Para criar um futuro melhor para nossos filhos, persistirei até vencer

Publicado em: 19/10/2017

Esta semana estava fazendo o meu treino de corrida no Parque do Ibirapuera, em São Paulo, e uma palavra ficou por muito tempo rodando na minha cabeça: persistência. E durante o tempo me lembrei de uma frase – “Persistirei até vencer” – que eu havia lido há anos no livro “O maior vendedor do mundo”, de Og Mandino.

Essa frase ecoou na minha cabeça durante o treino, e ao refletir um pouco mais sobre ela, me veio uma sensação muito boa. Pude me dar conta de que tudo o que propus fazer na vida, só tornou-se realidade porque agi com muita persistência. A persistência levou-me realmente à vitória.

Observei durante o treino também que outras pessoas que estavam no Parque do Ibirapuera as vejo há muitos anos. Tem um senhor, cadeirante, que há pelo menos cinco anos se exercita por lá pelas manhãs. Com todas as dificuldades que sua condição física possa gerar, pude reconhecer nele essa persistência.

E em um mundo em evolução, com cobranças por resultados imediatos, fiquei me perguntando se não estaríamos deixando a persistência de lado, e utilizando outros subterfúgios para encontrar atalhos. Sou 100% a favor de repensarmos processos e rever procedimentos para ganhar eficiência, mas fazer isso de uma forma íntegra e correta.

Imediatamente me veio nessa hora a imagem da minha filha. Pensei na forma com que a venho educando. Refleti sobre como a incentivo a ser persistente, e fazer aquilo que é certo, ao invés de burlar as regras, que muitas vezes são o caminho mais fácil. E esse processo de educação é árduo, mas é fundamental que tenhamos persistência.

Se queremos ter um mundo melhor para nossos filhos, precisamos começar pela educação. Não só com informações e conhecimentos, mas também com qualidades, como a persistência, bondade, coragem e a honestidade, características que queremos ver mais no povo desta nação.

Hoje resgatei aquele livro, e uma frase me tocou: “Quando outros interrompem suas lutas, então a minha começará e minha colheita será plena.”

Então, para que tenhamos um Brasil melhor, a cada dia persistirei até vencer.

Tenha uma ótima semana, com muita persistência e fé.

Artigo de Marcelo Katayama, médico e terapeuta do Núcleo Ser Treinamento e Consultoria

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– A construção de um mundo melhor começa dentro de nós

A construção de um mundo melhor começa dentro de nós

Publicado em: 05/10/2017

Quando olhamos ao nosso redor, é muito comum nos indignarmos com uma série de acontecimentos, como a violência, corrupção e o racismo, entre outros exemplos. E é mais comum ainda tomarmos uma postura defensiva e criticarmos tudo aquilo que é diferente do que acreditamos.

Com o passar dos dias, vamos somando esses pequenos descontentamentos, que se tornam grandes desconfortos, e chegamos em um ponto onde desejamos algum tipo de mudança. E queremos que ela seja imediata.

Nesse ponto, dotados de uma grande carga emocional, idealizamos um mundo no qual as pessoas ajam seguindo princípios que acreditamos serem corretos. Na prática, projetamos um mundo perfeito (ou quase…).

Mas a decepção vem logo a seguir, porque o mundo que idealizamos depende da mudança de comportamentos e crenças dos outros. E cada um idealiza um modelo de mundo de forma muito particular. Então não faz sentido eu mudar, se o mundo não vai mudar. Não faz sentido lutar se as coisas continuarão iguais.

Mas não é bem por aí. Esta semana tive a oportunidade de conhecer uma casa assistencial para pessoas em condições de fragilidade social. E nela tive uma das lições mais belas da minha vida.

Esse lugar é dirigido por uma senhora de 84 anos, que acredita com o coração e com a alma que é possível fazer melhor. Fazer mais com menos, ir atrás do melhor, de uma forma ética e responsável, em prol das crianças que frequentam aquela instituição.

Mais do que isso. Essa convicção é tão grande que contagiou todos os funcionários e criou-se uma cultura no local de que estão todos unidos pela mesma causa.

Essa senhora nos recebeu com uma doçura no olhar e ao mesmo tempo com a autoridade de quem ao longo de muitos anos já ajudou milhares de crianças e adolescentes a encontrarem um caminho melhor para a sua vida. Ela transformou essas pessoas.

Essa senhora me transformou por dentro. Ela me mostrou, sem falar nada, com um simples olhar, que não importa as barbaridades que vemos no mundo. O que importa é o que podemos efetivamente fazer em prol das pessoas que estão ao nosso redor.

O que importa é olharmos para dentro, e com sinceridade nos perguntarmos: “O que posso fazer hoje para ajudar, de coração, alguém que está ao meu lado?” Fazer o bem, não importa a quem.

Me reservo ao direito de não divulgar o nome dessa senhora, até por não ter a autorização dela para contar essa história, mas tenho a certeza de que a transformação aconteceu. E essa aconteceu dentro de mim, e talvez dentro de você também.

Uma boa semana!

Artigo de Marcelo Katayama, médico e terapeuta do Núcleo Ser Treinamento e Consultoria

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– Movimentos de massa podem ser muito perigosos

Movimentos de massa podem ser muito perigosos

Publicado em: 22/09/2017

Há tempos venho observando movimentos de massa. Nas ruas, internet, redes sociais, mercados, etc. Geralmente em torno de uma causa, como Diretas Já, impeachment ou contra o preconceito, entre outras coisas.

E ao observar esses movimentos, tenho me perguntado, se as pessoas que estão lá, envolvidas com aquela causa, realmente acreditam naquela bandeira. Com certeza, muitas pessoas acham que sim. São ativistas de uma causa, querem transformar o mundo, imaginam que com suas ações irão promover mudanças, e, enfim, construir um futuro melhor.

E em muitos casos isso acontece. Muitas realidades foram transformadas a partir de movimentos de massa. Presenciamos isso no próprio Brasil nos últimos anos. E isso é muito bom.

No entanto, ao observar alguns desses movimentos, e conversar com algumas pessoas, notei que muitas não tinham a real clareza dos motivos que a levaram a abraçar aquela causa. Por desinformação, por saberem de parte da verdade, ou simplesmente porque mais alguém estava indo naquela direção. E isso é preocupante.

Essa realidade preocupa porque essas pessoas que se engajam em uma causa sem saber o seu real propósito acabam sofrendo as consequências da mesma forma que aquelas que o fizeram com clareza e muitas vezes acabam não recebendo o benefício. Um exemplo clássico são as brigas entre torcidas de futebol, que acabam em tragédia. Tomados pelo movimento de massa e acreditando em um suposto anonimato, uma pessoa agride um torcedor do time adversário que acaba morrendo, é identificado por câmeras e termina preso. E às vezes nem foi ele que começou a briga.

Outro exemplo do dia a dia é quando surge um boato no mercado financeiro. Tomados pela emoção e tentando se antecipar a algum fato, um trader que se vê no meio do efeito manada pode realizar operações impulsivas e gerar prejuízos enormes.

E o que fazer nesses momentos então? Como agir? Devemos então nadar contra a maré? Acredito que a melhor solução é composta de três etapas:

1- Procure um estado interno de equilíbrio emocional. Isso é fundamental para não se deixar levar pelo movimento de massa. Só assim podemos tomar atitudes mais centradas e sensatas.

2- Procurar informações de fontes confiáveis. Com informações de qualidade temos um substrato melhor para fazer nossos julgamentos e tomar decisões.

3- Observar o movimento. Perceber para que lado as pessoas estão indo, o que estão dizendo ou pensando. Compare com as informações que você já obteve e veja se elas são coerentes.

A partir daí decida qual parece ser o melhor caminho para você e aja. Não temos como predizer o futuro, mas podemos agir de forma consciente no momento presente. E isso já é um bom começo, na direção do sucesso.

Artigo de Marcelo Katayama, médico e terapeuta do Núcleo Ser Treinamento e Consultoria

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Em casa de ferreiro o espeto precisa ser de pau?

Publicado em: 08/09/2017

Você já deve ter ouvido aquele ditado popular “Em casa de ferreiro o espeto é de pau”.

Vivemos em um mundo de muitas incoerências. Quantos médicos fumam, apesar de saber dos efeitos nocivos do cigarro? Quantos nutricionistas obesos? Isso sem falar em outras categorias profissionais.

E recentemente fiquei pensando sobre os significados daquele ditado. E, depois de muito pensar, cheguei à conclusão de que muitas coisas que nós falamos para os outros servem para nós mesmos. Ou melhor, falamos para os outros, para que possamos ouvir a nós mesmos.

Pode parecer estranho, mas se prestarmos atenção ao nosso dia a dia, notamos que isso acontece com certa frequência. Por exemplo: um amigo chega até você, precisando de um conselho porque está enfrentando problemas no casamento. Apesar de o seu casamento estar sólido, você também vem enfrentando problemas parecidos, e ao oferecer ajuda acaba dizendo exatamente o que precisa fazer com o seu casamento. Irônico, mas é verdade.

A nossa mente inconsciente trabalha de forma inteligente ao nos mostrar no nosso próprio discurso o caminho que devemos seguir. E para aproveitar esses sinais de forma produtiva, basta estarmos atento ao que falamos, principalmente quando aconselhamos alguém.

Quem nunca passou pela situação de falar em investimento para um cliente e lembrar que precisa alocar os seus recursos também?

Então, aproveite o momento e avalie como está o seu planejamento financeiro. Tem um? Está atualizado? Está fazendo a gestão do seu patrimônio de forma eficiente?

Porque eu acredito que não precisamos ficar usando espetos de pau, quando podemos construir para nós mesmos uma bela grelha e apreciar nela um excelente churrasco.

Artigo de Marcelo Katayama, médico e terapeuta do Núcleo Ser Treinamento e Consultoria

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– A importância dos feedbacks positivos

Em um mundo em colapso, criar cenários de catástrofe pode ser muito positivo

Publicado em: 25/08/2017

Vivemos momentos turbulentos, com a crise econômica, política e moral. E em mares revoltos como o que vivemos, é muito fácil desesperarmo-nos ou perdermos a esperança. Nesse momento nossa mente cria uma série de fantasias, ilusões e, às vezes, expectativas irreais. Tudo isso gera muito sofrimento. E o que fazer?

Há alguns anos tenho me deparado com pessoas que procuram ajuda em momentos de crise. Coisas como “Perdi o emprego, estou desesperado” ou “Terminei o meu casamento, o meu mundo acabou” são expressões comuns que tenho ouvido. E nesses casos sempre pergunto à pessoa: “Diante dessa realidade, qual seria o cenário de catástrofe? Qual seria o pior cenário imaginável?”.

Inicialmente as pessoas costumam ficar confusas diante do meu questionamento. Afinal, elas acreditam que já estão vivendo o pior cenário, mas ao refletir sobre o pior cenário possível, se dão conta de que nem tudo é tão ruim como parece. E ao se preparar para o pior cenário, elas encontram caminhos para resolver essa situação.

Recentemente, conversando com um amigo sobre esse assunto, descobri que a minha ideia já é utilizada há mais de 2,3 mil anos. Se chama estoicismo (movimento filosófico que surgiu na Grécia Antiga e que preza a fidelidade ao conhecimento, desprezando todos os tipos de sentimentos externos, como a paixão, a luxúria e demais emoções) e uma das bases dessa filosofia é estar preparado psicologicamente e fisicamente para esses cenários de catástrofe.

E os estoicistas levavam isso muito a sério. Postulavam, por exemplo, que deveríamos viver com o mínimo necessário por alguns dias do mês, pois a prática nos tornaria mais fortes e preparados para os tempos ruins. Além disso, geralmente ficamos com medo de mudanças por todas as incertezas e sensação de incapacidade que temos, geradas pela falta de experiência e insegurança. Essa prática reduz o medo porque desenvolvemos a habilidade de viver com pouco.

Isso não significa que devemos ficar o tempo todo pensando em catástrofes (embora naturalmente algumas pessoas o façam). Devemos estar preparados para os infortúnios da vida e ter um plano B para seguir adiante e aprender com o ocorrido.

Na prática, podemos sempre aprender. Como fazer algo, como não fazer…E criar cenários de catástrofe nos ajudam a prever, e até nos antecipar, de consequências ruins. Não se trata de ficar mirando naquilo que pode dar errado, mas sim analisar “o tamanho que pode ficar o monstro e matá-lo quando ainda é pequeno”.

Então, da próxima vez que se perceber em apuros, pergunte-se “Qual é o pior cenário possível?”. Em seguida, emende a questão “Neste cenário quais seriam possíveis alternativas?”. Lembre-se que nem sempre a solução ideal é possível ou factível, mas existe uma alternativa “menos pior” que na realidade é a melhor solução possível.

A partir daí trace um plano para essa solução e dê imediatamente o primeiro passo para concretizar essa solução. Não deixe para iniciar amanhã. Comece fazendo hoje e perceba que geralmente o primeiro passo é o mais difícil, mas os outros subsequentes tendem a ser mais fáceis.

Com o tempo você perceberá que essa habilidade de criar cenários de catástrofe e se antecipar a eles é extremamente benéfico. E nos traz calma e paz de espírito.

Artigo de Marcelo Katayama, médico e terapeuta do Núcleo Ser Treinamento e Consultoria

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A importância de feedbacks positivos

Publicado em: 10/08/2017

Existe uma palavra na vida de quem trabalha em grandes corporações que gera um arrepio, falta de ar e taquicardia: feedback. E algo que deveria ser simplesmente uma devolutiva sobre o desempenho que estamos tendo, torna-se um momento de estresse e desconforto, porque associamos essa palavra a um momento no qual seremos criticados, e teremos nossas deficiências expostas.

E feedbacks são necessários? São necessários porque nos trazem uma visão externa sobre o que estamos fazendo. Um outro ponto de comparação e nos ajuda a ver se a nossa percepção do trabalho está alinhada com a visão de outras pessoas.

Agora, podemos dar e receber feedbacks de uma forma positiva. Independentemente do conteúdo, podemos sempre escolher como encarar. Diante de uma crítica, ou quando nos dizem que tivemos um desempenho distante do esperado, podemos levar para o lado pessoal, o que nos deixará com raiva, tristes ou frustrados.

Podemos também analisar o feedback de uma forma mais positiva, procurando entender quais são os pontos a serem desenvolvidos, e conversar sobre estratégias para fomentar essas habilidades. Pode ser necessário solicitar a ajuda de um mentor ou coach para potencializar essas habilidades, e isso só irá ampliar suas qualidades. Você sempre ganha algo.

Curiosamente, diante de um feedback positivo, muitas pessoas não aproveitam a ocasião para comemorar. É muito comum ouvirmos coisas do tipo “Ah, só fiz o meu trabalho”, ou “Não foi nada demais”, etc. E esse tipo de comportamento acaba por transformar uma conquista em algo trivial.

Por trás dessa forma de agir geralmente tem uma crença do tipo “Não mereço”, ou “É muito bom para ser verdade”. Mas ao não comemorarmos, deixamos de ativar no cérebro uma área chamada centro da recompensa.

A ativação do centro da recompensa gera a liberação de neurotransmissores no cérebro que geram uma sensação de prazer e bem-estar e nos motivam a continuar tendo o mesmo tipo de comportamento que gerou a ativação inicial, ou seja se fizemos algo de bom e fomos recompensados, teremos a tendência de repetir esse comportamento para ter mais prazer e bem-estar.

Então ao receber feedbacks positivos, comemore. Isso gera uma melhora na autoestima e irá te manter motivado para seguir adiante.
Se o feedback estiver mostrando uma deficiência, perceba que existe uma oportunidade de crescimento e de desenvolvimento de habilidades ainda latentes. E isso é muito bom.

Dessa forma todo e qualquer feedback trará benefícios e se tornará uma experiência que irá gerar crescimento e bem-estar hoje e no futuro.

Artigo de Marcelo Katayama, médico e terapeuta do Núcleo Ser Treinamento e Consultoria

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– E se você soubesse como o seu cliente pensa?

Gerente Assertivo: E se você soubesse como o seu cliente pensa?

Publicado em: 27/07/2017

Você já viu aqueles shows de mágica nos quais o mágico “lê os pensamentos” do expectador? Não parece fantástico? Ou armação?

Então, a realidade é que essas pessoas treinam e desenvolvem a habilidade de ler reações sutis, não verbais, diante de algumas perguntas e conseguem com isso “adivinhar” o que o outro está pensando.

Mas não precisamos fazer muitos cursos e tornarmos-nos experts em mágicas para ter essas habilidades. No dia a dia conseguimos obter informações muito valiosas simplesmente com duas ferramentas: rapport e boas perguntas.

Joseph O’ Connors, um dos grandes autores em programação neurolinguística, define rapport como “a qualidade de um relacionamento de influencia e respeito mútuos entre pessoas” e para fazer isso precisamos estar dispostos a ver o mundo a partir do ponto de vista dessa outra pessoa, com um interesse genuíno em saber como ela pensa.

Esse pequeno exercício de entrar em sintonia com o outro já nos traz informações importantes, porque imagine um cliente que chega até você muito nervoso, agitado. Se a primeira reação for algo do tipo “lá vem aquele chato de novo” nos fechamos para saber qual é a real necessidade do cliente e poderíamos acabar gerando mais nervosismo e ansiedade não só para ele, mas para si mesmo também.

Agora, se assumirmos que esse cliente tem um motivo genuíno para estar nervoso e nos perguntarmos “O que será que está acontecendo, por dentro, com essa pessoa?” e nos colocássemos no lugar dela, provavelmente teríamos um outro tipo de reação. E mais, conseguiremos obter muito mais informações, valiosas por sinal, que ajudarão a resolver a situação e ter um cliente grato a você pela vida inteira.

E quais perguntas fazer? O que seriam boas perguntas?

Antes de mais nada, precisamos ter consciência de que sempre percebemos somente uma pequena parte da realidade. Assim como mapas são representações gráficas de um território, temos em nossa mente apenas uma representação vaga e parcial da realidade. Estima-se que somos submetidos a cerca de 1,2 mil estímulos simultaneamente a cada instante. E conseguimos perceber de forma consciente apenas cinco a nove deles.
E vamos criando em nossas mentes, mapas com esses cinco a nove fragmentos de informação. Agora imagine você capturando esses pontos. Qual a chance da pessoa à frente estar olhando para os mesmos cinco a nove pontos?

Então, perguntas boas são aquelas que nos levam a “desvendar” o mapa do outro, ou seja, compreender melhor o que está acontecendo na cabeça dele. E para isso precisamos assumir que o mapa do outro também é real e verdadeiro, mesmo que seja muito diferente do nosso. Afinal, poucos clientes têm o mesmo nível de conhecimento técnico e experiência de vida que você.

Perguntas boas geralmente começam com “o que”, “como” e “quando” ao invés de “porque”. É muito mais produtivo perguntar para esse cliente nervoso: “O que está te deixando aflito?” ou “Como posso ser útil e tentar te ajudar?” do que “Porque você está nervoso comigo?” – que geralmente vem acompanhado do pensamento “Não fui eu que criei esse seu problema.”

Perguntas boas fazem o cérebro procurar respostas boas. As ruins, por sua vez, sempre trazem respostas ruins. Então, esteja curioso para saber quem é esse seu cliente e procure desvendar o seu mapa.

E você verá que isso pode ser muito divertido!!

Artigo de Marcelo Katayama, médico e terapeuta do Núcleo Ser Treinamento e Consultoria

 

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– Ah! Se eu tivesse…

– Você vê o copo meio cheio, ou meio vazio?

 

Artigo do Gerente Assertivo: Ah!! Se eu tivesse…

Publicado em: 09/06/2017

A maior dor que temos não é aquilo que perdemos ou não tivemos. É aquela de ficarmos presos àquilo que poderia ter sido feito, mas não foi.

Você já deve ter visto alguém contando essa história… “Ah, se eu tivesse feito tal coisa, a minha vida seria muito melhor!!” ou “Ah, se aquilo não tivesse acontecido, eu seria mais feliz hoje!!”.
Essas duas histórias têm algo em comum. A dor e o sofrimento que carregamos, às vezes por muitos anos, por não termos feito algo que achávamos que mudaria a nossa vida, é uma receita excelente para sofrer indefinidamente.

Lembre-se de quantas discussões absolutamente inúteis já tivemos, simplesmente por não nos conformarmos com uma expectativa não atendida, imaginando que discutir o “leite derramado” faria ele voltar para dentro da garrafa…

Apesar de ser um comportamento muito frequente, e pernicioso, podemos rapidamente mudar essa realidade. Como? Simples!! Basta olharmos para a realidade e nos fazermos perguntas de melhor qualidade.

Perguntas do tipo, “Como posso resolver esse problema neste instante?” e “Quais seriam os passos necessários para seguir adiante?”, direcionam nosso pensamento para a solução da situação, ao invés de ficarmos buscando fantasmas e culpados.

Mas porque fazemos isso? Porque nos prendemos à dor?

Parece não fazer sentido, mas por trás de todo e qualquer comportamento, existe uma “intenção positiva”, uma necessidade que temos e que procuramos atender com aquele comportamento. Ficar preso a reminiscências do que poderia ter sido e não foi, também tem uma intenção positiva.

Muitas vezes ficamos reprocessando um fato, porque existe algo a ser aprendido com ele. E geralmente esse aprendizado é melhor absorvido quando pensamos nas atitudes que podemos tomar daqui para frente, em situações semelhantes. Isso é bem mais produtivo do que ruminar o passado.

Então, da próxima vez que se perceber revivendo um drama criado, faça algo mais inteligente e se prontifique a agir de forma diferente da próxima vez, e deixe que essa história seja somente isso, uma história.

E dessa forma usamos nossa experiência de vida como fonte de aprendizado e levamos a nossa energia para solução dos problemas.

E não se assuste se de repente estiver vivendo mais feliz!

 

Artigo de Marcelo Katayama é médico e terapeuta do Núcleo Ser Treinamento e Consultoria

FORMAS DE MOVIMENTAR O CORPO TRAZEM INEGÁVEIS BENEFÍCIOS PARA O ESTADO EMOCIONAL

Publicado em: 19/05/2017

Da próxima vez que estiver diante de um cliente que tenha necessidades específicas, experimente endireitar a coluna, apoiar a planta dos pés no chão (não é necessário estar descalço) e tomar uma respiração profunda. Ao mesmo tempo, imagine toda e qualquer pressão sobre você sendo direcionada para o chão, mantendo a coluna ereta e a cabeça alinhada para frente. Experimente e perceba os resultados.

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Imagine uma sala com duas portas. Atrás da porta número um há uma pessoa deprimida. Qual seria a postura corporal dela? Pense por um instante. A cabeça estaria alinhada com o corpo ou curvada para baixo? Os ombros, eretos ou caídos? A respiração, vigorosa ou curta?

Agora imagine que atrás da porta número dois há outra pessoa que acabou de vencer um grande desafio. Qual seria a postura corporal dela? Igual à da anterior ou sensivelmente diferente, com a cabeça erguida, movimentos ativos e respiração ampla e relaxada?

Em estados emocionais mais positivos, naturalmente, a nossa postura se alinha, em sintonia com esse estado emocional. Mas será que o inverso é verdadeiro? Será que mudar a postura pode alterar o meu estado emocional, e consequentemente me tornar mais forte para enfrentar os desafios da vida?

Existem vários trabalhos científicos mostrando que a mudança na forma de usarmos o nosso corpo altera os níveis de hormônios e neurotransmissores que nos trazem uma sensação maior de prazer e bem-estar. Exercícios físicos, ioga, pilates, enfim, formas de movimentar o corpo trazem inegáveis benefícios para o nosso estado emocional.

Recentemente li um artigo de uma psicóloga de Harvard (Amy Cuddy) que demonstrou que posturas de empoderamento alteram significativamente níveis de testosterona para cima e cortisol para baixo. Níveis altos de testosterona estão associados à postura de liderança. O cortisol é o hormônio liberado em situações de estresse. Se o nível estiver baixo, significa que o ambiente não está sendo percebido como algo ameaçador.

O que esses artigos estão nos mostrando é que podemos mudar todo o funcionamento hormonal do nosso corpo, de uma forma positiva, ao mudarmos a nossa postura.

E o que isso tem a ver com um gerente assertivo?

Da próxima vez que estiver diante de um cliente que tenha necessidades muito específicas (forma positiva de ver o cliente, em vez de considerá-lo um ´chato´), experimente endireitar a coluna, apoiar a planta dos pés no chão (fique tranquilo, não é necessário tirar os sapatos para isso) e tomar uma respiração profunda. Ao mesmo tempo, imagine que toda e qualquer pressão exercida sobre você está sendo direcionada para o chão. Mantenha a coluna ereta e a cabeça alinhada para frente. Experimente e perceba os resultados.

Pequenas mudanças geram grandes resultados.

Se quiser dar um passo além, combine com a mudança de foco, olhando para soluções e uma linguagem mais positiva e você terá uma receita fácil e rápida para enfrentar os desafios do dia a dia com mais disposição e equilíbrio.

Experimente. Faça já. E desfrute dessas mudanças positivas que você pode gerar na sua vida!

Marcelo Katayama é médico e terapeuta do Núcleo Ser Treinamento e Consultoria.

PALAVRAS NEGATIVAS LEVAM A EMOÇÕES SIMILARES

Publicado em: 04/05/2017

A partir do que falamos, criamos imagens em nossas mentes que formam o pano de fundo emocional que vivemos. Podemos escolher alimentar nossa mente com palavras negativas e carregar os sentimentos que elas provocam por um período enorme de tempo. É mais esperto treinarmos um vocabulário mais positivo, que nos ajude a ter um estado emocional melhor e nos levará a uma qualidade de vida melhor

Não pense em maçã!

Isso mesmo, tente ao máximo evitar que essa imagem lhe venha à mente.

Vamos lá. Não deve ser tão difícil assim tirar algo da sua mente. Simplesmente, não pense em maçã!

O que acontece quando tentamos não pensar em algo? Quase que imediatamente a nossa atenção se volta para aquilo e então tentamos apagar essa imagem da nossa mente. Mas quase sempre ficamos com ela presente em nosso pensamento.

Isso acontece porque o nosso cérebro tem uma habilidade inata de construir imagens, e isso acontece muito rapidamente. Quer ver?
– Cachorro quente.

Qual é a imagem que quase de imediato lhe veio à mente?

Para apagar uma imagem da nossa mente, precisamos fazer um grande esforço. Quase sempre em vão, mas existe uma forma de substituir essa imagem criada – trazer uma outra tão importante ou intensa quanto a primeira.

Mas o que isso tem a ver com ser um gerente mais assertivo, com mais inteligência emocional?

Durante o dia, nós falamos para nós mesmos e para os outros uma infinidade de palavras e criamos em nossas mentes um número gigante de imagens, que conforme vão se somando criam o pano de fundo emocional que vivemos.

Ao escolher palavras com conotação positiva, criamos emoções que seguem na mesma direção. Perceba a diferença entre pensar que aquele cliente é um “chato” e que ele tem “necessidades específicas”. Muda a forma de enxergar o mesmo cliente?

A maioria das pessoas iria pensar que um cliente com necessidades específicas tende a ficar satisfeito quando conseguimos resolver aquele problema que ele traz, ao passo que um chato nunca está satisfeito. O cliente pode ser o mesmo, mas a sensação que temos dele, e que irá contribuir para o estado emocional que vivemos, é muito diferente.

Não se trata de pensamento positivo ou algo do gênero, mas sim de usar a nossa inteligência a nosso favor, para criar um mundo interior mais saudável e leve. Encarar um cliente pensando nas necessidades específicas dele, certamente, traz mais satisfação do que reclamar que ele é um chato.

Isso sem falar nas milhares de palavras que falamos para nós mesmos diante dos desafios que encontramos no nosso cotidiano. Podemos escolher alimentar nossa mente com palavras negativas e ficar carregando esses sentimentos por um período enorme de tempo. Acho mais esperto treinarmos um vocabulário mais positivo, que nos ajude a ter um estado emocional melhor, que nos levará a uma qualidade de vida melhor.

Toda vez que lhe vier à mente coisas como: “Que porcaria de trânsito!”, mude a linguagem. Talvez algo do tipo: “Que rota alternativa tenho?” ou “Já que estou preso aqui, como posso aproveitar melhor esse tempo?”

Note que no exemplo acima existe uma mudança na linguagem, além de no foco, e esses dois elementos em conjunto têm um efeito sinérgico. São dois passos importantes para fabricarmos emoções melhores!

Pratique. Experimente. Faça diferente. Somente assim você conseguirá notar os efeitos benéficos dessas pequenas mudanças.

E que tal trocar a imagem do cachorro quente por uma imagem de você, tranquilo, em paz e saudável?

Marcelo Katayama é médico e terapeuta do Núcleo Ser Treinamento e Consultoria.

SÉRIE DE ARTIGOS

Leia aqui o primeiro artigo da série >> Suicídio: desfecho trágico de bancários que sucumbem às violências do trabalho

Leia aqui o segundo artigo >> Suportar a pressão à custa de muita energia e antidepressivos?