João Fukunaga deixa a presidência da Previ e vai para Elopar

Publicado em: 23/10/2025

O presidente da Previ, João Luiz Fukunaga, foi convidado a assumir a diretoria de Relações Governamentais e ASG da EloPar, holding criada em 2015 com objetivo de viabilizar o crescimento das empresas do grupo, atuando como uma plataforma de integração e suporte estratégico para suas subsidiárias.

Fukunaga assume o desafio de fortalecer o relacionamento institucional do Grupo Elopar com órgãos governamentais, reguladores e entidades do mercado, além de impulsionar a agenda de sustentabilidade e ASG nas empresas do grupo.

Nesta sexta-feira, 17 de outubro, Fukunaga apresentou sua carta de renúncia ao Conselho Deliberativo da Previ, que aprovou o pedido. Para liderar a Entidade, o Banco do Brasil, patrocinador da Previ, indicou Márcio Chiumento, atual diretor de Participações.

Durante sua gestão na Previ, João Fukunaga impulsionou a modernização da Entidade, fortaleceu a governança, valorizou a diversidade e aproximou ainda mais os associados. Seu maior legado, porém, está na gestão do Plano 1: a aceleração da estratégia de imunização do passivo. Entre 2023 e 2025, a alocação em Renda Variável caiu de 32% para 18%, com cerca de R$ 30 bilhões desinvestidos e realocados em Renda Fixa. Essa mudança reforçou a liquidez, garantiu aderência às obrigações do plano e superou uma meta de redução de alocação em Renda Variável prevista para 2030.

Sua atuação comprometida, inovadora e responsável, teve contribuições relevantes não apenas para a Entidade, mas também para o fortalecimento do sistema de previdência complementar fechada no Brasil. A Previ reconhece e agradece sua dedicação, e deseja pleno sucesso na nova etapa profissional.

Fonte: Previ

Conheça Márcio Chiumento, novo presidente da Previ

Publicado em:

O sindicalista João Fukunaga deixou o comando da Previ nesta sexta-feira (17). O fundo é o maior da América Latina, responsável pela gestão de mais de R$ 200 bilhões. Fukunaga passou por desgastes após prejuízos no principal plano, que encerrou o ano de 2024 com déficit de R$ 17,6 bilhões.

O Banco do Brasil indicou o funcionário de carreira Márcio Chiumento para assumir o lugar de Fukunaga, e o Conselho Deliberativo da Previ já iniciou os trâmites para a posse do novo presidente.

Chiumento é funcionário de carreira do Banco do Brasil desde 2000. É graduado em Direito, mestre em Gestão e Inovação e possui MBA em Negócios Financeiros pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

O novo presidente já ocupou diversos cargos na instituição, entre eles o de head de Clientes, Estratégia e Produtos do segmento Setor Público, Ouvidor-Geral do BB, gerente executivo na Diretoria de Atendimento e Canais, gerente de Administração na Superintendência de Varejo, além de ter atuado como administrador de agências e consultor de investimentos nos segmentos Private e Alta Renda.

Atualmente, integra o Conselho de Administração da Neoenergia e é vice-presidente do Conselho de Administração da Tupy.

Fonte: CNN Brasil

Lula quer troca no comando da Previ e tem Márcio Chiumento como favorito

Publicado em: 16/10/2025

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva se movimenta para destituir João Luiz Fukunaga da presidência da Previ, fundo de pensão do Banco do Brasil, e já tem um favorito para substituí-lo: o diretor de Participações da entidade, Márcio Chiumento. A troca tem sido aventada após uma série de polêmicas desde a nomeação de Fukunaga, um sindicalista ligado ao PT e cuja capacidade técnica é questionada pelo Tribunal de Contas da União (TCU). Procurada, a Previ não se manifestou até a publicação da reportagem.

Conforme revelou o Estadão, a Previ, que administra um patrimônio de mais de R$ 270 bilhões, flexibilizou os critérios para a seleção de conselheiros das empresas em que investe. Desde o ano passado, os editais deixaram de dar vantagem a pessoas com formação em áreas específicas, como economia, direito e administração. Também equiparou experiências no comando de sindicatos e associações a passagens por cargos de alta gestão em empresas.

O fundo diz que mudanças seguem tendência de mercado e visam aumentar participação de grupos “historicamente subrepresentados”. Também afirma que sindicalistas indicados atestaram capacidade técnica e já haviam ocupados cargos em conselhos de empresas e na Previ. Sobre a auditoria do TCU em relação à gestão da Previ, Fukunaga diz ser um “movimento orquestrado”.

Tais mudanças culminaram na nomeação de sindicalistas para algumas das maiores empresas do País, como Vale, Gerdau e Neonergia. Soma-se a isso uma auditoria em curso no tribunal de Contas da União que apura os motivos da perda de R$ 17,5 bilhões no Plano 1 da Previ, que contempla os participantes mais antigos, na sua maioria já aposentados, e que está em fase de desembolso para o pagamento de aposentadorias.

Associados da Previ receberam uma carta nos últimos dias em que a gestão da entidade rechaça a possibilidade de interrupção dos pagamentos ou de contribuições extraordinárias para amenizar os prejuízos. A entidade tem um histórico de nunca ter feito cobranças adicionais a seus mantenedores, o que a diferencia de outros fundos de pensão, como a Petros, e a Funcef, ligadas à Petrobrás e Caixa, respectivamente.

O documento ainda diz que a Previ foi alvo de “uma campanha de desinformação sem precedentes”, que teria sido iniciada após o ministro do TCU Walton Alencar citar uma perda de R$ 14 bilhões no fundo e expressar “gravíssimas preocupações” com a situação financeira da entidade.

Fonte: MSN

Previ encerra ciclo de ‘superacionista’ e aposta em diversificação

Publicado em: 25/09/2025

A Previ, maior fundo de pensão do país, está fechando um capítulo marcante de sua história no mercado acionário. Se no passado chegou a deter fatias expressivas em empresas, como 25% da Vale e 30% da Neoenergia, o momento agora é reduzir cada vez mais a concentração em ações e pulverizar participações.

“Não veremos mais uma Previ com grandes blocos de controle”, afirma Cláudio Gonçalves, diretor de investimentos, em entrevista ao InvestNews. O presidente João Fukunaga, no entanto, faz uma ressalva: a mudança não significa abrir mão de influência. Segundo ele, a Previ continuará atuando em conselhos de companhias consideradas estratégicas, com o objetivo de proteger os investimentos de seus quase 200 mil cotistas.

O reposicionamento do fundo dos funcionários do Banco do Brasil reflete a realidade do Plano 1 (PB1), criado para funcionários admitidos a partir de 1967, fechado para novas adesões desde 1997 e voltado a trabalhadores do BB admitidos até essa data.

É a “joia da coroa” da Previ: concentra cerca de R$ 230 bilhões em ativos e responde pela maior parte da folha de benefícios pagos pela entidade. Hoje, quase 98% dos 106 mil participantes do PB1 já estão aposentados ou pensionistas, o que torna o plano maduro e dependente de liquidez permanente para honrar os compromissos.

Por isso, a estratégia de investimentos é conservadora. Desde 2012, a Previ executa uma política chamada internamente de “imunização de passivo”, que busca casar ativos com obrigações futuras. A meta é reduzir gradualmente a exposição em renda variável para 24% até 2030, reforçando o peso de títulos públicos de longo prazo. Atualmente, cerca de 25% dos investimentos do Plano 1 estão em ações de empresas, em especial de Vale, Tupy e Vibra.

O ambiente atual de juros altos deu impulso à transição: só em 2025, a entidade realocou R$ 7 bilhões para NTN-Bs, títulos públicos atrelados ao IPCA, com taxa média próxima de IPCA +7,35% ao ano. Esse retorno está bem acima da meta obrigatória do fundo, que é de inflação +4,75% ao ano, garantindo maior ganho e previsibilidade no fluxo de pagamentos.

Girando a carteira

A guinada já é visível na carteira do fundo – no primeiro semestre, a Previ vendeu cerca de R$ 7 bilhões em ações de empresas.

Segundo levantamento feito pelo InvestNews, com base nos relatórios da Previ, de julho de 2024 a julho deste ano, o fundo zerou posição em empresas como Bradesco, Eletrobras, Ultrapar, BB Seguridade, B3, Raia Drogasil e Copel, somando cerca de R$ 5,5 bilhões. Só na BRF, o montante levantado com a venda das ações foi de R$ 1,9 bilhão, encerrando um investimento de quase 30 anos na dona da Sadia e da Perdigão.

“O trabalho é diário e não se pode prever market timing [dinâmica de preços do mercado] de renda variável. As decisões são tomadas conforme as informações chegam, considerando taxas de juros e dados econômicos. Há planejamento, mas ele é ajustado constantemente como um diário de bordo”, diz Gonçalves.

Mais recentemente, a Previ também vendeu toda a sua participação na Neoenergia por R$ 12 bilhões, bem acima da marcação que a empresa de energia tinha no portfólio, de cerca de R$ 10 bilhões, com valorização acumulada de aproximadamente 145%. O destino do montante, que ainda vai entrar no caixa da Previ, ainda será definido.

“O momento foi favorável para a venda. A Neoenergia era a última empresa com acordo de acionistas, que tinha restrições. A operação criou uma boa liquidez para o plano”, acrescenta o presidente da Previ.

Depois de encerrar 2024 no vermelho, com déficit acumulado de R$ 3,16 bilhões, o Plano 1 voltou a registrar superávit em 2025. Em agosto, o fundo apurou resultado positivo de R$ 4,2 bilhões, revertendo o desempenho do ano anterior e fechando o mês com superávit de R$ 1,48 bilhão. A rentabilidade no acumulado do ano chegou a 9,25%, reflexo da estratégia de imunização de passivo e do bom desempenho da renda variável, que subiu 14,1% até agosto.

Investidor ativo

Historicamente, a Previ foi protagonista em disputas societárias e no comando de empresas estratégicas. Chegou a ser chamada de “banco dentro do Banco do Brasil”, pela força que exercia em assembleias e conselhos. Mas essa fase ficou no passado.

Segundo Cláudio Gonçalves, a Previ não considera mais assentos em conselhos como critério para decidir aplicações. “Participamos de colegiados em conjunto com outros fundos, mas a decisão de investir não passa por isso. O que nos interessa é a tese: empresas sólidas, pagadoras de dividendos e com governança robusta”. O investimento recente do fundo na Vibra, de R$ 2,5 bilhões, é visto como um exemplo dessa nova fase.

João Fukunaga, presidente da Previ, ressalta que isso não significa abrir mão de influência. “Não abriremos mão da presença em conselhos quando ela for importante. O que muda é a lógica: não se trata mais de controlar, mas de acompanhar de perto”, defende. “A Previ sempre foi protagonista em todos os conselhos. Basta lembrar de algumas disputas lá atrás, com o Opportunity e com a CSN, isso faz parte da nossa história”, prossegue Fukunaga.

Esse histórico explica por que, por muito tempo, a Previ foi vista como o investidor mais temido — e respeitado — da bolsa brasileira. Em meados dos anos 2000, esteve no centro da disputa que levou à queda do Opportunity no comando da Brasil Telecom. O banco de Daniel Dantas controlava a operadora em nome dos fundos de pensão e do Citi, mas os conflitos de interesse e as denúncias de má governança acirraram os ânimos. A Previ, junto com Petros, Funcef e o banco americano, passou anos em litígios até conseguir afastar o Opportunity da gestão.

Ainda nos anos 2000, a Previ também travou embates com Benjamin Steinbruch na CSN. O empresário priorizava estratégias de expansão agressivas, enquanto os fundos de pensão — liderados pela Previ — cobravam maior disciplina financeira. A pressão surtiu efeito: Steinbruch conseguiu manter o controle, mas foi obrigado a ceder em pontos de governança e na composição do conselho, incorporando representantes dos fundos.

Mais recentemente, a Previ ajudou a consolidar na Vale a lógica de corporation — empresa sem controlador definido — e travou embates com a Cosan e outros acionistas sobre a sucessão no comando da mineradora no ano passado. No fim, entre indicações de nomes ligados ao governo e candidatos apoiados por investidores privados, prevaleceu o nome técnico de Gustavo Pimenta, então CFO. “A Previ, querendo ou não, foi a primeira a defender a ideia de corporation”, lembra Fukunaga.

Na BRF, o fundo tentou evitar a fusão da companhia com a Marfrig nas condições propostas pelo empresário Marcos Molina. No fim, decidiu vender sua participação com um prêmio sobre o valor de tela.

No campo da infraestrutura, a Previ vem dividindo com Funcef (funcionários da Caixa) e Petros (trabalhadores da Petrobras) a tarefa de preservar valor em meio à reestruturação da Invepar, dona de concessões como o aeroporto de Guarulhos, que hoje está em processo de renegociação de dívidas.

Para um gestor ouvido pelo InvestNews, a mudança de perfil da Previ é natural e segue uma tendência global. “Não acho que seja papel dos fundos de pensão estar envolvidos na gestão das empresas. Eles não têm tempo nem equipe para isso. O caminho natural é terceirizar mandatos e acompanhar os gestores, como fundos europeus, que terceirizam 100% ou boa parte da gestão.”

Na avaliação desse gestor, que prefere não se identificar, o protagonismo acionário tende a migrar para o fundo mais recente da Previ, chamado “Futuro”. “Nele, a lógica é de contribuição definida, com horizonte de longo prazo e mais espaço para exposição em renda variável”.

O Previ Futuro

Se o Plano 1 caminha para uma fase de liquidação mais tranquila, um outro fundo, o Previ Futuro, é hoje o motor de crescimento da entidade. Criado em 1997 para os funcionários admitidos a partir de então, funciona na modalidade de contribuição variável, em que o benefício depende do saldo acumulado ao longo da carreira.

Na prática, cada participante contribui com um percentual do salário, o Banco do Brasil aporta o mesmo valor e ambos formam uma poupança individual. Esse saldo é corrigido pela rentabilidade dos investimentos e, ao final da carreira, transformado em renda de aposentadoria. Diferente do PB1, não há promessa de benefício definido: quem contribui mais e acerta no perfil de risco acumula mais.

Hoje, o Previ Futuro administra cerca de R$ 40 bilhões, com 87 mil participantes, sendo 93,4% ainda ativos. Isso dá ao plano flexibilidade para assumir risco maior e investir em ativos de longo prazo, como ações, imóveis e infraestrutura. Atualmente, apenas R$ 5,3 bilhões estão em renda variável, basicamente em fundos de investimento. no ano, a rentabilidade do Plano Futuro é de 10,3%, acima da meta estabelecida de 6,23%.

Foi nesse plano que exerceu o direito de primeira oferta para comprar as participações da Fapes no BarraShopping, no Rio, e no MorumbiShopping, em São Paulo — ambos considerados de “primeira prateleira” – ou os nomes premium – do setor. No caso carioca, a fatia pode chegar a 7,54% do empreendimento, avaliada em até R$ 362,5 milhões; em São Paulo, a operação envolve até 4% da área de lojas e 4,55% do estacionamento, por R$ 200 milhões.

Além dessas aquisições, o plano mantém imóveis legados — como lajes corporativas e galpões logísticos — que devem ser vendidos gradualmente para dar liquidez e realocar recursos em ativos com maior potencial de retorno.

O recado da diretoria é direto: a Previ deixou para trás o papel de ‘superacionista’. No Plano 1, a missão é proteger o passivo com títulos públicos e usar a influência apenas quando necessário. Já o fôlego no mercado de capitais deve vir do plano homônimo, o Previ Futuro — mais jovem, com apetite a risco e espaço para diversificação.

“A Previ sempre terá protagonismo no mercado, mas de formas diferentes”, resumiu Fukunaga. “De um lado, somos porto seguro para aposentados; de outro, queremos ser uma alavanca de crescimento para os mais jovens.”

Fonte: Invest News

Previ volta a ter superávit no Plano 1 e presidente nega que houve rombo

Publicado em: 19/09/2025

A Previ registrou superávit de R$ 4,17 bilhões no Plano 1 em agosto, revertendo o déficit acumulado em 2024. Agora, o plano tem saldo positivo de R$ 1,48 bilhão em 2025 até o momento.

Segundo João Fukunaga, presidente da Previ, “nunca houve rombo de qualquer tipo” e “os resultados negativos em 2024 foram conjunturais”.

“Esse resultado mostra a força da Previ e a maturidade da nossa política de investimentos. Nunca houve rombo de qualquer tipo, os resultados negativos em 2024 foram conjunturais. Nossos investimentos são feitos sempre de forma técnica e criteriosa, por isso são tão resilientes. Atuamos com responsabilidade e visão de longo prazo, sempre com foco na missão de pagar benefícios com segurança e sustentabilidade”, afirma Fukunaga.

Segundo João Fukunaga, presidente da Previ, “nunca houve rombo de qualquer tipo” e “os resultados negativos em 2024 foram conjunturais”.

“Esse resultado mostra a força da Previ e a maturidade da nossa política de investimentos. Nunca houve rombo de qualquer tipo, os resultados negativos em 2024 foram conjunturais. Nossos investimentos são feitos sempre de forma técnica e criteriosa, por isso são tão resilientes. Atuamos com responsabilidade e visão de longo prazo, sempre com foco na missão de pagar benefícios com segurança e sustentabilidade”, afirma Fukunaga.

Fonte: CNN Brasil

Previ, fundo de pensão do BB, supera déficit e alcança R$ 1 bilhão em superávit

Publicado em: 11/09/2025

O fundo de pensão Previ, dos funcionários do Banco do Brasil, anunciou que pode reverter um déficit acumulado de R$ 3,16 bilhões em um superávit de até R$ 1 bilhão até agosto. O desempenho positivo é atribuído à alta de 6% da Bolsa, que representa cerca de um quarto da carteira do Plano 1, o maior da fundação.

Em agosto, a rentabilidade dos ativos do plano foi de 1,84%, resultando em um ganho de R$ 3,6 bilhões no mês. Esse resultado é significativo em comparação com o CDI, que foi de 1,16%. Cláudio Gonçalves, diretor de investimentos da Previ, destacou que a rentabilidade é impactada pela oscilação do mercado, refletindo a resiliência da carteira de ativos.

O presidente da Previ, João Fukunaga, ressaltou a importância da gestão técnica e colegiada da fundação. Os dados preliminares indicam um superávit de R$ 911 milhões em agosto e um acumulado de R$ 4,1 bilhões no ano, revertendo o déficit registrado até 2024. A expectativa é que o número final dependa do INPC, que será divulgado pelo IBGE.

Desempenho do Plano 1

O Plano 1 acumulou uma rentabilidade de 8,97% até agosto, superando a meta atuarial de 6,41% e quase empatando com o CDI de 9,03%. A renda variável teve um desempenho notável, com 13,4% de retorno, enquanto a renda fixa rendeu 7,3%. Os investimentos estruturados, que incluem fundos de participações, apresentaram um ganho de 20,8%.

Apesar do desempenho positivo, a Previ continua a reduzir sua exposição a ações, tendo vendido R$ 7 bilhões em papéis, incluindo ações da BRF. Os recursos foram reinvestidos em NTN-Bs, títulos do Tesouro com prazos além de 2035. Gonçalves afirmou que essa estratégia está em andamento e visa aproveitar as altas do mercado.

Fonte: Portal Tela

Previ: fundo de pensão do BB se desfez de R$ 7 bilhões em fatias de empresas

Publicado em:

O presidente da Previ, João Fukunaga, afirmou ao Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) que o fundo de pensão do Banco do Brasil se desfez de cerca de R$ 7 bilhões em renda variável, reduzindo total ou parcialmente suas posições em 12 empresas, entre elas a BRF (BRFS3), cuja saída, que vem acontecendo, já rendeu R$ 2 bilhões.

O motivo para o desinvestimento é a realização de lucro, com oportunidade de reinvestimento mais estratégico para a Previ. Com o movimento, a entidade vai adquirir mais NTN-Bs, visando à “imunização do passivo”, comentou Fukunaga.

“Estamos fazendo o desinvestimento por entender que há espaço, do ponto de vista do equity (ações), para sair e comprar NTN-Bs”, disse ele. “Isso casa com a nossa estratégia de imunização do passivo.” NTN-B é a Nota do Tesouro Nacional série B.

O movimento, de acordo com a Previ segue a política de investimentos, num processo que chamado internamente de imunização. Como esse plano de benefícios está com quase todos os associados recebendo pensão ou aposentados, a Previ está migrando cada vez mais para a renda fixa, para proporcionar mais estabilidade, segundo a companhia.

Parte das operações ainda está em curso. Por isso, explicou o executivo, os nomes das companhias não foram revelados. “Todas as movimentações estão dentro de nossa estratégia política de investimento, aprovada na diretoria e pelo Conselho Deliberativo”, completou.

Com patrimônio de R$ 267 bilhões, o fundo de pensão informou que após meses no negativo, o resultado do Plano 1 voltou ao azul e agora registra um superávit de cerca de R$ 1 bilhão em 2025. O ganho no ano é de R$ 4,1 bilhões. O plano teve rendimento de 1,84% em agosto, acumulando 8,97% no ano.

As cifras se baseiam em dados prévios, calculados antes da divulgação, nesta quarta-feira, 10, do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que indexa parte dos papéis mantidos pela entidade. O retorno supera a meta atuarial do plano, de 6,41% (INPC + 4,75%).

“O resultado confirma tudo aquilo que a gente vem dizendo desde a época do resultado anual em março, que são momentos de conjuntura”, afirmou. “E este ano tem sido de sobressalto, com fatores como o tarifaço dos Estados Unidos.”

A recuperação foi puxada pela renda variável, com alta de 13,4% até agosto, e pela renda fixa, que entregou 7,3%. Empréstimos retornaram 6,4%, enquanto imóveis renderam 3,2%. Fundos estruturados tiveram ganho de 20,8%, mas têm peso pequeno na carteira. Já os investimentos no exterior caíram 3,7%.

Em valores, o resultado total dos investimentos em 2025 até agosto foi de R$ 19 bilhões, sendo R$ 7,7 bilhões em renda variável, R$ 10,5 bilhões em renda fixa e R$ 0,8 bilhão em outros investimentos.

O desempenho dá fôlego à Previ, que fechou 2024 com déficit de R$ 17,6 bilhões, após encerrar 2023 com superávit de R$ 14,5 bilhões. O saldo final do período foi um déficit de R$ 3,16 bilhões – principal parâmetro para comparações. O resultado foi atribuído à volatilidade do mercado e às performances da renda fixa e da variável.

Apesar disso, após o déficit em 2024, o Tribunal de Contas da União (TCU) realizou um levantamento, depois transformado em auditoria, em relação à Previ. Conforme a Corte, o levantamento identificou indícios de falhas em procedimentos em investimentos e desinvestimentos, no processo de escolha e indicação de representantes para conselhos de empresas investidas e em processos de venda e locação de imóveis. Ainda não há decisão do Tribunal sobre a auditoria.

Fonte: Infomoney

Previ inaugura piloto de atendimento por vídeo na CliniCassi, em Brasília

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A Previ lançou, no dia 28 de agosto, um projeto para estar mais próxima de seus associados. Alinhada ao direcionador estratégico “Fortalecer o senso de pertencimento, proximidade e espírito associativo”, a Entidade inaugurou um posto de atendimento por vídeo dentro da CliniCassi, em Brasília. A iniciativa é um projeto-piloto, que busca ampliar os canais de relacionamento com os associados, garantindo um atendimento acolhedor, humano e eficiente, independentemente da distância.

Os associados agora podem contar com um espaço exclusivo na CliniCassi Brasília para serem atendidos de forma personalizada por um funcionário da Previ. O ambiente garante privacidade. A experiência de atendimento por vídeo é semelhante à de uma visita presencial: basta entrar na sala de atendimento, acessar o computador disponível e conversar com um atendente da Previ.

“Conseguimos juntar o calor do presencial com a facilidade do digital, em ambiente seguro para troca de informações dos nossos beneficiários”, diz a diretora de Planejamento da Previ, Paula Goto.

A CliniCassi Brasília foi escolhida como ponto de partida porque a unidade possui instalações modernas, está em uma região central da cidade e registra alta demanda de atendimento de associados, especialmente aposentados e pensionistas. Se os resultados forem positivos, a iniciativa poderá ser expandida, futuramente, para outras unidades. “Começamos pela Sede, em Brasília, que é algo simbólico, e pretendemos levar essa experiência para outras cidades como aprofundamento da sinergia entre as duas instituições e da transformação digital da Previ”, reforça a diretora.

No início das atividades, o local recebeu a visita da Diretoria da Cassi, dos representantes da Previ e da Anabb.

Fonte: Previ

Encontros defendem governança da Previ e prisão de que comete crimes contra o BB

Publicado em: 28/08/2025

O 35º Congresso Nacional dos Funcionários do Banco do Brasil, realizado em São Paulo no dia 22 de agosto, aprovou como uma das prioridades de seu plano de lutas a defesa intransigente da governança da Previ, responsável por manter a segurança e o equilíbrio do maior fundo de pensão da América Latina, mas constantemente atacada por agentes do mercado financeiro interessados na gestão dos mais de R$ 268 bilhões de investimentos do Plano 1 e do Previ Futuro – e mais recentemente também por setores da extrema-direita bolsonarista, que procuram atingir a Previ via destruição do Banco do Brasil.

Na 27ª Conferência Nacional dos Bancários, realizada no domingo 24, dois dias após o encontro do BB, os quase 800 delegados eleitos em todo o país aprovaram a realização de atos em Brasília e em São Paulo nesta quarta-feira 27, não apenas para defender o Banco do Brasil, mas também para pedir a cassação e a prisão dos deputados federais Eduardo Bolsonaro e Gustavo Gayer e do advogado Jeffrey Chiquini, por lançarem um ataque coordenado nas redes sociais contra o BB.

“O ataque não é apenas contra o BB, mas também contra o sistema financeiro e a economia brasileira, o que caracteriza um crime grave de traição à pátria”, denunciou a presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira.

O plano de lutas dos funcionários do BB aprovado no Congresso inclui também, dentre outros temas, o fortalecimento do papel público do Banco do Brasil, a busca pela sustentabilidade da Cassi, a realização de novo concurso no BB, o fim das terceirizações e melhoria das condições de trabalho, com o fim de metas abusivas e do assédio moral, responsáveis pelo aumento dos adoecimentos no trabalho.

Dentro do 35º Congresso foi instalada uma mesa específica para debater a governança da Previ, que teve a participação do presidente João Fukunaga e dos diretores eleitos Márcio de Souza (Administração), Paula Goto (Planejamento) e Wagner Nascimento (Seguridade). Na abertura, dirigentes e associados da Previ fizeram um ato simbólico levantando cartazes em defesa da entidade (foto).

Fukunaga alertou que os ataques recentes não têm como alvo apenas a Previ, mas o próprio Banco do Brasil e seu papel público. Para ele, há uma estratégia orquestrada pela extrema-direita, amplificada pela mídia, que tenta fragilizar a imagem do banco e abrir caminho para mudanças no modelo de gestão da Previ.

Ele lembrou que o modelo de governança da Previ é sólido, transparente e amplamente auditado, reconhecido recentemente em relatório do Tribunal de Contas da União (TCU). Para ele, as tentativas de impor “nomes do mercado” na gestão dos fundos de pensão representam um ataque direto à governança paritária construída historicamente pelos associados.

Fonte: Associados Previ

Previ: relatório técnico do TCU considerou déficit dentro da normalidade

Publicado em: 06/08/2025

Na palestra que fez aos participantes do Encontro Regional dos Funcionários do Banco do Brasil, o diretor eleito da Previ, Wagner Nascimento, mostrou o relatório técnico do Tribunal de Contas da União (TCU), que comprova estarem dentro da normalidade as aplicações feitas pelo Plano 1 da Previ, ao contrário do que disse o ministro do tribunal Walton Alencar Rodrigues, que entendeu haver indícios de falhas em procedimentos de investimentos e desinvestimentos.

“A mídia fez alarde, afirmando haver um ‘rombo’, quando, na realidade, o que havia era um déficit conjuntural, em 2024, de R$ 3,2 bilhões, em nada relevante. Em 2015 houve déficit de R$ 16, 1 bilhão e o TCU não falou nada, nem a imprensa. Os déficits e superávits podem acontecer, mas o plano está bem, está em equilíbrio”, afirmou.

Acrescentou que a mídia que vinha criticando a Previ deixou o caso de lado após ser conhecido o conteúdo do relatório técnico. O comportamento leva a crer que havia outro tipo de motivação. Avaliou que o TCU extrapolou das suas atribuições ao fiscalizar a Previ, já que a tarefa cabe à Previc (Superintendência Nacional de Previdência Complementa), que fiscaliza os planos de previdência fechados.

Wagner mostrou dados comprovando o equilíbrio atuarial e os diferentes tipos de aplicação. Adiantou que a diretoria do plano de previdência está migrando os investimentos de renda variável para o mais conservador de renda fixa, através da compra de papéis federais.

Fonte: Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários e Financiários do Rio de Janeiro

Previ: resultado do mês de junho reforça consistência da gestão

Publicado em:

Apesar das incertezas no cenário internacional, os planos da Previ apresentaram resultados positivos em junho, reforçando a solidez da gestão. O Plano 1 registrou rentabilidade de 0,69% no mês, superando a meta atuarial de 0,62%. O patrimônio atingiu R$ 230,6 bilhões.

O Previ Futuro também avançou, com retorno de 1,15%, acima do índice de referência de 0,61%. Todos os perfis de investimento superaram esse indicador, com destaque para os mais expostos a ativos de risco. O patrimônio do plano alcançou R$ 37,8 bilhões, com resultado de R$ 425 milhões nos investimentos do mês.

O período foi marcado por tensões geopolíticas, como os confrontos entre Irã e Israel, que aumentaram a volatilidade nos mercados, especialmente no setor de petróleo. Nos Estados Unidos, o Federal Reserve segue enfrentando o desafio de conter a inflação sem comprometer o crescimento econômico. No Brasil, o aumento da Selic em 0,25 ponto percentual e as discussões sobre o IOF trouxeram cautela no cenário doméstico.

Plano 1

Além de superar a meta atuarial, o Plano 1 obteve R$ 1,6 bilhão de resultado nos investimentos em junho, com destaque para a carteira de títulos federais marcados a mercado, que rendeu 1,65% no mês.

Em 2025, o plano já soma R$ 14 bilhões em retorno, com rentabilidade de 6,82%, acima da meta atuarial de 5,50%. Esse desempenho gerou um superávit de 1,4 bilhão no primeiro semestre, que contribuiu para a redução do déficit acumulado — que considera o exercício de 2024 — para os atuais – R$ 1,7 bilhão. O plano permanece tecnicamente equilibrado, sustentado por sua robustez e estratégia de longo prazo.

Entre as estratégias de investimentos adotadas, destaca-se o bom desempenho da carteira de títulos públicos federais marcados a mercado, com rentabilidade acumulada em 9,95%. Além disso, com foco na imunização e segurança do plano, foi realizado um desinvestimento de R$ 5,5 bilhões em renda variável no primeiro semestre, com realocação em papéis do Tesouro Nacional marcados na curva.

Previ Futuro

No acumulado de 2025, o portfólio do Previ Futuro apresentou ganhos de R$ 2,9 bilhões, com rentabilidade de 8,84%, superando com ampla margem o índice de referência do plano, que registrou 5,44% no mesmo período.

À exceção do Ciclo de Vida Pré-Aposentadoria, todos os perfis de investimento superam seus respectivos benchmarks no ano. Na modalidade risco-alvo, os perfis Agressivo e Arrojado se destacaram, com rentabilidades de 10,53% e 9,94%, respectivamente. Entre os perfis do tipo data-alvo, o Ciclo de Vida 2060 liderou, com ganhos de 10,51% no semestre.

O recém-lançado perfil Ciclo de Vida Pré-aposentadoria, voltado à preservação de patrimônio, teve rentabilidade de 1,33% desde sua criação, em maio, alinhado ao seu objetivo. Por ter sido implementado recentemente, ainda não completou período suficiente para comparação com seu índice de referência.

Solidez e transparência

Os resultados de junho confirmam a resiliência das estratégias de investimento da Previ, baseadas em diversificação, visão de longo prazo e rigor técnico. Mesmo em um semestre marcado por instabilidades externas e ajustes no cenário doméstico, os planos superaram suas metas e mantêm uma trajetória de equilíbrio e solidez.

A Previ reforça seu compromisso com a transparência e a excelência na gestão dos recursos dos participantes, mantendo a divulgação mensal dos resultados como instrumento de acompanhamento e confiança. O desempenho detalhado dos planos está disponível no Painel Previ, na seção Prestação de Contas do nosso site, e no app Previ.

Convidamos os participantes do Previ Futuro a acessarem a Carta do Gestor, enviada mensalmente por e-mail e também disponível no site, na seção Prestação de Contas. Elaborado para cada perfil de investimento o informativo tem como principal objetivo oferecer uma nova perspectiva: a visão da área de gestão dos investimentos.

A Carta reúne análises detalhadas sobre estratégias, rentabilidade, riscos e composição das carteiras. Trata-se de uma ferramenta essencial para compreender os investimentos dos perfis e apoiar decisões mais conscientes na escolha do perfil mais aderente à jornada previdenciária de cada participante.

Para manter-se bem-informado sobre a Previ, acompanhe nossos canais oficiais. Afinal, informações de fontes seguras são essenciais para cuidar do seu futuro com tranquilidade e clareza.

Fonte: Previ

Nova Tabela PIP é aprovada e amplia contribuições ao Previ Futuro

Publicado em: 23/07/2025

A Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc), órgão regulador vinculado ao governo federal, aprovou o novo regulamento do plano Previ Futuro, que traz uma mudança estruturante para os associados da Previ: a nova Tabela PIP (Pontuação Individual do Participante).

A aprovação é resultado de uma reivindicação histórica do movimento sindical bancário, que há anos cobra melhorias na fórmula de cálculo da PIP para ampliar o acesso à Contribuição Adicional com contrapartida do Banco do Brasil. Essa vitória representa mais um passo na luta por uma aposentadoria mais segura, justa e digna para os trabalhadores e trabalhadoras do BB.

Com a nova Tabela PIP, será possível contribuir com valores maiores desde o ingresso no plano, ampliando o saldo de conta dos associados e possibilitando uma reserva previdenciária mais robusta no longo prazo.

A mudança permitirá que cerca de 17 mil colegas da ativa passem a ter acesso à Contribuição Adicional (2B), com direito à contrapartida do banco — possibilidade antes limitada por barreiras na pontuação individual. Ao todo, 63 mil participantes do Previ Futuro serão beneficiados com a nova sistemática, aumentando significativamente sua capacidade de poupança previdenciária.

Para Fernanda Lopes, coordenadora da Comissão de Empresa das Funcionárias e dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), a nova tabela representa um avanço fundamental. “A nova Tabela PIP é extremamente importante para que os associados do Previ Futuro possam, de forma mais justa e acessível, ampliar suas contribuições e garantir uma aposentadoria mais tranquila. Lutamos muito por essa mudança, que representa mais equidade, mais segurança e mais dignidade para os trabalhadores e trabalhadoras do BB.”

Avanços com a nova Tabela PIP

Contribuição mais cedo: Antes da alteração, os participantes levavam, em média, nove anos para atingir pontuação suficiente e começar a contribuir com valores adicionais. Agora, será possível contribuir mais desde o início no plano.

Vantagem fiscal: O aumento da contribuição possibilita ao associado ampliar o valor dedutível no Imposto de Renda, gerando economia no presente e mais recursos acumulados no futuro.

A previsão é que a nova Tabela PIP entre em vigor já na folha de pagamento de agosto. Previ e Banco do Brasil trabalham conjuntamente para garantir a implementação rápida e eficaz da nova metodologia.

O que é a PIP?

A Pontuação Individual do Participante (PIP) é um indicador que integra o cálculo da Contribuição Adicional (2B), que conta com o aporte equivalente do Banco do Brasil. Essa pontuação é uma das variáveis que, somadas à rentabilidade e ao tempo de contribuição, determinam o saldo de conta dos associados do plano Previ Futuro.

Para o presidente da Previ, João Fukunaga, a mudança é resultado direto do engajamento coletivo dos trabalhadores. “Essa é uma conquista histórica, fruto da luta dos trabalhadores do BB, e que se tornou possível graças à sólida parceria entre a Previ e o Banco do Brasil.”

Com a nova Tabela PIP, a Previ reafirma seu compromisso com o fortalecimento da previdência complementar dos bancários e com a democratização do acesso à Contribuição Adicional — essencial para a construção de um futuro mais estável e digno para seus associados.

Fonte: Contraf-CUT

Previ mantém trajetória positiva no mês de abril

Publicado em: 18/06/2025

Mesmo diante de um cenário de forte volatilidade nos mercados globais, que impacta ativos e exige cautela no Brasil, os planos da Previ apresentaram resultados positivos e consistentes em abril. Isso reforça a solidez da gestão e a resiliência da carteira de investimentos.

O Plano 1 encerrou o mês com rentabilidade de 0,91% e um resultado positivo de R$ 180,6 milhões, alcançando um superávit de R$ 2,2 bilhões no acumulado de 2025. Esse desempenho contribuiu para a redução do déficit atuarial, que passou para R$ 968 milhões, reforçando a trajetória de equilíbrio técnico. O patrimônio total do plano é de R$ 230,6 bilhões.

O Previ Futuro também teve desempenho expressivo, com rentabilidade de 2,06% em abril. Os perfis de investimento apresentaram resultados sólidos, com destaque para o Ciclo de Vida 2060 (+2,63%) e o Agressivo (+2,62%). No ano, o plano acumula alta de 6,17%, com patrimônio de R$ 36,6 bilhões.

Plano 1

O Plano 1, com rentabilidade de 0,91% no mês e de 5,67% no acumulado de 2025, mais uma vez, superou a meta atuarial, cujo índice foi de 0,87% em abril e de 4,08% no ano. A carteira é majoritariamente composta por renda fixa (63,91%), que teve desempenho positivo no mês (1,02%), beneficiada pelo cenário de juros elevados.

O segmento de renda variável, com 26,88% de participação, subiu 0,67% em abril e acumula alta de 8,82% no ano. O desempenho reflete a característica da carteira, mais concentrada em relação ao Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, que avançou 12,29% no mesmo período.

Os investimentos estruturados e imobiliários, com de alta de 2,81% e 0,38%, respectivamente, também contribuíram positivamente, enquanto os investimentos no exterior, impactados pela volatilidade global, recuaram 0,56%. Já os empréstimos e financiamentos, que representam 2,81% da carteira, mantiveram rentabilidade estável, conforme esperado para um segmento que, por norma, deve remunerar, no mínimo, a taxa atuarial vigente.

Previ Futuro

Com rentabilidade de 2,06% em abril e 6,17% no acumulado de 2025, o Previ Futuro superou a meta atuarial (0,86% no mês e 4,04% no ano) e o CDI (0,98% no mês e 4,07% no ano) em ambos os períodos. A carteira do plano é composta principalmente por renda fixa (68,44%), que teve desempenho consistente no mês, com alta de 1,82%.

O segmento de renda variável, que representa 14,76% da carteira de ativos do plano, foi o principal destaque, com retorno de 3,89% em abril e de 11,54% no ano, praticamente acompanhando o Ibovespa. Os investimentos estruturados (+2,02%) e imobiliários (+2,73%) também tiveram bom desempenho, enquanto os empréstimos e financiamentos, que representam 10,56% da carteira, mantiveram a performance estável.

Com rentabilidade superior a 44% em 2024, os investimentos no exterior tiveram desempenho negativo de 0,44% em abril, refletindo o cenário de instabilidade dos mercados globais e o enfraquecimento do dólar. Em relação ao Real, a cotação da moeda americana caiu mais de 8% em 2025.

A rentabilidade dos perfis de investimento foi sólida, refletindo a proporção de alocação em renda variável de cada um e o impacto do bom desempenho da bolsa no período. Isso demonstra que os resultados estão alinhados com o nível de risco dos perfis, o que reforça a aderência à política de investimentos e o acerto da estratégia adotada.

Destaque para o perfil Agressivo, que rendeu 2,62% em abril e soma 7,56% desde janeiro, e para o Ciclo de Vida 2060, que registrou alta de 2,63% no mês e acumula 7,61% em 2025. Todos os perfis superaram o CDI e a meta atuarial em abril e no acumulado do ano.

Perspectivas

A Previ segue atenta aos desdobramentos do cenário internacional e à condução da política monetária no Brasil. A estratégia de diversificação dos investimentos, aliada à gestão ativa e responsável, continuará sendo fundamental para enfrentar os desafios do mercado e garantir a sustentabilidade dos planos no longo prazo.

A Entidade permanece comprometida com a busca por oportunidades que tragam segurança e rentabilidade para os participantes, sempre com foco na solidez dos planos e no cumprimento dos compromissos assumidos com os associados.

Transparência e informação ao seu alcance

A transparência é um dos valores fundamentais da Previ. Por isso, o desempenho mensal dos planos está sempre disponível no Painel Previ – na seção Prestação de Contas do nosso site – e no App Previ.

Para os participantes do Previ Futuro, a Carta do Gestor é publicada e enviada mensalmente por e-mail, com análises do cenário econômico, alocação dos perfis e comparativos que apoiam decisões mais conscientes sobre a escolha do perfil de investimento. Acesse o documento para embasar escolhas alinhadas à sua jornada previdenciária.

Para manter-se bem-informado sobre a Previ, acompanhe nossos canais oficiais. Em tempos de desinformação, confiar em fontes seguras é essencial para cuidar do seu futuro com tranquilidade e clareza.

Fonte: Previ

Previ lidera ranking Top 5 do Banco Central em maio

Publicado em:

No dia 10 de junho, o Banco Central divulgou o ranking Top 5 da pesquisa Focus, referente ao mês de maio. A Previ conquistou o primeiro lugar na categoria de curto prazo do indicador Selic, ao acertar com precisão a projeção da taxa de juros nas três reuniões realizadas neste ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom).

O Top 5 é um sistema de classificação do Banco Central que avalia o desempenho das instituições participantes do Boletim Focus. O ranking considera o grau de acerto das projeções econômicas em diferentes horizontes de tempo, entre mais de 100 instituições do mercado financeiro.

A projeção da taxa de juros é uma ferramenta essencial para antecipar movimentos que podem impactar os rumos da economia. Acertar o momento de inflexão na trajetória da Selic pode gerar ganhos relevantes para a carteira de ativos da Previ e reforçar sua estratégia de investimentos.

Fonte: Previ

Previ divulga a nova tabela PIP; 14 mil funcionários do BB são atingidos

Publicado em: 22/05/2025

A Previ dá um passo importante para fortalecer ainda mais o Previ Futuro com a nova tabela de Pontuação Individual do Participante (PIP). A mudança representa uma conquista significativa, que atende a uma demanda histórica dos associados e reflete o compromisso da Entidade com a democratização do acesso à Contribuição Adicional (2B).

Mais do que uma atualização técnica, a nova tabela PIP está diretamente alinhada ao propósito da Previ de “cuidar do futuro das pessoas”. Ela torna o processo de pontuação mais ágil, justo e aderente à atual realidade funcional dos participantes. Agora, será possível realizar contribuições adicionais — com contrapartida equivalente do Banco do Brasil — desde o início da jornada previdenciária, a partir da filiação ao Previ Futuro.

Confira, em primeira mão, a nova tabela:

A alteração da tabela PIP já havia sido aprovada pelo Conselho Deliberativo da Previ e pelos órgãos de governança do Banco do Brasil. Na segunda-feira, 19 de maio, a Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (Sest), vinculada ao Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, também emitiu parecer favorável à proposta.

Atendendo à legislação vigente, após 30 dias desta publicação, o processo de alteração do Regulamento será protocolado para apreciação da Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc). Com a aprovação do órgão regulador, a nova Tabela PIP entrará em vigor imediatamente.

Objetivos da revisão

A revisão da tabela, conquistada nas negociações com o banco, tem como objetivo ampliar a base de associados que conseguem atingir percentuais maiores na contribuição adicional 2B. Essa contribuição varia de 1% a 10% do salário de participação dos associados do Previ Futuro, sendo que o Banco do Brasil contribui com o mesmo percentual definido pelo participante.

A governança da Previ aprovou as propostas de alteração e atuou ativamente para que as outras instâncias também aprovassem as medidas que beneficiarão os associados.

Demanda antiga

A revisão era uma demanda antiga dos funcionários, pois desde a criação do plano Previ Futuro, em 1998, a metodologia da PIP nunca havia sido alterada, mesmo com as diversas reformulações nos planos de cargos e salários do BB, que só beneficiavam executivos com altos salários que conseguiam atingir o patamar máximo da contribuição 2B.

“Após várias negociações do movimento sindical, finalmente em setembro de 2022 o banco aceitou revisar a metodologia de cálculo”, relembra a atual coordenadora da CEBB, Fernanda Lopes;

Corrigindo distorções

Na forma como estava a tabela, somente os cargos mais altos conseguiam alcançar os 10% de contribuição. A expectativa dos trabalhadores é de que a nova metodologia corrija essa distorção, permitindo que um número muito maior de associados tenha acesso à elevação do percentual de contribuição, aumentando o saldo de conta e, consequentemente, o valor dos benefícios na aposentadoria.

Quando implementada, a nova tabela permitirá que mais associados alcancem percentuais maiores de contribuição, ampliando significativamente os valores acumulados para o período da aposentadoria. As mudanças na PIP devem beneficiar mais de 14 mil trabalhadoras e trabalhadores do BB, e outros milhares também serão impactados com as mudanças na tabela ao longo dos próximos anos.

Fonte: Previ com Sindicato dos Bancários

Previ lança o Pré-Aposentadoria, novo perfil do Previ Futuro indicado para quem está perto da saída

Publicado em: 08/05/2025

A Previ acaba de lançar o perfil Ciclo de Vida Pré-Aposentadoria, planejado especialmente para você, associado do Previ Futuro que se aproxima da hora de tomar uma decisão importante na sua vida, que é o momento de se aposentar e usufruir dos benefícios da poupança que você construiu ao longo da vida laboral.

“O novo perfil é uma opção vantajosa para associados e associados que já definiram uma data próxima para sua aposentadoria e desejam evitar as flutuações típicas de investimentos de maior risco de mercado”, explica Paula Goto, diretora eleita de Planejamento da Previ, associada do Previ Futuro.

“A lógica desse perfil é reduzir volatilidade, que significa ser mais estável, diminuindo os altos e baixos da rentabilidade ou da marcação a mercado, nos anos próximos da aposentadoria. Nessa hora, o ideal é estar num perfil mais estável, protegendo melhor o valor do benefício de aposentadoria”, acrescenta Wagner Nascimento, também participante do Previ Futuro.

Antiga reivindicação dos associados encaminhada pelos dirigentes eleitos, o perfil Ciclo de Vida Pré-Aposentadoria é mais uma opção além dois oito perfis já existentes no Previ Futuro: Conservador, Moderado, Arrojado, Agressivo e os Ciclos de Vida 2030, 2040, 2050 e 2060.

A nova opção segue a lógica dos perfis Ciclo de Vida, que têm a exposição a risco reduzida à medida em que a data de aposentadoria se aproxima. Ele é voltado para quem está prestes a se aposentar, não tem alocação em renda variável e sua carteira é composta por ativos de menor volatilidade, o que permite mais previsibilidade no valor das cotas.
Antes de decidir, informe-se

Mas atenção. Antes de tomar a decisão, é recomendável que o associado se informe sobre a novo perfil. Para isso, a Previ preparou um material com as principais dúvidas sobre o tema. O documento de Perguntas e Respostas (FAQ) reúne informações importantes que podem ajudar os associados a esclarecer questões antes de decidir pela migração.

Fonte: Associados Previ

Previ reestrutura Plano Futuro e cria novo perfil de investimento

Publicado em: 25/04/2025

Após reformular a estrutura de investimentos do Plano Futuro, a Previ, caixa previdenciária dos funcionários do Banco do Brasil, lançou nesta terça-feira um novo perfil de investidor, focado em participantes que estão perto da aposentadoria ou que não toleram volatilidade. O perfil, centrado especialmente em alocação mais conservadora, se soma a outros oito que têm diferentes composições de investimentos.

A novidade ocorre em meio a um momento desafiador para o setor, em que os fundos de previdência tentam se adaptar à alta volatilidade no mercado de capitais. O diretor-presidente da Associação Brasileira de Entidades Privadas de Previdência Privada (Abrapp), Devanir Silva, comenta que, mesmo assim, o horizonte setorial é de longo prazo: “Com as taxas de juros elevadas, o setor continua ancorado em renda fixa”, diz.

Sócio da área de investimentos do escritório Pinheiro Neto Advogados, Caio Ferreira Silva avalia que a regulamentação do setor tem evoluído para oferecer mais flexibilidade e instrumentos de diversificação na conjuntura atual. Ele observa que, apesar de as regras serem distintas para diferentes tipos de entidades, todas seguem diretrizes do Conselho Monetário Nacional (CMN), que tem ampliado o rol de ativos elegíveis.

Exemplo disso é a Resolução CMN 5.202, publicada em março deste ano, que ampliou o cardápio de investimentos para fundos de pensão e passou a incluir, por exemplo, debêntures incentivadas de infraestrutura e créditos de carbono. “A regulamentação atual é satisfatória, alinhada com práticas internacionais e com parâmetros prudentes exigidos para gestão de recursos previdenciários”, afirma.

O novo perfil de investidor da Previ é resultado de uma iniciativa mais ampla da fundação desenvolvida em 2024, o Projeto Cotas, que envolveu uma reformulação da estrutura de investimentos dos perfis do Plano Futuro, que tem cerca de R$ 35 bilhões sob gestão. Antes da mudança, o plano tinha dois blocos de investimentos — um de renda fixa e outro de renda variável — com as mesmas opções de ativos. O que mudava era apenas a exposição a essa cesta de opções, de acordo com cada um dos oito perfis existentes até então.

Com a implementação oficial do Projeto Cotas em fevereiro de 2025, os investimentos ganharam mais flexibilidade e foi criado um novo perfil, o nono, focado em pré-aposentadoria. No conjunto dos perfis, a partir deste ano, há disponíveis 20 opções de investimentos, distribuídas com maior ou menor exposição.

A reestruturação também reduziu o prazo de consulta dos montantes acumulados pelos participantes. Até então, o beneficiário tinha acesso ao saldo de 20 dias anteriores. Agora a informação é de três a cinco dias anteriores.

O gerente-executivo de mercado de capitais e alocação estratégica na Previ, Henrique Pereira de Araújo, explica que a reestruturação surgiu com a necessidade de adaptar o Plano Futuro, criado em 1998, à realidade dos participantes, que agora se aproximam dos 30 anos de contribuição.

“Com o amadurecimento do plano, cresceu a preocupação com a volatilidade e a forma como os participantes encaram seus saldos acumulados, especialmente em contextos de mercado mais instáveis. Também houve crescente demanda por maior personalização e transparência”, disse ao Valor.

Ele acrescenta que o novo perfil “Pré-Aposentadoria” — apelidado internamente de “perfil de aterrissagem” — mantém 25% de ativos comuns a todos, que é a composição atuarial, e concentra o restante em pós-fixados, com possibilidade de migração facilitada.

O período de carência para migração entre os perfis de investimento do Plano Futuro é de seis meses, mas em situações como o lançamento de novos perfis, a entidade flexibiliza a regra. “Com a introdução do perfil Pré-Aposentadoria, a carência foi temporariamente suspensa”, diz Araújo.

Com as mudanças, também foi lançada a iniciativa de cartas do gestor, que serão publicadas mensalmente para informar participantes sobre os movimentos de alocação de cada perfil. Além disso, a Previ implantou uma nova plataforma de mercado para a gestão de investimentos. Para o gerente do núcleo de alocação estratégica da Previ, Anderson Oldenburg, a ferramenta oferece uma visão mais integrada do ciclo de gestão. “Ela abrange desde a negociação até o acompanhamento de compliance, risco e liquidez, melhorando a eficiência, agilidade e redução de riscos operacionais, além de facilitar a geração de relatórios detalhados e transparentes.”

Fonte: Valor Econômico

Previ se posiciona sobre parecer do Tribunal de Contas da União

Publicado em: 11/04/2025

Nesta quarta-feira, 9/4, em sessão plenária realizada pelo Tribunal de Contas da União (TCU), a Previ tomou conhecimento do parecer técnico que recomendou a realização de uma auditoria na Entidade. O processo tinha sido colocado em sigilo e, assim como as outras partes, a Previ ainda não teve acesso ao relatório completo. Ainda assim, reiteramos total disposição para contribuir com qualquer esclarecimento adicional que se faça necessário.

O parecer técnico foi realizado com base no levantamento de informações que auditores do TCU realizaram sobre a Previ, de 17 a 21 de fevereiro. Durante a visita na sede da Entidade, os auditores foram recebidos pela Diretoria Executiva, conversaram com diversos funcionários da equipe técnica e receberam todos as informações solicitadas, somando mais de dois mil documentos da Entidade para análise preliminar.

Sobre os tópicos abordados durante a sessão plenária nesta quarta-feira, 9/4, a Previ esclarece que as decisões de investimento sempre são realizadas em conformidade com a Política de Investimentos, com base em análises técnicas rigorosas e aprovadas em diversas instâncias de governança dentro da Entidade, em um sistema que garante a separação de funções e a transparência no processo decisório. Isso impede interferências entre as áreas e permite decisões criteriosas e seguras, buscando sempre a melhor relação entre risco, retorno e liquidez, de acordo com o perfil de cada plano de benefícios.

O resultado acumulado do Plano 1 em dezembro de 2024 foi deficitário em R$ 3,16 bilhões em consequência das oscilações de mercado. Ainda assim, a solidez da Previ proporcionou segurança para os associados, já que não houve necessidade de vender nenhum ativo por valor depreciado. Ou seja: não houve prejuízo. O déficit já está sendo revertido no primeiro trimestre de 2025, devido à conjuntura, à qualidade dos investimentos e à gestão diligente dos ativos. A Previ segue firme, forte e confiável, com sua credibilidade construída em mais de 120 anos de história e uma rentabilidade sólida, baseada em uma visão de longo prazo, como deve ser em um plano de previdência.

Outro tópico abordado na sessão plenária foram viagens do presidente da Previ, João Fukunaga. Esclarecemos que o item “viagens” não foi objeto do levantamento de informações inicial realizado pelo TCU, portanto não temos conhecimento acerca do que motivou a decisão, mas a Previ se coloca disponível para o fornecimento de dados e esclarecimento de informações, sempre que elas forem solicitadas.

A Previ reafirma seu compromisso com a transparência, a ética e a gestão técnica, assim como com a sua missão de garantir o pagamento de benefícios e prover soluções que proporcionem proteção aos associados e seus familiares, de forma integral, segura e sustentável. Inclusive, todas as decisões de investimento são guiadas pelo propósito de cuidar do futuro das pessoas.

A Previ respeita e colabora com toda e qualquer instância de fiscalização e controle, seja interna ou externa. Desde o início, tem prestado todas as informações solicitadas pelo TCU com total transparência e dentro dos prazos estabelecidos. Seguimos confiantes no trabalho técnico que orienta nossa atuação e certos de que todos os esclarecimentos levarão ao reconhecimento da lisura da gestão da Previ.

Fonte: Previ

TCU vai investigar investimentos da Previ e viagens de Fukunaga

Publicado em:

O Tribunal de Contas da União (TCU) decidiu nesta quarta-feira (9) abrir uma auditoria para investigar supostas irregularidades identificadas na gestão da Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil (Previ).

A Corte de Contas vai investigar “atos de gestão no mínimo suspeitos”, segundo o relator do processo, ministro Walton Alencar Rodrigues.

Em seu voto, o ministro diz que a auditoria deve analisar “a legalidade e legitimidade” dos procedimentos da Previ em investimento e desinvestimentos relevantes.

O relator afirma ainda que a área técnica deve averiguar se a manutenção do investimento na Vale “tem também por objeto proporcionar ao sr. [João] Fukunaga [presidente da Previ] assento no conselho e a extraordinária remuneração de mais de R$ 2 milhões de reais por ano, condição milionária que poderia ser perdida com a redução da participação da Previ na Vale”.

Entre os atos a serem investigados, está a aquisição de ações da distribuidora de combustíveis Vibra (antes, BR Distribuidora) em momento de alta no valor dos papéis. De acordo com Rodrigues, a lógica econômica seria a compra quando as ações estivessem em baixa.

O relator também ressaltou a investigação das viagens do presidente da Previ, João Fukunaga, “em íntima confraternização com notórios negociantes do mercado”.

“Tal fato deve ser objeto de amplo escrutínio porque está a revelar a proximidade da alta direção da Previ com pessoas de fora da Previ bastante conhecidas pelos métodos não ortodoxos de atuação nos vários setores da administração pública”, disse.

Rodrigues votou para que os gastos das viagens sejam investigados pela auditoria. “Refiro-me a quem, nas viagens realizadas, efetivamente pagou as contas e despesas do presidente da Previ”, afirmou.

O g1 entrou em contato com a Previ para comentar as declarações do ministro Walton Alencar Rodrigues e a abertura de auditoria pelo TCU. O g1 vai incluir a manifestação assim que obtiver retorno.

A Previ afirmou nesta quarta-feira (9) que ainda não teve acesso ao relatório completo do parecer técnico que recomenda uma auditoria na entidade, apresentado em sessão do Tribunal de Contas da União (TCU). A instituição reiterou total disposição para colaborar com os esclarecimentos e destacou que os auditores do TCU foram recebidos pela diretoria em fevereiro e tiveram acesso a mais de dois mil documentos.

A entidade esclareceu que todas as decisões de investimento seguem a Política de Investimentos, com análises técnicas e governança que garantem transparência e impedem interferências indevidas. Segundo a Previ, o déficit de R$ 3,16 bilhões registrado em dezembro de 2024 foi reflexo do mercado, sem prejuízos aos associados, e já está sendo revertido em 2025. A instituição destacou sua solidez e rentabilidade sustentada por uma gestão de longo prazo.

Sobre as viagens do presidente João Fukunaga, a Previ disse que esse tema não estava entre os pontos inicialmente levantados pelo TCU, mas que está à disposição para prestar esclarecimentos. Por fim, reforçou seu compromisso com a transparência, ética e respeito às instâncias de fiscalização, confiando que os esclarecimentos confirmarão a lisura de sua gestão.

Fiscalização da Previ

O TCU monitora a Previ desde a nomeação de João Fukunaga para exercer o cargo de presidente do fundo de pensão. Ele é servidor do Banco do Brasil, historiador e sindicalista.

Os ministros do TCU analisaram a nomeação após representação do deputado federal Jorge Goetten (Republicanos-SC), posteriormente descartada.

Contudo, o plenário decidiu abrir um levantamento para analisar a governança da Previ e identificar “possíveis influências políticas”.

Nesta quarta-feira (9), o TCU decidiu converter o levantamento –que é um processo preliminar– em auditoria para fiscalizar a gestão do fundo.

A Previ é o maior fundo de pensão da América Latina, gerindo mais de R$ 270 bilhões de mais de 200 mil beneficiários.

Fonte: G1

Fundos de pensão têm déficit anual de R$ 9,8 bilhões

Publicado em:

Os fundos de previdência complementar fechada, mais conhecidos como fundos de pensão, tiveram déficit acumulado de R$ 9,8 bilhões em 2024, reflexo de um ano ruim para os investimentos dos portfólios das entidades, devido às oscilações do mercado, de acordo com dados da Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc) antecipados ao Valor. Por outro lado, as contribuições – a arrecadação dos planos – cresceram 5,28% na comparação com o ano anterior.

Em dezembro do ano passado, o regime de previdência complementar fechada contava com 1,2 mil planos, sendo 1.172 de benefícios previdenciários e 28 assistenciais. Esses planos eram administrados por 270 entidades fechadas de previdência complementar. A rentabilidade média anual dos regimes foi de 6,10%, sendo que os planos com benefício definido (modalidade que concentra a maior parte dos recursos do regime) foi de 5,69%. Já os planos com contribuição definida e contribuição variável alcançaram retornos de 7,01% e 6,32%, respectivamente.

Ricardo Pena, diretor-superintendente da Previc, destaca que, apesar do déficit atuarial registrado em 2024, não há nenhuma anomalia no setor. “O setor paga mensalmente os benefícios, corrigidos, sem nenhum problema. O déficit é momentâneo, não há nenhuma anomalia no setor.”

Ele lembra que o resultado é consolidado, considerando dados de todos os 1,2 mil planos, sendo que parte das entidades teve superávit, e parte, déficit. “O déficit é permitido, está na Lei Complementar 109. Então, não existe nenhuma ilegalidade em ter déficit. Ao contrário, é normal. Se você olhar a série histórica, tivemos déficit nos momentos de crise econômica. Então, o resultado tem relação com a atividade econômica, com os indicadores macroeconômicos”, afirma.

Como exemplo, ele cita que muitos fundos investem na bolsa de valores e replicam o índice Ibovespa. Como o índice caiu 10,35% em 2024, os investimentos dos fundos também foram afetados negativamente. O mesmo acontece com as aplicações em renda fixa, em especial em títulos de longo prazo do Tesouro Nacional, como as NTN-Bs, que sofreram com a marcação a mercado no ano passado.

“Nós entendemos que é absolutamente normal variações de mercado e os seus efeitos sobre o plano de previdência. Se tivesse alguma anormalidade, a Previc já estaria atuando”, disse Pena. Ele afirmou que não há problema de liquidez, ou seja, para pagar os benefícios das pessoas que contribuem aos fundos de pensão.

O diretor-presidente da Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar (Abrapp), Devanir Silva, avalia que o déficit agregado do sistema em 2024 foi “atípico” e “conjuntural” e que deve ser revertido ao longo deste ano. “É um déficit conjuntural e minha expectativa é recuperar isso rapidamente”, afirmou ao Valor.

Segundo ele, em 2024 os mercados sofreram com a questão geopolítica. “O sistema não tem problema estrutural”, disse, complementando que, para um patrimônio de R$ 1,3 trilhão do sistema, um déficit de quase R$ 10 bilhões não é expressivo conjunturalmente.

Silva acrescentou que os fundos de pensão, que investem com foco no longo prazo, já estão se reposicionando para títulos públicos. “Esse déficit não preocupa. O sistema é robusto”, ressaltou. Ele lembrou ainda que, nos últimos 20 anos, o setor registrou situações de déficit, citando 2021 e 2022 por conta do impacto da pandemia e, em 2015 e 2016, devido à crise econômica no governo da ex-presidente Dilma Rousseff.

O resultado negativo das entidades fechadas de previdência ganhou ainda mais evidência neste ano após a divulgação do déficit de R$ 17,66 bilhões no Plano 1 do fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil (Previ) em 2024, o que levou o Tribunal de Contas da União (TCU) a dar início a uma auditoria no fundo. Na semana passada, o tribunal também publicou instrução normativa com novos critérios para fiscalização nos fundos de pensão de empresas estatais.

Pena diz que há uma preocupação na superintendência para que não haja sobreposição entre o trabalho feito pela Previc com o do TCU. Há a possibilidade de que as duas instituições fechem um acordo de cooperação técnica para tirar eventuais sombreamentos nesse acompanhamento. “A preocupação do TCU é com o dinheiro público. Eles não vão fiscalizar as 270 entidades. Hoje, são 27 entidades que têm o dinheiro das estatais federais. Nossa atuação aqui [na Previc] é mais em garantir a higidez e a solvência dos planos”, disse Pena.

Fonte: Valor Econômico

Márcio de Souza é cotado para substituir Fukunaga na presidência da Previ

Publicado em: 04/04/2025

O governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) planeja trocar João Fukunaga da presidência da Previ, o fundo de pensão dos empregados do Banco do Brasil (BB) e maior entidade fechada de previdência complementar da América Latina, com patrimônio de R$ 274,3 bilhões.

Segundo técnicos que acompanham as discussões ouvidos pela EXAME, os resultados da gestão de Fukunaga “deixaram a desejar”, diante do resultado negativo no ano passado. O fundo de pensão dos empregados do BB registrou em 2024 um déficit de R$ 17,6 bilhões. Em 2023, a entidade registrou um superávit de R$ 14,5 bilhões. No resultado acumulado, o saldo final do ano passado foi um déficit de R$ 3,16 bilhões.

O mais cotado para ocupar o cargo, afirmaram os técnicos do governo, é Márcio de Souza, atual diretor de Administração. Souza é formado em Direito, ingressou no BB em 1981 e, desde 2004, trabalha na Previ.

No fundo de pensão, ele atuou na Gerência de Administração de Benefícios como gerente executivo. Liderou a área que desenvolveu e implantou o sistema de concessão de benefícios e rendas do Previ Futuro.

Ele também coordenou o grupo de trabalho que reformou o estatuto da entidade fechada de previdência complementar, que voltou a prever a eleição direta para diretor e criou os conselhos consultivos por plano.

O executivo também passou a ocupar, desde janeiro de 2025, a presidência do conselho deliberativo da Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar (Abrapp).

Previ na mira do TCU

O resultado negativo da Previ no ano passado chamou a atenção do Tribunal de Contas da União (TCU), que decidiu instaurar uma auditoria, em fevereiro de 2025, para avaliar os motivos do déficit atuarial registrado em 2024.

Segundo a Previ, em 2024 houve uma oscilação normal de mercado, que refletiu nos resultados do Plano 1 e do Previ Futuro. “Alguns dos principais ativos, como a Vale, tiveram seu valor bastante depreciado ao longo do ano, representando um grande volume desse resultado. Ativos de renda fixa que estão marcados a mercado também oscilaram no período”, informou o fundo de pensão, em publicação para os participantes no seu site.

Em vídeo divulgado no site na mesma data em que o TCU decidiu pela auditoria, Souza foi escalado pela diretoria do fundo pensão para explicar aos participantes que não há um rombo na Previ.

“Como eu disse, não existe prejuízo. O termo técnico em um fundo de pensão para um desequilíbrio entre ativos e passivos é déficit ou superávit. Essa é uma medida que mostra se um plano tem, em uma determinada data, recursos suficientes para honrar todos os seus compromissos futuros”, afirmou, em um dos trechos.

Fonte: Exame

Lula quer troca no comando da Previ e tem diretor de Participações como favorito

Publicado em: 30/03/2025

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva se movimenta para destituir João Luiz Fukunaga da presidência da Previ, fundo de pensão do Banco do Brasil, e já tem um favorito para substituí-lo: o diretor de Participações da entidade, Márcio Chiumento. A troca tem sido aventada após uma série de polêmicas desde a nomeação de Fukunaga, um sindicalista ligado ao PT e cuja capacidade técnica é questionada pelo Tribunal de Contas da União (TCU). Procurada, a Previ não se manifestou até a publicação da reportagem.

Conforme revelou o Estadão, a Previ, que administra um patrimônio de mais de R$ 270 bilhões, flexibilizou os critérios para a seleção de conselheiros das empresas em que investe.

Desde o ano passado, os editais deixaram de dar vantagem a pessoas com formação em áreas específicas, como economia, direito e administração. Também equiparou experiências no comando de sindicatos e associações a passagens por cargos de alta gestão em empresas.

O fundo diz que mudanças seguem tendência de mercado e visam aumentar participação de grupos “historicamente subrepresentados”.

Também afirma que sindicalistas indicados atestaram capacidade técnica e já haviam ocupados cargos em conselhos de empresas e na Previ.

Sobre a auditoria do TCU em relação à gestão da Previ, Fukunaga diz ser um “movimento orquestrado”.

Tais mudanças culminaram na nomeação de sindicalistas para algumas das maiores empresas do País, como Vale, Gerdau e Neonergia. Soma-se a isso uma auditoria em curso no tribunal de Contas da União que apura os motivos da perda de R$ 17,5 bilhões no Plano 1 da Previ, que contempla os participantes mais antigos, na sua maioria já aposentados, e que está em fase de desembolso para o pagamento de aposentadorias.

Associados da Previ receberam uma carta nos últimos dias em que a gestão da entidade rechaça a possibilidade de interrupção dos pagamentos ou de contribuições extraordinárias para amenizar os prejuízos. A entidade tem um histórico de nunca ter feito cobranças adicionais a seus mantenedores, o que a diferencia de outros fundos de pensão, como a Petros, e a Funcef, ligadas à Petrobrás e Caixa, respectivamente.

O documento ainda diz que a Previ foi alvo de “uma campanha de desinformação sem precedentes”, que teria sido iniciada após o ministro do TCU Walton Alencar citar uma perda de R$ 14 bilhões no fundo e expressar “gravíssimas preocupações” com a situação financeira da entidade.

Fonte: IstoÉ Dinheiro

Previ não teme auditoria aberta pelo TCU, diz presidente Fukunaga

Publicado em: 20/03/2025

O presidente da Previ, João Fukunaga, afirmou, nesta quinta-feira (13), que o fundo de previdência dos funcionários do Banco do Brasil não teme a auditoria aberta pelo Tribunal de Contas da União (TCU) em fevereiro. “Houve uma diligência por parte dos auditores [do TCU], eles estiveram na Previ, foram superbem recebidos, nós não temos medo ou problema nenhum com auditoria, acho que esse processo é importante”, disse ele, à imprensa, após a apresentação dos resultados de 2024, na sede da entidade, no Rio.

O desempenho do fundo de previdência dos funcionários do Banco do Brasil entrou no foco do TCU no começo de fevereiro, após o ministro Walton Alencar Rodrigues pedir uma auditoria de urgência no resultado financeiro da entidade, alegando que havia um “rombo” e “prejuízo” no Plano 1 até novembro de 2024.

As visitas iniciais para coleta de informações por auditores do TCU na sede da Previ começaram cerca de uma semana depois do pedido, entre os dias 17 e 21 de fevereiro. Segundo Fukunaga, os auditores conversaram com os técnicos da entidade

“Os auditores ficaram por uma semana in loco, conversaram com a diretoria. Fizemos as explicações para eles poderem conhecer a própria Previ, que é um benchmarking para o mercado”, afirmou o presidente da Previ.

De acordo com ele, os auditores tiveram acesso aos executivos e a uma série de documentações pedidas. “Nós entregamos as documentações da melhor forma e em uma ambiência muito tranquila. Também foram muito receptivos, explicaram as diligências deles, e isso foi importante para nós, para entendermos como iriam atuar”, disse Fukunaga.

Déficit de R$ 17,6 bilhões no Plano 1

A Previ encerrou os 12 meses de 2024 com déficit de R$ 17,6 bilhões no Plano 1. No resultado acumulado — que considera o desempenho dos anos anteriores — o saldo final de 2024 foi deficitário em R$ 3,16 bilhões.

Também presente na divulgação dos resultados, a diretora de planejamento da Previ, Paula Goto, reafirmou que não há qualquer rombo na Previ: “O que há é uma oscilação negativa no ano, decorrente do movimento normal do mercado”, disse.

“Zero problema”

Fukunaga completou que só a Vale — empresa na qual a Previ tem detém 13% de participação — perdeu 23% de valor de mercado ao longo do ano. “É uma questão conjuntural, e a gente sabe a dificuldade que um plano de previdência, por mais que se olhe no longo prazo, está submetido”, declarou.

O presidente reforçou que o fundo está longe de qualquer equacionamento e de qualquer problema real: “O que nós temos de garantia é: não tem nada de errado, zero problema. Temos caixa e continuaremos pagando benefícios até 2100”.

Fonte: Valor Econômico

Fundo de pensão de funcionários do BB fecha 2024 com déficit de R$ 3,16 bilhões

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O Plano 1, fundo de pensão de funcionários do Banco do Brasil (BBAS3), fechou o ano de 2024 com um déficit de R$ 3,16 bilhões. É o maior retorno negativo da carteira desde 2017 e o primeiro déficit desde 2021. Em 2023, o fundo tinha obtido superávit de R$ 14,5 bilhões.

“A oscilação de mercado e o consequente impacto nos investimentos fizeram com que a Previ consumisse o superávit de 2023”, justificou a entidade em comunicado à imprensa.

“Mas o Plano 1 segue sólido e cumprindo sua principal missão: garantir o pagamento de benefícios aos seus mais de R$ 106 mil associados, dos quais 97% são aposentados ou pensionistas”, continua o texto.

O Plano 1 é o maior fundo administrado pela Previ e tem R$ 240 bilhões em patrimônio. Em janeiro deste ano, a carteira obteve um novo superávit de R$ 1,3 bilhão.

A Previ explica que a principal contribuição para o baixo desempenho do Plano 1 veio do segmento de renda variável, carteira que apresentou rentabilidade negativa de 12%, com uma perda de R$ 7,9 bilhões, em 2024.

“Esse tipo de oscilação é comum e conjuntural no mercado financeiro brasileiro, mas a estratégia da Previ foca no longo prazo”, diz o comunicado.

Alta concentração de Vale

A Previ é um acionista relevante da Vale (VALE3), sendo dona de uma fatia de mais de 10% da empresa. No ano passado, porém, as ações da companhia despencaram 23%, tendo o seu menor retorno anual desde 2015. Em 2024, a mineradora respondeu por 42% do portfólio de renda variável do Plano 1.

Em entrevista recente ao InfoMoney, o diretor de investimentos da Previ, Cláudio Gonçalves, explicou que a concentração em Vale tem sido reduzida ao longo dos últimos anos, mas a estratégia de saída precisa conversar com o preço. A Previ entende que a ação está subvalorizada.

“Não dá para vender Vale no preço que está hoje, levando em conta o que ela paga de dividendos. É uma empresa extremamente saudável financeiramente e entendemos que em algum momento o ativo vai se valorizar, pois é uma companhia muito bem gerida”, afirmou Gonçalves.

Desde 2012, a Previ tem reduzido a exposição da carteira à renda variável e aumentado na renda fixa. A entidade informou que adquiriu mais de R$ 12 bilhões de títulos NTN-B com taxas de juros superiores à meta atuarial no ano passado. Por outro lado, a Previ vendeu participações em 57 empresas, no mesmo período.

Do total do patrimônio do Plano 1 em 2024, 64% estava aplicado em renda fixa e 26% em renda variável.

No comunicado à imprensa, Cláudio Gonçalves escreveu que “os planos da Previ se encontram em equilíbrio, mesmo diante de um resultado abaixo do esperado pela meta atuarial”. A política de caixa mínimo da entidade mantém recursos líquidos necessários para garantir o pagamento de benefícios sem a necessidade de venda de ativos.

Os benefícios pagos pela Previ em 2024 somaram R$ 16,5 bilhões em 2024.

Vale lembrar que fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil está no meio de um escrutínio. Auditores do Tribunal de Contas da União (TCU) estiveram no mês passado na Previ para entender as decisões que fizeram o Plano 1 ter um déficit bilionário em 2024.

Fonte: Infomoney

Previ muda seleção de conselheiros e levanta críticas de favorecimento político

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Para a próxima temporada de assembleias de companhias abertas, em abril, a Previ, o fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil, conduz um processo seletivo interno de candidatos a conselheiros que devem ser indicados para as eleições das empresas participadas. Desde o ano passado, os critérios de seleção desses candidatos vêm mudando. As alterações acenderam um alerta no mercado de que possíveis flexibilizações na qualificação dos postulantes aos colegiados possam favorecer indicações políticas, o que a Previ nega.

“De todos os candidatos que foram selecionados e indicados aos conselhos pela Previ, não tivemos nenhuma indicação política nem do governo”, disse em entrevista ao Valor o diretor de participações da entidade, Márcio Chiumento. O processo seletivo de 2025 ainda não terminou, por isso os dados sobre número de inscritos e nomes dos candidatos selecionados não são públicos.
A Previ, que é o maior fundo de pensão do Brasil, com R$ 274 bilhões sob gestão, tem 33 empresas participadas — entre elas, gigantes como Vale, Gerdau e Vibra Energia. Na safra de assembleias deste ano, a entidade vai fazer 63 indicações, entre titulares e suplentes, a maior parte para concorrer a cadeiras em conselhos fiscais, mas também para colegiados de administração. Atualmente, a Previ tem 82 conselheiros indicados.

Como funciona o processo de seleção

Os critérios para o processo público de seleção do fundo começam na área técnica e passam por diferentes instâncias, entre elas, a diretoria-executiva e um comitê de assessoramento, até chegar ao conselho deliberativo da fundação, que faz a aprovação final. Esses parâmetros são publicados anualmente em um edital de seleção, aberto para qualquer pessoa que queira concorrer.

O edital tem algumas etapas: a primeira é a análise curricular, que é classificatória. Daí em diante, a área técnica da Previ inicia outras etapas, que incluem análise qualitativa dos perfis, “matching” entre candidato e vaga e submissão da proposta de indicações aos colegiados competentes. Após a indicação da Previ, os candidatos passam pelo crivo dos comitês e colegiados das empresas participadas, conforme critérios de seus estatutos.

O que dizem os especialistas e a Previ

O ex-presidente do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC) Henrique Luz observa que o processo de seleção de conselheiros no Brasil tem evoluído para um modelo mais profissionalizado, deixando de lado a escolha baseada em proximidade com acionistas controladores. “Hoje em dia, mais ou menos 25% dos assentos dos conselhos do Brasil são preenchidos por headhunters, número que há 10 anos era de 2% ou 3%”, afirma.

Segundo o especialista, a tendência é formar conselhos com base em competências específicas, como auditoria, riscos e compliance. No entanto, diz ele, os desafios persistem, como o impacto do voto múltiplo, “que pode levar à inclusão de candidatos desalinhados com os critérios técnicos previamente definidos”. O voto múltiplo em assembleias favorece indicações de acionistas minoritários, uma vez que desfaz a indicação por chapa feita pela empresa e permite que os acionistas concentrem votos em determinados candidatos.

Luz acrescenta que a diversidade nos conselhos também tem sido ampliada, especialmente com a inclusão de mulheres, mas deve ser equilibrada para garantir uma verdadeira pluralidade.

De acordo com o diretor de participações da Previ, o processo de seleção de candidatos do fundo existe há mais de 20 anos e chegou a contar com assessoria de uma empresa especializada. Ele acrescenta que os editais são atualizados regularmente para acompanhar tendências do mercado.

Desde 2023, os editais passaram a contemplar grupos sub-representados, considerando critérios como gênero, raça, pessoas com deficiência (PCD) e da comunidade LGBTQIA+. Na última seleção, 56% dos indicados da Previ faziam parte desse universo.

“Todo ano você tem uma mudança, algumas pontuais, outras mais estruturantes, com base no que a gente vê acontecendo no mercado e na nossa própria experiência. Queremos deixar a nossa base de candidatos da forma mais diversa possível, e a diversidade não se restringe apenas à questão de gênero ou de raça, é uma diversidade de conhecimento”, disse Chiumento.

Mudanças mal recebidas

Algumas mudanças, contudo, não foram bem recebidas. No edital de 2024, por exemplo, foi eliminado o critério de maior pontuação para formação acadêmica em áreas preferenciais, como direito, administração, economia e engenharia. Além disso, naquele ano, o edital atribuía 30 pontos na parte de experiência profissional para “membros da diretoria executiva da Previ com mandato vigente e caráter efetivo”, a maior pontuação da tabela.

A principal mudança veio no edital de 2025, quando a Previ aboliu o sistema de pontuação e adotou um sistema de requisitos mínimos em três grupos: formação acadêmica, educação continuada e experiência profissional.

Com isso, passaram a ser obrigatórios apenas um curso de graduação completo em qualquer área, uma comprovação profissional em áreas específicas e uma certificação em áreas como governança corporativa emitidas por determinadas instituições. Neste caso, as capacitações antes pontuavam no processo, mas não eram obrigatórias.

Outra atualização no edital de 2025 foi a inclusão de docência na comprovação profissional, para candidatos com ao menos cinco anos de atuação em uma instituição de ensino superior reconhecida pelo Ministério de Educação (MEC). Não há área preferencial e o profissional não precisa acumular outras experiências.

Ex-diretor critica alterações, Previ rebate

Crítico do novo formato, o ex-diretor da Previ Nélio Lima avalia que o processo seletivo ficou sem objetividade e sem transparência: “Antes, você tinha uma pontuação que era maior ou menor em função das atividades profissionais exercidas ao longo tempo e conforme a própria formação. Quanto mais experiência e formação acadêmica, mais pontos. Hoje a coisa ficou muito subjetiva, sem nenhum critério transparente e objetivo”, afirma.

A Previ argumenta que a retirada da pontuação deixou o processo “mais eficiente” para as comprovações dos candidatos e para a área que conduz a seleção. A entidade também afirma que a pontuação “nunca foi critério final” para a escolha do candidato a ser indicado, mas um “critério para o candidato estar ou não apto”, já que há outras etapas no processo.

Na avaliação de um interlocutor que prefere não se identificar, o novo modelo de seleção afrouxa os critérios e favorece a entrada de diretores da Previ nos conselhos das empresas participadas. “Todo o processo de indicação de conselheiros na Previ de longa data foi mudado. A política atual dispensa os diretores da ativa de fazer o processo e prioriza os diretores aos conselhos das maiores companhias”, afirma.

Atualmente, os seis diretores da Previ ocupam ao menos 12 assentos em companhias nas quais o fundo tem participação, distribuídos entre Vale, Gerdau, Iguatemi, Lojas Renner, Neoenergia, Vibra, Tupy, Grupo Litel e Aeroporto de Guarulhos. As indicações referentes ao conselho de administração da Vale — como a do presidente da Previ, João Fukunaga — não constam na lista pública do fundo, porque, de acordo com a entidade, não são feitas diretamente pela Previ e seguem uma regra de governança da companhia.

O fundo afirma que os diretores já passam por uma “avaliação rígida” para tomar posse em seus cargos na entidade. “Historicamente, se provou necessário e importante ter integrantes do corpo diretivo da Previ nos conselhos de empresas estratégicas, em função da representatividade direta e do alinhamento destes profissionais com a agenda e práticas preconizadas pela Previ. Ao participar dos conselhos das empresas, os diretores cumprem o dever fiduciário da entidade”, diz em nota.

O caso Fukunaga e de outros conselheiros

Em 2024, as indicações de quatro nomes com histórico em comum de atuação sindicalista — Wagner Nascimento, Márcio de Souza, Marcel Barros e Ernesto Izumi — para assentos em conselhos de empresas participadas da Previ também reacenderam críticas de “favorecimento” a um perfil específico, semelhante ao do presidente da entidade, João Fukunaga.

A nomeação de Fukunaga passou por questionamentos em 2023 e chegou a ser impedida duas vezes na Justiça. O afastamento temporário dele se deu porque se considerou que Fukunaga não preenchia os requisitos para o cargo: ele é historiador de formação e foi presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo e auditor sindical da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf). Em ambas as situações, porém, houve o entendimento de que Fukunaga acumulava as experiências exigidas para ocupar a posição.

Questionada, a Previ diz que três dos conselheiros citados foram indicados para empresas participadas antes do processo de 2024: Wagner Nascimento, em 2021; Márcio de Souza, em 2019; e Marcel Barros, em 2012. “Portanto, seria impossível para qualquer um deles se beneficiar de uma hipotética alteração de regra realizada em 2024”.

O fundo afirmou ainda que os quatro conselheiros “participam ou já participaram ativamente da governança da Previ”: Wagner Nascimento é diretor de seguridade da Previ desde 2020; Márcio de Souza é diretor de administração da Previ desde 2018; Marcel Barros foi diretor de seguridade de 2012 até 2020; e Ernesto Izumi foi membro do conselho deliberativo de 2020 até 2024”.

Marcio Chiumento, diretor de participações, reforçou ao Valor que não houve uma mudança no edital para facilitar a entrada de profissionais de associações, sindicatos, suas federações e confederações: “Essa possibilidade sempre existiu, até porque como nós temos a paridade, são representantes eleitos pelos associados. Houve ali uma mudança de redação para deixar mais claro o que já era considerado ao longo dos anos”.

Fonte: Valor Econômico

Estratégia “segura” de investimento evitaria rombo bilionário na Previ

Publicado em: 09/03/2025

Uma estratégia de investimentos “segura”, priorizando ativos de renda fixa, que garantem previsibilidade em pagamentos futuros, teria evitado o rombo bilionário na Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil (Previ), de acordo com especialistas consultados pela CNN.

O Tribunal de Contas da União (TCU) iniciou na semana passada uma auditoria na gestão da Previ, após um rombo de R$ 14 bilhões no Plano 1 entre janeiro e novembro de 2024.

A solicitação partiu do ministro Walton Alencar Rodrigues, que expressou “gravíssimas preocupações” com o resultado do fundo.

O resultado vai na direção contrária do histórico recente da Previ: em 2022, o resultado acumulado no ano ficou em superávit de R$ 5,2 bilhões; e em 2023, de R$ 9,8 bilhões.

O déficit de 2024, com gestão capitaneada pelo sindicalista João Fukunaga, só se compara ao resultado do fundo no pico da pandemia.

Em 2021 houve déficit de R$ 14,85 bilhões — mas num momento em que a crise da Covid-19 impactou cadeias globais de abastecimento e gerou volatilidade, afetando tanto investimentos de renda fixa quanto de renda variável, explicou a própria Previ em balanço anual.

Segundo Luigi Micales, gestor da Black Swan, o “maior desacordo” nas escolhas de investimentos do fundo é a distribuição percentual entre as classes de ativos.

Do total de 102 mil beneficiários da Previ, 3% estão na ativa, o que significaria que o fundo está em fase de pagamento de benefícios e não mais de acumulação

“Isso implica que deveria haver uma alocação mais conservadora, priorizando ativos de renda fixa que garantam a previsibilidade dos pagamentos futuros. Com resgates anuais de aproximadamente 8%, a Previ poderia priorizar uma alocação maior em renda fixa”, disse.

“Em um cenário em que títulos públicos pagam IPCA + 7,5% ao ano, o fundo poderia garantir um fluxo de caixa mais adequado à sua estrutura de pagamentos, trazendo maior previsibilidade e segurança financeira para seus beneficiários”, completou.

No acumulado de janeiro até novembro — período do rombo —, o Plano 1 da Previ concentrou 27,88% de seus ativos em renda variável.

Estes investimentos registraram 9,04% de prejuízo e lideraram as perdas no ano. Mesmo em 2021, durante a Covid-19, o déficit nesta classe foi menos expressivo (1,79%). Em 2022 e 2023 o lucro superou 16%.

Os ganhos com renda fixa ficaram abaixo dos percentuais registrados em anos recentes, mesmo em um cenário de juro elevado: 7,79%. Em 2021, o lucro com esta classe de ativos foi de 10,49%; em 2022, de 12,43%; e em 2023, de 11,21%.

Esta mesma percepção sobre a distribuição equivocada de ativos é compartilhada por Cássio Landes, head de Previdência e Seguridade da Valor Investimentos.

O especialista indica que “a diminuição da parcela de renda variável poderia ter mitigado parte do resultado negativo da Previ”.

Lucas Sharau, economista da iHUB Investimentos, afirma que, para minimizar riscos, uma estratégia conservadora deveria ser aplicada, com ativos pós-fixados, como o Tesouro Selic.

“Se houvesse uma gestão mais cautelosa, considerando o cenário econômico, a Previ poderia ter reduzido o impacto da volatilidade dos mercados e minimizado o déficit”, disse.

Impactos para aposentados do BB

Especialistas consultados pela CNN citam “vários motivos” que justificam a análise da saúde dos grandes planos de previdência complementar, desde o impacto no bolso dos brasileiros até as contas públicas, e a eventual possibilidade de casos de corrupção.

“Esses fundos têm uma obrigação social. Eles lidam com beneficiários que, ao longo da vida inteira, foram acumulando recursos para poder se aposentar. Quando ocorre um resultado negativo como esse, fica a dúvida de por quanto tempo isso vai se perpetuar”, afirma Cássio Landes.

A preocupação é que os beneficiários sejam impactados no futuro, já que a previdência é a “única ou principal fonte de renda que eles têm”, completa Landes.

Na Previ, os funcionários do Banco do Brasil (BB) na ativa contribuem mensalmente com uma parte de seus vencimentos para formar um fundo que, teoricamente, deve se multiplicar para pagar os benefícios dos aposentados e futuros aposentados.

“Perdas e prejuízos podem acontecer e, quando são confirmadas, o contexto das decisões que levaram a esses resultados devem ser analisados e justificados. Um bom parâmetro é a comparação da performance do fundo de pensão com o comportamento dos demais fundos de pensão do mercado”, avalia Gilberto Braga, professor de economia do Ibmec-RJ.

Jorge Boucinhas, professor da Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getulio Vargas (FGV/EAESP) cita a possibilidade de “malversação de recursos públicos”.

Mesmo sendo uma entidade fechada de Previdência Complementar, com dinheiro dos empregados do BB, o déficit da Previ gera risco para as contas públicas, já que a União pode ser acionada para suprir os recursos.

“Um fundo como esse tendo resultado negativo, se houver déficit por qualquer razão, muito possivelmente serão necessários aportes de novos recursos pelo ente público”, explica André Gilberto, CEO e responsável pela área de Direito Administrativo do CGM Advogados.

“Quando olhamos para uma Caixa Econômica, para um Banco do Brasil, estamos falando de uma potencial sangria em recursos de empresas públicas ou sociedades de economia mista muito importantes”, complementa.

Fonte: CNN Brasil

Ouvidoria da Previ recebe prêmio em evento promovido pela Abrarec

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A ouvidoria da Previ acaba de ser reconhecida como uma das melhores do país. A Entidade foi premiada no Prêmio Ouvidorias Brasil 2024, uma iniciativa da Associação Brasileira das Relações Empresa Cliente (Abrarec). A associação criou o Prêmio Ouvidorias Brasil, em 2012, com o objetivo de reconhecer organizações públicas e privadas pelo compromisso com a transparência, o atendimento de excelência e a adoção de boas práticas em ouvidoria.

Para Francisco Lassalvia, presidente do Conselho Deliberativo da Previ, o prêmio reafirma o compromisso da Entidade em ouvir e atender seus associados da melhor forma possível. “Esse reconhecimento chancela a qualidade do nosso trabalho e reforça a importância de uma ouvidoria comprometida com a transparência e a resolutividade. Nosso objetivo é sempre aprimorar o atendimento e garantir que a voz dos nossos associados seja ouvida e considerada na busca por soluções cada vez mais eficazes.”
Excelência em relacionamento

A Abrarec é uma associação sem fins lucrativos dedicada a promover a cultura do bom relacionamento entre empresas e clientes, aprimorar a capacitação profissional e certificar a excelência em relacionamento.

A premiação avalia diversos critérios, como governança, integração, inovação em processos, uso de tecnologia e amplitude de atendimento, reconhecendo as empresas que melhor se relacionam com seus públicos de interesse. O reconhecimento do Prêmio reafirma a dedicação da Previ em aprimorar constantemente seus canais de comunicação e atendimento, garantindo transparência e eficiência no relacionamento com seus associados.

A cerimônia de premiação será realizada no próximo dia 20 de março.

Fonte: Previ

Como Previ foi de histórico de superávit a rombo que preocupa o mercado

Publicado em: 26/02/2025

Após entregar resultados positivos nos fechamentos de 2022 e 2023, a Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil (Previ) passou a quase totalidade de 2024 no vermelho.

De janeiro e novembro do ano passado, o Plano 1 do fundo de previdência acumulou déficit de R$ 13,97 bilhões, resultado este que chamou atenção do Tribunal de Contas da União (TCU) e levou a corte a abrir uma auditoria sobre a gestão da Previ.

O rombo é o pior desde 2021, quando o fundo registrou fluxo negativo de R$ 15,78 bilhões no mesmo recorte temporal.

Rafael Zattar, professor de finanças e fundador da Carteira Z, ao olhar para o passado e para o rombo mais expressivo em 2021, aponta que “na época não teve tanto barulho porque o contexto era outro”.

“A economia ainda estava meio bagunçada por causa da pandemia, os juros subiram rápido e isso pegou praticamente todo mundo de jeito, não só a Previ”, explica.

“Como boa parte do prejuízo veio da marcação a mercado de títulos públicos, muita gente viu aquilo como um problema de curto prazo, sem impacto real no longo prazo. E, de fato, o déficit foi revertido rapidamente, então acabou não virando uma crise.”

Naquele momento, a crise da Covid-19 impactou cadeias globais de abastecimento e gerou volatilidade, afetando tanto investimentos de renda fixa quanto de renda variável, explicou a própria Previ em balanço anual.

No caso do atual rombo, Zattar explica que veio de dois lugares: a queda da Vale e a marcação a mercado dos títulos públicos.

“O prejuízo veio muito por causa da queda da Vale, o que liga um alerta sobre a falta de diversificação dos investimentos. Em vez de ser só uma consequência do mercado, como foi em 2021, dessa vez parece mais um erro na estratégia de gestão”, aponta o analista financeiro.

“Além disso, a nomeação de João Fukunaga, um sindicalista sem experiência no mercado financeiro, gerou desconfiança. Muita gente começou a se perguntar se a Previ está sendo bem administrada e se esse rombo não era evitável”, afirmou à CNN.

No acumulado de janeiro até novembro — período do rombo —, o Plano 1 da Previ concentrou 27,88% de seus ativos em renda variável.

Estes investimentos registraram 9,04% de prejuízo e lideraram as perdas no ano. Mesmo em 2021, durante a Covid-19, o déficit nesta classe foi menos expressivo (1,79%). Em 2022 e 2023 o lucro superou 16%.

Em 2021, o lucro com esta classe de ativos foi de 10,49%; em 2022, de 12,43%; e em 2023, de 11,21%.

“A Vale despencou 23% no ano, e como a Previ tem uma grande exposição na empresa, isso bateu forte no resultado. O problema aqui não é só a Vale ter caído, mas sim o tamanho da aposta no ativo”, avalia o analista financeiro.

“Quando um fundo coloca muito dinheiro em uma única ação, ele fica refém dos humores do mercado e de qualquer problema específico da empresa. Se fosse Petrobras, Itaú ou qualquer outra, o risco seria o mesmo. O fato é que faltou diversificação”, pontua.

E com a abertura da auditoria do TCU, Zattar observa que “o assunto ganhou outro tom”.

“A sensação é de que pode ter tido falha na administração do fundo. No fim das contas, não é só o tamanho do déficit que faz diferença, mas sim a percepção de que a situação poderia ter sido evitada”, conclui.

“Esses fatores [citados] levantam dúvidas sobre a diligência na gestão dos ativos da Previ e se estratégias mais conservadoras ou diversificadas poderiam ter sido adotadas para mitigar esses riscos. A Previ poderia ter evitado um déficit desse tamanho com uma gestão mais prudente, diversificando melhor os investimentos e reduzindo a exposição a ativos voláteis.”

Fonte: CNN Brasil

Rombos e CPI: histórico de fundos reforça necessidade de auditoria na Previ

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Para especialistas consultados pela CNN, o histórico de prejuízos e suspeitas em fundos de pensão deixam lições que devem ser aplicadas no recente caso da Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil (Previ).

A principal delas é de que: uma apuração profunda e sem viés político deve ser efetivada.

O Tribunal de Contas da União (TCU) iniciou, em 11 de fevereiro, uma auditoria na gestão da Previ, após um déficit de R$ 14 bilhões no Plano 1 entre janeiro e novembro de 2024. A solicitação partiu do ministro Walton Alencar Rodrigues, que expressou “gravíssimas preocupações” com o resultado do fundo.

Esse não é o primeiro episódio em que há questionamentos sobre a gestão de fundos de pensão no Brasil.

Entre 2015 e 2016, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) investigou suspeitas na gestão dos fundos da Caixa Econômica Federal (Funcef), dos Correios (Postalis), da Petrobras (Petro) e da própria Previ.

Esse não é o primeiro episódio em que há questionamentos sobre a gestão de fundos de pensão no Brasil.

Entre 2015 e 2016, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) investigou suspeitas na gestão dos fundos da Caixa Econômica Federal (Funcef), dos Correios (Postalis), da Petrobras (Petro) e da própria Previ.

Foram investigados indícios de fraude e má gestão no período entre 2003 e 2015.

O relatório aprovado pela CPI calculou prejuízo de R$ 6 bilhões nas quatro entidades e pediu esclarecimento sobre 353 suspeitas de crimes e infrações administrativas, além de 146 indiciamentos.

“Casos do passado mostram que é necessária uma auditoria. É uma medida de transparência da gestão e boa prática de governança. Se os resultados são provisórios, se comprometem a sustentabilidade dos planos, somente uma análise especializada independente dirá, afirma Gilberto Braga, professor de finanças do MBA do Ibmec.

Em 2021, um levantamento do próprio TCU identificou que 55% dos fundos de pensão apresentam suscetibilidade “alta” ou “extrema” a riscos de integridade.

O tribunal examinou a estrutura de governança de 31 Entidades Fechadas de Previdência Complementar (EFPC).

Se essa governança sempre estivesse em dia, casos mais drásticos do passado poderiam ter sido evitados, destaca Roberto Gil Uchôa, responsável pela Área de Finanças, da Escola de Negócios (IAG) da PUC-Rio.

“Por uma questão de governança e transparência, todos os fundos de pensão vinculados a empresas públicas deveriam expor em seus relatórios a parte de suas carteiras que estão sendo impactadas por influência legais e políticas, bem como os resultados contábeis e financeiros decorrentes. Talvez assim, situações como a do Postalis – fundo de previdência dos Correios –, que quase seguiu à insolvência, poderiam ser evitadas”, afirma Uchôa.

André Gilberto, CEO e responsável pela área de Direito Administrativo do CGM Advogados, indicou que a materialização desses riscos pode ter grande impacto e repercussões negativas em todo o sistema de previdência complementar.

“O quadro completo — fragilidades na governança, somadas às carências apontadas na fiscalização pela Previc — é bem preocupante”, alerta.

Para os especialistas ouvidos pela CNN, ainda não é possível cravar semelhanças e diferenças nos “porquês” entre o caso atual e o passado. Eles indicam que a auditoria do TCU sobre o fundo de pensão se faz necessária por este exato motivo: é necessário apurar as causas do prejuízo na Previ.

“Entender as causas e efeitos de um resultado negativo de um fundo de pensão é algo indispensável para se avaliar se ele é capaz de bancar seus compromissos futuros. Em particular, é preciso se saber se as perdas são conjunturais ou estruturais, indica o advogado Emanuel Pessoa.

Casos do passado

Segundo Renan Silva, professor de economia do Ibmec, em determinado aspecto a natureza do prejuízo do passado se diferencia daquele verificado na Previ entre janeiro e novembro do ano passado — que se concentra nos investimentos em renda variável, em empresas da bolsa de valores.

“No passado as perdas foram com ativos ilíquidos não listados em bolsa de valores, classificados como private equity, empresas em situação pré-operacionais ou mesmo startups. De qualquer forma, faz-se necessário uma auditoria independente para a conclusão sobre a origem dos prejuízos”, indica Silva.

A análise está em linha com a percepção de Luigi Micales, gestor da Black Swan.

“A Postalis, por exemplo, acumulou um rombo de R$ 5,6 bilhões em 2014 que foi resultado de investimentos que incluíam títulos da Venezuela e Argentina”, indica.

O advogado Emanuel Pessoa destaca que, mesmo durante a análise preliminar, casos passados de corrupção e ingerência política em fundos de pensão estatais geram receio diante de perdas elevadas.

“Entender as causas e efeitos de um resultado negativo de um fundo de pensão é algo indispensável para se avaliar se ele é capaz de bancar seus compromissos futuros. Em particular, é preciso se saber se as perdas são conjunturais ou estruturais, caso este último que seria mais preocupante”, pontua Pessoa.
Como funcionam os fundos de pensão?

Cada fundo de pensão possui um regulamento interno, que descreve as diretrizes de investimento que seus gestores devem seguir. Essa política de investimentos é aberta para que seus membros tenham clareza sobre onde estão colocando seu dinheiro.

Segundo a Previ, seu Plano 1, que é destinado aos funcionários do Banco do Brasil (BB) admitidos até dezembro de 1997, deve assegurar:

Complemento de aposentadoria por invalidez;
Complemento de aposentadoria por tempo de contribuição;
Complemento de aposentadoria por idade;
Complemento antecipado de aposentadoria;
Renda mensal vitalícia;
Renda mensal temporária por desligamento do plano;
Complemento de pensão por morte;
Renda mensal de pensão por morte.

“Os recursos arrecadados são investidos e a rentabilidade desses investimentos garante o pagamento dos benefícios. E tudo sob o controle do beneficiário, que participa da gestão dos recursos, podendo votar ou ser votado para o Conselho Deliberativo”, explica a cartilha do Plano 1 da Previ.

Fonte: CNN Brasil

Rombo levanta dúvidas sobre sustentabilidade da Previ a longo prazo

Publicado em: 19/02/2025

O resultado negativo do Plano 1 da Previ, que entrou na mira do Tribunal de Contas da União (TCU), traz à tona questionamentos sobre a gestão e sustentabilidade do fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil (BB).

Sob gestão do sindicalista João Fukunaga, a carteira auditada registrou rombo de R$ 14 bilhões entre janeiro e novembro de 2024.

“Quando a gente fala de resultados negativos consistentemente, cria uma questão sobre a sustentabilidade do fundo a longo prazo. Um ano ruim pode acontecer, mas o que se precisa garantir é que não tenha uma sequência de anos ruins”, afirma Tsai Chi-yu, co-fundador e CEO da Stay, empresa de tecnologia de previdência privada.

Se os ativos perdem valor ao longo de um determinado período, naturalmente o fundo terá um rendimento negativo, afirma Guilherme Viveiros, gestor da Wflow Investimentos.

A explicação pode vir desde flutuações de mercado até irregularidades na gestão. E é exatamente para esclarecer o que está por trás do rombo que o TCU está auditando a gestão da Previ.

Riscos além dos aceitáveis

André Gilberto, CEO e responsável pela área de Direito Administrativo do CGM Advogados, lembra que a avaliação do tribunal foi de que os riscos observados estariam “além do aceitável”, de modo a concluir que a materialização desses riscos pode ter grande impacto e repercussões negativas em todo o sistema de previdência complementar.

“O quadro completo — fragilidades na governança, somadas às carências apontadas na fiscalização pela Previc — é bem preocupante”, alerta o CEO do CGM Advogados.

Se essa governança sempre estivesse em dia, casos mais drásticos do passado poderiam ter sido evitados, destaca Roberto Gil Uchôa, responsável pela Área de Finanças, da Escola de Negócios (IAG) da PUC-Rio.

“Por uma questão de governança e transparência, todos os fundos de pensão vinculados a empresas públicas deveriam expor em seus relatórios a parte de suas carteiras que estão sendo impactadas por influência legais e políticas, bem como os resultados contábeis e financeiros decorrentes. Talvez assim, situações como a do Postalis – fundo de previdência dos Correios –, que quase seguiu à insolvência, poderiam ser evitadas”, afirma Uchôa.

Especialistas ouvidos pela CNN avaliam que o atual presidente da Previ, o sindicalista João Fukunaga, não teria o perfil técnico adequado para o cargo.

Governança em xeque

Ao solicitar a auditoria, o ministro do Tribunal de Contas Walton Alencar Rodrigues citou “gravíssimas preocupações” com o rendimento da carteira em questão, uma vez que a sequência de resultados fracos pode levar o BB e, consequentemente, a União a terem de aportar recursos para assegurar os pagamentos.

André Gilberto relembra, ao olhar para o cenário atual, de outros dois casos nos quais ações do TCU revelaram inconsistências sobre grandes fundos de pensão como a Previ.

Em 2021, um levantamento do TCU examinou a estrutura de governança de 31 fundos de pensão — conhecidos como EFPC.

Aproximadamente 55% das EFPC analisadas apresentam suscetibilidade alta ou extrema a riscos de integridade, o que decorre da baixa maturidade dessas instituições aos mecanismos de controle, conta Gilberto.

“Outra auditoria, concluída em 2023, avaliou os processos de fiscalização e regulamentação da Previc no setor de previdência complementar fechada”, complementa.

“Foram encontradas deficiências nessa atividade de fiscalização, falta de monitoramento contínuo das políticas de investimento das EFPC, insuficiência na gestão de riscos e governança, morosidade dos processos sancionatórios, carências sistêmicas para análise e tomada de decisões, dentre outros achados preocupantes.”

Como o rombo poderia ter sido evitado?

Viveiros, da Wflow Investimentos, reflete que é mais fácil “olhar para o retrovisor” e apontar o que foi feito e o que não, além de considerar que não é “uma tarefa fácil evitar esse resultado com base nas condições de mercado que víamos há mais de um ano”.

Porém, afirma que a “política de investimento [do Plano 1 da Previ] poderia ter sido alterada para diminuir os impactos de um mercado mais avesso ao risco, mas acredito que a Diretoria e o Conselho não visualizaram esse cenário de maneira tão clara”.

Uchôa reforça o ponto ao defender que “o ideal para a gestão de fundos de previdência, de uma forma geral, deveria ter a flexibilidade e a agilidade que um fundo multimercado tem para trocar de posição ou estratégia, quando os fundamentos do cenário anterior se modificarem”.

“Porém, isto é mais difícil de acontecer na Previ — o maior fundo de pensão do país –, à medida que suas aplicações são vultosas, cuja venda causaria uma queda abrupta de preços destes ativos no mercado”, conclui.

Como funcionam os fundos de pensão?

Cada fundo de pensão possui um regulamento interno, que descreve as diretrizes de investimento que seus gestores devem seguir. Essa política de investimentos é aberta para que seus membros tenham clareza sobre onde estão colocando seu dinheiro.

Segundo a Previ, seu Plano 1, que é destinado aos funcionários do Banco do Brasil (BB) admitidos até dezembro de 1997, deve assegurar:

Complemento de aposentadoria por invalidez;
Complemento de aposentadoria por tempo de contribuição;
Complemento de aposentadoria por idade;
Complemento antecipado de aposentadoria;
Renda mensal vitalícia;
Renda mensal temporária por desligamento do plano;
Complemento de pensão por morte;
Renda mensal de pensão por morte.

“Os recursos arrecadados são investidos e a rentabilidade desses investimentos garante o pagamento dos benefícios. E tudo sob o controle do beneficiário, que participa da gestão dos recursos, podendo votar ou ser votado para o Conselho Deliberativo”, explica a cartilha do Plano 1 da Previ.

Tsai Chi-yu indica que, a fim de assegurar esses pagamentos, as decisões de investimento nesses fundos de previdência e pensão tendem a ser mais conservadoras do que a média do mercado.

“O objetivo não é performar muito acima do mercado, porque visa ajudar as pessoas a acumularem patrimônio. A regulação não permite que invistam em coisas muito fora da caixinha”, explica o especialista em previdência privada.

“Tanto fundos de pensão como previdência privada aberta, as decisões costumam ser mais conservadoras e profissionais”, conclui.

Fonte: CNN Brasil