups.

O sistema financeiro mundial está passando por uma transformação motivada por uma onda de empreendedores de empresas tecnológicas, que enxergaram nas necessidades dos clientes insatisfeitos uma gigantesca oportunidade.

Esse tema tão importante será debatido durante a maior conferência sobre fintechs já feita no Brasil, que acontece no dia 15 de agosto, em São Paulo. Os fundadores de empresas como Nubank, Guia Bolso e Banco Neon estarão por lá para falar sobre essa revolução.

A prova maior de que esse movimento tem uma força gigantesca veio no início do ano passado, quando o Lending Club, uma espécie de “Uber dos Empréstimos” que conecta quem tem dinheiro a quem precisa de dinheiro, fez a maior oferta pública inicial de ações do segmento da tecnologia. Captou US$ 800 milhões e alcançou valor de mercado de US$ 8,5 bilhões, ficando na 15ª posição entre 835 instituições financeiras americanas.

Uma façanha que incomoda menos pelas cifras e mais pelo sinal que traz ao mercado. Se os investidores estão apostando alto nas fintechs é porque elas conseguiram antecipar o futuro, seduzindo a geração que tira o sono dos banqueiros: jovens entre 18 e 34 anos de idade não parecem nem um pouco dispostos a enfrentar a burocracia e as regras do sistema financeiro tradicional.

O fenômeno é tão impactante que 6% das empresas de base tecnológica que nascem no Brasil são voltadas para o segmento financeiro. Destaque para os serviços de pagamentos, gestão financeira, empréstimos, financiamentos, bitcoin e seguros.

O que resume o momento do mercado pode ser atribuído a uma frase de Bill Gates: “nós precisamos de serviços financeiros, mas não de bancos”.

Para saber mais sobre a conferência de fintechs, acesse o site www.fintouch.com.br. Serão mais de 1000 pessoas e pelo menos 60 fintechs expondo seus produtos, além de palestras, workshops e debates.

Portal StartSE

Concentração de bancos traz prejuízos ao consumidor, afirma economista do Idec

Publicado em: 20/07/2017

O anúncio do plano de demissão voluntária feito pelo Bradesco, assim como o de outros bancos, não tem um impacto direto muito significativo para o consumidor por tratar-se de uma ação isolada. A previsão é da economista do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), Ione Amorim, que acredita que o processo de concentração de bancos é que traz, sim, mais prejuízo ao consumidor.

Ione lembra que a compra do HSBC pelo banco, no ano passado, trouxe uma superposição de postos de trabalho, o que acaba resultando em demissões por haver uma duplicidade de funções:

— Consolidado esse processo, o plano de demissões voluntárias reflete essa realidade. Do ponto de vista do trabalhador, é ruim, claro. Já do ponto de vista do consumidor, mais do que esse encolhimento do quadro de funcionários, o processo de concentração bancária é que traz um prejuízo maior e gera a insatisfação do cliente.

A economista ressalta que, com a saída de outros bancos do mercado, o nível de concorrência diminui, há menos bancos atuando, e isso faz com que o consumidor tenha menos flexibilidade de escolha, e os serviços acabam sendo mais impositivos, já que não tem concorrentes, o que é desvantajoso para o consumidor.

— Não há um ambiente que estimule uma melhor qualidade de atendimento, uma oferta de serviços tecnológicos com maior rapidez, por exemplo. De um modo mais amplo, é o que mais afeta o consumidor.

Nos últimos dois anos, o Banco do Brasil promoveu dois planos de demissão voluntária. Em 2015, cinco mil funcionários participaram de um programa de incentivos para quem estivesse disposto a antecipar a aposentadoria. Em 2016, houve o fechamento de 8.569 postos de trabalho, diante da adesão de 9.409 trabalhadores ao programa de reorganização institucional anunciado em novembro.

A economista do Idec reforça, independente das novas estruturas adotadas pelas instituições bancárias, que já há uma relação de conflitos expressiva entre bancos e consumidores, muito mais por essa concentração de mercado, do que pela redução de funcionários, e que há muito ainda a melhorar para as instituições bancárias melhorem o atendimento e a oferta de serviços.

Portal O Globo

Bradesco lança plano de demissão voluntária

Publicado em: 14/07/2017

O Bradesco informou nesta quinta-feira (13), por meio de comunicado ao mercado, a abertura de um plano especial de demissão voluntária.

A instituição não comenta se há alguma meta nem o número de funcionários elegíveis, afirmando apenas que o plano “não afetará o elevado padrão de qualidade dos serviços prestados aos seus clientes e usuários, em todas as localidades em que atua”.

No final de 2015, após o anúncio da compra do HSBC, o Bradesco se reuniu com sindicatos e prometeu que não haveria demissões em massa. No início deste ano, uma decisão da Justiça trabalhista do Paraná também proibiu a dispensa coletiva de funcionários.

No mês passado, o Valor mostrou que o Bradesco fechou 192 agências no primeiro trimestre deste ano e o vice-presidente responsável pela rede de atendimento, Josué Pancini, disse que a tendência era esse movimento continuar.

O banco tinha 5.122 agências ao fim de março, incluindo as oriundas da aquisição do HSBC, nas quais só vai começar a mexer na segunda metade do ano.

Fonte: G1

Para competir com Nubank, bancos relançam contas digitais

Publicado em: 13/07/2017
Já imaginou um banco que fala “2017, né, mores”? É o que diz o site da nova conta 100% digital de um tradicional banco brasileiro.
Sem querer ficar para trás, grandes instituições financeiras suspenderam as contas digitais gratuitas para relançar serviços pagos, mais moderninhos, e competir com fintechs como Nubank, Banco Inter e Banco Original.
Em junho, o Bradesco lançou a Next, plataforma digital paga que substituiu a Digiconta, gratuita. Um movimento parecido aconteceu no Banco do Brasil. A instituição suspendeu a BB Conta Digital, sem custos, e lançou a Conta Fácil, com uma modalidade paga, em novembro de 2016.
O Santander apostou na conta pré-paga Superdigital, um relançamento da antiga ContaSuper, em maio.
As novas contas permitem fazer todas as transações no aplicativo, sem agência bancária, e prometem tornar o jeito de lidar com o dinheiro menos complexo e mais transparente, como outras fintechs.
“É fácil encontrar alguém que esteja insatisfeito com seu banco no Brasil. Enquanto as fintechs ganham popularidade, os grandes bancos experimentam usar a mesma receita para sobreviver no longo prazo”, diz o consultor financeiro André Massaro.
Vale a pena contratar?
Com a competição mais acirrada com as fintechs, as ferramentas e a comunicação dos bancos tradicionais tendem a melhorar, na avaliação de Massaro.
Os bancos Bradesco, Itaú, Banco do Brasil e Santander já permitem a abertura de qualquer conta corrente pelo celular, sem precisar ir até uma agência física. As grandes instituições também simplificaram seus aplicativos e incluíram ferramentas de controle do orçamento, como outros apps de finanças pessoais.
No entanto, há menos opções nos grandes bancos para quem busca serviços gratuitos. Assim, cresce a necessidade de o consumidor pesquisar custos e serviços. “Conta digital não é mais sinônimo de conta gratuita”, lembra o consultor financeiro.
Além disso, mesmo nas contas correntes tradicionais, é possível realizar muitas transações por aplicativos. Na prática, todas as contas se tornam digitais. “Essa separação entre conta digital e contra presencial não faz mais sentido”, diz a economista do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), Ione Amorim.
A economista recomenda que o consumidor analise detalhadamente os serviços oferecidos e evite pagar pelo que não utiliza. Vale lembrar que todos os bancos oferecem uma conta de serviços essenciais, gratuita, regulamentada pelo Banco Central.
Compare as novas contas
EXAME.com levantou informações sobre custos, cartões, apps e programas de benefícios das novas contas digitais dos grandes bancos, para o leitor avaliar se vale a pena contratar.
O banco Itaú suspendeu a sua conta digital gratuita, a iConta, e não lançou nenhuma nova conta digital até o momento. Somente os clientes “Personnalité” e “Uniclass” têm direito ao atendimento 100% remoto.
A Caixa é o único dos grandes bancos que não tem conta 100% digital.
A seguir, confira uma comparação de custos e serviços das novas contas:
Next, do Bradesco
1 – Quem pode ter a conta?
Qualquer um com mais de 18 anos, que peça um convite e grave um vídeo para abrir a conta. O atendimento é feito somente por chat, redes sociais, e-mail ou telefone.
2 – Quanto custa?
A conta mais básica custa 19,95 reais por mês. Dá direito a um cartão internacional de débito e crédito e a saques e transferências para outros bancos ilimitados.
A conta intermediária custa 29,95 por mês. Dá direito, ainda, ao programa de milhas, que acumula um ponto a cada dólar gasto.
A conta mais completa custa 39,95 reais por mês e permite acumular 1,5 ponto a cada um dólar gasto.
Os valores já incluem a anuidade do cartão e é possível reduzi-lo conforme o gasto. Dá para experimentar a conta de graça por cinco meses, até um limite de serviços.
3 – Como é o cartão?
O cartão é internacional, de débito e crédito, da bandeira Visa. Os saques podem ser feitos em caixas da rede Banco24Horas e da rede de autoatendimento do Bradesco.
4 – O que dá para fazer no app?
Organizar vaquinhas e divisão de contas em grupo.
Inserir um limite de gastos no mês.
Ordenar os gastos e ganhos por categorias.
Criar objetivos e agendar investimento automático mensal.
Fazer aplicações somente em fundo de investimento e poupança.
Pegar empréstimo.
Pagar contas e fazer transferências.
5 – Tem programa de benefícios?
Clientes da Next participam do programa de fidelidade Livelo e do programa de descontos Mimo.
Conta Fácil, do Banco do Brasil
1 – Quem pode ter a conta?
Qualquer um com mais de 18 anos. O atendimento é feito por telefone e na agência, se o cliente preferir.
2 – Quanto custa?
A conta custa 9,90 reais por mês. Dá direito a um cartão de débito, quatro saques mensais e transferências ilimitadas entre contas BB, mas há limites de saldo de 5 mil reais por mês e de pagamento de 800 reais por dia.
O banco cobra 2,15 reais por saque em terminais de autoatendimento e 18,70 reais por transferências via DOC ou TED para agências de outros bancos.
A tarifa mensal pode ser convertida em bônus para recarga de celular pré-pago. Sem movimentação na conta ou sem conversão em bônus para celular, a conta é gratuita.
3 – Como é o cartão?
O cartão é de débito, da bandeira Elo. Os saques podem ser feitos em caixas da redes de autoatendimento Banco24Horas, Banco do Brasil e Banco Postal.
4 – O que dá para fazer no app?
Colocar recarga no celular
Ordenar os gastos e ganhos por categorias.
Contratar somente consórcio, seguros e título de capitalização (o app não permite contratar crédito e investimentos)
Pagar contas e fazer transferências.
5 – Tem programa de benefícios?
Clientes da Conta Fácil podem converter a tarifa da conta em bônus de recarga para celular.
Superdigital, do Santander
1 – Quem pode ter a conta?
Qualquer um com mais de 18 anos. O atendimento é feito somente por chat ou telefone.
2 – Quanto custa?
A conta individual custa 7,90 reais por mês. Dá direito a um cartão físico pré-pago e a cinco cartões virtuais, que podem ser compartilhados .
A conta família custa 11,90 reais por mês. Dá direito a três cartões físicos pré-pagos e a dez cartões virtuais.
Cada saque ou transferência para outros bancos é cobrado à parte e custa 5,90 reais.
De graça, dá para experimentar a conta até um limite de R$ 200 em transações por mês.
3 – Como é o cartão?
Tanto o cartão físico quanto o virtual são internacionais, pré-pagos, com bandeira Mastercard. Os saques só podem ser feitos em caixas da rede Banco24Horas.
4 – O que dá para fazer no app?
Organizar vaquinhas e divisão de contas contas em grupo.
Enviar e pedir dinheiro por chat.
Fazer câmbio em nove moedas.
Colocar recarga no celular.
Recarregar o Bilhete Único em São Paulo.
Ordenar os gastos e ganhos por categorias e tags.
Pagar contas e fazer transferências.
Não dá para pegar empréstimos nem fazer investimentos.
5 – Tem programa de benefícios?
Clientes da Superdigital participam do programa de descontos Santander Esfera e do programa de pontos Mastercard Surpreenda.

Fusão entre BB e Caixa entra na lista de Temer

Publicado em: 29/06/2017

Nesta semana, sites de notícias nacionais divulgaram que o governo de Michel Temer (PMDB) estuda a possibilidade de fusão entre a Caixa e o Banco do Brasil. As informações são de que estão sendo retomados estudos iniciados nos anos 90 para tornar a Caixa uma instituição menor, com foco no crédito imobiliário. Todas as demais operações seriam transferidas para o BB.

Apesar do silêncio do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, e do atual presidente da Caixa, Gilberto Ochi, sobre o assunto, a notícia não pode ser descartada uma vez que Michel Temer tem anunciado diversas medidas que ameaçam as estatais, como a privatização da Caixa.

“Cada banco cumpre um papel diferenciado e temos que manter os dois bancos, que são necessários e vitais para o desenvolvimento econômico e social do Brasil. A Caixa é uma empresa forte, altamente rentável, com 155 anos de história e consolidada no mercado. Hoje, a Caixa é o segundo maior banco do país e tem um importante papel na execução de políticas públicas na área de habitação, saneamento básico, entre outras. Mais do que nunca é preciso manter os trabalhadores bancários e a sociedade mobilizados para barrar essa destruição do nosso patrimônio”, enfatiza a diretora do Sindibancários/ES e bancária da Caixa, Rita Lima.

Responsável por administrar os recursos do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), entre outros programas de estímulo ao desenvolvimento econômico do país, o Banco do Brasil possui hoje mais de 5 mil agências espalhadas pelo país. Para a diretora do Sindibancários/ES e bancária do BB, Goretti Barone, a fusão com a Caixa irá enfraquecer as duas empresas.

“Embora nos últimos anos tenha tido uma atuação voltada para o mercado, o BB tem um papel fundamental no desenvolvimento do país, por meio da concessão de empréstimos às pequenas e médias empresas e pequenos agricultores. Abrir mão desse papel é abrir mão de desenvolver os pequenos municípios, a agricultura familiar, entre outras importantes áreas. Temos que nos unir para resgatar o BB como um banco voltado para sua função de agente público financiador do desenvolvimento do país e impedir sua privatização”, destaca a diretora.

Com informações da Fenae.

Fonte: Sindibancários Espírito Santo

Agências bancárias vão mudar modo de operação, afirmam instituições financeiras

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Atualmente, o Brasil possui 1 milhão de contas digitais, abertas sem contato presencial entre cliente e instituições bancárias. A expectativa é que até o final do ano esse número triplique para 3, 3 milhões. No entanto, isso não quer dizer que as agências físicas vão deixar de existir, mas elas devem mudar de perfil, como defende o gerente-executivo da Plataforma Digital do Banco do Brasil, Fernando Amaral.

Só no Banco do Brasil, quatro dias úteis de transações pelo mobile e internet neste ano correspondem a todo ano de operações em 2014. “Temos 35 mil agências espalhadas no país e elas continuam desempenhando um papel fundamental. Elas ainda são um canal de relacionamento entre o banco e o cliente. Elas vão passar a ser um diferencial, na comparação com as agências digitais e irão se tornar pontos de referência para as instituições financeiras”, analisa.

O diretor-executivo do Bradesco, Luca Cavalcante, concorda. “O humano é imprescindível em nossas agências e na implantação de nossos projetos. O digital vem completar isso no formato que cabe a ele. A agência física vai continuar mantendo a presença da marca”.

O banco vai conquistar o cliente não somente pelas melhores taxas de juros ou de serviços, mas pela melhor experiência, como acrescenta o diretor de Canais Digitais do Banco Santander, Cassius Schymura. “Quem vai ganhar o jogo é aquele que dominar a melhor jornada do cliente de forma mais simples, ágil, com menos burocracia e mais soluções integradas com velocidade e segurança”, destaca.

MOBILE BANK É O CANAL DIGITAL PREFERIDO DOS BRASILEIROS

A última vez que o aposentado Abadia Ribeiro se recorda de ter ido há uma agência foi no início do ano passado para assinar a proposta de contratação e um investimento. O que não quer dizer, no entanto, que ele deixa de acessar os canais de atendimento do banco várias vezes por dia.

“A mobilidade dos bancos via internet facilita muito a vida do cliente que não precisa mais perder tempo em fila esperando para ser atendido”, afirma. O que ele pode resolver pelo celular, ele faz. “Faço tudo pelo aplicativo e realmente só passei a ir na agência, caso precise assinar algum documento”.

A relação entre os bancos e clientes como Abadia é cada vez mais digital. Isto porque, atualmente, de acordo com dados da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), 9,5 milhões de brasileiros utilizam o mobile em pelo menos 80% das transações bancárias, desde uma simples consulta de saque a contratação de uma linha de crédito, tudo é resolvido por um aplicativo de smartphone.

Nos últimos três anos, o uso da plataforma quase quadruplicou, passando de 10% para 34% em 2016, ao movimentar 21,9 bilhões de transações, crescimento 96% em relação ao ano anterior. O aumento do uso da tecnologia levou os bancos a investirem mais também no processo de digitalização dos serviços e do atendimento, quando nem mesmo o cenário recessivo impediu que as instituições financeiras gastassem no último ano, R$ 18,5 bilhões em tecnologia da informação, como assegura o diretor de Tecnologia e Automação bancária da Febraban, Gustavo Fosse.

“Com a popularização do smartphone, hoje eu não preciso digitar mais código de barra, por exemplo, se quiser pagar uma conta. A usabilidade do smartphone também contribuiu muito para a digitalização dos canais de atendimento dos bancos. Esta tecnologia permitiu que a experiência com o banco fosse boa. Nós hoje temos várias operações que no mobile a usabilidade é muito melhor”, explica.

Ainda de acordo com Fosse, quanto mais digital o banco se torna, mais rápida a resposta. “Antes do smartphone, nós começamos com transações por SMS, basicamente para saldo. Eram pouquíssimas transações e ninguém usava porque o SMS era caro. Aqueles celulares não conectavam no wifi e tinha que usar dados, que também eram muito caros. Foi o smartphone que permitiu esta transformação e a melhoria na experiência de se relacionar com banco”.

Antes o gasto médio para analisar uma proposta de crédito podia chegar a 90 dias. “Não precisa mais esperar para aprovar credito. Hoje você tem um crédito pré-aprovado e o dinheiro cai de imediato na conta. É o tempo de resposta que acaba agregando na experiência do cliente”, acrescenta.

A repórter viajou a convite do Ciab Febraban

Fonte: Correio da Bahia

Governo dará crédito de R$ 5 bilhões a prefeituras por meio de programas de concessões

Publicado em: 01/06/2017

O governo federal decidiu abrir a carteira e deve autorizar financiamentos no total inicial de R$ 5 bilhões para municípios investirem em infraestrutura em parceria com empresas privadas, por meio de programas de concessões. Em meio à maior crise desde que assumiu o Palácio do Planalto, o presidente Michel Temer planeja editar, nos próximos dias, uma medida provisória (MP) com regras para investimentos, que deverão ter os empréstimos assumidos pela iniciativa privada.

Após ampliar as concessões de projetos federais, o governo já discutia com setores de construção civil e com os municípios uma forma de aumentar os investimentos nas cidades. Com a crise política desencadeada pela delação da JBS, o Planalto acelerou as negociações, para angariar apoio tanto de prefeitos como do meio empresarial. A medida provisória vai estabelecer os critérios mínimos para o financiamento, que serão coordenados pela Caixa Econômica Federal.

O financiamento será liberado pelo Banco do Brasil e pela Caixa, cada banco sendo responsável por garantir R$ 2,5 bilhões. O dinheiro, no entanto, não será liberado aos municípios, mas para empresas privadas pactuarem com as prefeituras as concessões. Segundo fontes, esse valor é inicial e pode aumentar, se houver demanda.

Na linha de crédito que será criada, o tomador do financiamento será a empresa privada que assumir a concessão. Os municípios não precisarão apresentar garantias para que o dinheiro seja liberado. Isso tende a acelerar o desembolso, já que muitas prefeituras estão endividadas e têm dificuldades de honrar pagamentos. O alvo principal são serviços de saneamento, pavimentação e aterros sanitários.

Para facilitar os empréstimos e evitar problemas com a Justiça e tribunais de contas, o governo federal deve padronizar as regras para as concessões, com editais e contratos similares.

O governo colocará recursos do Orçamento para compor um fundo para viabilizar o processos de concessão. A conta deverá pagar os estudos técnicos para as obras. Segundo o Ministério do Planejamento, os recursos iniciais do fundo são de R$ 110 milhões — sendo R$ 40 milhões no Orçamento federal de 2017 e R$ 70 milhões para 2018. O governo tem a expectativa de que esses recursos voltem aos cofres do Tesouro, com o pagamento do leilão de concessão feito pelas prefeituras.

O foco do programa serão os municípios com população superior a cem mil habitantes, mas ainda não está definido como serão as distribuições dos recursos entre as prefeituras.

“A maioria das prefeituras enfrenta dificuldades de caixa para pagar projetos. Isso vai ampliar os investimentos e gerar empregos”, disse o presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), José Carlos Rodrigues Martins.

Fonte: Época Negócios

Maioria dos ministros vota contra bancos em disputas tributárias

Publicado em: 26/05/2017

Instituições financeiras estão perdendo três disputas tributárias levadas ao Supremo Tribunal Federal (STF). Os julgamentos foram iniciados ontem e já há maioria de votos contra os contribuintes. Dois processos foram analisados em conjunto. Tratam da validade do aumento de 3% para 4% da alíquota da Cofins a partir de 2003 e da exigência do adicional de 2,5% à contribuição previdenciária de 20% incidente sobre a folha de salários, prevista na Lei nº 7.787, de 1989.

Dos onze ministros, nove votaram pela manutenção da elevação da Cofins e do adicional. O julgamento em conjunto foi suspenso por um pedido de vista do ministro Marco Aurélio. Somente ele e a ministra Cármen Lúcia não votaram, já que o decano Celso de Mello decidiu adiantar seu voto. No terceiro tema, também suspenso por pedido de vista de Marco Aurélio, o decano preferiu não votar ontem. O julgamento é sobre a validade de modificações efetuadas na base de cálculo e na alíquota do PIS cobrado de instituições financeiras entre os anos de 1994 e 1999, previstas na Lei nº 8.212, de 1991.

Neste caso, que envolve a Santos Corretora de Câmbio e Valores, faltam três votos. Todos os três temas estão com repercussão geral. Portanto, as decisões deverão ser seguidas pelas instâncias inferiores. A Procuradoria­Geral da Fazenda Nacional (PGFN), que defende a União em causas tributárias, não apresentou o impacto econômico das discussões. A elevação da Cofins é julgada em recurso do Mercantil do Brasil Financeira Crédito, Financiamento e Investimentos.

Na ação, questiona a constitucionalidade do artigo 18 da Lei nº 10.684, de 2003, que passou de 3% para 4% a alíquota da Cofins a ser paga pelas instituições financeiras. A discussão sobre o adicional de 2,5% é mais antiga e, inclusive, trata de dispositivo superado há quase 20 anos, com a edição da Emenda Constitucional nº 20, de 1998.

O recurso, que discute o passado, é do Lloyds Bank. A alíquota foi estabelecida para a folha de instituições financeiras e entidades equiparáveis ­ bancos comerciais, de investimento, de desenvolvimento, caixas econômicas, sociedades de crédito e de financiamento. Com a Emenda Constitucional nº 20 permitiu­se expressamente a diferenciação de alíquota, a depender da atividade econômica. O Supremo já reconheceu a validade da cobrança após a edição da norma de 1998.

A decisão, de março de 2016, evitou uma perda de R$ 2 bilhões por ano para a União. Na sessão de ontem, nove ministros votaram pela validade da cobrança a partir da Lei nº 7.787, de 1989. Eles também consideraram constitucional a majoração da Cofins das instituições financeiras de 3% para 4%. Em ambos os casos, os magistrados seguiram votos dos relatores. No caso da Cofins, o relator, ministro Dias Toffoli entendeu que não há violação aos princípios da isonomia ou da capacidade contributiva. “O dispositivo legal em questão é condizente com a justiça tributária”, afirmou.

Para ele, com base na função fiscal da contribuição, é razoável que o contribuinte que desenvolve atividade econômica de grande capacidade contributiva contribua mais. Em seu voto sobre o adicional, o relator, ministro Ricardo Lewandowski, fez um histórico sobre as contribuições no Brasil e afirmou que, desde a Constituição Federal de 1988, estão fundamentadas no princípio da solidariedade. Antes mesmo da Emenda Constitucional nº 20, acrescentou, já existia a possibilidade de o Estado exigir aportes diferenciados para a seguridade social.

Fonte: Valor

Bancos em 2016: concentração e lucro elevado mesmo com recessão

Publicado em: 20/04/2017

São Paulo – O setor financeiro confirmou em 2016 a tendência de concentração e manteve lucros elevados, apesar da crise, constata o Dieese em estudo de sua Rede Bancários, divulgado nesta segunda-feira (17). “Os cinco maiores bancos do país tiveram desempenho muito expressivo, seja em termos de intermediação financeira (as principais contas dos bancos) ou de resultado operacional, a despeito do adverso cenário econômico e da queda observada no resultado líquido em comparação com o ano anterior”, diz o instituto.

“Permanece a necessidade de se ampliar e se aprofundar o debate sobre o papel desempenhado pelo sistema financeiro nacional, especialmente no que se refere aos três maiores bancos privados”, acrescenta o Dieese, em referência a Bradesco, Itaú e Santander. Somados o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal, os cinco concentram 87% das operações de crédito.

Em relação ao emprego, o número de trabalhadores tem queda contínua desde 2012, aponta o Dieese, mas houve pequena variação (-0,1%) de 2015 (433.015) para 2016 (432.518), uma perda de 497 vagas. Quatro dos cinco maiores bancos fecharam postos de trabalho, com destaque para o BB, que eliminou 8.569, queda de 7,8%. O banco teve um plano especial de estímulo à aposentadoria, com 9.409 adesões. Fechou o ano com 100.622 empregados.

A Caixa, que fechou 2.480 vagas (-2,5%), também fez um plano de apoio à aposentadoria. E deverá cortar mais postos de trabalho neste ano, já que abriu novo programa de estímulo ao desligamento de mão de obra. No final de 2016, estava com 94.978 funcionários.

Entre os privados, o Santander cortou 2.770 (-5,5%) e o Itaú Unibanco, 2.610 (-3,1%). A exceção foi o Bradesco, com abertura de 15.932 vagas (17,2%). Mas na conta entra a incorporação do HSBC – sem isso, o banco cortou 4.790 postos de trabalho de setembro de 2015 a setembro do ano passado. No final de 2016, o Bradesco estava com 108.793 funcionários, o Itaú tinha 80.871 e o Santander, com 47.254 empregados.

O Itaú fechou 168 agências e o Santander, oito, no ano passado. BB e Caixa têm 11 e oito a mais em relação a 2015, respectivamente, mas o Dieese lembra que os dois bancos planejam fechar centenas de agências neste ano. O saldo de 807 no caso do Bradesco leva em consideração, mais uma vez, a incorporação do HSBC.

O lucro líquido dos cinco maiores bancos brasileiros somou R$ 59,6 bilhões em 2016, queda de 12,1% em relação ao ano anterior. Segundo o Dieese, o resultado pode ser explicado, entre outros motivos, pelo fato de as empresas terem feito “forte provisionamento” e por não usarem créditos tributários. O maior lucro foi registrado pelo Itaú: R$ 22,2 bilhões, redução de 7%, enquanto o Bradesco teve R$ 17,1 bilhões, diminuição de 4,2%.

Já o BB teve queda de 44,2%, para R$ 8 bilhões, mas o Dieese observa que esse dado deve ser relativizado por causa do impacto, em 2015, de acordo do BB com a Cielo, no segmento de pagamento eletrônicos. O lucro da Caixa, de R$ 5 bilhões, caiu 3%, mas o resultado operacional cresceu 271,5%, “devido à melhora no resultado da intermediação financeira, em especial, de resultados com operações de crédito e com títulos e valores mobiliários”. A exceção de 2016 foi o Santander, cujo lucro líquido aumentou 10,8% sobre 2015 e atingiu R$ 7,3 bilhões.

A íntegra do estudo pode ser lida no site do Dieese.

Fonte: Rede Brasil Atual

Consignado com garantia do FGTS deve ter juros mais baixos; entenda as regras

Publicado em: 05/04/2017

A nova modalidade de crédito que permite usar como garantia o saldo do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) no empréstimo consignado, liberada nesta terça-feira (4), deve ter uma das taxas mais baratas do mercado por oferecer risco mais baixo aos bancos, avaliam economistas ouvidos pelo G1. Para o trabalhador, contudo, o risco implica em perder a “poupança” que o protege em caso de desemprego.

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Pela nova regra, o trabalhador poderá oferecer até 10% do saldo disponível em sua conta do FGTS, ativa ou inativa, para obter o empréstimo consignado. Esta linha desconta as prestações da dívida diretamente de sua folha salarial. Em caso de demissão, o banco poderá reter 100% da multa do FGTS paga pelo empregador (que equivale a 40% do saldo na conta do Fundo), para garantir o pagamento da dívida.

“O consignado sempre foi uma linha de risco mais baixo. Com a garantia do FGTS, acredito que será possível emprestar a taxas ainda mais baratas ou muito próximas às atuais”, afirma o diretor-executivo da Anefac, Miguel Ribeiro de Oliveira, que pesquisa mensalmente os juros cobrados no crédito.

Ao G1, o Santander informou que vai oferecer a nova linha, mas ainda não definiu quais serão as taxas cobradas. O Itaú disse que está avaliando as regras divulgadas, mas não informou se vai oferecer a nova linha. O Bradesco informou que não disponibiliza a modalidade de crédito. O Banco do Brasil anunciou que “está avaliando as novas regras e os ajustes operacionais necessários”.
O presidente da Caixa Econômica, Gilberto Occhi, disse que o banco “já cobra 3% [ao mês atualmente nessa linha de crédito ao setor privado]. A taxa de juros de operação de crédito depende muito de garantia e do rating do cliente. A Caixa poderá oferecer abaixo de 3%, com base em garantias e rating [do cliente]”.

Dívida mais barata

Em fevereiro, a taxa média cobrada dos trabalhadores do setor privado no crédito consignado estava em 43,8% ao ano – enquanto os juros do cartão de crédito alcançaram 486% no mesmo período, segundo dados do Banco Central. Já os juros médios cobrados em todas as modalidades de crédito para pessoas físicas atingiram 73,2% ao ano.

Com a garantia do FGTS, as taxas do consignado não poderão ultrapassar 3,5% ao mês (o equivalente a 51% ao ano), de acordo com o Ministério do Trabalho. O prazo máximo da dívida será de 48 meses, de acordo com a medida anunciada no fim do ano passado e regulamentada nesta terça-feira (4).

A modalidade de crédito é mais interessante para quem está preso a uma dívida impagável, com juros extremamente altos como do cheque especial ou cartão de crédito, avalia o consultor financeiro do Mercantil do Brasil, Carlos Eduardo Costa. “É uma oportunidade de trocar uma dívida cara por outra mais barata. Isso aumenta a chance de quitar esse compromisso.”

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Reserva contra o desemprego

Apesar dos juros atraentes, é preciso avaliar se vale a pena sacrificar a principal reserva do trabalhador em caso de desemprego para cobrir uma dívida, alerta o consultor Costa, do Mercantil do Brasil. “Ficar sem a multa do FGTS em caso de demissão é arriscado.”

Na avaliação do economista, mesmo com juros mais baixos se comparados a outras linhas de crédito, é preciso avaliar a real necessidade de contrair a dívida. “O cuidado como qualquer empréstimo é que ele deve ser excepcional, não uma situação corriqueira. Ainda mais quando envolve uma garantia como o saldo do FGTS”, acrescenta.

Bom para os bancos

Em julho do ano passado, a agência de classificação de risco Moody’s avaliou que a possibilidade de conceder empréstimos consignados para trabalhadores com garantia dos recursos do FGTS é positiva para os bancos.

Na época, a agência afirmou que essa garantia reduz “o risco de perdas com créditos em caso de demissões”. O risco do desemprego tem sido o maior desencorajador da oferta de crédito consignado para os trabalhadores do setor privado.

“Para os bancos, a garantia do FGTS é bem positiva, pois trata-se de um recurso ao qual eles não tinham acesso quando o trabalhador é demitido”, avalia Oliveira, da Anefac.
Veja perguntas e respostas sobre o FGTS como garantia do consignado:

O que é o crédito consignado?

É uma linha de crédito que desconta as parcelas da dívida diretamente a folha de pagamento do trabalhador, servidor público ou aposentado do INSS.
Como funciona a regra com garantia do FGTS?

A partir de agora, o trabalhador do setor privado poderá oferecer até 10% do saldo do seu FGTS (ativo ou inativo) como garantia e 100% da multa paga pelo empregador em caso de demissão sem justa causa (que é de 40% do saldo das contas) para obter esta linha de crédito.

Qual a taxa de juros cobrada no crédito consignado?
Por ser considerada de baixo risco, esta linha é uma das mais baratas do mercado. Em fevereiro de 2017, a taxa média do consignado para os trabalhadores do setor privado era de 43,82% ao ano, segundo o Banco Central. A média das taxas para pessoas físicas foi de 73,2% ao ano.

Qual será a taxa de juros se houver uso do FGTS como garantia?
Os bancos poderão determinar quanto vão cobrar por essa modalidade, mas não poderão ultrapassar a cobrança de 3,5% ao mês (ou aproximadamente 51% ao ano). Consultados pelo G1, os cinco maiores bancos do mercado (Itaú, Bradesco, Santander, BB e Caixa) ainda não informaram quais serão as taxas.

Quando o banco poderá ficar com os valores do FGTS?
Em caso de inadimplência, o banco poderá resgatar até 10% do saldo da conta do FGTS do trabalhador para cobrir a dívida. Se houver perda do vínculo de trabalho com a empresa em que o trabalhador estava quando fez o empréstimo, o banco poderá reter os valores da multa. Caso o valor retido seja suficiente para quitar a dívida, o possível valor que sobrou será disponibilizado na conta do trabalhador para saque.

Fonte: G1

BB recebeu oferta de US$ 1,35 bi por Banco Patagonia

Publicado em:

Buenos Aires/São Paulo – O Banco do Brasil recebeu ofertas não vinculantes de mais de US$ 1,35 bi pelo Banco Patagonia, unidade da Argentina, e os bancos procuram fechar um acordo nas próximas semanas, disseram pessoas familiarizadas com o assunto.

Itaú Unibanco Holding SA, Banco Bilbao Vizcaya Argentaria SA e Banco Macro SA apresentaram as maiores ofertas pelo Patagonia, o 11º maior banco da Argentina em ativos, e passarão para a fase final com ofertas vinculantes, disseram as pessoas, pedindo para não serem identificadas porque as conversas são privadas.

O Banco Patagonia tem valor de mercado de cerca de US$ 1,97 bi, mas compradores pediram desconto para compensar inflação, o que reduz o valor da empresa em pesos.

O Grupo Financiero Galicia SA, proprietário do Banco de Galicia SA e da maior instituição financeira do país, fez uma oferta de US$ 1,2 bi, insuficiente para passar para a fase seguinte, disseram duas das pessoas com conhecimento da situação.

Macro, BBVA, Galicia, Itau e Banco do Brasil preferiram não comentar; assim como JPMorgan, que assessora o Banco do Brasil.

Fonte: EXAME

TJ mantém liminar que obriga BB a melhorar atendimento em Colniza

Publicado em: 08/02/2017

O Tribunal de Justiça do Estado de Mato Grosso negou recurso interposto pelo Banco do Brasil e manteve a decisão liminar que obriga o estabelecimento bancário a adotar uma série de providências para melhorar o atendimento ao público no município de Colniza. A decisão judicial foi proferida em Ação Civil Pública proposta pelo Ministério Público do Estado de Mato Grosso.

Entre as medidas a serem adotadas, estão a lotação de pessoal suficiente na agência para  diminuir o tempo de espera nas filas, instalação de cadeiras e a adequação da estrutura para garantir acessibilidade às pessoas com deficiência. O descumprimento da decisão implicará em pagamento de multa diária no valor de R$ 10 mil.

No recurso, o Banco do Brasil alegou que, por ser uma sociedade de economia mista, para adotar quaisquer mudanças em suas instalações, adquirir equipamentos e promover contratações teria que obter autorização do Governo Federal. Além disso, também deveria prestar contas ao Tribunal de Contas da União .

Para o desembargador José Zuquim Nogueira, o argumento utilizado pelo Banco não deve prosperar. “A alegação do banco agravante de que se trata de sociedade de economia mista, como argumento para dificultar a promoção de mudanças nas instalações e aquisição de cadeiras, não prospera, já que a situação é de mera adequação para melhora do atendimento ao consumidor, ou seja, são detalhes que dizem respeito à relação de consumo pura e simples. Não afeta, ademais, as mudanças no sistema financeiro do banco, ou mesmo modificações relevantes a justificar o argumento”, observou.

O desembargador acolheu apenas o pedido efetuado pelo Banco para a suspensão do prazo para a determinação de lotação de funcionários na agência.

Fonte: InformaNews

Governo espera que BB puxe movimento de redução de juros

Publicado em: 02/02/2017

Ministros da mais alta confiança de Michel Temer esperam que o Banco do Brasil capitaneie uma vigorosa derrubada dos juros, de preferência, começando pelo cheque especial.

O governo alardeia a promessa de que não seguirá o exemplo de Dilma Rousseff de usar os bancos públicos para obrigar seus concorrentes privados a encolherem as taxas.

Por isso, o argumento é o de que, após as recentes quedas da Selic, a redução dos juros é uma oportunidade para o BB ganhar mercado. Na linguagem de mesa de bar, o governo deseja que o Banco do Brasil se toque e faça um movimento objetivo.

Fonte: Veja

Governo quer mais bancos estrangeiros no Brasil

Publicado em: 12/01/2017

O governo quer estimular a vinda de bancos estrangeiros para o País. Auxiliares do presidente Michel Temer já discutem como é possível eliminar barreiras legais para aumentar a participação dessas instituições no Sistema Financeiro Nacional. Segundo apurou o jornal “O Estado de S. Paulo”, esse é um movimento que começará a ser feito este ano para aumentar a concorrência e permitir a queda das taxas de juros cobradas pelos grandes bancos.

Por trás dessa tentativa de aumentar a concorrência, há pressão para que os bancos tenham uma participação efetiva na retomada do crescimento em cenário de queda da taxa Selic, que deve se intensificar a partir desta semana com a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central. “O Copom tem autonomia e não se discute. O governo não interfere, mas é preciso ficar de olho nas taxas do mercado”, disse uma fonte do governo.

Uma das barreiras aos estrangeiros é a impossibilidade de o banco estrangeiro utilizar o crédito tributário ao adquirir um banco nacional. Além disso, houve um represamento nas solicitações de ingresso de bancos estrangeiros no último período do governo Dilma Rousseff. Segundo o BC, os quatro maiores bancos em operação no Brasil – Banco do Brasil, Itaú Unibanco, Caixa Econômica Federal e Bradesco – detêm 61% dos ativos totais.

Em números de ativos, o primeiro estrangeiro a aparecer, em quinto lugar nesse ranking, é o espanhol Santander. Nos últimos anos, aquisições e fusões foram recorrentes no setor bancário. O Santander comprou, em conjunto com o Bank of Scotland, o ABN Amro na Holanda, que era dono do Real, e assim adquiriu suas operações no Brasil.
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O Itaú se fundiu ao Unibanco e comprou o varejo do Citibank. O Bradesco comprou o HSBC, que já havia adquirido a Losango. E o Santander se expandiu através de uma joint venture com o Banco Bonsucesso. De modo geral, aplicam-se aos interessados de outros países em entrar no sistema financeiro nacional as mesmas regras a que estão sujeitos os nacionais. Além disso, o BC ainda solicita informações ao supervisor do país de origem da instituição interessada sobre a reputação dos dirigentes, a capacidade econômica e financeira, o atendimento às regras bancárias locais e a capacidade de controle e monitoramento das operações no exterior.

Juros
Os bancos públicos entenderam o recado da equipe econômica e devem divulgar um “realinhamento” dos juros assim que for oficializada a decisão do Copom de reduzir a Selic nesta semana. A Caixa já repassou o corte de 0,25 ponto porcentual da Selic para as taxas dos financiamentos à casa própria e deve acelerar o movimento acompanhando o BC. O Banco do Brasil também fará um ajuste fino em algumas das suas linhas, mas, por uma estratégia de mercado, o banco não deve divulgar ainda em quais produtos vai mexer.

Globo.com