BB libera duas vezes mais crédito no primeiro dia da Agrishow

Publicado em: 04/05/2017

Os negócios começaram a todo vapor na Agrishow, feira de tecnologia agrícola que segue até sexta em Ribeirão. No primeiro dia do evento, o Banco do Brasil anunciou liberação de R$ 77 milhões em operações de crédito. Em comparação com o ano anterior, esse montante representa um crescimento de 120%. O BB ainda estima que irá liberar R$ 3 bilhões para os visitantes que buscam soluções voltadas ao financiamento de máquinas e equipamentos.

No evento, o BB lançou o Investimento Agro digital. Por meio dessa ferramenta, o produtor não precisa mais se deslocar até uma agência para solicitar o financiamento de máquinas, equipamentos e veículos destinados à produção agropecuária, agora os pedidos podem ser realizados online, com um celular, por exemplo.

Segundo a instituição, com a nova funcionalidade, o produtor realiza uma simulação de financiamento, verifica as linhas de crédito que melhor atendem suas necessidades e depois envia a proposta. O gerente do Banco será automaticamente alertado e poderá adotar os procedimentos para dar seguimento à solicitação. Além disso, a ferramenta ainda oferece atendimento todos os dias da semana, durante 24 horas por dia, e permite o acompanhamento da proposta por mobile.

O Banco do Brasil também possui a linha de crédito Investe Agro, que é usada para financiar máquinas novas ou usadas de fabricação nacional, importada ou da linha Amarela, além de veículos de carga, embarcações e aeronaves. O programa também financia iniciativas de correção do solo, reforma de pastagens, aquisição de animais para cria e reprodução e culturas de longa duração, como lavoura de cana-de-açúcar e lavoura de café.

 

Fonte: Globo Rural

BB compra R$ 1 bi em créditos inadimplentes do Santander

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São Paulo – Uma empresa estatal do Brasil está ampliando os investimentos em ativos distressed.

A Ativos, uma companhia controlada pelo Banco do Brasil, adquiriu R$ 1 bilhão (US$ 315 milhões) do portfólio de créditos em atraso do Santander, segundo três pessoas com conhecimento do assunto.

A Recovery, empresa de ativos inadimplentes do Itaú Unibanco, já havia comprado R$ 300 milhões em créditos em atraso do mesmo portfólio do Santander, disseram as pessoas, que pediram anonimato porque as transações não são públicas.

A maior parte dos empréstimos já teve baixa contábil por parte do Santander, disseram as pessoas.

“Eu limitaria o potencial de resultados da Ativos se não aproveitasse a oportunidade de adquirir esses créditos inadimplentes dos bancos”, disse Márcio Hamilton Ferreira, vice-presidente de controles internos e gestão de riscos do Banco do Brasil, que tem sede em Brasília, em entrevista por telefone.

“A economia mais conturbada dos últimos dois anos trouxe mais vendedores ao mercado.”

Ferreira, que não quis dar detalhes de preço sobre as transações, disse que a Ativos está comprando as carteiras de varejo com recursos gerados por sua própria atividade.

A Recovery preferiu não comentar sobre a transação e o Santander não respondeu até o momento aos pedidos de comentário enviados por e-mail.

Em seu balanço do primeiro trimestre, divulgado em 26 de abril, o Santander só divulgou uma venda de empréstimos de R$ 225,8 milhões que ainda constavam de seu balanço patrimonial.

O Bradesco, segundo maior banco em valor de mercado no Brasil, é um dos novos vendedores. A Ativos comprou cerca de R$ 3,95 bilhões em créditos inadimplentes do Bradesco em dezembro, segundo comunicados ao mercado.

A transação foi contabilizada em duas fases: no quarto trimestre, a Ativos adquiriu cerca de R$ 2 bilhões em empréstimos por cerca de R$ 42 milhões. No ano passado, comprou mais R$ 1,95 bilhão por R$ 9,79 milhões.

Nova direção

Essas aquisições transformaram a Ativos na maior compradora de créditos inadimplentes de bancos brasileiros dos últimos seis meses, se descontadas as vendas feitas entre empresas de um mesmo grupo.

A Ativos superou concorrentes como a Recovery e a RCB Investimentos, uma companhia controlada pela PRA Group, que tem sede em Norfolk, Virgínia, EUA.

Trata-se de uma mudança de rumo para uma empresa criada em 2003 que adquiriu em grande parte créditos inadimplentes de sua instituição controladora, o Banco do Brasil, que é o maior banco estatal do país em ativos.

Antes da aquisição do ano passado, em 2015 a Ativos adquiriu R$ 423,2 milhões em uma carteira de créditos inadimplentes da Caixa Econômica Federal, outro banco estatal.

“A recuperação do crédito parece ser um bom negócio atualmente no Brasil e se a aquisição da carteira ajudar a melhorar a rentabilidade do Banco do Brasil, é positiva”, disse Max Bohm, analista da Empiricus Independent Research em São Paulo, em entrevista.

“Mesmo sendo estatal, o Banco do Brasil é um banco comercial normal e isso é uma atividade comercial normal.”

A Ativos registrou R$ 156,5 milhões em lucro líquido em 2016, com um retorno sobre ações de 15 por cento, mais do que o dobro dos 7,2 por cento de sua instituição controladora.

Fonte: EXAME

Governo e BB renovam condições diferenciadas para servidores no Acre

Publicado em: 26/04/2017

Os servidores públicos que desejarem contratar empréstimo consignado no Banco do Brasil terão condições diferenciadas. As vantagens foram possíveis por meio de um termo de cooperação realizado entre o governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Gestão Administrativa (SGA), e a instituição financeira.

O termo viabiliza a renovação da carência de até seis meses para pagamento da primeira prestação para os novos contratos e também para quem possui empréstimos consignados vigentes, desde que tenha margem de crédito.

A secretária de Gestão Administrativa, Sawana Carvalho, destaca que o termo de cooperação pode ajudar o servidor público, neste momento em que governo concedeu reajustes salariais, a organizar as finanças. “Ele tem a possibilidade de renovar seu consignado com margem de carência para pagar a primeira parcela, isso faz com que o servidor se organize e a economia no estado continue girando”, afirmou.

Os servidores também têm um prazo de até 96 meses e taxas diferenciadas, tendo em vista que está é uma operação que apresenta um risco muito pequeno para o banco. Essas vantagens já podem ser contratadas pelos servidores por meio de smartphones, internet, nos terminais de autoatendimento e nas próprias agências bancárias.

“Essa é uma forma, analisando o cenário, as dificuldades do momento, de colocar à disposição dos servidores uma fonte a mais de recurso e que movimente também o comércio do estado”, declarou o superintendente Estadual do Banco do Brasil, Paulo Amaral.

 

Fonte: Notícias no Acre

Bancos tradicionais farão transição para o digital no Brasil, diz Moody’s

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SÃO PAULO – As fintechs estão liderando a inovação no segmento de banco digital no Brasil, mas são os bancos tradicionais que determinarão o escopo das mudanças no setor, segundo a Moody’s Investors Service.

O número de startups e fintechs no Brasil cresceu nos últimos anos, o que faz do país o maior mercado de tecnologia financeira da América Latina. No entanto, muitas dessas startups são exclusivamente focadas em pagamentos ou em gestão de ativos, e apenas 2% delas oferecem serviços múltiplos.

Ao mesmo tempo, os principais bancos do país, liderados por Itaú Unibanco, Banco do Brasil e Bradesco ampliaram os serviços de banco digital para aumentar a eficiência e atrair os clientes da geração millennial, um segmento crescente no mercado consumidor e que tem preferências distintas.

“A mudança estrutural na demanda e comportamento dos clientes está levando os bancos a focarem cada vez mais em canais de serviços alternativos”, afirma Ceres Lisboa, vice-presidente sênior da Moody´s.

“Os bancos também têm interesse nas plataformas de banco digital porque enxergam oportunidades de redução de custos, uma vez que a economia brasileira segue fragilizada após uma prolongada recessão”.

O crescimento da oferta de serviços digitais tem permitido aos bancos reduzirem gradualmente suas redes físicas. Nos últimos três anos, o Itaú fechou 10% de sua rede de agências, enquanto o Bradesco também planeja fechar agências após a aquisição das operações brasileiras do HSBC. “Até mesmo o Banco do Brasil, que como banco público tem algumas limitações relacionadas a aquisições e parcerias, fechou agências nos últimos dois anos à medida que amplia seus serviços digitais por meio de desenvolvimentos internos”, destaca a Moody’s.

Com o fechamento de agências, os bancos cortam pessoal, manutenção, materiais, transportes e gastos com segurança, o que responde por cerca de dois terços do total de despesas administrativas no sistema bancário.

Esta economia com despesas ajuda os bancos a financiar os significativos investimentos em tecnologia da informação necessários para o desenvolvimento e lançamento das estratégias digitais. A Moody’s estima que esses investimentos devem chegar a aproximadamente até R$ 5 bilhões por ano.

Fonte: Info Money

Lucro dos bancos deve voltar a subir no trimestre

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Depois de quatro trimestres consecutivos de queda, o resultado dos grandes bancos brasileiros deve começar a reagir. O lucro combinado de Itaú Unibanco, Banco do Brasil, Bradesco e Santander atingirá R$ 14,9 bilhões nos primeiros três meses deste ano, alta de 21% em relação ao mesmo período de 2016, de acordo com a projeção média de analistas.

A recuperação tem relação com a melhora, ainda que tímida, dos indicadores da economia, mas também com a base de comparação. Os três primeiros meses do ano passado foram o “fundo do poço” para os bancos, que precisaram digerir perdas bilionárias com o calote da fornecedora de sondas do pré-sal Sete Brasil.

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A expectativa é que os resultados também sinalizem o fim do ciclo de alta da inadimplência, que não para de crescer desde 2015. “Por outro lado, não esperamos uma recuperação na carteira de crédito, em razão tanto da demanda fraca como do apetite de risco limitado dos bancos”, escrevem os analistas do Goldman Sachs, em relatório.

Apesar das condições ainda desfavoráveis, os balanços já devem mostrar alguns sinais positivos. O HSBC prevê um ligeiro crescimento dos empréstimos de 2% para o Santander ante o trimestre anterior, impulsionado pela retomada do consumo e do financiamento das pequenas e médias empresas, e de 1% para Bradesco e Itaú, neste último sendo liderado pela expansão em segmento de baixo risco, como a carteira imobiliária e de consignado. O único que ainda deve não mostrar uma expansão da carteira de crédito é o Banco do Brasil.

A temporada de divulgação de resultados começa amanhã, com o Santander Brasil. O banco foi o único entre os grandes a ter aumento no lucro no ano passado. Mesmo assim ainda apresenta um retorno bem inferior aos principais concorrentes privados.

Para o Credit Suisse, a expectativa é que essa diferença diminua. “Acreditamos que o mercado está subestimando o impacto positivo da estratégia do banco sob a nova gestão, que ficará claro já em 2017”, afirmam os analistas, que elevaram recentemente a recomendação das ações do Santander para “outperform” – equivalente à compra.

O Deutsche Bank vê uma melhora da margem financeira e da qualidade dos ativos do banco espanhol no país, com as baixas para perdas já tendo sido provisionadas. “O crescimento dos empréstimos deve permanecer moderado, mas pode aumentar ligeiramente e crescer acima dos pares”, apontam os analistas do banco em relatório.

A maior recuperação nos resultados do primeiro trimestre deve vir do Banco do Brasil. O lucro da instituição deve dobrar em relação ao primeiro trimestre do ano passado, para R$ 2,6 bilhões, de acordo com a média das estimativas. Apesar da melhora, em termos anualizados o lucro do BB continuará abaixo da expectativa para 2017 como um todo, segundo os analistas do Itaú BBA.

O BB deve continuar sendo beneficiado pelo crescimento do resultado de intermediação financeira acima do setor. Os analistas do Santander esperam um crescimento de 5% dessa variável no período. O banco vem implementando um processo de recomposição dos juros nos empréstimos concedidos dentro do programa Bom Pra Todos, durante o governo Dilma Rousseff, que tinham taxas inferiores às de mercado. Com isso, o banco deve liderar a melhora da taxa de retorno sobre o capital, que deve passar de 8,1% para 11,8%, ainda abaixo da taxa apresentada pelos grandes bancos.

O Itaú é o que está à frente em termos de melhora da qualidade da carteira de crédito segundo os analistas. Os analistas do Santander preveem uma redução de 0,1 ponto percentual no índice de inadimplência do maior banco privado brasileiro no trimestre, de 3,4% para 3,3%. “Acreditamos que o banco deve continuar a apresentar melhora na qualidade dos ativos, especialmente nos segmentos de pessoas físicas e pequenas e médias empresas”, apontam em relatório.

Como o mercado avaliou que o banco foi bastante conservador na provisão para perdas no ano passado, apresentando um índice de cobertura de 222% em dezembro, os analistas do Santander esperam uma queda de 24% na despesa com provisão do Itaú neste trimestre em relação ao quarto trimestre do ano passado.

Já o Bradesco ainda deve registrar alguma alta na inadimplência, segundo os analistas. “Acreditamos que uma pequena alta no índice pode ser uma boa notícia para o banco”, afirma o Itaú BBA. Pelas projeções do Deustche Bank, o índice de atrasos na carteira do Bradesco deve ter uma alta de 5,5% para 5,6% entre dezembro de 2016 e março deste ano. “A qualidade dos ativos deve ficar amplamente sob controle, embora a inadimplência possa aumentar em empréstimos corporativos específicos que já foram provisionados”, apontam os analistas.

Um dos destaques do balanço do Bradesco deve ser as receitas de prestação de serviços, que devem apresentar uma alta de 15,1% em relação aos três primeiros meses do ano passado, nas contas do Goldman Sachs. Desde o terceiro trimestre, os números do banco incorporam os do HSBC Brasil.

Outro ponto que deve ser acompanhado de perto nos resultados dos bancos é a carteira de crédito de grandes empresas. As instituições registraram perdas bilionárias no ano passado com a baixa (“impairment”) de créditos concedidos na forma de títulos de dívida, como debêntures.

Apesar de não esperarem um aumento significativo do impairment por parte dos bancos nesse primeiro trimestre, os analistas do Santander ainda veem o anúncio da recuperação judicial de uma grande empresa – provavelmente a operadora de telefonia Oi – impactar negativamente o índice de inadimplência do Banco do Brasil. “Contudo, não temos expectativas de um efeito significativo sobre as despesas de provisão e, com isso, cremos que o mercado pode ter uma reação neutra, uma vez que esse item permaneceu no balanço do banco desde o segundo trimestre de 2016.”

O aumento da provisão para perdas com o anúncio do pedido de recuperação judicial da incorporadora PDG Realty, em fevereiro, deve começar a aparecer no balanço dos bancos neste primeiro trimestre. Embora já viessem fazendo provisão para perdas nesse caso específico, os bancos devem aumentar as despesas para cobrir eventuais perdas em créditos concedidos à incorporadora. A empresa tinha R$ 7,8 bilhões em dívida, sendo pelo menos R$ 3,339 bilhões em créditos bancários, parte deles na forma de debêntures e outros títulos.

O impacto da queda da Selic sobre os bancos também será um foco de atenção nos balanços. Mas os números ainda não devem mostrar os efeitos dos juros menores, já que não houve tempo para que os empréstimos concedidos com as taxas mais altas fossem renovados. “Não esperamos muita pressão nas margens fora das típicas questões sazonais”, afirmam os analistas do Goldman Sachs.

Fonte: Valor Econômico

94,8 mil clientes já antecipam R$ 242 milhões de restituição de IRPF no BB

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Desde o dia 02 de Março, quando a linha de antecipação de restituição de Imposto de Rende Pessoa Física (IRPF) foi reaberta, já foram contratadas 94,8 mil operações, num total de R$ 242 milhões. A média é de R$ 2,5 mil por operação. As operações via mobile representaram 12% em volume, num total de R$ 29 milhões e crescimento de 100% em relação ao ano passado. Em todo o ano de 2016, a linha teve um desembolso total de cerca de R$ 500 milhões.

No ano passado, a contratação realizada pelo aplicativo do Banco já permitia – de modo pioneiro no mercado bancário – o envio de foto do recibo do IRPF, sem necessidade do cliente ir à agência. Para este ano, o BB amplia a facilidade também para o cliente que realizar a antecipação pela internet: ele poderá realizar o upload do recibo da Declaração do IR, imagem ou PDF, pelo próprio canal. A funcionalidade traz conveniência e ganho de tempo ao cliente, pois ele receberá o crédito da antecipação direto na conta, sem precisar sair de casa.

O BB incentiva o uso do crédito com responsabilidade. A linha é uma alternativa para amortizar dívidas com taxas de juros maiores. Em média, 65% dos que contratam linhas de antecipação utilizam o crédito para quitar ou amortizar compromissos financeiros com taxas de juros maiores, a exemplo do cheque especial ou rotativo do cartão de crédito.

Condições do crédito
Com a linha é possível antecipar até 100% do valor do crédito a ser restituído, limitado a R$ 20 mil, com taxas de juros a partir de 2,11% a.m, até 4,18%. O pagamento é realizado somente na data do crédito da restituição ou no vencimento do contrato, que será no dia 15 de janeiro de 2018, o que ocorrer primeiro. As contratações podem ocorrer via Aplicativo BB para celulares e tablets, via internet e também nos terminais de autoatendimento, na Central de Atendimento BB e nas agências do Banco em todo o país por correntistas com limite de crédito aprovado e que tenham indicado o Banco do Brasil para recebimento da restituição.

Fonte: Assessoria do BB

Acionistas da Neoenergia negociam fusão da empresa com a Elektro

Publicado em: 20/04/2017

São Paulo – Os acionistas da companhia de energia Neoenergia – o grupo espanhol Iberdrola, a Previ (fundo de pensão do Banco do Brasil) e o Banco do Brasil – estão em conversas para fazer uma fusão da empresa com a Elektro, que também é controlada pela Iberdrola.

A ideia, se a proposta for levada adiante, é abrir o capital da nova companhia que surgirá da união entre as duas elétricas, apurou o Estado com fontes a par do assunto.

As conversas para uma eventual fusão começaram há poucas semanas. Bancos foram contratados para representar as partes e já fizeram reuniões para tratar do tema.

Pessoas familiarizadas com o assunto afirmaram que o grupo Iberdrola tentou alinhar a união das duas empresas em 2011, quando adquiriu o controle da Elektro, mas as conversas não avançaram. À época, o grupo desembolsou US$ 2,4 bilhões pelo ativo.

“Agora, há uma boa vontade da Previ e do Banco do Brasil. Os dois querem sair do negócio. O BB é o que mais tem interesse em deixar a companhia de energia”, disse uma fonte. “Antes, não havia espaço para abrir negociações entre as partes.”

A fusão entre as duas empresas sempre foi vista como um caminho natural, uma vez que o grupo Iberdrola é acionista comum das companhias.

O Estado apurou que o grupo Iberdrola fechou o escritório no Rio de Janeiro e que todas as decisões da empresa são tomadas na Elektro, que fica em Campinas, no interior de São Paulo, o que já indica uma movimentação do grupo espanhol de que a fusão está mais avançada.

Além de três distribuidoras que abastecem 770 municípios nos Estados da Bahia, Pernambuco e Rio Grande do Norte, a Neoenergia detém 50% de participação na Hidrelétrica Teles Pires, de 1,8 mil megawatts (MW), e 10% em Belo Monte, de 11 mil MW. No ano passado, o grupo faturou R$ 14,8 bilhões.

Já a Elektro encerrou o ano com receita líquida de R$ 4,7 bilhões. A empresa detém uma concessionária de energia que abastece 223 municípios paulistas e cinco cidades do Mato Grosso do Sul. “A Elektro tem uma qualidade muito boa e pode melhorar o perfil dessa nova empresa”, afirma o presidente da Thymos Energia, João Carlos Mello.

Saída

A fusão entre as duas companhias pode ser a porta de saída do Banco do Brasil do negócio. “O banco afirmou que não quer ficar em setores que não façam parte do seu principal negócio.

No caso da Previ (que soma fatia de 49%, incluindo um dos fundos de investimento), eles serão diluídos e podem sair de uma vez (da empresa)”, disse outra fonte.

De acordo com uma pessoa familiarizada com o assunto, não está descartada a possibilidade de o BB vender sua fatia para o grupo espanhol. Mas, segundo fontes, a abertura de capital poderá ser a maneira de costurar a saída de acionistas que não querem ficar na empresa.

No passado, a Iberdrola tentou comprar o controle da Neoenergia, mas as negociações não avançaram por entraves com os sócios. Por volta de 2012, os espanhóis mudaram de estratégia e colocaram sua parte à venda na empresa.

Chegaram a ter boas propostas de investidores chineses, como a State Grid, mas não fecharam um acordo por causa da interferência do governo federal, que não queria o avanço dos asiáticos na área de energia (hoje, numa das piores crises da história do País, os chineses têm comprado vários ativos no setor).

Procurada, a Neoenergia informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que não tem nada a comentar sobre o assunto. A Elektro afirmou que “transações dessa natureza e magnitude são avaliadas diretamente pelo acionista”, que não respondeu à reportagem. O BB também não comentou. Previ e Iberdrola não retornaram os pedidos de entrevista.

Avanço chinês

A consolidação do setor de energia voltou com força nos últimos dois anos, impulsionada pela recessão brasileira.

O avanço dos asiáticos no mercado brasileiro tem sido liderado pela State Grid, que comprou no ano passado 23% da CPFL, por R$ 5,85 bilhões, que pertencia à Camargo Corrêa.

A empresa também adquiriu participações de outros acionistas, num negócio de quase R$ 15 bilhões.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Fonte: EXAME

 

Em plena crise econômica, empresas lucraram R$ 103,3 bilhões em 2016

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O lucro líquido de 294 empresas brasileiras de capital aberto atingiu R$ 103,3 bilhões em 2016. O número revela um crescimento de 11,87% em relação a 2015, quando as mesmas empresas registraram um lucro de R$ 92,3 bilhões. Os dados foram levantados pela consultoria Economatica.

Em contrapartida, o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro acumulou 7,4% de queda em dois anos consecutivos após a retração de 3,6% em 2016. Em 2015, a economia já havia recuado 3,8%, depois de um ano de estagnação em 2014.

O economista Thomaz Ferreira Jensen explica que, mesmo com pouca atividade produtiva, a variação positiva do lucro das empresas se justifica pelas taxas de juros elevadas e por reduções de custo. Jensen afirma que a instabilidade político-econômica no período foi causada, em parte, pela falta de investimentos, já que a dinâmica econômica destas companhias não é mais baseada na geração de lucro com a atividade produtiva.

“Todas essas empresas que estão listadas na Bolsa [de Valores] têm uma boa parte do seu lucro decorrente das aplicações que elas fazem no mercado financeiro, especificamente ganhando dinheiro com a alta taxa de juros brasileira”, disse.

No mesmo sentido, o doutor em Ciências Sociais e professor da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-MG) Robson Sávio afirma que o Estado garante, com as altas taxas de juros, os privilégios do setor privado. “Os juros no Brasil não são civilizados. É um assalto institucionalizado ao trabalhador brasileiro. Com a alta taxa de juros, o Estado protege o rentismo, que não tem nenhum ônus mesmo em cenários de crise”, avaliou.

Segundo ele, o fortalecimento das empresas em períodos de recessão é uma estrutura do neoliberalismo, “que privilegia o capital em detrimento do trabalho e de políticas de ampliação de direitos”.

“O desemprego, por exemplo, é altamente favorecedor deste tipo de capitalismo porque mais pessoas vão procurá-lo a qualquer custo, abrindo mão de todos os direitos e a qualquer valor. É isso que acontece no Brasil hoje”, analisou o cientista político.

Instituições financeiras

Mesmo com queda nos resultados em relação a 2015, os bancos se mantiveram como o setor que mais lucrou no Brasil em 2016. Ainda segundo os dados da Economatica, as instituições financeiras acumularam aproximadamente R$ 48,6 bilhões no ano passado. Apesar de uma queda de R$ 1,7 bilhão, o Bradesco lidera a lista das empresas mais lucrativas, com R$ 21,6 bilhões.

Entre os 20 maiores lucros do Brasil, ainda aparecem o Banco do Brasil (R$ 8 bilhões), Santander (R$ 5,5 bilhões), BB Seguridade (R$ 4 bilhões) e BTG Pactual (R$ 3,4 bilhões).

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Para o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE), na conclusão da 11ª edição do estudo Desempenho dos Bancos, divulgado na semana passada, os bons resultados do setor estão relacionados à queda nas despesas com empréstimos e repasses em função da relativa valorização do real frente ao dólar, o que barateou os recursos captados pelos bancos no exterior.

Jensen destaca ainda a tendência “inexorável” de extrema concentração e centralização de capital no setor. Em 2016, o Bradesco consolidou a aquisição do HSBC Brasil após a negociação de R$ 16 bilhões em 2015.

O economista pontua ainda a dificuldade de inserção de bancos estrangeiros no mercado brasileiro, que são adquiridos ou ocupam fatias menores de participação. “O que me chama atenção neste setor bancário é que ele é altamente internacionalizado e desnacionalizado na região da América Latina. Mas, no caso brasileiro, é basicamente um duopólio que reforça o poder do Itaú e do Bradesco — que, importante pontuar, são grupos de controle familiar que ditam seus rumos”, disse.

Ajuste fiscal

Segundo a consultoria Economatica, a ampliação dos lucros estaria relacionada também à reestruturação e introdução acelerada de novas tecnologias e a digitalização dos processos, como internet banking e aplicativos de celular, mas, principalmente, pelo encolhimento de suas estruturas físicas e de pessoal.

Já o relatório do Dieese aponta que, além da elevação das receitas com tarifas e serviços, as instituições financeiras também garantiram o resultado positivo com a venda de seguros, previdência e capitalização. E, em 2017, o setor bancário pode ampliar esta variação positiva dos lucros, caso, por exemplo, caso a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 287, que altera as regras da aposentadoria, seja aprovada.

Para Jensen, ao minimizar o público da previdência social no Brasil, o governo federal abre espaço para que o setor privado amplie sua participação. “Há na proposta de reforma [da Previdência] uma clara intencionalidade de abrir espaço para os bancos, que basicamente são os controladores das grandes seguradoras privadas, possam ter mais mercado para seus planos privados”, avaliou o economista.

Já Sávio ressalta que a desregulamentação da Previdência, da legislação trabalhista e outros cortes sociais vão garantir que os processos de acumulação de renda permaneçam. Segundo ele, o fator político, que levou o setores da economia a apoiar a entrada do governo golpista de Michel Temer (PMDB), foi o principal desencadeador de desestabilização da economia.

“Todos o ônus sobra para o trabalhador, o aposentado, para aquele que depende de um estado distribuidor de renda e das políticas sociais. Isso é um processo histórico e que nesse momento se agudizou”, finalizou o professor.

 

Fonte: Brasil de Fato

BB tem condições de reduzir estrutura de custos, diz presidente

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O presidente-executivo do Banco do Brasil, Paulo Caffarelli, disse nesta quinta-feira (13/04) estar inconformado com a atual estrutura de custos do grupo, que trabalha para apresentar um resultado melhor do que o previsto para 2017.

“Não estou nem um pouco confortável com esse guidance (estimativa do banco)”, disse Caffarelli em entrevista à Reuters sobre a previsão de alta de 1,5% a 4,5% das despesas administrativas neste ano.

O executivo reforçou que o BB deve ter neste ano uma redução ao redor de R$ 2,3 bilhões com quadro de funcionários e espera corte anual de R$ 750 milhões como resultado de revisão de contratos de processos internos.

“Ganho de eficiência virou uma questão quase dogmática aqui”, disse.

As declarações do executivo acontecem perto de Caffarelli completar um ano à frente do BB e cinco meses depois do banco ter anunciado um plano de redução de custos que envolveu a demissão voluntária de 9,4 mil funcionários e o fechamento ou redução de cerca de 800 agências.

Nos últimos meses, as ações do BB têm subido fortemente, refletindo a expectativa de investidores de que o banco está a caminho de elevar seus níveis de rentabilidade e de capital.

Para Caffarelli, o BB atingirá esses objetivos sem ter que recorrer à injeção de recursos do controlador o governo federal e à venda de ativos. O banco já tem sinalizado intenção de se desfazer do que considera ativos não essenciais, como a participação na elétrica Neoenergia.

“Não contamos com recursos de vendas de ativos para reforçar o capital”, disse.

No caso do argentino Banco Patagonia, do qual o BB é controlador, o plano já revelado de venda de participação se dará preferencialmente por uma oferta de ações no mercado, disse Caffarelli.

A venda de participação no Banco Votorantim está fora de questão, afirmou, assim como de fatias em braços de negócios internos do banco em áreas como custódia ou de cartões, em moldes semelhantes ao que fez quando abriu o capital de sua subsidiária BB Seguridade .

“Não faz sentido nesse momento abrir mão de parte da receita futura desses negócios”, disse Caffarelli durante visita aos escritórios da Thomson Reuters.

Melhora no cenário
Segundo o presidente do BB, uma melhora da atividade econômica no país já se refletiu num aumento de cerca de 20% no volume de empréstimos concedidos pelo banco para consumo desde janeiro.

“No consignado, o ritmo é o melhor desde 2014”, disse Caffarelli.

Já em grandes empresas, um dos segmentos que tem mais pressionado a qualidade das carteiras de bancos nos últimos trimestres, o executivo disse que o nível de inadimplência do BB no setor pode ter leve alta neste primeiro semestre, mas a tendência prevista para a partir de então é de queda.

Além disso, Caffarelli disse não esperar que o BB tenha que fazer mais alguma provisão significativa para perdas com inadimplência de algum grande cliente. Nos últimos trimestres, todos os grandes bancos do país reservaram bilhões de reais para perdas esperadas com calotes de grandes grupos como Oi e Sete Brasil, que estão em recuperação judicial.

Nova vice-presidência
Caffarelli disse que o banco submeterá ao conselho de administração proposta de criar uma nova vice-presidência de seguros, que será o ocupada pelo presidente da subsidiária BB Seguridade, José Maurício Pereira Coelho.

Segundo o presidente do BB, a medida visa a melhorar a governança do grupo, dado que a subsidiária responde por importante parcela das receitas do conglomerado.

“Mas o custo de criação dessa vice-presidência é zero”, garantiu Caffarelli.

(Por Aluísio Alves e Guillermo Parra-Bernal)

Fonte: Época Negócios

Plano de recuperação da construtora PDG prevê novo aporte de bancos

Publicado em: 13/04/2017

De maior incorporadora do País, a PDG virou um poço de problemas para os credores – majoritariamente bancos – e, principalmente, para seus clientes. Em recuperação judicial desde 22 de fevereiro, no maior processo do gênero no setor imobiliário, a empresa deve apresentar à Justiça até maio seu plano de reestruturação para tentar se reerguer. O desafio maior será concluir os 30 empreendimentos em andamento, 17 dos quais estão paralisados.

Segundo fontes ouvidas pelo Estado, a tarefa não será nada fácil. Com uma dívida total de cerca de R$ 7,8 bilhões – dos quais R$ 6,2 bilhões no processo de recuperação judicial, aprovado pela Justiça em 2 de março, além de cerca de R$ 1,6 bilhão não incluído no processo –, a PDG não tem hoje dinheiro para comprar um tijolo sequer.

Da dívida total, R$ 1 bilhão refere-se a ações de clientes, que somam cerca de 20 mil pessoas – caso do casal Gizele Vieira e Thiago de Oliveira, que desistiu da compra do apartamento após a construtora informar que a obra atrasaria um ano e meio. Eles tiveram de refazer seus planos e hoje engrossam a lista de credores da PDG.

Em um mercado marcado por baixa demanda por imóveis, altos níveis de rescisão de contratos (distratos) e crédito restrito para as próprias incorporadoras, a PDG, que contratou a consultoria RK Partners e o escritório de advocacia E. Munhoz, vai tentar levantar dinheiro novo com os bancos credores, como Bradesco, Itaú, Caixa e Banco do Brasil, para conseguir terminar as obras. A propostatambém prevê a venda de apartamentos em estoque e terrenos para fazer caixa. Procurados, RK e E. Munhoz não comentam.

Recursos

Fontes a par do assunto afirmaram ao Estado que a companhia precisa de pelo menos R$ 500 milhões para terminar as obras. “Há mais possibilidade de os bancos colocarem dinheiro em construções em estágio avançado porque, dessa forma, podem vender os apartamentos ou pegá-los como garantia”, afirmou uma pessoa ligada a um dos credores. “Mas, para as obras que ainda estão no início, a alternativa seria repassar os empreendimentos a outras incorporadoras ou convencer os clientes a bancar o término das obras.” Procurados, os bancos não comentaram.

No mercado, há ceticismo em relação à recuperação plena da empresa, que chegou a ser avaliada em Bolsa em R$ 14 bilhões, em 2010, e hoje vale R$ 103 milhões. Em 2016, a PDG encerrou com prejuízo líquido de R$ 5,43 bilhões. O patrimônio líquido ficou negativo em R$ 3,4 bilhões. Ou seja, o valor das obrigações é superior ao dos ativos.

“A dívida é insustentável. A PDG adotou estratégias erradas: cresceu desordenadamente em regiões que não tinham como ter escala e buscou atender públicos muito diferentes”, disse uma fonte de mercado. Ainda assim, segundo pessoas familiarizadas com o assunto, a recuperação judicial foi o melhor caminho. “Não acredito em risco sistêmico, mas uma falência poderia prejudicar o setor”, disse outra fonte.

Futuro. Vladimir Ranesvsky, presidente da empresa, faz um “mea culpa” e reconhece que a PDG tinha um projeto de atuação nacional com imóveis de vários padrões, para diversos públicos, que não funcionou. Isso vai mudar. “O foco será tornar a PDG uma companhia bem menor, mas rentável e capaz de honrar seus compromissos.”

Hoje presente em nove Estados, o grupo deve focar em poucas capitais, mas não definiu qual será o seu nicho de mercado. Colocar esse plano em prática, porém, ainda depende do aval dos credores.

 

Fonte: Isto É Dinheiro

Bancos públicos na mira do governo e do mercado, o que significa menos crédito e investimento

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São Paulo – Setor de fomento de políticas públicas, investimento e crédito, os bancos públicos entram no foco do governo Temer como alvo preferencial e parte de uma política de “desmonte” do Estado, avaliam participantes de seminário realizado hoje (10) pelo Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região. Ao lado das multinacionais, os banqueiros e os chamados rentistas foram os principais financiadores do golpe, diz o economista João Sicsú, professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), apontando um projeto de transformação do Estado brasileiro “em balcão de negócios”, em ofensiva ao que ele chama de “rede de contenção de defesa” social, formado por legislação trabalhista, Previdência Social – e as instituições financeiras do setor público, responsáveis por 56% do crédito oferecido no país.

“Bancos públicos não servem só a seus donos, a seus acionistas. Também visam ao bem-estar social, vão além da busca de lucros. São facilitadores das políticas econômicas e sociais do governo”, diz Sicsú, um dos autores de uma cartilha sobre o tema, lançada durante o seminário, pelo Sindicato dos Bancários. A cartilha foi elaborada para defender o papel social do setor, diz a presidenta da entidade, Juvandia Moreira, reunindo argumentos “sobre verdades e mentiras que a mídia difunde por aí, visando justificar a privatização desses bancos”.

Segundo o presidente da CUT, Vagner Freitas, um banco público deve ajudar a financiar um projeto nacional de desenvolvimento. Nesse sentido, afirma, o país ainda não tem bancos públicos, mas instituições privadas e estatais, embora tenha havido algum avanço particularmente durante o governo Lula. “Tanto o Banco do Brasil como Caixa não conseguiram cumprir aquilo que a gente esperava deles. O BNDES não é mais banco de fomento”, acrescentou, também incluindo os bancos privados entre os principais apoiadores do impeachment de Dilma Rousseff . “Vocês acham que Bradesco, Itaú, Santander querem disputar só metade do mercado? Querem o mercado todo.”

De acordo com a cartilha, BB e Caixa já passam por uma “privatização disfarçada” e tendem, cada vez mais, a se assemelhar às instituições privadas. O documento enumera possíveis consequências negativas em relação ao financiamento estudantil, para a agricultura familiar e para a moradia. Coordenador nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Guilherme Boulos enfatizou esse aspecto, ao destacar a importância do banco público na busca de “uma economia soberana para que o Estado tenha ferramentas para segurar a ‘mão invisível’ do mercado”.

Estado e moradia popular
No caso da habitação, diz Boulos, os bancos públicos são a condições para a existência de uma política voltada para a moradia popular. Com base em dados do IBGE, ele diz que o déficit habitacional do país atinge 6,5 milhões de famílias ou 20 milhões de pessoas, sendo 84% com renda inferior a três salários mínimos. “Esse setor não passa nem na porta (do banco privado). A enorme maioria das pessoas que não têm casa não têm condições de obter esse crédito”, diz o líder do MTST. “Ou o Estado entra pesado ou não tem moradia popular neste país.”

Ele cita o exemplo do Minha Casa, Minha Vida, “programa com muitos limites, contradições e problemas”, mas com a qualidade do subsídio, que na faixa 1 chega a 95% do valor do imóvel. “É inconcebível um plano privado oferecendo um financiamento dessa natureza”, observa Boulos. Segundo o ativista, desde o impeachment o governo não ofereceu contratações justamente na faixa 1, o que só foi retomado depois de uma longa ocupação dos sem-teto diante do edifício da Presidência da República em São Paulo, na Avenida Paulista.

A presidenta da União Nacional dos Estudantes (UNE), Carina Vitral, ressalta a importância do setor público para o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), que atingiu 2,2 milhões de estudantes em 2015, e manifestou preocupação com os rumos do serviço após o impeachment. “A influência dos rentistas e do capital financeiro sobre o governo é impressionante. Nem o governo FHC conseguiu tamanho desmonte.”

Professor da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), Antonio Alves Júnior diz que o Brasil é um dos “campeões mundiais” de empréstimo bancário, destacando o setor público. Mas o país enfrenta, segundo ele, uma “ideologia predominante que desqualifica tudo aquilo que é estatal”.

O setor financeiro também se mostra cada vez mais concentrado: desde 1994, o número dos bancos privados passou de 219 para 144 e o de públicos, de 31 para 14. “De 70% a 80% dos depósitos e empréstimos estão hoje concentrados em cinco bancos (Itaú, Bradesco, Santander, Caixa e BB)”, afirma Alves Junior, que também participou da elaboração da cartilha.

Ele lembra, por exemplo, que o BNDES passa agora por um processo de adoção de taxas “de mercado” para seus empréstimos, o que vai no sentido de enfraquecimento da estrutura dos bancos públicos. Essa nova política vem sendo chamada, eufemisticamente, de “modernização da remuneração”.

 

Fonte: Rede Brasil Atual

Previ é implicada na delação da Odebrecht

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A Previ, maior fundo de pensão do País, está sob investigação. O fundo foi citado na delação da Odebrecht como instrumento para negociação de propinas. De acordo com um dos inquéritos que está hoje no Supremo Tribunal Federal contra dois deputados federais e o ex-ministro Guido Mantega, os políticos teriam solicitado vantagens indevidas à Odebrecht Realizações Imobiliárias dando como contrapartida a garantia de aprovação na Previ da compra de uma torre comercial e shopping center em São Paulo. O empreendimento chamado de Parque da Cidade foi de fato adquirido em 2012 pela Previ por R$ 817 milhões.

Os delatores da Odebrecht dizem que o acordo foi feito com a participação do então ministro da Fazenda, Guido Mantega. Os pedidos de propina no entanto teriam sido feito por três deputados federais: Carlos Zarattini (PT), Candido Vaccarezza (ex-PT) e João Carlos Bacelar Filho (PR). O acerto era de que ao aprovar o negócio, o PT receberia R$ 27 milhões, sendo R$ 5 milhões destinados diretamente para o deputado federal Carlos Zarattini e o então deputado Cândido Vaccarezza. A procuradoria informa no inquérito que houve a efetivação do negócio.

“O ex-ministro Guido Mantega nega, enfaticamente, qualquer participação, direta ou indireta, nesse suposto fato. Nenhuma ingerência ou influência teve na PREVI cujo corpo diretivo é autônomo e independente”, disse o advogado do ex- ministro José Roberto Batochio. Os outros citados não deram ainda retorno à reportagem.

O fundo Previ administra R$ 170 bilhões em ativos para cobrir a aposentadoria dos funcionários e aposentados do Banco do Brasil. A fundação passou até agora praticamente incólume por dezenas de investigações, até mesmo na Operação Greenfield que investiga os fundos de pensão e que implicou todas as outras grandes fundações. Segundo informações de pessoas ligadas à Previ, há uma investigação para apurar o investimento no shopping mas os antigos gestores do fundo têm se mostrado tranquilos em relação ao negócio. Alguns chegam a dizer que os políticos teriam blefado com a Odebrecht porque a Previ faria o negócio de qualquer maneira.

Em nota, a Previ disse que todos os seus investimentos são aprovados por diferentes diretores e comitês e que adotará providências de apoio às investigações para acompanhar o processo. “Caso fique comprovado que o nome da Previ foi utilizado para vantagens indevidas serão adotadas todas as medidas para reparaçãod e danos”, diz a nota.

Fonte: Estadão Política

BB mantém liderança em ranking de ativos, segundo Banco Central

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O Banco do Brasil (BB) se manteve como maior instituição financeira em ativos, de acordo com o Banco Central (BC). Em dezembro do ano passado, o BB reunia R$ 1,437 trilhão em ativos, à frente do Itaú Unibanco, com R$ 1,331 trilhão.

O critério do BC para apurar os ativos difere dos apresentados nos balanços das instituições financeiras porque considera apenas as atividades efetivamente bancárias, deixando de fora negócios como seguros, por exemplo.

Pelos dados divulgados nos balanços, que contemplam todas as atividades das instituições, o Itaú aparece na primeira colocação no ranking de ativos, com R$ 1,425 trilhão, à frente do BB, que encerrou o ano passado com R$ 1,401 trilhão.

Com o aumento da importância de outros serviços no resultado dos bancos, os dados dos balanços têm sido mais usados pelos analistas para avaliar o tamanho das instituições.

A mesma inversão de colocações acontece no terceiro e quarto lugares do ranking. Na lista do BC, a Caixa Econômica Federal aparece com R$ 1,256 trilhão em ativos, seguida pelo Bradesco, com R$ 1,081 bilhão. Já pelos números dos balanços, o Bradesco é o terceiro maior banco brasileiro desde o terceiro trimestre do ano passado, após a incorporação do HSBC Brasil.

A lista dos dez maiores bancos em ativos pela lista do BC conta ainda com BNDES (R$ 868 bilhões), Santander (R$ 705 bilhões), Safra (R$ 148 bilhões), BTG Pactual (R$ 132 bilhões), Votorantim (R$ 103 bilhões) e Citi (R$ 72 bilhões).

Fonte: Valor Econômico

Empresários consideram positiva queda da Selic e defendem mais reduções

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Empresários consideraram positiva a quinta redução consecutiva da taxa básica de juros (Selic) pelo Banco Central. Por unanimidade, o Comitê de Política Monetária (Copom) reduziu nesta quarta-feira (12) a taxa em 1 ponto percentual, de 12,25% ao ano para 11,25% ao ano. As organizações, no entanto, defendem que os juros ainda são altos e há margem para maiores recuos.

Para a Confederação Nacional da Indústria (CNI), a taxa de 11,25% ao ano ainda é alta diante da queda da inflação e da recessão persistente. A entidade avalia que o corte deveria ser mais ousado, tendo em vista que a estimativa é que a inflação fique abaixo do centro da meta (4,5%). A CNI avalia que o processo de queda dos juros depende dos avanços no ajuste fiscal e de uma “robusta” reforma da Previdência.

O presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, avaliou positivamente o corte pelo Banco Central, mas avalia que há espaço para mais recuos da Selic. Ele apontou ainda que embora a taxa esteja caindo, os juros para o tomador final está aumentando. “O Brasil não pode mais esperar, precisamos retomar o crescimento econômico e gerar empregos. Para isso, a redução dos spreads bancários e o destravamento do crédito são fundamentais”, disse em nota.

A análise da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) é que a medida foi acertada e permite retomar o caminho para o crescimento econômico. A entidade acredita, no entanto, o movimento de corte de juros “poderia ter começado um pouco antes”, seguindo a lógica de inflação em queda e nível de atividade baixo, com alta de desemprego. “Essa estratégia, além de baratear mais rapidamente o custo da dívida do governo, auxilia o país a enfrentar os efeitos de uma situação recessiva sem precedentes”, apontou.

O superintendente institucional da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), Marcel Solimeo, também avaliou a decisão como acertada. “Com a queda de preços já dentro da meta para o ano, é preciso reduzir rapidamente a diferença entre a Selic e a inflação. Mais do que isso, a decisão do BC é uma ação concreta para alavancar a retomada da economia e, principalmente, conter o desemprego”.

A Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro considerou acertada a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central. De acordo com a Firjan, é correta a aceleração da queda da taxa de juros, “na medida em que a inflação está em trajetória cadente e a atividade econômica ainda não mostrou sinais claros de recuperação”.

Para a entidade, a redução dos juros, apesar de crucial à retomada do crescimento, precisa ser acompanhada pelo reequilíbrio das contas públicas, até para que seja sustentável. Nesse sentido, a Firjan reforçou a importância da resolução da crise financeira dos estados e da aprovação da reforma da Previdência, que necessariamente deve incluir as previdências estaduais. “A reforma em discussão no Congresso deve abranger as previdências estaduais, cujo déficit superou R$ 100 bilhões no ano passado”, alertou a federação.

Sindicato

A Força Sindical disse em nota que espera novas reduções. “É preciso ousar e acelerar o corte da Selic porque o Brasil ainda mantém uma das taxas de juros mais altas do mundo, o que freia o emprego, a produção e o desenvolvimento, e somente incentiva a entrada de capital especulativo”, disse em nota.

A entidade aponta ainda a necessidade de implementar políticas que priorizem “retomada do investimento, o crescimento da economia, a geração de emprego, a redução da desigualdade social, o combate à pobreza e a distribuição de renda”.

Mercado

O gestor de renda fixa da GGR Investimentos, Rafael Sabadell, aponta que a redução veio “em linha com que o mercado esperava”. Ele destaca que o item mais esperado nesta divulgação era o comentário do Copom que indica as condições para uma intensificação da redução da taxa básica de juros. “Basicamente vai depender do cenário econômico dando mais espaço para uma margem maior de um corte adicional. Talvez com uma queda mais acelerada na inflação ou atividade demorando um pouco mais para uma retomada maior”, destacou.

Entre os fatores que pesam para uma continuidade da redução da taxa, Sabadell indicou as questões externas, como a retomada do crescimento econômico dos Estados Unidos. “A teoria de uma aceleração maior do ciclo americano perdeu força no último mês e tem favorecido [a redução da taxa]. E caso essa tese volte a ganhar ou perder força, afetará o ritmo. Se demorarem mais para aumentar os juros [nos EUA], aqui tende a dar mais espaço para cair ainda mais os juros”, avaliou.

O gestor considerou interessante o fato de o comentário do Copom citar as projeções de mercado de 8,5% para o final do ano. “Então acho que é bem possível que siga essa trajetória que o mercado vem precificando”, estimou.

 

Fonte: Jornal do Brasil

BB vai reduzir taxas de juros para pessoas físicas e jurídicas

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Após a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de reduzir a taxa Selic para 11,25% ao ano, o Banco do Brasil anunciou hoje (12) que vai reduzir as taxas de juros para pessoas físicas e jurídicas. Essa é a terceira redução consecutiva no ano feita pelo BB. As novas taxas entram em vigor na próxima segunda-feira (17).

A queda mais expressiva foi para as linhas de crédito imobiliário pessoa física nas contratações do Sistema Financeiro da Habitação (SFH) e da carteira hipotecária. A nova taxa para as operações no âmbito do SFH passa a ser de 9,99% ao ano na faixa mínima, redução de 0,81 ponto percentual na comparação com os 10,80% praticados hoje. Para a faixa superior, a nova taxa passar a ser de 10,94% ao ano, ante os 11% ao ano que o Banco cobrava até agora. Nos financiamentos da carteira hipotecária, a taxa cai de 11,80% ao ano para 10,90% ao mês no piso; e de 12,02% para 11,99% ao ano no patamar superior.

Os juros no crédito para aquisição de veículos por pessoas físicas vão reduzir de 1,28% ao mês para 1,23% ao mês, na faixa mínima, e de 3,86% ao mês para 3,81% ao mês no patamar máximo. Os juros para o cheque especial da pessoa física agora flutuam entre 4,31% ao mês no piso, e 12,84% ao mês no teto, ante 4,36% e 12,89% ao mês, cobrados até agora.

Para as pessoas jurídicas, as linhas do cheque ouro empresarial e giro rápido rotativo baixaram para 8,38% ao mês, ante os 8,43% cobrados até então. Na faixa superior, as taxas recuam de 13,60% ao mês para 13,55% ao mês.

Para a aquisição de veículos por pessoas jurídicas, houve redução de 1,47% para 1,42% ao mês no piso e de 3,24% para 3,19% ao mês na máxima. A antecipação de crédito lojista (ACL) teve redução de 1,58% ao mês para 1,53% ao mês no piso; e de 3,94% para 3,89 ao mês no maior patamar.

 

Fonte: Agência Brasil

Investimento das estatais fecha 2016 em R$ 56,5 bilhões

Publicado em: 06/04/2017

Depois de anos de crescimento, os investimentos das estatais federais caíram em 2016 e atingiram o menor valor em oito anos. Segundo números divulgados ontem pelo Ministério do Planejamento, os investimentos dessas empresas somaram R$ 56,5 bilhões no ano passado, o montante mais baixo desde 2008 (R$ 53,5 bilhões).

Em relação a 2015, quando as estatais controladas pela União tinham investido R$ 80,2 bilhões, a queda chegou a 29,6%. De acordo com o ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, a redução dos investimentos faz parte de um esforço para diminuir o endividamento das empresas e deixá-las mais rentáveis.

“As empresas estão fazendo também um enxugamento operacional. Estão deixando de fazer negócios que não são os negócios principais. Reduziram investimento, endividamento e estão aumentando a rentabilidade. As coisas estão indo de maneira organizada”, afirmou o ministro. De acordo com Oliveira, a redução de gastos nas estatais foi necessária para conter o endividamento, que passou de R$ 397 bilhões em 2014 para R$ 544 bilhões em 2015, alta de 37%. Em setembro do ano passado, número mais recente disponível, o endividamento havia recuado 17,6%, para R$ 448 bilhões.

Em relação aos empregos, o ministro do Planejamento informou que o número total de trabalhadores nas estatais federais caiu de 552 mil, em 2015, para 530 mil no ano passado, menor nível desde 2011. Segundo Oliveira, os programas de demissão voluntária (PDV) incentivada em diversas empresas – como Banco do Brasil (BB), Caixa Econômica Federal e Correios – e a não reposição de empregados que se aposentam estão contribuindo para a queda.

O governo espera uma adesão de 2,6 mil funcionários do Grupo Eletrobras no PDV da gigante de energia elétrica, que será lançado em breve. “Todas as empresas que necessitam nós temos autorizado e incentivado que adotem”, disse Oliveira. De 2015 para 2016, informou o ministro, 22 mil funcionários de empresas estatais aderiram aos PDVs. Só no Banco do Brasil, foram 9 mil funcionários. O total de empregados das empresas estatais federais caiu de 552 mil para 530 mil.

A Eletrobras tem hoje 23 mil funcionários em todas as empresas do grupo. O PDV, porém, não vai atingir as empresas de distribuição de energia, que contam com cerca de 6 mil funcionários. As demais empresas do grupo possuem cerca de 17 mil servidores. Com o PDV, o número de servidores deve cair para cerca de 15 mil.

Segundo Oliveira, não é intenção fazer PDV no Bndes. “O banco não tem nenhuma proposta de PDV. O banco tem tido uma redução de seus desembolsos, mas isso não significa proporcionalidade com as pessoas. Ele não tem agências, pessoas distribuídas no País”, justificou.

Fonte: Jornal do Comércio

Consignado com garantia do FGTS deve ter juros mais baixos; entenda as regras

Publicado em: 05/04/2017

A nova modalidade de crédito que permite usar como garantia o saldo do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) no empréstimo consignado, liberada nesta terça-feira (4), deve ter uma das taxas mais baratas do mercado por oferecer risco mais baixo aos bancos, avaliam economistas ouvidos pelo G1. Para o trabalhador, contudo, o risco implica em perder a “poupança” que o protege em caso de desemprego.

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Pela nova regra, o trabalhador poderá oferecer até 10% do saldo disponível em sua conta do FGTS, ativa ou inativa, para obter o empréstimo consignado. Esta linha desconta as prestações da dívida diretamente de sua folha salarial. Em caso de demissão, o banco poderá reter 100% da multa do FGTS paga pelo empregador (que equivale a 40% do saldo na conta do Fundo), para garantir o pagamento da dívida.

“O consignado sempre foi uma linha de risco mais baixo. Com a garantia do FGTS, acredito que será possível emprestar a taxas ainda mais baratas ou muito próximas às atuais”, afirma o diretor-executivo da Anefac, Miguel Ribeiro de Oliveira, que pesquisa mensalmente os juros cobrados no crédito.

Ao G1, o Santander informou que vai oferecer a nova linha, mas ainda não definiu quais serão as taxas cobradas. O Itaú disse que está avaliando as regras divulgadas, mas não informou se vai oferecer a nova linha. O Bradesco informou que não disponibiliza a modalidade de crédito. O Banco do Brasil anunciou que “está avaliando as novas regras e os ajustes operacionais necessários”.
O presidente da Caixa Econômica, Gilberto Occhi, disse que o banco “já cobra 3% [ao mês atualmente nessa linha de crédito ao setor privado]. A taxa de juros de operação de crédito depende muito de garantia e do rating do cliente. A Caixa poderá oferecer abaixo de 3%, com base em garantias e rating [do cliente]”.

Dívida mais barata

Em fevereiro, a taxa média cobrada dos trabalhadores do setor privado no crédito consignado estava em 43,8% ao ano – enquanto os juros do cartão de crédito alcançaram 486% no mesmo período, segundo dados do Banco Central. Já os juros médios cobrados em todas as modalidades de crédito para pessoas físicas atingiram 73,2% ao ano.

Com a garantia do FGTS, as taxas do consignado não poderão ultrapassar 3,5% ao mês (o equivalente a 51% ao ano), de acordo com o Ministério do Trabalho. O prazo máximo da dívida será de 48 meses, de acordo com a medida anunciada no fim do ano passado e regulamentada nesta terça-feira (4).

A modalidade de crédito é mais interessante para quem está preso a uma dívida impagável, com juros extremamente altos como do cheque especial ou cartão de crédito, avalia o consultor financeiro do Mercantil do Brasil, Carlos Eduardo Costa. “É uma oportunidade de trocar uma dívida cara por outra mais barata. Isso aumenta a chance de quitar esse compromisso.”

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Reserva contra o desemprego

Apesar dos juros atraentes, é preciso avaliar se vale a pena sacrificar a principal reserva do trabalhador em caso de desemprego para cobrir uma dívida, alerta o consultor Costa, do Mercantil do Brasil. “Ficar sem a multa do FGTS em caso de demissão é arriscado.”

Na avaliação do economista, mesmo com juros mais baixos se comparados a outras linhas de crédito, é preciso avaliar a real necessidade de contrair a dívida. “O cuidado como qualquer empréstimo é que ele deve ser excepcional, não uma situação corriqueira. Ainda mais quando envolve uma garantia como o saldo do FGTS”, acrescenta.

Bom para os bancos

Em julho do ano passado, a agência de classificação de risco Moody’s avaliou que a possibilidade de conceder empréstimos consignados para trabalhadores com garantia dos recursos do FGTS é positiva para os bancos.

Na época, a agência afirmou que essa garantia reduz “o risco de perdas com créditos em caso de demissões”. O risco do desemprego tem sido o maior desencorajador da oferta de crédito consignado para os trabalhadores do setor privado.

“Para os bancos, a garantia do FGTS é bem positiva, pois trata-se de um recurso ao qual eles não tinham acesso quando o trabalhador é demitido”, avalia Oliveira, da Anefac.
Veja perguntas e respostas sobre o FGTS como garantia do consignado:

O que é o crédito consignado?

É uma linha de crédito que desconta as parcelas da dívida diretamente a folha de pagamento do trabalhador, servidor público ou aposentado do INSS.
Como funciona a regra com garantia do FGTS?

A partir de agora, o trabalhador do setor privado poderá oferecer até 10% do saldo do seu FGTS (ativo ou inativo) como garantia e 100% da multa paga pelo empregador em caso de demissão sem justa causa (que é de 40% do saldo das contas) para obter esta linha de crédito.

Qual a taxa de juros cobrada no crédito consignado?
Por ser considerada de baixo risco, esta linha é uma das mais baratas do mercado. Em fevereiro de 2017, a taxa média do consignado para os trabalhadores do setor privado era de 43,82% ao ano, segundo o Banco Central. A média das taxas para pessoas físicas foi de 73,2% ao ano.

Qual será a taxa de juros se houver uso do FGTS como garantia?
Os bancos poderão determinar quanto vão cobrar por essa modalidade, mas não poderão ultrapassar a cobrança de 3,5% ao mês (ou aproximadamente 51% ao ano). Consultados pelo G1, os cinco maiores bancos do mercado (Itaú, Bradesco, Santander, BB e Caixa) ainda não informaram quais serão as taxas.

Quando o banco poderá ficar com os valores do FGTS?
Em caso de inadimplência, o banco poderá resgatar até 10% do saldo da conta do FGTS do trabalhador para cobrir a dívida. Se houver perda do vínculo de trabalho com a empresa em que o trabalhador estava quando fez o empréstimo, o banco poderá reter os valores da multa. Caso o valor retido seja suficiente para quitar a dívida, o possível valor que sobrou será disponibilizado na conta do trabalhador para saque.

Fonte: G1

Itaú, Bradesco, BB e Caixa tinham quase 80% do mercado de crédito ao fim de 2016

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Os quatro maiores conglomerados bancários – Itaú-Unibanco, Bradesco, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal – detinham, no fim de 2016, 78,99% de todas as operações de crédito feitas por instituições financeiras no país e também 78,48% dos depósitos, segundo o relatório de estabilidade financeira divulgado nesta segunda-feira pelo Banco Central.

Um ano antes, no fim de 2015, os quatro bancos detinham, juntos, cerca de 75% dos empréstimos e depósitos de todo o sistema financeiro. Com isso, subiu a concentração bancária no ano passado, de acordo com dados do BC.

Em 2007, eles tinham 54,6% de todas operações de crédito, indicador que mostra que a concentração bancária era muito menor no país.
Recentemente, o BC informou que, em fevereiro, a taxa média dos juros bancários atingiu 53,2% ao ano. Em alguns casos, como no do cheque especial e do cartão de crédito, a taxa passa de 300% ao ano.

Com isso, o chamado “spread bancário” (diferença entre o que os bancos pagam pelos recursos e o que cobram de seus clientes) subiu em fevereiro para 42,5 pontos percentuais – patamar elevado para padrões internacionais.

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Concorrência

Segundo o diretor de Fiscalização da autoridade monetária, Anthero Meirelles, o aumento da concorrência no sistema financeiro é muito bem-vindo. Questionado se a instituição adotaria alguma medida para estimular a entrada de novos concorrentes, ele afirmou que o grande estímulo para isso é o crescimento do mercado e a melhora do ambiente econômico.

“Eu acho que a queda do risco Brasil, endereçamento de questões estruturais, fiscais, recuperação da confiança, e uma política macroeconômica que gera confiança nos agentes, é o melhor caminho para estimular a eventual entrada de novos concorrentes”, afirmou ele.

Meirelles avaliou ainda que, com mais segurança jurídica e regulatória e “incertezas dissipadas”, haverá um estímulo não só para a entrada de novos concorrentes, mas também para que os atuais participantes do mercado de crédito “se animem mais para concorrer”.

De acordo com o diretor, a segmentação promovida pelo governo no sistema financeiro, com a classificação em cinco grupos, é muito importante para a concorrência.

“Não necessariamente para que novas entidades estrangeiras entrem no Brasil, mas isso reduz o custo de observância e o custo regulatório”, afirmou Anthero Meirelles.

Fonte: G1

BB recebeu oferta de US$ 1,35 bi por Banco Patagonia

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Buenos Aires/São Paulo – O Banco do Brasil recebeu ofertas não vinculantes de mais de US$ 1,35 bi pelo Banco Patagonia, unidade da Argentina, e os bancos procuram fechar um acordo nas próximas semanas, disseram pessoas familiarizadas com o assunto.

Itaú Unibanco Holding SA, Banco Bilbao Vizcaya Argentaria SA e Banco Macro SA apresentaram as maiores ofertas pelo Patagonia, o 11º maior banco da Argentina em ativos, e passarão para a fase final com ofertas vinculantes, disseram as pessoas, pedindo para não serem identificadas porque as conversas são privadas.

O Banco Patagonia tem valor de mercado de cerca de US$ 1,97 bi, mas compradores pediram desconto para compensar inflação, o que reduz o valor da empresa em pesos.

O Grupo Financiero Galicia SA, proprietário do Banco de Galicia SA e da maior instituição financeira do país, fez uma oferta de US$ 1,2 bi, insuficiente para passar para a fase seguinte, disseram duas das pessoas com conhecimento da situação.

Macro, BBVA, Galicia, Itau e Banco do Brasil preferiram não comentar; assim como JPMorgan, que assessora o Banco do Brasil.

Fonte: EXAME

BB disponibilizará wifi gratuito em mais de 1000 agências até setembro

Publicado em: 29/03/2017

O Banco do Brasil instalou redes Wi-Fi em mais de 300 agências pelo país durante o primeiro trimestre e estima expandir o serviço para mil unidades até setembro. A iniciativa tem o objetivo de divulgar o aplicativo da instituição e pretende familiarizar os clientes às operações disponíveis nos smartphones e tablets para intensificar o uso do canal.

O acesso à internet é feito com o apoio dos funcionários nas agências, que auxiliam os usuários a baixar o app, apresentam as funcionalidades e divulgam a segurança do canal. Segundo o banco, a tecnologia garante uma melhor experiência ao cliente, gerando maior conveniência e, na maioria dos casos, dispensa a necessidade de deslocamento até as agências bancárias. “A satisfação dos clientes que utilizam o modelo de atendimento digital é 21% superior daqueles que utilizam o atendimento físico. A solução para o cliente está disponível na palma da mão e pode ser feita em qualquer lugar,” ressalta o diretor de clientes pessoas físicas do BB, Simão kovalski.

Pelo aplicativo é possível fazer desde pagamento de boletos, transferências e depósito de cheques, até operações mais complexas, como: contratação de empréstimos, financiamento de veículos e de operações rurais. Apenas em 2016, foram feitas mais de 3 bilhões de transações pelos dispositivos móveis. “As transações realizadas nos canais mobile e Internet representam 65,9% do total do atendimento no BB e o aplicativo do banco já ultrapassou a marca de 11 milhões de usuários”, ressalta Gustavo Fosse, diretor de tecnologia do BB.

A pesquisa realizada pela Opinion Box e o Mobile Time apontou o app do Banco do Brasil como um dos cinco mais importantes no dia a dia do brasileiros, atrás apenas de redes sociais e do Google. Entre os aplicativos bancários, o BB é líder em downloads e possui a melhor avaliação dos usuários nas lojas Apple Store e Google Play.

Fonte: Notícias do Dia

Os alvarás judiciais, o Banco do Brasil e a dignidade da advocacia

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Poucas vezes se viu consenso tão grande, como ocorre agora, em relação à constatação da má prestação dos serviços bancários do Banco do Brasil no pagamento dos alvarás judiciais. A revolta é grande e ousamos dizer que tem alcance nacional!

Aqui na Bahia, — reforçada pela dedicação de inúmeros colegas que se mobilizaram, espontaneamente, em virtude das dificuldades que vivemos, cotidianamente — a OAB trava importante confronto no sentido de garantir serviço de excelência bancária para a advocacia.

Os últimos atos dessa batalha foram a liminar deferida pela 6ª Vara da Justiça Federal na Ação Civil Pública promovida pela OAB da Bahia (Processo 0019083-69.2016.4.01.3300), em 15 de março, e a audiência pública realizada em 17 de março, com a presença de advogadas e advogados, bem assim representantes do Tribunal de Justiça, do Banco do Brasil, do Procon e do Codecon.

O quadro atual, de acordo com a liminar deferida, nos garante (a) pagamento dos alvarás, em até 48 horas, (b) atendimento em toda rede nacional e (c) respeito, em Salvador, à lei que estipula limite máximo de 15 minutos de espera.

Ainda é pouco, em que pese seja um grande avanço diante da realidade infernal que vivemos todos os dias. Precisamos e exigimos: (1) pagamento imediato dos alvarás; (2) nos casos de inconsistência em alvará, respeito ao prazo de 48 horas, estipulado no contrato celebrado pelo banco com o Tribunal de Justiça, para solução do problema e efetivo pagamento; (3) implantação de alvará online; (4) efetivo atendimento em toda rede nacional, conforme obrigação contratual já contraída pela instituição financeira; e (5) criação de áreas de atendimento exclusivo para a advocacia.

Nossas pretensões são simples e fáceis de ser atendidas, pois estão amparadas em lei e por obrigação decorrente do contrato celebrado pelo banco com o Tribunal de Justiça e, no caso do alvará online, pela existência de tecnologia para sua implantação, conforme reconhece a própria instituição financeira.

O Banco do Brasil é bem remunerado para prestar o serviço e tem que cumprir suas obrigações sem subterfúgios. Importa destacar que aquele contrato entre o banco e o tribunal, malgrado sua forma aparentemente privada, é público e se destina a regular efeitos da prestação jurisdicional, envolvendo depósito, remuneração e entrega de dinheiro que não lhes pertence!

A má-gestão do dinheiro depositado, em suas diversas modalidades, entre as quais, o atraso na disponibilidade do crédito ao seu titular, configura ato ilícito contratual e, ainda, ato de improbidade administrativa e crime de desobediência!

Respostas evasivas e intenções não implementadas não são aceitáveis. O não cumprimento, pelo Banco do Brasil, dos pontos exigidos pela advocacia da Bahia implica responsabilidade contratual, administrativa e criminal, gerando, não apenas a punição dos agentes, mas, igualmente, a necessária rescisão do contrato e a celebração de novo pacto com outra instituição bancária, precedida de licitação.

Nunca é demasiado destacar, a exigência de prestação de serviço eficiente no pagamento dos alvarás é relevante porque representa a sobrevivência de parcela significativa da advocacia, e, ao mesmo tempo, é o respeito à dignidade da nossa profissão.

O advogado, sabemos todos, é indispensável à administração da Justiça (artigo 133, CF) e é direito nosso receber no exercício da profissão, tratamento compatível com a dignidade da advocacia e condições adequadas a seu desempenho (artigo 6º, parágrafo único, do EAOAB).

É muito estranho que tenhamos que buscar na Justiça o cumprimento de obrigação óbvia decorrente de lei e contrato contra o Banco do Brasil, justamente “o banco de todos os brasileiros”.

Exatamente porque vivemos tempos estranhos, estamos na trincheira da luta, lado a lado, ombro a ombro, com advogadas e advogados baianos. Juntos haveremos de vencer!

Por Luiz Viana Queiroz e Fabrício de Castro Oliveira

Fonte: portal Consultor Jurídico

BB é multado por não reabrir agências atingidas por ações criminosas em PE

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A não reabertura de agências atingidas por ações criminosas em Pernambuco levou o governo estadual, através da Secretaria de Justiça e Direitos Humanos e do Procon-PE, a multar o Banco do Brasil no valor de R$ 4 milhões. A instituição bancária tem o prazo legal de 10 dias para apresentar recurso da decisão, que foi fundamentada em infração gravíssima, devido a defeitos de prestação de serviço coletivo e à cobrança de taxas a consumidores por serviços bancários durante o período de não funcionamento das agências.

Uma investigação preliminar contra as instituições financeiras que tiveram agências e caixas eletrônicos explodidos foi instaurada pelo Procon-PE em agosto do ano passado. De acordo com o órgão, apenas o Banco do Brasil segue com as agências atingidas no interior do Estado fechadas enquanto os demais bancos apresentaram defesa manifestando que foram reestabelecidos os serviços nos locais afetados pelas investidas criminosas.

Ainda segundo o Procon-PE, o Banco do Brasil alegou que a devolução de valores cobrados a correntistas das agências que estavam fechadas não seria necessária, já que o consumidor teria alternativas para realizar operações bancárias. O órgão entende, porém, que a não realização do estorno dos valores cobrados retira o direito de escolha do consumidor.

A não efetivação dessa cobrança é um dos pontos que constam no Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) proposto pelo Procon-PE em audiência realizada em fevereiro deste ano com a presença de representantes dos bancos. O documento, que não foi assinado por nenhuma instituição financeira, previa ainda a efetivação das medidas de segurança voltada à total inutilização de cédulas e a submissão do plano de segurança adotado à Polícia Federal, além do restabelecimento do funcionamento efetivo.

Por meio de nota, a assessoria de imprensa do Banco do Brasil em Pernambuco informou que a instituição bancária não comentaria a aplicação da multa. No texto, o banco “reafirma o compromisso permanente de continuar prestando ao Procon-PE, em tempo ágil, os devidos esclarecimentos sobre a situação das agências que foram alvo de investidas criminosas, bem como as informações sobre os esforços diários que empreende visando disponibilizar alternativas de atendimento capazes de minimizar o impacto para as comunidades”.

Caixa Econômica Federal

O Procon-PE informou que enviou um ofício para a Polícia Federal para que realize uma fiscalização com o objetivo de verificar se a operação das agências estão seguindo a legislação de segurança. Sobre a Caixa Econômica Federal, o órgão informou que a defesa do banco afirmou que as duas agências que haviam sido alvo de explosões — uma em Ponte dos Carvalhos e outra em Gaibu, no Cabo de Santo Agostinho — já estariam com os serviços restabelecidos. Caso isso não corresponda à realidade, a Caixa será submetida a medida cautelar e a uma multa de R$ 100 mil, segundo o Procon-PE.

Fonte: G1

Segundo prefeito de Sorocaba condomínio foi entregue com autorização do BB

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O prefeito de Sorocaba, José Crespo (DEM), informou em uma coletiva de imprensa realizada na manhã desta terça-feira (28) que o Banco do Brasil autorizou a liberação dos apartamentos do Residencial Carandá.

Mais famílias são esperadas para se mudarem para o condomínio, localizado na Zona Norte De Sorocaba. No entanto, o Ministério das Cidades questionou na segunda-feira (27) a entrada dos moradores no imóvel e alegou que a ação foi feita “à revelia”.

Crespo apresentou um documento do Banco do Brasil, que é financiador da obra junto ao programa Minha Casa Minha Vida do Governo Federal, que confirma a entrega dos apartamentos, mas veta algumas torres, como: Figueiras, Jerivás, Macaúba, Araucária, Aroeira e Buriti.

Segundo o documento, o banco alegou que as torres deveriam permanecer fechadas para que reparos fossem feitos pela construtora. No entanto, Aroeira e Buriti foram liberadas depois que a prefeitura conseguiu uma liminar na Justiça no sábado (25) que autorizava a entrada dos moradores. Como ainda faltam 672 famílias para se mudar aos apartamentos, o prefeito de Sorocaba informou que vai recorrer ao Ministério Público e que vai a Brasília de forma emergencial para resolver o problema.

Em nota, o Banco do Brasil disse que, por ser agente financiador das unidades, não tem autonomia para autorizar a entrega dos apartamentos. Por meio de uma nota técnica, o BB diz que informou ao Ministério das Cidades que a entrega estava prevista para 1° de abril, mas o órgão teria que aprovar a data.

Quanto ao laudo técnico, explica que 1.456 apartamentos foram vistoriados e estariam aptos para serem ocupados, mediante autorização do Ministério das Cidades. As 1.008 moradias restantes estariam pendentes de regularização de documentos e medição final. Por fim, o banco afirma que notificou a construtora quanto os procedimentos técnicos para preservar a integridade do residencial e dos moradores.

“Irregularidades administrativas”

Em nota, o Ministério das Cidades informou que tomaria todas as medidas cabíveis para apurar eventuais irregularidades administrativas, civis e criminais na entrega parcial do residencial à revelia do Governo Federal.
Ainda segundo a nota, a decisão tem como objetivo garantir, principalmente, a segurança dos beneficiários e o respeito à legislação que regula o Programa Minha Casa Minha Vida.

O Ministério das Cidades ainda disse que a entrega dos imóveis pertencentes ao programa depende de autorização expressa do Governo Federal, após liberação do empreendimento pelo agente financeiro.

De acordo com nota técnica do Banco do Brasil, agente financeiro responsável pelo Residencial Jardim Carandá, encontram-se pendentes: a entrega de documentação que defina o responsável pela operação do sistema da água, e, a medição final, que só pode ser realizada após conclusão das obras.

O agente financeiro atesta, ainda, que estão aptas para entrega 1.456 unidades habitacionais restando 1.104 para serem vistoriadas até 30 de março, todas sem regularização de documentação. A previsão para finalização dos respectivos reparos e pendências é o dia 28 de março de 2017.

Diante das informações, o Ministério das Cidades reforça que a vistoria do Residencial Jardim Carandá encontra-se dentro do prazo e que o empreendimento não poderia ter sido entregue antes das datas mencionadas.

Localizado no bairro Caguaçú, o empreendimento vai abrigar 2.560 famílias beneficiadas pelos programas habitacionais Minha Casa Minha Vida, Casa Paulista e Nossa Casa; respectivamente, federal, estadual e municipal.
O Residencial Carandá tem 2.560 apartamentos de 47 m², divididos em sala, cozinha, banheiro e dois quartos, além de vaga de garagem. O empreendimento estava em construção desde julho de 2013 e tinha previsão inicial de entrega para o primeiro semestre do ano passado.

O residencial faz parte do programa de moradias populares e beneficia famílias de baixa renda, cadastradas na prefeitura. São 16 condomínios com 12 torres cada. Cerca de 9 mil pessoas vão morar no condomínio, mais gente do que na cidade de Tapiraí.

Construção polêmica

A obra do residencial foi marcada por uma série de polêmicas. O local fica a cerca de 15 quilômetros do centro e não tem infraestrutura. Por isso, a mudança está sendo feita com um ano de atraso.

Por conta da distância, a prefeitura teve que construir um posto de saúde que será inaugurado no mês que vem e terá que construir quatro escolas para atender os moradores. Não há previsão para o início das obras.
Enquanto isso a prefeitura vai disponibilizar transporte pra levar os alunos para as escolas. O residencial é tão grande que tem até sistema de tratamento de esgoto próprio.

Fonte: G1

Governo de Minas volta a acusar Banco do Brasil

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A Ordem dos Advogados do Brasil em Minas Gerais (OAB-MG) informou que recebeu 700 reclamações de alvarás que não foram pagos aos cidadãos por causa do impasse entre o governo do estado e o Banco do Brasil (BB) referente aos depósitos judiciais. As queixas chegaram à Ouvidoria do Alvará Judicial, que foi criada no último dia 13. De acordo com a assessoria de imprensa da OAB-MG, o órgão deve fazer uma reunião esta semana para tratar sobre o assunto.

O objetivo da ouvidoria é estabelecer um canal para o contato imediato da entidade com o advogado que não consegue receber o alvará da Justiça mineira nas agências do BB. De acordo com a OAB, a decisão foi tomada por causa de transtornos criados pela negativa de pagamentos de alvarás da Justiça estadual, resultantes da disputa entre o Executivo mineiro e o BB sobre a sistemática para contabilizar e administrar as contas judiciais sob responsabilidade do banco.

A partir de levantamentos de informações, a seccional mineira levará todos os casos ao conhecimento do ministro Celso de Mello, no Supremo Tribunal Federal (STF), para que ele tenha uma dimensão da repercussão e da importância do problema e decida, em função disso, com a máxima urgência.

O problema do não pagamento e do não cumprimento às decisões judiciais começou em dezembro de 2016, quando o BB informou ao Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) e ao governo de Minas que não havia recursos disponíveis para os pagamentos de valores depositados em contas judiciais até o ano de 2015.

O Banco do Brasil alegou, em nota, que o fundo de reserva não tem o saldo necessário desde o fim do ano passado e diz que os pagamentos de alvarás voltarão à normalidade assim que houver recomposição. O bando ainda informou que está disponível para prestar os escalrecimentos à Justiça.

A Advocacia-Geral do Estado de Minas Gerais informou, também por meio de nota, que, na última sexta-feira (24), dos R$ 36 milhões aportados pelo estado para o pagamento dos alvarás, restavam R$ 20 milhões. Isso significa que o valor não foi utilizado pelo banco para fazer os pagamentos. A AGE também disse que estuda uma solução para problema o mais rápido possível.

TJMG

O TJMG notificou, no último dia 23, o governador do estado, Fernando Pimentel (PT), para a recomposição dos fundos para o pagamento dos alvarás judiciais. Isso é uma das várias ações do TJMG para resolver a questão entre o estado de Minas Gerais e o BB.

Ainda para auxiliar na solução do caso, o TJMG enviou, no dia 24 de fevereiro, correspondências para o Banco Central do Brasil e a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), responsáveis pela fiscalização dos serviços bancários no Brasil, para que as duas instituições também atuem na resolução do impasse.

A medida foi tomada diante da imprecisão dos dados contábeis apresentados pela instituição financeira. Além disso, o Judiciário mineiro encaminhou a questão ao conhecimento do Ministério Público Estadual, para as providências cabíveis.

Todas as ações foram comunicadas aos magistrados de todo o estado, que deverão decidir o que entenderem pertinente, no âmbito de sua jurisdição, nos termos da legislação vigente.

Entenda o caso

O governo de Minas e o Banco do Brasil não entram em um acordo definitivo sobre estas questões desde 2015, quando o governo sancionou uma Lei sobre o uso dos depósitos judiciais – valores referentes a pagamentos feitos em juízo, como as multas determinadas por juízes ou desembargadores.

A lei determina que os recursos dos depósitos judiciais sejam usados para atender a demanda da previdência social, no pagamento de precatórios e assistência judiciária e na amortização da dívida de Minas Gerais com a União. Na regra, ainda está previsto que o governo poderia usar 75% dos depósitos no primeiro ano de vigência e 70% nos anos consecutivos.

Em dezembro de 2016, o banco notificou o estado sobre a insuficiência de saldo no fundo de reserva, solicitando sua recomposição em 48 horas. O objetivo era garantir o pagamento dos valores dos resgates de depósitos judiciais.
O governo recorreu no Supremo Tribunal Federal (STF) contra o Banco do Brasil. No dia 10 de janeiro(,) a presidente do Supremo, ministra Cármen Lúcia, negou o pedido do governo de Minas para impedir o bloqueio de R$ 1,5 bilhão das contas estaduais. No despacho, Cármen Lúcia justificou que o bloqueio dos recursos está previsto no contrato assinado entre o BB e o governo mineiro para guardar os depósitos judiciais. Depois disso, o executivo estadual entrou com a ação na Justiça de Minas.

Fernando Pimentel garantiu no dia 27 de janeiro deste ano que existe dinheiro suficiente no Banco do Brasil para pagar os depósitos e que “o banco está usando de um artifício para não fazê-lo”. “Nós vamos contornar essa questão”, afirmou.

De acordo com o Banco do Brasil, o “Governo de Minas Gerais vem procurando o Poder Judiciário local com o fim de obter decisões visando ao não cumprimento de suas obrigações legais e contratuais”. A instituição ainda reafirma que o governo deve recompor o fundo de reserva, “conforme valores constantes da notificação encaminhada ao Estado e ao Tribunal de Justiça de Minas Gerais em dezembro de 2016”.

Fonte: G1

Geraldo Dezena, vice-presidente de TI do BB se aposenta

Publicado em: 23/03/2017

Geraldo Dezena, vice-presidente de TI do Banco do Brasil, está se aposentando. O BB ainda não comunicou quem será o sucessor.

Segundo um e-mail obtido pelo site Convergência Digital, Dezena comunicou aos funcionários da área de tecnologia depois de uma carreira de 40 anos no banco.

Dezena destacou os projetos que passaram por sua gestão, entre eles a nuvem corporativa, a criação do Laboratório Avançado no Vale do Silício e o lançamento da Conta Digital.

O trabalho de Dezena foi destacado em diversas premiações, sendo uma das mais recentes a edição 2016 do CIO 100 Awards, prêmio organizada CIO Magazine dos Estados Unidos.

O Banco do Brasil foi a única empresa brasileira no entre os vencedores, sendo destacada modelo de atendimento BB Estilo Digital, que, de acordo com o BB, levou a instituição à liderança do segmento de alta renda no país.

Fonte: baguete

BB já contrata R$ 83,5 mi de crédito para antecipação de IR em 2017

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Mais de 23 mil clientes já anteciparam suas restituições de Imposto de Renda com o Banco do Brasil desde o dia 2, quando a linha de crédito foi reaberta. Foram desembolsados mais de R$ 83,5 milhões até o dia 15 de março, sendo que R$ 9,2 milhões foram contratados por clientes pelo App BB, para celulares e tablets, representando 80% de crescimento da participação do canal em relação ao ano anterior. Em todo o ano de 2016, a linha teve um desembolso total de cerca de R$ 500 milhões.

No ano passado, a contratação realizada pelo aplicativo do Banco já permitia – de modo pioneiro no mercado bancário – o envio de foto do recibo do IRPF, sem necessidade do cliente ir à agência. Para este ano, o BB amplia a facilidade também para o cliente que realizar a antecipação pela internet: ele poderá realizar o upload do recibo da Declaração do IR, imagem ou PDF, pelo próprio canal. A funcionalidade traz conveniência e ganho de tempo ao cliente, pois ele receberá o crédito da antecipação direto na conta, sem precisar sair de casa.

Condições do crédito
Com a linha é possível antecipar até 100% do valor do crédito a ser restituído, limitado a R$ 20 mil, com taxas de juros a partir de 2,11% a.m, até 4,18%. O pagamento é realizado somente na data do crédito da restituição ou no vencimento do contrato, que será no dia 15 de Janeiro de 2018, o que ocorrer primeiro. As contratações podem ocorrer via Aplicativo BB para celulares e tablets, via internet e também nos terminais de autoatendimento, na Central de Atendimento BB e nas agências do Banco em todo o país por correntistas com limite de crédito aprovado e que tenham indicado o Banco do Brasil para recebimento da restituição.

 

Fonte: assessoria de imprensa do BB

BB oferece novas linhas de crédito do FCO para MT desenvolver projetos

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O Banco do Brasil deu a missão ao Governo de Mato Grosso de escolher e apresentar projetos com potencial para novos investimentos no Estado, por meio do por meio do Fundo de Financiamento do Centro-Oeste (FCO). Segundo o vice-presidente de Agronegócio do Banco do Brasil, Tarcísio Rubner, a instituição financeira percorrerá Mato Grosso, em uma caravana, também em busca de projetos sociais que possam aderir ao programa.

O governador Pedro Taques e diretores do Banco do Brasil em Mato Grosso discutiram nesta sexta-feira, 17 de março, novos investimentos em projetos do Executivo, com recursos provenientes do FCO.

Durante a reunião, o vice-presidente de Agronegócio do Banco do Brasil, Tarcísio Rubner, destacou que a instituição financeira “tem muito dinheiro para investir, só precisa de projetos”.

Ainda de acordo com Rubner, as linhas de crédito foram facilitadas. No encontro ficou acertado a incumbência dos secretários de Estado de Desenvolvimento, Ricardo Tomczyk, de Gestão, Júlio Modesto, da Casa Civil, Paulo Taques, e de Fazenda, Gustavo de Oliveira, em escolher e apresentar os projetos com potencial para novos financiamentos.

O vice-presidente de Agronegócio do Banco do Brasil, Tarcísio Rubner, revela que a instituição financeira irá percorrer Mato Grosso em uma caravana em busca de projetos sociais que possam aderir ao FCO.

“Estamos trabalhando com menos burocracia e pessoal treinado para angariar projetos. Agora estamos partindo pra campo e temos tranquillidade em investir no Estado de Mato Grosso”, disse Rubner no encontro.

De acordo com informações do Governo de Mato Grosso, uma nova reunião entre o Executivo e o Banco do Brasil deve ocorrer nas próximas semanas. Na oportunidade será realizada a apresentação dos projetos e a conclusão da parceria com o Banco do Brasil.

Fonte: Agro Olhar

Venda de consórcios aumenta 46% no primeiro bimestre

Publicado em: 16/03/2017

Nos dois primeiros meses deste ano, a venda de cotas de consórcios cresceu 46% no BB. Enquanto em janeiro e fevereiro de 2016 foram comercializados R$ 967 milhões, no primeiro bimestre de 2017 o volume já chegou a R$ 1,4 bilhão. Neste período do ano passado, foram 25,7 mil cotas e em 2017 foram 36,9 mil nos dois primeiros meses, um crescimento de 43% em termos de número de cotas vendidas.

Todas as linhas de consórcio cresceram neste começo de 2017. Para veículos, que é o carro-chefe da BB Consórcios, o crescimento financeiro foi de 43%, saindo de R$ 758 milhões para R$ 1 bilhão neste período. Em imóveis – uma carteira mais nova na BB Consórcios – o crescimento foi de 18% na comparação de volume: em 2016 foram R$ 172 milhões e em 2017 esse volume já atingiu R$ 202 milhões.

As vendas de cotas de consórcio para caminhões também aumentaram bastante. Enquanto em 2016 foram negociados R$ 26,8 milhões, em 2017 foram R$ 65 milhões. Um incremento de 145% nessa modalidade. Já o consórcio para aquisição de motocicletas surpreendeu. Nos dois primeiros meses de 2016, R$ 7,5 milhões em cotas foram vendidas. Para o mesmo período de 2017, o resultado decolou 657%, chegando a R$ 49 milhões. Para se ter uma ideia comparativa, em janeiro e fevereiro deste ano o volume financeiro ultrapassou todo o ano de 2016, quando foram vendidos R$ 42 milhões em cotas de consórcios para motos. “Esses resultados demonstram a força de vendas da rede do BB e da frente digital de comercialização de consórcios pela internet. 2016 já foi um ano bom, e este início de 2017 já nos anima muito”, avalia Paulo Ivan Rabelo, diretor comercial da BB Consórcios.

Lucro da BB Consórcios cresceu 27,7% em 2016

O lucro da BB Consórcios cresceu 27,7% em 2016, conforme resultado do BB, ao divulgar balanço de R$ 267,3 milhões, com RSPL (Retorno sobre Patrimônio Líquido) de 136%. No fechamento do ano, foram contabilizadas 665 mil cotas, com volume de negócios comercializados de R$ 6,8 bilhões, atingindo uma carteira total de R$ 16,2 bilhões. A receita de tarifas com prestação de serviços foi de R$ 543,7 milhões, ou seja, 27,3% de incremento em relação a 2015. A operação de Consórcio representou 3% do resultado no período.

Para Alexandre Luís dos Santos, presidente da BB Consórcios, “o desempenho vem da diversidade de portfólio, bem como da expressiva atuação da rede de agências e da estratégia de abordagem em multicanais. O Consórcio é um produto complementar e se insere em um momento relevante para o BB e cada vez mais contribuirá para a visão de resultado a partir de receitas com prestação de serviços”. Ele também ressalta que o índice de eficiência operacional da BB Consórcio foi de 18,2% no período.

Injeção de recursos na economia
No ano passado, R$ 3,6 bilhões foram disponibilizados na economia a partir da liberação de cartas de crédito, sendo R$ 3,3 bilhões em veículos leves e pesados e motocicletas, R$ 298,8 milhões em imóveis, R$ 9,3 milhões em outros bens de consumo e serviços.

Única administradora de consórcios com portfólio completo
Segmentada em tíquetes mais elevados, como com automóveis e imóveis, a carteira potencializa resultado e fidelização de clientes, já que abre oportunidades de negócios em outras áreas do conglomerado, como com seguros e recursos administrados com a BB DTVM, por exemplo. A BB Consórcios é a única administradora relacionada a uma instituição financeira que oferece todos os segmentos: automóveis, imóveis, tratores, caminhões, máquinas e equipamentos, motocicletas, bicicletas, bens duráveis, serviços, aviões e até mesmo linhas sustentáveis para aquisição de bens e serviços de “economia verde”. Esta, uma atuação inédita no mercado, com placas fotovoltaicas, equipamentos de reuso de água, bicicletas elétricas e demais bens de uso não poluentes.

Impulsão de crescimento por canais alternativos e atuação junto a clientes Atacado
A origem de operações por internet, rede de empresas parceiras e terminais de autoatendimento apresentaram crescimento de 72% nas cotas comercializadas, somando mais de R$ 818 milhões. Já o início da venda do produto para clientes BB do segmento Atacado representaram 3,7% das vendas totais da BB Consórcios, representando mais R$ 250 milhões em volume de negócios, com destaque para locadoras de veículos e frotistas do país, empresas da construção civil, agronegócios e indústria.

BB Consórcios consolida atuação com responsabilidade social
Pelo quinto ano consecutivo, o resultado da BB Consórcios possibilitou apoio a projetos do FIA (Fundo da Infância e Adolescência). Em 2016, foram R$ 500 mil em doações via lei de incentivo para instituições como a Abrace, o Graacc e o Hospital Pequeno Príncipe, por exemplo. Ao todo, 11 entidades receberam mais de R$ 2 milhões de recursos em doações voltadas tanto ao combate ao câncer infantil, como ao apoio a ações sociais para crianças e adolescentes, como com a Estação da Luz, no Ceará, por exemplo, com projetos de cultura e esporte para inclusão social.

Fonte: Assessoria de Imprensa do BB

BB capta alta de 20% na demanda de micro e pequenas por crédito

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O presidente do Banco do Brasil, Paulo Caffarelli, disse que a economia brasileira já começa a dar sinais de recuperação. Segundo ele, a demanda de micro, pequenas e médias empresas por crédito no BB subiu 20% em comparação com o ritmo que vinha sendo observado até fevereiro.

“É o primeiro mês que temos essa recuperação”, afirmou Caffarelli, durante um evento do BB e do Sebrae no Centro Cultura Banco do Brasil (CCBB), em Brasília. “Crédito e confiança andam juntos e são dois conceitos fundamentais na retomada do crescimento econômico do nosso País.”

Caffarelli afirmou que parte desse crescimento pode ser atribuído a uma estratégia do próprio Banco do Brasil e ponderou que a amostra do banco é pequena. “Mas, de qualquer forma, a demanda aumentou”, disse.

Caffarelli disse que a estimativa do Banco do Brasil é que o PIB do País cresça 0,5% neste ano e 2,5% em 2018. “E há uma expectativa de que o PIB seja positivo no primeiro trimestre, depois de 8 trimestres”, afirmou. Segundo ele, o dinheiro sacado das contas inativas do FGTS terão contribuição fundamental para esse resultado.

O presidente do BB disse ainda que os CDS (Credit Default Swap, na sigla em inglês) com prazo de cinco anos, negociados pela instituição financeira no exterior, estão no mesmo patamar de quando o Brasil ainda tinha grau de investimento. “É um indicador positivo”, afirmou, ressaltando que as medidas adotadas pelo governo já estão sendo precificadas.

Caffarelli disse que a inflação está numa trajetória em direção à meta e deve acumular 3,5% nos 12 meses encerrados em julho. Ele citou também que a produção industrial teve resultado positivo de 1,4% em janeiro comparativamente ao mesmo mês do ano passado, um desempenho que não ocorria desde o fim de 2014.

“Teremos a maior safra de todos os tempos, com alta de 20%”, afirmou o presidente do BB. “Tivemos uma alta de 76% na Bolsa, um belíssimo indicador antecedente positivo.”

Fonte: Jornal do Comércio

Bradesco, BB e Caixa lideram ranking de reclamações no 1º bimestre

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O Bradesco, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal lideraram o ranking das instituições financeiras que mais receberam reclamações dos clientes no primeiro bimestre de 2017. O ranking foi publicado nesta quarta-feira, 15, pelo Banco Central e considera instituições financeiras com mais de quatro milhões de clientes.

No topo da lista está o Bradesco, com índice de reclamações de 17,28. Neste caso, são consideradas todas as instituições que fazem parte do conglomerado, como o próprio banco Bradesco, o Banco Boa Vista e o Bradesco BBI, entre outras.

Pela metodologia do BC, o índice é calculado com base no número de reclamações consideradas procedentes dividido pelo número total de clientes do banco e multiplicado por um fator fixo (1.000.000). No caso do Bradesco, foram 1.598 reclamações consideradas procedentes em janeiro e fevereiro sobre uma base total de 92.474.594 clientes.

Na segunda posição entre as instituições, aparece o BB com índice de 17,25 no segundo semestre (1.024 reclamações procedentes e 59.336.099 clientes). Em seguida, está a Caixa, com índice de 15,37, resultado de 1.286 reclamações procedentes numa base de 83.628.417 clientes.

Na sequência do ranking, ainda considerando bancos e financeiras com mais de 4 milhões de clientes, aparecem Santander (índice de 13,75), Itaú (11,54), Banrisul (9,79), Votorantim (5,09), Midway (1,07), Pernambucanas (0,22) e Banco do Nordeste (0,17).

O BC também divulga o ranking de instituições com menos de 4 milhões de clientes. Neste segmento, a liderança das reclamações no primeiro bimestre é do Safra, com índice de reclamações de 83,27. Depois aparecem Pan (72,92), Paraná Banco (49,50), Agiplan (32,55) e Citibank (32,18).

Reclamações

Entre os assuntos que mais motivam reclamações por parte dos clientes, o campeão é o item “irregularidades relativas à integridade, confiabilidade, segurança, sigilo ou legitimidade das operações e serviços”. Ao todo, de acordo com o BC, este assunto gerou 790 reclamações com indícios de descumprimento das regras em vigor e teve liderança da Caixa, com 277 reclamações procedentes.

Na sequência dos assuntos mais reclamados aparecem “oferta ou prestação de informação a respeito de produtos e serviços de forma inadequada” (756 reclamações) e, em seguida, “débito em conta de depósito não autorizado pelo cliente” (672 reclamações).

Fonte: Isto É Dinheiro