Previ lança o Pré-Aposentadoria, novo perfil do Previ Futuro indicado para quem está perto da saída

Publicado em: 08/05/2025

A Previ acaba de lançar o perfil Ciclo de Vida Pré-Aposentadoria, planejado especialmente para você, associado do Previ Futuro que se aproxima da hora de tomar uma decisão importante na sua vida, que é o momento de se aposentar e usufruir dos benefícios da poupança que você construiu ao longo da vida laboral.

“O novo perfil é uma opção vantajosa para associados e associados que já definiram uma data próxima para sua aposentadoria e desejam evitar as flutuações típicas de investimentos de maior risco de mercado”, explica Paula Goto, diretora eleita de Planejamento da Previ, associada do Previ Futuro.

“A lógica desse perfil é reduzir volatilidade, que significa ser mais estável, diminuindo os altos e baixos da rentabilidade ou da marcação a mercado, nos anos próximos da aposentadoria. Nessa hora, o ideal é estar num perfil mais estável, protegendo melhor o valor do benefício de aposentadoria”, acrescenta Wagner Nascimento, também participante do Previ Futuro.

Antiga reivindicação dos associados encaminhada pelos dirigentes eleitos, o perfil Ciclo de Vida Pré-Aposentadoria é mais uma opção além dois oito perfis já existentes no Previ Futuro: Conservador, Moderado, Arrojado, Agressivo e os Ciclos de Vida 2030, 2040, 2050 e 2060.

A nova opção segue a lógica dos perfis Ciclo de Vida, que têm a exposição a risco reduzida à medida em que a data de aposentadoria se aproxima. Ele é voltado para quem está prestes a se aposentar, não tem alocação em renda variável e sua carteira é composta por ativos de menor volatilidade, o que permite mais previsibilidade no valor das cotas.
Antes de decidir, informe-se

Mas atenção. Antes de tomar a decisão, é recomendável que o associado se informe sobre a novo perfil. Para isso, a Previ preparou um material com as principais dúvidas sobre o tema. O documento de Perguntas e Respostas (FAQ) reúne informações importantes que podem ajudar os associados a esclarecer questões antes de decidir pela migração.

Fonte: Associados Previ

Previ reestrutura Plano Futuro e cria novo perfil de investimento

Publicado em: 25/04/2025

Após reformular a estrutura de investimentos do Plano Futuro, a Previ, caixa previdenciária dos funcionários do Banco do Brasil, lançou nesta terça-feira um novo perfil de investidor, focado em participantes que estão perto da aposentadoria ou que não toleram volatilidade. O perfil, centrado especialmente em alocação mais conservadora, se soma a outros oito que têm diferentes composições de investimentos.

A novidade ocorre em meio a um momento desafiador para o setor, em que os fundos de previdência tentam se adaptar à alta volatilidade no mercado de capitais. O diretor-presidente da Associação Brasileira de Entidades Privadas de Previdência Privada (Abrapp), Devanir Silva, comenta que, mesmo assim, o horizonte setorial é de longo prazo: “Com as taxas de juros elevadas, o setor continua ancorado em renda fixa”, diz.

Sócio da área de investimentos do escritório Pinheiro Neto Advogados, Caio Ferreira Silva avalia que a regulamentação do setor tem evoluído para oferecer mais flexibilidade e instrumentos de diversificação na conjuntura atual. Ele observa que, apesar de as regras serem distintas para diferentes tipos de entidades, todas seguem diretrizes do Conselho Monetário Nacional (CMN), que tem ampliado o rol de ativos elegíveis.

Exemplo disso é a Resolução CMN 5.202, publicada em março deste ano, que ampliou o cardápio de investimentos para fundos de pensão e passou a incluir, por exemplo, debêntures incentivadas de infraestrutura e créditos de carbono. “A regulamentação atual é satisfatória, alinhada com práticas internacionais e com parâmetros prudentes exigidos para gestão de recursos previdenciários”, afirma.

O novo perfil de investidor da Previ é resultado de uma iniciativa mais ampla da fundação desenvolvida em 2024, o Projeto Cotas, que envolveu uma reformulação da estrutura de investimentos dos perfis do Plano Futuro, que tem cerca de R$ 35 bilhões sob gestão. Antes da mudança, o plano tinha dois blocos de investimentos — um de renda fixa e outro de renda variável — com as mesmas opções de ativos. O que mudava era apenas a exposição a essa cesta de opções, de acordo com cada um dos oito perfis existentes até então.

Com a implementação oficial do Projeto Cotas em fevereiro de 2025, os investimentos ganharam mais flexibilidade e foi criado um novo perfil, o nono, focado em pré-aposentadoria. No conjunto dos perfis, a partir deste ano, há disponíveis 20 opções de investimentos, distribuídas com maior ou menor exposição.

A reestruturação também reduziu o prazo de consulta dos montantes acumulados pelos participantes. Até então, o beneficiário tinha acesso ao saldo de 20 dias anteriores. Agora a informação é de três a cinco dias anteriores.

O gerente-executivo de mercado de capitais e alocação estratégica na Previ, Henrique Pereira de Araújo, explica que a reestruturação surgiu com a necessidade de adaptar o Plano Futuro, criado em 1998, à realidade dos participantes, que agora se aproximam dos 30 anos de contribuição.

“Com o amadurecimento do plano, cresceu a preocupação com a volatilidade e a forma como os participantes encaram seus saldos acumulados, especialmente em contextos de mercado mais instáveis. Também houve crescente demanda por maior personalização e transparência”, disse ao Valor.

Ele acrescenta que o novo perfil “Pré-Aposentadoria” — apelidado internamente de “perfil de aterrissagem” — mantém 25% de ativos comuns a todos, que é a composição atuarial, e concentra o restante em pós-fixados, com possibilidade de migração facilitada.

O período de carência para migração entre os perfis de investimento do Plano Futuro é de seis meses, mas em situações como o lançamento de novos perfis, a entidade flexibiliza a regra. “Com a introdução do perfil Pré-Aposentadoria, a carência foi temporariamente suspensa”, diz Araújo.

Com as mudanças, também foi lançada a iniciativa de cartas do gestor, que serão publicadas mensalmente para informar participantes sobre os movimentos de alocação de cada perfil. Além disso, a Previ implantou uma nova plataforma de mercado para a gestão de investimentos. Para o gerente do núcleo de alocação estratégica da Previ, Anderson Oldenburg, a ferramenta oferece uma visão mais integrada do ciclo de gestão. “Ela abrange desde a negociação até o acompanhamento de compliance, risco e liquidez, melhorando a eficiência, agilidade e redução de riscos operacionais, além de facilitar a geração de relatórios detalhados e transparentes.”

Fonte: Valor Econômico

Previ se posiciona sobre parecer do Tribunal de Contas da União

Publicado em: 11/04/2025

Nesta quarta-feira, 9/4, em sessão plenária realizada pelo Tribunal de Contas da União (TCU), a Previ tomou conhecimento do parecer técnico que recomendou a realização de uma auditoria na Entidade. O processo tinha sido colocado em sigilo e, assim como as outras partes, a Previ ainda não teve acesso ao relatório completo. Ainda assim, reiteramos total disposição para contribuir com qualquer esclarecimento adicional que se faça necessário.

O parecer técnico foi realizado com base no levantamento de informações que auditores do TCU realizaram sobre a Previ, de 17 a 21 de fevereiro. Durante a visita na sede da Entidade, os auditores foram recebidos pela Diretoria Executiva, conversaram com diversos funcionários da equipe técnica e receberam todos as informações solicitadas, somando mais de dois mil documentos da Entidade para análise preliminar.

Sobre os tópicos abordados durante a sessão plenária nesta quarta-feira, 9/4, a Previ esclarece que as decisões de investimento sempre são realizadas em conformidade com a Política de Investimentos, com base em análises técnicas rigorosas e aprovadas em diversas instâncias de governança dentro da Entidade, em um sistema que garante a separação de funções e a transparência no processo decisório. Isso impede interferências entre as áreas e permite decisões criteriosas e seguras, buscando sempre a melhor relação entre risco, retorno e liquidez, de acordo com o perfil de cada plano de benefícios.

O resultado acumulado do Plano 1 em dezembro de 2024 foi deficitário em R$ 3,16 bilhões em consequência das oscilações de mercado. Ainda assim, a solidez da Previ proporcionou segurança para os associados, já que não houve necessidade de vender nenhum ativo por valor depreciado. Ou seja: não houve prejuízo. O déficit já está sendo revertido no primeiro trimestre de 2025, devido à conjuntura, à qualidade dos investimentos e à gestão diligente dos ativos. A Previ segue firme, forte e confiável, com sua credibilidade construída em mais de 120 anos de história e uma rentabilidade sólida, baseada em uma visão de longo prazo, como deve ser em um plano de previdência.

Outro tópico abordado na sessão plenária foram viagens do presidente da Previ, João Fukunaga. Esclarecemos que o item “viagens” não foi objeto do levantamento de informações inicial realizado pelo TCU, portanto não temos conhecimento acerca do que motivou a decisão, mas a Previ se coloca disponível para o fornecimento de dados e esclarecimento de informações, sempre que elas forem solicitadas.

A Previ reafirma seu compromisso com a transparência, a ética e a gestão técnica, assim como com a sua missão de garantir o pagamento de benefícios e prover soluções que proporcionem proteção aos associados e seus familiares, de forma integral, segura e sustentável. Inclusive, todas as decisões de investimento são guiadas pelo propósito de cuidar do futuro das pessoas.

A Previ respeita e colabora com toda e qualquer instância de fiscalização e controle, seja interna ou externa. Desde o início, tem prestado todas as informações solicitadas pelo TCU com total transparência e dentro dos prazos estabelecidos. Seguimos confiantes no trabalho técnico que orienta nossa atuação e certos de que todos os esclarecimentos levarão ao reconhecimento da lisura da gestão da Previ.

Fonte: Previ

TCU vai investigar investimentos da Previ e viagens de Fukunaga

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O Tribunal de Contas da União (TCU) decidiu nesta quarta-feira (9) abrir uma auditoria para investigar supostas irregularidades identificadas na gestão da Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil (Previ).

A Corte de Contas vai investigar “atos de gestão no mínimo suspeitos”, segundo o relator do processo, ministro Walton Alencar Rodrigues.

Em seu voto, o ministro diz que a auditoria deve analisar “a legalidade e legitimidade” dos procedimentos da Previ em investimento e desinvestimentos relevantes.

O relator afirma ainda que a área técnica deve averiguar se a manutenção do investimento na Vale “tem também por objeto proporcionar ao sr. [João] Fukunaga [presidente da Previ] assento no conselho e a extraordinária remuneração de mais de R$ 2 milhões de reais por ano, condição milionária que poderia ser perdida com a redução da participação da Previ na Vale”.

Entre os atos a serem investigados, está a aquisição de ações da distribuidora de combustíveis Vibra (antes, BR Distribuidora) em momento de alta no valor dos papéis. De acordo com Rodrigues, a lógica econômica seria a compra quando as ações estivessem em baixa.

O relator também ressaltou a investigação das viagens do presidente da Previ, João Fukunaga, “em íntima confraternização com notórios negociantes do mercado”.

“Tal fato deve ser objeto de amplo escrutínio porque está a revelar a proximidade da alta direção da Previ com pessoas de fora da Previ bastante conhecidas pelos métodos não ortodoxos de atuação nos vários setores da administração pública”, disse.

Rodrigues votou para que os gastos das viagens sejam investigados pela auditoria. “Refiro-me a quem, nas viagens realizadas, efetivamente pagou as contas e despesas do presidente da Previ”, afirmou.

O g1 entrou em contato com a Previ para comentar as declarações do ministro Walton Alencar Rodrigues e a abertura de auditoria pelo TCU. O g1 vai incluir a manifestação assim que obtiver retorno.

A Previ afirmou nesta quarta-feira (9) que ainda não teve acesso ao relatório completo do parecer técnico que recomenda uma auditoria na entidade, apresentado em sessão do Tribunal de Contas da União (TCU). A instituição reiterou total disposição para colaborar com os esclarecimentos e destacou que os auditores do TCU foram recebidos pela diretoria em fevereiro e tiveram acesso a mais de dois mil documentos.

A entidade esclareceu que todas as decisões de investimento seguem a Política de Investimentos, com análises técnicas e governança que garantem transparência e impedem interferências indevidas. Segundo a Previ, o déficit de R$ 3,16 bilhões registrado em dezembro de 2024 foi reflexo do mercado, sem prejuízos aos associados, e já está sendo revertido em 2025. A instituição destacou sua solidez e rentabilidade sustentada por uma gestão de longo prazo.

Sobre as viagens do presidente João Fukunaga, a Previ disse que esse tema não estava entre os pontos inicialmente levantados pelo TCU, mas que está à disposição para prestar esclarecimentos. Por fim, reforçou seu compromisso com a transparência, ética e respeito às instâncias de fiscalização, confiando que os esclarecimentos confirmarão a lisura de sua gestão.

Fiscalização da Previ

O TCU monitora a Previ desde a nomeação de João Fukunaga para exercer o cargo de presidente do fundo de pensão. Ele é servidor do Banco do Brasil, historiador e sindicalista.

Os ministros do TCU analisaram a nomeação após representação do deputado federal Jorge Goetten (Republicanos-SC), posteriormente descartada.

Contudo, o plenário decidiu abrir um levantamento para analisar a governança da Previ e identificar “possíveis influências políticas”.

Nesta quarta-feira (9), o TCU decidiu converter o levantamento –que é um processo preliminar– em auditoria para fiscalizar a gestão do fundo.

A Previ é o maior fundo de pensão da América Latina, gerindo mais de R$ 270 bilhões de mais de 200 mil beneficiários.

Fonte: G1

Fundos de pensão têm déficit anual de R$ 9,8 bilhões

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Os fundos de previdência complementar fechada, mais conhecidos como fundos de pensão, tiveram déficit acumulado de R$ 9,8 bilhões em 2024, reflexo de um ano ruim para os investimentos dos portfólios das entidades, devido às oscilações do mercado, de acordo com dados da Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc) antecipados ao Valor. Por outro lado, as contribuições – a arrecadação dos planos – cresceram 5,28% na comparação com o ano anterior.

Em dezembro do ano passado, o regime de previdência complementar fechada contava com 1,2 mil planos, sendo 1.172 de benefícios previdenciários e 28 assistenciais. Esses planos eram administrados por 270 entidades fechadas de previdência complementar. A rentabilidade média anual dos regimes foi de 6,10%, sendo que os planos com benefício definido (modalidade que concentra a maior parte dos recursos do regime) foi de 5,69%. Já os planos com contribuição definida e contribuição variável alcançaram retornos de 7,01% e 6,32%, respectivamente.

Ricardo Pena, diretor-superintendente da Previc, destaca que, apesar do déficit atuarial registrado em 2024, não há nenhuma anomalia no setor. “O setor paga mensalmente os benefícios, corrigidos, sem nenhum problema. O déficit é momentâneo, não há nenhuma anomalia no setor.”

Ele lembra que o resultado é consolidado, considerando dados de todos os 1,2 mil planos, sendo que parte das entidades teve superávit, e parte, déficit. “O déficit é permitido, está na Lei Complementar 109. Então, não existe nenhuma ilegalidade em ter déficit. Ao contrário, é normal. Se você olhar a série histórica, tivemos déficit nos momentos de crise econômica. Então, o resultado tem relação com a atividade econômica, com os indicadores macroeconômicos”, afirma.

Como exemplo, ele cita que muitos fundos investem na bolsa de valores e replicam o índice Ibovespa. Como o índice caiu 10,35% em 2024, os investimentos dos fundos também foram afetados negativamente. O mesmo acontece com as aplicações em renda fixa, em especial em títulos de longo prazo do Tesouro Nacional, como as NTN-Bs, que sofreram com a marcação a mercado no ano passado.

“Nós entendemos que é absolutamente normal variações de mercado e os seus efeitos sobre o plano de previdência. Se tivesse alguma anormalidade, a Previc já estaria atuando”, disse Pena. Ele afirmou que não há problema de liquidez, ou seja, para pagar os benefícios das pessoas que contribuem aos fundos de pensão.

O diretor-presidente da Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar (Abrapp), Devanir Silva, avalia que o déficit agregado do sistema em 2024 foi “atípico” e “conjuntural” e que deve ser revertido ao longo deste ano. “É um déficit conjuntural e minha expectativa é recuperar isso rapidamente”, afirmou ao Valor.

Segundo ele, em 2024 os mercados sofreram com a questão geopolítica. “O sistema não tem problema estrutural”, disse, complementando que, para um patrimônio de R$ 1,3 trilhão do sistema, um déficit de quase R$ 10 bilhões não é expressivo conjunturalmente.

Silva acrescentou que os fundos de pensão, que investem com foco no longo prazo, já estão se reposicionando para títulos públicos. “Esse déficit não preocupa. O sistema é robusto”, ressaltou. Ele lembrou ainda que, nos últimos 20 anos, o setor registrou situações de déficit, citando 2021 e 2022 por conta do impacto da pandemia e, em 2015 e 2016, devido à crise econômica no governo da ex-presidente Dilma Rousseff.

O resultado negativo das entidades fechadas de previdência ganhou ainda mais evidência neste ano após a divulgação do déficit de R$ 17,66 bilhões no Plano 1 do fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil (Previ) em 2024, o que levou o Tribunal de Contas da União (TCU) a dar início a uma auditoria no fundo. Na semana passada, o tribunal também publicou instrução normativa com novos critérios para fiscalização nos fundos de pensão de empresas estatais.

Pena diz que há uma preocupação na superintendência para que não haja sobreposição entre o trabalho feito pela Previc com o do TCU. Há a possibilidade de que as duas instituições fechem um acordo de cooperação técnica para tirar eventuais sombreamentos nesse acompanhamento. “A preocupação do TCU é com o dinheiro público. Eles não vão fiscalizar as 270 entidades. Hoje, são 27 entidades que têm o dinheiro das estatais federais. Nossa atuação aqui [na Previc] é mais em garantir a higidez e a solvência dos planos”, disse Pena.

Fonte: Valor Econômico

Márcio de Souza é cotado para substituir Fukunaga na presidência da Previ

Publicado em: 04/04/2025

O governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) planeja trocar João Fukunaga da presidência da Previ, o fundo de pensão dos empregados do Banco do Brasil (BB) e maior entidade fechada de previdência complementar da América Latina, com patrimônio de R$ 274,3 bilhões.

Segundo técnicos que acompanham as discussões ouvidos pela EXAME, os resultados da gestão de Fukunaga “deixaram a desejar”, diante do resultado negativo no ano passado. O fundo de pensão dos empregados do BB registrou em 2024 um déficit de R$ 17,6 bilhões. Em 2023, a entidade registrou um superávit de R$ 14,5 bilhões. No resultado acumulado, o saldo final do ano passado foi um déficit de R$ 3,16 bilhões.

O mais cotado para ocupar o cargo, afirmaram os técnicos do governo, é Márcio de Souza, atual diretor de Administração. Souza é formado em Direito, ingressou no BB em 1981 e, desde 2004, trabalha na Previ.

No fundo de pensão, ele atuou na Gerência de Administração de Benefícios como gerente executivo. Liderou a área que desenvolveu e implantou o sistema de concessão de benefícios e rendas do Previ Futuro.

Ele também coordenou o grupo de trabalho que reformou o estatuto da entidade fechada de previdência complementar, que voltou a prever a eleição direta para diretor e criou os conselhos consultivos por plano.

O executivo também passou a ocupar, desde janeiro de 2025, a presidência do conselho deliberativo da Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar (Abrapp).

Previ na mira do TCU

O resultado negativo da Previ no ano passado chamou a atenção do Tribunal de Contas da União (TCU), que decidiu instaurar uma auditoria, em fevereiro de 2025, para avaliar os motivos do déficit atuarial registrado em 2024.

Segundo a Previ, em 2024 houve uma oscilação normal de mercado, que refletiu nos resultados do Plano 1 e do Previ Futuro. “Alguns dos principais ativos, como a Vale, tiveram seu valor bastante depreciado ao longo do ano, representando um grande volume desse resultado. Ativos de renda fixa que estão marcados a mercado também oscilaram no período”, informou o fundo de pensão, em publicação para os participantes no seu site.

Em vídeo divulgado no site na mesma data em que o TCU decidiu pela auditoria, Souza foi escalado pela diretoria do fundo pensão para explicar aos participantes que não há um rombo na Previ.

“Como eu disse, não existe prejuízo. O termo técnico em um fundo de pensão para um desequilíbrio entre ativos e passivos é déficit ou superávit. Essa é uma medida que mostra se um plano tem, em uma determinada data, recursos suficientes para honrar todos os seus compromissos futuros”, afirmou, em um dos trechos.

Fonte: Exame

Lula quer troca no comando da Previ e tem diretor de Participações como favorito

Publicado em: 30/03/2025

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva se movimenta para destituir João Luiz Fukunaga da presidência da Previ, fundo de pensão do Banco do Brasil, e já tem um favorito para substituí-lo: o diretor de Participações da entidade, Márcio Chiumento. A troca tem sido aventada após uma série de polêmicas desde a nomeação de Fukunaga, um sindicalista ligado ao PT e cuja capacidade técnica é questionada pelo Tribunal de Contas da União (TCU). Procurada, a Previ não se manifestou até a publicação da reportagem.

Conforme revelou o Estadão, a Previ, que administra um patrimônio de mais de R$ 270 bilhões, flexibilizou os critérios para a seleção de conselheiros das empresas em que investe.

Desde o ano passado, os editais deixaram de dar vantagem a pessoas com formação em áreas específicas, como economia, direito e administração. Também equiparou experiências no comando de sindicatos e associações a passagens por cargos de alta gestão em empresas.

O fundo diz que mudanças seguem tendência de mercado e visam aumentar participação de grupos “historicamente subrepresentados”.

Também afirma que sindicalistas indicados atestaram capacidade técnica e já haviam ocupados cargos em conselhos de empresas e na Previ.

Sobre a auditoria do TCU em relação à gestão da Previ, Fukunaga diz ser um “movimento orquestrado”.

Tais mudanças culminaram na nomeação de sindicalistas para algumas das maiores empresas do País, como Vale, Gerdau e Neonergia. Soma-se a isso uma auditoria em curso no tribunal de Contas da União que apura os motivos da perda de R$ 17,5 bilhões no Plano 1 da Previ, que contempla os participantes mais antigos, na sua maioria já aposentados, e que está em fase de desembolso para o pagamento de aposentadorias.

Associados da Previ receberam uma carta nos últimos dias em que a gestão da entidade rechaça a possibilidade de interrupção dos pagamentos ou de contribuições extraordinárias para amenizar os prejuízos. A entidade tem um histórico de nunca ter feito cobranças adicionais a seus mantenedores, o que a diferencia de outros fundos de pensão, como a Petros, e a Funcef, ligadas à Petrobrás e Caixa, respectivamente.

O documento ainda diz que a Previ foi alvo de “uma campanha de desinformação sem precedentes”, que teria sido iniciada após o ministro do TCU Walton Alencar citar uma perda de R$ 14 bilhões no fundo e expressar “gravíssimas preocupações” com a situação financeira da entidade.

Fonte: IstoÉ Dinheiro

Previ não teme auditoria aberta pelo TCU, diz presidente Fukunaga

Publicado em: 20/03/2025

O presidente da Previ, João Fukunaga, afirmou, nesta quinta-feira (13), que o fundo de previdência dos funcionários do Banco do Brasil não teme a auditoria aberta pelo Tribunal de Contas da União (TCU) em fevereiro. “Houve uma diligência por parte dos auditores [do TCU], eles estiveram na Previ, foram superbem recebidos, nós não temos medo ou problema nenhum com auditoria, acho que esse processo é importante”, disse ele, à imprensa, após a apresentação dos resultados de 2024, na sede da entidade, no Rio.

O desempenho do fundo de previdência dos funcionários do Banco do Brasil entrou no foco do TCU no começo de fevereiro, após o ministro Walton Alencar Rodrigues pedir uma auditoria de urgência no resultado financeiro da entidade, alegando que havia um “rombo” e “prejuízo” no Plano 1 até novembro de 2024.

As visitas iniciais para coleta de informações por auditores do TCU na sede da Previ começaram cerca de uma semana depois do pedido, entre os dias 17 e 21 de fevereiro. Segundo Fukunaga, os auditores conversaram com os técnicos da entidade

“Os auditores ficaram por uma semana in loco, conversaram com a diretoria. Fizemos as explicações para eles poderem conhecer a própria Previ, que é um benchmarking para o mercado”, afirmou o presidente da Previ.

De acordo com ele, os auditores tiveram acesso aos executivos e a uma série de documentações pedidas. “Nós entregamos as documentações da melhor forma e em uma ambiência muito tranquila. Também foram muito receptivos, explicaram as diligências deles, e isso foi importante para nós, para entendermos como iriam atuar”, disse Fukunaga.

Déficit de R$ 17,6 bilhões no Plano 1

A Previ encerrou os 12 meses de 2024 com déficit de R$ 17,6 bilhões no Plano 1. No resultado acumulado — que considera o desempenho dos anos anteriores — o saldo final de 2024 foi deficitário em R$ 3,16 bilhões.

Também presente na divulgação dos resultados, a diretora de planejamento da Previ, Paula Goto, reafirmou que não há qualquer rombo na Previ: “O que há é uma oscilação negativa no ano, decorrente do movimento normal do mercado”, disse.

“Zero problema”

Fukunaga completou que só a Vale — empresa na qual a Previ tem detém 13% de participação — perdeu 23% de valor de mercado ao longo do ano. “É uma questão conjuntural, e a gente sabe a dificuldade que um plano de previdência, por mais que se olhe no longo prazo, está submetido”, declarou.

O presidente reforçou que o fundo está longe de qualquer equacionamento e de qualquer problema real: “O que nós temos de garantia é: não tem nada de errado, zero problema. Temos caixa e continuaremos pagando benefícios até 2100”.

Fonte: Valor Econômico

Fundo de pensão de funcionários do BB fecha 2024 com déficit de R$ 3,16 bilhões

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O Plano 1, fundo de pensão de funcionários do Banco do Brasil (BBAS3), fechou o ano de 2024 com um déficit de R$ 3,16 bilhões. É o maior retorno negativo da carteira desde 2017 e o primeiro déficit desde 2021. Em 2023, o fundo tinha obtido superávit de R$ 14,5 bilhões.

“A oscilação de mercado e o consequente impacto nos investimentos fizeram com que a Previ consumisse o superávit de 2023”, justificou a entidade em comunicado à imprensa.

“Mas o Plano 1 segue sólido e cumprindo sua principal missão: garantir o pagamento de benefícios aos seus mais de R$ 106 mil associados, dos quais 97% são aposentados ou pensionistas”, continua o texto.

O Plano 1 é o maior fundo administrado pela Previ e tem R$ 240 bilhões em patrimônio. Em janeiro deste ano, a carteira obteve um novo superávit de R$ 1,3 bilhão.

A Previ explica que a principal contribuição para o baixo desempenho do Plano 1 veio do segmento de renda variável, carteira que apresentou rentabilidade negativa de 12%, com uma perda de R$ 7,9 bilhões, em 2024.

“Esse tipo de oscilação é comum e conjuntural no mercado financeiro brasileiro, mas a estratégia da Previ foca no longo prazo”, diz o comunicado.

Alta concentração de Vale

A Previ é um acionista relevante da Vale (VALE3), sendo dona de uma fatia de mais de 10% da empresa. No ano passado, porém, as ações da companhia despencaram 23%, tendo o seu menor retorno anual desde 2015. Em 2024, a mineradora respondeu por 42% do portfólio de renda variável do Plano 1.

Em entrevista recente ao InfoMoney, o diretor de investimentos da Previ, Cláudio Gonçalves, explicou que a concentração em Vale tem sido reduzida ao longo dos últimos anos, mas a estratégia de saída precisa conversar com o preço. A Previ entende que a ação está subvalorizada.

“Não dá para vender Vale no preço que está hoje, levando em conta o que ela paga de dividendos. É uma empresa extremamente saudável financeiramente e entendemos que em algum momento o ativo vai se valorizar, pois é uma companhia muito bem gerida”, afirmou Gonçalves.

Desde 2012, a Previ tem reduzido a exposição da carteira à renda variável e aumentado na renda fixa. A entidade informou que adquiriu mais de R$ 12 bilhões de títulos NTN-B com taxas de juros superiores à meta atuarial no ano passado. Por outro lado, a Previ vendeu participações em 57 empresas, no mesmo período.

Do total do patrimônio do Plano 1 em 2024, 64% estava aplicado em renda fixa e 26% em renda variável.

No comunicado à imprensa, Cláudio Gonçalves escreveu que “os planos da Previ se encontram em equilíbrio, mesmo diante de um resultado abaixo do esperado pela meta atuarial”. A política de caixa mínimo da entidade mantém recursos líquidos necessários para garantir o pagamento de benefícios sem a necessidade de venda de ativos.

Os benefícios pagos pela Previ em 2024 somaram R$ 16,5 bilhões em 2024.

Vale lembrar que fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil está no meio de um escrutínio. Auditores do Tribunal de Contas da União (TCU) estiveram no mês passado na Previ para entender as decisões que fizeram o Plano 1 ter um déficit bilionário em 2024.

Fonte: Infomoney

Previ muda seleção de conselheiros e levanta críticas de favorecimento político

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Para a próxima temporada de assembleias de companhias abertas, em abril, a Previ, o fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil, conduz um processo seletivo interno de candidatos a conselheiros que devem ser indicados para as eleições das empresas participadas. Desde o ano passado, os critérios de seleção desses candidatos vêm mudando. As alterações acenderam um alerta no mercado de que possíveis flexibilizações na qualificação dos postulantes aos colegiados possam favorecer indicações políticas, o que a Previ nega.

“De todos os candidatos que foram selecionados e indicados aos conselhos pela Previ, não tivemos nenhuma indicação política nem do governo”, disse em entrevista ao Valor o diretor de participações da entidade, Márcio Chiumento. O processo seletivo de 2025 ainda não terminou, por isso os dados sobre número de inscritos e nomes dos candidatos selecionados não são públicos.
A Previ, que é o maior fundo de pensão do Brasil, com R$ 274 bilhões sob gestão, tem 33 empresas participadas — entre elas, gigantes como Vale, Gerdau e Vibra Energia. Na safra de assembleias deste ano, a entidade vai fazer 63 indicações, entre titulares e suplentes, a maior parte para concorrer a cadeiras em conselhos fiscais, mas também para colegiados de administração. Atualmente, a Previ tem 82 conselheiros indicados.

Como funciona o processo de seleção

Os critérios para o processo público de seleção do fundo começam na área técnica e passam por diferentes instâncias, entre elas, a diretoria-executiva e um comitê de assessoramento, até chegar ao conselho deliberativo da fundação, que faz a aprovação final. Esses parâmetros são publicados anualmente em um edital de seleção, aberto para qualquer pessoa que queira concorrer.

O edital tem algumas etapas: a primeira é a análise curricular, que é classificatória. Daí em diante, a área técnica da Previ inicia outras etapas, que incluem análise qualitativa dos perfis, “matching” entre candidato e vaga e submissão da proposta de indicações aos colegiados competentes. Após a indicação da Previ, os candidatos passam pelo crivo dos comitês e colegiados das empresas participadas, conforme critérios de seus estatutos.

O que dizem os especialistas e a Previ

O ex-presidente do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC) Henrique Luz observa que o processo de seleção de conselheiros no Brasil tem evoluído para um modelo mais profissionalizado, deixando de lado a escolha baseada em proximidade com acionistas controladores. “Hoje em dia, mais ou menos 25% dos assentos dos conselhos do Brasil são preenchidos por headhunters, número que há 10 anos era de 2% ou 3%”, afirma.

Segundo o especialista, a tendência é formar conselhos com base em competências específicas, como auditoria, riscos e compliance. No entanto, diz ele, os desafios persistem, como o impacto do voto múltiplo, “que pode levar à inclusão de candidatos desalinhados com os critérios técnicos previamente definidos”. O voto múltiplo em assembleias favorece indicações de acionistas minoritários, uma vez que desfaz a indicação por chapa feita pela empresa e permite que os acionistas concentrem votos em determinados candidatos.

Luz acrescenta que a diversidade nos conselhos também tem sido ampliada, especialmente com a inclusão de mulheres, mas deve ser equilibrada para garantir uma verdadeira pluralidade.

De acordo com o diretor de participações da Previ, o processo de seleção de candidatos do fundo existe há mais de 20 anos e chegou a contar com assessoria de uma empresa especializada. Ele acrescenta que os editais são atualizados regularmente para acompanhar tendências do mercado.

Desde 2023, os editais passaram a contemplar grupos sub-representados, considerando critérios como gênero, raça, pessoas com deficiência (PCD) e da comunidade LGBTQIA+. Na última seleção, 56% dos indicados da Previ faziam parte desse universo.

“Todo ano você tem uma mudança, algumas pontuais, outras mais estruturantes, com base no que a gente vê acontecendo no mercado e na nossa própria experiência. Queremos deixar a nossa base de candidatos da forma mais diversa possível, e a diversidade não se restringe apenas à questão de gênero ou de raça, é uma diversidade de conhecimento”, disse Chiumento.

Mudanças mal recebidas

Algumas mudanças, contudo, não foram bem recebidas. No edital de 2024, por exemplo, foi eliminado o critério de maior pontuação para formação acadêmica em áreas preferenciais, como direito, administração, economia e engenharia. Além disso, naquele ano, o edital atribuía 30 pontos na parte de experiência profissional para “membros da diretoria executiva da Previ com mandato vigente e caráter efetivo”, a maior pontuação da tabela.

A principal mudança veio no edital de 2025, quando a Previ aboliu o sistema de pontuação e adotou um sistema de requisitos mínimos em três grupos: formação acadêmica, educação continuada e experiência profissional.

Com isso, passaram a ser obrigatórios apenas um curso de graduação completo em qualquer área, uma comprovação profissional em áreas específicas e uma certificação em áreas como governança corporativa emitidas por determinadas instituições. Neste caso, as capacitações antes pontuavam no processo, mas não eram obrigatórias.

Outra atualização no edital de 2025 foi a inclusão de docência na comprovação profissional, para candidatos com ao menos cinco anos de atuação em uma instituição de ensino superior reconhecida pelo Ministério de Educação (MEC). Não há área preferencial e o profissional não precisa acumular outras experiências.

Ex-diretor critica alterações, Previ rebate

Crítico do novo formato, o ex-diretor da Previ Nélio Lima avalia que o processo seletivo ficou sem objetividade e sem transparência: “Antes, você tinha uma pontuação que era maior ou menor em função das atividades profissionais exercidas ao longo tempo e conforme a própria formação. Quanto mais experiência e formação acadêmica, mais pontos. Hoje a coisa ficou muito subjetiva, sem nenhum critério transparente e objetivo”, afirma.

A Previ argumenta que a retirada da pontuação deixou o processo “mais eficiente” para as comprovações dos candidatos e para a área que conduz a seleção. A entidade também afirma que a pontuação “nunca foi critério final” para a escolha do candidato a ser indicado, mas um “critério para o candidato estar ou não apto”, já que há outras etapas no processo.

Na avaliação de um interlocutor que prefere não se identificar, o novo modelo de seleção afrouxa os critérios e favorece a entrada de diretores da Previ nos conselhos das empresas participadas. “Todo o processo de indicação de conselheiros na Previ de longa data foi mudado. A política atual dispensa os diretores da ativa de fazer o processo e prioriza os diretores aos conselhos das maiores companhias”, afirma.

Atualmente, os seis diretores da Previ ocupam ao menos 12 assentos em companhias nas quais o fundo tem participação, distribuídos entre Vale, Gerdau, Iguatemi, Lojas Renner, Neoenergia, Vibra, Tupy, Grupo Litel e Aeroporto de Guarulhos. As indicações referentes ao conselho de administração da Vale — como a do presidente da Previ, João Fukunaga — não constam na lista pública do fundo, porque, de acordo com a entidade, não são feitas diretamente pela Previ e seguem uma regra de governança da companhia.

O fundo afirma que os diretores já passam por uma “avaliação rígida” para tomar posse em seus cargos na entidade. “Historicamente, se provou necessário e importante ter integrantes do corpo diretivo da Previ nos conselhos de empresas estratégicas, em função da representatividade direta e do alinhamento destes profissionais com a agenda e práticas preconizadas pela Previ. Ao participar dos conselhos das empresas, os diretores cumprem o dever fiduciário da entidade”, diz em nota.

O caso Fukunaga e de outros conselheiros

Em 2024, as indicações de quatro nomes com histórico em comum de atuação sindicalista — Wagner Nascimento, Márcio de Souza, Marcel Barros e Ernesto Izumi — para assentos em conselhos de empresas participadas da Previ também reacenderam críticas de “favorecimento” a um perfil específico, semelhante ao do presidente da entidade, João Fukunaga.

A nomeação de Fukunaga passou por questionamentos em 2023 e chegou a ser impedida duas vezes na Justiça. O afastamento temporário dele se deu porque se considerou que Fukunaga não preenchia os requisitos para o cargo: ele é historiador de formação e foi presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo e auditor sindical da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf). Em ambas as situações, porém, houve o entendimento de que Fukunaga acumulava as experiências exigidas para ocupar a posição.

Questionada, a Previ diz que três dos conselheiros citados foram indicados para empresas participadas antes do processo de 2024: Wagner Nascimento, em 2021; Márcio de Souza, em 2019; e Marcel Barros, em 2012. “Portanto, seria impossível para qualquer um deles se beneficiar de uma hipotética alteração de regra realizada em 2024”.

O fundo afirmou ainda que os quatro conselheiros “participam ou já participaram ativamente da governança da Previ”: Wagner Nascimento é diretor de seguridade da Previ desde 2020; Márcio de Souza é diretor de administração da Previ desde 2018; Marcel Barros foi diretor de seguridade de 2012 até 2020; e Ernesto Izumi foi membro do conselho deliberativo de 2020 até 2024”.

Marcio Chiumento, diretor de participações, reforçou ao Valor que não houve uma mudança no edital para facilitar a entrada de profissionais de associações, sindicatos, suas federações e confederações: “Essa possibilidade sempre existiu, até porque como nós temos a paridade, são representantes eleitos pelos associados. Houve ali uma mudança de redação para deixar mais claro o que já era considerado ao longo dos anos”.

Fonte: Valor Econômico

Estratégia “segura” de investimento evitaria rombo bilionário na Previ

Publicado em: 09/03/2025

Uma estratégia de investimentos “segura”, priorizando ativos de renda fixa, que garantem previsibilidade em pagamentos futuros, teria evitado o rombo bilionário na Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil (Previ), de acordo com especialistas consultados pela CNN.

O Tribunal de Contas da União (TCU) iniciou na semana passada uma auditoria na gestão da Previ, após um rombo de R$ 14 bilhões no Plano 1 entre janeiro e novembro de 2024.

A solicitação partiu do ministro Walton Alencar Rodrigues, que expressou “gravíssimas preocupações” com o resultado do fundo.

O resultado vai na direção contrária do histórico recente da Previ: em 2022, o resultado acumulado no ano ficou em superávit de R$ 5,2 bilhões; e em 2023, de R$ 9,8 bilhões.

O déficit de 2024, com gestão capitaneada pelo sindicalista João Fukunaga, só se compara ao resultado do fundo no pico da pandemia.

Em 2021 houve déficit de R$ 14,85 bilhões — mas num momento em que a crise da Covid-19 impactou cadeias globais de abastecimento e gerou volatilidade, afetando tanto investimentos de renda fixa quanto de renda variável, explicou a própria Previ em balanço anual.

Segundo Luigi Micales, gestor da Black Swan, o “maior desacordo” nas escolhas de investimentos do fundo é a distribuição percentual entre as classes de ativos.

Do total de 102 mil beneficiários da Previ, 3% estão na ativa, o que significaria que o fundo está em fase de pagamento de benefícios e não mais de acumulação

“Isso implica que deveria haver uma alocação mais conservadora, priorizando ativos de renda fixa que garantam a previsibilidade dos pagamentos futuros. Com resgates anuais de aproximadamente 8%, a Previ poderia priorizar uma alocação maior em renda fixa”, disse.

“Em um cenário em que títulos públicos pagam IPCA + 7,5% ao ano, o fundo poderia garantir um fluxo de caixa mais adequado à sua estrutura de pagamentos, trazendo maior previsibilidade e segurança financeira para seus beneficiários”, completou.

No acumulado de janeiro até novembro — período do rombo —, o Plano 1 da Previ concentrou 27,88% de seus ativos em renda variável.

Estes investimentos registraram 9,04% de prejuízo e lideraram as perdas no ano. Mesmo em 2021, durante a Covid-19, o déficit nesta classe foi menos expressivo (1,79%). Em 2022 e 2023 o lucro superou 16%.

Os ganhos com renda fixa ficaram abaixo dos percentuais registrados em anos recentes, mesmo em um cenário de juro elevado: 7,79%. Em 2021, o lucro com esta classe de ativos foi de 10,49%; em 2022, de 12,43%; e em 2023, de 11,21%.

Esta mesma percepção sobre a distribuição equivocada de ativos é compartilhada por Cássio Landes, head de Previdência e Seguridade da Valor Investimentos.

O especialista indica que “a diminuição da parcela de renda variável poderia ter mitigado parte do resultado negativo da Previ”.

Lucas Sharau, economista da iHUB Investimentos, afirma que, para minimizar riscos, uma estratégia conservadora deveria ser aplicada, com ativos pós-fixados, como o Tesouro Selic.

“Se houvesse uma gestão mais cautelosa, considerando o cenário econômico, a Previ poderia ter reduzido o impacto da volatilidade dos mercados e minimizado o déficit”, disse.

Impactos para aposentados do BB

Especialistas consultados pela CNN citam “vários motivos” que justificam a análise da saúde dos grandes planos de previdência complementar, desde o impacto no bolso dos brasileiros até as contas públicas, e a eventual possibilidade de casos de corrupção.

“Esses fundos têm uma obrigação social. Eles lidam com beneficiários que, ao longo da vida inteira, foram acumulando recursos para poder se aposentar. Quando ocorre um resultado negativo como esse, fica a dúvida de por quanto tempo isso vai se perpetuar”, afirma Cássio Landes.

A preocupação é que os beneficiários sejam impactados no futuro, já que a previdência é a “única ou principal fonte de renda que eles têm”, completa Landes.

Na Previ, os funcionários do Banco do Brasil (BB) na ativa contribuem mensalmente com uma parte de seus vencimentos para formar um fundo que, teoricamente, deve se multiplicar para pagar os benefícios dos aposentados e futuros aposentados.

“Perdas e prejuízos podem acontecer e, quando são confirmadas, o contexto das decisões que levaram a esses resultados devem ser analisados e justificados. Um bom parâmetro é a comparação da performance do fundo de pensão com o comportamento dos demais fundos de pensão do mercado”, avalia Gilberto Braga, professor de economia do Ibmec-RJ.

Jorge Boucinhas, professor da Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getulio Vargas (FGV/EAESP) cita a possibilidade de “malversação de recursos públicos”.

Mesmo sendo uma entidade fechada de Previdência Complementar, com dinheiro dos empregados do BB, o déficit da Previ gera risco para as contas públicas, já que a União pode ser acionada para suprir os recursos.

“Um fundo como esse tendo resultado negativo, se houver déficit por qualquer razão, muito possivelmente serão necessários aportes de novos recursos pelo ente público”, explica André Gilberto, CEO e responsável pela área de Direito Administrativo do CGM Advogados.

“Quando olhamos para uma Caixa Econômica, para um Banco do Brasil, estamos falando de uma potencial sangria em recursos de empresas públicas ou sociedades de economia mista muito importantes”, complementa.

Fonte: CNN Brasil

Ouvidoria da Previ recebe prêmio em evento promovido pela Abrarec

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A ouvidoria da Previ acaba de ser reconhecida como uma das melhores do país. A Entidade foi premiada no Prêmio Ouvidorias Brasil 2024, uma iniciativa da Associação Brasileira das Relações Empresa Cliente (Abrarec). A associação criou o Prêmio Ouvidorias Brasil, em 2012, com o objetivo de reconhecer organizações públicas e privadas pelo compromisso com a transparência, o atendimento de excelência e a adoção de boas práticas em ouvidoria.

Para Francisco Lassalvia, presidente do Conselho Deliberativo da Previ, o prêmio reafirma o compromisso da Entidade em ouvir e atender seus associados da melhor forma possível. “Esse reconhecimento chancela a qualidade do nosso trabalho e reforça a importância de uma ouvidoria comprometida com a transparência e a resolutividade. Nosso objetivo é sempre aprimorar o atendimento e garantir que a voz dos nossos associados seja ouvida e considerada na busca por soluções cada vez mais eficazes.”
Excelência em relacionamento

A Abrarec é uma associação sem fins lucrativos dedicada a promover a cultura do bom relacionamento entre empresas e clientes, aprimorar a capacitação profissional e certificar a excelência em relacionamento.

A premiação avalia diversos critérios, como governança, integração, inovação em processos, uso de tecnologia e amplitude de atendimento, reconhecendo as empresas que melhor se relacionam com seus públicos de interesse. O reconhecimento do Prêmio reafirma a dedicação da Previ em aprimorar constantemente seus canais de comunicação e atendimento, garantindo transparência e eficiência no relacionamento com seus associados.

A cerimônia de premiação será realizada no próximo dia 20 de março.

Fonte: Previ

Como Previ foi de histórico de superávit a rombo que preocupa o mercado

Publicado em: 26/02/2025

Após entregar resultados positivos nos fechamentos de 2022 e 2023, a Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil (Previ) passou a quase totalidade de 2024 no vermelho.

De janeiro e novembro do ano passado, o Plano 1 do fundo de previdência acumulou déficit de R$ 13,97 bilhões, resultado este que chamou atenção do Tribunal de Contas da União (TCU) e levou a corte a abrir uma auditoria sobre a gestão da Previ.

O rombo é o pior desde 2021, quando o fundo registrou fluxo negativo de R$ 15,78 bilhões no mesmo recorte temporal.

Rafael Zattar, professor de finanças e fundador da Carteira Z, ao olhar para o passado e para o rombo mais expressivo em 2021, aponta que “na época não teve tanto barulho porque o contexto era outro”.

“A economia ainda estava meio bagunçada por causa da pandemia, os juros subiram rápido e isso pegou praticamente todo mundo de jeito, não só a Previ”, explica.

“Como boa parte do prejuízo veio da marcação a mercado de títulos públicos, muita gente viu aquilo como um problema de curto prazo, sem impacto real no longo prazo. E, de fato, o déficit foi revertido rapidamente, então acabou não virando uma crise.”

Naquele momento, a crise da Covid-19 impactou cadeias globais de abastecimento e gerou volatilidade, afetando tanto investimentos de renda fixa quanto de renda variável, explicou a própria Previ em balanço anual.

No caso do atual rombo, Zattar explica que veio de dois lugares: a queda da Vale e a marcação a mercado dos títulos públicos.

“O prejuízo veio muito por causa da queda da Vale, o que liga um alerta sobre a falta de diversificação dos investimentos. Em vez de ser só uma consequência do mercado, como foi em 2021, dessa vez parece mais um erro na estratégia de gestão”, aponta o analista financeiro.

“Além disso, a nomeação de João Fukunaga, um sindicalista sem experiência no mercado financeiro, gerou desconfiança. Muita gente começou a se perguntar se a Previ está sendo bem administrada e se esse rombo não era evitável”, afirmou à CNN.

No acumulado de janeiro até novembro — período do rombo —, o Plano 1 da Previ concentrou 27,88% de seus ativos em renda variável.

Estes investimentos registraram 9,04% de prejuízo e lideraram as perdas no ano. Mesmo em 2021, durante a Covid-19, o déficit nesta classe foi menos expressivo (1,79%). Em 2022 e 2023 o lucro superou 16%.

Em 2021, o lucro com esta classe de ativos foi de 10,49%; em 2022, de 12,43%; e em 2023, de 11,21%.

“A Vale despencou 23% no ano, e como a Previ tem uma grande exposição na empresa, isso bateu forte no resultado. O problema aqui não é só a Vale ter caído, mas sim o tamanho da aposta no ativo”, avalia o analista financeiro.

“Quando um fundo coloca muito dinheiro em uma única ação, ele fica refém dos humores do mercado e de qualquer problema específico da empresa. Se fosse Petrobras, Itaú ou qualquer outra, o risco seria o mesmo. O fato é que faltou diversificação”, pontua.

E com a abertura da auditoria do TCU, Zattar observa que “o assunto ganhou outro tom”.

“A sensação é de que pode ter tido falha na administração do fundo. No fim das contas, não é só o tamanho do déficit que faz diferença, mas sim a percepção de que a situação poderia ter sido evitada”, conclui.

“Esses fatores [citados] levantam dúvidas sobre a diligência na gestão dos ativos da Previ e se estratégias mais conservadoras ou diversificadas poderiam ter sido adotadas para mitigar esses riscos. A Previ poderia ter evitado um déficit desse tamanho com uma gestão mais prudente, diversificando melhor os investimentos e reduzindo a exposição a ativos voláteis.”

Fonte: CNN Brasil

Rombos e CPI: histórico de fundos reforça necessidade de auditoria na Previ

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Para especialistas consultados pela CNN, o histórico de prejuízos e suspeitas em fundos de pensão deixam lições que devem ser aplicadas no recente caso da Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil (Previ).

A principal delas é de que: uma apuração profunda e sem viés político deve ser efetivada.

O Tribunal de Contas da União (TCU) iniciou, em 11 de fevereiro, uma auditoria na gestão da Previ, após um déficit de R$ 14 bilhões no Plano 1 entre janeiro e novembro de 2024. A solicitação partiu do ministro Walton Alencar Rodrigues, que expressou “gravíssimas preocupações” com o resultado do fundo.

Esse não é o primeiro episódio em que há questionamentos sobre a gestão de fundos de pensão no Brasil.

Entre 2015 e 2016, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) investigou suspeitas na gestão dos fundos da Caixa Econômica Federal (Funcef), dos Correios (Postalis), da Petrobras (Petro) e da própria Previ.

Esse não é o primeiro episódio em que há questionamentos sobre a gestão de fundos de pensão no Brasil.

Entre 2015 e 2016, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) investigou suspeitas na gestão dos fundos da Caixa Econômica Federal (Funcef), dos Correios (Postalis), da Petrobras (Petro) e da própria Previ.

Foram investigados indícios de fraude e má gestão no período entre 2003 e 2015.

O relatório aprovado pela CPI calculou prejuízo de R$ 6 bilhões nas quatro entidades e pediu esclarecimento sobre 353 suspeitas de crimes e infrações administrativas, além de 146 indiciamentos.

“Casos do passado mostram que é necessária uma auditoria. É uma medida de transparência da gestão e boa prática de governança. Se os resultados são provisórios, se comprometem a sustentabilidade dos planos, somente uma análise especializada independente dirá, afirma Gilberto Braga, professor de finanças do MBA do Ibmec.

Em 2021, um levantamento do próprio TCU identificou que 55% dos fundos de pensão apresentam suscetibilidade “alta” ou “extrema” a riscos de integridade.

O tribunal examinou a estrutura de governança de 31 Entidades Fechadas de Previdência Complementar (EFPC).

Se essa governança sempre estivesse em dia, casos mais drásticos do passado poderiam ter sido evitados, destaca Roberto Gil Uchôa, responsável pela Área de Finanças, da Escola de Negócios (IAG) da PUC-Rio.

“Por uma questão de governança e transparência, todos os fundos de pensão vinculados a empresas públicas deveriam expor em seus relatórios a parte de suas carteiras que estão sendo impactadas por influência legais e políticas, bem como os resultados contábeis e financeiros decorrentes. Talvez assim, situações como a do Postalis – fundo de previdência dos Correios –, que quase seguiu à insolvência, poderiam ser evitadas”, afirma Uchôa.

André Gilberto, CEO e responsável pela área de Direito Administrativo do CGM Advogados, indicou que a materialização desses riscos pode ter grande impacto e repercussões negativas em todo o sistema de previdência complementar.

“O quadro completo — fragilidades na governança, somadas às carências apontadas na fiscalização pela Previc — é bem preocupante”, alerta.

Para os especialistas ouvidos pela CNN, ainda não é possível cravar semelhanças e diferenças nos “porquês” entre o caso atual e o passado. Eles indicam que a auditoria do TCU sobre o fundo de pensão se faz necessária por este exato motivo: é necessário apurar as causas do prejuízo na Previ.

“Entender as causas e efeitos de um resultado negativo de um fundo de pensão é algo indispensável para se avaliar se ele é capaz de bancar seus compromissos futuros. Em particular, é preciso se saber se as perdas são conjunturais ou estruturais, indica o advogado Emanuel Pessoa.

Casos do passado

Segundo Renan Silva, professor de economia do Ibmec, em determinado aspecto a natureza do prejuízo do passado se diferencia daquele verificado na Previ entre janeiro e novembro do ano passado — que se concentra nos investimentos em renda variável, em empresas da bolsa de valores.

“No passado as perdas foram com ativos ilíquidos não listados em bolsa de valores, classificados como private equity, empresas em situação pré-operacionais ou mesmo startups. De qualquer forma, faz-se necessário uma auditoria independente para a conclusão sobre a origem dos prejuízos”, indica Silva.

A análise está em linha com a percepção de Luigi Micales, gestor da Black Swan.

“A Postalis, por exemplo, acumulou um rombo de R$ 5,6 bilhões em 2014 que foi resultado de investimentos que incluíam títulos da Venezuela e Argentina”, indica.

O advogado Emanuel Pessoa destaca que, mesmo durante a análise preliminar, casos passados de corrupção e ingerência política em fundos de pensão estatais geram receio diante de perdas elevadas.

“Entender as causas e efeitos de um resultado negativo de um fundo de pensão é algo indispensável para se avaliar se ele é capaz de bancar seus compromissos futuros. Em particular, é preciso se saber se as perdas são conjunturais ou estruturais, caso este último que seria mais preocupante”, pontua Pessoa.
Como funcionam os fundos de pensão?

Cada fundo de pensão possui um regulamento interno, que descreve as diretrizes de investimento que seus gestores devem seguir. Essa política de investimentos é aberta para que seus membros tenham clareza sobre onde estão colocando seu dinheiro.

Segundo a Previ, seu Plano 1, que é destinado aos funcionários do Banco do Brasil (BB) admitidos até dezembro de 1997, deve assegurar:

Complemento de aposentadoria por invalidez;
Complemento de aposentadoria por tempo de contribuição;
Complemento de aposentadoria por idade;
Complemento antecipado de aposentadoria;
Renda mensal vitalícia;
Renda mensal temporária por desligamento do plano;
Complemento de pensão por morte;
Renda mensal de pensão por morte.

“Os recursos arrecadados são investidos e a rentabilidade desses investimentos garante o pagamento dos benefícios. E tudo sob o controle do beneficiário, que participa da gestão dos recursos, podendo votar ou ser votado para o Conselho Deliberativo”, explica a cartilha do Plano 1 da Previ.

Fonte: CNN Brasil

Rombo levanta dúvidas sobre sustentabilidade da Previ a longo prazo

Publicado em: 19/02/2025

O resultado negativo do Plano 1 da Previ, que entrou na mira do Tribunal de Contas da União (TCU), traz à tona questionamentos sobre a gestão e sustentabilidade do fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil (BB).

Sob gestão do sindicalista João Fukunaga, a carteira auditada registrou rombo de R$ 14 bilhões entre janeiro e novembro de 2024.

“Quando a gente fala de resultados negativos consistentemente, cria uma questão sobre a sustentabilidade do fundo a longo prazo. Um ano ruim pode acontecer, mas o que se precisa garantir é que não tenha uma sequência de anos ruins”, afirma Tsai Chi-yu, co-fundador e CEO da Stay, empresa de tecnologia de previdência privada.

Se os ativos perdem valor ao longo de um determinado período, naturalmente o fundo terá um rendimento negativo, afirma Guilherme Viveiros, gestor da Wflow Investimentos.

A explicação pode vir desde flutuações de mercado até irregularidades na gestão. E é exatamente para esclarecer o que está por trás do rombo que o TCU está auditando a gestão da Previ.

Riscos além dos aceitáveis

André Gilberto, CEO e responsável pela área de Direito Administrativo do CGM Advogados, lembra que a avaliação do tribunal foi de que os riscos observados estariam “além do aceitável”, de modo a concluir que a materialização desses riscos pode ter grande impacto e repercussões negativas em todo o sistema de previdência complementar.

“O quadro completo — fragilidades na governança, somadas às carências apontadas na fiscalização pela Previc — é bem preocupante”, alerta o CEO do CGM Advogados.

Se essa governança sempre estivesse em dia, casos mais drásticos do passado poderiam ter sido evitados, destaca Roberto Gil Uchôa, responsável pela Área de Finanças, da Escola de Negócios (IAG) da PUC-Rio.

“Por uma questão de governança e transparência, todos os fundos de pensão vinculados a empresas públicas deveriam expor em seus relatórios a parte de suas carteiras que estão sendo impactadas por influência legais e políticas, bem como os resultados contábeis e financeiros decorrentes. Talvez assim, situações como a do Postalis – fundo de previdência dos Correios –, que quase seguiu à insolvência, poderiam ser evitadas”, afirma Uchôa.

Especialistas ouvidos pela CNN avaliam que o atual presidente da Previ, o sindicalista João Fukunaga, não teria o perfil técnico adequado para o cargo.

Governança em xeque

Ao solicitar a auditoria, o ministro do Tribunal de Contas Walton Alencar Rodrigues citou “gravíssimas preocupações” com o rendimento da carteira em questão, uma vez que a sequência de resultados fracos pode levar o BB e, consequentemente, a União a terem de aportar recursos para assegurar os pagamentos.

André Gilberto relembra, ao olhar para o cenário atual, de outros dois casos nos quais ações do TCU revelaram inconsistências sobre grandes fundos de pensão como a Previ.

Em 2021, um levantamento do TCU examinou a estrutura de governança de 31 fundos de pensão — conhecidos como EFPC.

Aproximadamente 55% das EFPC analisadas apresentam suscetibilidade alta ou extrema a riscos de integridade, o que decorre da baixa maturidade dessas instituições aos mecanismos de controle, conta Gilberto.

“Outra auditoria, concluída em 2023, avaliou os processos de fiscalização e regulamentação da Previc no setor de previdência complementar fechada”, complementa.

“Foram encontradas deficiências nessa atividade de fiscalização, falta de monitoramento contínuo das políticas de investimento das EFPC, insuficiência na gestão de riscos e governança, morosidade dos processos sancionatórios, carências sistêmicas para análise e tomada de decisões, dentre outros achados preocupantes.”

Como o rombo poderia ter sido evitado?

Viveiros, da Wflow Investimentos, reflete que é mais fácil “olhar para o retrovisor” e apontar o que foi feito e o que não, além de considerar que não é “uma tarefa fácil evitar esse resultado com base nas condições de mercado que víamos há mais de um ano”.

Porém, afirma que a “política de investimento [do Plano 1 da Previ] poderia ter sido alterada para diminuir os impactos de um mercado mais avesso ao risco, mas acredito que a Diretoria e o Conselho não visualizaram esse cenário de maneira tão clara”.

Uchôa reforça o ponto ao defender que “o ideal para a gestão de fundos de previdência, de uma forma geral, deveria ter a flexibilidade e a agilidade que um fundo multimercado tem para trocar de posição ou estratégia, quando os fundamentos do cenário anterior se modificarem”.

“Porém, isto é mais difícil de acontecer na Previ — o maior fundo de pensão do país –, à medida que suas aplicações são vultosas, cuja venda causaria uma queda abrupta de preços destes ativos no mercado”, conclui.

Como funcionam os fundos de pensão?

Cada fundo de pensão possui um regulamento interno, que descreve as diretrizes de investimento que seus gestores devem seguir. Essa política de investimentos é aberta para que seus membros tenham clareza sobre onde estão colocando seu dinheiro.

Segundo a Previ, seu Plano 1, que é destinado aos funcionários do Banco do Brasil (BB) admitidos até dezembro de 1997, deve assegurar:

Complemento de aposentadoria por invalidez;
Complemento de aposentadoria por tempo de contribuição;
Complemento de aposentadoria por idade;
Complemento antecipado de aposentadoria;
Renda mensal vitalícia;
Renda mensal temporária por desligamento do plano;
Complemento de pensão por morte;
Renda mensal de pensão por morte.

“Os recursos arrecadados são investidos e a rentabilidade desses investimentos garante o pagamento dos benefícios. E tudo sob o controle do beneficiário, que participa da gestão dos recursos, podendo votar ou ser votado para o Conselho Deliberativo”, explica a cartilha do Plano 1 da Previ.

Tsai Chi-yu indica que, a fim de assegurar esses pagamentos, as decisões de investimento nesses fundos de previdência e pensão tendem a ser mais conservadoras do que a média do mercado.

“O objetivo não é performar muito acima do mercado, porque visa ajudar as pessoas a acumularem patrimônio. A regulação não permite que invistam em coisas muito fora da caixinha”, explica o especialista em previdência privada.

“Tanto fundos de pensão como previdência privada aberta, as decisões costumam ser mais conservadoras e profissionais”, conclui.

Fonte: CNN Brasil

BB atende movimento sindical e instala GT sobre demandas de incorporados

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Em reunião com a Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), no dia 5 de fevereiro, o banco anunciou a criação de Grupo de Trabalho (GT) totalmente voltado para os impasses sobre a integração dos funcionários de bancos incorporados aos planos de previdência da Previ e de assistência médica da Cassi. Com a medida, o BB atende a uma reivindicação do movimento sindical. Os representantes do banco também reafirmaram a intenção de apresentar, até o dia 31 de julho, uma solução definitiva sobre o assunto.

Entre 2008 e 2009, o BB incorporou o Banco Nossa Caixa (BNC), o Banco do Estado de Santa Catarina (Besc) e o Banco do Estado do Piauí (BEP). No processo de integração, os empregos foram mantidos, mas, até hoje, os egressos dessas empresas não tiveram acesso aos mesmos benefícios da Cassi e Previ.

“Há pelo menos 17 anos o movimento sindical bancário luta por isonomia, ou seja, tratamento igual para todos os colegas”, ressaltou a coordenadora da CEBB, Fernanda Lopes. “Nossa expectativa sobre as propostas que o BB se compromete a apresentar no dia 31 de julho é muito grande. Mas essas propostas não podem ser construídas sem a participação dos trabalhadores que, há tantos anos, lutam para a solução dessas pendências e conhecem as especificidades das várias condições dos egressos. Somente com esse diálogo vamos conseguir construir uma solução definitiva e sustentável para o processo de integração e migração”, completou.

Antônio Netto, representante da Fetec-CUT/SP na CEBB, ponderou que, como responsável direto pelas incorporações, o BB também tem a responsabilidade sobre o custeio das transições de planos. “Nós, do movimento sindical, temos durante todo o tempo desse debate reforçado alguns princípios e o primeiro deles é que todos os colegas tenham acesso aos mesmos planos de previdência e saúde, entendendo que os benefícios devem ser concedidos de forma igualitária, mas garantindo a sustentabilidade e zelo da Cassi e Previ”, observou.

A diretora do Sindicato e funcionária do BB Adriana Ferreira reforça: “Cassi e Previ para todos é uma bandeira de luta antiga do movimento sindical. Esse é um anseio dos colegas dos bancos incorporados, em especial dos trabalhadores do BNC aqui em são Paulo. A gente aguarda com muita expectativa que agora venha a solução tão esperada por esses trabalhadores. Queremos que, após quase 17 anos de espera, finalmente se alcance a isonomia no funcionalismo do Banco do Brasil.”

Fonte: Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região

Planos da Previ têm ‘zero risco de equacionamento’, diz fonte

Publicado em: 06/02/2025

Os planos da caixa de previdência dos funcionários do Banco do Brasil (Previ) têm “zero risco de equacionamento”, afirmou ao Valor uma fonte próxima ao assunto, após o Tribunal de Contas da União (TCU) abrir nesta quarta-feira (5 de fevereiro) uma auditoria de urgência para apurar o resultado financeiro da entidade em 2024, a pedido do ministro Walton Alencar Rodrigues.

O equacionamento é uma forma de financiar um déficit em planos de previdência para que os participantes possam receber os benefícios futuros. Quando isso ocorre, o resultado deficitário é compensado por patrocinadores, participantes e assistidos.

Em sessão realizada hoje, ao citar informações disponibilizadas pela própria Previ, Alencar Rodrigues afirmou que, entre janeiro e novembro de 2024, o Plano 1 da entidade registrou perdas de R$ 14 bilhões, contra resultados superavitários nos dois anos anteriores.

Segundo o ministro, além de “elevar os riscos dos segurados”, o desempenho traz riscos também para o Banco do Brasil, “que em caráter extraordinário poderá ser obrigado a contribuir paritariamente com os segurados”.

De acordo com o interlocutor ouvido pelo Valor, os dados sobre desempenho dos fundos geridos pela Previ são públicos e disponibilizados mensalmente. O resultado de dezembro é o único que ainda não foi divulgado, o que será feito quando o fundo consolidar o resultado do ano completo, em março de 2025.

“Não é surpresa que tenha sido um ano difícil por razões conjunturais, os dados são publicados todos os meses”, disse a fonte, que atribuiu a abertura da auditoria a “um movimento político para atacar a atual gestão do fundo”.

Em fevereiro do ano passado, o presidente da Previ, João Fukunaga, foi afastado pela Justiça pela segunda vez – a primeira havia sido em 2023 –, sob a alegação de que ele não teria cumprido todos os requisitos para assumir o cargo. A decisão, contudo, foi suspensa em março.

Conforme o Valor mostrou na edição de terça-feira (4), o diretor de investimentos da Previ, Claudio Gonçalves, antecipou que o balanço de 2024 da entidade reflete um ano desafiador. Na ocasião, Gonçalves atribuiu parte do resultado às expectativas de juros e ao desempenho de empresas participadas que registraram forte queda.

O diretor ponderou, contudo, que os dividendos seguiram “robustos” e que a Previ mantém o foco na estratégia de gerar valor no longo prazo. “Estamos convictos das nossas teses de investimento, seguindo à risca o que a política nos direciona. Sabemos que são questões circunstanciais”, disse.

Fonte: Valor Econômico

ANAPAR repudia decisão do TCU de auditar a Previ

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A Associação Nacional dos Participantes de Previdência Complementar e Autogestão em Saúde (ANAPAR) vem a público manifestar seu repúdio à decisão do Tribunal de Contas da União (TCU) de abrir auditoria emergencial na Previ.

Reiteramos nossa posição histórica de que a fiscalização das Entidades Fechadas de Previdência Complementar (EFPC) deve ser realizada pela Previc, órgão fiscalizador do setor, conforme estabelecido pela legislação vigente. Qualquer interferência direta do TCU sobre os fundos de pensão configura uma afronta ao modelo regulatório estabelecido e pode gerar insegurança institucional para as entidades e seus participantes. O TCU tem competência para auditar entes públicos da União, enquanto a Previ, assim como os demais fundos de pensão, é uma entidade de previdência complementar privada.

A auditoria anunciada tem como justificativa um alegado prejuízo do “Plano 1” da Previ. No entanto, a gestão de investimentos e a fiscalização já são acompanhadas por instâncias competentes, como Previc, CVM e Banco Central, e por mecanismos de governança que garantem transparência e segurança aos participantes. O modelo de previdência complementar brasileiro é robusto, sem necessidade de interferência de órgãos externos alheios à dinâmica do setor.

A ANAPAR destaca que a rentabilidade dos fundos de pensão deve ser analisada sob uma perspectiva de longo prazo, dado que seus investimentos seguem ciclos prolongados de formação de reservas e gestão previdenciária. Avaliações focadas apenas no curto prazo podem distorcer a percepção sobre a solidez do sistema, que atualmente administra ativos no valor de R$ 1,3 trilhão e desembolsa anualmente R$ 100 bilhões em benefícios para mais de 860 mil participantes. A Previ, por exemplo, pagou cerca de R$ 16 bilhões sem precisar se desfazer de seus ativos, pois a rentabilidade aferida com seus ativos foi suficiente para cobrir os compromissos da entidade.

Há, portanto, uma confusão premeditada entre “déficit” e “prejuízo”, pois a Previ e outros fundos de pensão não liquidaram ativos para cobrir suas obrigações. Além disso, é essencial diferenciar déficits conjunturais e estruturais. O primeiro decorre de oscilações econômicas e não reflete necessariamente problemas na gestão dos fundos. Déficits conjunturais são temporários e podem ser administrados com ajustes estratégicos. O resultado que suscitou interesse do TCU é conjuntural: o ano de 2024 foi atípico, marcado pela desvalorização da bolsa de valores e pelo aumento significativo das taxas dos títulos públicos, impactando temporariamente os resultados.

A estrutura de governança da Previ é robusta, contando com Conselho Fiscal, Auditoria Interna, Comitê de Auditoria e auditoria externa, além de fiscalização pelo patrocinador, o Banco do Brasil. Importante ressaltar que não há possibilidade de o Banco do Brasil arcar com custos adicionais, pois a Previ não terá nenhum plano de equacionamento.

A ANAPAR reafirma seu compromisso com a defesa dos direitos dos participantes e assistidos das EFPC e seguirá vigilante contra qualquer tentativa de interferência indevida na governança dos fundos de pensão. Exigimos que as normativas e os papéis institucionais sejam respeitados para a manutenção da segurança jurídica e do equilíbrio do setor.

Fonte: Anapar

Previ se posiciona sobre notícias de auditoria do TCU

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Nesta quarta-feira, 5/2, foram divulgadas notícias de uma possível auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU) envolvendo a Previ. Diante do fato, a Entidade informa que não comenta decisões do tribunal, órgão responsável por fiscalizar a aplicação de recursos públicos.

Em respeito aos associados, a Previ esclarece que embora o ano de 2024 tenha apresentado grande volatilidade, os planos continuam em equilíbrio — muito por conta do bom resultado de 2023, também construído pela atual gestão. Não há, portanto, nenhum risco de equacionamento, nem de pagamento de contribuições extraordinárias pelos associados ou pelo Banco do Brasil (BB).

É necessário ainda corrigir afirmações e alertar nossos associados a respeito de um erro de entendimento mencionado nas matérias. O déficit de um determinado período não pode ser confundido com prejuízo. São conceitos bem distintos. A Previ não precisou vender nenhum ativo em 2024 para recompor suas reservas ou cumprir com suas obrigações. Pelo contrário, segue saudável pagando mais de R$ 16 bilhões em benefícios por ano, inclusive com recursos oriundos de dividendos das empresas que possui em seu portfólio.

Já acerca das ilações de falhas na gestão, a Entidade registra seu mais veemente repúdio, pois afirmações rasas trazidas a público desqualificam um assunto de relevada importância para milhares de associados, e levam intranquilidade para pessoas que, em sua maioria, já passaram dos 70 anos de idade.

Governança

Por se tratar de uma Entidade Fechada de Previdência Complementar, a Previ é fiscalizada pela Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc) e regulada pelo Conselho Nacional de Previdência Complementar (CNPC). A Entidade sempre esteve à disposição para fornecer informações, tanto nas constantes fiscalizações de seu órgão fiscalizador, como nas auditorias externas e do patrocinador.

Cabe ainda destacar que, seguindo as boas práticas de gestão e governança, a Previ está submetida a outras diversas instâncias de fiscalização, como o Comitê de Auditoria e as auditorias externas feitas anualmente pelas mais conceituadas e reconhecidas empresas do mercado. A estrutura de governança ainda conta com Conselho Deliberativo, Conselho Fiscal e conselhos consultivos dos planos.

Nosso nível elevado de governança, baseado na técnica e nas melhores práticas de gestão, garante a participação plena dos associados, e tem sido historicamente reconhecido nos mais diversos organismos que já tiveram a oportunidade de estudar ou fiscalizar a nossa gestão de planos previdenciários.

Transparência

Ressaltamos que os resultados da Previ são publicados mensalmente, de forma transparente, nos canais de comunicação da Entidade, mesmo não sendo uma obrigação legal. Reafirmamos, por fim, que seguiremos firmes na missão de pagar benefícios para os nossos quase 200 mil associados, como temos feito há 120 anos.

Fonte: Previ

TCU aprova abertura de auditoria, em caráter de urgência, sobre a gestão da Previ

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O Tribunal de Contas da União (TCU) aprovou nesta quarta-feira (5) a abertura de uma auditoria, em caráter de urgência, sobre a gestão da Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil (Previ). O ministro Walton Alencar Rodrigues, ao fazer o pedido, relatou “gravíssimas preocupações”.

Ele citou que, especificamente entre os meses de janeiro e novembro de 2024, o “Plano 1” da Previ “acumulou prejuízo” de aproximadamente R$ 14 bilhões. Sobre os investimentos do plano Previ, o ministro mencionou que houve rendimento de apenas 1,58% em 2024.

“O fato é seríssimo, elevando os riscos dos segurados do Banco do Brasil. Comparativamente aos anos anteriores, foi pífio o desempenho atual dos planos da Previ. No ano passado, o desempenho foi substancialmente menor, para quase todas as classes de investimento, renda fixa, renda variável, ativos, imobiliários e investimentos estruturados”, disse o ministro.

Alencar Rodrigues também falou em “situação de inequívoco risco” para todos os beneficiados pelo plano e indicou que “sérios problemas de gestão parecem estar a afligir a entidade”.

Foi encaminhado despacho à Secretaria Geral de Controle Externo para o levantamento de informações. “Há a perspectiva de danos graves para o Banco do Brasil, sociedade de economia mista, cujo controle pertence à União, que, em caráter extraordinário, poderá ser obrigada a contribuir paritariamente com os assegurados”, mencionou.

Fonte: Infomoney

Previ prioriza renda fixa no Plano 1 em nova política de investimentos

Publicado em: 04/02/2025

A política de investimentos do ciclo 2025-2031 da Previ, caixa de previdência dos funcionários do Banco do Brasil, tem como principais destaques a atualização das métricas de risco, retorno e macroalocação. Para os próximos sete anos, o fundo também manterá o foco em critérios ambientais, sociais, de governança e de integridade (ASGI) nas estratégias corporativas e de investimentos.

Em um cenário de juros altos, a fundação seguirá com a tática de imunização dos ativos do Plano 1, isto é, migrando de renda variável para renda fixa, em especial NTN-B, como já vinha sendo feito, e CDI pós-fixado, este com mais ímpeto a partir deste ano. Enquanto isso, o Plano Previ Futuro passará por uma reestruturação.

A diretora de planejamento da Previ, Paula Goto, diz que a política de investimentos passa por diferentes diretorias e colegiados para trazer mais segurança. “Temos um modelo de segregação de funções que norteia esse processo de gestão de investimentos, que é pensado de acordo com o cumprimento dos objetivos de longo prazo de cada plano de benefícios”, afirma.

Em fase de pagamento de benefícios (R$ 16 bilhões ao ano), o Plano 1 busca previsibilidade. A maior parte dos participantes é de aposentados e pensionistas (mais de 104 mil), com só 3 mil funcionários na ativa. Como reflexo, o plano vem reduzindo exposição à renda variável. Dos R$ 228,47 bilhões sob gestão no Plano 1, R$ 142,79 bilhões (62,5%) estão em renda fixa. O objetivo é que todo esse portfólio seja imunizado.

“É impossível ignorar uma Selic a 13,25%, que está apontando para 15% nos próximos meses, e não falar em renda fixa pós”, afirma o diretor de investimentos da Previ, Claudio Gonçalves. Os investimentos prioritários têm sido NTN-B longa e CDI pós-fixado.

Já o Plano Previ Futuro, que tem R$ 34,46 bilhões geridos e ainda está em fase de acumulação e aceita mais risco, passará por uma reestruturação nos oito perfis de investimento. “Com a mudança estrutural dos perfis, cada perfil terá a sua carteira”, explica Goto. Hoje, o Plano Futuro é estruturado como um bloco único. Com a mudança, o gestor vai ter mais flexibilidade para entregar o nível de volatilidade e de retorno adequado ao risco que o participante escolhe.

Para 2025, Gonçalves diz ainda que a Previ está de olho em oportunidades no exterior como forma de diversificação. Além disso, mira no setor imobiliário, via fundos (FII), com destaque para o potencial dos “data centers”.

“Os data centers são cada vez mais necessários na expansão de inteligência artificial, criptomoedas, armazenamento em nuvem e desenvolvimento de novas tecnologias. Olhar essa possibilidade pode gerar valor”, afirma. No caso dos FII, a percepção é que há vários fundos com “oportunidade de prêmio”, segundo Gonçalves.

A resolução 4994 do Conselho Monetário Nacional (CMN) proíbe a compra de imóveis físicos por fundos de previdência e prevê a venda do portfólio físico que detêm até 2030. Com isso, esses fundos só podem investir em imóveis via FIIs. No caso da Previ, Gonçalves diz que há uma lista dos imóveis prioritários para a venda, mas a expectativa é que a resolução seja revertida antes do prazo final.

Quanto ao balanço da Previ em 2024, Gonçalves diz que foi um ano difícil, com surpresas nas expectativas de juros nos EUA e no Brasil afetando os resultados. Segundo ele, a carteira de renda variável sofreu com quedas em empresas como Vale, Neoenergia e Tupy, mas os dividendos permaneceram robustos. Apesar disso, a Previ manteve as estratégias com foco no longo prazo. “Estamos convictos das nossas teses de investimento, seguindo à risca o que a política nos direciona. Sabemos que são questões circunstanciais.”

O presidente da Previ, João Fukunaga, acrescenta que a política de investimentos seguirá norteada pelo Pacto ASGI, que baliza as decisões em critérios ambientais, sociais e de governança.

Fonte: Valor Econômico

De olho no futuro: Políticas de Investimentos da Previ são atualizadas

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Quanto mais longa a viagem, mais detalhados devem ser os planos. E se o destino é a aposentadoria, é ainda mais importante definir a direção que deve ser seguida. Os documentos que servem como bússola da gestão de ativos da Previ, as Políticas de Investimentos, foram atualizados para o próximo ciclo de sete anos, de 2025 até 2031.

A Política de Investimentos da Previ é elaborada pela Diretoria de Planejamento, aprovada pela Diretoria Executiva e pelo Conselho Deliberativo e executada pela Diretoria de Investimentos. Essa segregação de funções traz mais segurança no processo de gestão e fortalece o modelo de governança.

As Políticas buscam o equilíbrio ideal da relação risco e retorno, de acordo com o perfil de cada plano de benefícios. O objetivo é atingir a rentabilidade necessária para cumprir os compromissos com os associados, e dessa forma, garantir que os investimentos tenham o risco adequado e a liquidez necessária por meio de uma gestão eficiente, eficaz e inovadora.

Um dos destaques no ciclo 2025-2031 é a atualização das métricas de risco, retorno e macro alocação, além do fortalecimento do foco da atuação da Previ nos critérios Ambientais, Sociais, de Governança e de Integridade em suas estratégias corporativas e na filosofia de investimentos, que engloba as diretrizes gerais e diretrizes de ASGI, e vale para todos os planos administrados.

Uma política para cada plano

Cada plano da Previ tem características próprias. O Plano 1 é o mais maduro – tem quase a totalidade de associados já recebendo benefícios, é fechado para novas admissões desde 1998 e tem R$ 228,47 bilhões em investimentos. Por isso, a Política desse plano é construída a partir da busca pela segurança e perenidade, tendo como referência o conceito de investimentos orientados pelo passivo.

Ou seja: são adotados parâmetros que priorizam, além da rentabilidade, a liquidez e a aderência dos investimentos às obrigações do plano. O objetivo é honrar os compromissos atuariais e proporcionar oportunidades de melhoria dos benefícios previdenciários, de forma a atender aos anseios e expectativas dos participantes ativos, aposentados e pensionistas.

Para atender a esse objetivo, existe um constante aperfeiçoamento das análises e das ferramentas utilizadas na formulação da Política de Investimentos, como as análises de cenários (econômicos, sociais, tecnológicos, setoriais) e de riscos, e o gerenciamento integrado de ativos e passivos (ALM). Como explica Cláudio Gonçalves, diretor de investimentos da Previ:

“O Plano 1 já paga mais de R$ 16 bilhões por ano em benefícios. Ao elaborar a Política, procuramos o equilíbrio, com o alinhamento do prazo médio do passivo com o da rentabilidade dos investimentos. Ou seja: o casamento entre tudo o que a Previ precisa pagar aos associados com o desempenho que queremos que os investimentos tenham”.

Já no Previ Futuro e no Previ Família, que são planos que estão em fase de acumulação, a referência é o conceito de busca por performance, que consiste na orientação dos investimentos para obtenção de melhor desempenho dentro dos diferentes perfis escolhidos pelos participantes. Para o Previ Futuro, que é um plano de Contribuição Variável, com R$ 34,46 bilhões em ativos, as mudanças no direcionamento dos investimentos foram estruturais, que permitirão evoluções incrementais.

O valor do benefício a ser recebido pelos associados do Previ Futuro depende do quanto eles acumularam durante a vida laboral. O valor dessa reserva financeira, por sua vez, depende de três elementos: contribuições efetuadas, tempo de contribuição e rentabilidade alcançada pelo investimento dos recursos do plano. Para personalizar o processo de acordo com as características de cada um, os participantes podem escolher entre oito perfis de investimento oferecidos pela Previ: quatro na modalidade risco-alvo, segmentados em conservador, moderado, arrojado e agressivo; e outros quatro na modalidade data-alvo, com os ciclos de vida 2030, 2040, 2050 e 2060.

Atualmente o Previ Futuro é estruturado como um bolo único de investimentos, com os perfis segregados de forma gerencial. Isso significa que o mesmo título público que existe no Perfil Agressivo também existe no Perfil Conservador, mas em percentuais diferentes, com a maioria deles sendo de longo prazo, voltados para a jornada previdenciária.

A diretora de Planejamento da Previ, Paula Goto, explica: “Essa estratégia fazia sentido quando o projeto dos Perfis de Investimentos foi criado, em 2009. Naquela época, a maioria dos associados do plano tinha em média 30 anos de idade e uma longa jornada de acumulação pela frente. Rendeu bons frutos, o perfil conservador, por exemplo, tem uma rentabilidade de 123% do CDI desde o seu início. Mas é hora de mudar, para ficar mais aderente ao cenário que estamos vivendo no momento”.

Com a mudança estrutural, cada perfil terá a sua carteira, o que proporcionará mais agilidade e eficiência. “Os perfis mais conservadores, por exemplo, poderão ter mais títulos com vencimentos curtos, o que gera menos volatilidade. Com a estratificação também teremos benchmarks diferentes para cada perfil, assim como limites de macro e mesoalocação”, complementa Paula.

Investimento Responsável

A análise dos aspectos Ambientais, Sociais, de Governança e Integridade (ASGI) já fazia parte das Políticas de Investimentos dos planos da Previ, mas ganhou ainda mais ênfase para o ciclo 2025-2031.

Essa é uma das principais diretrizes das Políticas de Investimento dos planos. Na governança de investimentos, são realizadas análises levando em consideração o Rating ASGI, uma ferramenta utilizada pela Previ na análise dos investimentos desde 2021 e que agora está sendo compartilhada com outros fundos de pensão, por meio de um convênio com a Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Privada, a Abrapp.

As Políticas definem formas de utilização do Rating, como na análise de possibilidade de desvalorização, perdas financeiras ou de danos à imagem da Previ, resultantes de falhas ou eventos relacionados a fatores ASGI nos ativos do portfólio. Se alguma empresa ou ativo for classificado com a pior nota do rating, que começa em AAA e termina em F, o investimento pode ser vedado.

A Previ foi uma das fundadoras do PRI, a Iniciativa para o Investimento Responsável criada pelo ONU. Em 2025 o PRI in Person, evento global dedicado ao investimento responsável organizado pela Iniciativa, será realizado no Brasil. As duas últimas edições tinham sido realizadas no Canadá e no Japão.

“É uma oportunidade importante para se reunir com líderes e professionais do setor, discutindo e promovendo ações de investimento responsável. Queremos nos conectar cada vez mais com a discussão da agenda ASGI no espectro global e de reforçar o protagonismo da Previ na implementação dos princípios no Brasil”, explica Cláudio Gonçalves.

O presidente da Previ, João Fukunaga, explica a importância desse alinhamento ASGI quando se trata de longo prazo: “A Previ, assim como outras entidades, está presente no futuro dos associados e da sociedade. São R$ 16 bilhões em benefícios pagos por ano. Nosso propósito é cuidar do futuro das pessoas. Olhamos para a rentabilidade dos ativos hoje, mas também temos que pensar no quanto essa rentabilidade é sustentável a longo prazo, daqui a 20, 30, 40 anos. Ter os critérios ASGI e de Investimento Responsável inseridos nas Políticas de Investimento nos faz tratar desses temas de forma efetiva”.

Fonte: Previ

Marcio de Souza é eleito novo presidente do Conselho Deliberativo da Abrapp

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O diretor eleito de Administração da Previ, Márcio de Souza, foi eleito novo presidente do Conselho Deliberativo da Abrapp (Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar), em reunião realizada na terça-feira, 21 de janeiro, a primeira do colegiado em 2025.

“Estou honrado pela confiança que a diretoria da Previ depositou em mim para representar a nossa Entidade na Abrapp e pela confiança dos demais fundos de pensão que foram eleitos para o Conselho Deliberativo da Abrapp pela escolha do meu nome para exercer a presidência”, agradece Márcio de Souza.

“Uma Abrapp representativa significa o fortalecimento do sistema de previdência complementar dos trabalhadores. Temos muitos desafios na agenda e o principal deles será ampliar a cobertura da poupança previdenciária no Brasil”, acrescenta.

Fundada em 1978, a Abrapp é a entidade que representa os fundos de pensão fechados. O mandato do Conselho vai até 2027 e a posse dos novos dirigentes, incluindo o novo presidente da Abrapp, Devanir Silva, será no dia 4 de fevereiro, em São Paulo.

A Abrapp tem desempenhado papel importante na defesa do sistema de previdência complementar fechado dos ataques do mercado, como nas recentes campanhas, junto com os eleitos da Previ, Anapar, Anabb, outras entidades representativas do funcionalismo do BB e outros fundos de pensão, pela rejeição dos PLPs 68/2024 e 108/2024.

Fonte: Associados Previ

Previ revisa premissas atuariais; parâmetros são essenciais para cálculos

Publicado em: 23/01/2025

A Previ concluiu recentemente a revisão anual de suas premissas atuariais. Os estudos apontaram a necessidade de mudanças na tábua de mortalidade de inválidos de ambos os planos, na rotatividade do Previ Futuro e na Família de Pensionistas dos Planos 1 e Previ Futuro.

A realização de estudos técnicos de adequação das premissas é uma exigência legal para as Entidades Fechadas de Previdência Complementar (EFPC) e, em geral, deve ter validade máxima de três anos. Porém, anualmente, a Previ indica quais premissas e hipóteses atuariais devem ser objeto de estudo para que estejam sempre adequadas às características das populações dos planos de benefícios.

As premissas e hipóteses atuariais definidas estarão refletidas nos resultados do fechamento de 2024 e serão consideradas ao longo do exercício de 2025.

E o que mudou?

Quanto às taxas reais de juros, os estudos atestaram a adequação das taxas adotadas atualmente nos planos, que permanecem em 4,75% a.a. no Plano 1 e 4,62% a.a. no Previ Futuro. A manutenção das taxas se justifica não só pelas incertezas presentes nos atuais cenários, mas também pela expectativa de que, ao longo do tempo, as taxas reais de juros no Brasil se aproximem das praticadas na maior parte dos países do mundo, inclusive nos países emergentes comparáveis, ou seja, que retornem a patamares mais baixos nos médio e longo prazos.

Em relação à Família de Pensionistas (Hx), realizamos a atualização da base de ambos os planos para 2024, refletindo a realidade atual das famílias dos associados. Essa premissa é utilizada para estimar o encargo das pensões a conceder, ou seja, o compromisso dos planos com os futuros pensionistas.

No campo biométrico, o estudo sobre a longevidade dos participantes e assistidos do Plano 1 atestou que a atual tábua de mortalidade de válidos, BR-EMSsb-2015, continua sendo a mais aderente ao comportamento observado na população do plano. O mesmo acontece no Previ Futuro, onde foi indicada a manutenção da tábua BR-EMSsb-2015 Suavizada em 10%.

Já na tábua de mortalidade de inválidos, observamos que a tábua RP-2014 Female está mais adequada ao perfil de mortalidade dos inválidos dos planos da Previ. Para a tábua de entrada em invalidez, não foi apontada necessidade de estudo em 2024, tendo em vista a atualização no exercício anterior, ocasião em que passamos a utilizar a tábua Experiência Previ 2019 Suavizada em 10%.

Sobre a rotatividade, foi adotada a tábua de Rotatividade Previ 2024 apenas para o plano Previ Futuro, refletindo os movimentos de desligamento dos últimos 8 anos. Para o Plano 1 foi mantida a premissa de rotatividade zero, considerando que o plano está fechado para novas adesões desde 1997, com uma população madura e com participantes ativos representando apenas 3% do total, quase todos já elegíveis à aposentadoria.

Por fim, citamos as demais premissas que não foram estudadas ou não sofreram alteração nos estudos de 2024: crescimento real de salários, idade estimada de entrada em aposentadoria, taxa de carregamento e inflação de longo prazo.

É importante ressaltar que a revisão das premissas atuariais é feita para dar mais segurança aos planos no longo prazo e assegurar o cumprimento da nossa Missão de garantir o pagamento de benefícios e prover soluções que proporcionem proteção aos associados e seus familiares, de forma integral, segura e sustentável.

Fonte: Previ

Benefícios do Plano 1 e do Previ Futuro têm reajuste

Publicado em: 19/01/2025

Os benefícios dos aposentados e pensionistas dos Planos 1 e Previ Futuro são reajustados anualmente em janeiro, com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), indexador dos planos de benefícios da Previ. O pagamento desse mês de janeiro já inclui a correção aplicável.

Para os benefícios concedidos até 31/01/2024, o reajuste deste ano será de 4,768115%, incidindo sobre os complementos e rendas de aposentadoria ou pensão.

Confira os percentuais de reajuste de cada plano:

Percentuais de Reajuste e Regras de Aplicação

Para realizar o cálculo do reajuste em 2025, a Previ aplicou o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) acumulado entre os 12 meses imediatamente anteriores, entre 01/01/2024 e 01/01/2025, com seis casas decimais, observando as seguintes premissas:

Plano 1

  • Benefícios concedidos até 23/12/1997 (inscritos na Previ até 03/03/1980): o reajuste de 4,768115% é aplicado sobre o valor total do benefício da Previ somado ao do INSS. Para determinar o complemento da Previ reajustado, subtrai-se o valor do benefício pago pelo INSS do total.
  • Benefícios concedidos após 23/12/1997 (inscritos em qualquer data): o reajuste de 4,768115% incide apenas sobre os complementos e rendas pagos pela Previ.
  • Benefícios concedidos há menos de um ano: o primeiro reajuste é pro rata e considera o INPC acumulado entre o primeiro dia do mês de início do benefício até 01/01/2025. Por exemplo: se o benefício começou em 15/05/2024, é aplicado o INPC acumulado entre 01/05/2024 e 01/01/2025, que é 2,761132%. A exceção fica para as pensões por morte de participantes que já estavam aposentados, pois o primeiro reajuste leva em conta o INPC acumulado entre 01/01/2024 e 01/01/2025.
    Plano Previ Futuro

Benefícios concedidos há menos de um ano:

  • Se for complemento de aposentadoria por invalidez ou de pensão por morte de participante que estava na ativa na data do seu falecimento, o primeiro reajuste é pro rata e calculado pelo INPC acumulado entre o primeiro dia do mês de início do benefício e 01/01/2025. Por exemplo: se o benefício começou em 15/05/2024, é aplicado o INPC acumulado entre 01/05/2024 e 01/01/2025, que é 2,761132%.
  • Para rendas de aposentadoria e de pensão por morte de participantes que já estavam aposentados, o reajuste é pro rata e considera o INPC acumulado entre a data de início do benefício e 01/01/2025. Por exemplo: se o início do benefício da Previ é 15/05/2024, o reajuste utiliza o INPC acumulado entre 15/05/2024 e 01/01/2025.
    Benefícios do INSS

Os benefícios pagos pelo INSS também são reajustados anualmente, na mesma data de reajuste do salário-mínimo, levando em conta as respectivas datas de início ou o último reajustamento. O Instituto utiliza a variação do INPC do ano anterior e outros critérios definidos pela legislação federal.

Quem recebe o benefício do INSS na folha de pagamento da Previ vai ter seu valor reajustado na folha de janeiro.

INPC ou IPCA?

Desde maio de 2004 a Previ adota o Índice Nacional de Preços ao Consumidor, o INPC, como indexador dos planos de benefícios. Esse é o índice utilizado na correção dos benefícios, contribuições e no cálculo da meta atuarial dos planos. Mas você sabe como ele funciona e por que foi escolhido? Qual indexador é melhor?

Fonte: Previ

Cyntia Ramos de Lima, ouvidora da Previ, assume Gerência Executiva da Cassi

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Cyntia Ramos, ouvidora da Previ, tomou posse, no dia 13 de janeiro, como Gerente Executiva da Secretaria Executiva da Cassi. “Estou muito feliz com a perspectiva de assumir novos desafios e de poder expandir meu trabalho para outra Caixa muito importante para todos nós, funcionários e ex-funcionários do Banco do Brasil. Aproveitei toda a jornada da minha carreira com entusiasmo e vontade de aprender. Os últimos desafios foram sensacionais de serem vividos. Ser a Ouvidora da nossa Previ e participante do Programa de identificação de talentos negros do nosso conglomerado foram oportunidades sem igual. Continuo com olhar inaugural para a vida e para todas as possibilidades que ela oferece; sigo querendo melhorar processos e fazer a diferença na vida das pessoas. Ser a primeira nomeada do Programa Raça é Prioridade é, para mim, motivo de orgulho. Dentro de mim, só há gratidão por todas essas oportunidades”, disse Cyntia.

Rafael Vieira de Matos, gerente executivo da Secex, fez parte da caminhada de Cyntia e compartilha sua alegria. “É um momento importante para a Cyntia, por seus méritos, história, trajetória e trabalho. É também um momento importante para a Previ. Pude participar como seu mentor no Programa Raça é Prioridade do banco e trabalhar com ela pela vinculação da Ouvidoria à Secex, que por sua vez está ligada ao Conselho Deliberativo da Previ. Foi uma experiência muito positiva e posso dizer que mais aprendi do que ensinei nesse processo. A nossa Entidade é um espaço de excelência em formação de talentos dentro do conglomerado do BB. Além disso, poder participar de um programa de ascensão no BB com chances de se movimentar na carreira para qualquer entidade ligada ao banco é uma possibilidade incrível para cada funcionário que reforça a aproximação entre o BB e a Previ. Desejo que a Cyntia continue com a mesma energia e dedicação à sua carreira. Todos temos a ganhar com isso.”

Cyntia é mestre em Análise do Discurso pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro -UERJ, com MBA em Gestão de Processos, Inovação Corporativa e Gestão de Negócios para o Desenvolvimento Sustentável, além de pós-graduação em Língua Portuguesa. É certificada em Gestão de Mudanças (Human Change Management Institute – HUCMI), em investimentos (CPA-20) e em Ouvidoria pela Associação Brasileira de Ouvidores – ABO.

Ingressou no Banco do Brasil em 2006 e dedicou 16 anos da carreira à Previ, onde passou pelas Diretorias de Seguridade, Planejamento e Administração. Recentemente estava vinculada ao Conselho Deliberativo. Tem experiência significativa na coordenação de projetos estruturantes e na temática de melhoria contínua de processos.

Fonte: Previ

Ex-dirigentes da Previ são absolvidos em caso do FIP GEP

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No dia 17 de janeiro, ex-dirigentes da Previ foram absolvidos pela Justiça no caso do Fundo de Investimento de Participações Global Equity Properties, o FIP GEP. Também foram absolvidos ex-dirigentes de outros fundos, como Funcef, Petros e Fapes.

Os ex-dirigentes eram apontados pelo Ministério Federal, no âmbito da Greenfield, como responsáveis ou participantes de análises e aprovações irregulares de investimentos. Na sentença, o juiz federal Antonio Claudio Macedo da Silva, da 10ª Vara Federal Criminal de Brasília, destacou que as “práticas irregulares realizadas no FIP não tinham como ser de conhecimento dos gestores das Entidades Fechadas de Previdência Complementar, nem tampouco ser detectadas pelas áreas técnicas”.

A sentença também ressalta que o investimento não estava em desacordo com a Política de Investimento da época, não comprometia a necessidade de diversificação, assim como com a produção de retornos compatíveis com as metas atuariais. Desde 2016, os investimentos em FIP são vetados nas Políticas de Investimento da Previ.

Em 2015, quase um ano antes da Operação Greenfield ser deflagrada, a Previ liderou o processo de substituição do gestor do FIP GEP, assim que foram identificados problemas na gestão. O objetivo era reforçar o acompanhamento e a diligência sobre os recursos investidos. Desde então, a Previ sempre esteve à disposição das autoridades para contribuir e prestar todas as informações necessárias para o completo esclarecimento dos fatos.

FIPs: necessidade de regulação fortalecida

No último ano a Previ tem levado para debate em diversos fóruns qualificados e, também na imprensa, a importância de melhorar a regulação em FIPs para que seja possível voltar a investir nesse tipo de instrumento. “É por uma falta de arcabouço fortalecido que a Previ tem uma vedação para invetir em FIP. Essa vedação vai continuar enquanto a legislação não mudar, por mais recomendado que seja esse tipo e investimento”, disse o presidente João Fukunaga em entrevista para o jornal Valor, em agosto de 2024, em que também destacou: “A Previ aqui está provocando a Anapar, Abrapp e inclusive os outros fundos de pensão para discutir o que nós queremos de arcabouço junto com a Comissão de Valores Mobiliários. Queremos segurança jurídica, queremos responsabilização daqueles que administram o fundo e não a criminalização do gestor do fundo de pensão”.

Fonte: Previ

Previ aumenta teto de Empréstimo Simples para associados

Publicado em: 16/12/2024

Desde o dia 3 de dezembro estão em vigor para todos os associados os novos limites de concessão do Empréstimo Simples (ES). Para o Plano 1, o teto passou de R$ 280 mil para R$ 290 mil. No Previ Futuro, o limite máximo subiu de R$ 200 mil para R$ 215 mil.

A taxa da faixa etária até 49 anos do Fundo de Quitação por Morte (FQM) do Plano Previ Futuro também foi ajustada, com o objetivo de dar mais aderência ao risco calculado por cada faixa, proporcionando mais segurança para todos os associados.

A elevação dos valores foi aprovada pela diretoria da Previ em 26/11. As mudanças dos parâmetros do ES se baseiam em estudos técnicos que são realizados periodicamente para adequar os valores à realidade de cada plano de benefícios.

Os encargos do ES são os menores previstos na legislação. Isto significa cobrar a taxa atuarial de cada plano, acrescida da inflação medida pelo INPC. Estamos falando de uma taxa anual de 4,62% + INPC, no Previ Futuro, e de 4,75% + INPC, no Plano 1. Além das taxas competitivas, o prazo de pagamento do ES, que atinge até 120 meses, está entre os maiores do mercado.

Você pode conhecer mais sobre o Empréstimo Simples da Previ na seção Empréstimos e Financiamentos >> Empréstimo Simples. Para contratar o ES, basta acessar o Autoatendimento do site ou do App.

É importante destacar que qualquer crédito deve ser utilizado de forma consciente, considerando suas reais necessidades e capacidade de pagamento. A educação financeira é uma aliada importante nesse processo, ajudando a planejar e a tomar decisões mais seguras e responsáveis. Lembre-se: o crédito pode ser uma ferramenta poderosa para alcançar objetivos, desde que usado com prudência e planejamento.

Fonte: Previ

Questionado pela Justiça, presidente da Previ ganha vaga em conselho

Publicado em: 16/11/2024

João Fukunaga, ganhou um assento no conselho de administração do Aeroporto Internacional de Guarulhos depois de ser questionado pela Justiça em 2024 sobre o quão qualificado era para ocupar o cargo de presidente da Previ (Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil).

Ele integra o conselho desde 28 de maio, segundo o site do aeroporto. O mandato tem duração de 2 anos. A eleição para o cargo se dá por meio de assembleia geral.

A Previ de Fukunaga detém parte da Invepar (Investimentos e Participações em Infraestrutura), acionista majoritário do aeroporto do terminal aéreo.

A Justiça havia determinado o afastamento de Fukunaga da Previ em fevereiro e derrubou a ordem no mesmo mês. Não foi a 1ª vez que isso aconteceu. Uma determinação parecida já havia sido feita em maio de 2023.

O TCU (Tribunal de Contas da União) considerou improcedentes as supostas irregularidades sobre a permanência do cargo. A Corte de Contas entendeu não ser “possível comprovar que os requisitos exigidos para a nomeação não tenham sido minimamente respeitados”.

Apesar da liberação, o relator do processo, ministro Walton Alencar, aproveitou a representação para solicitar que o corpo técnico do TCU realize um trabalho efetivo de fiscalização na Previ. O objetivo é verificar a regularidade de sua gestão e a sistemática da governança.
PREVI & FUKUNAGA

A Previ é o fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil. É um dos maiores do ramo da América Latina. Também investe em ativos variados, como é o caso da Invepar.

A indicação de Fukunaga foi criticada por uma suposta falta de experiência, que é sindicalista. João preside a Previ desde março de 2023. Também integra o conselho de administração da Vale.

Funcionário do Banco do Brasil desde 2008, foi diretor do Sindicato dos Bancários de São Paulo e coordenador nacional da Comissão de Negociação dos Funcionários do BB.

O Poder360 procurou o Previ por meio de e-mail para perguntar se gostaria de se manifestar a respeito do assunto. Não houve resposta até a publicação desta reportagem. O texto será atualizado caso uma manifestação seja enviada a este jornal digital.

Fonte: Poder 360

Confira o resultado da seleção para gerente de núcleo da Dirin

Publicado em: 08/11/2024

O processo seletivo misto para gerente de núcleo da Diretoria de Investimentos da Previ (Dirin) contemplou três fases (avaliação curricular, pré-work e etapa técnico-comportamental), sendo concluído nesta semana, com o fornecimento de feedbacks.

Em virtude de empate, quatro candidatos foram indicados para o banco de talentos. Confira a lista em ordem alfabética.

Etapa técnico-comportamental

A terceira e última etapa do processo seletivo teve a participação de oito candidatos e avaliou os traços culturais e competências estratégicas da Previ elencados no Documento de Divulgação. Integraram a banca avaliadora, o Diretor de Investimentos da Previ, o Diretor de Participações da Previ, o Gerentes Executivo da Gerência de Gestão de Renda Variável e Middle Office (Gecap), um representante da Gerência de Talentos Humanos e Organização (Getho) e as psicólogas da empresa de Consultoria Randstad Enterprise.

Ações afirmativas

Na primeira etapa do processo seletivo, avaliação curricular, foram aplicadas ações afirmativas de gênero, raça e para pessoas com deficiência, conforme previsto no Documento de Divulgação. Essa medida objetivou mais inclusão e equalização de oportunidades entre homens, mulheres e grupos sub-representados. A ação, mais um avanço no pilar social do ASGI, demonstra o comprometimento da Previ com uma sociedade mais justa e diversa.

Fonte: Previ