Banco do Brasil vai desdobrar ações agora em abril

Publicado em: 11/04/2024

O Banco do Brasil (BBAS3) confirmou que vai realizar em 15 de abril o desdobramento (“split”) de 100% de suas ações negociadas na bolsa de valores.

Essa operação já era prevista desde dezembro do ano passado, foi aprovada em Assembleia Geral Extraordinária (AGE) em 2 de fevereiro deste ano e agora recebeu o aval do Banco Central (BC)

Em suma, conforme a instituição financeira em fato relevante, cada investidor vai receber uma nova ação do banco. Isso sem alterar o patrimônio do BB e a participação percentual dos acionistas.

“Com a efetivação do split, o capital social do banco passará a ser dividido em 5.730.834.040 (cinco bilhões, setecentos e trinta milhões, oitocentos e trinta e quatro mil e quarenta) ações ordinárias representadas na forma escritural e sem valor nominal”, aponta o BB.

“A data-base para a efetivação do split das ações será em 15 de abril de 2024. A partir do dia 16 de abril de 2024, as ações do BB passarão a ser negociadas refletindo o desdobramento (ex-split)”, acrescenta a instituição.

Entre as razões para o desdobramento das ações do Banco do Brasil está o aumento de liquidez
na bolsa. Ou seja, com mais papéis em circulação, os preços tendem a ficar mais acessíveis.

Do mesmo modo, o banco espera aumentar sua base de acionista com a operação.

Nesta segunda-feira (8), uma semana antes do “split”, as ações do BB eram negociadas acima de R$ 58,00.

O movimento vem em um momento positivo para os papéis da instituição pública. Em 2024, eles avançam mais de 5%, enquanto o Ibovespa, índice de referência da bolsa cai acima de 4%.

Simultaneamente, essa diferença fica ainda mais evidente levando em conta o acumulado nos últimos 12 meses: salto de quase 60% contra alta perto de 30%.

Fonte: Inteligência Financeira

Banco do Brasil pode perder sequência de ganhos no 4T23, vê XP

Publicado em: 28/01/2024

O Banco do Brasil (BBAS3) entrou para lista dos bancos queridinhos entre analistas e investidores após entregar resultados que rivalizaram com o Itaú (ITUB4) e bateram em Bradesco (BBDC4) e Santander (SANB11).

Porém, para o quarto trimestre, analistas já vislumbram uma desaceleração da linha. A última vez que o BB viu o seu lucro cair foi em 2020, ano da pandemia da Covid. Segundo cálculos da XP Investimentos, o BB lucrará R$ 8,8 bilhões no quarto trimestre, queda de 2%.

Apesar disso, a corretora continua otimista e não vê nesse recuo um sinal de alerta. De acordo com os analistas, o banco terá um trimestre de crescimento robusto na carteira de crédito, provavelmente em linha com o ponto médio do seu guidance (8% – 12%), mais uma vez impulsionado principalmente pelo crédito rural.

“Esperamos que seu NII (margem líquida) salte 11% quando comparado ao ano passado e praticamente estável no trimestre, principalmente devido a receitas de tesouraria mais fracas. No que diz respeito à inadimplência, prevemos um ligeiro aumento (+10bps para 2,9%), que continua a ser a mais baixa entre os seus pares e reflete o perfil defensivo da sua carteira”, coloca.

A recomendação da XP é de compra, com preço-alvo de R$ 61.

Fonte: Money Times

Por que as ações do BB estão entre as preferidas do Itaú BBA para 2024

Publicado em: 19/01/2024

Analistas do Itaú BBA reiteraram recomendação “outperform” (equivalente à compra) para as ações do Banco do Brasil (BBAS3) e elevaram o preço-alvo dos papéis de 59 para 65 reais, ressaltando que o BB oferece valor, crescimento e um forte rendimento de dividendo de 12%.

“Depois de um 2023 já forte, esperamos um crescimento de 9% na receita em relação ao ano anterior e de 10% no lucro líquido, gerando outro ROE (retorno sobre o patrimônio) acima do setor de 21%”, afirmaram Pedro Leduc e equipe em relatório.

Os analistas avaliam que, apesar do rali dos papéis em 2023, quando acumularam uma valorização de 76%, as ações permanecem com desconto, sendo negociadas a múltiplos de 0,8 vez P/VPA (preço sobre valor patrimonial) e 4 vezes P/L (preço sobre lucro).

“Em cada trimestre sucessivo em que os lucros se expandem ainda mais…o BB obtém revisões para cima nas estimativas de médio prazo e ‘re-rates’ a partir de um desconto cada vez menos justificado”, afirmaram.

Leduc e equipe acrescentaram que o Banco do Brasil está mais uma vez entre as suas principais escolhas do ano.

As ações do Banco do Brasil (BBAS3) encerraram o ano passado na máxima histórica, de R$ 55,39, fruto de uma alta de 76% ao longo do ano. Após a valorização, o banco propôs aos acionistas desdobrar cada ação em duas, sem alteração do capital social, o que também dividiria a cotação e tornaria os papéis mais acessíveis a pequenos investidores. A assembleia geral extraordinária que votará a proposta de desdobramento foi marcada para o dia 2 de fevereiro. Já os resultados do quarto trimestre e de 2023 serão revelados no dia 8 de fevereiro.

A alta das ações do banco público foi a maior entre os grandes bancos brasileiros que têm capital aberto. Questões como a rentabilidade acima de 20% em um ano desafiador para os bancos de varejo, o crescimento da carteira de crédito a dois dígitos e a inadimplência abaixo dos pares impulsionaram os papéis.

Os resultados reduziram os temores do mercado com possíveis guinadas na estratégia do banco com a mudança do governo, dado que a União é a controladora do BB. A presidente do banco, Tarciana Medeiros, e os demais membros do comitê executivo que ela formou são funcionários de carreira do conglomerado.

O governo federal detém pouco mais de 50% das ações do BB, enquanto 49,6% dos papéis estão em livre circulação no mercado, e outros 0,4% correspondem às ações que o banco mantém em tesouraria. Em setembro do ano passado, 25,5% do capital estava com investidores estrangeiros, e 24,1%, com acionistas minoritários locais, segundo o BB.

Fonte: Infomoney

BB tem “combinação rara”, diz Alaska, com visão construtiva para ação

Publicado em: 10/01/2024

Embora seja um papel que possui mais riscos de ingerência política no radar por ser uma estatal, há quem defenda que as ações do Banco do Brasil (BBAS3) detêm uma “combinação rara” neste momento, com valution (preço) baixo e bons dividendos.

A visão mais construtiva para as ações da estatal foi compartilhada por Henrique Bredda, sócio-fundador e gestor da Alaska Asset Management, ao Outliers, da XP, desta semana. O episódio marca a volta do executivo a entrevistas públicas após meses de “ostracismo”.

“O ROE [retorno sobre patrimônio líquido] oferecido pelo Banco do Brasil está há uns trimestres sendo o melhor do setor inteiro. É uma empresa que não deve ter tanto crescimento, mas que tem um crescimento respeitável. É um nome bom e que ainda é mal visto”, afirmou Bredda.

No terceiro trimestre, o ROE do banco ficou em 21,3% — estável em relação ao 2T23. O percentual ficou ligeiramente acima dos 21,1% registrados pelo Itaú e dos 11,3% apresentados pelo Bradesco no mesmo período.

Bredda ganhou fama no passado por ter obtido grandes lucros nos fundos com uma posição acertada em Magazine Luiza (MGLU3). Mas, se deparou com perdas severas na crise de 2020, ano em que o fundo Alaska Black BDR tombou 45% e a casa viu uma fuga de investidores.

No acumulado de 2023, alguns dos principais fundos da casa, como o Alaska Institucional e o próprio Alaska Black BDR, apresentaram retornos de 35,56% e 58,74%, respectivamente. No mesmo período, o Ibovespa avançou 22,28%.

Fonte: Infomoney

Banco do Brasil convoca assembleia para votar desdobramento de ações

Publicado em:

O Banco do Brasil (BBAS3) convocou uma assembleia geral extraordinária (AGE) para 2 de fevereiro, para votar o desdobramento de ações na proporção de 1 para 2. O movimento já havia sido anunciado pelo banco no início do mês passado, mas a AGE ainda não havia sido marcada.

Segundo o BB, a operação aumenta a quantidade de ações em circulação, e por consequência na mão dos investidores. Isso não altera a participação percentual de nenhum acionista, uma vez que todos recebem a mesma quantidade.

Ontem, a ação do BB encerrou o pregão cotada a R$ 54,76. Se o desdobramento ocorresse nessa data, cada ação passaria a valer R$ 27,38.

“O desdobramento promoverá ajuste na cotação das ações do banco negociadas na B3 (BBAS3), medida que poderá resultar no aumento da liquidez do papel, tornando-o mais acessível, principalmente aos pequenos investidores”, diz o banco na proposta da administração para a AGE.

Na semana passada a ação do BB renovou seu recorde histórico, a R$ 55,39, superando a máxima anterior, de R$ 55,18, atingida em 4 de julho de 2019.

Fonte: Valor Investe

BB encerra 2023 na máxima histórica na B3, após alta de 76%

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As ações do Banco do Brasil (BVMF:BBAS3) encerraram o ano passado na máxima histórica, de R$ 55,39, fruto de uma alta de 76% ao longo do ano. Após a valorização, o banco está propondo aos acionistas desdobrar cada ação em duas, sem alteração do capital social, o que também dividiria a cotação e tornaria os papéis mais acessíveis a pequenos investidores. A assembleia geral extraordinária que votará a proposta de desdobramento foi marcada para o dia 2 de fevereiro.

A alta das ações do banco público foi a maior entre os grandes bancos brasileiros que têm capital aberto. Questões como a rentabilidade acima de 20% em um ano desafiador para os bancos de varejo, o crescimento da carteira de crédito a dois dígitos e a inadimplência abaixo dos pares impulsionaram os papéis.

Os resultados reduziram os temores do mercado com possíveis guinadas na estratégia do banco com a mudança do governo, dado que a União é a controladora do BB. A presidente do banco, Tarciana Medeiros, e os demais membros do comitê executivo que ela formou são funcionários de carreira do conglomerado.

O governo federal detém pouco mais de 50% das ações do BB, enquanto 49,6% dos papéis estão em livre circulação no mercado, e outros 0,4% correspondem às ações que o banco mantém em tesouraria. Em setembro do ano passado, 25,5% do capital estava com investidores estrangeiros, e 24,1%, com acionistas minoritários locais, segundo o BB.

“A valorização recorde representa não apenas um marco financeiro, mas também reflete a confiança e percepção positiva dos investidores em relação à performance do BB”, diz Medeiros, em nota. “Saltos como esse deixam evidente que o trabalho e dedicação do banco são determinantes para o feito, materializado em resultados concretos, entregas relevantes e estratégias valiosas que o mercado entende que vão suportar o desenvolvimento sustentável do BB e de seus resultados ao longo do tempo.”

O vice-presidente de Gestão Financeira e Relação com Investidores, Geovanne Tobias, afirma que a comunicação transparente e clara sobre a estratégia do banco é fundamental.

“É por meio do relacionamento próximo que o banco apoia a realização dos objetivos dos clientes e impulsiona a economia do Brasil”, diz ele. “Assim são construídos resultados robustos e o ciclo se fecha com a comunicação tempestiva e fluida ao mercado, transmitindo a confiança que o investidor precisa para virar acionista do BB, comprando BBAS3 código dos papéis na Bolsa.”

Fonte: Investing

Banco do Brasil pretende desdobrar as ações ordinárias; entenda

Publicado em: 15/12/2023

O Conselho de Administração do Banco do Brasil (BBAS3) encaminhará à deliberação da Assembleia Geral de Acionistas a proposta de desdobramento (split) de 100% das ações BBAS3.

Caso aprovada, a operação resultará na atribuição de uma nova ação para cada papel já emitido, informou a instituição na manhã desta sexta-feira (8) em fato relevante.

O desdobramento visa ampliar a quantidade de ações sem modificar o patrimônio do Banco do Brasil e a participação percentual dos acionistas, sendo efetivado após aprovação pela Assembleia Geral de Acionistas.

A medida busca democratizar o acesso às ações do banco, especialmente para investidores pessoa física, em resposta ao expressivo crescimento no valor das ações do BB neste ano, em torno de 50%, como destacado pelo vice-presidente de gestão financeira e relações com investidores do Banco do Brasil, Geovanne Tobias, em comunicado à imprensa.

Por volta das 11h45 a ação BBAS3 reportava queda de 0,037%, cotada a R$ 53,85. O papel sobe 53,73 nos últimos doze meses.

O BTG Pactual (BPAC11), que tem recomendação de compra com preço-alvo em R$ 66 para BBAS3, afirma que o recente desempenho abaixo do esperado do banco em comparação com seus pares privados criou uma oportunidade para os investidores aumentarem suas posições.

Em 8 de novembro, o BB divulgou resultados do terceiro trimestre, que, apesar do lucro um pouco abaixo do esperado, levou as ações a caírem 4% no dia seguinte. A receita líquida foi novamente um destaque positivo, com a margem financeira, a receita de prestação de serviços e seguros superando as expectativas, gerando um efeito positivo para os resultados do próximo ano.

No terceiro trimestre de 2023 o BB informou lucro líquido ajustado de R$ 8,785 bilhões, representando um aumento de 4,5% em comparação com o mesmo período de 2022.

Quanto ao retorno sobre o patrimônio líquido (RSPL ou ROE, na sigla em inglês), este atingiu 21,3% entre julho e agosto de 2023, apresentando uma redução de 0,6 ponto percentual em relação ao mesmo período de 2022.

O crescimento da carteira de crédito foi acompanhado por um aumento na inadimplência e nas provisões para lidar com possíveis inadimplências.

A taxa de inadimplência (atrasos acima de 90 dias) alcançou 2,81% no terceiro trimestre, registrando um aumento de 0,47 ponto percentual em relação ao mesmo período do ano anterior.

Na comparação com o trimestre anterior, houve um leve aumento de 0,8 ponto.

Fonte: Estadão

BB: investidores corporativos podem favorecer melhores práticas, diz presidente

Publicado em: 11/10/2023

Tarciana Medeiros, presidente do Banco do Brasil (BBAS3), afirmou que os investidores corporativos, como os fundos de pensão, tem o potencial de influenciar o mercado na adesão de práticas ESG. Segundo ela, “os grandes investidores institucionais têm posição de liderança no mercado, com capacidade de induzir boas práticas e governança.”

Em participação do Seminário de Investimentos, Governança e Aspectos Jurídicos da Previdência Complementar (Siga), a executiva discursou sobre o tema do ESG e o envolvimento do Banco do Brasil com os pilares de Governança ambiental, social e corporativa (do inglês, “Environmental, social, and corporate governance”).

O evento aconteceu no centro de convenções do Hotel Prodigy Santos Dumont, na região central do Rio de Janeiro, RJ.

Ainda no evento, Tarciana afirmou que a aderência às práticas ESG “melhora a qualidade dos ativos e cria um ambiente de negócios mais saudável”. Frisou também que o Banco do Brasil (BBAS3) demonstra seu compromisso com a boa governança ao se apoiar em decisões colegiadas e segregar funções.

Para ela, a agenda da sustentabilidade não concorre com a busca por rentabilidade. “Não há como ser rentável sem ser sustentável,” disse.

Funcionária de carreira da instituição financeira, Tarciana assumiu o posto em janeiro deste ano após ser indicada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ocupou o cargo que antes era de Fausto Ribeiro.

Desde 2021, a nova presidente do Banco do Brasil ocupava o cargo de Gerente Executiva na Diretoria de Clientes Pessoa Física (PF) e Micro e Pequenas Empresas (MPE), liderando os ciclos de relacionamento com clientes.

Dentro da instituição financeira, Tarciana Medeiros também atuou no BB Seguros e, em 2017, foi qualificada pelo Programa de Ascensão Profissional de Executivos do BB.

Fonte: Suno

BB sobe no ano, mas passa agora por movimento de lateralização, aponta análise

Publicado em:

As ações Banco do Brasil (BBAS3) acumulam alta de 46% em 2023, mas passaram a andar de lado, em um movimento de “lateralização”, conforme a análise técnica define, desde o início deste semestre – período em que acumulam queda de 1,6%.

Na abertura do pregão desta quinta-feira (5), os papéis abriram em alta, de 1,6%, com as ações cotadas em R$ 47,54, levando os ganhos em outubro a 0,7%. O papel acompanha, hoje, a alta de 0,4% do Ibovespa e de 1,3% do IFNC (índice financeiro da Bolsa).

Para Rodrigo Cohen, analista de investimentos e co-fundador da Escola de Investimentos, com base no gráfico diário, que segue abaixo, é possível observar “uma grande lateralização”, que se iniciou em julho, no dia 5 daquele mês.

Assim, explica Cohen, a ação vem “batendo em cima do intervalo que vai de R$ 45,40 até R$ 48,93”. “Neste momento não há tendência nem de alta, nem de baixa”, explica.

Conforme o analista, a ação se aproximou, no último dia 26 de setembro, da mínima desta lateralização, quando atingiu os R$ 45,57. Na outra ponta, BBAS3 foi à máxima dessa lateralização, no dia 29 de agosto, ao valer R$ 48,94.

BBAS3: Análise técnica

“Em termos de indicadores gráficos, para quem utiliza médias móveis, temos a de 200 períodos – muito utilizada –, batendo agora em R$ 41,84. A gente sabe que os ativos tendem a buscar essas médias e BBAS3 está, de certa forma, um pouco longe, inclusive, dessa média no momento. Está a 10% de distância dela. Então, isso sugere que BBSA3, se começar a perder essas mínimas, se bater R$ 45,30, em torno disso, pode querer buscar essa média em R$ 48,84”, diz.

“De qualquer forma, isso só aconteceria se tivéssemos uma notícia muito ruim de BBAS3. Poderia ser divulgação de algum resultado ruim trimestral ou poderia ser algo do cenário mais macro. A gente chama isso de risco sistêmico, que é uma queda das bolsas em todo o mundo, no Brasil também. E aí, sim, poderia buscar esse ponto, caso BBAS3 caísse”, pondera ele.

BBAS3: resistência

No sentido inverso, ele pontua que o topo anterior foi tocado em 21 de junho, quando BBAS3 testou a máxima, em R$ 50,90, que pode ser “o próximo objetivo de alta”.

“Se olharmos para um período mais para trás, BBAS3 até que não está tão mal assim, porque, nesse ano, o ativo bateu a máxima histórica, exatamente nesse ponto, dos R$ 50,90.”

“Então, mesmo que ainda esteja longe da máxima histórica, estando bem lateral, BBAS3 ainda tem o upside superior a 10%, o que seria próximo à máxima histórica e um ponto de resistência bem interessante para ele vir testar, caso suba”, completou.

Em relação ao gráfico semanal, o analista pontua que a ação “fez um fundo” em janeiro deste ano, nos R$ 30,31 e, desde então, chegou a subir 67%, antes de entrar em “lateralização”.

“Essa lateralidade pode trazer uma figura chamada bandeira. A gente teve uma alta grande, que está sublinhada por essas duas linhas azuis paralelas para cima diagonais [veja no gráfico acima]. Essa alta a gente chama de mastro e agora o BBAS3 perdeu e lateralizou.”

Conforme ele, se BBAS3 romper o topo, de R$ 49,10, que é o topo da linha azul paralela [do gráfico acima], “aí sim BBAS3 pode subir e projetar a máxima histórica, de R$ 50,90, e até subir mais, buscando a casa dos R$ 62 – topo do canal paralelo.

“Então, assim, mesmo no gráfico semanal, BBAS3 está lateral no momento, mas num prazo maior, BBAS3 está em tendência de alta”, conclui.

Fonte: Infomoney

Banco do Brasil: ventos contrários regulatórios podem afetar as ações?

Publicado em: 21/09/2023


A proposta de fim do dos juros sobre o capital próprio (JCP) e o teto da taxa de juros sobre empréstimos rotativos de cartão de crédito preocupa acionistas de companhias relacionadas ao setor bancário, com possível recuo de valor de mercado das maiores pagadoras desse tipo de provento.

No entanto, em relatório divulgado aos clientes e ao mercado, o Bank of America (NYSE:BAC) (BofA) afirmou que “as alterações regulatórias continuam a ser um tema quente, mas o Banco do Brasil deverá ser menos afetado do que os seus pares”. Por isso, o BofA mantém classificação de compra para as ações. Após encontros com a gestão, o BofA demonstrou otimismo em relação às tendências operacionais da companhia.

“No entanto, uma decisão final do Congresso poderia considerar alguns benefícios para os bancos que reduziriam a gravidade do impacto, especialmente porque o objetivo da reforma tributária é simplificar o sistema fiscal e não aumentar os impostos para as empresas”, afirmam os analistas Mario Pierry e Flavio Yoshida.

Sobre eventual limite máximo para as taxas de juros sobre os saldos rotativos dos cartões de crédito, os analistas consideram que o banco é menos vulnerável do que outros players do setor.

O BofA possui recomendação de compra para as ações do Banco do Brasil (BVMF:BBAS3), com preço-alvo de R$65, com base na sólida dinâmica de lucros e valuation considerado atrativo.

Às 15h (de Brasília) desta terça, 19 de setembro, as ações do Banco do Brasil subiam 0,04%, a R$47,37.

Fonte: Investing BR

BB e Itaú devem seguir liderando ganhos do setor na Bolsa, segundo especialistas

Publicado em: 18/08/2023


A divulgação dos balanços do segundo trimestre de 2023 pelos grandes bancos brasileiros reforçou a visão positiva dos analistas para o desempenho das ações do Itaú e do BB (Banco do Brasil) na Bolsa de Valores. A dupla entregou os melhores resultados do setor, com crescimento saudável da carteira de crédito e controle da inadimplência, o que abre espaço para que os papéis sigam na recente trajetória positiva —no ano, até 11 de agosto, Itaú acumula alta de 13%, enquanto BB sobe 42,4%.

Bradesco e Santander, por outro lado, mostraram números negativos e ainda mais pressionados, com a atuação agressiva no mercado quando os juros estavam nas mínimas se refletindo agora em maior necessidade de reservas para se proteger contra calotes, o que pressiona a lucratividade das operações. Nesse cenário, as ações do Bradesco têm alta de 6,9% em 2023 e as do Santander sobem 0,11%. O Ibovespa avança 7,6% no período.

José Eduardo Daronco, analista da Suno, afirma que o ritmo dos últimos meses quanto ao desempenho das ações dos grandes bancos deve se manter no restante do ano, com performances mais positivas de Itaú e BB, e mais fracas para Bradesco e Santander.

Segundo ele, o BB tem se destacado principalmente pela atuação relevante no agronegócio, que tem sido o maior responsável pelo crescimento da economia, e também pela base relevante de clientes formada por servidores públicos. “Neste ano, os funcionários públicos federais receberam um aumento salarial, o que aumenta os pedidos de empréstimos e financiamentos”, diz Daronco.

Chefe de análise de ações da Órama, Phil Soares pondera que, apesar do forte resultado do banco público, o risco político intrínseco ao ativo, por estar sob controle do governo, o faz preferir as ações do Itaú dentro do setor.

Sócio e analista de ações da Nord, Guilherme Tiglia acrescenta que, embora não tenha havido até aqui indícios claros de interferência política do governo Lula, o risco por se tratar de uma estatal sempre estará presente no caso do BB. Por isso, apesar dos bons resultados do banco público, a preferência do analista da Nord também recai sobre o Itaú.

Considerando os números apresentados pelo maior banco privado do país, Soares estima que as ações têm potencial de se valorizar entre 20% e 30% ao longo dos próximos 12 meses. “É um patamar bastante bom de valorização, em especial se levarmos em conta que o setor financeiro já está bem consolidado e não tem grandes pernadas de crescimento”, afirma o especialista.

Daronco acrescenta que o Itaú tem uma carteira mais voltada para um público de alta renda, de modo que o aumento da inadimplência não tem impactado tanto o banco quanto os pares privados. “Além disso, o Itaú possui uma maior exposição a outros países, principalmente o Chile, que tem se traduzido em bons resultados”.

Em sentido totalmente distinto, prossegue o analista da Suno, Bradesco e Santander possuem uma carteira de crédito mais arrojada, focada nas classes C,D,E, e, após uma gestão mais agressiva na concessão de crédito durante a pandemia, acabaram sendo muito mais afetados pelo momento de alta da inadimplência.

Eduardo Siqueira, analista da Guide, afirma que Bradesco e Santander aumentaram nos anos recentes a oferta de crédito de “maneira desenfreada”, sem o devido controle de risco, em linhas mais arriscadas como cartões, empréstimo pessoal e cheque especial. “Isso fez com que os dois bancos tivessem que aumentar muito o provisionamento [reservas contra calotes]”, afirma Siqueira. Ele acrescenta que agora a postura da dupla é de uma seletividade maior nas concessões, mas ressalta que ainda deve demorar alguns meses até que a carteira seja renovada com créditos de melhor qualidade. “A gente prefere entrar em bancos que estão em momentos operacionais fortes”, diz o analista da Guide, citando Itaú e BB como os preferidos.

Analista da Levante, Matheus Nascimento afirma que a recomendação é evitar as ações de Bradesco e Santander por enquanto, tendo em vista que o nível de rentabilidade de ambos, que já ficou mais próximo de 20%, hoje oscila ao redor de 11%.

Embora a expectativa do mercado seja de uma melhora do indicador conforme os atrasos comecem a recuar, essa melhora deve vir ainda um pouco mais à frente, em meados de 2024, prevê Nascimento, que também tem uma visão mais positiva para Itaú e BB.

Itaú e BB conseguiram navegar melhor o ambiente macroeconômico dos últimos anos, em especial no período em que a pressão inflacionária corroeu o poder de compra da população, com maior seletividade na concessão de crédito e aumento antecipado dos provisionamentos, afirma o analista da Levante. Ele estima um preço justo em torno de R$ 33 para Itaú e de R$ 61 para BB, o que embute um potencial de valorização de 20% e 28%, respectivamente.

Em linha com os pares, Milton Rabelo, analista da VG Research, diz que, para o segundo semestre de 2023, Banco do Brasil e Itaú devem continuar com dinâmicas mais positivas. Porém, para um horizonte de médio e longo prazo, diante da transição do ciclo monetário, ele avalia que Santander e Bradesco podem surpreender positivamente, com a queda dos juros impactando positivamente a inadimplência e o ritmo de crescimento das carteiras de crédito.

Soares, da Órama, também vê espaço para uma recuperação de Santander e Bradesco um pouco mais à frente. Para o investidor que tem estômago para aguentar uma eventual deterioração adicional das ações no curto prazo, para se aproveitar posteriormente de uma possível retomada, o chefe de análise diz que prefere a aposta em Bradesco, por considerar que os papéis do banco negociam com um desconto maior em relação ao seu potencial do que o Santander.

Soares diz que o banco da Cidade de Deus, em Osasco, nunca negociou a níveis tão descontados como os atuais. “O momento é bastante favorável para investir nas ações do Bradesco, se o investidor acredita que o banco vai realmente se recuperar.”

Fonte: Folha de S.Paulo

Banco do Brasil: BTG vê ação da instituição ultrapassando máxima histórica

Publicado em: 30/06/2023


O BTG Pactual reiterou a recomendação de compra para os papéis do Banco do Brasil (BBAS3), com preço-alvo de R$ 61. Se os valores chegarem a esse nível, então a ação do banco ultrapassaria sua máxima histórica, quando atingiu R$ 54 em fevereiro de 2019.

De acordo com os analistas, liderados por Eduardo Rosman, o Banco do Brasil caminha para continuar a boa fase que o fez disparar 50% no acumulado do ano, “sem grandes motivos para acreditar que o ROE (retorno sobre o patrimônio) se deteriorará no curto prazo”.

“Ainda vemos a ação como atraente, embora naturalmente, após o desempenho de 50% no acumulado do ano, estejamos menos entusiasmados do que no início do ano”, destacam. O BB é, junto com o Itaú (ITUB4), o top pick (favorito) do BTG Pactual.

Plano Safra pode ajudar BB ainda mais

Os analistas notam que o BB está superando o mercado em termos de carteira de crédito, com crescimento de 18% no ano durante o primeiro trimestre, contra 12% do sistema bancário.

“O crescimento deve ser decente no segundo trimestre, perto da faixa superior do guidance para 2023 (+8-12%), o que atribuímos à sua maior exposição ao crédito rural, uma vertical que superou outros setores este ano, apesar da queda nos preços das commodities”, coloca.

Com o Plano Safra, lançado na última terça-feira (27) e considerado o maior da história, o BB vê mais linhas de crédito com custos de captação mais baixos, impulsionando a alta dos empréstimos e das margens.

“Apesar de ter 52% do mercado, recebeu menos de 50% das linhas do Plano Safra no ano passado. A avaliação do governo sobre a capacidade dos players de mercado em aplicar rapidamente recursos ao agronegócio torna o BB favorito para aumentar sua participação nas linhas de crédito do Plano Safra”, discorre.

O BB prevê ainda que o aumento das provisões para devedores duvidosos deverá ser compensado por uma margem de lucro mais forte, impulsionada pelo crescimento decente da carteira, maior volume de liquidez (impulsionando os resultados da tesouraria), efeito continuado da reprecificação da carteira e uma Selic mais alta.

“Dessa forma, o BB não espera mudanças em seu guidance de resultados para 2023. Em um cenário de queda dos juros, eles veem um impacto neutro no banco”, completam.

Fonte: Money Times

Banco do Brasil: investidores estão certos em temer impacto da queda de juros?

Publicado em: 19/06/2023


O Banco do Brasil (BBAS3) ganhou um novo preço justo do Itaú BBA, após ter as estimativas revisadas para cima. Analistas passaram a considerar um crescimento de dois dígitos para os resultados da estatal, além de um ROE (retorno sobre o patrimônio líquido) de aproximadamente 20% em 2023 e 2024.

Para a instituição, os temores sobre o efeito de uma Selic menor no NII (margem financeira) – e nos resultados de 2024 – são exagerados.

“Concluímos que o BB pode mais do que mitigar o impacto negativo de uma taxa Selic menor no NII de mercado apenas deslocando parte de seus títulos não creditícios de cerca de R$ 430 bilhões em ativos de crédito“, avaliam Pedro Leduc, Mateus Raffaelli e William Barranjard, do time de análise de Bancos e Serviços Financeiros.

O BBA não acredita que 2023 será o pico dos resultados para o Banco do Brasil. Para 2024, mesmo considerando resultados menores de Previ, o crescimento anual dos resultados deve ser de 10%, a R$ 38,8 bilhões, com ROE de 19,8%, avalia.

“Nossos números são 8% acima do consenso, o que acreditamos que gradualmente subirá conforme a dinâmica de NII fica melhor”, afirmam os analistas.

O cenário-base considera que o crédito crescerá para aproximadamente 53% dos ativos totais em 2024, levando a um crescimento do NII total de 12% no comparativo anual, apesar da queda esperada de até 6% do NII de mercado.

“Estender mais crédito também gera venda cruzada de serviços, o que contribui para um ROE melhor”, completam os analistas.

O BBA defende que qualquer participação de crédito nos ativos totais acima de 52% pode garantir um crescimento de dois dígitos de NII total ano que vem.

O crescimento da carteira de crédito esperado para 2024 é de 12% na base anual. Analistas esperam que o custo de risco fique estável.

O BBA elevou o preço-alvo das ações do Banco do Brasil ao fim de 2023, de R$ 48 para R$ 56. A recomendação de “outperform” (desempenho esperado acima da média do mercado, equivalente a “compra”) foi reforçada, sendo que a companhia é a top pick dos analistas dentro do universo bancário.

O BBA destaca que o papel negocia abaixo do valor patrimonial, o que é explicado principalmente pela percepção negativa dos investidores de que os resultados vão cair devido a taxas de juros mais baixas e mudanças políticas.

Fonte: Money Times

 

Ações do Banco do Brasil sofreram com ‘temor injustificável’ e estão atrativas, diz BBA

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Em novo parecer sobre os papéis do Banco do Brasil (BBAS3), os especialistas do Itaú BBA reafirmaram seu otimismo com os papéis. A recomendação de compra foi mantida, com preço-alvo de R$ 56 para as ações do Banco do Brasil, ao passo que os ativos são negociados na casa dos R$ 49.

Para o banco, os temores sobre os efeitos da Selic são menores do que os rumores apontam, com impacto pouco substancial no resultado de intermediação financeira (NII).

“Estamos elevando nossas estimativas para o Banco do Brasil, agora projetando crescimento de dois dígitos percentuais no lucro e crescimento do ROE para cerca de 20% em 2023 e 2024″, diz a casa.

Segundo os analistas do BBA, os papéis BBAS3 são negociados a um patamar atrativo, abaixo do book value, especialmente por causa desse temor sobre os efeitos da redução da Selic – já aguardados pelo mercado.

“Trimestre após trimestre, esse medo está sendo provado errado. Nosso novo valor justo YE23 de R$ 56/ação exige 0,9x de preço sobre valor patrimonial em 2023, contra um patamar atual de 0,7x, provavelmente com espaço para uma folga ainda maior na medida em que essa tese se prova verdadeira. O nível de ROE sustentado de 20% exige um múltiplo acima de 1x, especialmente porque sua diferença ante uma rentabilidade ‘risk free’ crescerá com taxa Selic mais baixa”, explicam os analistas.

Em linhas gerais, a casa espera lucro líquido ajustado de R$ 35,3 bilhões do Banco do Brasil no acumulado deste ano de 2023.

Para os dividendos do Banco do Brasil, a estimativa é de 8,8%, mostrando um avanço ante os 7,4% registrados no acumulado de 2022.
Rali de BBAS3

A cotação das ações do Banco do Brasil mostrou alta de 14% no acumulado do último mês, somando um ganho de mais de 48% desde o início de 2023. Os papéis são negociados a R$ 49,39 próximos do fechamento de pregão desta sexta-feira (16).

Fonte: Suno Research

Banco do Brasil dispara e se aproxima de máxima histórica; hora de comprar?

Publicado em: 12/06/2023


As ações do Banco do Brasil (BBAS3) dispararam na sessão desta sexta-feira em dia de valorização do Ibovespa. O papel fechou negociado a R$ 47,74, alta de 4,88%. Dessa forma, a ação acumula salto de 43% no ano e se aproxima da sua máxima histórica, quando atingiu R$ 54 em 2019.

De acordo com Daniel Abrahão, assessor na iHUB Investimentos, os ganhos são resultado não apenas de fatores internos, como um balanço trimestral robusto, com um crescimento de lucro de mais de 28% em relação ao ano anterior, mas também de fatores macroeconômicos, como a melhora das perspectivas futuras e da expectativa de cortes na taxa Selic ainda está ano, “embora de forma mais moderada, com uma redução mais significativa prevista para 2025”.

“Esses elementos atraíram recursos estrangeiros para o Brasil, principalmente por meio de investidores institucionais desde o início do ano, resultaram em um aumento da demanda por ações tendo impulsionando o desempenho da empresa”, discorre.

Além disso, Abrahão diz que diversos jogadores do mercado já destacaram a empresa como “overweight” (expectativa de desempenho acima da média) no primeiro trimestre. “Em um momento de alta da bolsa (mesmo que com cautela e ainda a ser consolidado), grandes empresas, especialmente aquelas com boa liquidez e que apresentam um valuation descontado, tendem a ser as primeiras a se beneficiar, o que é bastante observado por investidores estrangeiros”, completa.

É hora de comprar Banco do Brasil?

O Banco do Brasil foi a ação mais recomendada pelos analistas para o mês de junho quando o assunto é distribuição de dividendos. O banco estatal recebeu 13 indicações nas carteiras recomendadas, segundo levantamento feito pelo Money Times com 22 corretoras.

De acordo com os analistas, o BB surfa um bom momento de lucros visto em 2022, além de ter projeções otimistas para o decorrer de 2023.

Além disso, o banco deve garantir vantagem em um cenário de crescimento na concessão de crédito e retomada acelerada da economia.

Os analistas de mercado também consideram que o valuation de BBAS3 é atraente.

Fonte: Money Times

Banco do Brasil se salva em meio a todos os bancos em 2023. Até quando?

Publicado em: 31/03/2023


As ações do Banco do Brasil (BBAS3) deixam as rivais de bancos privados listados na Bolsa de valores para trás neste ano de 2023. Segundo dados do TradeMap, solicitados pelo E-Investidor, os papéis da estatal são os únicos que entregaram retornos positivos no acumulado de janeiro até o momento – os concorrentes amargam prejuízos para o investidor que superam os 20%.

Apesar das ações se apresentarem como um “oásis” num mar de perdas para os bancos, analistas de mercado ainda levantam dúvidas se a companhia representa um bom investimento. A ausência de uma decisão unânime sobre a recomendação para papel tem relação ao seu maior acionista: a União.

Para a sócia e analista de ações da Nord Research, Danielle Lopes, investir no Banco do Brasil não é uma boa alternativa. Na visão dela, a mudança para um governo alinhado à esquerda elevou os riscos de interferências políticas que podem provocar mudanças estruturais na companhia nos próximos anos. E caso essa percepção se torne realidade, a continuidade de entrega de bons resultados será revisada para baixo.

“Já vimos essa ingerência política do governo na companhia acontecer no passado e, por isso, não justifica a tomada de risco. A minha recomendação é não ter ação do BB e vender os papéis caso esteja posicionado”, diz Lopes.

Phil Soares, chefe de análise de ações da Órama, tem a mesma percepção e acredita que os riscos são maiores do que a possibilidade de lucro. “Não vemos razão para investir em BB já que há outras oportunidades melhores na bolsa, como commodities e ações de utilities (aquelas referentes a serviços essenciais, como energia e saneamento básico)”, afirma.

O entendimento sobre o risco político que carrega o Banco do Brasil, porém, está longe de ser unanimidade entre os especialistas de mercado. Há quem destaque melhorias na governança da empresa, com regras que oferecem proteção ao investidor e minimizam, em algum grau, a possibilidade de interferência política.

O plano estratégico está entre os argumentos de defesa do Banco do Brasil. A estratégia ali definida deve ser seguida durante um período de cinco anos, independentemente da mudança de governo. A composição do Conselho de Administração também ajuda a tornar mais difícil para o governo o uso da empresa para fins políticos, já que 50% do colegiado é composto por membros independentes – aqueles que não têm nenhum outro vínculo de remuneração com a companhia nem participação acionária nela.

As “amarras” reforçam a visão de Gabriel Gracia, analista da Guide Investimentos, sobre baixa possibilidade de interferências significativas na gestão da empresa. “Não acreditamos que o novo governo possa trazer mudanças significativas ao ponto de alterar a sua rentabilidade”, diz Gracia, que recomenda compra das ações do Banco do Brasil com um preço-alvo de R$ 56.

A XP também mantém a posição de compra para os papéis do Banco do Brasil por acreditar que o banco estatal a segue em um momento positivo. Por isso, estima um preço-alvo de R$ 61, o que representa uma valorização de 59% em relação à cotação do papel no fechamento do pregão desta quarta-feira (29).

Fonte: E-Investidor

Banco do Brasil é um dos “protagonistas” dos fundos, diz gestor da Suno

Publicado em: 03/02/2023


O CIO da Suno Asset, Vitor Duarte, destaca que dentro da seleção de ativos da casa, o Banco do Brasil (BBAS3) segue dentro das carteiras de ações como um dos protagonistas, sendo um ativo resiliente para o momento atual e com exposição a setores mais seguros – como o agronegócio.

Conforme apurado pelo Suno Notícias, as ações do Banco do Brasil são, de fato, praticamente uma unanimidade dentre analistas, na toada do último resultado trimestral com um lucro bilionário acima do previsto e uma revisão de guidance que animou o mercado.

Segundo o gestor da Suno, a análise ‘bottom-up’ da gestora prevê que a casa não compre uma cesta de ações de bancos, mas escolha um player só e, nesse sentido, o BBAS3 foi o ‘cavalo escolhido’.

“O Banco do Brasil tem uma presença muito forte no agro. Além disso, o banco tem uma gestora que já é a maior da América Latina e ainda cresceu muito. Lá tem muita renda fixa, e renda fixa está sendo muito demandada com os juros altos. Ou seja, BB DTVM que já era gigante, cresceu ainda mais. É o tipo de negócio que gostamos”, comenta.

Sobre o agronegócio, a tese também contempla um otimismo com commodities agrícolas dado o cenário de reabertura na China.

“Falando do agro, temos um cenário na China em que o governo influencia muito e, agora, deve ter um estímulo na reabertura pós-covid, ocasionando um cenário não só benéfico para commodities como minério, mas também soja, carne e outras vinculadas à comida e alimento – e o Brasil é justamente o player mais competitivo do planeta nesse setor”, explica.

Ao ser questionado sobre o impacto da inadimplência no setor – que fez ações do Bradesco (BBDC4) afundarem na última temporada de balanços – o especialista da Suno Asset destaca que o Banco do Brasil deve ser menos afetado.

“O BB tem esse ‘grande cliente’ que é o agro. A inadimplência deve aumentar na margem, mas dentre os bancos ele segue sendo o mais bem posicionado.

Banco do Brasil é tech

Além das vantagens competitivas no agronegócio, o gestor também destaca que a parte de digitalização do banco melhorou e o coloca patamar igual ou superior do que o de fintechs.

“A área de investimentos e o nicho digital eram pontos que os investidores mais olhavam, e o Banco do Brasil tem um aplicativo muito utilizado e que é mais bem avaliado do que o Nubank, por exemplo, que é um queridinho de muitos usuários; apesar de a nota [nas lojas de apps] do Nubank ser um pouco maior, o número de avaliações ainda é mais restrito”

Dividendos de BBAS3

Além da exposição ao crédito mais ‘seguro’, outros analistas consultados pelo Suno Notícias destacaram as altas projeções de dividend yield (DY) para os ativos.

Nas projeções da XP, o BB deve ser o maior pagador de dividendos do seu setor neste ano e no próximo.

Segundo dados do Status Invest, os dividendos do Banco do Brasil representam um DY de cerca de 10,2%.

Isso porque foram R$ 4,17 pagos por ação ordinária do Banco do Brasil no acumulado dos últimos 12 meses.

Fonte: Terra

Com dividendos, BB encosta em patamar Bolsonaro; hora de comprar?

Publicado em: 27/01/2023


Até aqui, o investidor do Banco do Brasil (BBAS3) não tem o que reclamar. Após sofrer com o período eleitoral (a ação chegou a R$ 31 após a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva), o papel virou foguete e já acumula alta de 22% no ano, quase recuperando as máximas de 2022, quando bateu em R$ 45.

Para a alta, pesaram dois fatores: o bom discurso da nova CEO Tarciana Medeiros e a política de distribuição de dividendos. O conselho aprovou, na semana passada, a distribuição de 40% dos lucros de 2023.

Um dos principais pontos de preocupação dos analistas era justamente a entrega de rentabilidade na presidência de Lula. Na campanha, o petista disse que o BB lucrava como um banco privado e que era preciso ‘enquadrá-lo’.

“Boa parte do desconto de BBAS3 para os pares deriva da desconfiança de que o banco continue gerando bons resultados e distribuindo grandes quantias de proventos aos seus acionistas neste novo governo”, escreve o analista da Empiricus Researth, Ruy Hungria.

Apesar disso, para ele, a aprovação do payout não elimina totalmente as desconfianças. “Ainda não temos clareza sobre os lucros em 2023 –, mas ajuda a dissipar uma boa parte delas”, completa.

“Sabemos que ainda existem riscos políticos associados a essa tese. Mas além de os primeiros sinais da nova gestão serem positivos, entendemos que muito pessimismo já esteja embutido em BBAS3 ao negociar por apenas 3,7 vezes lucros”, discorre.

Para o BTG Pactual, 40% de entrega de dividendos sempre foi o cenário base dos analistas. Porém, para investidores que conversaram com banco, era preciso tirar esse risco “da sala”, já que outra gigante estatal, a Petrobras, deverá pagar menos dividendos.

Segundo a XP, o anúncio foi neutro, tendo em vista que o payout anunciado “já era amplamente esperado pelo mercado, inclusive sendo o percentual que utilizamos em nossas estimativas”.

Porém, a corretora reafirmou a recomendação de compra e lembrou que BB deve se manter como um bom pagador de dividendos — a XP calcula em 12,9% o dividend yield para 2023.

É hora de comprar Banco do Brasil?

Agora, os investidores se perguntam se é o momento de comprar Banco do Brasil e a resposta do BTG é um sonoro sim. O banco reafirmou a recomendação com preço-alvo de R$ 53, potencial de alta de 32%.

Na visão dos analistas, o BB tem seus “anticorpos” para se proteger das interferências do governo. Além disso, o BTG diz que os investidores parecem estar precificando uma deterioração do ROE (retorno sobre o patrimônio líquido) mais rápido e forte do que o estimado.

“Mesmo que as coisas piorem, o ponto de partida é muito bom: o balanço do BB está forte (capital bem melhor do que no passado), tem uma carteira de crédito mais defensiva (que cresceu menos que seus concorrentes nos últimos 5 anos), e é um estoque sob propriedade com uma transferência muito positiva para ganhos”, coloca.

Sobre o resultado da estatal do quarto trimestre, marcado para o dia 14 de fevereiro, o BTG está otimista, no aguardo de números fortes, com lucro de R$ 8,7 bilhões e ROE de 21,8%.

Se assim for, o BB encerrará 2022 com faturamento de R$ 31,5 bilhões (20,5% ROE), semelhante ao Itaú, mas com valor de mercado de apenas 45% do seu concorrente privado.

Em 2023, o BTG espera que a orientação continue a mostrar uma dinâmica saudável, sugerindo um crescimento de lucro por ação de 5% a 10%.

“Se for esse o caso, o BB estaria negociando a 3,4x P/L (preço sobre lucro) em 2023, com um dividend yield de 12%, o que achamos muito barato”, completa.

Fonte: Money Times

 

BB e Petrobras caminham para o pior dezembro desde reeleição de Dilma

Publicado em: 15/12/2022


A aprovação na Câmara do projeto que muda a Lei da Estatais azedou de vez o humor dos investidores e derrubou as ações da Petrobrás e do Banco do Brasil. Com isso, Petr3 e BBAS3, as principais ações dessas companhias, caminham para o seu pior dezembro desde 2014, ano que marcou a reeleição de Dilma Rousseff à presidência da República.

Até agora, com o resultado desta quarta-feira, 14, PETR3 despenca 20,07% em dezembro. No ano, no entanto, as ações ordinárias da estatal acumulam valorização de 27,51%. Já o BBAS3 cai 11,15%, para uma alta de 19,04% neste ano.

Em dezembro de 2014, as ações ordinária do Banco do Brasil fecharam em queda de 18,89% e as da Petrobrás ficam em queda de 21,27%. Os dados constam da plataforma de comparações de ativos da Mais Retorno.

No período de onze anos, compreendido entre 1º de dezembro de 2011 e 5 de dezembro deste ano, o BBAS3 acumula valorização de 171%, praticamente o dobro da alta de 86,93% contabilizado pelo Ibovespa. PETR3 sobe 154,18% nesse período de onze anos.

O mergulho das ações das duas principais estatais do País e bastante representativas na carteira do Ibovespa foi uma reação à mudança proposta pelo projeto que afrouxa a Lei das Estatais, em aprovação no Congresso, e define que nomes envolvidos em campanha eleitoral podem ser nomeados para a direção dessas empresas, bastando que cumpram quarentena de 30 dias.

O mercado já andava ressabiado com o clima de transição para novo governo que costuma ser intervencionista na economia e sobretudo em empresas estatais. E reagiu negativamente à aprovação pela Câmara na terça-feira, 13, na Leis das Estatais. As ações de duas das estatais supostamente mais expostas à ação do governo despencaram.

A alteração na Lei das Estatais, de acordo com especialistas, abre as portas para a indicação de Aloízio Mercadante como presidente do BNDES. Analistas temem que a mudança abra caminho para a alteração da lei que garante maior governança corporativa (uma blindagem principalmente contra as interferências políticas) para as estatais.

Para o advogado especializado em Governança e Direito Empresarial Marcelo Godke, a alteração mostra claramente a intenção do próximo governo de indicar alguém que não tem a menor qualificação técnica para o cargo no BNDES e de outras estatais.

“Isso não só vai afetar a governança do próprio BNDES quanto da Petrobras e também de todas as empresas estatais, principalmente as controladas pela União”, avalia Godke, que considera a mudança péssima e “um retrocesso gigantesco”.

Em relatório, a Guide Investimentos escreve que, aprovada em 2016, no governo do presidente Michel Temer, a Lei das Estatais visava reduzir a influência política em empresas estatais. Diretorias de principais companhias estatais como Petrobras e Banco do Brasil, além de outras empresas não listadas na Bolsa, não tiveram mais indicação política desde a aprovação da lei que agora corre o risco de mudança.

A vigência da Lei das Estatais no formato original impossibilitaria a nomeação de Mercadante para o comando do banco estatal de fomento. Ela proíbe a indicação de quem tenha atuado em processos decisórios de partidos políticos ou em campanhas eleitorais nos últimos 36 meses.

A alteração aprovada na Câmara preocupa os investidores, que temem a perspectiva de volta de interferência do governamental nas estatais. No caso da Petrobras, a preocupação é com a ingerência do governo na política de preços dos combustíveis e, no caso do BB, que seja usado para a execução de uma política de crédito a juros baixos, subsidiados.

Com efeito, uma volta à gestão de governos sob comando do PT remete a lembranças que incomodam o mercado. Especialmente na presidência de Dilma Rousseff e sua nova matriz econômica, capitaneada por Guido Mantega, o chefe da Fazenda.

Dois episódios emblemáticos e marcantes de intervenção governamental na gestão de empresas. Em seu primeiro mandato, a presidente Dilma interveio no setor elétrico, ao reduzir 20% a conta de luz – posteriormente ressarcido às transmissoras de energia pelos consumidores.

O segundo, também no governo Dilma, foi a tentativa de expansão de crédito, via concessão de juros subsidiados, pelos bancos oficiais, como Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal.

Fonte: Mais Retorno

 

BB Asset aponta caminhos para investir em ações em 2023; saiba quais

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O cenário para renda variável no Brasil não é nada trivial e deve seguir assim em 2023. O próximo ano do mercado de capitais está mais para uma continuidade do segundo semestre deste ano, com uma demanda de consumo enfraquecida no varejo, juros elevados punindo os ativos de risco e empurrando o investidor para a renda fixa. O país continuaria no mesmo ritmo de 2022, o que abre ainda mais espaço para um setor que vem em alta desde o início do ano: o de commodities. Para a BB Asset (ex BB DTVM, gestora de recursos do Banco do Brasil), mesmo que o ambiente exija cautela, ainda há oportunidades interessantes (e bem familiares) na bolsa.

Em seminário virtual promovido pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), a gestora apresentou suas projeções para a renda variável em 2023. Para Victor Penna, chefe de Equity Research no BB Investimentos, o cenário futuro com a política fiscal no eixo, reabertura da China – após os relaxamentos da política de controle da covid – e uma leve desaceleração global, especialmente nos Estados Unidos, é aquele em que o Brasil tem tudo para dar certo na bolsa.

Para a BB Asset, os espaços para quem quiser entrar ou seguir na renda variável estão ligados ao setor de commodities, dois subsegmentos do setor de energia e ao setor de bancos, que também podem trazer boas surpresas em 2023.

Commodities

“Um nome que gostamos muito é o da WEG (WEG3), que é uma multinacional com mais de 50% de receita vinda de fora e tem liderança na produção de equipamentos para transição energética, uma demanda que deve vir muito forte nos próximos anos”, conta Penna. Mas ele destaca também outros segmentos:

Óleo e gás: mesmo com a recente desaceleração dos preços do petróleo, os valores tendem a se manter em um patamar saudável, segundo a BB Asset, porque a oferta está bastante restrita, não há muita capacidade ociosa e, por outro lado, a volta da China ao mercado deve alavancar a demanda. “Temos que considerar a população voltando a andar de carro, de avião, além da retomada dessa circulação de forma mais estável no ano que vem”, avalia Penna. O nome destacado pela gestora no segmento é o da Petrobras (PETR34), pelos bons resultados operacionais e cenário vantajoso. “O principal risco para esse ativo é uma eventual mudança de política de preço ou de alocação fora do foco de negócio na próxima gestão”, avalia.

Mineração: um dos segmentos favoritos da BB Asset para 2023, principalmente com a Vale (VALE3) bem posicionada na produção de minério de ferro de alta qualidade e exposição em metais básicos. “O níquel, por exemplo, que é um produto derivado da companhia, vem sendo usado como componente de bateria de carros elétricos, então a demanda para os próximos anos é positiva”, diz.

Siderurgia: mais voltado ao mercado interno, neste segmento, a BB Asset destaca empresas com liderança de mercado e exposição ao mercado externo. É o caso, por exemplo, da Gerdau (GGBR3). “Os EUA vão lançar um pacote de infraestrutura no ano que vem, que vai demandar produção local, ou seja, as empresas com plantas na região acabam sendo beneficiadas.”

Agronegócios / soft commodities: o cenário favorável da agropecuária na América do Sul e desfavorável nos EUA impulsionaria resultados para as empresas frigoríficas e com produção. A gestora destaca a Minerva (BEEF3) neste caso. Já em grãos, “com Rússia e Ucrânia fora do jogo, o consumo no Brasil deve continuar alavancado, especialmente a demanda pelo milho, além da soja e do algodão, que já são muito fortes”.

Setor de energia

Em energia, os subsegmentos que se destacam para a BB Asset são os das geradoras e de transmissoras. “As geradoras estão sendo favorecidas por uma hidrologia mais favorável em 2022, o que é esperado também em 2023. Este cenário impulsiona margens”, conta Penna. Neste caso, ele destaca a AES Brasil.

Já entre as transmissoras, a projeção de crescimento vem dos leilões previstos para acontecer no próximo ano, “aqui já gostamos muito dos papéis da Alupar e não tanto de Taesa, que entendemos que as ações não estão baratas a ponto de valer a pena”, conclui.

O subsegmento de distribuição de energia fica como um destaque negativo, por navegar em um cenário mais punido pelo enfraquecimento da economia, que reduz o consumo e aumenta a inadimplência.

Bancos

A desaceleração econômica pode provocar redução do volume de crédito e impulsionar a inadimplência, mas, no caso dos bancos, esses pontos podem ser compensados pelo aumento dos juros sobre financiamento e empréstimos, o que colocaria esses ativos numa atmosfera mais neutra, segundo a BB Asset. Os papéis do setor, no caso, têm função mais defensiva na carteira, quer dizer, não entregam retorno tão alto, mas têm também menos volatilidade

Os destaques negativos

Setores com empresas muito alavancadas (com endividamento acima do patrimônio), suscetíveis à flutuação em razão do ambiente econômico interno, dependentes do ambiente externo para crescer e com o beta muito elevado, ou seja, cuja razão percentual entre a flutuação de preços do ativo em relação à variação do índice da bolsa é alta.

Neste caso, são especialmente punidas as ações das companhias de consumo. No espectro negativo das projeções para 2023, a BB Asset destaca os seguintes setores:

Varejo: a perspectiva negativa vem da falta de visibilidade sobre o início do corte de juros, fundamental para o setor, que é fortemente dependente de crédito. “Neste caso, se fosse para fazer um stock-picking (seleção de ações), gostamos mais de empresas com mais capacidade de repasse inflacionário, como a Raia Drogasil, que tem uma tese mais defensiva e está mais exposta a classes de renda mais elevadas”, diz Penna.

Construção civil e educação: são dois setores que não performam bem em cenário de juros elevados, um índice que acaba impactando tanto a decisão de compra de imóvel quanto a de investimento em educação formal.
Transporte e logística: setor também fortemente penalizado pelos juros, que, em um patamar mais alto como o atual, penaliza despesas financeiras e os novos investimentos, essenciais para o crescimento dessas empresas.

Fonte: Valor Investe

Banco do Brasil deve pagar 11,8% em dividendos em 2023, diz XP

Publicado em: 08/12/2022


Estimativas da XP Investimentos indicam que o dividend yield (DY) – que mensura a quantidade de proventos pagos pelo valor da ação – do Banco do Brasil (BBAS3) deve ser de 11,8% no ano de 2023.

Com isso, entre os bancos analisados pela XP, o Banco do Brasil possui os maiores dividendos projetados para 2023, ficando à frente do Banrisul (BRSR6), com o segundo maior DY projetado, em 10%.

Atualmente, considerando os proventos pagos nos últimos 12 meses, as ações do Banco do Brasil somam yield de 11,4%, conforme dados do Status Invest. Isso porque foram R$ 4 pagos por ação ordinária, ou BBAS3, no período.

BBAS3 tem recomendação de compra da XP

Os analistas da XP mantêm visão positiva para os papéis do banco, com preço-alvo de R$ 57 por ação. Atualmente, os papéis são negociados na casa dos R$ 35. O último parecer da casa sobre a empresa se deu após a divulgação do balanço referente ao terceiro trimestre deste ano.

O Banco teve R$ 8,36 bilhões de lucro líquido recorrente, acima do que era esperado pela XP. Além disso, teve uma melhor Margem financeira Bruta (NII), em R$ 19,55 bilhões. “Os resultados positivos do Banco do Brasil no 3T22 foram beneficiados, principalmente, por um robusto incremento em sua Margem financeira Bruta (NII), que se deve principalmente ao robusto crescimento de sua carteira de crédito, à reprecificação de suas operações de crédito nos últimos trimestres e aos melhores resultados de sua tesouraria”, diz a XP.

A XP também aponta que a carteira de crédito do Banco do Brasil cresceu 19% na base anual, sendo beneficiada “principalmente pelo robusto crescimento das operações de crédito Corporate e Agronegócios nos últimos doze meses”.

Apesar disso, como consequência da maior inadimplência no período, as provisões do banco aumentaram para R$ 4,5 bilhões. Mesmo assim, o lucro foi de cerca de R$ 8,4 bilhões e o Retorno Sobre Patrimônio Médio (ROAE) ficou acima do esperado, em 21,8%.

Os analistas também destacaram que o banco revisou suas estimativas para 2022. O guidance do Banco do Brasil, após a atualização, implicaria em um lucro de R$ 7,7 bilhões a R$ 9,7 bilhões no próximo trimestre.

Fonte: Suno Research

 

Banco do Brasil: o que esperar para ação com o novo governo em 2023?

Publicado em: 02/12/2022


Nos últimos trimestres, o Banco do Brasil (BBAS3) chegou a apresentar lucros recordes. Além disso, as ações do BB ainda estão em nível acima do registrado no começo deste ano. No entanto, os investidores seguem atentos às possíveis consequências da entrada do novo governo, juntamente com as perspectivas para o Banco do Brasil em 2023.

Fundado em 1808, o Banco do Brasil tem o propósito de “ser próximo e relevante na vida das pessoas em todos os momentos”. Há mais de 200 anos, existiam somente três bancos emissores no mundo quando o então príncipe-regente D. João VI, recém-chegado à colônia – obrigado a deixar Portugal, invadido pelas tropas de Napoleão -, decidiu criar o Banco do Brasil.

O Banco do Brasil foi a primeira empresa listada em bolsa de valores do Brasil. O governo federal é o principal acionista do banco, detendo 50,00000011% do total de ações.

BB registrou lucro recorde neste ano

Nos nove primeiro meses deste ano, o Banco do Brasil reportou um lucro líquido de R$ 22,8 bilhões, o que representa um valor recorde. Somente no terceiro trimestre, o BB registrou lucro líquido ajustado de R$ 8,4 bilhões. Isso equivale a um aumento de 62,7% em relação ao mesmo período do ano passado.

Em nota, o Banco do Brasil alegou que o resultado obtido “é reflexo de alavancas que alicerçam a sustentabilidade do seu retorno no longo prazo:

  • o crescimento da carteira de crédito com mix que apresenta um melhor retorno ajustado ao risco;
  • a continuidade da diversificação na linha de serviços, que começa a refletir a monetização de novos modelos de negócios;
  • a disciplina constante na gestão de custos; e a sólida posição de capital”.

Os resultados do Banco do Brasil no 3T22 ficaram acima do previsto pelo mercado. Os analistas do BTG Pactual, por exemplo, afirmaram que a instituição reportou “um lucro surpreendente”.

Após a divulgação do balanço trimestral, o BTG Pactual apresentou recomendação de compra, com preço-alvo de R$ 50, no relatório que argumentava por que vale a pena investir no Banco do Brasil,.

A XP Investimentos também apresentou recomendação de compra para as ações do Banco do Brasil, com preço justo de R$ 57,00.

A mudança de governo e o BB

Com a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva à Presidência da República, os investidores vêm observando as possíveis consequências do novo governo sobre o Banco do Brasil. Em alguns discursos, o petista indicou que planeja retomar a função social da instituição, com foco em realizar políticas públicas.

Em declaração feita no início de novembro, Lula chegou a desconsiderar a privatização do Banco do Brasil. Segundo ele, “as empresas públicas brasileiras voltarão a ser respeitadas”.

O presidente eleito ainda declarou que “muitas coisas que são consideras como gastos nesse país temos que passar a considerar como investimento”.

Ao Suno Notícias, os analistas da Terra Investimentos, Régis Chinchila e Luis Novaes, afirmam que os dois principais pontos de atenção que preocupam os investidores são o modelo de gestão a ser adotado e a decisão de remunerar os acionistas do Banco do Brasil.

“O governo eleito possui um posicionamento diferente em relação aos dois últimos presidentes sobre as estatais: mais importante do que os resultados, está a função social desempenhada pela companhia, e isso significa que a rentabilidade do banco não está à frente da capacidade de fornecer crédito para setores em desenvolvimento da economia”, comentam.

A equipe de análise observa que o segundo ponto “seria a distribuição dos resultados”. E completam: “O governo eleito deve dar preferência ao reinvestimento dos lucros e limitar os dividendos aos acionistas, pois a distribuição é vista como subaproveitamento do capital”.

Crédito subsidiado por bancos públicos

Durante o governo de Dilma Rousseff, foi observado um alto volume de crédito subsidiado por bancos públicos.

No caso do futuro governo de Lula, a equipe de análise da Terra Investimentos lembra que, durante a campanha eleitoral, o petista afirmou que o vê o Banco do Brasil como um impulsionador de crescimento: “Portanto, o mercado deve imaginar que o banco seguirá essa linha”.

Ele acrescenta: “Talvez o método utilizado não acarrete os mesmos problemas das gestões anteriores, ou sejam parcialmente compensados pelos frutos da gestão atual. De fato, esse é um dos pontos de atenção dos investidores que avaliam o banco.”

O especialista em renda variável da SVN Investimentos, Pedro Queiroz, afirma ao Suno Notícias que “hoje, quando olhamos para o Banco do Brasil, não é uma racionalidade no processo [subsidiar taxas]”.

Ele entende que isso acaba não sendo um risco somente para o Banco do Brasil, apesar de ganhar um market share em um primeiro momento: “Mas é um tipo de crédito que não traz retorno para o banco, e pode trazer certo risco.”

Queiroz afirma ainda que essa possibilidade pode complicar todo o setor, e que outros bancos não conseguiriam competir com o BB subsidiando taxas.

Possíveis impactos nas ações e dividendos do Banco do Brasil

Ao serem questionados sobre possíveis impactos nas ações e dividendos do BB — em função de dúvidas sobre o novo governo e o banco —, a equipe de análise da Terra Investimentos acredita que os próximos trimestres devem ser favoráveis para o BB, “em decorrência ainda dos frutos da atual estratégia”.

Apesar disso, os analistas ressaltam que “os dividendos derivam dos resultados recentes do banco, e esses refletem o modelo de gestão adotado no governo Temer e mantido pelo governo Bolsonaro”.

“Caso haja uma mudança de foco do banco, a rentabilidade deve cair, afetando as ações e dividendos”, ponderam.

Queiroz, da SVN Investimentos, considera que pode existir algum risco. Diz que o carrego de dividendos está impactado para o Banco do Brasil — e principalmente para a Petrobras (PETR4), em virtude da política de capex que se deseja implementar.

Apesar disso, o especialista comenta que, sobre o BB, “é importante avaliar como vai ser essa gestão, e como vai impactar a empresa”.

Logo após a eleição de Lula no segundo turno, o Goldman Sachs atualizou suas estimativas para o BB. Os analistas argumentam que pode existir maior incerteza para a empresa até que haja definição sobre o futuro das políticas públicas.

De qualquer modo, eles não esperam impacto do resultado eleitoral no curto prazo. O Goldman Sachs manteve recomendação de compra, com preço-alvo de R$ 46.

Em vídeo recente sobre as perspectivas de dividendos para o Banco do Brasil em 2023, o fundador do grupo Suno, Tiago Reis, traçou alguns cenários. Inicialmente, entre o governo Bolsonaro e o governo Lula, ele acredita que os dividendos do Banco do Brasil podem estar na casa de 11-13%.

Como investir em ações do Banco do Brasil?

Quem deseja investir no Banco do Brasil, por meio da compra de ações do banco, ou de outras empresas listadas na bolsa de valores brasileira, precisa abrir conta em uma corretora de valores.

Após essa abertura, será necessário transferir dinheiro para a conta. Por meio destas quantias, a pessoa terá como adquirir os ativos.

O passo seguinte será enviar a ordem de compra das ações do BB. As ações ordinárias do Banco do Brasil são negociadas pelo código BBAS3.

As ações são separadas em dois tipos de lotes: o lote padrão e o lote fracionado. O lote padrão representa um número mínimo de ativos que pode ser comprado. Um lote padrão tem 100 ações.

Já o lote fracionado permite a compra de números menores de ações, entre 1 e 99. Com isso, para adquirir um total menor de ativos, basta inserir a letra F no final do código (BBAS3F, por exemplo, para o Banco do Brasil), com o número de papéis desejado.

Fonte: Suno Research

 

Itaú troca Banco do Brasil por estatal mais barata e rentável; veja carteira

Publicado em: 09/10/2022


O Itaú BBA trocou as ações do Banco do Brasil (BBAS3) pela Sabesp (SBSP3), empresa de saneamento de São Paulo, mostra relatório enviado a clientes nesta semana.

Apesar dos analistas Victor Nadal e Paulo Folha ainda gostarem de BB, que segue como o banco favorito do BBA, “preferimos não ter exposição à tese devido ao momento volátil de mercado”.

O Banco do Brasil, que disparou no pregão da última segunda, caiu com força na sessão desta terça-feira (-5,38%).

Já a Sabesp, segundo a dupla, parece uma tese interessante em termos de valuation, tanto sob o prisma de múltiplos quanto de potencial de valorização.

O BBA vê a ação negociada a 4,6x o EV/Ebitda (valor da empresa sobre resultado operacional) para o final de 2023, ante uma média dos últimos três anos em 6,0x – o que representa um potencial de valorização de mais de 30%.

A Sabesp é considerada uma das maiores empresas de saneamento do mundo em população atendida. São 28,4 milhões de pessoas abastecidas com água e 25,2 milhões de pessoas com coleta de esgotos.

É responsável por cerca de 30% do investimento em saneamento básico feito no Brasil. Para o período de 2022 a 2026, a companhia planeja investir aproximadamente R$ 23,8 bilhões.

Fonte: Money Times

 

BB Investimentos projeta alta acima de 20% para ações de BRMalls e Multiplan

Publicado em: 26/09/2022


O Banco do Brasil Investimentos (BB-BI) elevou os preços-alvo esperado para 2023 de BRMalls e Multiplan, mantendo a recomendação de compra para ambos os ativos. Para BRMalls, a projeção saiu de R$ 9,50 para R$ 10,80 por ação, enquanto o valor para Multiplan passou de R$ 30,30 para R$ 30,90 — avanços de 22,9% e 29% sobre a cotação atual, respectivamente.

Segundo o banco, a revisão leva em conta os resultados do segundo trimestre de 2022 e atualizações sobre as premissas macroeconômicas. “Apesar da nossa preferência no setor por Multiplan, em virtude do seu histórico de execução superior, entendemos que ambas as companhias encontram-se com potencial de valorização interessante, o que torna o preço-corrente atrativo”, afirma a analista Georgia Jorge, que assina o relatório.

Ela afirma que as perspectivas do BB-BI para o setor de shoppings são positivas. “Entendemos que, assim como as companhias do setor varejista, as empresas de shopping devem se beneficiar da desaceleração da inflação no segundo semestre, o que vem contribuindo para elevar a confiança do consumidor e colocar ambos os setores no radar dos investidores desde o início deste semestre”, acrescenta.

Por outro lado, a analista diz que novas surpresas inflacionárias podem voltar a pressionar o desempenho das companhias, em especial o da BRMalls, dada a sua maior exposição a classes sociais com menor poder aquisitivo.

Ainda segundo banco, embora o destaque no primeiro semestre tenha sido Multiplan, com alta de 27% ante queda de 5% de BRMalls, diante de uma execução mais acertada e melhores indicadores operacionais, a BRMalls vem apresentando performance superior desde o início do segundo semestre. Esse quadro é reflexo da entrega de fortes resultados referentes ao segundo trimestre e maior controle da inadimplência.

Fonte: Valor Investe

 

Banco do Brasil tem o maior número de investidores pessoa física da B3

Publicado em: 19/09/2022


A B3 (B3SA3) divulgou um levantamento sobre o número de pessoas que investem em ações à vista na Bolsa brasileira. A empresa campeã em investidores pessoas físicas foi o Banco do Brasil (BBAS3).

Veja quais são as 10 empresas com mais acionistas PF:

  • Banco do Brasil (BBAS3);
  • Bradesco (BBDC4);
  • Itaúsa (ITSA4);
  • Magazine Luiza (MGLU3);
  • Oi (OIBR3);
  • Petrobras (PETR4);
  • Sanepar (SAPR11);
  • Taesa (TAEE11);
  • Vale (VALE3);
  • Via (VIIA3).

Segundo o levantamento da B3, houve um crescimento de 15% no segundo trimestre de 2022 sobre o mesmo período do ano passado. De acordo com a pesquisa de B3, o total de CPFs registrados era de 2,8 milhões no 2T21 e passou para 3,2 milhões neste ano.

Mesmo com o aumento no número de investidores, a análise indica uma baixa de 25% no valor em custódia: a posição total dos investidores foi de R$ 436 bilhões para R$ 328 bilhões.

Houve uma diminuição de 61% no saldo mediano em custódia, na comparação anual. O saldo mediano passou de R$ 7,5 mil para R$ 2,9 mil. Segundo a B3, o aumento no número de investidores acompanhado da queda do saldo mediano “mostra a força e o avanço da democratização do mercado de capitais nos últimos anos”.

Fonte: Suno Research

 

Saiba a melhor hora para trocar Banco do Brasil por BB Seguridade e vice-versa

Publicado em: 11/08/2022


Os resultados trimestrais divulgados pela BB Seguridade (BBSE3) na manhã desta segunda-feira (8 de agosto) são bem recebidos pelo mercado. As ações avançavam 3,44% por volta das 14h25, dando gás à performance do acumulado do ano, que já avança 48%.

Os papéis da controladora Banco do Brasil (BBAS3) não ficam muito atrás. Apesar de uma valorização menor, a estatal ainda acumula ganhos de 41% em 2022.

Em momentos como esse, dúvidas sobre qual ação oferece mais oportunidade podem surgir no mercado. Entre os dois nomes, qual escolher? E, mais importante: é possível saber a melhor hora de trocar os papéis?

Segundo o Itaú BBA, a performance relativa entre o Banco do Brasil e sua seguradora pode ser explicada em grande parte pelas mudanças de risco do Brasil.

Relação com risco-país

Em relatório publicado no fim de julho, os analistas Pedro Leduc, William Barranjard e Mateus Raffaelli explicam que, em períodos de aumento de risco no país, as ações das duas empresas caem, mas o Banco do Brasil cai mais do que o BB Seguridade. No cenário reverso, de redução de risco, o Banco do Brasil claramente sai na frente, completam.

De acordo com Leduc, Barranjard e Raffaelli, alguns fatores explicam essa dinâmica. Um deles é o custo do patrimônio líquido. O BBA lembra que a tese do Banco do Brasil tem mais tempo que a de BB Seguridade. Por isso, um risco-país maior deve diminuir o valor justo do Banco do Brasil em menor grau do que para BB Seguridade.

“Todo movimento +100 pontos-base no custo do patrimônio líquido muda o valor justo do Banco do Brasil em -5% e da BB Seguridade em -9%”, destaca.

O risco-país também influencia os dois papéis porque reflete a percepção dos investidores sobre o cenário fiscal brasileiro, acrescenta o BBA.

“Nos ciclos políticos anteriores, especialmente quando o espaço para a expansão fiscal era mais limitado, bancos estatais eram usados como ferramentas expansionistas no Brasil. A estratégia não acabou bem para suas lucratividades e balanços”, comentam os analistas.

O BBA diz que, embora a governança do Banco do Brasil esteja mais forte hoje em dia, a história do passado “continua viva”, principalmente agora, às vésperas das eleições.

“Essa memória pode estar levando os mercados a pensar que, quanto pior o cenário fiscal, o mais provável é que bancos controlados pelo governo sejam usados como combustível para crescimento orientado pelo crédito“, afirmam Leduc, Barranjard e Raffaelli.

Os analistas destacam que aumentar o crédito traria mais prêmios para a BB Seguridade no curto prazo, mas sem o risco de crédito.

O BBA tem uma visão construtiva para as duas companhias, embora veja maior potencial de alta para o Banco do Brasil nos níveis atuais.

Fonte: Money Times

Ações: BB amplia lista sugerida do “mix doméstico” e limita commodities

Publicado em: 04/08/2022


O BB Investimentos realizou uma única mudança em sua carteira fundamentalista de ações para agosto. Incorporando uma “ligeira” acomodação de pesos entre os setores e já tendo capturado a “parcela mais relevante dos resultados” com a alta dos preços das commodities, o BB decidiu excluir os papéis da Suzano (SUZB3).

No lugar, foram incluídas as ações da Lojas Renner (LREN3) para elevar o peso do “mix doméstico” no portfólio.

Com isso, o peso relativo de commodities na carteira passa a ser de 20%, agora só com Petrobras (PETR4) e Vale (VALE3), as maiores pagadoras de dividendos da Bolsa. A parcela do “mix doméstico” aumentou para 40%. Além de Renner, compõem a carteira Hypera (HYPE3), Localiza (RENT3) e Multiplan (MULT3). Segundo o BB, esses quatro nomes têm volatilidade mais controlada em relação aos pares.

A carteira para agosto segue com 10% direcionados ao setor de utilidades básicas, que é mais defensivo, via Alupar (ALUP11). Os 30% restantes são formados por bancos: ABC Brasil (ABCB4), BTG Pactual (BPAC11) e Itaú Unibanco (ITUB4).

Bolsa barata

A carteira do BB acumulou uma valorização de 6,51% em julho, superando a performance do Ibovespa no mesmo período. O índice de referência encerrou o mês com ganhos de 4,69%.

O BB destaca que, sob múltiplas métricas, a Bolsa brasileira ainda está barata.

De acordo com a instituição, a relação preço-lucro do Ibovespa segue “muito abaixo” do intervalo de dois desvios-padrão em relação à sua média histórica de longo prazo.

Atualmente, o patamar de desconto do Ibovespa supera ao nível registrado em março de 2020, início da pandemia de Covid-19.

Além disso, a instituição acredita que os próximos meses devem ser de destaque para o mercado local.

“Enxergamos, para os próximos meses, que mesmo com os desafios trazidos pelo contexto global, o Brasil ganha uma posição de destaque para capturar uma parcela relevante da alocação de portfólios globais direcionados à América Latina e demais mercados emergentes”, afirma.

Fonte: Money Times

 

Com menor inadimplência entre bancões, BB tem sido injustiçado pelo mercado?

Publicado em: 15/07/2022


Quem analisa os balanços do Banco do Brasil pode facilmente chegar à conclusão de que a instituição bancária mais antiga do país é uma bela empresa para ter na carteira de ações em tempos de crise.

Explica-se: a maior parte do crédito concedido pelo banco vai parar no bolso de clientes de baixo risco, que dificilmente vão dar um calote na instituição.

Entre eles, destacam-se dois grupos:

– os produtores rurais, que representam 30% da carteira de crédito do BB e fazem parte de um dos setores mais pujantes e resilientes da economia brasileira.

– os servidores públicos, que contam com empregos estáveis e têm uma renda “garantida” para recorrer ao crédito consignado, que equivale a três quartos do crédito concedido pelo banco aos consumidores.

Não por acaso, o BB é, entre os maiores bancos listados na Bolsa (ao lado de Itaú, Bradesco e Santander), o que tem a menor taxa de inadimplência.
No balanço mais recente, referente ao primeiro trimestre, só 1,89% da carteira de crédito do banco contava com atrasos no pagamento superiores a 90 dias, enquanto a média do mercado, de acordo com dados do Banco Central, é de 2,50%.

Para o setor bancário em geral, o ano de 2022 tem sido de preocupação. Com a inflação corroendo a renda das pessoas e os juros mais altos, espera-se que os calotes aumentem – o que já tem sido percebido com mais clareza desde o início do ano.

O BB, então, com uma carteira de crédito mais “protegida”, seria uma opção interessante para o investidor que está em busca de segurança.

Seria. Não fosse por um detalhe: 2022 é também ano de eleição. E o BB, como se sabe, é um banco público, que tem o governo federal como controlador e, a qualquer momento, pode ser alvo de interferências movidas por questões políticas.

É por isso que a ação do BB tem sido negociada na Bolsa com um desconto maior em comparação aos três grandes bancos. Se o risco é alto, o ativo vai se tornando barato.

Existem diferentes maneiras de comparar os preços de ações do mesmo setor para tentar identificar quais estão baratas ou caras. São os chamados múltiplos.

Entre os especialistas entrevistados pela Agência TradeMap, múltiplo preferido para falar de Banco do Brasil é o que divide o preço da ação pelo valor patrimonial — conhecido pela sigla P/VPA.

O valor patrimonial é basicamente o patrimônio líquido da empresa dividido pelo número de ações existentes. Assim, chega-se ao que seria o valor justo de cada ação.

Se, na prática, a ação estiver sendo negociada a um valor menor, é um indício de que está barata. Se estiver cotada a um valor maior, pode estar cara. Mas claro: não se trata de uma verdade absoluta. É apenas um ponto de partida para fazer uma avaliação.

Por esse parâmetro, o BB é o único que está sendo negociado a um preço inferior.

Com base nos dados de patrimônio do banco apresentados no balanço do primeiro trimestre, a ação do BB está sendo cotada a 62% do valor patrimonial, de acordo com números disponíveis na plataforma do TradeMap.

Já as ações dos dois maiores bancos privados – Bradesco e Itaú Unibanco – estão, em tese, caras. O primeiro é negociado a um preço 7% acima do valor patrimonial, enquanto o segundo está com uma cotação 27% superior.

O Santander é o único que está praticamente “empatado”, com um preço para a ação que representa 98% do valor patrimonial.

Para os especialistas, o preço mais baixo para o BB é explicado pelo risco político ligado às eleições.

“As perspectivas para o negócio do BB são boas e até melhores do que para demais bancos e há uma melhora no ambiente competitivo, com um cenário mais difícil para as fintechs, mas o desconto na ação incorpora um receio com a governança”, afirma o analista Pedro Gonzaga, sócio da Mantaro Capital, à Agência TradeMap.

Segundo ele, há um temor de que, no próximo governo, haja algum tipo de “desmonte” em relação ao que tem sido feito no banco, com possíveis mudanças na Lei das Estatais, legislação que garante uma maior “blindagem” para as empresas públicas em relação a eventuais interferências políticas.

Se houver uma mudança de governo, com o retorno do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao poder, por exemplo, o mercado teme que a política de crédito do banco seja alterada e os bons resultados de hoje se percam.

Vale ressaltar, porém, que o risco político em torno do BB não está relacionado apenas uma possível mudança de governo.

Mesmo o governo atual, que tem uma equipe econômica com viés mais liberal, tem apresentado comportamentos de ingerência política nas estatais, como nos casos recentes de troca de comando da Petrobras e inclusive no próprio BB.

Em 2021, um plano de fechamento de agências do banco em alguns municípios gerou desgaste político entre parlamentares e o presidente Jair Bolsonaro, que resultou na saída do então presidente da instituição financeira, André Brandão.

“André Brandão era um executivo que estava tentando implementar um caminho para a eficiência, com redução de agências, mas isso foi travado. Uma empresa pública fica refém desse tipo de coisa”, afirma Guilherme Tiglia, sócio e analista da Nord Research, também em entrevista à Agência TradeMap.

Além disso, a própria Lei das Estatais, aprovada no governo de Michel Temer, foi colocada em discussão no Congresso após os episódios envolvendo os reajustes de preços na Petrobras, para uma possível revisão, mas depois não avançou. “Sempre ficamos com o pé atrás em relação às estatais, principalmente depois dos episódios com a Petrobras”, diz o sócio da Nord.

Tanto Gozaga, da Mantaro, quanto Tiglia, da Nord, tinham investimentos em BB há pouco tempo, mas decidiram zerar a posição justamente por causa do risco político.

“A empresa oferece um prêmio magro em comparação ao risco associado à estatal”, avalia o sócio da Mantaro Capital. “E o BB não é o banco mais eficiente. O Itaú tem um ROE (retorno sobre capital) mais elevado e é um player de mais qualidade”, compara o sócio da Nord.

Mas não se trata de uma visão unânime. Os analistas do BTG Pactual, por exemplo, acreditam que a ação do BB está “inquestionavelmente barata” e recomendam a compra do papel.

Em relatório publicado em maio, o BTG revisou o preço-alvo da ação do BB para R$ 51, de R$ 46. Na terça-feira (12), a ação fechou negociada a R$ 33.

Para o BTG, a situação atual do BB é “muito melhor em relação às ‘crises’ anteriores”, inclusive a de 2015, durante o governo de Dilma Rousseff. A análise do BTG é que o banco estatal cresceu menos que seus pares nos últimos cinco anos, seu capital principal é maior e sua carteira de crédito tem menor perfil de risco, com mais participação de crédito ao agronegócio em vez de crédito ao consumidor sem garantia.

Em 2015, porém, o Banco do Brasil estava mais exposto a empréstimos corporativos, principalmente algumas empresas de construção civil que foram apanhadas pela operação Lava Jato. “Como o BB estava muito exposto a esse setor e tinha garantias piores que outros credores, as provisões aceleraram e pressionaram os resultados”, explica o BTG.

A recomendação de compra do BTG é acompanhada pela maioria do mercado. Das 14 casas consultadas pela Refinitiv e apresentadas na plataforma do TradeMap, 13 recomendam a compra do papel e apenas uma tem uma visão neutra em relação à ação.

As estimativas de preço-alvo apontam para uma mediana de R$ 47, valorização potencial de 42,81% em relação ao patamar atual.

Fonte: Trademap

BB é condenado por coagir advogados a desistir de ações sob pena de demissão

Publicado em: 16/06/2022


O Banco do Brasil S.A. terá de pagar indenização de R$ 500 mil por dano moral coletivo por ter coagido empregados a desistir de ações trabalhistas ajuizadas individualmente ou por meio do sindicato. A decisão é da Primeira Turma do Tribunal Superior do Trabalho, que considerou que a conduta da empresa desprezou a ordem constitucional e as regras trabalhistas.

De acordo com a denúncia apresentada ao Ministério Público do Trabalho (MPT), em novembro de 2009, o banco, por meio do seu diretor jurídico, teria coagido empregados, sobretudo advogados, para que desistissem das ações, sob ameaça de demissão ou perda de comissão. Na ação civil pública, o MPT pediu a condenação da empresa ao pagamento de indenização de R$ 5 milhões por dano moral coletivo, com o argumento de que o dano dizia respeito a toda a toda a categoria e à própria sociedade, pois violaria a ordem social.

Número restrito

O banco, em sua defesa, disse que o MPT havia embasado o alegado direito coletivo num número restrito de empregados, integrantes do seu quadro jurídico, que supostamente teriam sofrido dano “decorrente de razões diversas, sem origem comum”.

Parcela específica

A tese de lesão à coletividade foi acolhida pelo juízo da 12ª Vara do Trabalho de Brasília, que fixou a indenização em R$ 500 mil. Contudo, a decisão foi reformada pelo Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região (DF/TO), que não viu na conduta do banco ato atentatório à coletividade. “Os atos supostamente imputados ao banco foram dirigidos a uma parcela específica de funcionários, qual seja, a dos advogados”, registrou o TRT.

Desrespeito à liberdade

No exame do recurso do MPT pela Primeira Turma, prevaleceu o voto do relator, ministro Hugo Scheuermann, pelo restabelecimento da sentença. O relator acentuou que a conduta do banco não atingiu apenas a esfera individual dos trabalhadores afetados, mas causou, também, intolerável desrespeito à liberdade de ação e de associação dos trabalhadores, o que afeta toda a coletividade.

Processo: Ag-RRAg-32-82.2011.5.10.0012

Fonte: Rota Jurídica

Banco do Brasil está “inquestionavelmente barato”, argumenta BTG

Publicado em: 27/05/2022


Os múltiplos do Banco do Brasil indicam que o papel está mais barato do que em 2015 – no pior momento do governo Dilma Rousseff – sendo que a instituição se encontra ainda mais robusta, dizem os analistas do BTG Pactual. Numa revisão de projeções para o banco estatal, a equipe coordenada por Eduardo Rosman acredita que o BB vai entregar os R$ 26 bilhões colocados como guidance para o lucro líquido de 2022. No ano passado, o lucro foi de R$ 21 bilhões.

Isso significaria um papel negociado a 3,9x o preço/lucro do ano, com 10,2% de dividend yield – “muito barato para ignorar”, considera o BTG. O banco está numa posição muito melhor do que em 2015, comparam, quando negociava a 0,45x o valor contábil por ação, hoje a 0,67x. Naquela época o banco tinha crescido muito mais que seus pares privados, às custas de rentabilidade, como mostrava a redução de ROE.

Já nos últimos cinco anos, o crescimento relativo desacelerou, mantendo um core capital mais alto, com carteira de crédito de menor risco, com mais volume em agro do que em consumo. O Itaú BBA também destacou em relatório uma consistência no crescimento do BB e diz que as projeções para a instituições podem ser corrigidas para cima – confirmando o papel como o favorito do BBA no setor financeiro e elevando o preço-alvo de R$ 42 para 47.

O BTG tem recomendação de compra para a ação do BB, com preço-alvo bem mais otimista, de R$ 51 em 12 meses. Há pouco, a ação valia R$ 38.

Fonte: Pipeline Valor