Grandes bancos privados fecharam mais de 1,5 mil agências em 2020

Publicado em: 04/02/2021

Bradesco, Itaú e Santander, os três maiores bancos privados do país, sinalizam que estão revendo seus processos mais tradicionais de operação e atendimento ao cliente. O movimento ocorre na esteira de uma maior adesão dos brasileiros aos canais digitais, como reação ao isolamento social, mas também como uma alternativa para a redução de custos.

O maior indicador dessa mudança é o fechamento de agências e a redução no quadro de funcionários. Apenas em 2020, as três instituições fecharam, juntas, mais de 1.500 agências e pontos de atendimentos. O número representa uma queda de 12% na estrutura.

O enxugamento de agências não é de agora. Especialistas e analistas do mercado já projetavam a tendência de migração de áreas físicas para canais digitais, com investimentos cada vez maiores em tecnologia.

“A capilaridade, de certa forma, era um grande ativo para o setor. Mas, de um tempo para cá, os bancos se anteciparam à digitalização, e não é de hoje que vêm diminuindo a presença física”, afirmou o presidente da Febraban (Federação Brasileira de Bancos), Isaac Sidney, em um Webinar promovido pela Fitch Ratings em setembro de 2020.

A expectativa, agora, é que o maior uso dos canais digitais durante a pandemia intensifique esse movimento. Pesquisa realizada pela federação e pelo Ipespe (Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas) com 3.000 entrevistados embasa essa percepção: 60% afirmaram que passaram a usar mais os canais virtuais dos bancos com a pandemia.

Outro levantamento feito pelo Banco Central apontou que o distanciamento social e o pagamento do auxílio emergencial em 2020 aceleraram o processo de bancarização no Brasil, fazendo com que 9,8 milhões de pessoas iniciassem relacionamento com uma instituição financeira entre março e outubro.

Segundo Milton Maluhy Filho, novo presidente do Itaú Unibanco, que assumiu o cargo na terça-feira (2) no lugar de Candido Bracher, o grande banco privado deve focar ainda mais em sua atuação digital e também no ESG (melhores práticas ambientais, sociais e de governança).

A instituição encerrou o quarto trimestre de 2020 com 24,4 milhões de clientes digitais, um aumento de 2,9% em relação aos três meses imediatamente anteriores.

“Investiremos o dobro em tecnologia em 2021 do que investimos em 2018. Aumentamos a quantidade de soluções de tecnologia em 81%, com novos serviços e funcionalidades para as plataformas digitais. Esses canais continuam a crescer mesmo depois do período mais crítico da pandemia”, afirmou o executivo.

O mesmo aconteceu nos outros dois grandes bancos privados.

Em relatório divulgado nesta quarta-feira (3) o Bradesco apontou que um quarto (25, 3%) dos empréstimos feitos pelo banco em 2020 foi feito em canais digitais.

Em nota, Octavio de Lazari, presidente da instituição, disse que parte da explicação para a rápida reação do banco diante da crise do coronavírus foi poder contar com uma robusta estrutura tecnológica para atendimento digital.

Segundo Sergio Rial, presidente do Santander, o banco trabalhar para colocar 90% de seus produtos em canais digitais em dois anos.

“Até o final de 2022, esperamos que a atividade operacional das nossas lojas [agências] seja próxima de zero. Isso significa eliminar processos que precisem de papeis e trazer produtos e serviços cada vez mais digitais”, afirmou.

Para ele, a mudança para os meios digitais também reflete em agências mais voltadas para o atendimento especializado -que priorizam a consultoria ao invés do atendimento de caixa, pagamento de contas ou assinatura de contratos, por exemplo.

“Não acho que alguém consiga fazer previdência de longo prazo por meio de uma tela digital. A não ser que seja um investidor qualificado, o cliente pode querer uma consultoria. O mesmo acontece para financiamentos de veículos”, disse Rial.

Só o Santander encerrou o ano passado com 3.564 agências e pontos de atendimento, um redução de 7,2% na estrutura em relação a 2019. O banco também demitiu 3.220 funcionários no período. O quadro atual conta com 44.599 colaboradores.

O Bradesco fechou 1.083 agências em 2020 -400 delas apenas no quarto trimestre. Nesta quinta-feira (4) o presidente do banco, Octavio de Lazari, também sinalizou que estima fechar mais 450 agências em 2021, o que totalizaria um corte superior a um terço da estrutura física do Bradesco.

O banco encerrou 2020 com uma redução de 8% do seu quadro de funcionários, de 97.329 para 89.575.

“Esse movimento intensifica a transformação digital, com uma cultura intensiva de dados e o melhor atendimento dos clientes com essas ferramentas. Isso tem se mostrado fundamental”, disse Lazari. Ainda assim, o movimento enfrenta reações de sindicatos dos bancários que têm feito críticas à instituição.

O Itaú, apesar de também ter registrado demissões ao longo da pandemia, encerrou o ano com 96.540 funcionários, 1.659 a mais do que o registrado em 2019. De acordo com o banco, foram contratados 3.764 engenheiros e equipe de tecnologia, já incluindo os profissionais absorvidos com a compra da Zup, companhia mineira de serviços de tecnologia.

Em 2020, o banco também encerrou 167 agências e pontos de atendimento – 117 deles no Brasil. Segundo Maluhy, no entanto, o banco não tem planos de reduzir ainda mais a sua estrutura física.

“Temos um público muito heterogêneo, desde pessoas que vão nas agências todos os dias até aqueles que só conseguem resolver as coisas pelos canais digitais. Mas nós continuamos trabalhando bastante na evolução do sistema legado e o investimento em tecnologia é uma tendência do setor”, disse Maluhy.

Fonte: Folha de Londrina

 

Banqueiros chegam a ganhar 800 vezes mais que bancários, diz CVM

Publicado em: 18/06/2019

Itaú, Bradesco e Santander pagam as maiores remunerações do país. Mas para membros das suas diretorias executivas. A maior delas, que inclui os salários mensais e também bônus e outras vantagens, é paga a um membro da diretoria do Itaú: R$ 46,880 milhões, o equivalente a quase R$ 4 milhões por mês, segundo a Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

O valor corresponde a 832 vezes aquilo que recebeu um escriturário do Itaú no mesmo ano. Cargo de menor remuneração na carreira bancária, os escriturários ganharam R$ 56.280 em 2018.

A lista de maiores remunerações recebidas no ano passado traz, na sequência, membros da diretoria estatutária do Santander (R$ 43,068 milhões), da diretoria estatutária da Bolsa de Valores — B3 (R$ 37,849 milhões) e do conselho de administração do Bradesco (R$ 27,684 milhões).

No Bradesco, o presidente do conselho de administração recebeu no ano passado R$ 27,6 milhões, o que equivale a 491 vezes aquilo que um escriturário ganhou em 2018.

Em países como Alemanha e Japão, os diretores executivos de grandes companhias ganham cerca de cinco a sete vezes mais do que os funcionários. Mesmo no Brasil, onde essa diferença é bem maior do que nos países desenvolvidos, ainda assim ela é muito menor do que nos bancos.

Das 601 empresas analisadas, o empregado de alto escalão no Brasil ganha, em média, 34 vezes mais do que seu colega operacional. Os dados são da pesquisa de Remuneração Total feita pela consultoria Mercer em 130 países.

Injustiça tributária

As injustiças não se restringem às diferenças de remuneração. O sistema tributário brasileiro ajuda a aumentar o fosso social entre trabalhadores e altos executivos.

Segundo estudo do Ipea, a redução das alíquotas do Imposto de Renda, ocorrida entre os anos 1980 e 1990, é uma das responsáveis pela imensa concentração de renda no país. O Brasil já chegou a cobrar alíquotas de até 50% para rendas mais elevadas. A partir de 1988, as taxas sofreram um movimento de redução até chegar ao teto atual de 27,5%

Isso significa que a maior alíquota é cobrada tanto para quem ganha R$ 5 mil quanto para quem recebe R$ 5 milhões por mês.

“A diferença salarial obscena verificada nas empresas brasileiras e, principalmente nos bancos, associada a um sistema tributário injusto e perverso, contribuem para manter nossa sociedade entre as mais desiguais do mundo. E são justamente esses altos executivos de bancos e empresas que defendem a reforma da Previdência que irá prejudicar a aposentadoria dos trabalhadores sob o argumento do desequilíbrio das contas públicas”, critica a diretora executiva do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Rita Berlofa.

“O Brasil é o paraíso fiscal dos ricos. Rico paga imposto muito aquém de sua capacidade contributiva. Os lucros e dividendos precisam ser tributados. Hoje, a carga tributária incide mais sobre o consumo (48,4%) do que sobre a renda (19,2%). Isso torna nosso modelo tributário regressivo, fazendo com que famílias de menor renda paguem mais. As desonerações e sonegações precisam ser combatidas. Mais de R$ 500 bilhões são sonegados, em média, por ano. Já as desonerações concedidas a empresas representaram R$ 354 bilhões a menos nos cofres públicos somente em 2017 ”, acrescenta a dirigente.

“É urgente que a sociedade brasileira se mobilize na luta por uma reforma tributária que institua um sistema progressivo de cobrança de impostos, para que os mais ricos e os que ganham mais paguem conforme seu rendimento. Não é justo que a maior alíquota de imposto seja de apenas 27,5% e incida tanto para quem ganha R$ 5 mil como para quem ganha R$ 5 milhões”, finaliza Rita Berlofa.

Fonte: Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região

Santander abrirá agências para voluntariado de funcionários aos sábados

Publicado em: 08/05/2019

O Santander Brasil anunciou nesta quinta-feira que vai abrir aos sábados algumas agências em 25 cidades do país para prestar orientação financeira gratuita à população, em um projeto de voluntariado entre seus funcionários. A iniciativa foi criticada pelo sindicato dos bancários de São Paulo.

Segundo a filial brasileira do banco espanhol, 29 agências do banco ficarão abertas aos sábados entre 4 de maio e o último sábado de junho, das 9h às 12h. As agências não prestarão atendimento bancário regular, mas voluntários do banco vão atender clientes e não clientes “interessados em receber apoio para organizar suas contas e investir”.
“Até o momento, mais de 1,2 mil funcionários do banco se inscreveram para participar desta missão cidadã”, afirmou o Santander Brasil em comunicado.

Porém, a presidente Sindicato dos Bancários de São Paulo, Ivone Silva, afirmou que sábado não é dia de expediente bancário segundo a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). “Não há porque o Santander abrir suas portas no fim de semana”, disse a presidente do sindicato. “Fomos comunicados pela imprensa e por denuncias de funcionários, tentamos falar com a direção do banco, mas ela tomou uma decisão unilateral e se recusou a negociar com os representantes dos trabalhadores.”

Segundo a entidade, a iniciativa do Santander Brasil representa um “precedente ruim para a categoria”.
“O banco quer promover um curso de educação financeira e poderia dar o exemplo diminuindo os juros e reduzindo as tarifas bancárias”, afirmou a dirigente.

O Santander Brasil frisou que qualquer funcionário do banco, e não apenas bancários, podem ser voluntários e que trata-se de um programa-piloto que poderá ser ampliado para mais cidades se houver demanda.

No primeiro trimestre, o Santander Brasil teve lucro recorrente de 3,485 bilhões de reais, alta 21,9 por cento sobre um ano antes. A receita com prestação de serviços e tarifas bancárias avançou 9,5 por cento, para 4,529 bilhões, enquanto as despesas com pessoal subiram 0,4 por cento, a 2,319 bilhões.

Fonte: Exame

Banco do Brasil e Santander possuem piores ouvidorias entre bancos maiores

Publicado em: 01/05/2019

O Banco do Brasil e o Santander possuem as piores ouvidorias entre as instituições financeiras de maior porte no País, indicou o “Ranking de Qualidade de Ouvidorias”, divulgado pelo Banco Central. Em uma escalada de zero a cinco, o índice do Banco do Brasil foi de 2,86 no primeiro trimestre de 2019, enquanto o do Santander foi de 3,39.
Quanto menor o índice, pior a ouvidoria.

O índice é formado a partir das reclamações registradas pelos cidadãos nos canais de atendimento do Banco Central. São considerados aspectos como o prazo de resposta dos bancos às reclamações e a qualidade da resposta. Além disso, o indicador leva em conta a iniciativa dos bancos em aderir a plataformas públicas de resolução de conflitos com os clientes.

Entre as instituições com mais de quatro milhões de clientes, o Banco do Brasil apresentou prazo médio de respostas de 9,04 dias úteis, sendo que houve 28 reclamações sobre a qualidade da resposta e seis reclamações sobre a própria ouvidoria. No caso do Santander, foram 10,57 dias úteis para resposta e 12 reclamações contra a qualidade da resposta. Não houve reclamações contra a ouvidoria. A terceira pior ouvidoria, conforme o ranking, é da Caixa Econômica Federal, com índice de 3,45. Na lista com 11 instituições, a OMNI aparece com a melhor classificação para ouvidorias, com índice de 5,00.

Instituições menores

Entre as instituições financeiras com menos de quatro milhões de clientes, a pior ouvidoria é a da Avista S.A Crédito, Financiamento e Investimento, com índice de 1,00. Na sequência aparecem Banco da Amazônia (1,46) e Modal (1,79). A íntegra do ranking está disponível em https://www.bcb.gov.br/estabilidadefinanceira/rankouvidoria.

Fonte: UOL

Com lucro em alta, Santander lidera ranking de reclamações no trimestre

Publicado em: 24/04/2019

Mesmo apresentando uma alta lucratividade no Brasil, o descaso do Santander com bancários e com seus clientes colocou o banco no topo do ranking de reclamações do Banco Central no primeiro trimestre de 2019.

O índice traz o Santander na liderança, seguido de Bradesco, Caixa Econômica, Itaú e Banco do Brasil.

A liderança era esperada, visto os rumos decididos pela atual gestão do Santander, que inclui a redução de custos nos ambientes de trabalho com aluguéis e café, por exemplo, e a precarização das condições de trabalho. A transferência dos correntistas das agências físicas para as digitais, especialmente dos clientes que possuem faixa de renda até R$ 4 mil, também impacta nas reclamações.

“O Brasil é responsável por 26% do lucro mundial do Santander, mas é aqui que o banco precariza o cotidiano dos trabalhadores e prejudica o atendimento aos clientes”, diz a dirigente sindical Wanessa Queiroz, lembrando que o banco aumentou em 38% o número de contas exclusivamente digitais em 2018 em comparação com o ano anterior.

Wanessa ressalta que o lucro do Santander também aumentou através da arrecadação de tarifas bancárias que, sozinhas, poderiam pagar quase duas folhas de pagamento dos funcionários da empresa no país. Além disso, o banco foi escolhido pelo quinto ano consecutivo como “o melhor para investir” no país, e a liderança no ranking pode prejudicar a imagem da instituição.

“É importante dizer ainda que o banco tem falado sobre educação financeira, inclusive convidando os seus funcionários a trabalharem voluntariamente no sábado para oferecer educação financeira para a população, descumprindo a Convenção Coletiva de Trabalho vigente, sem negociação com o movimento sindical. Além disso tem uma política agressiva de venda de produtos financeiros, muitas vezes sem compreender a realidade do cliente”, finaliza.

O ranking

O ranking de reclamações é formado a partir das queixas do público registradas nos canais de atendimento do Banco Central como internet, aplicativo, correspondência, presencialmente ou por telefone. São consideradas como reclamações procedentes as ocorrências registradas no período de referência em que se verificou indício de descumprimento por parte da instituição financeira.

O resultado é obtido pelas reclamações procedentes, divididas pelo número de clientes do banco, e multiplicadas por 1 milhão. Assim, é gerado um índice, que representa o número de reclamações da instituição financeira para cada grupo de 1 milhão de clientes. O resultado é, portanto, avaliado pela quantidade de clientes de cada instituição financeira, combinada como número de reclamações.

Participam do ranking, além dos bancos comerciais, os bancos múltiplos, os cooperativos, bancos de investimento, filiais de bancos comerciais estrangeiros, caixas econômicas, sociedades de crédito, financiamento e investimento e administradoras de consórcio. As listas se dividem entre aquelas instituições financeiras com mais ou menos de 4 milhões de clientes.

Fonte: Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região

Três maiores bancos privados lucram 13% mais e preveem crédito com mais vigor

Publicado em: 06/02/2019

Os três maiores bancos privados do Brasil viram o lucro líquido consolidado acelerar a taxa de expansão no último trimestre de 2018. Apesar de o motor para os números até então ser o menor gasto com calotes, para 2019, essas instituições já veem o crédito podendo retomar um ritmo de crescimento de dois dígitos e recuperar, de quebra, o posto de principal fonte de resultados dos pesos pesados do setor financeiro.

Juntos, Itaú Unibanco, Bradesco e Santander apresentaram lucro líquido recorrente de R$ 15,713 bilhões no quarto trimestre do ano passado, cifra 13% maior que a vista 12 meses antes, de R$ 13,894 bilhões. Em todo o exercício de 2018, o resultado dos privados ficou em R$ 59,695 bilhões, montante 10,84% maior que o de 2017, quando somou R$ 53,856 bilhões.

Com os resultados de 2018 em linha com as projeções do mercado, o destaque da abertura dos números dos grandes bancos ficou para as projeções de desempenho para o exercício em questão – com exceção do Santander, que não divulga guidances. Na opinião do diretor de renda variável da Eleven Financial, Carlos Daltozo, o guidance divulgado por Bradesco e Itaú ilustra exatamente o diferente momento vivido pelos dois bancos.

“Enquanto, no Bradesco, o agressivo guidance aponta uma aceleração dos resultados, no Itaú, as projeções para 2019 são mais tímidas, resultando em menor crescimento de lucro”, destaca ele. Segundo Daltozo, no ponto médio, o guidance do Bradesco aponta para um crescimento acima de 20% do lucro. Já a projeção do Itaú indica elevação de 11%.

Sob o ponto de vista do crédito, entretanto, os dois maiores bancos privados do País em ativos veem a possibilidade de suas carteiras retomarem o patamar de dois dígitos de expansão neste ano. O Bradesco está mais otimista e espera que seus empréstimos totais cresçam de 9% a 13% em 2019. Já o Itaú prevê alta de 8% a 11%.

No que tange ao retorno, o Itaú segue na liderança entre os privados. O banco encerrou dezembro com indicador (ROE, na sigla em inglês) de 21,8%, acima dos 21,3% vistos em setembro de 2018. Na sequência, o Santander manteve a segunda posição com rentabilidade recorde de 21,1%, ante 19,5%. Já o Bradesco fechou o quarto trimestre com retorno de 19,7%, superior aos 19,0% registrados nos três meses anteriores.

O presidente do Santander, Sergio Rial, destacou que não é possível manter a rentabilidade do banco crescendo a partir do patamar do visto no quarto trimestre, uma vez que o período é sazonalmente mais forte, mas ponderou que o banco segue focado em crescer com rentabilidade. Já o presidente do Bradesco, Octavio de Lazari, mira retorno acima dos 20%. “Seria ótimo chegar aos 20% de ROE, mas vamos buscar indicador melhor ainda. A busca pelo indicador é o melhor possível”, disse o executivo, em conversa com a imprensa, na semana passada.

Fonte: UOL

BB e Santander reabrem conta de corretora de Bitcoin para não pagarem multa

Publicado em: 30/10/2018

O Banco do Brasil e o Santander reabriram as contas da exchange Bitcoin Max após as decisões liminares concedidas pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT). A razão para o cumprimento para as respectivas ordens judiciais é simples: evitar o pagamento de multas. O descumprimento poderia custar para as respectivas instituições um custo de até R$ 5 mil – para o Santander —; e de até R$ 20 mil – para o Banco do Brasil.

Leonardo Ranna, advogado da corretora de criptomoedas, disse ao Portal do Bitcoin que todas as contas bancárias da AL- INFORMÁTICA LTDA – ME, razão social da Bitcoin Max, “foram restabelecidas, incluindo as dos sócios a exchange”.

As decisões, entretanto, não são definitivas. Na ação contra o Banco Santander, essa conquista da corretora se deu graças à uma concessão de tutela antecipada de urgência (espécie de decisão liminar) para que o Santander em cinco dias restabelecesse as contas que haviam sido encerradas.

O pedido havia sido negado anteriormente pela juíza Geilza Fátima Cavalcanti Diniz da 3ª Vara Cível de Brasília, onde o processo tramita. Com isso, os advogados resolveram apresentar o agravo de instrumento para que a decisão fosse revista por um desembargador do TJDFT.

Bloqueio pelo Banco do Brasil

A nova decisão, então, foi proferida pela desembargadora relatora do caso, Ana Catarino, da 8ª turma cível do TJDFT. Na visão da relatora, a falta de comunicação prévia do banco sobre o encerramento da conta é conduta abusiva vedada pelas regras de proteção ao consumidor e viola “o contido na Resolução nº 2.025/93 do Banco Central do Brasil”.

O caso do Banco do Brasil foi um tanto mais delicado. Além de encerrar a conta, a instituição financeira bloqueou R$120 mil que estavam nela.

Adriano Zanella, CEO da Bitcoin Max, disse que em ambas as situações não houve comunicação formal dos bancos sobre o encerramento das contas. No caso do Banco do Brasil, Zanella afirma que soube do bloqueio através do gerente de sua agência momento em que iria “realizar um TED no banco”.

A ação contra o Banco do Brasil foi protocolada no dia 12 de setembro e tramita na 2ª Vara Cível Especial de Brasília. A liminar foi negada. Do mesmo modo que ocorreu no caso do Santander, os advogados agravaram da decisão.

O resultado foi que a desembargadora Fátima Rafael, da 3ª Turma Cível do TJDFT, concedeu a tutela de urgência que havia sido negada anteriormente. Ela deu o prazo de 24 horas para que o Banco do Brasil cumprisse a ordem judicial sob pena de multa diária de R$ 2 mil.

Fonte: Portal do Bitcoin

Dividendo do Banco do Brasil pode superar 40%, avalia Santander

Publicado em: 25/05/2018

A equipe de análise de investimentos do Santander esteve reunida com o diretor de relações com investidores do Banco do Brasil (BBAS3) Daniel Maria e reiterou a recomendação de compra dos papéis após o encontro. O preço-alvo de R$ 42 corresponde a um potencial de valorização de aproximadamente 38%.

Segundo os analistas Henrique Navarro e Olavo Arthuzo, o foco atual do BBAS no fortalecimento de capital (CET1 em 9,8% no primeiro trimestre de 2018) permitiu ao banco aumentar o índice de distribuição de dividendos, passando de 25% para cerca de 40% no exercício fiscal de 2018. Este nível, explicam Navarro e Arthuzo, pode ultrapassar os 40% se o banco atingir sua meta de CET1 de 11%.

Fonte: Money Times

Caixa, Santander e BB lideram ranking de reclamações contra bancos no 1º tri

Publicado em: 20/04/2018

A Caixa Econômica Federal, o Santander e o Banco do Brasil são as instituições que aparecem na liderança do mais recente Ranking de Instituições por Índice de Reclamações, divulgado nesta segunda-feira, 16, pelo Banco Central. No topo do ranking, referente ao primeiro trimestre de 2018, está a Caixa, com índice de reclamações de 27,62. Nesta lista, são consideradas as instituições com mais de 4 milhões de clientes.

Pela metodologia do BC, este índice é calculado com base no número de reclamações consideradas procedentes, dividido pelo número total de clientes do banco e multiplicado por um fator fixo (1.000.000). No caso da Caixa, foram 2.444 reclamações consideradas procedentes no primeiro trimestre, numa base total de 88.470.270 clientes. Na segunda posição entre os bancos que foram alvos de reclamações aparece o Santander, com índice de 25,66 (1.038 reclamações procedentes e 40.441.975 clientes).

Na terceira posição do ranking está o Banco do Brasil, com índice de 24,20, resultado de 1.504 reclamações procedentes numa base de 62.141.375 clientes. Na sequência do ranking, ainda considerando os bancos e as financeiras com mais de 4 milhões de clientes, aparecem Bradesco (índice de 20,05), Itaú (14,58), Banrisul (12,21), Votorantim (6,38), Pernambucanas (3,79), Midway (3,50) e Banco do Nordeste (0,46).

Instituições menores

O ranking do BC indica ainda que, entre as instituições financeiras com menos de 4 milhões de clientes, o campeão de reclamações é o BRB, com índice de 311,77. Na sequência aparecem Safra (73,56) e Intermedium (67,59).

Reclamações

Entre os assuntos que mais motivam reclamações por parte dos clientes, o campeão é o item “irregularidades relativas a integridade, confiabilidade, segurança, sigilo e legitimidade das operações e serviços, exceto as relacionadas a cartão de crédito, cartão de débito, internet banking e ATM”. Ao todo, de acordo com o BC, este assunto gerou 1.300 reclamações com indícios de descumprimento das regras em vigor. Na sequência dos assuntos mais reclamados aparecem “oferta ou prestação de informação a respeito de produtos e serviços de forma inadequada” e, em seguida, “irregularidades relativas a integridade, confiabilidade, segurança, sigilo ou legitimidade das operações e serviços relacionados a cartões de crédito”.

Fonte: Época Negócios

Bancos ganham mais com juros altos? Balanços de 2017 mostram que não

Publicado em: 22/03/2018

Juros altos só servem para os “bancões” aumentarem o próprio lucro, prega o senso comum. Economicamente falando, até faz sentido. Se os juros estão lá em cima, muitos investimentos financeiros trarão um bom retorno, até mais garantido do que pensar em criar um negócio. Ganhando dinheiro fácil, os bancos acabam emprestando mais – e a taxas mais altas. Mas, por incrível que pareça, os bancos também ganham com juros baixos. A Selic, a taxa básica de juros do Brasil, vem caindo gradativamente desde 2016, chegando ao nível mais baixo da história no início deste ano. E o lucro dos bancos em 2017, vejam só, aumentou – e bastante.

Os quatro maiores bancos de capital aberto do país – Banco do Brasil, Bradesco, Itaú Unibanco e Santander Brasil – lucraram R$ 64,9 bilhões no ano passado, após sofrerem com os resultados de 2016. O resultado positivo veio justamente num ano em que a taxa Selic despencou e o país começou a recuperação econômica – o PIB de 2107 registrou crescimento de 1%, após dois anos negativos.

Juros em queda e lucro crescente se justificam por um motivo simples: nesse cenário, os bancos conseguem captar dinheiro mais barato. Mas a taxa de juro para concessão de crédito não reduz no mesmo ritmo que a Selic. E isso acaba deixando uma margem mais confortável para o “spread”, que é o quanto o banco ganha na operação.

Entre janeiro de 2016 e janeiro de 2018, a Selic saiu de 14,25% para a atual taxa de 6,75% – uma redução de 52,63%. No mesmo período, a taxa média de juros para pessoa física saiu de 39,58% ao ano para 32,34% ao ano, uma variação de 18,29%. Já o spread caiu ainda menos: 7,84% – saiu de 28,19% para 25,98% ao ano. Os números ajudam a entender porque o lucro cresceu, mesmo com os juros caindo.

O economista Maurício Godoi, da Saint Paul Escola de Negócios, pondera que é normal as taxas dos bancos caírem num ritmo mais lento que a Selic. Com os juros em alta, os bancos naturalmente captam mais dinheiro e acabam emprestando a taxas mais altas. “Eles ganham dinheiro porque as pessoas depositam mais facilmente. Eles não precisam correr atrás como fazem hoje”, explica.

Agora, com os juros em baixa, os bancos conseguem dinheiro mais barato. “O banco capta dinheiro no curto prazo, mas empresta no longo prazo, para 24, 36 e até 60 meses. Ainda tem muitas incertezas no período da concessão, principalmente a respeito de ambiente político”, pontua. E é esse cenário que acaba levando os bancos a manterem a precificação.

Godoi aponta cinco fatores que explicam porque não há redução das taxas de juros na concessão de crédito. O próprio crédito ainda não está fácil, o mercado de trabalho está em recuperação, a taxa de desemprego é alta, as pessoas demoram mais tempo para se recolocar no mercado e a atividade industrial ainda não retomou totalmente a sua capacidade de produção.

Para ele, questões como a reforma da Previdência, a inflação e até mesmo as medidas protecionistas que vêm sendo tomadas pelo presidente Donald Trump nos Estados Unidos colaboram para que os bancos mantenham os juros mais elevados. “Mesmo com a inadimplência dando sinais de redução, os bancos ainda não baixam a precificação”, completa.

Juros em queda
A Selic, taxa básica de juros, vem caindo num ritmo mais rápido do que os bancos repassam aos clientes. É mais barato captar dinheiro, mas o risco da concessão de crédito a longo prazo faz com que as taxas de juros cobradas dos clientes não caiam tanto. Captar dinheiro na baixa e manter uma taxa de juros conservadoras garantem aos bancos um ganho na operação, o spread, bem interessante. E isso ajuda a explicar porque muitos “bancões” viram seu lucro crescer em 2017, mesmo com a queda na Selic. Entenda:

Lucro dos bancos
Resultado dos quatro maiores bancos de capital aberto

Em R$ bilhões – valores do lucro recorrente

Sem título

Fonte: Gazeta do Povo

Nubank abre processo no Cade contra Itaú, Bradesco, Caixa, BB e Santander

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O Nubank entrou com uma representação no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) acusando os cinco principais bancos do país – Itaú Unibanco, Bradesco, Caixa, Banco do Brasil e Santander – de prejudicarem a livre concorrência no mercado de cartão de crédito. O Cade abriu então um inquérito administrativo para apurar a denúncia de que os bancos dificultam a atuação de novos agentes no mercado de cartões.

Na representação, o Nubank alega que os grandes bancos impõem barreiras para sua atuação no segmento. Como exemplo, a fintech alega que as instituições criam dificuldades para a contratação do débito automático, serviço considerado essencial para quem quer pagar a fatura do cartão de crédito. Sem esse convênio com os grandes bancos, os portadores de cartão Nubank não conseguem pagar a fatura por débito automático.

O Nubank afirmou ao Cade que essa conduta tem consequências gravíssimas para a empresa e o mercado consumidor. “Para o representante [Nubank] resultaria em elevação de custos caso continuasse com sua política de não cobrar anuidade dos clientes, ou perda indireta para seus clientes (mercado consumidor) que precisariam investir tempo e esforço extra para quitar boleto de outras formas. Caso viesse a cobrar para cobrir tais custos tal prática poderia resultar em perda de seu diferencial competitivo com o aumento da tarifação e consequente redução de sua capacidade de contestação no mercado de cartões”, diz documento do Cade.

Pelos cálculos do Nubank, o prejuízo somente com a ausência da funcionalidade de débito automático será superior a 340 milhões de reais até o final de 2018.

O Nubank alega ainda que os bancos reduziram o prazo de pagamento do comércio de 30 para 2 dias com o ‘único objetivo de aniquilar a concorrência no mercado de cartões, que não suportaria os encargos dessa alteração’. A fintech afirma que a mudança acaba por prejudicar os próprios bancos, mas que esses têm condições financeiras de suportar essa antecipação.

Outra denúncia diz respeito somente ao Itaú Unibanco. O Nubank diz que um analista sênior do Itaú encaminhou mensagens para onze profissionais da fintech em um período de dez dias pedindo que encaminhassem seus currículos. Para o Nubank, o assédio a esses funcionários teria como objetivo fragilizar área essencial para a Nubank e prejudicar suas atividades no mercado de emissão de cartões de crédito.

Procurado, o Nubank informou que acredita ‘que ter um mercado livre e competitivo garante que as pessoas tenham a liberdade de escolher os melhores serviços para elas, independentemente de qualquer restrição que o mercado imponha’. “Por isso, confiamos que as autoridades reguladoras continuarão a proteger e a estimular a competitividade no setor, garantindo que novos entrantes continuarão a ter espaço para inovar e oferecer mais e melhores opções para as pessoas.”

Outro lado

O Itaú Unibanco diz em nota que ‘sempre se pautou pela livre iniciativa e entende que a competição é positiva não só para o sistema financeiro, mas para todo o país’. “O banco refuta qualquer acusação de promover barreiras que dificultem a atividade de novos agentes de mercado e acrescenta que apresentará sua manifestação ao órgão de concorrência no devido prazo, confiante de que suas condutas serão consideradas legítimas.”

O BB informa que já prestou todos os esclarecimentos solicitados pelo Cade e nega que adote práticas comerciais que firam as boas práticas de mercado.

O Bradesco diz que não comenta ‘assunto sub júdice’. O Santander e a Caixa ainda não se pronunciaram.

Fonte: Veja

BB, Bradesco, Itaú e Santander rejeitam pedido de empréstimo da Odebrecht

Publicado em: 22/02/2018

A Odebrecht procurou Bradesco, Banco do Brasil, Itaú Unibanco e Santander para negociar novo empréstimo de R$ 3,5 bilhões para pagar dívidas e tocar projetos no curto prazo. Mas a empresa tem enfrentado resistência dos bancos, que estão dispostos a liberar um valor menor, cerca de R$ 1 bilhão, conforme apurou o Estadão/Broadcast. O montante em negociação foi antecipado pelo jornal Valor Econômico.

O avanço na negociação com os bancos, conforme uma fonte do mercado financeiro, dependerá da contrapartida que a Odebrecht vai oferecer para obter dinheiro novo.

Os credores, que ainda não bateram o martelo nem demonstraram apetite, defendem que é preciso limitar o endividamento do grupo e de suas empresas e verificar a real necessidade do recurso novo a despeito do esforço de reestruturação de dívidas e venda de ativos. “A Odebrecht ainda está estruturando as proposições”, afirma uma fonte próxima às conversas com os bancos, na condição de anonimato.

A Odebrecht teria oferecido aos bancos, de acordo com outra fonte, usar novamente as ações da Braskem, que tiveram forte valorização recentemente. Essa estrutura foi usada desde a reestruturação da dívida da Atvos (ex-Agroindustrial). Como os papéis da Braskem estão valorizados – em um ano subiram mais de 35% -, o objetivo da Odebrecht é obter mais dinheiro com a mesma garantia.

A liberação de novos recursos também dependerá de um consenso entre os bancos credores. Isso porque existe uma espécie de “pacto” das instituições financeiras em relação ao endividamento da Odebrecht.

Não há nada formal, mas, segundo uma fonte, há um “combinado” entre os bancos para que movimentações de crédito para a companhia só ocorrerão com o aval de todos.

O apetite limitado dos bancos credores não é à toa. Essas instituições aportaram volumes relevantes de recursos na companhia logo após a prisão de Marcelo Odebrecht, evitando que o grupo enfrentasse uma recuperação judicial.

Apesar de duros na negociação, os bancos não querem que a Odebrecht se torne mais um caso de inadimplência em seus balanços. Pesa, sobretudo, o fato de essas instituições financeiras estarem saindo da pior crise em termos de calotes e ainda lidarem com casos específicos no setor corporativo trimestre após trimestre. Por isso, devem buscar uma alternativa.

Dívidas

Um dos maiores gargalos de curto prazo está na dívida de R$ 500 milhões em bônus emitidos no exterior pelo braço financeiro do grupo e garantidos pela construtora, que está no foco da Odebrecht para evitar a insolvência. Esses papéis têm vencimento em abril. Os demais títulos de dívida (bônus) vencem a partir de 2020.

No momento, a holding estuda como pode, de acordo com uma fonte, apoiar eventual reestruturação no exterior dessa dívida, que não estaria considerada no crédito novo que o grupo pleiteia com credores locais. A capitalização da construtora é tida como a etapa final da reestruturação dos negócios do grupo. Procurados, Bradesco, BB, Itaú, Santander não comentaram. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Fonte: Exame

Odebrecht pede R$ 3,5 bi a Bradesco, Itaú, BB e Santander, mas encontra resistência

Publicado em: 16/02/2018

Segundo fontes, credores, que ainda não bateram o martelo nem demonstram apetite, defendem que é preciso limitar o endividamento do grupo

A Odebrecht S.A. procurou Bradesco, Banco do Brasil, Itaú Unibanco, Santander para negociar um novo empréstimo bilionário para fazer frente aos seus compromissos financeiros e também tocar projetos no curto prazo, conforme apurou o Broadcast. A conversa, embora ainda esteja no começo, já enfrenta resistência, uma vez que essas instituições estão dispostas a liberar um valor menor, de cerca de R$ 1 bilhão, do que a companhia estaria buscando, de R$ 3,5 bilhões.

O avanço na negociação com os bancos, conforme uma fonte, dependerá, contudo, da contrapartida que a Odebrecht vai oferecer para obter dinheiro novo. Os credores, que ainda não bateram o martelo nem demonstram apetite, defendem que é preciso limitar o endividamento do grupo e suas respectivas empresas e ainda verificar a real necessidade do recurso novo a despeito do esforço de reestruturação de dívidas e venda de ativos. “A Odebrecht ainda está estruturando as proposições”, afirma uma fonte próxima às conversas com os bancos, na condição de anonimato.
A Odebrecht teria ofertado aos bancos, de acordo com outra fonte, usar novamente as ações da Braskem que tiveram forte valorização recentemente. Essa estrutura foi usada desde a reestruturação da dívida da Atvos (ex-Agroindustrial). Como os papéis da Braskem estão valorizados – somente em um ano subiram mais de 35% –, o objetivo da Odebrecht é obter mais dinheiro com a mesma garantia.

No entanto, além do apetite de cada credor, a liberação de novos recursos também dependerá de um consenso entre os bancos credores. Isso porque existe uma espécie de “pacto” das instituições financeiras em relação ao endividamento da Odebrecht. Não há nada formal, mas, segundo uma fonte, um “combinado” entre os bancos, no qual consentiram que movimentações de crédito junto à companhia só ocorrerão com o aval de todos.

O apetite limitado dos bancos credores não é à toa. Essas instituições aportaram volumes relevantes de recursos na companhia logo após a prisão de Marcelo Odebrecht, evitando que o grupo enfrentasse uma recuperação judicial.

Apesar de duros na negociação, os bancos não querem, contudo, que a Odebrecht se torne mais um caso de inadimplência em seus balanços. Pesa, sobretudo, o fato de essas instituições financeiras estarem saindo da pior crise em termos de calotes e ainda lidarem com casos específicos no setor corporativo trimestre após trimestre. Por isso, devem buscar uma alternativa.

Uma das saídas é a Odebrecht se desfazer de ao menos um pedaço de sua fatia na Braskem, no âmbito da oferta subsequente(follow on), que já está sendo preparada pela Petrobras, que busca uma porta de saída da petroquímica. A venda de alguma fatia da Braskem pela Odebrecht está sendo discutida, o problema é que até aqui a empreiteira tem relutado em seguir esse caminho e quer manter o controle da empresa, que é responsável por uma parte relevante das receitas do grupo.

Essa decisão, conforme fontes, depende ainda do acordo de acionistas da Braskem, que vem sendo discutido entre Petrobras e Odebrecht. Somente a partir disso é que a própria Petrobras definirá o quanto irá vender no follow on, que quer que aconteça ainda neste ano. Na Braskem, a Odebrecht detém 50,1% das ações ordinárias.
Dívidas. Um dos maiores gargalos de curto prazo está na dívida de R$ 500 milhões em bônus emitidos no exterior pelo braço financeiro do grupo e garantidos pela construtora, que atualmente está no foco da Odebrecht para evitar a insolvência. Esses papéis têm vencimento em abril deste ano. Os demais títulos de dívida (bônus) vencem a partir de 2020.

Nesse momento, a holding estuda como pode, de acordo com uma fonte, apoiar uma eventual reestruturação no exterior da dívida que não estaria considerada no crédito novo que o grupo pleiteia junto a credores locais. A capitalização da construtora é tida como a etapa final da reestruturação dos negócios do grupo.

O principal problema da construtora é justamente o encolhimento de seu caixa, em consequência da paralisação de sua carteira de contratos (backlog), na esteira da Lava Jato. A saúde financeira da construtora depende também da liberação de uma linha de cerca de R$ 600 milhões junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) de obras realizadas em Angola.

A Odebrecht S.A. compreende os diversos negócios do grupo. Além de ter metade da Braskem, atua nos setores de engenharia e Construção, indústria, imobiliário, infraestrutura e energia. Fundada pelo engenheiro pernambucano Norberto Odebrecht, no ano de 1944, em Salvador, foi uma das protagonistas da Operação Lava Jato, o maior esquema de corrupção da história brasileira.

Procurados, Bradesco, BB, Itaú, Santander não comentaram. A Odebrecht também não se manifestou.

 

Fonte: Estadão

BC recebe 11 mil queixas contra bancos no trimestre; Santander lidera

Publicado em: 18/01/2018

BRASÍLIA – O Banco Central (BC) computou 11.087 reclamações contra bancos e financeiras no quarto trimestre de 2017, em comparação com 10.812 reclamações no terceiro trimestre. Esse volume de reclamações considera apenas queixas tidas como procedentes, que infringem normas do BC ou do Conselho Monetário Nacional (CMN).

Colocando na conta reclamações reguladas que não ferem normas e as reclamações não reguladas que ferem, por exemplo, normas fora da alçada do BC, o total de queixas sobe para 56.950, em comparação com 59.854 no trimestre anterior. Uma reclamação pode infringir mais de duas normas ao mesmo tempo.

Para fazer o ranking de reclamações, o BC divide as instituições entre aquelas com mais e menos de 4 milhões de clientes. Entre as instituições com mais de 4 milhões de clientes, o Santander seguiu na liderança, com índice de 42,87, resultado de 1,7 mil reclamações procedentes para um universo de 39,649 milhões de clientes.

Em segundo lugar aparece a Caixa Econômica, com índice de 33,24. O banco teve 2.913 queixas para 87,613 milhões de clientes. O Bradesco ficou na terceira colocação. Com 2.438 reclamações para 95.112 milhões de clientes, o índice ficou em 25,63. O Banco do Banrisul ocupa a quarta colocação com índice de 25,06. Foram 114 reclamações para 4,548 milhões de clientes. Encerrando o Top Five está o Banco do Brasil, com índice de 24,5, que capta 1.524 reclamações dentre 62,181 milhões de clientes.

Para construir o ranking, são considerados clientes aqueles com depósitos (contas correntes e poupanças) cobertos pelo Fundo Garantidor de Créditos (FGC), com operações de crédito e outros tipos de depósitos não cobertos pelo FGC. Para chegar ao índice que define a posição no ranking de reclamações, o BC considera o número de reclamações procedentes, divide pelo número de clientes e multiplica por um milhão.

Entre bancos e financeiras com menos de quatro milhões de clientes, Facta Financeira lidera, com índice de 497,87, que capta 20 reclamações, para 40.171 clientes. Na sequência aparecem Sofisa, Realize Crédito, PAN e Citibank.

No ranking geral de reclamações, as queixas envolvendo integridade, confiabilidade, segurança, sigilo ou legitimidade das operações e serviços, exceto as relacionadas a cartão de crédito lideram, com 1.894 ocorrências. A Caixa respondeu por 793 delas.

A oferta ou prestação de informação a respeito de produtos e serviços de forma inadequada aparece em segundo lugar, com 1.580 queixas. Bradesco respondeu por 448 deles. As irregularidades relativas a integridade, confiabilidade, segurança, sigilo ou legitimidade das operações e serviços relacionados a cartões de crédito tiveram 1.155 reclamações. Caixa respondeu por 287 delas.

(Eduardo Campos | Valor)

Pesquisa do Idec mostra que tarifa bancária subiu bem mais que inflação

Publicado em: 21/12/2017

O Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor, o Idec, divulga pesquisa inédita sobre o reajuste das tarifas cobradas pelos cinco maiores bancos do País: Banco do Brasil, Bradesco, Caixa, Itaú e Santander. A constatação foi a de que os valores tanto de tarifas avulsas como de pacotes de serviços subiram bem acima da inflação, no período de novembro de 2016 a outubro deste ano.

O levantamento mostrou que entre os 58 pacotes de tarifas, oferecidos por esses bancos, 50 deles subiram de preço. O maior reajuste, de 78,88%, foi aplicado pela Caixa em seu “pacote Convencional” que subiu de R$ 25,10 para R$ 44,90. Na média, a correção dos pacotes pesquisados ficou em 12,6%, o que é 4,6 vezes a inflação do período, que ficou em 2,70%.

O reajuste em si não deve ser analisado de forma linear, porque embora a Caixa tenha aplicado um forte reajuste, esse seu pacote teve o preço ajustado ao de mercado. Confira:

agebb

Em relação às tarifas avulsas, o reajuste médio no BB ficou em 10,07%; no Bradesco, 5,12%; na Caixa, 14,56%; no Itaú, 4,87%; e no Santander, 3,10%.

Balanços divulgados pelo setor financeiro, neste ano, mostram que os bancos têm conseguido melhorar seus resultados tanto pela redução de provisões de perdas com a inadimplência como pelo aumento de suas tarifas.

Melhoria na regulamentação

Para a economista responsável pela pesquisa, Ione Amorim, o aumento acentuado de preço, sem ter uma contrapartida de melhorias nos serviços prestados, “sinaliza a necessidade de aprimoramento das normas de regulação, incluindo os critérios de reajuste”.

Também chama atenção, como resultado da pesquisa, o fato de que bancos como o Itaú, Bradesco e Banco do Brasil, que já trabalhavam com serviços digitais, muitos deles gratuitos, tenham deixado de oferecê-los para novas contratações, sem justificativas. A especialista lembra que pelas normas do Banco Central, os pacotes criados não podem ser interrompidos antes de um período de 180 dias. Esses mesmos bancos relançaram suas contas virtuais, mas com tarifas mensais.

Segundo Amorim, “os elevados reajustes aplicados pelos bancos, o alinhamento dos preços dos pacotes padronizados, a baixa concorrência e a suspensão das contas digitais expõem os consumidores a práticas abusivas”.

Ela destaca, ainda, uma prática comum no momento da abertura de contas, em que são oferecidos os pacotes sem considerar as reais necessidades do consumidor, mas apenas o perfil de renda. Com isso, o correntista acaba contratando serviços caros que sequer serão utilizados. “ Uma prática também frequente é a falta da oferta dos pacotes padronizados e negativa dos serviços essenciais pelos bancos”.

Tarifa zero

Nem todo mundo sabe, mas por determinação do Banco Central, os bancos devem oferecer um pacote de serviços essenciais sem cobrança de tarifa.

O cliente tem direito gratuitamente a fazer 4 saques no caixa por meio de cheque ou cheque avulso, ou no terminal de autoatendimento, um cartão de débito, 2 extratos por mês, consulta ilimitada pela internet, 2 transferências para contas do mesmo banco e compensação de cheques, além de um talão com 10 folhas de cheques, desde que não tenha o nome nas listas de proteção ao crédito.

O correntista tem direito ainda a um extrato consolidado com os valores cobrados no ano anterior relativos a tarifas que deve ser entregue até 28 de fevereiro de cada ano. Ao usar esse pacote de serviços gratuito, o correntista precisa ficar atento para não ultrapassar esses limites, pois cada transação excedente terá cobrança individual.

Segundo o Banco Central, saques em terminais de autoatendimento feitos em intervalo de até 30 minutos são considerados como único evento. Quem tem necessidade de outros serviços além dos essenciais deve optar pelos pacotes padronizados existentes no mercado, que oferecem oito tipos de serviço.

Fonte: Estadão

BB, Itaú, Bradesco, Santander e Caixa aderem ao acordo sobre planos

Publicado em: 14/12/2017

A Advocacia-Geral da União (AGU) divulgou nota à imprensa confirmando o acordo de pagamento das perdas decorrentes dos planos econômicos realizados nos anos 1987, 1989 e 1991. As instituições financeiras que aderiram são: Itaú, Bradesco, Santander, Caixa Econômica Federal (CEF) e Banco do Brasil (BB). “Outras poderão aderir em até 90 dias”, diz a nota.

O acerto é que o pagamento da dívida, alvo de disputa judicial há três décadas, será feito em até três anos, conforme as faixas de valor a receber. A adesão será dividida em 11 lotes, separados de acordo com o ano de nascimento dos poupadores e dando preferência aos mais idosos. “Antes de começarem a ser feitos os pagamentos, é preciso que o STF homologue o acordo e os poupadores se inscrevam em plataforma digital que ainda será criada. O acesso a esse sistema será feito pelos advogados dos beneficiados”, esclarece o texto.

O acordo define que quem tem até R$ 5 mil a receber terá o recurso à vista. “Entre R$ 5 mil e R$ 10 mil, uma parcela à vista e duas semestrais. A partir de R$ 10 mil, uma à vista e quatro semestrais. A correção para os pagamentos semestrais será feita pelo IPCA”, diz o texto da AGU. “Não haverá qualquer desconto para poupadores que tenham a receber até R$ 5 mil. Para valores entre R$ 5 mil e R$ 10 mil, haverá 8% de abatimento. Na faixa de R$ 10 mil a R$ 20 mil, o desconto será de 14%. Já aqueles que tenham direito a receber mais de R$ 20 mil, terão 19% do valor descontado”, completa o texto.

A AGU informa que terão direito a reparação todos que haviam ingressado com ações coletivas e individuais para cobrar das instituições financeiras valores referentes às correções. “No caso das individuais, poupadores ou herdeiros que acionaram a Justiça dentro do prazo prescricional (20 anos da edição de cada plano) também poderão receber os valores”, informa a nota, acrescentando que também poderão aderir os poupadores que, com base em ações civis públicas, entraram com execução de sentença coletiva até 31 de dezembro de 2016, dentro do prazo de cinco anos de prescrição.

Os pagamentos serão feitos de acordo com as faixas de valor a receber. Antes de começarem a ser feitos os pagamentos, é preciso que o STF homologue o acordo e os poupadores se inscrevam em plataforma digital que ainda será criada. O acesso a esse sistema será feito pelos advogados dos beneficiados.

A nota informa ainda que, após as adesões ao acordo, que serão submetidas a auditoria e procedimentos anti-fraudes, as ações serão extintas. “Não será necessário se dirigir ao banco para receber os valores. O pagamento será feito em conta corrente do poupador ou por meio de depósito judicial”, completa o texto.

Fonte: Valor Econômico

Santander contrata ex-vice-presidente do BB para comandar private bank

Publicado em: 23/11/2017

O Santander contratou Alberto Monteiro de Queiroz Netto, ex-vice-presidente de gestão financeira e de relações com investidores do Banco do Brasil, para comandar o private bank. Monteiro deve assumir apenas em 18 de março de 2018, após cumprir um período de “quarentena” do Banco do Brasil.

Na segunda-feira, o BB comunicou que Monteiro renunciou ao cargo. Em seu lugar, o presidente do banco, Paulo Caffarelli, indicou ao conselho Bernardo de Azevedo Silva Rothe. Funcionário de carreira do BB, Rothe está no banco há 35 anos e ocupa o cargo de gerente de relações com Investidores desde de 2015. Rothe atuou como gerente-executivo de Mercados de Capitais e Infraestrutura.

Para o lugar de Rothe, o banco indicou Daniel Alves Maria. O executivo tem 46 anos, é funcionário de carreira a instituição financeira há 32 e ocupa o posto de diretor-executivo da Banco do Brasil Securities nos EUA desde de 2014.

Daniel Maria é graduado em Administração com ênfase em Comércio Exterior pela USCS. Possui MBA pela University of Toronto e Executive MBA pela Universität St Gallen – Suíça. É pós-graduado em Negócios, com ênfase em Finanças pela FGV-SP.

Fonte: Jornal Floripa

Queda dos calotes puxa alta de 14,6% no ganho de bancos

Publicado em: 16/11/2017

Apesar de gastarem menos para cobrir calotes, os grandes bancos não conseguiram acelerar o crescimento dos lucros no terceiro trimestre. Pesou, sobretudo, o desempenho ainda tímido do crédito e o impacto da queda dos juros nas margens financeiras. O resultado líquido de Banco do Brasil, Bradesco, Itaú Unibanco e Santander cresceu 14,6% no terceiro trimestre, ante igual período do ano passado, para R$ 16,4 bilhões.

Os gastos com provisões para devedores duvidosos (PDDs) tiveram uma queda de 21% em relação ao ano passado, para R$ 17,4 bilhões, na soma de todas as instituições.

A oferta de crédito, de forma geral, seguiu decepcionando e deixou alguns bancos abaixo das próprias previsões – a exceção foi o Santander, que viu sua carteira crescer de julho a setembro. No entanto, os grandes bancos preferiram manter suas expectativas para o ano.

O grande entrave à retomada do crédito tem sido as pessoas jurídicas. Os empréstimos neste segmento encolheram em cerca de R$ 90 bilhões no terceiro trimestre, na comparação com o mesmo período de 2016.

Ainda que a pessoa jurídica jogue contra, o quarto trimestre é a aposta dos grandes bancos para ficar dentro das estimativas para o ano. Para 2018, entretanto, há mais otimismo.

Depois de dois anos seguidos de queda, o presidente do BB, Paulo Caffarelli, afirmou que o crédito em geral deve crescer cerca de 6% no próximo exercício. “Uma variável muito importante para o crédito será o crescimento econômico”, afirmou o executivo, ontem, ao comentar os resultados do BB.

Inadimplência

Do lado da inadimplência, apesar de a Oi ainda pesar no indicador do BB, as notícias continuam positivas. Enquanto Itaú e Santander mostraram estabilidade nos calotes a empréstimos, Bradesco voltou a reduzir o seu indicador, considerando atrasos acima de 90 dias. O BB seguiu a tendência e apresentou a primeira redução nos calotes desde dezembro de 2016. E, conforme o presidente do banco estatal, a expectativa é de melhora em 2018, graças à redução do risco da carteira da instituição. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Fonte: Isto É

Golpe via SMS atinge mais de 33 mil clientes do BB e Santander

Publicado em: 01/11/2017

O DFNDR Lab, laboratório de segurança digital especializado em cibercrimes, alerta para golpes envolvendo o nome de dois importantes bancos do país de forma fraudulenta: o Santander e o Banco do Brasil. Na última semana, hackers disseminaram de forma massiva links maliciosos via mensagens SMS que simulavam à perfeição comunicações oficiais das instituições financeiras

As mensagens recebidas pelas vítimas dos golpes traziam os dizeres: “Por razões de segurança, seu cartão foi bloqueado” e “Prezado(a) cliente, seu cartão de segurança expirou”. Ao todo, mais de 33 mil ataques deste golpe pelo aplicativo do DFNDR Lab.

Segundo Emílio Simoni, diretor do DFNDR Lab, “ataques via SMS ainda são muito comuns. Por isso, é muito importante manter um aplicativo de segurança atualizado com a função antiphishing e também desconfiar de quaisquer arquivos e links, mesmo quando recebidos de pessoas conhecidas ou quando a comunicação aparenta ser oficial”.

Todo cuidado é pouco!

Tendo como base a quantidade de smartphones no Brasil, o laboratório estima que cerca de outras 410 mil pessoas tenham sido impactadas. O golpe pode parecer datado e até um pouco óbvio nos dias de hoje, mas não deixa de fazer vítimas entre usuários mais descuidados, que acabam cedendo à perfeição das mensagens usadas para pescar dados pessoais, que é como o phishing funciona.

Ao acessar a URL do golpe, o usuário do smartphone é encaminhado a uma página que o induz a passar informações pessoais e bancárias, como CPF e dados do cartão de crédito, incluindo senhas e fotos de tokens/cartões de segurança bancários. Além disso, também é solicitado do correntista o número de IMEI (Identificação Internacional de Equipamento Móvel) dos aparelhos celulares. Com isso, criminosos conseguem clonar os dispositivos dos usuários.

A recomendação é que sempre deve-se usar aplicativos de segurança para evitar qualquer tipo de infecção do seu dispositivo e, claro, tomar cuidado sempre com mensagens suspeitas, mesmo que venham de remetentes confiáveis, como seus amigos ou conhecidos. Nenhum tipo de informação bancária individual deve ser fornecido para ninguém por meio de mensagens ou mesmo ligações telefônicas.

Fonte: TecMundo

Santander Brasil lidera ranking de reclamações do 3º tri, diz BC

Publicado em: 19/10/2017

O Santander Brasil foi o banco mais reclamado do terceiro trimestre entre as grandes instituições financeiras que operam no país, informou nesta segunda-feira o Banco Central.

Maior banco estrangeiro no país, o Santander Brasil foi alvo no período de 1.600 reclamações consideradas procedentes, o que lhe rendeu um índice 41,16, o maior da lista de 10 instituições.
Segundo o levantamento, o maior volume de ocorrências (567) contra o banco de origem espanhola está relacionado a queixas de clientes por irregularidades relativas à segurança, sigilo ou legitimidade das operações de internet banking.

O índice do BC é obtido a partir do número de reclamações, dividido pelo número de clientes e multiplicado por um milhão.

Por este critério, o Votorantim, que tem o Banco do Brasil como sócio, ficou em segundo, com índice 32,05. A Caixa Econômica Federal foi o terceiro mais reclamado dentre os grandes, com índice 31,88. O banco estatal havia liderado o ranking de reclamações no segundo trimestre.

Bradesco, com índice 23,99; BB (22,00); e Itaú Unibanco (17,20) foram quarto, quinto e sexto bancos com maiores índices de reclamações, respectivamente.

O Banco Votorantim afirmou que sua posição no ranking se deve a “um caso pontual” e que, sem ela, o banco ficaria nas últimas colocações como tem sido habitual nos últimos anos.

A Caixa respondeu que revisa permanentemente seus serviços e produtos, priorizando a redução das reclamações.

Procurado, o Santander Brasil não se manifestou até a publicação desta reportagem.

Fonte: Terra

BNDES assina acordo com bancos para compartilhar garantias

Publicado em: 29/06/2017

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) fechou acordo com os principais bancos públicos e privados do país para compartilhamento de garantias nos financiamentos de projetos de infraestrutura. Entre os bancos estão a Caixa Econômica Federal (Caixa), o Banco do Brasil, o Itaú, o Santander, o Safra, entre outros.Segundo o BNDES, o modelo acordado é inédito nos contratos firmados pela instituição. A expectativa é que o acordo permitirá reduzir custos nas operações de longo prazo. O acordo prevê que os bancos que oferecerem fianças equivalentes a, pelo menos, 40% do total do financiamento, terão direito a compartilhar garantias com o BNDES.

O novo modelo já vai vigorar para empréstimos que forem concedidos aos grupos vencedores dos leilões de aeroportos de Fortaleza, Salvador, Porto Alegre e Florianópolis, realizados em março, e os de rodovias paulistas. Valerá ainda para os chamados empréstimos sindicalizados, os concedidos por um sindicato de bancos.

O BNDES informou que a instituição financeira que tiver participação relevante no projeto, individualmente, correspondente a um mínimo de 20%, também terá acesso às garantias.

Na avaliação do diretor das áreas de Crédito, Financeira e Internacional do BNDES, Claudio Coutinho, “o compartilhamento de garantias proporcionará a melhor alocação de riscos dos projetos de infraestrutura, aumentando a previsibilidade para os fiadores, potencialmente reduzindo custos”. Segundo ele, as regras valerão, em especial, para a etapa de maior risco, que antecede a conclusão das obras de um projeto.

Fonte: Jornal do Brasil

BB testa blockchain para aceite de boletos de propostas

Publicado em: 14/06/2017

O Banco de Brasil, em conjunto com Bradesco, CIP, Itaú Unibanco e Santander, desenvolveu um projeto para criar um sistema de registro de consulta de aceites de boletos de propostas emitidos pelas instituições financeiras. A prova de conceito teve como objetivos analisar o armazenamento do aceite e do boleto de proposta de forma eletrônica e testar a tecnologia blockchain.

Em palestra no Ciab FEBRABAN 2017, evento de tecnologia bancária que ocorre nesta semana em São Paulo, Leandro Minniti, gestor de produtos da CIP, explicou que o projeto — batizado de Aciptance — começou a ser desenvolvido em abril deste ano e contou com sete desenvolvedores trabalhando ao longo de quatro semanas.

Este tipo de boleto destina-se a apresentar uma proposta, seja de oferta de produtos e serviços, doações ou convite de associação. A particularidade dele está no aceite, isto é, a manifestação da pessoa que irá recebê-lo.

Não houve, segundo Minniti, integração com sistemas legados e nem uso de dados reais de clientes. Além disto, o escopo foi reduzido para ter um conjunto mínimo de informações e regras. Foi pensado como um modelo de blockchain privado do qual participam da rede apenas entidades autorizadas.

De acordo com Minniti, se, por um lado, a prova de conceito se mostrou uma excelente oportunidade para trabalhar em um modelo de colaboração entre as instituições e trocar experiências, por outro, a governança ainda é um ponto crítico que precisa ser debatido. É preciso também fomentar o desenvolvimento de conhecimento específico no tema.

“O digital morreu”, provoca o presidente do Banco Santander

Publicado em: 08/06/2017

Em palestra ministrada durante o Ciab FEBRABAN 2017, evento de tecnologia bancária que acontece esta semana, em São Paulo, Sergio Rial, presidente do Banco Santander, provocou a plateia no sentido de repensar a importância da tecnologia por si só para as instituições financeiras. “O digital morreu”, afirmou o executivo.

Para Rial, depois da Revolução Industrial, em que máquinas assumiram tarefas bastante valiosas para os negócios, agora vivemos a Revolução Cognitiva, em que a tecnologia por si só perde relevância. Ele explica: “a tecnologia, oferecer um aplicativo, por exemplo, é obrigação de todos os bancos. Agora é preciso desmaterializar as ofertas. O cliente quer cada vez menos produtos e mais serviços.”

O presidente do Santander alertou que o grande risco para os bancos hoje não está no crédito nem tampouco na tecnologia, e sim na reputação. “O desafio não são as fintechs. Somos nós”, afirmou. “Neste mundo de desmaterialização, temos o desafio de transformar o bancário, como o conhecemos, em um empreendedor. É ele quem pode ajudar o banco a buscar customização rentável – do produto ao cliente.”

Para Rial, a Revolução Digital não tem a ver com um novo momento da tecnologia, mas com um novo momento da sociedade. “Vivemos a era da desmaterialização, e as empresas terão que pensar no que significa se desmaterializar”, provocou.

Na visão do executivo, as pessoas não querem mais ter posses de bens, mas usufruir daquilo que eles proporcionam. Esse seria o processo de desmaterialização ao qual os bancos têm de se adaptar para sobreviver. “Estamos falando de um mundo que visa menos patrimônio e mais usufruto, menos produto e mais serviço. Isso é a Revolução Cognitiva.”

Rial disse que o setor nunca teve tanto chassi e tanta infraestrutura para gerar riqueza. Mas para isso terá de focar naquilo que realmente faz sentido para o consumidor atual. Essa desconstrução dos produtos faz com que o capital humano tenha um valor imenso. A importância das experiências na formação acadêmica nunca foi tão grande no setor bancário.

“A tecnologia veio para industrializar aquilo que deve ser industrializado, mas a educação nunca foi tão importante para a sobrevivência da indústria financeira”, afirmou Rial. “As máquinas são incapazes de inspirar. As máquinas não têm capacidade de ser criativas, inventivas e surpreendentes.”

Na visão de Rial, se a indústria financeira cair no erro de não aceitar o fato de que o cliente não quer pagar por serviços básicos e produtos, ela perderá oportunidades imensas. Mais ou menos como aconteceu com as operadoras, que resistiram a acreditar que o cliente não pagaria por SMS ou ligações. “Veio o WhatsApp”, provocou. “As instituições precisam aumentar a bancarização sem temer o fato de serem intermediárias e criadoras dos processos de desintermediação”, finalizou.

Fonte: Convergência Digital

BB compra R$ 1 bi em créditos inadimplentes do Santander

Publicado em: 04/05/2017

São Paulo – Uma empresa estatal do Brasil está ampliando os investimentos em ativos distressed.

A Ativos, uma companhia controlada pelo Banco do Brasil, adquiriu R$ 1 bilhão (US$ 315 milhões) do portfólio de créditos em atraso do Santander, segundo três pessoas com conhecimento do assunto.

A Recovery, empresa de ativos inadimplentes do Itaú Unibanco, já havia comprado R$ 300 milhões em créditos em atraso do mesmo portfólio do Santander, disseram as pessoas, que pediram anonimato porque as transações não são públicas.

A maior parte dos empréstimos já teve baixa contábil por parte do Santander, disseram as pessoas.

“Eu limitaria o potencial de resultados da Ativos se não aproveitasse a oportunidade de adquirir esses créditos inadimplentes dos bancos”, disse Márcio Hamilton Ferreira, vice-presidente de controles internos e gestão de riscos do Banco do Brasil, que tem sede em Brasília, em entrevista por telefone.

“A economia mais conturbada dos últimos dois anos trouxe mais vendedores ao mercado.”

Ferreira, que não quis dar detalhes de preço sobre as transações, disse que a Ativos está comprando as carteiras de varejo com recursos gerados por sua própria atividade.

A Recovery preferiu não comentar sobre a transação e o Santander não respondeu até o momento aos pedidos de comentário enviados por e-mail.

Em seu balanço do primeiro trimestre, divulgado em 26 de abril, o Santander só divulgou uma venda de empréstimos de R$ 225,8 milhões que ainda constavam de seu balanço patrimonial.

O Bradesco, segundo maior banco em valor de mercado no Brasil, é um dos novos vendedores. A Ativos comprou cerca de R$ 3,95 bilhões em créditos inadimplentes do Bradesco em dezembro, segundo comunicados ao mercado.

A transação foi contabilizada em duas fases: no quarto trimestre, a Ativos adquiriu cerca de R$ 2 bilhões em empréstimos por cerca de R$ 42 milhões. No ano passado, comprou mais R$ 1,95 bilhão por R$ 9,79 milhões.

Nova direção

Essas aquisições transformaram a Ativos na maior compradora de créditos inadimplentes de bancos brasileiros dos últimos seis meses, se descontadas as vendas feitas entre empresas de um mesmo grupo.

A Ativos superou concorrentes como a Recovery e a RCB Investimentos, uma companhia controlada pela PRA Group, que tem sede em Norfolk, Virgínia, EUA.

Trata-se de uma mudança de rumo para uma empresa criada em 2003 que adquiriu em grande parte créditos inadimplentes de sua instituição controladora, o Banco do Brasil, que é o maior banco estatal do país em ativos.

Antes da aquisição do ano passado, em 2015 a Ativos adquiriu R$ 423,2 milhões em uma carteira de créditos inadimplentes da Caixa Econômica Federal, outro banco estatal.

“A recuperação do crédito parece ser um bom negócio atualmente no Brasil e se a aquisição da carteira ajudar a melhorar a rentabilidade do Banco do Brasil, é positiva”, disse Max Bohm, analista da Empiricus Independent Research em São Paulo, em entrevista.

“Mesmo sendo estatal, o Banco do Brasil é um banco comercial normal e isso é uma atividade comercial normal.”

A Ativos registrou R$ 156,5 milhões em lucro líquido em 2016, com um retorno sobre ações de 15 por cento, mais do que o dobro dos 7,2 por cento de sua instituição controladora.

Fonte: EXAME

Lucro dos bancos deve voltar a subir no trimestre

Publicado em: 26/04/2017

Depois de quatro trimestres consecutivos de queda, o resultado dos grandes bancos brasileiros deve começar a reagir. O lucro combinado de Itaú Unibanco, Banco do Brasil, Bradesco e Santander atingirá R$ 14,9 bilhões nos primeiros três meses deste ano, alta de 21% em relação ao mesmo período de 2016, de acordo com a projeção média de analistas.

A recuperação tem relação com a melhora, ainda que tímida, dos indicadores da economia, mas também com a base de comparação. Os três primeiros meses do ano passado foram o “fundo do poço” para os bancos, que precisaram digerir perdas bilionárias com o calote da fornecedora de sondas do pré-sal Sete Brasil.

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A expectativa é que os resultados também sinalizem o fim do ciclo de alta da inadimplência, que não para de crescer desde 2015. “Por outro lado, não esperamos uma recuperação na carteira de crédito, em razão tanto da demanda fraca como do apetite de risco limitado dos bancos”, escrevem os analistas do Goldman Sachs, em relatório.

Apesar das condições ainda desfavoráveis, os balanços já devem mostrar alguns sinais positivos. O HSBC prevê um ligeiro crescimento dos empréstimos de 2% para o Santander ante o trimestre anterior, impulsionado pela retomada do consumo e do financiamento das pequenas e médias empresas, e de 1% para Bradesco e Itaú, neste último sendo liderado pela expansão em segmento de baixo risco, como a carteira imobiliária e de consignado. O único que ainda deve não mostrar uma expansão da carteira de crédito é o Banco do Brasil.

A temporada de divulgação de resultados começa amanhã, com o Santander Brasil. O banco foi o único entre os grandes a ter aumento no lucro no ano passado. Mesmo assim ainda apresenta um retorno bem inferior aos principais concorrentes privados.

Para o Credit Suisse, a expectativa é que essa diferença diminua. “Acreditamos que o mercado está subestimando o impacto positivo da estratégia do banco sob a nova gestão, que ficará claro já em 2017”, afirmam os analistas, que elevaram recentemente a recomendação das ações do Santander para “outperform” – equivalente à compra.

O Deutsche Bank vê uma melhora da margem financeira e da qualidade dos ativos do banco espanhol no país, com as baixas para perdas já tendo sido provisionadas. “O crescimento dos empréstimos deve permanecer moderado, mas pode aumentar ligeiramente e crescer acima dos pares”, apontam os analistas do banco em relatório.

A maior recuperação nos resultados do primeiro trimestre deve vir do Banco do Brasil. O lucro da instituição deve dobrar em relação ao primeiro trimestre do ano passado, para R$ 2,6 bilhões, de acordo com a média das estimativas. Apesar da melhora, em termos anualizados o lucro do BB continuará abaixo da expectativa para 2017 como um todo, segundo os analistas do Itaú BBA.

O BB deve continuar sendo beneficiado pelo crescimento do resultado de intermediação financeira acima do setor. Os analistas do Santander esperam um crescimento de 5% dessa variável no período. O banco vem implementando um processo de recomposição dos juros nos empréstimos concedidos dentro do programa Bom Pra Todos, durante o governo Dilma Rousseff, que tinham taxas inferiores às de mercado. Com isso, o banco deve liderar a melhora da taxa de retorno sobre o capital, que deve passar de 8,1% para 11,8%, ainda abaixo da taxa apresentada pelos grandes bancos.

O Itaú é o que está à frente em termos de melhora da qualidade da carteira de crédito segundo os analistas. Os analistas do Santander preveem uma redução de 0,1 ponto percentual no índice de inadimplência do maior banco privado brasileiro no trimestre, de 3,4% para 3,3%. “Acreditamos que o banco deve continuar a apresentar melhora na qualidade dos ativos, especialmente nos segmentos de pessoas físicas e pequenas e médias empresas”, apontam em relatório.

Como o mercado avaliou que o banco foi bastante conservador na provisão para perdas no ano passado, apresentando um índice de cobertura de 222% em dezembro, os analistas do Santander esperam uma queda de 24% na despesa com provisão do Itaú neste trimestre em relação ao quarto trimestre do ano passado.

Já o Bradesco ainda deve registrar alguma alta na inadimplência, segundo os analistas. “Acreditamos que uma pequena alta no índice pode ser uma boa notícia para o banco”, afirma o Itaú BBA. Pelas projeções do Deustche Bank, o índice de atrasos na carteira do Bradesco deve ter uma alta de 5,5% para 5,6% entre dezembro de 2016 e março deste ano. “A qualidade dos ativos deve ficar amplamente sob controle, embora a inadimplência possa aumentar em empréstimos corporativos específicos que já foram provisionados”, apontam os analistas.

Um dos destaques do balanço do Bradesco deve ser as receitas de prestação de serviços, que devem apresentar uma alta de 15,1% em relação aos três primeiros meses do ano passado, nas contas do Goldman Sachs. Desde o terceiro trimestre, os números do banco incorporam os do HSBC Brasil.

Outro ponto que deve ser acompanhado de perto nos resultados dos bancos é a carteira de crédito de grandes empresas. As instituições registraram perdas bilionárias no ano passado com a baixa (“impairment”) de créditos concedidos na forma de títulos de dívida, como debêntures.

Apesar de não esperarem um aumento significativo do impairment por parte dos bancos nesse primeiro trimestre, os analistas do Santander ainda veem o anúncio da recuperação judicial de uma grande empresa – provavelmente a operadora de telefonia Oi – impactar negativamente o índice de inadimplência do Banco do Brasil. “Contudo, não temos expectativas de um efeito significativo sobre as despesas de provisão e, com isso, cremos que o mercado pode ter uma reação neutra, uma vez que esse item permaneceu no balanço do banco desde o segundo trimestre de 2016.”

O aumento da provisão para perdas com o anúncio do pedido de recuperação judicial da incorporadora PDG Realty, em fevereiro, deve começar a aparecer no balanço dos bancos neste primeiro trimestre. Embora já viessem fazendo provisão para perdas nesse caso específico, os bancos devem aumentar as despesas para cobrir eventuais perdas em créditos concedidos à incorporadora. A empresa tinha R$ 7,8 bilhões em dívida, sendo pelo menos R$ 3,339 bilhões em créditos bancários, parte deles na forma de debêntures e outros títulos.

O impacto da queda da Selic sobre os bancos também será um foco de atenção nos balanços. Mas os números ainda não devem mostrar os efeitos dos juros menores, já que não houve tempo para que os empréstimos concedidos com as taxas mais altas fossem renovados. “Não esperamos muita pressão nas margens fora das típicas questões sazonais”, afirmam os analistas do Goldman Sachs.

Fonte: Valor Econômico

Bancos em 2016: concentração e lucro elevado mesmo com recessão

Publicado em: 20/04/2017

São Paulo – O setor financeiro confirmou em 2016 a tendência de concentração e manteve lucros elevados, apesar da crise, constata o Dieese em estudo de sua Rede Bancários, divulgado nesta segunda-feira (17). “Os cinco maiores bancos do país tiveram desempenho muito expressivo, seja em termos de intermediação financeira (as principais contas dos bancos) ou de resultado operacional, a despeito do adverso cenário econômico e da queda observada no resultado líquido em comparação com o ano anterior”, diz o instituto.

“Permanece a necessidade de se ampliar e se aprofundar o debate sobre o papel desempenhado pelo sistema financeiro nacional, especialmente no que se refere aos três maiores bancos privados”, acrescenta o Dieese, em referência a Bradesco, Itaú e Santander. Somados o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal, os cinco concentram 87% das operações de crédito.

Em relação ao emprego, o número de trabalhadores tem queda contínua desde 2012, aponta o Dieese, mas houve pequena variação (-0,1%) de 2015 (433.015) para 2016 (432.518), uma perda de 497 vagas. Quatro dos cinco maiores bancos fecharam postos de trabalho, com destaque para o BB, que eliminou 8.569, queda de 7,8%. O banco teve um plano especial de estímulo à aposentadoria, com 9.409 adesões. Fechou o ano com 100.622 empregados.

A Caixa, que fechou 2.480 vagas (-2,5%), também fez um plano de apoio à aposentadoria. E deverá cortar mais postos de trabalho neste ano, já que abriu novo programa de estímulo ao desligamento de mão de obra. No final de 2016, estava com 94.978 funcionários.

Entre os privados, o Santander cortou 2.770 (-5,5%) e o Itaú Unibanco, 2.610 (-3,1%). A exceção foi o Bradesco, com abertura de 15.932 vagas (17,2%). Mas na conta entra a incorporação do HSBC – sem isso, o banco cortou 4.790 postos de trabalho de setembro de 2015 a setembro do ano passado. No final de 2016, o Bradesco estava com 108.793 funcionários, o Itaú tinha 80.871 e o Santander, com 47.254 empregados.

O Itaú fechou 168 agências e o Santander, oito, no ano passado. BB e Caixa têm 11 e oito a mais em relação a 2015, respectivamente, mas o Dieese lembra que os dois bancos planejam fechar centenas de agências neste ano. O saldo de 807 no caso do Bradesco leva em consideração, mais uma vez, a incorporação do HSBC.

O lucro líquido dos cinco maiores bancos brasileiros somou R$ 59,6 bilhões em 2016, queda de 12,1% em relação ao ano anterior. Segundo o Dieese, o resultado pode ser explicado, entre outros motivos, pelo fato de as empresas terem feito “forte provisionamento” e por não usarem créditos tributários. O maior lucro foi registrado pelo Itaú: R$ 22,2 bilhões, redução de 7%, enquanto o Bradesco teve R$ 17,1 bilhões, diminuição de 4,2%.

Já o BB teve queda de 44,2%, para R$ 8 bilhões, mas o Dieese observa que esse dado deve ser relativizado por causa do impacto, em 2015, de acordo do BB com a Cielo, no segmento de pagamento eletrônicos. O lucro da Caixa, de R$ 5 bilhões, caiu 3%, mas o resultado operacional cresceu 271,5%, “devido à melhora no resultado da intermediação financeira, em especial, de resultados com operações de crédito e com títulos e valores mobiliários”. A exceção de 2016 foi o Santander, cujo lucro líquido aumentou 10,8% sobre 2015 e atingiu R$ 7,3 bilhões.

A íntegra do estudo pode ser lida no site do Dieese.

Fonte: Rede Brasil Atual

Ações do Banco do Brasil devem valorizar em 2017

Publicado em: 26/12/2016

O Santander divulgou um relatório com as perspectivas para os bancos do país em 2017. Os analistas que assinam o relatório, Henrique Navarro, Olavo Arthuzo e Bruno Mendonça, afirmam estarem otimistas com o setor no próximo ano.

O cenário positivo previsto se deve, principalmente, ao processo de impeachment de Dilma Rousseff, a melhoria nos índices de confiança, o ciclo de afrouxamento monetário e resultados favoráveis apresentados pelos bancos no terceiro trimestre deste ano.

“Analisando 2017, mantemos nosso otimismo a respeito dos bancos brasileiros, com a expectativa de possíveis revisões para cima nas projeções de resultados do mercado”, diz o relatório.

Entre os papéis analisados (Itaú, Bradesco, Banco do Brasil e Itaúsa) todos tiveram recomendação de compra pelos analistas. Entretanto, a principal recomendação é o Banco do Brasil.

Para o BB, o preço-alvo é das ações é de 37 reais. Hoje, os papéis são comercializados na casa dos 25 reais. A estimativa da valorização das ações do banco se deve ao indicador de retorno sobre o patrimônio, que é apontado como sustentável pelo Santander ficando acima de seu custo de capital próprio, o que elimina a necessidade de capital adicional para cumprir totalmente às exigências mínimas das normas Basileia.

Bradesco
Para o Bradesco, o preço alvo estimado dos papéis é de 40 reais. Atualmente, as ações preferenciais são comercializadas na casa dos 27 reais. Os analistas destacam as perspectivas de crescimento devido a aquisição do HSBC.

Itaú e Itaúsa
Em relação ao Itaú Unibanco, o preço alvo apontado para as ações no próximo ano é de 44 reais. O valor bem acima do preço atual das ações, que é de 32 reais.

“Dentre os bancos, o Itaú tem o ROAE (retorno sobre o patrimônio) histórico mais elevado no Brasil, o qual é uma consequência de sua próspera franquia bancária.”

Já para o holding do Itaú, o Itaúsa, o preço alvo estimado é de 12,60 reais.

“Em nossa opinião, os investidores que buscam 100% de exposição ao Itaú podem começar a reconsiderar suas posições, pois acreditamos que seja possível que o Itaú possa representar uma parte menor da carteira da Itaúsa no longo prazo, o que tornaria a Itaúsa, em termos aproximados, mais um fundo de investimentos que um proxy de investimento do Itaú.”

Fonte: Exame

Russomanno quer barrar birô de crédito de crédito de bancos

Publicado em: 20/12/2016

O deputado federal Celso Russomanno (PRB-SP) avalia editar um decreto legislativo para sustar a decisão do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) que autorizou a criação de um novo birô de crédito formado pelos bancos Bradesco, Banco do Brasil, Santander, Caixa Econômica Federal e Itaú Unibanco. Batizada de Gestora de Inteligência de Crédito (GIC), a criação da empresa foi aprovada pelo Cade, em setembro, com restrições.

Russomanno fez a declaração em audiência pública na Comissão de Defesa do Consumidor da Câmara dos Deputados, chamada para discutir a criação da empresa com representantes da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), do Cade e da Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas (CNDL).

O deputado ameaçou o Cade, dizendo que se o órgão “não rever o processo vamos obstar tudo que o Cade apresentar”. Depois, um pouco menos exaltado, disse que iria convocar novas audiências públicas para tratar do tema e que iria avaliar com mais atenção a decisão do Cade sobre o tema e as restrições que foram impostas. Mas reforçou que se não ficar satisfeito vai buscar reverter a decisão.

Russomanno disse que tem grande preocupação com a confidencialidade das informações do consumidor, que, segundo ele, já são utilizadas de forma indevida pelos próprios bancos. Para o deputado, o cadastro positivo é pior que o cadastro negativo, pois tem todo o histórico de pagamentos e inadimplência por um prazo de até 15 anos, enquanto que o cadastro negativo se limita a cinco anos. Para ele, tem de ficar mais clara a opção do consumidor de não fazer parte desse e de nenhum tipo de cadastro financeiro.

Por determinação do Cade, a GIC tem de seguir contratando as empresas de informação de crédito hoje existentes, adotar mecanismos para evitar troca de informações entre os bancos sócios e seguir metas de adesão ao cadastro positivo, que atualmente gira em torno de 5 mil registros.

Desde o anúncio de sua criação, a GIC opôs os grandes bancos às empresas que atuam no mercado de informações de crédito, como Serasa Experian, Boa Vista Serviços e SPC Brasil. Os bancos são os principais clientes dessas empresas, mas ao formarem uma companhia rival dariam preferência ao próprio negócio. Estimativas de mercado dão conta que o setor movimenta R$ 3 bilhões ao ano e grande parte da receita das atuais empresas vem das consultas sobre a situação cadastral de um CPF.

Fonte: http://www.valor.com.br/financas/4806289/russomanno-quer-barrar-biro-de-credito-de-bancos

Cade aprova com restrição operação que cria bureau de crédito

Publicado em: 02/12/2016

O tribunal do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou nesta quarta-feira (9), com restrição, a operação dos cinco maiores bancos do país para criar um bureau de crédito, empresa que oferece serviço de informação sobre adimplência e inadimplência de pessoas físicas e jurídicas, e é consultado principalmente por bancos, empresas e comércios para concessão de crédito.

Atualmente, as maiores empresas que oferecem esse tipo de serviço no Brasil são a Serasa e o SPC.

Chamada de Gestora de Inteligência de Crédito (GIC), a empresa envolve o Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Itaú Unibanco, Santander e Bradesco. Cada banco terá 20% das ações da GIC.

A aprovação foi condicionada à assinatura de um Acordo em Controle de Concentração, em que os bancos se comprometem com prazos e metas que visam, entre outras coisas, garantir a concorrência entre empresas de bureau e também em aumentar o número de pessoas inseridas no Cadastro Positivo. A aprovação sob essas condições foi uma recomendação da Superintendência-Geral do Cade.

Com o cadastro positivo, os bancos poderão incluir no sistema dados de clientes que são considerados bons pagadores. Para isto, os clientes precisarão autorizar a inclusão de seus dados na GIC. Conselheiros do Cade acreditam que o cadastro positivo acirrará a concorrência de concessão de créditos, forçando o mercado a oferecer taxas menores e condições melhores para conquistar os clientes tidos como bons pagadores.

A parceria entre os cinco bancos foi anunciada no início do ano e o Cade foi notificado em abril. Agora, o órgão vai fiscalizar se a criação da GIC seguirá as condições que foram aprovadas no Acordo em Controle de Concentração.

Fonte: http://g1.globo.com/economia/noticia/2016/11/cade-aprova-com-restricao-operacao-que-cria-empresa-de-gestao-de-credito.html

Taxa em bancos cai para 6,51%, segundo Procon

Publicado em:

As taxas de empréstimo pessoal  atingiram 6,51% ao mês em novembro, ante 7,05% registrados em outubro. Os dados são de uma pesquisa da Fundação Procon-SP com o Banco do Brasil, Bradesco, Caixa Econômica Federal, Itaú, Safra e Santander.

Já em relação à taxa média do cheque especial, não houve alteração em nenhuma instituição pesquisada.

A cobrança ficou em 13,56% ao mês.

De acordo com o levantamento, o Santander tem a maior taxa para empréstimo pessoal (8,49% ao mês), seguido do Bradesco (6,67%), Itaú (6,43%), Safra (5,9%), Branco do Brasil (5,85%) e Caixa (5,7%).

No cheque especial, o Santader também tem a maior taxa (15,49%), seguido do Bradesco e Caixa (ambos com 13,55%), Itaú (13,14%), Banco do Brasil (13,04%) e Safra (12,60%). /Agência Brasil

Fonte: DCI