Para criar um futuro melhor para nossos filhos, persistirei até vencer

Publicado em: 19/10/2017

Esta semana estava fazendo o meu treino de corrida no Parque do Ibirapuera, em São Paulo, e uma palavra ficou por muito tempo rodando na minha cabeça: persistência. E durante o tempo me lembrei de uma frase – “Persistirei até vencer” – que eu havia lido há anos no livro “O maior vendedor do mundo”, de Og Mandino.

Essa frase ecoou na minha cabeça durante o treino, e ao refletir um pouco mais sobre ela, me veio uma sensação muito boa. Pude me dar conta de que tudo o que propus fazer na vida, só tornou-se realidade porque agi com muita persistência. A persistência levou-me realmente à vitória.

Observei durante o treino também que outras pessoas que estavam no Parque do Ibirapuera as vejo há muitos anos. Tem um senhor, cadeirante, que há pelo menos cinco anos se exercita por lá pelas manhãs. Com todas as dificuldades que sua condição física possa gerar, pude reconhecer nele essa persistência.

E em um mundo em evolução, com cobranças por resultados imediatos, fiquei me perguntando se não estaríamos deixando a persistência de lado, e utilizando outros subterfúgios para encontrar atalhos. Sou 100% a favor de repensarmos processos e rever procedimentos para ganhar eficiência, mas fazer isso de uma forma íntegra e correta.

Imediatamente me veio nessa hora a imagem da minha filha. Pensei na forma com que a venho educando. Refleti sobre como a incentivo a ser persistente, e fazer aquilo que é certo, ao invés de burlar as regras, que muitas vezes são o caminho mais fácil. E esse processo de educação é árduo, mas é fundamental que tenhamos persistência.

Se queremos ter um mundo melhor para nossos filhos, precisamos começar pela educação. Não só com informações e conhecimentos, mas também com qualidades, como a persistência, bondade, coragem e a honestidade, características que queremos ver mais no povo desta nação.

Hoje resgatei aquele livro, e uma frase me tocou: “Quando outros interrompem suas lutas, então a minha começará e minha colheita será plena.”

Então, para que tenhamos um Brasil melhor, a cada dia persistirei até vencer.

Tenha uma ótima semana, com muita persistência e fé.

Artigo de Marcelo Katayama, médico e terapeuta do Núcleo Ser Treinamento e Consultoria

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Em um mundo em colapso, criar cenários de catástrofe pode ser muito positivo

Publicado em: 25/08/2017

Vivemos momentos turbulentos, com a crise econômica, política e moral. E em mares revoltos como o que vivemos, é muito fácil desesperarmo-nos ou perdermos a esperança. Nesse momento nossa mente cria uma série de fantasias, ilusões e, às vezes, expectativas irreais. Tudo isso gera muito sofrimento. E o que fazer?

Há alguns anos tenho me deparado com pessoas que procuram ajuda em momentos de crise. Coisas como “Perdi o emprego, estou desesperado” ou “Terminei o meu casamento, o meu mundo acabou” são expressões comuns que tenho ouvido. E nesses casos sempre pergunto à pessoa: “Diante dessa realidade, qual seria o cenário de catástrofe? Qual seria o pior cenário imaginável?”.

Inicialmente as pessoas costumam ficar confusas diante do meu questionamento. Afinal, elas acreditam que já estão vivendo o pior cenário, mas ao refletir sobre o pior cenário possível, se dão conta de que nem tudo é tão ruim como parece. E ao se preparar para o pior cenário, elas encontram caminhos para resolver essa situação.

Recentemente, conversando com um amigo sobre esse assunto, descobri que a minha ideia já é utilizada há mais de 2,3 mil anos. Se chama estoicismo (movimento filosófico que surgiu na Grécia Antiga e que preza a fidelidade ao conhecimento, desprezando todos os tipos de sentimentos externos, como a paixão, a luxúria e demais emoções) e uma das bases dessa filosofia é estar preparado psicologicamente e fisicamente para esses cenários de catástrofe.

E os estoicistas levavam isso muito a sério. Postulavam, por exemplo, que deveríamos viver com o mínimo necessário por alguns dias do mês, pois a prática nos tornaria mais fortes e preparados para os tempos ruins. Além disso, geralmente ficamos com medo de mudanças por todas as incertezas e sensação de incapacidade que temos, geradas pela falta de experiência e insegurança. Essa prática reduz o medo porque desenvolvemos a habilidade de viver com pouco.

Isso não significa que devemos ficar o tempo todo pensando em catástrofes (embora naturalmente algumas pessoas o façam). Devemos estar preparados para os infortúnios da vida e ter um plano B para seguir adiante e aprender com o ocorrido.

Na prática, podemos sempre aprender. Como fazer algo, como não fazer…E criar cenários de catástrofe nos ajudam a prever, e até nos antecipar, de consequências ruins. Não se trata de ficar mirando naquilo que pode dar errado, mas sim analisar “o tamanho que pode ficar o monstro e matá-lo quando ainda é pequeno”.

Então, da próxima vez que se perceber em apuros, pergunte-se “Qual é o pior cenário possível?”. Em seguida, emende a questão “Neste cenário quais seriam possíveis alternativas?”. Lembre-se que nem sempre a solução ideal é possível ou factível, mas existe uma alternativa “menos pior” que na realidade é a melhor solução possível.

A partir daí trace um plano para essa solução e dê imediatamente o primeiro passo para concretizar essa solução. Não deixe para iniciar amanhã. Comece fazendo hoje e perceba que geralmente o primeiro passo é o mais difícil, mas os outros subsequentes tendem a ser mais fáceis.

Com o tempo você perceberá que essa habilidade de criar cenários de catástrofe e se antecipar a eles é extremamente benéfico. E nos traz calma e paz de espírito.

Artigo de Marcelo Katayama, médico e terapeuta do Núcleo Ser Treinamento e Consultoria

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